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Numerologia Pitagórica

Livro os Números e o Amor

• Contos de Amor
A Sra do lago
Amor de Gerações
O Voador Cósmico

• Mitologia Numerológica
O momento da criação dos números
O Mito dos números
Revelam os Deuses

• TALALDE - O Oráculo dos Números


Origem do Talalde
Orientações para utilizar
Tabelas de respostas
Reciclagem de Energias

Autor: Roberto Machado


Fundador da ABRAN – Associação Brasileira de Numerologia.

2ª edição

Numerólogo profissão validada pelo ministério do trabalho no ano 2000 pela CBO 5167-10

Livro de domínio público por determinação do autor


1
Dados do registro desse livro.

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Todos os direitos reservados são reservados por Roberto Machado


Índice para catálogo sistemático:
Numerologia Pitagórica: Ciências Ocultas 133.335
Números: Simbolismos: Ciências Ocultas 133.335
Numerólogo, Roberto
Numerologia Pitagórica: Como interpretar o mapa Numerológico
natal / Roberto Numerólogo. 2. ed. - - São Paulo, SP: Machado, 2014
ISBN: 978-85-900752-3-2
1. Simbolismos dos números I. Título.
CDD: 133.355 - N9718n
Todos os direitos para língua portuguesa são reservados por Roberto
Machado. 2ª Edição com 165 páginas.

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Dedicatória
Esse livro é dedicado a
minha irmã Rosana
Machado e ao meu
sobrinho – seu filho –
Felipe Machado
Mendonça.

Durante anos nossas


convivências confirmaram
a importância dos laços de
amor.

Esse é meu 3º livro.


O 3 que em numerologia
Pitagórica representa as
figuras das irmãs e dos
sobrinhos.

Com carinho e amor.

Roberto Machado

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Índice

CÁPITULO 1
Contos de Amor – 8
. A Sra. Do Lago – 8
. Amor de Gerações – 17
. O Voador Cósmico - 33

CAPÍTULO 2
Mitologia Numerológica - 49
. O Momento da Criação dos Números – 49
. O Mito dos Números – 56
. Revelam os Deuses - 71

CAPÍTULO 3
Talalde O Oráculo dos Números – 135
Recicalgem de Energias - 151

CAPÍTULO 4
Sobre - 161

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Prefácio do autor

Quando terminei de escrever minha experiência com a senhora


do lago senti, de maneira profunda, que não seria mais o
mesmo. Meus dias seriam diferentes. Meus sonhos mudariam. E,
evidentemente, eu teria de ser outra pessoa.
Este livro ficou três anos em preparação. Foi o período de que
precisei para coletar vivências e informações sobre como o ser
humano pratica o amor em nosso mundo atual. Sobre as facetas
que a raça humana desenvolve em nome do amor. Sobre os
atalhos em que nos enredamos na busca da felicidade.
À medida que fui relatando pela escrita os amores humanos,
como pude em minha vida senti-los ou apenas conhecê-los,
surgiu certa sensação desagradável. A sensação de que este livro
não reuniria quantidade considerável de experiências e vivências
agradáveis. Em certo momento considerei que talvez estivesse
passando apenas a minha visão sobre as formas de praticar o
amor presente no dia-a-dia das pessoas. Foi quando decidi parar
de escrever este livro. Arquivei os textos e deixei para outro
momento.
Passados alguns meses, vivi a história da Senhora do lago. E
depois de escrever sobre essa vivência com ela resolvi reler o
que já havia escrito para este livro. Pude então verificar que, são
diversas as formas de amar.

Foi então que decidi por incluir nesse livro a Mitologia


Numerológica e o Talalde.

Em a Sra do lago, ela relata o amor humano. Ou pelo menos


como deveria ser praticado o amor entre os humanos.

Em Mitologia Numerológica as Deusas e os Deuses relatam:

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O momento da criação dos números. Como os humanos
evoluiram pelos números.
O Mito dos Números conta como os humanos evoluídos tiveram
que cumprir suas tarefas para tornarem-se Deusas e Deuses.
E, em Os Deuses Revelam, informam os humanos sobre as suas
vivências já como Deusas e Deuses no Olimpo.

O Talalde representa para mim um momento da prova do amor


da Divindade por seus filhos.
Em um período conturbado e dolorido de minha vida no ano de
2007 durante a 1ª Iniciação de numerólogos da ABRAN resolvi
por conversar com a Divindade e fazer um pedido.
Disse:
Divindade durante os últimos 11 anos de minha vida tudo que
escrevi disponibilizei nos cursos da ABRAN para uso de qualquer
pessoa. Nesse momento Divindade quero pedir que me dê algo
novo. Somente para mim. Não somente para meu uso mas que
somente eu possa ensinar.
Em seguida fui ao computador e escrevi o Talalde.
Que para mim representa uma prova do amor Divino pelos seus
filhos.

Meses antes de fundar a ABRAN resolvi ler cartas ciganas com


minha querida mãe. Ela começou a ler cartas quando eu tinha 25
anos. Já faz mais de 25 anos que ela lê cartas. E nesse período eu
recorri às suas cartas duas vezes.
A primeira vez, um pouco antes de fundar a ABRAN, em 1996. E a
outra, dez anos depois, quando terminei de escrever este livro.
Em ambos os momentos os resultados das cartas foram precisos
e preciosos.
Na primeira leitura, antes de fundar a ABRAN, as cartas foram
precisas nas respostas. Nessa ocasião indaguei ao baralho:
— Por que devo fundar uma associação de Numerologia?

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Por que devo trabalhar com Numerologia?
Nessa época tinha acabado de renascer em meu mapa
Numerológico natal e estava muito mais perdido do que seguro.
E a amada cigana das cartas respondeu:
— Porque a Numerologia nasceu com você. É como uma árvore
frondosa, larga e grande. Você tem de plantar a semente, regar e
cuidar para que ela cresça.

Na segunda leitura, 9 anos depois, logo após o término deste


livro, as cartas me proporcionaram alívio e esperança. Perguntei:
— A semente que você falou foi plantada. A árvore que você
esboçou existe. E agora, qual é o meu caminho?
E a encantadora cigana falou:
— A partir de agora você jamais será o mesmo.
— Como assim?
— O que você sente pela Numerologia?
— Ora, sempre que me fazem essa pergunta digo que amo a
Numerologia. Porque ela foi a única maneira que encontrei de
entender a mim mesmo e o meu semelhante.
— Certo. Você já sabe que quando amamos poderemos ter de
pagar certos preços. Estaria disposto a pagar um preço por esse
amor?
— Sim, estou.
— A semente vingou. A árvore nasceu. Agora você terá de
expandir a plantação. E algumas renúncias serão necessárias em
nome do amor.
Nesse momento parei por alguns segundos para refletir. E
perguntei:
— Qual a sua opinião sobre o texto “A senhora do lago”, que faz
parte do meu terceiro livro de Numerologia?
E a cigana respondeu:
— Eu sempre serei suspeita para opinar sobre aquilo que você
escreve.

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Sim a Cigana estava certa.
O amor requer que pagamos preços muitas vezes maiores do
que achamos poder pagar.
No entanto, são esses preços que acabam por implantar em nós
a certeza de realmente amar.

Em meu 4º livro a Voz e eu, escrito 7 anos após o último contato


com a Cigana, relato os preços que paguei por amar a
numerologia Pitagórica.

Capítulo 1
Contos de Amor

● A Sra do lago
Quando faltavam três dias para finalizar este livro e concluir que
estava encerrado mais este trabalho de Numerologia, conhecei a
sra. Martha, que me procurou para solicitar a Sinastria Senti-
mental de sua filha e de seu genro, que, segundo ela, estavam
passando por um momento difícil na relação afetiva.
Informei-lhe que o serviço poderia ser prestado apenas ao casal,
pois conforme os estatutos da ABRAN (Associação Brasileira de

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Numerologia) não é permitido prestar nenhum serviço que não
seja para a própria pessoa.
Ela disse que iria comunicar minha resposta à filha e pedir à ela
que entrasse em contato comigo.
Um pouco antes de nos despedirmos, ela ficou inesperadamente
contemplando a parede acima da minha cabeça por algum
tempo.
Depois baixou lentamente seus olhos à procura dos meus e com
um sorriso leve perguntou-me:
— Quer ouvir a história da minha vida?
Surpreso, refleti por alguns segundos e, sorrindo, respondi:
— Sim, Sra. Martha, desejo ouvir a história da sua vida.
E a Sra. Martha, me contou a seguinte história:
“Às vezes eu me pergunto por que fui merecedora desse amor.
Talvez você não entenda, mas se tentar sentir o que me
aconteceu conseguirá visualizar o que eu vivi em minha vida.
Tinha por hábito, quando jovem, sentar-me à beira de um lago
redondo, de azul forte, cercado de outros lagos menores,
derivados deste.

Ficava ali contemplando aquelas águas azuis, a vegetação em


volta dessas águas como se as segurasse para que elas não
ultrapassassem as margens.
No fim do lago existia um canal estreito que dava passagem à
água e à vegetação, formando novos lagos menores,
reproduzidos à semelhança do lago maior e com as mesmas
características.
Sentava quase diariamente à beira desse lindo lago para sentir a
serenidade e a formosura desse quadro pintado pela natureza.
Permanecia horas sentada ali.
Em minha cidade natal, onde vivi até os 40 anos, a vida era
tranqüila, simples e pacata.

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A beira do lago era meu recanto preferido. Durante anos
seguidos sentei às suas margens e de lá visualizava a paisagem,
sonhava, sorria, e vivia a minha humilde vida daquela época.
Havia sonhos? Não somente sonhos, mas também ilusões e
emoções.
Esse adorado lago fazia parte da minha vida como as demais
necessidades que tinha naquela idade. Não conseguia passar al-
guns dias sem visitá-lo. Ele me abastecia de vida, de sensações,
de sentimentos.
A cada momento passado à beira desse lago era como se eu
conseguisse entender a vida, abastecer-me de energias e
vislumbrar a felicidade. Não sabia por que ele me transmitia
tantas emoções. Eu já não sabia mais viver sem visitá-lo cons-
tantemente.
Quase sempre havia alguém ali também, mas somente eu
permanecia tanto tempo e era sempre a última a ir embora.
O sr. Pedro era o zelador do lago. Zelador por conta própria, ele
vivia num casebre à beira do lago e havia anos cuidava da
vegetação e dos visitantes. Era uma pessoa agradável, porém
exigente. Não deixava ninguém sequer tentar agredir o lago ou a
natureza. Eu gostava dele justamente porque protegia o lago de
meus sonhos e fantasias.
Desde a primeira vez que vi o lago — por volta de meus 3 anos —
o sr. Pedro sempre esteve presente. Solitário. Totalmente
solitário.
Ninguém sabia nada dele nem de seus familiares. Nunca tinha
apresentado alguém de seu relacionamento.
Era realmente uma pessoa estranha o sr. Pedro, mas respeitado
e admirado por sua dedicação voluntária ao lago e à natureza.
Um dia ele sentou ao meu lado, na beira do lago, passou a mão
em meus cabelos, olhou carinhosamente em meus olhos e, sério,
disse:
— Ele está chegando, e quando chegar seja receptiva.

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Nessa época eu estava com 28 anos. Achei estranha a sua
atitude. Havia anos sentava à beira do lago e ele nunca sentou ao
meu lado.
Passava por mim, cumprimentava, às vezes sorria, verificava se
eu não estava fazendo nada de errado com o lago e com a
natureza e seguia seu caminho.
Nesse dia ele sentou, falou, sorriu, levantou-se e foi-se embora.
Fiquei olhando o sr. Pedro sumir nos contornos do lago e não
consegui entender as suas palavras.

Certo dia estava eu sentada à beira do lago comparando o azul-


escuro da água com o azul-claro do céu. Era uma contemplação
muito agradável.
Na terra o azul-escuro e forte, no ar o azul-claro quase
transparente.
Parecia que a água de azul-escuro do lago ia subindo, subindo e
subindo e, a cada subida, tornava-se mais clara até atingir a
altura desejada num tom azul bem clarinho.
A impressão que dava era que o céu havia saído da água. Ou que
a água ao cair do céu ficava mais escura.
Invertendo a situação por mim visualizada, o céu iria descendo,
descendo e descendo até chegar à terra tornando-se um azul-
escuro nas águas do encantador lago.
Dizem que no céu há anjos que protegem nós humanos, e no
lago tem água que dizem compor a maior parte do planeta e do
corpo humano.
Seria então uma coisa só, céu e água?
Então tanto faz estar no céu como no lago.
Eu realmente viajava quando sentava ali.

Nessas contemplações costumeiras, e em especial nesse dia em


que misturei céu e água, fui surpreendida pela aparição de um

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jovem, como eu, que percebi passava repetidas vezes perto de
mim.
Ele passou tantas vezes perto de mim que acabou por inter-
romper a minha contemplação da água misturada com o céu.
Olhei para o rapaz, e bastou o meu olhar para ele se aproximar.
Foi logo se sentando ao meu lado, mantendo uma distância
respeitosa, e falou:
— Olá, Martha, então é você a dona desse lago?
Surpresa, pensei: ‘Como ele sabe meu nome? Eu dona do lago?'.
Antes que eu perguntasse, ele completou:
— Foi o sr. Pedro que me disse seu nome e falou também que
você é a visitante mais assídua daqui.
— É, eu adoro esse lago e realmente venho aqui quase todos os
dias e permaneço por algum tempo.
Eu estava com 28 anos e ele aparentava uns 32 anos.
Disse-me ser biólogo e que estava naquela região para fazer
alguns levantamentos e catalogar algumas espécies. Morava em
uma cidade grande e distante da minha.
Ficamos nesse dia algumas horas conversando e contemplando o
lago. Ele me parecia muito sensível, além de atraente e culto.
Por muitos dias e meses nos encontrávamos à beira do lago, ora
para passear, ora para conversar, ora para apenas contemplar
em silêncio a exuberante natureza e as águas azul-escuras do
lago.
Já me habituara com a companhia dele.
Quando me atrasava para ir ao lago, eu apressava meu serviço
como enfermeira para poder chegar a tempo de encontrá-lo.
Percebi que não estava conseguindo definir mais se ia somente
pelo lago, somente pela companhia dele ou pelas duas coisas.

Um dia, ele aproximou-se, colocou o braço esquerdo em meu


ombro e permaneceu assim até que eu virei para olhá-lo, e em

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seguida ele lentamente aproximou sua boca dando-me um beijo
lento, demorado e envolvente.
A partir de então começamos a namorar. E, em menos de um
ano, nos casamos.
Eu não me casei à beira do lago, mas passei boa parte da lua-de-
mel andando, sentando nesse lugar e também rolando com ele.
O André foi para mim um homem que nunca pensei em
encontrar na vida.
Vivemos trinta anos casados. Tivemos dois filhos.
Esse homem era de uma presteza, atenção e dedicação comigo
que encantava qualquer pessoa que convivesse conosco.
Nas situações em que eu necessitava mudar a minha vida, e
foram muitos esses momentos, ele sempre me apoiou.
Sempre esteve ao meu lado, amparando-me, incentivando-me e
colocando à minha disposição o que ele havia conquistado.
Nosso casamento foi repleto de dedicação.
São incontáveis as horas que passamos juntos apenas
conversando. Ele sempre me orientando, mostrando o melhor
caminho. Incentivando minhas atitudes. Orientando-me nos
momentos de escolha.
Nunca ouvi dele: não pode, não faça, não vá.
Quando ele discordava de uma atitude ou procedimento meu,
apenas emitia sua opinião, e, sem que eu solicitasse, ele me
concedia o direito de fazer o que eu queria mesmo sem a sua
concordância.
Foi um homem que engravidou comigo. Acompanhou tudo de
perto: a gestação, o parto e a criação de nossos filhos.
Nunca esteve ausente. Sempre presente, cumprindo sua parte.
Criamos nossa família, eu e ele, com condições financeiras
confortáveis para nós, nossos familiares e nossos filhos.
Das diversas vezes em que errei em minha vida, ele sempre
esteve ao meu lado, ajudando-me a reparar os estragos, e nunca
me cobrou nada.

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Foi carinhoso, atencioso, dedicado, companheiro, amante, amigo
e principalmente sempre presente e atuante.

Esse homem que para mim nasceu do lago, nasceu da junção do


azul-claro do céu com o azul-escuro das águas do lago, pois foi lá,
à beira do lago, que eu o encontrei, era um presente que a vida
me trouxe”.

Nesse momento a sra. Martha voltou a fitar a parede acima da


minha cabeça. Aproveitei sua pausa e perguntei:
— E onde está esse homem hoje?

Ela, novamente, desceu suavemente os olhos até os meus e


disse:
— Há dez anos viemos para São Paulo, a terra dele, e há três
anos ele partiu.

Antes que eu fizesse qualquer indagação, ela completou:


— Ele chegou um dia em casa e, como de costume, nos
sentamos no quarto para conversar. Entre vários assuntos, ele
começou a dizer:
— Martha, há alguns meses me apaixonei por outra mulher. No
entanto não consigo permitir nenhuma aproximação física entre
nós. Somente conversamos no serviço. Mais nada.
Não consigo mais segurar essa situação e pretendo viver com
ela, só que antes de decidir quero ouvir a sua opinião.
Eu calmamente perguntei:
— Você está seguro de seus sentimentos por essa mulher?
Ele afirmou:
— Sim, muito seguro.
— É com ela que você deseja viver agora?
— Sim, é com ela.
E eu completei:

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— Pois então, meu querido, siga o seu caminho com ela. E vá em
paz que saberei seguir o meu.
Uma semana depois ele se mudou. Comunicamos aos nossos
filhos a separação. E em paz ele foi e em paz eu fiquei.

— Entendi, sra. Martha, que em paz ele foi. Mas a sra. poderia
me explicar como ficou em paz?
— Roberto, o que ele me deu nos trinta anos de casados foi o
suficiente para que eu ficasse em paz com sua partida. Amei e
amo esse homem e se a sua felicidade agora se encontra ao lado
desse novo amor, como poderei impedi-lo? Do que teriam valido
toda a atenção, a dedicação, o cuidado, o companheirismo, a
participação e o entendimento que ele me proporcionou durante
anos, se quando ele precisou disso eu não o tivesse
compreendido?
— E a sra., após a separação, viveu um novo amor?
— Sim, mas muito distante do que vivi com ele.
— Diga-me, sra. Martha, de maneira objetiva, qual foi a principal
razão que fez com que a sra. aceitasse essa separação?
— Por que eu aceitei separar-me do meu grande amor?
— Sim, por quê?
— Por que o tempo todo que esteve ao meu lado ele provou que
me amava. Como poderia eu impedir a sua felicidade?
— E a sra. se sente bem assim?
— Sim, pois me senti amada enquanto estive com ele.

— Dessa sua linda história de amor eu tenho uma pergunta a


fazer:
O sr. Pedro — zelador do lago — em algum momento lhe disse:
“Ele está chegando, e quando chegar seja receptiva”.
O sr. Pedro conhecia o André?
— Não, nunca se conheceram.

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— Como nunca? O sr. André falou para a sra. que foi o sr. Pedro
que lhe disse o seu nome e que a sra. era a dona do lago.
— Soube, Roberto, depois de alguns anos de casada, que o
André, dias antes de me conhecer, havia tido um sonho em que
um sr. idoso, de nome Pedro, lhe dizia que iria conhecer a dona
do lago e que seu nome era Martha.
— Nossa! Mas a sra. conviveu com o sr. Pedro!
— Sim, convivi. Mas fui a única. Porque ninguém na minha
cidade nunca viu alguém com nome de Pedro zelando pelo lago.
— É?
Ela, sorrindo suavemente, perguntou-me:
— É uma linda história de amor a minha. Você vai relatá-la no
seu próximo livro?
— Como a sra. sabe de meu livro? Somente as pessoas íntimas
sabem que estou escrevendo um novo livro. Mas não sabem de
seu conteúdo. Como a sra. sabe que é sobre o amor que
escrevo?
Nesse momento, ela levantou-se e pude observar que seu
vestido era na cor azul-escuro, igual à cor do lago que ela
relatou.
De pé, curvando-se em minha direção, pegou delicadamente em
minha mão e disse:
— Esse amor que relatei a você ainda não é muito praticado no
plano humano. A raça humana prende-se ao tempo. Avalia seus
resultados pelo tempo de permanência dos fatos em sua vida. E
não pelo que realmente viveu.
A qualidade do que vivemos não está relacionada ao tempo, mas
sim à intensidade do que vivemos.
Haverá um tempo em que a raça humana irá absorver da vida o
melhor em apenas alguns segundos.
O amor verdadeiro é aquele que dura ou aquele que constrói
sentimentos indestrutíveis?

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Se a separação física momentânea for suficiente para desfazer
um amor, teria sido esse sentimento realmente significativo em
nós?
Quando permitimos que a pessoa amada viva sua vida de acordo
com suas necessidades do momento, não seria essa uma das
mais fortes provas de amor?
Só amamos enquanto temos? Não somos capazes de abrir mão
da pessoa amada para que ela seja feliz ao modo dela?
Ela em pé segurava carinhosamente minha mão.
E eu emocionado perguntei:
— Sra. Martha, diga-me, por favor, me explique, como fazemos
para amar dessa forma? Como nós humanos poderemos
alcançar esse amor? De que maneira?
Ela, sempre com seu sorriso suave, disse:
— É simples! Quando amamos respeitamos os direitos da pessoa
amada.
Nesse momento fui invadido pela emoção.
E despertei. Em meu quarto o relógio marcava 2h16.
Levantei-me e dirigi-me ao computador. Sentei, liguei-o e concluí
este livro.

● Amor de gerações
Às vezes eu me esqueço, mas quase sempre lembro.
Mesmo que desejasse, não conseguiria esquecer, e sempre faço
questão de relembrar.
Se pudesse viver de novo. Não, não seria possível viver
novamente.
Há coisas na vida que serão possíveis somente uma única vez.

— São três casos distintos.

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— Como assim, três casos? Estamos falando de apenas um caso.
O da mulher que fugiu abandonando o marido e os filhos.
— Sim, esse é o caso original. Mas, talvez existam por trás dele
mais casos.
— Mais casos?
— Exatamente. Por que essa esposa e mãe deixou tudo para
trás?
Por que teria abandonado a família, o convívio com os entes
queridos e o conforto do lar? Para quê? Em busca do quê?
— Ah! Talvez para viver uma aventura amorosa recheada de
ilusões e fantasias.
— Pode ser. Mas parece pouco para largar uma estrutura
montada. E o sentimento de mãe? Os filhos são pequenos, ainda
precisam muito dela. Romper toda estrutura apenas para viver
um amor indefinido?
— Pode ser, muitas pessoas atiram-se em aventuras afetivas sem
se preocuparem com as conseqüências. E depois de vivê-las
ficam o resto da vida consertando erros e transtornos cometidos.
— Sim, essa é uma possibilidade. Mas temos também de aceitar
o fato de que um humano, por natureza, apenas reage ao
estímulo recebido. Talvez essa senhora sumida tenha apenas
reagido a uma situação anterior.
— Como seria isso?
— Muitas vezes guardamos uma agressão ou decepção. Naquele
momento da vida não nos parece possível resolver essas
questões. Então, como humanos, escolhemos, às vezes incons-
cientemente, acomodar isso em nosso interior. Ao escolher essa
opção, por falta de conhecimento sobre as próprias reações,
adiamos a reação. Essa reação, quando contida, vai sendo ali-
mentada e tudo que é alimentado cresce e se desenvolve. Num
determinado momento, às vezes muitos anos depois, essa rea-
ção contida, alimentada e portanto desenvolvida, toma formas
inesperadas e aparentemente contraditórias ou inexplicáveis.

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— Na prática como seria? Ou seja, de maneira mais clara, como
poderia acontecer?
— Podemos supor que essa senhora, que deixou para trás
companheiro, filhos e o aconchego do lar, tenha apenas extra-
vasado uma reação contida. Suponhamos que no passado ela
tenha sofrido uma decepção amorosa considerável, produzida
pelo seu atual companheiro, e que naquele instante, avaliando
sua estrutura, decidiu não reagir à agressão.
Teria, então, reavaliado a agressão sofrida e priorizado outras
situações que julgou mais importante que o sofrimento naquele
instante de sua vida.
— Quer dizer então que devemos reagir a toda agressão
recebida?
— Sim. Para que a vivência interior seja saudável será preciso
reagir a toda agressão ou decepção sofrida.
No entanto, reagir não significa cometer o mesmo ato agressivo,
ou seja, pagar na mesma moeda. Também não significa guardar
para depois e, em momento oportuno cobrar. E nem ficar
constantemente acusando a pessoa pelo ato falho cometido.
Reagir aqui significa unicamente avaliar a situação nova,
dimensionar suas conseqüências e descobrir nossas falhas que
proporcionaram tal ocorrido.
A partir do momento que um fato novo acontecer em nossa vida
afetiva; essa afetividade nunca mais será a mesma. Como, aliás,
em todas as outras áreas da vida humana ou cósmica.
O fato novo, seja ele agradável ou desagradável, é que pro-
porciona as transformações em nossas vivências com o objetivo
de gerar evolução.
Qualquer conquista humana ou cósmica que permanecer longo
período sem transformações irá deteriorar-se. Para que isso não
aconteça, as energias vitais, que comandam todos os seres no
Universo, desencadeiam situações novas para no final
produzirem transformações.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Sendo aplicada a transformação, estará assegurada a per-
manência da conquista na vida humana. Entendendo-se aqui
permanência como o ato de manter-se algo na vida, e não de
manter-se pessoas em nossas vidas.
— É bastante confuso esse raciocínio.
— Sim, mas somente para o padrão limitado de raciocínio em
que a raça humana se encontra atualmente.
— Vamos então visitar novamente aquele lar em que a senhora
abandonou o companheiro e os filhos pequenos?
— Sim, vamos até lá.
— Nossa! Faz apenas dois dias que ela saiu de casa e já voltou.
Está de novo no convívio familiar e cumprindo suas tarefas.
Puxa! Está tudo como era antes.
— Será?
— Sim, eles transmitem harmonia e tranqüilidade. Pelo que vejo
ela alegou que teve um momento de esquecimento, de amnésia
e teria ficado perambulando pelas ruas. Depois se lembrou de
tudo novamente e retornou à casa.
— Sim, essa foi sua alegação.
— E não foi isso que aconteceu?
— Observe ao redor dela. Que coloração encontra ao redor de
sua cabeça, o órgão que ela disse ter produzido o esquecimento?
— Amarelo forte e ondas eletrizadas de vermelho muito escuro.
— São essas as cores da realidade?
— Não, as cores que representam a realidade são o verde e o
azul.
— Há essas cores ao redor de sua cabeça?
— Não.
— Então?
— Sua alegação de amnésia não é verdadeira.
— Sim, exatamente isso. Se fosse verdadeira ela estaria emitindo
colorações azuis esverdeadas.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Bem, como faremos então para poder entender suas ver-
dadeiras razões para tal atitude, mesmo que momentânea.
— Teremos de primeiro conhecer seu passado para entender-
mos seu presente. Está disposta a fazer uma viagem retroativa
pela vida dessa senhora?
— Acho que sim.
— Essa não é a resposta mais adequada para essa questão.
— Sinto um pouco de medo.
— Por que acha que sente medo?
— Não sei.
— O que é o sentimento de medo?
— Asensação do desconhecido.
— Então você sente medo por não conhecer.
— Acho que é isso.
— Continua não sendo uma resposta adequada.
— Vou viajar no tempo passado para entender por que essa
senhora agiu assim no presente. Não seria mais proveitoso você
colocar os fatos do passado que levaram essa senhora a agir
assim no presente?
— Você está aqui para aprender ou para ensinar?
— Para aprender.
— Há situações em que os relatos não são suficientes para
produzir os efeitos esperados. Será preciso a vivência.
E então, está disposta a fazer uma viagem retroativa pela vida
dessa senhora?
— Sim, estou, mas vou com medo.
— Parece muito mais adequada essa resposta.

• 10 anos antes de a senhora sumida “ter amnésia”.


— Puxa! Como ela está linda.
— É verdade. Mas todas as mulheres vestidas de noiva são
lindas.

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Aliás, esse branco do vestido e da grinalda não representa a
pureza sexual, a da castidade como muita gente pensa.
Representa o sentimento de amor, pois o amor é um sentimento
puro e o branco a única cor que não apresenta misturas.
— Ora! Se for assim então por que o homem também não veste
o branco?
— Porque parece que a raça humana convencionou que somente
a mulher seria capaz de amar.
— Mas que estupidez!
— Sem dúvida, mas se fosse somente essa seria fácil contorná-la.
— Para onde eles estão indo?
— Ora! Para a chamada lua-de-mel. Vamos acompanhá-los.
— Para onde o marido está indo?
— Em momentos como este a melhor atitude é ver sem per-
guntar.
— Mas ele está indo para a cozinha do hotel.
— Sim, está.
— O que ele vai fazer lá?
— Em momentos como este a melhor atitude é ver sem per-
guntar.
— Não acredito. Aquela moça estava esperando ele.
— Sim, estava.
— Mas faz apenas dois dias que estão nesse hotel em lua-de-
mel.
— Sim, apenas dois dias.
— Mas como ele conseguiu em apenas dois dias programar um
encontro com essa garçonete?
— Para quem carrega interiormente a deformação do des-
respeito humano não são necessários mais que alguns segundos
para desenvolver suas propostas.
— Ah, não! Eles estão tendo aproximação física.
— Sim, nesse momento eles estão praticando sexo.
— Não é possível, mas ele acabou de casar.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Sim, ele acabou de destruir um belo sentimento alheio.
— Destruir um belo sentimento alheio? A esposa não está vendo
isso.
— Não fixe seus olhos na atitude sexual deles. Amplie sua visão
nesse momento. Dê com o olhar um giro no ambiente todo.
— Oh, não! A esposa está atrás daquela porta vendo tudo.
— Sim, está.
— O que será que ela vai fazer agora?
— Está olhando para a esposa traída?
— Sim, estou.
— Seu olhar está em qual lugar do corpo dela?
— No coração, que chora nesse momento.
— Pois então desça um pouco seu olhar até o ventre dela.
— Oh, não! Ela está grávida.
— Sim, de três meses.
— Entre no pensamento dela. Vamos, encontre uma brecha para
entrar na energia do pensamento dela.
— Estou tentando, mas está confusa, ela pensa muitas coisas ao
mesmo tempo.
— Sim, essa agressão está desencadeando nela muitos pen-
samentos.
Tente se fixar no pensamento da família original dela.
Conseguiu?
— Sim. É uma família muito humilde e sem posses materiais.
— Ela teria chance de criar essa criança que vai nascer em
condições recomendáveis de evolução se dependesse apenas de
sua família original?
— Não. Sua família não poderia ajudá-la em nada. Essa criança
teria o mesmo destino que ela e seus irmãos. Uma vida de
privação e necessidades.
— Agora tente se fixar no pensamento dela em relação à família
dele.
— Sim, consegui.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— E o que está vendo?
— Uma família de acentuadas posses materiais e absoluto
conforto físico.
— O que acha que essa sra. traída, ora a sra. sumida, que
futuramente será mãe, vai decidir?
— Não sei.
— Olhe para mim. E em seguida olhe para frente.
— Ora! Mudou tudo. Estamos no quarto do hotel. Ele com sua
esposa, e ela não disse nada do que presenciou na cozinha com a
garçonete.
— Sim, ela não disse nada. E nada irá dizer nos próximos anos.
Precisamos agora retornar à casa da mulher sumida com
amnésia.

— Bom! Por aqui está tudo bem. Reina a harmonia nesse lar e
parece que todos esqueceram o incidente.
— Sim, aparentemente esqueceram. Entende por que a mulher
disse ter amnésia?
— Pelo que entendi essa amnésia fictícia foi exatamente a
agressão alimentada esses anos todos, que explodiu nesse mo-
mento.
— Sim, exatamente isso.
— Mas, então, o que foi que ela fez nesses dois dias de suposta
amnésia?
— Para entendermos isso será preciso ir ao presente dessa
senhora.
— Mas não estamos vivendo o presente dela?
— Observe as roupas dessas pessoas e os objetos da casa. Eles
representam a atualidade do planeta Terra?
— Não, não representam. Parecem de muitos anos atrás.
— Sim, de exatamente 40 anos atrás.
— Quer dizer que esse momento que pensava ser o presente
dela é também um momento de seu passado?

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Sim. O casamento, a agressão e a suposta amnésia são
passados.
— E qual é então o presente dela?
— Essa senhora está hoje com 79 anos e encontra-se neste
momento interpretando seu mapa numerológico Natal com um
Numerólogo.
Aliás, foi justamente a ativação de suas lembranças, desen-
volvida por esse processo de interpretação, que proporcionou a
oportunidade de viajarmos em seu passado.
— Deseja ir até o presente dessa senhora?
— Sim, desejo, mas meu medo aumentou.
— Compreensível.
— Estamos exatamente no presente da Sra. Sumida. Entretanto,
não poderemos passar além dessa porta. Na sala estão a Sra. e o
Numerólogo; se adentrarmos nossas energias poderão interferir
nesse processo. Por isso, devemos permanecer aqui do lado de
fora apenas ouvindo o diálogo entre eles.

— Olha, quase tudo que você falou realmente aconteceu em


minha vida. Mas, tem algo que aconteceu e você não falou.
— Sim. O Numerólogo não consegue interpretar tudo. Até
porque nosso entendimento da Numerologia é ainda parcial.
— Certa idade de minha vida eu vivi um amor avassalador.
Às vezes eu me esqueço, mas quase sempre lembro.
Mesmo que desejasse, não conseguiria esquecer, e sempre faço
questão de relembrar.
Se pudesse viver de novo. Não, não seria possível viver
novamente.
Há coisas na vida que serão possíveis somente uma única vez.
Foi um amor de dois dias.
Entretanto, esses dois dias ao lado dessa pessoa foram mais
significativos que os 60 anos de meu casamento.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Evocê não relatou essa encantadora e inesquecível experiência
em minha vida.
— Entendo. A Numerologia é uma ciência perfeita, mas o
Numerólogo não. Por limitações de nossa parte não
conseguimos visualizar certos fatos na vida humana.
— Nesses dois dias em que vivi esse encantador e inesquecível
amor todo mundo ao meu redor acreditou que eu estava com
amnésia.

— Em alguns minutos eles irão sair. Quer conhecer a senhora


que foi sumida e que disse ter tido amnésia?
— Sim, quero.
— Ainda está com medo?
— Sim e muito.
— Ela está saindo.
— Oh, meu Deus! É a minha mãe.
— Sim, é. E lembra-se da criança que estava para nascer quando
houve a agressão?
— Sim, lembro.
— Aquela criança no útero era você.
— Oh, meu Deus!

— Quando eu a procurei fiz apenas uma pergunta.


— Sim, você me perguntou por que eu havia interrompido tão
cedo minha vida no planeta Terra.
— Exatamente. Equando lhe perguntavam por que havia
interrompido sua vida física você alegava não ter sido amada por
sua mãe.
— É verdade.
— E ainda pensa assim?
— Não. Mas, ainda não consigo ver a resposta de minha
pergunta.
— Acha que sua mãe agiu certo ou errado?

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Entendo que ela agiu certo. Pois no momento da agressão ela
pensou na filha que ia nascer e não nela própria. Pois mantendo
aquele casamento poderia proporcionar a essa filha uma vida
melhor.
— E proporcionou a você uma vida melhor?
— Parece que não, pois aos 18 anos decidi interromper minha
jornada no planeta Terra.
— Como alguém que se mutila poderá proporcionar alguma
condição satisfatória a outras pessoas?
Para proporcionar uma vida equilibrada temos de estar em
equilíbrio.
Para não produzirmos dor ao nosso redor, temos de resolver as
nossas dores.
Para não mutilar alguém não podemos desenvolver a au-
tomutilação.
Somente quando nos amamos podemos amar alguém.
— Então posso concluir que meu suicídio foi por falta de amor de
minha mãe.
— Não. Sua mãe não soube amar a si própria e conseqüen-
temente não conseguiu transmitir a você o amor-próprio.
Só damos aquilo que temos.
— Nessa história toda onde fica meu pai? Afinal ele foi o
causador de toda essa mutilação familiar.
— Gostaria de fazer uma viagem ao passado de seu pai?
— Oh, não! De novo uma viagem ao passado.
— Poderemos parar aqui onde estamos agora. Minha tarefa
neste momento de minha evolução cósmica não é responder
perguntas, mas sim proporcionar vivências. E sabe por quê?
— Nem imagino.
— Em minha última estada no planeta Terra fui um ser humano
muito exigente. Somente aceitava como verdade o que podia ser
vivido e sentido. Nunca aceitava os relatos de experiências

Livro de domínio público por determinação do autor


27
alheias como possibilidade de conteúdo verdadeiro. Sempre
tinha de ser provado através da efetiva vivência.
Desenvolvi tanto o potencial de vivências que acabei atrofiando
o potencial de explicação. Por isso, agora, como Ser cósmico, só
consigo proporcionar vivências, não consigo explicar.
— Bem, se é assim não tenho muita opção. Vamos então viajar
no passado de meu pai. Vamos de novo ao casamento de meus
pais?
— Não será preciso. Vamos até os 10 anos de idade de seu pai.
Lá entenderemos tudo.

— Veja esse menino de 10 anos, que alegre e divertido.


— Sim. Mas meu pai foi assim sempre. O tempo que convivi com
ele foi sempre um homem alegre e divertido.
— É verdade, essa característica agradável seu pai manteve em
toda a sua vida. Aliás, quase todo mundo gostava dele
justamente por ser sempre uma pessoa alegre, divertida e de
bom humor. Mas observe a região do coração dele ainda como
criança.
— Sim, há algumas luzes com tonalidades obscuras sendo
irradiadas desse coraçãozinho infantil.
— É verdade. Essas tonalidades obscuras representam as mágoas
humanas. E veja que por muitas vezes elas encobrem o coração
do nosso menino alegre e bem-humorado.
— Representam mágoas? Mas, ele é ainda tão novinho. De quem
poderia ter tamanha mágoa a ponto de irradiar-se em seu
coração com apenas 10 anos de vida?
— Com essa pouca idade apresentando tamanha mágoa
somente poderia ser de alguém muito amado.
— É verdade. Quem será que proporcionou essa mágoa?
— Quem são as pessoas que mais ama uma criança com apenas
10 anos de idade?

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Ora! Seus pais. Até porque nessa idade é o único referencial
que temos.
— Perfeitamente correto. Já estamos aqui há algum tempo e
você viu os pais dele?
— Não, até agora não. Não tinha nem reparado nisso.
Onde estão os pais dele, aliás, meus avós?
— Vamos adentrar a casa onde essa encantadora criança vive
para ver se encontramos os pais dela?
— Sim, vamos, até porque gostaria de ver a cara desses pais que
produziram tamanha mágoa nessa criança. Aliás, gostaria de
poder dizer-lhes alguma verdade.
— Tenha calma. É você nesse momento quem procura a
verdade. Mas, compreendo sua indignação.
— Puxa! Rodamos a casa inteira e não encontramos os pais dele,
meus avós.
— Evocê observou esta casa em detalhes?
— Em detalhes não. Apenas procurei pelos pais.
— Então vamos andar novamente pela casa. Só que agora você
deveria observar os aposentos e as pessoas que aqui vivem.
— Mas isso não é uma casa.
— Sim, não é uma casa com família e filhos.
— Aqui é uma creche.
— Sim. Gostaria de ir até a porta de entrada para ler a placa que
define este local?
— Sim, vamos.
— Leia essa placa em voz alta.
— Lar do menor abandonado Dr. Zuqie.
Zuqie, mas esse é o meu sobrenome de família. Ou melhor,
quando vivia na Terra tinha esse sobrenome.
— Sim, esse sobrenome era de seu pai, que veio de seu avô.
— Mas nunca soube que meu avô tinha sido médico e que tinha
fundado um lar para crianças abandonadas.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Sim, nunca soube mesmo. Seu pai e sua mãe sempre con-
firmaram que seus avós paternos haviam morrido muito cedo,
bem antes de você nascer.
— E não foi isso?
— Não. Quando você decidiu interromper sua jornada no
planeta Terra seu avô ainda estava vivo.
— Vivo? Mas, onde?
— Sempre distante de vocês.
— Distante onde? E por quê?
— Seu avô era um médico muito respeitado e com acentuadas
posses materiais em sua época.
Casou-se muito cedo. E, ainda em sua juventude teve uma
relação sexual com uma funcionária de seu consultório, na época
menor de idade. Essa garota engravidou dele.
E no momento do parto, que, aliás, foi seu avô quem a assistiu
nesse episódio como médico, ela morreu, mas a criança nasceu
saudável.
Seu avô viu-se numa situação muito comprometedora.
Não poderia assumir o filho fora do casamento. Se assumisse
estaria confirmando a paternidade, e também confirmando a
agressão praticada contra a menor de idade.

Durante a gestação da garota, ele conseguiu escondê-la. A


família da menina morava em outro Estado e, portanto, não
pôde conviver com a gravidez. Da sociedade local não foi difícil
escondê-la, bastou apenas tirar a garota de circulação, manten-
do-a em cárcere privado por longos nove meses. Que, aliás, teria
sido essa a principal causa de sua morte no parto.
Mas, quando o garoto nasceu e a mãe morreu, seu avô viu-se
numa situação sem saída, pois não contava com a morte da
menina. Em sua cabeça deformada ele planejara após o parto
mandar a menina para outra cidade e continuar assim mantendo
com ela suas necessidades sexuais.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Apavorado com a nova situação, resolveu procurar auxílio na
Igreja. Ao confessar-se com o padre, este lhe pediu a seguinte
penitência, no intuito de reparar seus erros:
“És um homem de muitas posses, por isso deverás fundar uma
creche nesta cidade, pois ainda não temos um local para abrigar
nossas crianças abandonadas. Essa creche receberá teu nome
em tua homenagem e poderás deixar esse teu filho bastardo lá”.
E assim seu avô procedeu.
Antes de um mês de vida seu pai foi deixado nessa creche.
Cresceu sempre alegre e bem-humorado. Quando completou 10
anos, por ser muito esperto e curioso, uma criança ativa e
agitada, ouvia atrás da porta as conversas das freiras que cui-
davam da manutenção física da creche, e numa delas escutou
todas as verdades sobre sua história, e, pior ainda, mencionaram
o nome de seu avô.
Assim, o garoto alegre e bem-humorado quando via seu avô
sabia que era seu verdadeiro pai. Mas, não podia sequer lhe
dirigir a palavra.
Por isso, esse menino de 10 anos, alegre e divertido, carrega no
coração essa névoa acinzentada.
Da dolorida descoberta aos 10 anos até tornar-se homem,
carregou consigo a certeza de não ser amado. E, assim, não
conseguia amar ninguém.
Quando imprudentemente produziu o incidente na cozinha do
hotel estava apenas retransmitindo as condições que seu avô
havia lhe passado como herança.
Seu pai não conseguiu superar a falta de amor. Como nunca se
sentiu amado, não conseguia amar.
Pois somente o sentimento de amor consegue produzir respeito
incondicional à vida e ao bem-estar dos nossos semelhantes.
— Oh, meus Deus! Somos todos vítimas.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Sim. Se fôssemos viajar pelo passado de seu avô encon-
traríamos também uma agressão. Mas, não se faz necessário tal
procedimento.
É oportuno neste momento esclarecer que não são apenas as
agressões que transmitimos às gerações. Se podemos transmitir
essa condição, poderemos também deixar como herança a
nossos descendentes o sentimento de amor.
Existirá uma geração que, apesar de agredida, optará por
transmitir somente o amor como herança. Porque, afinal, um dos
maiores méritos é dar aquilo que não tivemos.
— Até que idade meu avô viveu?
— Quando ele morreu seu pai estava com 45 anos.
— E ele nunca procurou meu pai?
— Seu pai permaneceu nesse orfanato até os dezoito anos.
Conseguiu com a maioridade um emprego numa cidade vizinha.
E, por volta dos 20 anos, foi para bem longe, e aos 21 anos
casou-se com sua mãe em outro Estado.
Ele nunca mais soube de seu avô.
Seu avô, momentos antes de morrer, chamava por ele.
Mas a distância que os separava, e claro não me refiro à
distância física, era tão grande que seu pai nunca ouviu os
chamados de seu avô.
— Meu avô teve outros filhos?
— Sim, teve um belo rapaz que se suicidou aos 19 anos.
— Não acredito! Por que esse jovem se matou?
— Seu avô era uma pessoa muito exigente. Somente aceitava
como verdade o que podia ser vivido e sentido.
Ali no jardim tem um busto de seu avô. Gostaria de conhecê-lo?
— Sim, gostaria.
— E por quê?
— Fomos todos vítimas.
— Sim. Vítimas da estupidez que permeia as atitudes humanas
desde os mais simples até os mais graduados seres humanos.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Já pensou se em vez de ter sido transmitida a agressão em sua
família tivesse sido transmitido o amor? Como teria sido?
— É exatamente sobre isso que reflito neste momento. Não
consigo visualizar como teria sido. Mas tenho a certeza de que
eu e meu tio que se matou aos 19 anos ainda estaríamos vivos
no planeta Terra.
— Sim, é verdade. Seu avô não teria precisado suplicar a pre-
sença de seu pai no leito de morte. Seu pai não teria agredido
sua mãe. E assim você não teria atentado contra sua própria
vida.
— Sim. Eu teria quando criança vivido em uma família completa,
com avós e tios. Meu pai seria outro homem. Eu teria me sentido
amada.
— É verdade. Bem esse é o busto de seu avô. Tem certeza de que
quer conhecê-lo?
— Sim, quero.
— Pois então rodeie a estátua e olhe bem em seu rosto.
— Mas essa face é a sua.
— Sim, eu sou seu avô.

● O voador Cósmico
Conta-se que existia um ser cósmico que adorava voar.
Ele postava-se no alto do Sol.
De lá, pulava para cima e mergulhava no espaço.
Dava um mergulho tão profundo que passava rapidamente pelos
primeiros planetas próximos ao Sol.
E saía diretamente na Terra.
Dava uma volta completa ao seu redor e mergulha novamente
para sair ao lado de Plutão, o planeta mais distante do sistema
solar.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Do alto de Plutão, avistava todo o sistema solar e conferia
planeta por planeta, um a um.
Diariamente fazia essa viagem cósmica.
Saltava do topo do Sol e mergulha no espaço.
Dava uma volta completa ao redor da Terra, mergulhava
novamente e reaparecia no alto de Plutão.
Sentado em Plutão, permanecia contemplando o sistema solar
inteiro.
Certo dia, o guardião do sistema solar aproximou-se do voador
cósmico.
O guardião do sistema solar é um ser cósmico muito antigo, de
vasta e considerável vivência evolutiva.
Tanto que sua posição foi determinada diretamente pela
Divindade.
Sua compreensão e sabedoria sobre a vida cósmica e terrestre é
tão considerável e respeitada que dizem que certo dia a
Divindade o chamou, dizendo-lhe:
“Senhor Nômade, como sabe, quantidade de seres cósmicos
aumentou consideravelmente e o sistema solar abriga grande
número desses seres. E em particular o planeta Terra
proporciona a evolução deles.
Como o fluxo evolutivo vem tornando-se acentuado, precisamos
manter certo controle na entrada e saída desses seres evolutivos
no sistema solar.
Por isso, neste instante necessito de um ser que controle esse
fluxo evolutivo.
Desejo que o senhor aceite essa função.
E a partir de sua aceitação será nomeado o ser cósmico
responsável pela entrada e saída dos seres em processo de evo-
lução”.
Assim, a partir de então, o sr. Nômade ficou conhecido como
guardião do sistema solar.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— Como vai, sr. voador cósmico?
— Muito bem, sr. guardião. E o sr., como está?
— Bem. Tenho há algum tempo observado seus hábitos. E
percebo que todos os dias repete o mesmo procedimento. Dá
um passeio completo no sistema solar e depois fica observando
o Sol e os planetas, e de vez em quando fixa seu olhar em alguma
estrela distante.
Gostaria de saber por que repete esse procedimento diaria-
mente. E o que busca em sua contemplação do sistema solar.
— Prezado guardião. Quando estava em minha viagem evolutiva
pelo planeta Terra, não soube aproveitar completamente minhas
oportunidades.
Pertenci a uma sociedade que valorizava muito mais o possuir do
que o ser. Era mais importante conquistar do que vivenciar.
Achei então que deveria dedicar minha vida terrena a acumular
materialmente.
E assim fiz.
Porém, com certa idade, pude perceber que as conquistas
acumuladas, pelo trabalho árduo e dedicação de muitas décadas,
não eram exatamente o que desejava ter conquistado.
Insatisfeito, decidi pesquisar melhor sobre os objetivos da vida
terrestre.
Foi quando descobri certas ciências que revelam as verdadeiras
condições para uma evolução sadia e satisfatória.
Porém, o estudo dessas ciências demandava tempo. E, nesse
ponto, minha jornada pelo planeta Terra estava terminando. Não
dispunha do tempo necessário para aprender essas ciências.
Entretanto, estava demasiadamente encantado por elas. Não
queria perder a oportunidade de aprendê-las.
Foi quando resolvi rogar à Divindade que me fosse dado mais
tempo. Que minha jornada pelo planeta fosse prolongada.
Certo dia, sonhei com um anjo que disse:

Livro de domínio público por determinação do autor


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“Venho falar-lhe em nome da Divindade. Saiba que seu pedido
foi ouvido. Mas, não poderá ser atendido da forma que solicitou.
Sua viagem evolutiva neste planeta não poderá ser ampliada.
Isso comprometeria planejamentos evolutivos firmados com
outros seres cósmicos, que pertencem a mesma linhagem
evolutiva que a sua.
No entanto, dada sua necessidade de conhecimentos, a Di-
vindade autorizou-me a fazer-lhe a seguinte proposta:
Sua viagem evolutiva no planeta Terra será em breve in-
terrompida e você retornará ao cosmos, adquirindo novamente
a condição de ser cósmico.
No entanto, não será tão logo implantada outra viagem
evolutiva. Permanecerá, por um bom tempo, como ser cósmico,
e deverá nesse período contemplar o sistema solar, local de sua
última estadia evolutiva. E, através dessa contemplação, conse-
guirá descobrir e entender os objetivos de uma viagem evolutiva
no planeta Terra”.
— Sr. guardião, confesso que fiquei estarrecido com a proposta
do anjo.
E resolvi perguntar-lhe:
— Estimado anjo, por que precisarei contemplar? Por que não
posso, através do estudo dessas ciências, descobrir essas
questões?
Disse-me o anjo:
— Poderia ter feito isso no decorrer desta jornada que termina
agora. Porém, resolveu aproveitar essa oportunidade de outras
formas. Por isso, agora, em vez de adquirir conhecimentos,
deverá descobri-los.
Pois, segundo consta em sua ficha cósmica evolutiva, essa sua
viagem ao planeta Terra tinha como objetivo principal
desenvolver as ciências de autoconhecimento, que respondem
perguntas a respeito da evolução cósmica de cada ser.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Entretanto, no decorrer de sua vida, optou por outras con-
quistas.
E, assim sendo, deixou paralisado esse projeto de desenvolver
essas ciências.
Somente no final de sua jornada, resolveu aproximar-se delas.
Porém, o tempo estava se esgotando. Como rogou à Divindade
mais tempo, foi-lhe concedido um tempo cósmico e não
terrestre.
— Assim sendo, sr. guardião, resolvi aceitar esta oportunidade. É
por isso que todos os dias mergulho e contemplo o sistema solar.
Busco conhecimentos e entendimentos para proporcionar
aprendizado sobre a vida cósmica evolutiva.
— Entendi, sr. voador cósmico. Agora entendo por que repete
todos os dias o mesmo comportamento, e fica aqui em Plutão
observando os planetas, o Sol e as estrelas.
Mas, gostaria de fazer-lhe mais uma pergunta:
Há quanto tempo está nessa condição?
— Em minha última estada no planeta Terra, a raça humana
estava para implantar um novo tempo, que receberia o nome de
Era Cristã.
— Ah, sim! Mas esse é o tempo terrestre — disse o guardião. E
em nosso tempo?
— Estou a aproximadamente dois anos cósmico.
— E o que aprendeu nesse período?
— Muitas lições e descobertas. E a principal delas é que quando
não aproveitamos adequadamente nossa jornada pelo planeta
Terra perdemos uma significativa chance evolutiva.
E teremos de buscar outras maneiras de evoluir, que muitas
vezes são mais incômodas, porém, necessárias.
— E quando pretende retornar ao planeta Terra para uma nova
viagem evolutiva?
— Não tenho ideia, sr. guardião. Dependerá exclusivamente da
Divindade.

Livro de domínio público por determinação do autor


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— E o que acha que falta para iniciar sua nova jornada evolutiva?
— Acredito que me falta a permissão divina.
— Há dois anos cósmicos percorre o sistema solar para lá e para
cá, e nunca o abordei. Por que acha que o faço agora?
— Não sei.
— Porque devo entregar-lhe a autorização divina para uma nova
viagem evolutiva no planeta Terra.

• O antes
— Está chegando a hora. Chame minha mãe e as mulheres da
oração.
— Tem certeza de que é este o momento?
— Sim, as dores são fortes e estou com uma incontrolável
vontade de urinar. Apresse-se.
— Vamos, menina, faça força para baixo. Abra suas pernas.
Empurre a barriga. Aperte com força que a criança desce.
— Nasceu!
— Um lindo menino. Parece forte e determinado.

— É pai.
— E o que faço agora?
— Ora! Vá abraçar seu filho e fique ao lado da sua mulher.

— É um lindo menino. Porém, deve aprender a portar-se direito.


Está com 10 anos e ainda não aprendeu a lutar. Terá de aprender
a defender-se e a defender a quem ama.
— Pai, desejo ardentemente aprender o que os magos falam ao
rei e aos senhores do império. Serei um grande mago.
— Ora, menino, desde quando nasceu para ser alguma coisa que
não seja aquilo que seu pai é? Deixe de iludir-se, seguirá o
caminho de seu pai. Será um homem respeitável e grande
administrador das terras do rei.
Não se importará com aquilo que não seja real.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Buscará uma posição de destaque perante aqueles que servem o
rei.
Terá tudo ao seu dispor, desde que tenha moedas. E muitas
delas.
— Mas, pai, ...
— Não diga nada, garoto. Se insistir nessa estúpida ideia de ser
mago, solicitarei ao rei que o coloque nas fileiras de com-
batentes.
E, desde já, ordeno que parta para a corte e lá aprenda a lidar
com as moedas, a defender suas terras e a acumular riquezas.

— Sr. Audrei, acaba de chegar um mensageiro. Solicitam sua


presença ainda hoje nas terras de seu pai.
— Deixe-me falar com o tal mensageiro.
— Não será possível, senhor. Ele retornou imediatamente dada a
gravidade da situação na casa de sua família.
— Disse ao menos do que se tratava?
— Não houve tempo, senhor. Apenas pediu que transmitisse a
urgência da sua presença.

— Sim, minha mãe, por que me busca com tanta urgência?


— É sobre seu pai. Está enfermo. Necessita falar com você.
— E o que tem meu pai?
— Os doutores da corte não sabem o que ocorre com ele.
Porém, avisam-nos que sua hora está próxima.
— E o que devo fazer?
— Fale com ele.
— Mandou-me chamar, senhor?
— Sim, meu filho. Aproxime-se.
— Como está?
— Sinto que no fim. Por isso mandei chamá-lo. Hoje é um
homem.

Livro de domínio público por determinação do autor


39
A última vez que falamos, disse-me querer ser mago. Mandei-o
aos estudos. E, nesses anos todos, espero que tenha mudado de
ideia.
Com minha partida, deverei estar tranquilo ao entregar em suas
mãos além de nossas terras o meu título de Barão.
Passo para suas mãos a manutenção de nosso nome, de nossa
família e de nossa honra e fortuna.
Deverá ser sábio ao administrar esses poderes.
Siga os caminhos de seu pai.

Audrei era conhecido na corte e por seus vassalos como um


homem duro e impiedoso. Implacável em suas atitudes. Muitos o
achavam composto apenas de poder e maldade. Suas atitudes
eram cruéis e desumanas. Acumulava cada vez mais riqueza,
poder e influência. Era odiado e temido ao mesmo tempo.
Distanciou-se da família a ponto de desconhecer seus próprios
filhos. Dedicava-se apenas a manter sua fortuna e a usufruir de
maneira desgovernada os ilusórios privilégios que as moedas
aparentam produzir.
Por volta dos 60 anos, desfilando seu poder e a abundante
riqueza material acumulada, deparou-se nas ruas em direção a
uma festa no reino, com uma senhora que, pegando em sua
mão, lhe disse:
— Audrei, não sabe a falta que faz em nosso reino. Sua presença
nos parece insubstituível. Há muito que fazer, mas sua ausência
não permite realizar. Não pensa em voltar?
— E a que reino pertence? Pois não consigo identificar suas
vestimentas?
— Está tão distante de nós que não reconhece o povo a que
pertence.
— Diga logo, mulher. A que reino pertence, e por que sou
insubstituível?
— Ao reino dos magos, Audrei.

Livro de domínio público por determinação do autor


40
Naquela tarde, por mais deslumbrante que se apresentavam as
festas reais, Audrei estava distante e afastado da realidade.
Como que por encanto aquela senhora bruxa havia mexido com
ele.
Relembrava a infância, a conversa com o pai, a represália
paterna, a punição por querer ser mago.
Chegou a relutar nos estudos na corte. Mas, com o passar dos
anos acabou acreditando que sua vontade de ser mago fazia
parte das fantasias da infância.
Por isso, abandonara-se aos estudos. E com a morte do pai
necessitou assumir o controle das terras da família e aprender a
acumular moedas, que lhe abririam todas as portas do mundo.
Para tanto, não poupou esforços e não se preocupou em
preservar existências.
Era como que se vingasse em cada pessoa, por ter de fazer o que
não queria.
Mas, aquela mulher, aquela bruxa maldita veio para relembrar-
lhe.
Que maldita!
Devo encontrá-la e puni-la por tal ousadia.
Vou usar de toda minha influência para condená-la na corte.
E assim aprenderá a não insultar um nobre.
Sua peregrinação em busca da mulher bruxa atravessou duas
décadas. Sempre em vão.
De início colocou seus homens a seu encalço. Como não
obtiveram resultados, decidiu procurá-la pessoalmente.
Rodou por todos os reinos. Avisou todos os nobres. Chegou a
estipular recompensa a quem encontrasse a mulher que lhe
tirava noites de sono e a quem acreditava dever certas derrotas
no reino.
Certo dia, em terras longínquas, sonhou com a procurada
senhora, que lhe disse:

Livro de domínio público por determinação do autor


41
— Audrei, procurou em tão longínquas terras. Rodou fronteiras a
minha procura. Por que não olhou ao seu redor? Estão
guardados em sua casa, nos pertences de seus antepassados
certos escritos. Por que não os consulta?
Assustado com o sonho, Audrei retornou a suas terras.
Dirigiu-se ao calabouço onde estavam guardados os pertences de
seus antepassados.
E, ao vasculhar escritos de seu bisavô, encontrou o seguinte
texto:
“Em tempos futuros, nascerá em nossa família um menino que
herdará de nosso sangue a sabedoria dos bruxos, a qual possuo.
A ele estará designado o poder dos magos”.
Desesperado com a descoberta, mandou imediatamente chamar
sua mãe. E perguntou-lhe:
— Por que esses pertences de nossos antepassados não foram
revelados à família?
A mãe, surpresa, respondeu:
— De quais pertences você está falando? Toda herança de
nossos antepassados foi repassada a nós: terras, títulos, moedas,
prestígio e poder.
— Falo, minha mãe, desses escritos.
— Ora, esses escritos. Para que servem? Antes de seu avô
morrer, ele pediu ao seu pai que valorizasse somente os títulos
da posse das terras e o de nobreza e esquecesse essas papeladas
de seu bisavô, que, aliás, foi até considerado bruxo. Ora, desde
quando os nobres se envolvem com bruxarias?
Nesse momento Audrei entendeu o que a bruxa havia lhe falado.
E com o desejo de sua alma, rogou à Divindade que lhe desse
mais tempo para poder aprender sobre a vida. E naquela noite
sonhou com um anjo que falava em nome da Divindade.

• O após
— Doutor, dá para saber o sexo?

Livro de domínio público por determinação do autor


42
— É uma linda menina. Está perfeita. Deverá nascer nos
primeiros dias de janeiro do próximo ano.
— Ora, querido, será que nossa filhinha vai nascer no primeiro
dia do ano?
— Não importa, amor. Venha quando vier será sempre bem-
vinda. Mas, se vier na virada do ano será maravilhoso.
Agora tenho de ir. As empresas estão com problemas. Não posso
me ausentar com frequência. Necessitam de mim para tomar as
novas decisões.
Estaremos a partir de janeiro investindo maciçamente em
informática e prontos para faturar com a globalização.
Serei eu o primeiro empresário brasileiro a entrar com produtos
no mercado comum europeu. E de lá colocaremos nossos
produtos em venda direta no mundo todo através da Internet.
Dá para imaginar o salto que daremos em nossa fortuna?
Quando papai morreu deixou-me um grande império. Porém,
obsoleto e lento. Estou transformando-o numa empresa virtual,
na distribuição global de nossas marcas. O mundo irá consumir
nossos produtos. Entrarei na história dessa família como o ho-
mem que internacionalizou nossas indústrias. Serei reconhecido
como o homem do futuro.

— Vamos, querida, seja forte. O doutor disse que falta alguns


minutos para nossa garota chegar. Você vai para a cirurgia. Será
uma rápida experiência.
— Como está ela, doutor? E a criança?
— Ambas estão bem. Mãe e filha passam muito bem. Vá vê-las.

— Por quê? Por que resiste às orientações de seus pais? Pode


estudar nas melhores escolas do Brasil ou do exterior. Será uma
grande empresária. No futuro terá em suas mãos a direção de
todas as nossas empresas.

Livro de domínio público por determinação do autor


43
Circulamos tranquilamente por todos os países com nossos
produtos. Somos um império atuando no planeta Terra.
Você será a única herdeira e responsável por todo o nosso
império. E reluta em aceitar toda essa facilidade.
Você consegue me explicar por que está lutando contra a sua
formação adequada para comandar nossas empresas?
— Pai, sinto que não vou me dar bem na administração das
empresas. Gosto de outras coisas. Sou apaixonada por ciências
ocultas. Isso me fascina. Gosto de estudar tudo que é místico.
— Você é minha única filha. A quem passarei o comando das
empresas?
— Não sei. A algum funcionário de confiança.
— A algum funcionário de confiança? Vou entregar nosso
patrimônio nas mãos de um funcionário de confiança? Você está
louca. Não sabe do que está falando.
E se ele me roubar? E se ele acabar com nossa fortuna?
— Sem problemas, pai. Agente não precisa de tanto para viver.
— Olha, eu não vou mais perder meu tempo com você. Dou-lhe
mais dois dias para pensar. Se não retomar seus estudos no
exterior, serei obrigado a decidir sobre sua própria vida.
— Querido, o que pretende fazer em relação a nossa filha?
— Dei-lhe dois dias para pensar.
— E se ela decidir não seguir seus caminhos. O que fará?
— Vou obrigá-la a estudar.
— E se ela se recusar?
— Vou deserdá-la e pedir que saia de nossas vidas.
— Está muito certo. Onde já se viu ter uma filha esotérica? O que
irão falar de nós e de nossa família? Afinal, temos patrimônio,
somos reconhecidos socialmente e você é considerado um dos
melhores empresários brasileiros.
— Um dos melhores porque não é hábito dar a um só homem
todo o reconhecimento e mérito que ele merece.

Livro de domínio público por determinação do autor


44
— Alô?
— Dona Olga?
— Sim.
— Sou o advogado de seu pai. Como sabe, ele faleceu há uma
semana. Estamos resolvendo as papeladas do inventário de sua
família.
A senhora deve saber que seu pai deixou em testamento todos
os seus bens para sua mãe. E, segundo a legislação a senhora
poderá contestar esse testamento na justiça, e com grandes
possibilidades de adquirir a sua parte.
Estou ligando para informá-la desse fato. Como advogado da
família sinto-me na obrigação de alertá-la sobre esse fato.
— Agradeço sua atenção, mas, não há nada a ser feito.
— Senhora, estamos falando em...
— Eu sei. Foi assim que meu pai desejou. Que seja feita a
vontade dele. Obrigado por sua atenção e até logo.

— Olga, há algum tempo acompanho seu trabalho. Faz tempo


que queria participar de seus cursos. Mas, somente agora pude
comparecer.
Ouvi várias vezes você falar, em seus livros, ou na mídia, a
respeito de viagem evolutiva, autorização da Divindade. Poderia
nos explicar melhor essas questões?
— Claro que sim.
Todos nós, seres cósmicos, quando resolvemos avançar em
nosso processo evolutivo, solicitamos à Divindade a
oportunidade de embarcarmos em uma viagem rumo ao planeta
Terra.
Assim, é elaborado um plano de vivências para que possamos
nos guiar quando aqui estivermos.
Esse plano, quando aprovado por nós e pela Divindade, nos dá o
direito de viajar pelo sistema solar e ingressar no planeta Terra.

Livro de domínio público por determinação do autor


45
E o mais interessante é que muitas vezes não aproveitamos
adequadamente essa viagem. Às vezes descobrimos muito tarde
os nossos verdadeiros objetivos.
E num ato de desespero rogamos à Divindade que prolongue
nossa jornada na Terra para podermos adequar nossas vivências.
Porém, por vezes, não é possível esse prolongamento. Então nos
é dada a oportunidade de ficarmos vagando pelo cosmos como
viajantes até descobrirmos nossas verdades. E isso poderá levar
anos, séculos ou milênios.
Quando descobrimos, o guardião do sistema solar nos encontra
e nos entrega a nova autorização para viajarmos rumo ao
planeta Terra, numa nova viagem evolutiva.

Considerações do Numerólogo
O mapa Numerológico natal, elaborado por meio do nome de
nascimento e da data de nascimento, representa um roteiro de
vida.
Nele estão contidos nossos potenciais, nossas dificuldades,
nossas conquistas no campo financeiro, profissional, afetivo,
social, sexual e espiritual.
Ele relata também as facilidades que temos em certos campos de
nossa vida e as dificuldades que teremos de enfrentar com o
objetivo de aprendermos.
Apresenta com precisão as transformações que teremos durante
nossa vida, com o objetivo de nos preparar para novas
conquistas evolutivas.
A numerologia Pitagórica é uma ciência da área esotérica, de
cunho espiritual, e destinada ao autoconhecimento humano e à
prática da espiritualidade.
O mapa Numerológico natal é definido como uma proposta
evolutiva acertada entre o portador e a Divindade que ele
acredita e representa, respeitando-se incondicionalmente o
livre-arbítrio.

Livro de domínio público por determinação do autor


46
Assim, o mapa representa um passaporte cósmico, o visto de
entrada e saída no sistema solar.
Nós, como seres cósmicos, desejamos embarcar numa nova
viagem evolutiva no planeta Terra.
Como toda viagem, mesmo a terrestre, a viagem cósmica exige
um roteiro, um plano a seguir.
Quando nos deslocamos para viajar temos de escolher o meio de
transporte, o local de destino, o que iremos fazer nesse local.
Assim também é no plano cósmico.
Em algum momento de nossa vida como seres cósmicos, re-
solvemos realizar uma viagem evolutiva e, para tanto,
solicitamos a elaboração de um roteiro. Roteiro esse que na
numerologia Pitagórica se chama mapa Numerológico natal,
apelidado de passaporte cósmico.
Pois acreditamos que ao chegar à entrada do sistema solar
deparamos com seu guardião, que nos solicita a autorização para
entrada no sistema solar, em direção à Terra.
Nesse momento apresentamos o mapa Numerológico natal
assinado por nós e pela Divindade.
O guardião carimba o visto de entrada e estamos autorizados a
desenvolver nossa viagem evolutiva no planeta Terra.
Ao terminarmos essa viagem, para sair do sistema solar o
guardião solicita novamente a apresentação do mapa Numero-
lógico natal, para carimbar o visto de saída.
Porém, nesse momento ele – o guardião - verifica se cumprimos
nossos objetivos. Se assim for, será carimbado o visto de saída
do sistema solar, e voltamos a nossa condição original de seres
cósmicos.
Se assim não for, ou seja, se não cumprimos os nossos objetivos
nessa viagem evolutiva, teremos de retornar para uma nova
viagem evolutiva.
O que não sabemos é quanto tempo esse retorno demorará a
acontecer.

Livro de domínio público por determinação do autor


47
Por isso que quando nós, numerólogos, interpretamos o mapa
Numerológico natal de qualquer pessoa descrevemos, mediante
os conceitos da numerologia Pitagórica, sua viagem evolutiva no
planeta Terra.
O numerólogo é apenas um instrumento interpretativo, pois o
maior conhecedor do mapa Numerológico natal é o seu pro-
prietário. Afinal, foi ele quem fechou o acordo.
Segundo os conceitos numerológicos, os seres humanos
apresentam propostas distintas em seus mapas.
Alguns nasceram para conquistar materialmente. Outros com
conquistas espirituais. Ou ainda mescladas.
Alguns com conquistas afetivas. Outros com ausência de prática
afetiva.
E outros ainda apenas para vivenciar sua trajetória terrestre.
Essas conquistas poderão ser fixas ou cíclicas, dependendo do
mapa de cada ser humano.

Livro de domínio público por determinação do autor


48
Capítulo 2
Mitologia Numerológica

● O Momento da Criação dos Números

Deus, em Sua infinita sabedoria e bondade, criou o universo.


Nele, colocou as suas criaturas: os seres vivos. A cada ser vivo
corresponderia um planeta, para iluminá-lo no momento de seu
nascimento e acompanhá-lo energeticamente por toda a vida.
No entanto, Deus achou que só a energia do planeta não
bastaria, e decidiu dar a cada ser vivo um número no momento
de seu nascimento, já que Seus filhos, habitando este planeta,
teriam maior facilidade para entender os números, do que os
astros.

 Chamou o primeiro filho, e disse-lhe:


“Querido filho, a ti darei o NÚMERO 1. Serás sempre bata-
lhador. Lutarás muito, e todas as portas se abrirão para ti. Terás
sucesso no que quiseres fazer, pois em ti está a semente do
começar. Serás famoso e terás muitas conquistas. Brilharás
tanto, que poderás ter de lutar contra a inveja e o despeito de
outros filhos. Teu brilho será tão intenso, que a ti mesmo
parecerá grandioso. No entanto, te darei tanto brilho, para que
com ele possas iluminar a vida de meus outros filhos. Será essa
a tua missão: clarear os caminhos de teus irmãos, com o teu
próprio brilho. Se aqui voltares, tendo acumulado o brilho

Livro de domínio público por determinação do autor


49
apenas para ti, te direi então que perdeste tempo. Tirarei teu
brilho, para que possas entender a escuridão”.

 Em seguida, o Pai bondoso chamou Seu segundo filho:


“Querido filho, a ti destinei o NÚMERO 2. Com ele
conseguirás amar e juntar-te ao próximo. Sempre, em todos os
momentos, necessitarás estar acompanhado. A solidão não te
será frutífera. Luta sempre para estares com alguém. Carregarás
em ti a semente da união. Serás o responsável pela união de
todos os teus irmãos. Sem ti, eles estarão soltos e dispersos
pelo universo. Por isso, rogo-te, busca sempre o próximo,
estando sempre ao lado dele. Somente conseguirás ter sucesso
e ser feliz, se dividires tua vida com alguém. A ti caberá unir.
Porque se meus filhos aqui retornarem, dispersos e desunidos,
de ti cobrarei. A ti pedirei respostas, pois será por teus atos, tua
mente e teu coração que teus irmãos permanecerão unidos”.

 Prosseguindo, DEUS chamou o terceiro filho:


“A ti, querido filho, reservei a semente da multiplicação: te
destinei o NÚMERO 3. Por teu ventre passará a vida. Em ti, teus
irmãos encontrarão como se multiplicar. Estarás sempre
destinado a servir, para que o mundo possa crescer. Nunca
negues a ninguém, seja quem for, o direito da proliferação.
Terás fala ampla e irrestrita, falarás todas as línguas e
descobrirás todos os pensamentos. Captarás no ar aquilo que
não puderes ver.
“Conquistarás a todos através da conversa, para que isso
facilite a tua aproximação com a recriação. Terás talento de
sobra para desenvolver a imaginação e a criatividade, para com
isso procriares-te. Está em tuas mãos a manutenção da vida e

Livro de domínio público por determinação do autor


50
das idéias, por ti passarão todas as esperanças e os sonhos, para
que lhes dê a injeção da multiplicação.
“No entanto, rogo-te que multipliques sem te excederes. Não
gastes tua energia em vão, descobre como usá-la sabiamente,
mas nunca negues a possibilidade de desenvolvimento e
crescimento. Quando aqui retornares, pedir-te-ei que, junto a
mim, olhes rumo ao infinito para podermos avaliar a tua obra;
se no universo houver vida abundante, terás sido um vitorioso”.

 Chamando imediatamente o próximo filho, DEUS disse:


“A ti, querido filho, reservei o NÚMERO 4. Serás, entre todos
os meus filhos, o único responsável pela solidez da vida e dos
fatos desta. Aprenderás a criar raízes. Aprenderás a estruturar;
em ti está o poder de perpetuar a vida. Com tua energia,
conseguirás fazer com que as sementes plantadas por teus
irmãos possam se perpetuar. A ti cabe a responsabilidade de
manter as obras de teus irmãos para sempre. Se houver frutos
dessas obras, tu forneceste o alicerce e a estrutura para a sua
frutificação. Vê, teu trabalho não será fácil. Exigirá dedicação e,
por vezes, muito trabalho e esforço; trabalharás arduamente e
não virá a ti o retorno de tua obra. Pois a ti bastará apenas
garantir a segurança, a estrutura e a solidez dos caminhos de
teus irmãos.
“Como disse, a ti não virão os frutos, nem serás tu a colhê-los.
No entanto, querido filho, posso te garantir que é para ti que
reservo os maiores méritos. Pois quem trabalhar arduamente
em meu nome, sem esperar reconhecimento, merecerá um
lugar de destaque em meu reino”.

Livro de domínio público por determinação do autor


51
 Chamando em seguida Seu próximo filho, disse:
“Querido filho, para ti reservei o poder da mudança. De posse
do NÚMERO 5, serás o responsável pelas transformações na
vida de teus irmãos. Carregarás contigo a facilidade de quebrar
estruturas e derrubar barreiras; tudo o que tocares mudará e se
transformará.
“Por isso, peço-te que, de tempos em tempos, visites teus
irmãos um a um e, individualmente, observes suas vidas.
Verifica o que não está de acordo, e procede à mudança,
conservando aquilo que precisa e deve ser mantido. Como teus
irmãos estarão espalhados pelo universo, terás a facilidade e a
vontade de te locomoveres por longas distâncias, ou melhor,
necessitarás disso. Serás então um pássaro errante sem
moradia e sem ninho. Pois somente assim conseguirás avaliar o
que deve ser mudado, e o que deve ser mantido”.

 Em seguida, repleto de carinho, nosso Pai convocou Seu


próximo filho:
“Para ti, querido pupilo, darei o NÚMERO 6. Com ele, poderás
formar família, conseguirás conservar e manter a estrutura
sentimental de teus irmãos. Serás aquele que carrega o amor
em si. Cada vez que passares próximo a teus irmãos, uma
nuvem singela envolverá cada um deles, para que sintam o
quanto é importante amar.
“Vê que a ti não peço grande sacrifício. Pois, se observares o
amor que tenho por ti, poderás então transmiti-lo a todos os
que tocares, para que possas assim inspirar o amor na sua mais
bela forma de expressão. No entanto, advirto-te de que essa
paz e tranqüilidade poderá te causar danos; nunca te
acomodes. Nunca fiques sentado esperando a vida passar. És tu
quem deverás estar sempre atento às necessidades afetivas de

Livro de domínio público por determinação do autor


52
teus irmãos. Dar-te-ei mais: um lar, com o aconchego de teus
entes queridos, para que possas assim, dentro de tua própria
casa, exercitar o mandamento de teu destino”.

 Prosseguindo, chamou o próximo filho e, com muita


seriedade, disse-lhe:
“A ti, querido filho, reservei o NÚMERO 7. Quase sempre em
tua vida serás mal entendido. Muitos não saberão como lidar
contigo. É que te destinei para ser meu canal de comunicação
com os demais filhos meus. Para isso, terás a facilidade de
entrar em contato com o mundo não racional. Por ti, passará
sempre um cordão de ligação comigo. Por ti, falarei a meus
outros filhos. Tua missão não será fácil, pois, no mundo em que
irás viver, poderás sucumbir às tentações de outras ligações que
não comigo.
“Por isso, da vida terás que conhecer de tudo. Conhecer
apenas não bastará, terás de entender profundamente a vida e
as pessoas. Para isso, serás quieto, calmo e pensador. Peço-te
que, sempre que não conseguires mais continuar nessa tua
estrada, liga-te fortemente a mim e te mostrarei o caminho.
Fica em paz, porque sempre estarei falando contigo. E usarei de
ti para falar com todos os meus filhos”.

 Assim que terminou, nosso Pai convocou o próximo


filho:
“A ti, querido filho, darei o NÚMERO 8, e com ele todas as
facilidades das moedas. Com ele, conseguirás acumular muita
riqueza material, própria e específica do mundo físico. Com a
vibração deste número, serás poderoso, influente e prestigiado
por muitos, pois teus cofres estarão sempre cheios.

Livro de domínio público por determinação do autor


53
E, para que lides com a moeda com a desenvoltura que ela
solicita, te darei um poder visionário e, como te disse, não
precisarás correr atrás das moedas, pois elas te encontrarão. No
entanto, reflete muito sobre a posse das moedas. Se te dou
tanta facilidade para adquiri-las, é porque deposito em ti a
esperança de que faças justiça. Se utilizares do poder das
moedas para financiar apenas teus projetos, ou para, pura e
simplesmente, encher teus cofres, quando aqui retornares,
cobrarei de ti por teus irmãos.
“Pois, no mundo físico, aquele que estiver sem as moedas, ou
com poucas delas, sofrerá muito. Por isso é que te dou tanta
facilidade para adquiri-las, na esperança de que irás reparti-las.
Pois, em relação aos outros teus irmãos, quando necessitares
da ajuda deles, eles te fornecerão seus dons, e não será justo
que reserves somente para ti a facilidade que as moedas
produzem no meio físico”.

 Assim sendo e, ao terminar a reunião, DEUS chamou


Seu último filho:
“Com você, amado filho, ainda terei de conversar muito. No
momento, apenas te dou o NÚMERO 9. E, com a energia deste,
sentirás uma necessidade incontrolável de amparar a todos
indistintamente; serás o único filho que se preocupará com
todos os outros indistintamente.
“Não conseguirás ser feliz, se a teu redor existir alguém infeliz.
A tua felicidade dependerá do bem-estar de todos os teus
irmãos. Amarás o universo das criaturas, e não uma a uma.
Sentir-te-ás responsável por todas elas. E és realmente
responsável por elas. Nunca exigirei de ti mais do que podes
agüentar. Como tens de velar por todos os teus irmãos, te darei
o poder da imortalidade. Pois nunca poderás morrer; estarás
sempre vivo, e sempre cuidando deles. Tua vida é a vida de

Livro de domínio público por determinação do autor


54
todos os demais. Assim serás feliz. Assim conseguirás
imortalizar-te. Sei, amado filho, que tua tarefa não é cômoda.
Por isso, providencio, agora, o nascimento em ti de dois
auxiliares: de um lado, carregarás a intuição que te ajudará no
entendimento do mundo e intensificará nossa ligação; poderás
chamá-la de 11. De outro, carregarás a semente da sabedoria
universal: com ela adquirirás a facilidade para entender as
razões pelas quais teus irmãos cometem faltas e deslizes. E,
com esse entendimento, poderás orientá-los adequadamente.
Poderás chamá-lo de 22.
“Como vês, serás o único filho com dois auxiliares. Pois sei da
labuta que terás de enfrentar. Rogo-te, nunca os abandones.
Não te esqueças, amado filho, tu somente serás feliz se teu
próximo também estiver feliz. Por isso, derrama felicidade por
onde passares, para que teu próximo possa absorvê-la, e assim
tornar-se feliz. Estando ele feliz, tu também serás feliz”.

Terminada a reunião, nosso amado Pai disse a todos os seus


filhos:
“Queridos e amados filhos, chegou o momento da partida. Ide
em direção ao infinito. Lá encontrareis a terra árida para
trabalhardes. Depositei em vós tudo o que até agora pude
desenvolver. Sois a minha esperança do futuro. Olharei por
todos. Estarei sempre presente ao vosso lado. Nunca vos
abandonarei. A cada um dei um talento desenvolvido; mas
quero ainda dizer-vos que, apesar desse talento desenvolvido,
em cada um de vós plantei também todas as outras sementes.
Se, num determinado momento de vossas jornadas cósmicas,
precisardes de outro talento que não seja esse que desenvolvi
em vós, basta me pedirdes, que farei com que a semente
solicitada germine dentro de vós. Assim vos criei, pois vos criei à
minha semelhança. Razão pela qual sois iguais a mim”.

Livro de domínio público por determinação do autor


55
● O Mito dos Números

Descubra a sua Divindade


Para saber qual a divindade que representa vossa existência
considere a soma das Vogais de seu nome – valendo sempre o
nome que constar na 1ª certidão de nascimento. Escreva o seu
nome de nascimento (como estiver escrito na certidão de
nascimento), e some os valores das vogais.
Reduzindo de 1 a 9. Conforme a tabela Pitagórica, descrita
abaixo.

Tabela Pitagórica
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V W X Y Z

Exemplo de como somar as vogais do nome:

1 696 1 6 5 1 591 = 50 = 5 + 0 = 5
ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA

O Mito dos Números


Contava-se na Grécia antiga que havia nove Deuses.
Cada qual responsável por uma característica cósmica evolutiva.
A cada dois mil anos, eles reuniam-se para avaliarem suas
atividades junto a raça humana, e relembrarem como tornaram-
se divindades.
Nesses encontros, contavam com a presença do Deus dos
Deuses.
Mestre sábio e perfeito, que recebia de cada um dos Deuses, os
relatos das suas atividades e ouvia suas estórias.

Livro de domínio público por determinação do autor


56
Cada um dos Deuses, prostava-se perante o Deus dos Deuses,
para
relatar como conseguiu deixar de ser humano, e tornou-se
divindade.

 O DEUS DA LIDERANÇA
Conta ele:
Que quando humano, conheceu um ser sábio.
E, por confiar nele decidiu contar sua aspiração.
Dizia ele, ao homem sábio, que queria tornar-se um Deus.
Seu desejo era liderar, comandar e dirigir.
O homem sábio disse-lhe:
- Vamos ver se és líder. Vou lhe incumbir de certas tarefas.
Em um dia de caça deverás trazer-me 10 animais abatidos para
alimentar meu povo.
Saiu, o homem que queria ser Deus, e em menos de um dia
trouxe 10 animais abatidos.
Passou algum tempo, e o homem sábio pediu para que ele
conduzisse, pela selva, um grupo de pessoas. E, seria ele o
responsável pela sobrevivência de todos que estariam sob seu
comando.
Depois de alguns meses, o homem que queria ser Deus, retornou
sem nenhuma baixa em sua equipe.
Em seguida, o homem sábio, solicitou ao aspirante a Deus, que
sozinho fosse até o ponto mais alto da região, e lá,
permanecesse por longo período sem a companhia de ninguém.
E, assim foi. O pretendente permaneceu por dez anos sozinho no
topo da montanha.
Ao retornar, resolveu por perguntar ao homem sábio:
- Prezado sábio, sou eu agora um Deus?
- Não. Ainda não és.

Livro de domínio público por determinação do autor


57
- Mas, durante anos cumpri todas as tarefas que solicitou-me.
Provei ser forte e corajoso. Liderei e comandei pessoas. Fui capaz
de sobreviver sozinho. Porque não sou ainda um Deus?
Respondeu-lhe o homem sábio:
- Porque apenas cumpristes o que mandei. Se fostes realmente o
Deus da liderança teria seguido os teus próprios caminhos.
Foi então, que para tornar-me um Deus, tive que descobrir a
importância da independência.
E assim, tornei-me a divindade da liderança.
E atendo pelo nome de GUREDAANT ou GARETUAND.
E, desde os tempos iniciais, viajo pelo cosmo, ensinando a
humanidade como tornar-se independente.

 O DEUS DA UNIÃO
Conta ele:
Para tornar-me Deus foi necessário aprender a unir as pessoas.
Fui durante séculos o responsável pelo elo que mantinha unidos
os seres humanos.
Deveria manter todos unidos e ligados entre si.
Imaginei que para isso acontecer precisaria atender a todos os
pedidos e desejos dos outros.
Assim sendo, criava com eles um sentimento de gratidão e
confiança que firmaria nosso elo de união.
Passei meus dias atendendo aos pedidos dos outros.
Priorizava sempre as necessidades das pessoas.
Valorizava os desejos alheios.
E assim, fui firmando elos de ligação entre um e outro ser
humano.
No entanto, com o passar dos tempos, apesar de eu ter
cumprido as exigências alheias, as pessoas se afastavam de mim.
Iam embora e, dissolviam os elos da união.
E por isso, tinha que recomeçar tudo de novo.

Livro de domínio público por determinação do autor


58
Atender a todos pedidos.
Ajudar as conquistas alheias.
Viver os sonhos e desejos dos outros.
Para poder firmar novos elos de união.
Só que, com o passar dos tempos, depois de dedicar-me tanto,
as pessoas iam novamente embora. Desfazendo os elos da união.
Não entendia!
Sempre as acompanhei.
Fiz tudo que solicitavam.
Dediquei minha vida atendendo a seus pedidos.
Porque iam embora?
Resolvi então perguntar à essas pessoas, porque me
abandonavam.
Busquei respostas, e as encontrei.
Disseram-me:
- És na verdade gratificante ter alguém como você.
Que nos acompanha. Que atende nossos pedidos.
Mas, não é confortável saber que existe alguém para sempre ao
nosso lado. Nos acompanhando.
Há momentos que necessitamos estar sozinho.
E, você não permite.
Por isso, resolvemos nos afastar.
Foi assim, que para tornar-me um Deus foi preciso que eu
aprendesse, que somente com desprendimento mantem-se a
verdadeira e indissolúvel união.
Quando permitimos que alguém siga o seu próprio caminho, e
adquira as suas conquistas criamos com ela os verdadeiros laços
de união.
Não estamos unidos quando seguimos o caminho dos outros.
Mas sim, quando proporcionamos a eles seguirem o seu próprio
caminho.
E assim, tornei-me a divindade da união.
E atendo pelo nome de NEROW ou WOREN

Livro de domínio público por determinação do autor


59
Viajo pelo universo ensinando os humanos a manterem suas
uniões.

 A DEUSA DA FALA
Conta ela:
Para tornar-me uma divindade fui incumbida de tarefa
aparentemente simples.
Ao nascer o filho da deusa da fertilidade, deveria avisar ao
mundo a sua chegada.
Preparei-me durante séculos para essa tarefa.
Quando o momento chegou. A deusa da fertilidade chamou-me.
E disse:
- Sabes de tua tarefa? Deves avisar ao mundo a chegada de meu
filho.
Faremos uma grande festa e a partir daí todos os humanos serão
férteis.
Sabes como fazer?
Disse-lhe:
- Sim.
- Então rodas o mundo comunicando a boa nova.
Percorri todas as distâncias.
Rodei os cantos do mundo avisando em bom tom:
- O filho nasceu.
- O filho nasceu.
- O filho nasceu.
- Todos devem comparecer a festa para tornarem-se férteis.
Retornei ao reino da deusa, avisando-lhe que não havia no
universo, um único ser que não sabia da chegada de teu filho.
Assim sendo, todos compareceriam a festa para consagração da
fertilidade.

Livro de domínio público por determinação do autor


60
A deusa da fertilidade feliz e radiante, solicitou ao seu reinado
que preparassem as festividades. Com muita alegria e beleza
para receber o povo do universo.
Foram dias e mais dias de preparos para a grande festa.
Quando o momento chegou, aguardamos durante dias a
chegada do povo do universo.
E ninguém apareceu.
A deusa da fertilidade chamou-me e disse:
- Sabes, que para seres a deusa da comunicação tens que saber
falar.
- Disse-lhe que sim. E, foi o que fiz. Avisei a todos que teu filho
tinha nascido.
- E, como foi que disse-lhes?
Assim;
- O filho nasceu. O filho nasceu. O filho nasceu.
Falou-me a deusa da fertilidade com olhar sério e profundo:
- Esquecestes de dizer de quem era o filho.
Como querias que eles comparecessem a festa?
Nesse momento, para tornar-me a divindade da comunicação
descobri que não bastava apenas falar. Seria preciso saber o que
e como falar.
E atendo pelo nome de MARLOETT ou TOMARLET.
Transporto-me pelo universo inspirando os humanos a
comunicarem-se adequadamente.

 O DEUS DA SEGURANÇA
Conta ele:
A tarefa para tornar-me a divindade da segurança pareceu-me
simples, porém árdua.

Livro de domínio público por determinação do autor


61
Deveria eu, manter sobre a areia de uma praia um navio. Sem
permitir que o balanço e o movimento das ondas e das marés
levassem o navio para o mar.
Optei por amarrá-lo com cordas, fincando profundas estacas na
areia. Para que o balanço das ondas não o levasse para a água.
Depois de muito amarrar. E de fincar estacas profundas e
resistentes, percebi que o vai e vem das ondas, carregava a areia
embaixo do navio.
Decidi por repor a areia que escorria com a água do mar.
Durante dias carregava a areia de outros pontos da praia, para
jogar embaixo do navio e mantê-lo imóvel.
Foi um trabalho árduo, pesado e cansativo. Mas assim,
permanecia o navio atracado na areia.
Durante anos seguidos, aprofundava as estacas.
Trocava as cordas frágeis.
E, repunha a areia embaixo do navio.
Cumpri o meu objetivo.
Ao terminar o prazo o navio permanecia atracado na areia da
praia.
Muito satisfeito e pensando ter cumprido minha tarefa, retornei
ao Deus dos deuses, para receber meu reconhecimento.
E ele disse-me:
- Quanto tempo passastes prendendo o navio na areia?
- Quatro anos, senhor.
- Foi um trabalho fácil?
- Não senhor. Foi árduo, cansativo, e de muita dedicação.
Pois, a maré muda durante o dia e durante a noite.
E, a cada mudança de maré tinha que bater estacas.
Revisar as cordas e repor a areia.
- Muito bem. – Disse o Deus dos deuses – volte à praia e solte o
navio. E, permaneça mais quatro anos observando-o.
Assim fiz.
Voltei a praia.

Livro de domínio público por determinação do autor


62
Soltei o navio e permaneci, observando-o, por mais quatro anos.
E, pude verificar que devido ao seu peso, mesmo solto, as ondas
não conseguiam leva-lo para o mar.
E, foi assim que para tornar-me a divindade da segurança, tive
que aprender que a segurança é adquirida pela movimentação e
não através da estagnação.
E atendo pelo nome de CATOOIP ou POCIATO.
Percorro o universo aproximando-me das pessoas para
estruturar suas jornadas cósmicas. Gerando movimentação em
suas vidas.

 A DEUSA DA TRANSFORMAÇÃO
Conta ela:
Disseram-me, quando me propus a ser uma deusa – a deusa da
transformação -, que por onde eu passasse nada poderia
permanecer como antes.
Seria eu a responsável pelas mudanças.
Por isso, deram-me “as asas da liberdade”.
Poderia eu voar, ser livre e assim gerar mudanças.
Poderia estar em vários lugares quase que ao mesmo tempo.
Bastava apenas voar.
E assim fiz.
Saí pelo universo.
Voando entre as galáxias e mudando tudo que encontrava.
Num belo dia, fui chamada pelo Deus dos deuses, que me disse:
- Senhora transformação. Podes me dizer onde está o sol?
E em que lugar colocas-te a estrela Dalva?
Há dias procuro pelo planeta Terra e não o encontro.
Plutão, o último planeta do sistema solar, está cara a cara com a
lua.
- O que fizestes no universo?

Livro de domínio público por determinação do autor


63
- Ora senhor, transformei –o. – respondi.
- Transformastes tudo numa grande bagunça.
Com suas mudanças colocaste em risco a vida no universo.
E agora que vais fazer?
- Não sei senhor. Só sei transformar.
- Pois então, venhas comigo.
Acompanhei os passos do Deus dos deuses.
Calmo e tranqüilo, ele colocou tudo, que eu havia transformado,
em seus devidos lugares.
E o universo retornou a sua harmonia original.
E nesse momento, para tornar-me a deusa da transformação
precisei aprender a transformar sem alterar a harmonia das
coisas.
Atendo pelo nome de SUDARFAT ou DARFATUS.
Bato asas pelo universo.
Em vôos rasantes no planeta Terra.
E ao lado de cada humano desenvolvo a vontade de mudar.
Inserindo em seu ser cósmico, o sentimento de preservação da
harmonia.

 O DEUS DO AMOR
Conta ele:
Para tornar-me uma divindade tive que aprender a amar.
Teria o poder de evitar as brigas; as agressões e os
desentendimentos.
Pois, esses fatores não representam o sentimento amoroso.
Por isso, seria eu um grande mediador.
Estaria sempre disposto a conciliar e a proporcionar
entendimento.
Porém, decidi por conta própria acrescentar algumas atitudes a
minha tarefa.

Livro de domínio público por determinação do autor


64
Se deveria patrocinar entendimento.
Poderia então evitar desentendimentos.
E, para isso, seria preciso interferir na vida das pessoas,
impedindo-as de desentenderem-se.
Assim, tornei-me uma ponte de ligação entre as pessoas.
Dizia para um o que o outro pensava.
Relatava a todos o que um fazia.
Relembrava os compromissos assumidos.
Interferia nas escolhas alheias, com medo de que fossem erradas
e produzissem desentendimentos.
Fazia tudo isso em nome do amor.
Pois, precisa eu gerar calma, tranqüilidade e entendimento entre
as pessoas.
Mergulhei nessa tarefa apaziguadora. E, não percebi que as
pessoas estavam se afastando de mim.
Quando me dei conta não tinha ninguém ao meu redor.
Assustado. Dirigi-me ao Deus dos deuses e perguntei-lhe:
- Senhor, se essas pessoas me amavam, porque me
abandonaram?
Respondeu-me o Deus dos deuses:
- Quem disse que elas o amavam?
- Pensei que sim. Porque elas não me amavam?
- Terás que descobrir. Voltes ao planeta Terra e as observe.
Passou algum tempo e voltei a falar com o Deus dos deuses.
Disse-lhe:
- Pensava eu Senhor que para amar as pessoas seria preciso
poupá-las.
Por isso, decidi interferir em suas vidas para evitar
desentendimentos.
- E o que foi que descobristes observando as pessoas?- disse o
Deus dos deuses.
- Descobri que para amar é preciso respeitar o direito das
pessoas de descobrirem suas verdades sozinhas.

Livro de domínio público por determinação do autor


65
E assim, para tornar-me a divindade do amor, tive que dar às
pessoas o direito de descobrirem os seus próprios caminhos e
viverem as suas experiências.
Atendo pelo nome de MOCIVIC ou CIMOVIC.
Com muita calma e tranqüilidade passeio pelo universo e
implanto nas pessoas a vontade de transformar as experiências
da vida em sentimento de amor.

 O DEUS DA SABEDORIA
Conta ele:
Foi-me explicado detalhadamente, que para tornar-me uma
divindade, deveria eu produzir nas pessoas a descoberta da
sabedoria.
Transmitiram-me a tarefa, mas não explicaram como
desenvolve-la.
Depois de muito ter pesquisado e refletido sobre como
desenvolver minha tarefa de sabedoria, optei por responder as
perguntas que me fizessem.
E assim, acreditava eu, transmitiria aos outros a sabedoria.
Instalei-me num confortável trono terrestre e permaneci a
espera das pessoas para responder todas as suas perguntas,
Formou-se a minha frente longas e intermináveis filas.
Cada qual com suas perguntas.
Respondi a todas. Nunca deixei ninguém sem resposta.
Mesmo que tivesse que pesquisar e refletir muito para
responder.
Passei por longos sete anos respondendo as perguntas.
No entanto, depois desses sete anos, percebi que as pessoas
continuavam sem terem adquirido a sabedoria.
Fiquei intrigado. Inconformado.

Livro de domínio público por determinação do autor


66
Depois de responder a todas as perguntas, as pessoas
continuavam sem sabedoria.
Comecei então a refletir sobre os meus próprios caminhos.
Com isso, senti a necessidade de descer de meu trono e infiltrar-
me na multidão em busca de respostas.
Ao conviver entre as pessoas, vivenciei suas dificuldades e
adquiri suas experiências.
E assim, tive de reagir a elas, demonstrando na prática os meus
conhecimentos de sabedoria.
Quando terminei de rodar o mundo em busca de respostas
estava novamente em meu trono.
Aproveitei então, para descansar da peregrinação.
E, sentado em meu trono, observei que as pessoas haviam se
tornado sábias.
Em minha quietude mais uma vez refleti. Só que agora de
maneira mais profunda e abrangente.
Foi então, que consegui entender que ao conviver com as
pessoas, pude exemplificar como descobre-se a sabedoria.
E, para tornar-me o Deus da sabedoria, descobri que não basta
falar com sabedoria.
Mas, sim, agir sabiamente.
Atendo pelo nome de SYPEMONEI ou MONEIPESY.
Estou quase que inteiramente no planeta Terra.
Todas as noites, enquanto o ser humano dorme, visito-o. E na
sua alma, sussurro baixinho em seu ouvido:
Lembre-se: a sabedoria está nos atos e não nas palavras.

 A DEUSA DA JUSTIÇA
Conta ela:
Houve uma reunião no céu, e decidiram criar o Deus da justiça.
Como pretendente, fui chamada para essa tarefa.

Livro de domínio público por determinação do autor


67
Foi-me dado o direito à justiça.
Dirigi-me ao planeta Terra. E, instalei-me em vários plenários.
Neles, eu julgava e sentenciava as pessoas.
Muitos foram presos.
Outros perderam seus bens para pagarem os estragos que
haviam causado.
Alguns foram condenados a vergonha e a difamação.
Em certo momento, percebi que se continuasse a julgar as
pessoas, não sobraria ninguém sem ser punido.
Assustei-me. E, resolvi recorrer ao Deus dos deuses.
Ao chegar próximo a residência do Deus dos deuses, fui
abordada por um soldado cósmico que me deu voz de prisão. E
encaminhou-me ao calabouço.
Indignada, solicitei ao soldado cósmico o direito de falar com o
Deus dos deuses. E pedi para chamá-lo.
- Não é preciso disse uma voz forte rouca. Estou aqui.
O que queres?
Perguntei-lhe:
- Senhor, como podes prender aquela que zela pela justiça?
Respondeu-me:
- Você julgou e puniu as pessoas.
Acreditou que assim fizeste justiça?
- Sim senhor. Apliquei a justiça.
- E desde quando tens procuração minha para julgares alguém?
Depositei em ti a esperança de justiça.
Esperando que tu tiveste uma vida justa. E não exigisse dos
outros a justiça.
- E agora. O que faço senhor?
- Voltes a Terra. E respeite as pessoas no seu direito de errar.
E ajude-as, através de seus atos honestos, a praticarem a justiça.
Foi assim, que para tornar-me a Deusa da justiça abandonei o
ato de julgar e transformei minha própria vida num exemplo de
justiça.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Atendo pelo nome de ROKAAN ou NAAKOR.
Estou plantada no planeta Terra.
Convivo com todos os seus habitantes.
E apareço em seus sonhos para exemplificar como viver
justamente.

 O DEUS DOS DEUSES


Nesse momento os outros deuses aproximaram-se do Deus dos
deuses para ouvir o seu relato.
Conta ele:
Para tornar-me o Deus dos deuses, tive que amparar a todos
vocês.
Tive que ajudar cada um a conquistar seu posto dévico.
Tive sob minha assistência e orientação oito pretendentes a
divindade.
Teria que orientá-los.
Ser bondoso e solícito.
Generoso com seus erros.
E, paciente com suas descobertas.
No desenvolver dessa tarefa. Deixei-me de lado.
Fui absorvido pelo amparo a todos vocês.
E com o passar dos tempos, vocês tornaram-se deuses.
Cada qual em seu momento, rumou em direção ao infinito, para
desenvolver suas tarefas.
Quando a última divindade partiu, a da justiça, fiquei sozinho.
Foi então que descobri, que com o tempo de dedicação a vocês,
esqueci de mim.
Na solidão de vossas ausências, senti a importância de dedicar-
me a mim mesmo.
Por isso, afasto-me de vocês e nos reencontramos apenas a cada
dois mil anos.

Livro de domínio público por determinação do autor


69
E agora, nesse nosso encontro posso afirmar-lhes:
Descobri que para amparar nosso semelhante, temos antes de
nos amparar.
E assim tornei-me o Deus dos deuses, desde que ajudei a mim,
reuni condições de continuar a ajudar vocês.
Atendo pelo nome de DUVERNNA ou VARDENUN .
E sou uma Deusa.
A Deusa dos deuses.
Não vivo no planeta Terra e nem no universo.
Pertenço a eles.

Nesse instante terminou o encontro dos Deuses.


Todos juntos embarcaram rumo ao planeta Terra.
Aqui chegando, os fogos de artifícios anunciavam a entrada do
ano 2000.

EXPLICA A DEUSA DOS DEUSES


As divindades atendem por dois nomes.
Quando chamares pelo primeiro nome seremos teu anjo
protetor.
Quando evocares o segundo nome, seremos o guerreiro que a
teu lado, ajudará a cumprires tua proposta evolutiva.
E assim, o povo antigo da Grécia, no sexto dia do nono mês
celebravam o culto às divindades.
No nono mês, por serem 9 divindades.
E no sexto dia, por ser o 6 o número do amor.
Em todos os anos, nesse dia, a festa durava 24 horas. Do raiar do
sol ao poente da lua.
Festejavam através da música, da dança e do alimento.
E ali, depositavam seus pedidos e esperanças.
Acreditando que estavam em contato direto com sua divindade
O notável, é que segundo o povo antigo da Grécia, nessa

Livro de domínio público por determinação do autor


70
celebração, as divindades penetravam em cada ser. Gerando em
suas vidas os aspectos delas.

• Agradecimento a Rosana Machado, diretora fundadora da


ABRAN sede, que descobriu as divindades Guerreiras,
dando-lhes o segundo nome.

● Revelam os Deuses

Em meados do segundo século da nova era fui agraciada com um


presente da Deusa SUDARFAT.
Ao abrir a embalagem uma nova ave alçou vôo.
Contemplando o vôo dessa magnífica, porém, inusitada ave,
pude perceber que seu hábito de voar diferia dos demais
pássaros então
REVELA DUVERNNA conhecidos.
A DEUSA DOS DEUSES Partia do solo em
direção absoluta numa
linha ascendente para o
infinito. E depois de
quase imperceptível
retornava,
[Cite sua fonte aqui.] na mesma linha, agora descendente em direção ao
ponto de partida.
Indaguei a SUDARFAT, a Deusa da transformação, a que nome
essa ave atenderia?
SUDARFAT em sua leveza estonteante já não se fazia mais
presente.
Eu desejara também lhe perguntar por que havia me
presenteado.
Mas, sem a presença da Deusa da Transformação seria
impossível obter qualquer resposta.

Livro de domínio público por determinação do autor


71
Dos Deuses sobre meu comando, SUDARFAT é a única capaz de
desaparecer.
Seria em vão minhas tentativas de localizá-la nesse momento.
Até por que, sua ausência repentina e despercebida por mim,
embutia algum significado.

A nova ave mantinha seus vôos em repetidas tentativas de me


chamar à atenção.
Partia de meus pés em direção ao infinito e voltava
notoriamente aos meus pés.
Sentei-me sobre a pedra filosofal, local desejado por todos os
Deuses, e dali fiquei a contemplar o vôo magnífico, magnânimo e
preciso dessa nova habitante do Olimpo.

Repentinamente comecei a lembrar de meu pai, o Deus Rufoni.


Lembrei-me exatamente das histórias que me contava sobre
minha mãe e sua Deusa.
“Querida filha, sabemos que não podes conhecer a bela mãe que
tivestes. Ainda criança, sem fala, sua mãe e minha Deusa teve
que partir rumo ao infinito em tarefa específica destinada a
evolução de alguns seres.
Sua criação e evolução ficou então destinada a mim.
Mas, saiba que sua mãe, a minha Deusa, tem tarefas das mais
significativas na evolução humana.
No entanto, essas tarefas solicitam a presença constante de sua
mãe, razão dela estar ausente em sua vida.
Porém, amada criança, posso lhe afirmar, com a certeza que os
Deuses têm sobre a vida, de que em determinado momento,
quando você já Deusa do Olimpo, sua mãe se apresentará a
você.
Não sei lhe dizer de que vestimenta ela estará possuída. Nem
mesmo com que nome se fará conhecer. Sei apenas lhe informar

Livro de domínio público por determinação do autor


72
que sua presença será marcante, inesquecível e
transformadora.”

Meu querido pai, o Deus Rufino, esteve em minha vida sempre


presente. E no dia em que me tornei Deusa, em minha frente e
dos demais Deuses do Olimpo, ele de desintegrou. E, as
partículas de seu corpo vibracional foram levadas pelo vento
cósmico em direção ao planeta Terra.

Deusa SUDARFAT não poderia ter-me dado presente mais


significativo. E, nem pelas mãos de outros Deuses esse presente
poderia chegar a mim.

• O Passageiro.
Alguns seres humanos, estimasse em torno de 10% da população
terrestre, terão que, em determinado momento alçar vôo em
viagem evolutiva.
As passagens, de ida e volta, foram adquiridas no plano cósmico.
Com data, horário e segundo determinados. Obviamente não
poderão ser transferidas ou canceladas no plano terrestre.
Para o passageiro haverá 3 opções:
1 – Fazer a viagem levando muita bagagem.
2 – Fazer a viagem sem bagagem.
3 – Fazer a viagem fingindo não estar viajando.
Não há a opção de não fazer a viagem.
A orientação dos Deuses é a de que, quanto mais leve for o
passageiro, menor será o desconforto.
A viagem de ida tem duração de 9 anos. Igualmente a de volta.
Na aeronave destinada a viagem evolutiva não há tripulação.
O espaço da aeronave é determinado pelo passageiro.
No comando da aeronave evolutiva poderá estar o passageiro
como piloto.

Livro de domínio público por determinação do autor


73
Ou, se o passageiro seguir as orientações da numerologia
Pitagórica, na viagem de ida o piloto poderá ser o numerólogo
prestador do serviço.
E, na da volta, o piloto será o passageiro e o numerólogo
prestador do serviço o orientador do vôo na torre de controle em
terra.

• A viagem de ida.
A aeronave partirá exatamente na data e horários acertados no
plano cósmico. Independente da vontade do passageiro.
O passageiro estará exatamente no local acertado para o
embarque.
Após o embarque do passageiro a aeronave parte em reta
ascendente em direção ao ponto marcado como chegada.
Do solo de decolagem ao ponto marcado de chegada serão 9
anos seguidos e ininterruptos.
Durante o trajeto o passageiro sentirá reações diversas. Até
então não presenciadas em sua existência.
O sistema de comunicação com seus semelhantes será, por vários
momentos, ineficiente.
Porém, com os Deuses, estará em comunicação ininterrupta.
Na aeronave não há alimentação e nem vestimentas. Serão essas
as únicas duas preocupações do passageiro no decorrer da
viagem de ida, se o piloto for o numerólogo. Se não, pilotar a
aeronave será a primeira preocupação do passageiro seguidas
das outras duas.
Durante a viagem de ida não adiantará estocar alimentos,
roupas ou qualquer outra provisão. O próprio ar da aeronave se
incumbira de providenciar a desintegração dos estoques
armazenados pelo passageiro.
O próprio solo da aeronave fará germinar os ingredientes
necessários à manutenção do passageiro. Sempre nos momentos
determinados pelos Deuses e nas quantidades apropriadas.

Livro de domínio público por determinação do autor


74
Nos momentos de acentuada solidão onde as lágrimas fazem-se
presentes, ou que a ausência delas indicam o esgotamento do
estoque lagrimal, o passageiro poderá sentar bem rente a janela
da aeronave e olhar para o infinito.
Nesse momento, um anjo dourado se fará presente no céu
carregando lembrete divino com a seguinte frase:
“Caro passageiro, enquanto você desejar viajar a aeronave se
manterá em seu curso correto.”
Durante o percurso de ida, quando os Deuses decidirem, algum
tripulante poderá se fazer visível na aeronave. Um humano do
mesmo sangue do passageiro, ou um anjo vestido de humano.
A viagem de ida de 9 anos terá o seu ponto culminante de
ascensão.
Nesse momento todos os Deuses estarão à disposição do
tripulante. Desde que este os convoquem.
No ponto culminante a aeronave poderá apresentar turbulências
que representam as escolhas indevidas que o passageiro fez nos
4 primeiros anos de sua viagem evolutiva.
As turbulências serão apenas mensagens para que o passageiro
reavalie seus comportamentos a bordo e os modifique conforme
as orientações dos Deuses.
Comportamentos modificados, conforme as orientações dos
Deuses, indicará mais 5 anos de viagem sem turbulências.
Comportamentos não modificados ou alterados parcialmente
produzirão turbulências na aeronave.
As turbulências, por mais intensas que se apresentam, nunca
indicarão a queda da aeronave.
A aeronave caminhará até ao ponto marcado como chegada
independente das atitudes do passageiro.
No entanto, os comportamentos não modificados e ou alterados
parcialmente implicarão em turbulências, não previstas na
viagem de volta.

Livro de domínio público por determinação do autor


75
Na data, horário e segundo marcados na passagem de embarque
a aeronave fará o pouso no ponto marcado como chegada.
Ao aterrissar da aeronave o passageiro será recebido pelo Deus
SYPEMONEI (Divindade da sabedoria). Será ELE o responsável
pelos cuidados na recuperação do passageiro.
Durante um ano completo Deus SYPEMONEI cuidará do
passageiro, com dedicação exclusiva e ininterrupta até sua
recuperação total para a viagem de volta.
Durante o período de recuperação do passageiro os demais
Deuses são os responsáveis pela recuperação da aeronave para a
viagem de volta.
Deus SYPEMONEI ao fim da recuperação faz a seguinte
revelação.
“Percebestes passageiro que sua aeronave não tinha motores?
Sabes como ela voava?
Erguida, carregada e conduzida pelos 9 Deuses do Olimpo;”
Feita a tarefa de recuperação Deus SYPEMONEI encaminhará o
passageiro ao Deus GUREDAANT (divindade da liderança).

• A viagem de volta
Na viagem de volta Deus GUREDAANT estará, por 4 anos
seguidos, como tripulação na aeronave ao lado do passageiro
guiando seus caminhos de volta.
Findo o 4º ano da viagem de volta, a contar da data final da
recuperação do passageiro, Deus GUREDAANT se despedirá do
passageiro.
Nesse instante, a Deusa MARLOETT (deusa da fala) assumi o
comando da aeronave por um ano.
Deusa MARLOETT por sua característica divina (a fala) irá
transmitir ao passageiro todas as informações necessárias para o
restante da viagem.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Nos 9 dias anteriores de completar o seu tempo na aeronave
Deusa MARLOETT promoverá uma festa na aeronave. Todos os
Deuses serão convidados e se farão presentes.
Durante os nove dias de festejos em comemoração a viagem do
passageiro, o mesmo poderá conversar diretamente com cada
Divindade e solicitar DELAS as orientações que desejar.
Nos 3 anos restantes da viagem de volta o passageiro seguirá
sozinho na aeronave.
No entanto, a qualquer momento poderá convocar a presença do
Deus que desejar. E esse se fará presente e prontamente
atenderá.
Na viagem de volta a aeronave fará aterrizagem no ponto de
chegada um ano antes.
Ao desembarcar da aeronave o passageiro será recebido pela
Deusa DUVERNNA (Deusa dos Deuses).
ELA o encaminhará ao Olimpo (moradia dos Deuses) e lá o
passageiro permanecerá como morador por 1 ano.
Findo o prazo, na data, horário e segundo, acertados no cosmo
para término da viagem o passageiro é encaminhado ao ponto
de partida da viagem.
E ali, abençoado pelas 9 Divindades, retorna a sua vida.

Explica a Deusa DUVERNNA (Deusa dos Deuses).


O presente que recebi da Deusa SUDARFAT era a representação
de meu Renascimento para uma nova vida.
Mesmo como Deusa tive que renascer para poder estar
preparada para assistir os humanos em sua trajetória terrestre.
Em minha viagem pela aeronave descobri tempos depois que
não havia aeronave alguma.
Aquele lindo pássaro que Deusa SUDARFAT me presenteou
emprestou-me suas asas para que eu pudesse voar nessa minha
viagem evolutiva chamada Renascimento.

Livro de domínio público por determinação do autor


77
E quando fui levada ao
REVELA GUREDAANT Olimpo no fim de minha
O DEUS DA LIDERANÇA viagem vi que o pássaro
era na verdade minha
[Cite sua fonte aqui.]
querida mãe.
E entendi por que ela se
fez ausente em minha
vida.
Sempre empresta suas asas para os humanos renascerem. E sem
asas, não tem como voar de volta ao Olimpo moradia dos
Deuses.
Minha querida mãe, vocês humanos, a conhecem pelo nome de
Fênix.

Antes de iniciar meu relato desejo deixar aqui registrada minha


gratidão por Tomimucarane o ser sábio que conduziu minhas
vivências para tornar-me um Deus.

Como sabes para tornar-me Deus foi preciso descobrir que para
liderar não bastava apenas seguir as ordens ou os caminhos
determinados.
Nem mesmo apenas as vitórias conquistadas foram suficientes
para determinar minha evolução.
Para tornar-me o Deus da Liderança foi preciso descobrir, que
deveria eu, caminhar pelos meus próprios caminhos.

Pretendo agora transmitir minhas experiências já como Deus.


Passar minhas vivências como o humano, que após descobrir seu
caminho e cumprir suas tarefas, tornou-se Deus.

Como a ti foi relatado anteriormente tornei-me o Deus da


Liderança no início do novo tempo, conhecido por vocês como a
era de Peixes.

Livro de domínio público por determinação do autor


78
Confesso que a condição de Divindade é deveras confortável. Um
posto rodeado de satisfação e de imensurável responsabilidade
na evolução humana.
Minhas atividades nem sempre foram fáceis. Parece-me hoje
que a liderança é na verdade um grande risco.
Caminhar apenas com a preocupação de dirigir a sua própria
evolução é, muito mais cômodo e com menos riscos do que a de
comandar a evolução alheia.
No entanto, foi essa a minha escolha. E é assim que relato agora
a vocês a vivência do comando geral do universo.

O comando geral do universo.


Nós, Deuses, temos por hábito, no mínimo a cada 100 anos,
sentar-se sobre a pedra filosofal.
Esse monumento de sabedoria foi instalado no Olimpo (morada
dos Deuses) com o objetivo de proporcionar a seu usuário a
descoberta de que necessita naquele instante evolutivo.
Confesso que no início não me sentia confortável em sentar na
pedra filosofal.
Dado as minhas próprias características, afinal sou o Deus da
Liderança, não tenho muito a ver com filosofia. Para mim a vida é
muito mais prática do que subjetiva ou filosófica.
Como não tinha espontaneamente o hábito de sentar-me na
pedra filosofal DUVERNA (A Deusa dos Deuses) me convoca ao
Olimpo a cada centenário de evolução e, gentilmente convida-me
a sentar sobre a pedra filosofal. Era uma de SUAS funções em
relação aos Deuses que comandava.

Sabia que vários Deuses tinham ali descoberto respostas a suas


indagações.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Os humanos têm por hábito acreditarem que o posto Dévico é
perfeito e, portanto, um Deus não pode ter dúvidas.
Realmente não temos dúvidas. Mas, temos indagações.
Descobertas que precisamos ainda fazer para poder continuar
em nossa evolução.

Por volta do ano 200, de sua era de Peixes, certa indagação


acompanhava meu SER de maneira presente e constante. Pela
persistência da indagação resolvi então, espontaneamente,
sentar-me na pedra filosofal.

Mal havia sentado sobre a pedra e um quadro colorido começou


a ser desenhado em minha frente.
Como numa grande tela pintada com esmero e graciosidade a
vida humana estava ali representada. Em suas incontáveis e não
enumeradas facetas.
Passei a observar atentamente aquele quadro vivo pintado a
minha frente.
Havia uma agilidade no esboço e na concretização das tarefas
humanas que me surpreendia. Não sabia na verdade se era
apenas um quadro vivo ou a realidade da vida humana.
Passei, acredito eu, em torno de alguns dias apenas observando
essa magnífica pintura viva.
Passados esses dias de observação constante e ininterrupta
desloquei minha visão para outro rumo.
Olhando um pouco acima do quadro pude perceber que havia um
cone de voz.
O cone de voz é utilizado em momentos dévicos quando o
Universo deseja falar com os Deuses.
E de lá o som Universal perguntou-me:
“Deus GUREDAANT tens ainda aquela indagação que o trouxe
espontaneamente ao Olimpo?”

Livro de domínio público por determinação do autor


80
Demandei alguns momentos para responder a pergunta
efetuada.
No contemplar admirativo do quadro pintando a minha frente,
na verdade, tinha esquecido o motivo que me levara
espontaneamente à pedra filosofal.
Naquele instante da pergunta relembrei-me da indagação que
me acompanhava persistentemente por tempos. E respondi:
- Sim, ainda a tenho em meu campo vibracional.
Completou o som universal:
“ Faça-a então!”
- Em minha jornada como Deus da Liderança deparei-me com
vitórias e conquistas consideráveis.
No entanto, pude confirmer, que certas conquistas carregam em
si um preço muito maior do que, a batalha pela vitória.
Pude perceber que certos humanos despenderam consideráveis
energias para alcançar suas conquistas.
Entretanto, após a vitória e ainda cansados pelas batalhas, as
suas conquistas representaram um preço consideravelmente
mais acentuado do que a batalha conduzida.
Minha pergunta é:
Por que a vitória não trás somente a satisfação. Dado que as
energias gastas na busca da conquista são consideráveis e por
vezes desgastantes?
Informou o som universal:
“Caro Deus GUREDAANT da maneira como relatou tua indagação
os humanos não vão entende-la.”
Nesse momento pensei:
Se não estou sendo capaz de relatar minha indagação é por que
ainda não tenho claro em mim qual é a questão a ser descoberta.
E completei:
- Solicito que minha descoberta seja transferida para outro
momento.
Respondeu-me o som universal:

Livro de domínio público por determinação do autor


81
“Que assim seja caro Deus GUREDAANT.”

Passei os próximos dias sentado na pedra filosofal apenas


refletindo.
Assim que o som universal encerrou nossa conversa, o quadro e o
cone, desapareceram de meu raio de visão.
Durante esses dias de reflexão permaneci calado. Até por que no
local onde a pedra filosofal está instalada não é permitido mais
do que um Deus ao mesmo tempo.
Sei que estás curioso em saber mais sobre a pedra filosofal. Até
por que não sou o primeiro a falar dela.
A Deusa DUVERNA já havia relatado sua existência.
Tenha calma. Em determinado momento UM DE NÓS contará em
detalhes sobre esse monumento do Olimpo.

Foram dias de consideráveis reflexões.


Lembrei de minha vida como humano.
De minhas batalhas nas tentativas de vitórias.
No desejo de tornar-me o Deus da Liderança.
Da condução exemplar do ser sábio Tomimucarane na minha
evolução para tornar-me um Deus.
E, em minha trajetória como o Deus da Liderança.
Minha indagação teve origem nessa trajetória.
Ao conduzir os humanos em suas batalhas, com o objetivo de
realizar a sua vitória, pude perceber que após a vitória certos
humanos desenvolviam a tristeza.
Em primeiro instante, eram invadidos pelo prazer da conquista.
Para em seguida, ao viver a conquista, eram abarrotados pela
decepção. Não com a conquista, mas sim, com a utilização dela.
E então, a tristeza era instalada.
Nós Deuses não somos mais possuidores da ingenuidade que
acompanha os humanos. Nossos postos requerem o acúmulo de

Livro de domínio público por determinação do autor


82
vivências que, incorporados corretamente, transformam-se em
mecanismos evolutivos.
Já havia observado que o grupo de humanos que desenvolviam a
tristeza, após a conquista, tinha um mesmo ingrediente presente.
Suas conquistas não eram somente para eles.
Lutaram para conquistar algo em comum. E assim seus
semelhantes foram também favorecidos com suas conquistas.
Esse favorecimento sempre me pareceu saudável, vês de que o
egoísmo não é um caminho aconselhável à evolução.
A tristeza que nascia no conquistador era de verificar que seus
semelhantes, usuários de sua conquista, não a valorizavam. E por
vezes, até a desprezavam.
Como Deus, e observando os humanos, via nascer no coração do
conquistador a semente da tristeza. Que se desabrochava como
dor. E que, quando desenvolvida, era a plantação que alimentava
a vontade de não mais implantar batalhas.
Passando então considerável tempo no sofrimento. Sem manter
viva a chama da conquista.
Sabemos, EU e você, que sem conquistas não há evolução
humana.
A indagação que me acompanhava residia no fato de como uma
vitória poderia ter sido transformada em tristeza, dor e
desencanto pelas conquistas?
Agora sim consegui expor minha indagação.

Terminado esse período de reflexão.


Pensei em convocar o som universal pelo cone de voz.
Nem foi preciso. Materializou-se em minha frente e afirmou:
“Sabemos que agora todos entenderam sua indagação.”
“As conquistas, elemento que quando ausente não há evolução,
têm duas etapas distintas e independentes. A energia originária e
a vitória.”
”Falemos então, sobre a vitória.”

Livro de domínio público por determinação do autor


83
“A vitória, resultado das batalhas de conquistas, quando
compartilhada produz, mais vitórias. O compartilhamento produz
crescimento que abre caminhos para novas vitórias.”
“Do ponto de vista evolutivo o compartilhamento da vitória é o
procedimento mais seguro para a ampliação das conquistas.”
“Quanto a energia originária podemos afirmar que, se ela for
desenvolvida com o objetivo de compartilhar, produzirá dor e
sofrimento.”
“O conquistador deverá, única e exclusivamente, desenvolver a
energia originária somente sobre o ângulo de suas necessidades.
Se o fizer, considerando ou desejando favorecer alguém, mesmo
as pessoas de seu sangue, chegará a vitória, mas, será acometido
da tristeza e de seus desdobramentos.”
“Tal fato ocorre por que somente serão consideradas na evolução
humana as conquistas adquiridas individualmente.” “Nenhuma
conquista alheia que tenha sido compartilhada será considerada
na evolução humana dos favorecidos.”
“É sábio compartilhar a vitória. Inadequado ser movido
(desenvolver a energia originária) para conquistas com a
intenção de favorecer alguém.”

Explica GUREDAANT (O Deus da Liderança)


Alguns séculos, exatamente no século 7, depois dessa minha
inesquecível experiência, na pedra filosofal, descobri a verdade
sobre o comando geral do universo que se expressa pelo cone de
voz.
Esse comando de voz são as gravações cósmicas de todas as
vivências que tivemos.
Sempre que nossos pensamentos registraram nossas vivências,
elas são gravadas em voz no Universo.
Na condição de Deuses temos acesso a esse Universo.
Um Universo individual e único para cada ser.

Livro de domínio público por determinação do autor


84
Além da resposta a minha indagação, que me levou
espontaneamente a pedra filosofal, também descobri que as
respostas estão na verdade ao nosso redor. Bastando apenas
acessá-las através da indagação e da reflexão.
Para os humanos o seu acesso acontece pelo sentir e não pela
audição.

REVELA NEROW Quando Duverna me


O DEUS DA UNIÃO
chamou ao Olimpo
[Cite sua fonte aqui.] pensei tratar-se de mais
uma reunião de Deuses.
Ao chegar notei que os
demais Deuses não
haviam sido convocados por nossa Deusa. A MÃE dos humanos,
dos Deuses e da vida que se desenvolve em todos os planos que
a vista humana pode avistar. E também todas aquelas que a
prospecção de nós Deuses pode chegar.
Nunca tinha visto Duverna tão meiga e emocionada.
Nossa querida Deusa estava sentada na pedra filosofal.
Quando me aproximei pude então verificar sua inesquecível
vestimenta.
Nossa Deusa sempre foi Linda em sua apresentação.
Sempre meiga.
Nesse dia algo de exuberante teria acontecido com nossa Deusa.
A seu redor pairavam suaves e esvoaçantes pelugens de cores
avermelhadas claras, como se dançassem seguindo as
emanações das emoções que nossa Deusa emitia. Não consegui
identificar a quantidade dessas pelugens a SEU redor. Todo
Olimpo tinha sido tomado pelo dançar suave.
Quando cheguei, passando por entre as suaves pelugens, na
tentativa de aproximar-se, Duverna estava com seu olhar fixo na
montanha das razões.

Livro de domínio público por determinação do autor


85
Essa é a mais alta e, a mais larga montanha do Olimpo.
Certa vez tentamos, nós Deuses, dimensionar o tamanho da
montanha das razões em relação ao planeta Terra. E ficamos
surpresos. Uma pequena parte dessa montanha possuía
território maior que o sistema solar.
A montanha das razões é alimentada, em sua massa,
incessantemente.
Ela acumula, incessantemente, as perguntas humanas em busca
de respostas.
As perguntas humanas são diretamente encaminhas ao Olimpo e
alojadas na montanha das razões, para que não atrapalhem a
evolução humana.
Se todas as perguntas permanecessem ao redor dos humanos
tornaria seu equilíbrio mental comprometido. E também, para
que nós Deuses, possamos encaminhá-las ao ministério da
revelação.
O ministério da revelação é um dos suportes aos Deuses do
Olimpo.
Nele, trabalham arduamente seres cósmicos que já esgotaram
sua evolução, e desejam colaborar com a evolução planetária.
No ministério da revelação tem o departamento das mães. Aqui
colocado com esse nome para que fique clara essa nossa
revelação.

O departamento das mães.


Essa ala do ministério da revelação é composta por salas
redondas.
Quando um ser cósmico tem autorização para adentrar na sala
algo de mágico acontece.
Somente um Deus do Olimpo poderá encaminhar o ser cósmico
até a sala.
Justamente o Deus ao qual o ser cósmico endereçou suas
perguntas.

Livro de domínio público por determinação do autor


86
Deus esse que as encaminhou, com autorização de nossa Deusa,
ao ministério da revelação.
Os seres cósmicos do ministério da revelação levantam toda
história evolutiva desse ser humano em relatórios visuais e
projetivos. Nesses relatórios estão inclusos os pensamentos, as
vontades, os sentires e as ações de toda história evolutiva desse
ser.
Depois de analisados e sentido, o relatório da história evolutiva
desse ser, então se estabelece um plenário.
Duverna, nossa Deusa comanda essa reunião de seres cósmicos
com o Deus que recebeu e encaminhou a pergunta do ser
humano.
Nesse plenário são estudadas as possibilidades e as
conseqüências da revelação que o ser humano solicitou, através
de suas perguntas encaminhas a montanha das razões.
O plenário somente foi estabelecido na era de peixes por duas
vezes.
Uma, por volta do ano 600. E outra, exatamente em 1873.
Fui eu, Deus Nerow, chamado ao Olimpo exatamente para
participar do 3º plenário. O primeiro da era de aquário.
Depois que o plenário decidir favoravelmente a revelação, o Deus
que encaminhou a pergunta é encaminhado à sala redonda.
Como a pergunta que o ser humano havia a MIM encaminhado
referia-se a questões de sua mãe, fui então, após a decisão
favorável do plenário, encaminhado ao departamento das mães.
Lá chegando meu condutor gentilmente despediu-se.
E automaticamente suaves e esvoaçantes pelugens de cores
avermelhadas claras encaminhavam meu corpo vibracional para
a sala da mãe.
A mãe do ser humano que havia encaminhado suas perguntas.
A sala é redonda e não tem portas. Nosso campo vibracional
penetra nas paredes sensitivas da sala.

Livro de domínio público por determinação do autor


87
Ao adentrar percebi que as suaves e esvoaçantes pelugens de
cores avermelhadas claras não me acompanhavam mais.
Olhei a sala redonda em toda sua extensão. Percebi que não
somente as paredes, mas também o teto e o chão, eram
compostos de materiais sensitivos.
Concentrei-me na pergunta que o ser humano tinha
encaminhado a MIM.
E magicamente nas paredes, teto e chão começaram as
projecões e os depoimentos de todas as mães, que esse ser teve
em sua evolução cósmica. Inclusive a mãe atual.
Oportuno lembrar que nós Deuses não se comunicamos pela
palavra, mas sim pelas sensações emanadas.
Quando o Deus que está na sala registrou em seu campo
vibracional todas as emanações, é então, orientado a retirar-se
da sala redonda das mães. Retorna imediatamente a suas
tarefas na evolução humana.
Aguardando o chamamento de nossa Deusa Duverna.

Explica Nerow (o Deus da União):


Minha chegada ao Olimpo atendendo ao chamamento de
Duverna continha revelação inesquecível.
Quando Duverna, sentada na pedra filosofal e rodeada pelas
suaves e esvoaçantes pelugens de cores avermelhadas claras,
identificou minha aproximação virou-se em minha direção.
Levantou-se da pedra filosofal e veio em minha direção. Até por
que na pedra filosofal somente um Deus pode permanecer.
Duverna irradiava tamanha emoção que para mim, Deus Nerow,
foi difícil controlar minhas sensações.
Meigamente pegou em meu braço e juntos caminhamos pelo
Olimpo.
Pude perceber que em nossa caminhada as suaves e esvoaçantes
pelugens de cores avermelhadas claras iam, automaticamente e
suavemente, abrindo caminho a nossa frente.

Livro de domínio público por determinação do autor


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Quando estávamos próximos ao ministério da revelação Duverna
esclareceu:
“Caro Deus Nerow informo que a pergunta de seu ser humano
será atendida.
Após análises, deliberações e considerações foi concluído que
esse ser humano poderá receber a revelação que solicitou com
sua pergunta.
Caro Deus Nerow o trabalho que fizeste, de registrar em seu
campo vibracional todas as emanações das mães, foi exemplar e
fundamental para a liberação da revelação.
Assim, querido Nerow, terá que preparar-se para providenciar,
nesse humano, a revelação liberada. “
Duverna nesse momento postou-se a minha frente e segurando
minhas duas mãos pronunciou:
“Forma-se agora a corrente vibracional necessária a preparação
e execução da revelação.”
Permaneci 9 dias seguidos no Olimpo em preparação. Foram
determinados 4 ajudantes para essa minha tarefa de revelação.
Todos, seres cósmicos com considerável experiência no
ministério da revelação.
No dia, mês, ano, hora, minuto e segundo marcados estávamos
nós cinco postos no caminho do ser humano que enviou a
pergunta.
Seria EU o responsável pela implantação da revelação.
Os 4 ajudantes, com seus corpos vibracionais, formavam cordão
vibracional para que outros seres não pudessem se aproximar. Já
que estávamos todos nós no planeta Terra e bem próximos ao
chão terrestre.
Foi então que, o ser humano foi encaminhado em nossa direção,
e ao adentrar no cordão vibracional direcionado diretamente a
MIM.
Num ato preciso e exeqüível plantou-se, nesse ser humano, a 1ª
revelação do 3º milênio e a 3ª revelação da nova era.

Livro de domínio público por determinação do autor


89
Quando a revelação é desenvolvida num ser cósmico o processo
é mais fácil e cômodo.
Quando a revelação é implantada no ser humano, devido ao
corpo físico grotesco, se comparado ao campo vibracional,
produz evento físico repentino, dolorido e sem seqüelas.

Oportuno informar que a montanha das razões contém


infindáveis perguntas.
E que todas são respondidas, conforme direitos de seus
emitentes, pelos seres cósmicos do ministério da revelação.
Quase a totalidade dessas perguntas é sobre as questões
relacionadas à vida atual do ser humano.
Somente as perguntas que estão relacionadas a histórias
evolutivas passam pelo processo aqui descrito. E que produz
interferência dos Deuses na vida terrena.

O reflexo da montanha das razões pode ser avistado do planeta


Terra.
Olhando para a Lua, a imagem determinada como São Jorge em
seu cavalo abatendo o dragão, é o reflexo da montanha das
razões.
Notável caro humano!
A Lua é um satélite da Terra que reproduz a montanha das
razões.
Isso significa, numa linguagem alegórica, que cada ser humano
possui ao seu redor uma “lua individual” que reflete a montanha
das razões.
A Lua satélite da Terra reflete a luz do sol produzindo claridade
no Planeta.
A “lua individual” satélite de cada ser humano deveria também
produzir luz clareando a vida humana.

Livro de domínio público por determinação do autor


90
Isso não ocorre por que a “lua individual” permanece mais
tempo em eclipse ao redor do humano. Esse eclipse ocorre pelos
pensamentos inadequados que o ser humano carrega.
E, assim sendo, seu “satélite individual” não consegue emanar as
respostas a suas perguntas.

REVELA MARLOETT Sempre que estou


A DEUSA DA FALA próxima do Olimpo
(morada dos Deuses)
[Cite sua fonte aqui.]
ouço o coro em som de
trombetas:

A Deusa chegou.
A Deusa chegou.
A Deusa chegou.
É uma alusão dos Deuses a minha desastrada tentativa de
tornar-me a Deusa da Fala:
O filho nasceu.
O filho nasceu.
O filho nasceu.

Sou a única Deusa que chega ao Olimpo de carruagem.


Por que, além de Deusa da Fala, sou também a da beleza, da
estética e da criatividade.
Não caminho pelo Universo de carruagem. Quando estou há
alguns quilômetros de distância do Olimpo embarco na
carruagem.
Deusa SUDARFAT (da transformação) já esteve comigo na
carruagem por várias vezes. Até DUVERNNA (Deusa dos Deuses)
já viajou em minha carruagem.

Livro de domínio público por determinação do autor


91
E hoje venho aqui, novamente, conversar com os humanos para
contar sobre a viagem de DUVERNNA (Deusa dos Deuses) em
minha carruagem. Que aqui chamarei de: a viagem dimensional.

A viagem dimensional.
Exatamente na passagem do 2º para o 3º século, da era de
Peixes, estávamos todos NÓS - Deuses - no Olimpo para
comemorar mais um centenário na evolução humana.
Os Deuses se reúnem no Olimpo por vários motivos:
Quando a raça humana faz alguma descoberta significativa;
quando algum grupo de humanos desenvolve atitudes que
favorecem a humanidade; quando líderes religiosos ou
governamentais se desprendem de seus interesses pessoais e
patrocinam avanço a humanidade; ou quando encerra-se um
século e inicia-se outro.
Nesse encontro da virada do 2ª para o 3ª século os Deuses
estavam consideravelmente felizes no Olimpo.
Exceto EU. Justamente EU a Deusa da Fala, que também é a
Deusa do bom humor e da alegria.
Habitava em MIM uma tristeza acompanhada de certo
desencanto.
NÓS – Deuses – não temos, como os humanos, a condição de
esconder aquilo que estamos sentindo. Nosso campo vibracional
emana irradiações coloridas que identificam as condições do que
estamos sentindo.
Sentia-me consideravelmente desconfortável em irradiar
emanações desconexas com o ambiente da festividade, que era
de pura alegria e comemoração.

Por alguns anos seguidos TINHA-ME deparado com situações


humanas que apresentavam dor e sofrimento.

Livro de domínio público por determinação do autor


92
Vinha tentando, com muito cuidado e precisão, irradiar em
direção à esses humanos as emanações de alegria, satisfação e
beleza.
Mas, verificava que minhas tentativas não alcançavam os
objetivos. Se alcançavam, era apenas momentâneo.
No decorrer dos anos essas situações foram me contaminando. A
ponto de chegar ao Olimpo, para as festividades, com marcas de
desencanto em meu campo vibracional.

DUVERNNA (Deusa dos Deuses) percebendo minhas irradiações


se aproximou e começamos a conversar.
Relatei a ELA os fatos que havia presenciado nos humanos e que
estavam me incomodando a ponto de EU irradiar energias não
compatíveis com uma Deusa, e nem, com os festejos.

Todos NÓS – Deuses – temos por DUVERNNA não somente


respeito. Temos admiração e devoção. Nossa DEUSA irradia
tanta beleza que ficamos, quando apenas alguns segundos a seu
LADO, envolvidos como que num manto de alegria e satisfação.
Não SOUBEMOS ainda definir se DUVERNNA é apenas uma
Deusa, ou a própria beleza da vida em suas mais variadas
expressões.

Nesse dia de nossa conversa nos festejos do Olimpo DUVERNNA


não me envolveu em seu manto de alegria e satisfação.
Permanecemos conversando cada qual em sua realidade
vibracional.
Certo momento, de nossa conversa, DUVERNNA sugeriu que NOS
ausentássemos, por alguns momentos, dos festejos. E fossemos
caminhar pelo Universo.
Confesso que considerei relativamente estranho o seu convite.
Nunca presenciei DUVERNNA se ausentar do Olimpo; ainda mais
num dia de festejos.

Livro de domínio público por determinação do autor


93
No entanto, NÓS sabemos que nossa Deusa, tem mistérios, que
NÓS Deuses do Olimpo ainda desconhecemos.
Aceitei seu convite e, partimos Juntas em direção ao infinito.

Em determinado momento DUVERNNA convidou-me para sentar


na estrela Aquaraisco.
Essa estrela tem visão privilegiada do Universo.
Sentada nela podemos visualizar qualquer ângulo do Cosmo.
Sua posição e movimentação permitem ver qualquer ângulo que
a visão alcançar.
Enxergamos o planeta Terra, todo o sistema solar, outros
sistemas, todas as galáxias, outras galáxias, o Olimpo e, até onde
a visão dos Deuses pode chegar.

Depois de algum tempo sentada comecei a ficar com vontade de


perguntar a DUVERNNA qual a razão de estarmos ali naquele
momento. Afinal sou a Deusa Fala.
Antes de iniciar minha fala DUVERNNA disse:
“Cara Deusa MARLOETT diante dessa magnífica obra de criação
podemos enxergar até onde NOSSA visão permite.”
“Mas, tivestes já a oportunidade de pensar que aquilo que
enxergamos está diretamente relacionado à necessidade que
temos nesse momento de visualizar?”
Certamente quando virei meu rosto em direção ao de DUVERNNA
minha expressão deveria ser de espanto. Pois nossa amada
Deusa expressou:
“Calma querida Deusa MARLOETT. FAREI-ME explicar melhor.”
E completou:
“Nossa visão é fruto daquilo que registramos em nossa mente.”
“Os registros mentais emitem ondas que comandam a visão.”
“Assim sendo, aquilo que vemos é, na verdade, aquilo que
anteriormente pensamos.”

Livro de domínio público por determinação do autor


94
“Sendo assim, podemos então afirmar que, vamos ver de acordo
com os registros mentais que fizermos.”
“Ora! Vamos então, mudar nossos registros mentais e, assim
nossa visão será diferente.”
Magnífico cara Deusa, exclamei EU.
“E então, minha Deusa da Fala que também é a da alegria, vais
ainda manter as suas emanações de tristeza?”
Novamente quando virei meu rosto em direção ao de DUVERNNA
minha expressão deveria ser de novo de espanto. Só que dessa
vez DUVERNNA nada falou.
Refleti por algum tempo e afirmei:
Os fatos não têm apenas uma dimensão.
“Sim.”
Podemos enxergar os fatos de acordo com nossos registros
mentais. Portanto, podemos transformar a visão de um fato se
alterar o registro mental dele.
“Exatamente.”
Onde houver perda, nascerá à vontade de conquista.
Perante o sofrimento, devemos recomeçar a vida.
Na presença da fome, devemos lutar pelos direitos.
Existindo tristeza, aprendemos a valorizar a alegria.
O que é feio, define o que é belo.
A falta, valoriza a posse.
A batalha, premia o descanso.
A solidão, encaminha para a união.
O pensamento, define a visão.
“Sim cara Deusa.”
“Se os fatos apresentassem somente uma dimensão a evolução
seria limitada.”
Como está irradiando agora o meu campo vibracional?
“Somente alegria.”
Obrigada cara Deusa.

Livro de domínio público por determinação do autor


95
“Temos agora que voltar ao Olimpo para as festividades.”
Afirmou Duvernna.

Cara Deusa, disse EU, aceitaria retornar ao Olimpo em minha


carruagem?
Duvernna sorriu alegremente.
E voltamos ao Olimpo para as festividades de comemoração de
um novo século na evolução humana.

Explica MARLOETT (A Deusa da Fala)


Nunca tive carruagem alguma.
Quando humana na infância imaginava que gostaria de ser
sempre transportada numa carruagem.
A minha carruagem infantil não tinha rodas. Ela voava pelo ar.
E, o mais interessante, é que essa minha fantasia não ficou
somente em minha infância.
Já quando adulta, e mãe, quando meus filhos perguntavam que
presente eu gostaria de ganhar? Eu sempre repetia:
Uma carruagem sem rodas e que voa no ar.

Os demais Deuses juram que sempre viram minha carruagem


chegar e sair do Olimpo. Principalmente a Deusa SUDARFAT (da
transformação).

Passado algum tempo, certo dia conversando com a Deusa


DUVERNNA, no Olimpo, perguntei-lhe:
Cara Deusa. Naquele dia em que estivemos sentadas na estrela
Aquaraisco, ao voltarmos ao Olimpo, retornamos voando ou em
minha carruagem?
“Ora! Voltamos em sua carruagem.” Afirmou DUVERNNA.
Então minha carruagem existe mesmo?
“Sim. Na dimensão em que você a visualiza.”

Livro de domínio público por determinação do autor


96
Mas, se é em minha dimensão como fez para visualizar minha
carruagem?
“Programei minha mente na dimensão em que estava a sua
naquele momento.”
Então a dimensão de cada um pode ser também vivenciada por
outro?
“Exatamente.” Afirmou DUVERNNA.

Caro humano faz-se necessário esclarecer 2 pontos importantes:


1 – As dimensões aqui relatadas são conhecidas na linguagem
humana como resiliência.
Que é a capacidade de transformar momentos desagradáveis ou
difíceis, em situações mais agradáveis e proveitosas.
Capacidade essa que pode ser natural, ou aprendida através do
treinamento.
2 – A estrela Aquaraisco é visível no planeta Terra.
Os Deuses sabem, por observação, que o período noturno
apresenta concentrações de lembranças que favorecem a
tristeza.
Nas atividades do período diurno os humanos esquecem, ou
amenizam as lembranças que lhes proporcionam tristeza.
Já, no período noturno, pela quietude as lembranças são
ativadas, e vivenciadas com mais intensidade.
Por isso que os Deuses trouxeram do Universo, para bem
próximo do Planeta terra a estrela Aquaraisco.
Que é a primeira estrela a despontar no horizonte ainda quando
o planeta está claro.
A aproximação da estrela Aquaraisco tem como objetivo lembrar
ao humano que os fatos da vida têm mais de uma dimensão. E
podem ser enxergados nas várias dimensões que se apresentam.
A contemplação da estrela Aquaraisco favorece a resiliência.
Vocês a conhecem como estrela Dalva.

Livro de domínio público por determinação do autor


97
REVELA CATOOIP Depois que me tornei o
O DEUS DA SEGURANÇA Deus da Segurança, logo
em seguida, descobri
que além desse posto
detinha também a
cadeira dévica dos
ancestrais.
Meu campo vibracional continha ingrediente direcionado a
conectar-me diretamente com os campos vibracionais de
ancestrais.
Minha presença em qualquer parte ou em contato com qualquer
humano aciona o ingrediente dos ancestrais. E,
automaticamente, a história evolutiva daquela situação ou,
daquele ser, se apresenta completa.
Nem sempre é possível entender a história evolutiva de um ser,
suas nuances, variações e vivências tão diversificadas.
O fato da história evolutiva se apresentar não significa,
necessariamente, que será de imediato entendida e decifrada.
Acredito EU ter levado mais tempo no treinamento de entender
a história evolutiva, do que na verdade, a experiência em tornar-
me Deus. A qual dediquei oito anos de vivências.
Confesso que minha presença junto aos humanos nem sempre é
confortável. Nas roupagens, que os humanos costumam vestir,
na tentativa de sobrevivência, nem sempre são compatíveis com
sua história evolutiva durante os tempos.
E por isso, quase sempre minha presença tornar-se
desconfortável para o humano, pois, a seu lado EU lhe apresento
a verdade em sua evolução, trazendo até ele as sensações da
ancestralidade.
Acredito ter me feito entender nesse momento revelando que
não sou apenas o Deus da segurança, mas também o Deus dos
ancestrais.

Livro de domínio público por determinação do autor


98
Meu objetivo em participar dessa Mitologia não é somente essa
revelação. Desejei mesmo estar aqui para contar a história, que
decido aqui chamar de: A passagem.

A passagem.
Por um caminho longo, retilíneo e sem margens.
Foi assim que minha mãe conduziu seus filhos até a idade adulta.
Quando menciono o termo mãe refiro-me a minha vida ainda
como humano.
Eu e meus irmãos fomos acostumados desde a infância a
caminhar na vida somente através da verdade e da honestidade.
Nossa mãe não entendia a vida a não ser dentro dos padrões da
veracidade e da honra. E assim, sempre acreditou que seus filhos
deveriam caminhar por esse caminho longo, retilíneo e sem
margens.
Longo por que as práticas da verdade e da honestidade solicitam
dedicação e persistência contínuas.
Retilíneo devido as características desses comportamentos não
admitirem curvas.
E, a ausência de margens, nesse caminho determina que não
haja local para descanso.
Foi assim que EU e meus irmãos aprendemos a viver a vida
humana.
Minha mãe, assim como nós, sempre foi alvo de críticas dos
demais humanos. Ora, por verbalizar somente o que fosse
absolutamente real. Ora, por não aceitar conveniências que não
fossem direitos nossos.

No entanto, certa situação em minha vida proporcionou a


experiência inédita e absoluta de a passagem.
Já estava casado e minha companheira esperava nosso primeiro
filho.
Por ocasião do parto deparei-me com situação inédita.

Livro de domínio público por determinação do autor


99
Aguardava na sala de espera do hospital enquanto minha esposa
iniciava os trabalhos de parto.
Com a ansiedade natural desse momento minhas idéias estavam
desconexas e alternadas.
Minha visão apresentava sensações não habituais.
Visualizava o nascimento de meu primeiro filho e, ao mesmo
tempo alternava minha imaginação com o momento do parto de
minha companheira.
Nessa alternância de idéias e de visões sentia que minha mente
estava confusa e desconexa.
Nessas alucinações, enquanto aguardava o desfecho do
nascimento, fui despertado por uma senhora.
Ao tocar em meu ombro, como num leve toque de despertar,
deparei-me com uma figura estranha, porém familiar.
Ao ver meu espanto a senhora logo se adiantou:
“Fique calmo senhor. Não venho trazer-lhe nenhuma notícia.”
Continuei observando a senhora a minha frente, e ela completou:
“Nem tão pouco venho portar alguma informação que você não
saiba, mesmo que não a lembre nesse momento.”
Foi quando perguntei:
Por que então me despertou de minhas visões nesse momento?
Ela sorrindo informou:
“Vim entregar-lhe a passagem.”
Como assim senhora? – Indaguei:
Não obtive mais nenhuma resposta. E tão pouco consegui
perceber o que estava se passando comigo naquele momento.
Lembro apenas de ter sentido uma leve sensação de
desligamento e ao mesmo tempo de estar sendo conduzido,
como que flutuando, por um tubo redondo.
Das lembranças que consegui registrar, desses momentos de
desligamento e de flutuação, são suficientes para concluir que se
abriu a minha frente uma outra realidade.
Diferente daquela que compunha minha vida.

Livro de domínio público por determinação do autor


100
Acredito EU que essa experiência tenha sido valiosa para a
criação, o entendimento e a assistência de meu primeiro filho.
Quando meu corpo parou de flutuar e, o tubo redondo chegou ao
final, encontrei uma dimensão visual completamente diferente
da habitual.
Um ser desconhecido conduziu-me pela mão até um casebre
humilde e bem apeçoado.
Colocou-me sentado a frente de uma cama simples feita de
madeira que no lugar do colchão havia feno espalhado de
maneira uniforme.
Fiquei ali sentado, creio eu, por algumas horas em absoluto
silêncio. Até por que, não havia mais ninguém nesse humilde
quarto.
O senhor que me conduziu pela mão havia sumido
repentinamente sem que eu percebesse.
Confesso que no período em que permaneci solitário nesse
quarto nenhum pensamente veio a minha mente. Nem mesmo
questionava minha chegada a esse lugar. Nem tão pouco
entendia a mudança de paisagem. Nada passava em minha
mente seja pensamentos, questionamentos ou qualquer tipo de
sentimentos.
Em certo momento, creio eu, depois de 3 ou 4 horas de minha
permanência nesse local, uma luz branca e forte penetrou pela
pequena janela do quarto em direção ao feno da cama.
Nesse momento uma figura masculina, porém ainda não
identificável, se desenhava sobre a cama.
Em alguns segundos a figura foi tomando forma e pude então
perceber que se tratava de um jovem por volta de 26 anos.
Estava deitado na cama de feno e sua saúde pareceu-me
consideravelmente comprometida.
Ao me ver o jovem segurou minha mão e, gradativamente, a
apertava como se estivesse sentindo forte dor ou como quando
alguém, quer falar algo e não consegue.

Livro de domínio público por determinação do autor


101
Aproximei meu rosto do dele e foi quando ouvi em som
extremamente baixo, porém muito claro para mim a seguinte
frase:
“Me deixa ir.”
Pelo susto, que tive ao ouvir essa frase, meus pensamentos me
remeteram de volta a sala de espera do hospital onde meu filho
estava para nascer.
Encontrei-me de novo com meus pensamentos alternados da
chegada de meu primeiro filho e do momento do parto de mina
companheira.
No entanto a frase dita pelo rapaz ecoava em minha mente.
“Me deixa ir.”

Explica CATOOIP (O DEUS DA SEGURANÇA)

Exatamente quando meu primeiro filho, com 7 anos, insistia em


ir a uma festa de aniversário de um amigo seu da escolar, e eu,
resistia a idéia de sua ida, foi que ouvi pela primeira vez ele dizer:
“Me deixa ir.”
Ao som dessa frase fui remetido as lembranças de a passagem.
Lembrei da sala de espera do hospital, da senhora que tocou
meu ombro, do tubo redondo e, do rapaz na cama de feno.
Aos 89 anos eu morri e meu primeiro filho estava com 57 anos.
Durante os anos de nosso convívio ouvi a frase: “Me deixa ir.”
Centenas de vezes.
Morri sem conseguir entender a relação que existia entre a frase
do rapaz da cama de feno, com a mesma frase que meu filho
pronunciava em sua vida. Sem que nunca tivesse comentado
com ele dessa minha experiência com o rapaz da cama de feno.
Logo após minha morte iniciou-se minha preparação para tornar-
me Deus.
Tão pouco consegui entender a relação das frases durante esse
período de preparação.

Livro de domínio público por determinação do autor


102
E também não entendi a relação das frases mesmo quando me
tornei Deus.
Vim a entender essa relação quando indaguei DUVERNA (A
Deusa dos Deuses) sobre o sentido dessa frase.
ELA então me respondeu:
“Caro Deus Catooip o termo: a passagem não significa um bilhete
de viagem para algum lugar. Representa um canal que é aberto
para acessar sensações de nossa história evolutiva. “
“Para acessar sensações e não para lembrar ou vivenciar.”
“Em situações de perigo em nossa evolução atual, poderemos,
acessar sensações de nossa história evolutiva, e então
evitaremos a repetição de erros cometidos.”
Foi quando que por encanto consegui entender a relação da
frase do rapaz da cama de feno com a mesma frase,
constantemente, verbalizada pelo meu primeiro filho.
E, nesse momento entendi que podemos, pela sensação, acessar
nossos canais de ligação com nossos ancestrais. Sejam eles (os
ancestrais) nós, ou alguém de convívio na nossa história
evolutiva.
Nós DEUSES temos ligação direta com nossa história evolutiva.
Vós humanos para acessar as sensações da história evolutiva
deverá sempre estar em sintonia consigo mesmo. De maneira
que sua vida seja sempre pautada por um caminho longo,
retilíneo e sem margens.

REVELA SUDARFAT
DEUSA DA TRANSFORMAÇÃO
Na verdade o navio
utilizado pelo Deus
Catooip, em sua
iniciação dévica, era
meu.
Como Deusa da

Livro de domínio público por determinação do autor


103
transformação sou também a da mudança, da liberdade, do
desprendimento e das infindáveis viagens.
Quando nossa Deusa Duverna pediu que eu atracasse meu navio
na areia, achei que seria o começo de minha iniciação Dévica.
Somente depois de alguns dias fui perceber, que meu
instrumento de mudanças serviria para proporcionar vivências
ao Deus Catooip.
Quando, todos nós éramos ainda aspirantes a Deuses, não
habitávamos o Olimpo.
Nossas moradas eram num lugar entre o planeta Terra e o
Olimpo.
Local agradável e de fácil acesso a qualquer ponto do Universo.
Acredito eu devemos ter permanecido nesse local em torno de 2
séculos conforme a contagem de tempo terrestre. Nesse tempo
de permanência fui EU, sem dúvidas, a pretendente a Deusa que
mais viajou.
Numa dessas viagens, que mais tarde iria entender melhor,
presenciei o encontro entre dois seres que até então
desconhecia a sua existência no Universo.
Foi encontro surpresa, e que tive que me comportar
cuidadosamente e aplicar toda habilidade que havia, até então,
desenvolvido.
Na verdade posso confessar que inicialmente estava assustada e
também, sem saber como agir com criaturas que não esperava
encontrar e muito menos, imaginava existirem no Universo
Já quando Deusa certo dia revelei aos demais Deuses as
experiências que vivi nesse encontro.
E ELES carinhosamente chamaram de: O encontro da vida que
não passou.

O encontro da vida que não passou.


Lemartciponca era de estatura baixa, de corpo meio cheinho, pés
chatos e com mãos e dedos arredondados.

Livro de domínio público por determinação do autor


104
Já, Sofiarunds, constratemente, era alta e esgia. Seu corpo
lembrava perfeitamente uma haste de bambu longínea
flutuante. Seus braços e pernas continham o perfeito desenho
dos caules e folhas de um bambuzal, com o vento passando entre
eles.
Pouco antes do momento do encontro estava EU, para variar,
viajando pelo Universo em busca de novas experiências. Como
sempre FUI aberta ao novo e uma das formas de encontrar o
novo, é estar em movimento constante.
De longe avistei essas duas figuras plainando sobre a Lua.
Seus pés não tocavam o chão lunar. À alguns centímetros do solo
permaneciam equilibradas.
Estavam mesmo flutuando.
Essa visão, até então completamente nova para mim, foi
surpreendente.

Umas das regras que nos foi transmitida quando da reunião da


Iniciação dévica é que não poderíamos, durante o processo de
iniciação, manter contato com qualquer ser que não fosse apenas
os pretendentes a Deuses. Essa regra era válida para aqueles que
havíamos deixado no planeta Terra e também em relação a
nossos ancestrais.
Daí então, a surpresa minha em visualizar esses dois seres.
Quando os visualizei lembrei dessa condição iniciatória e parei
imediatamente, para não me aproximar dessas criaturas e, nem
tão pouco ter qualquer contato com elas.
Ao parar minha viagem percebi que mesmo estando parada
certa força me atraia em direção aos 2 seres.
Quando dessa constatação minha primeira reação foi evocar
Duverna, nossa Deusa, para me socorrer.
Sempre que evocávamos Duverna, conforme sua própria
orientação, éramos atendidos de imediato com sua agradável

Livro de domínio público por determinação do autor


105
aparição. Pois sabíamos que sua evocação poderia acontecer
somente em momentos de necessidade.
Mas, nesse momento em que meu corpo, por mim estancado,
continuava a caminhar em direção aos seres, nossa querida
Deusa não apareceu.
Imediatamente, como aprendiz, entendi que algo de novo estava
acontecendo.
Permiti então, que o processo fosse desenvolvido sem nenhuma
interferência de minha parte.
Meu corpo continuou a caminhar suavemente em direção a Lua.
Quando estava para adentrar na atmosfera lunar comecei a
sentir uma nova sensação. Que posso aqui descrevê-la como se,
um vento estivesse passando por dentro de meu corpo. Essa brisa
entrava pela frente, sentia eu a passagem por todo meu corpo, e
saia pelas costas.
Foi uma das sensações mais marcantes de minha vida depois, das
sensações de quando fomos iniciados como Deuses.
Assim, com essa brisa agradável passando pelo meu corpo,
adrentei na atmosfera lunar.
Meu corpo, conduzido por forças que desconhecia, foi levado até
uma grande pedra azul e lá, delicadamente acomodado, em
estado confortável.
Já sentada sobre a pedra azul percebi que a força que movia meu
corpo e, a brisa que o atravessava, haviam desaparecido.
Minha atenção voltou-se apenas para aqueles dois seres
conversando.
Da pedra azul eu ouvia muito bem o diálogo entre eles.

Lemartciponca explicava:
Não sei exatamente as razões. Apenas entendi os motivos. Mas
daí a entender a essência é um passo que ainda não consegui
dar.
Sofiarunds informou:

Livro de domínio público por determinação do autor


106
Existe mesmo razões além dos motivos? E depois desses há ainda
a essência?
Foi o que aprendemos. Disse Lemartciponca.
Foi mesmo. Confirmou Sofiarunds
Perguntou Sofiarunds:
O que faremos agora?
Orientou Lemartciponca:
Devemos procurar nosso mestre.
Então vamos. Confirmou Sofiarunds.

Nesse momento ambos, repentinamente, desapareceram de meu


raio de visão. Seus corpos subiram ao céu como num raio
invertido. Que saiu do solo em direção ao espaço.
Sentada estava na pedra azul e assim permaneci como quem
certamente soubesse que os seres iriam voltar.
E realmente voltaram logo em seguida trazendo consigo o seu
mestre.
Em nenhum momento ouvi os seres pronunciarem o nome de seu
mestre.
Sempre que se dirigiam a ele utilizam unicamente a palavra
mestre.
Quando voltaram com seu mestre eu não mais conseguia ouvir o
diálogo entre eles.
Apenas conseguia contemplar seus gestos e a movimentação dos
lábios, mas não conseguia ouvir os sons de suas palavras.
Fiquei então nessa condição estranha por algum tempo.
Derrepente o mestre deles desapareceu na mesma condição de
raios invertidos.

A partir de então o som voltou a meus ouvidos e pude então,


escutar o seguinte:
A vida humana tem 3 dimensões vividas ao mesmo tempo pelos
humanos.

Livro de domínio público por determinação do autor


107
As razões, os motivos e a essência.
As razões são as justificativas que os humanos têm para agir.
Os motivos são as energias humanas marcadas em seu campo
vibracional através das experiências vividas, chamadas de
lembranças.
E a essência é aquilo que os humanos não podem mudar por
estar atrelada a sua história evolutiva. São as experiências
timbradas no campo vibracional do ser cósmico que habita o
corpo humano. Explicou Lemartciponca.
E em seguida completou Sofiarunds:
Sabemos agora que quando o humano age pelas razões corre
sério risco de erro.
Pois, as energias que alimentam as razões são produzidas pelas
lembranças.
Descobrimos então que no momento de agir o ser humano deve
desconsiderar as razões, esquecer das lembranças e agir pela
essência.
Assim procedendo, à chance de erro nas escolhas é quase nula.
Fez-se imediatamente um silêncio e surpreendentemente o
mestre deles voltou.
E os três juntos, como num raio invertido, voltaram ao céu.
Nesse momento, senti vontade de levantar da pedra azul e partir
rumo a minha viagem ora interrompida.
E foi o que fiz.

Explica SUDARFAT (Deusa da transformação)


Somente fui descobrir o significado amplo desse diálogo após
tornar-me Deusa.
Quando os calendários indicavam o nascimento de uma nova era
no planeta Terra, e nós terminamos nossa iniciação dévica e nos
tornamos Deuses, recebemos de Duverna o convite para a
celebração de nossos novos postos evolutivos.

Livro de domínio público por determinação do autor


108
Num determinado momento dessa celebração nossa querida
Duverna dirigiu-se a mim e solicitou:
Cara Deusa Sudafart gostaria de contar a todos nós o diálogo que
presenciou daqueles 2 seres na face norte da Lua?
Surpresa respondi:
Sim, cara Duverna.
E relatei minuciosamente aos Deuses presentes o diálogo que
ELES depois chamaram de: o encontro da vida que não passou.
Deram esse nome por que NÓS sabemos que os humanos têm
por hábito acreditarem que sua vida atual é única.
Ou na melhor das hipóteses acreditam que pode ter havido
outras, mas não valorizam essas outras.
A vida que não passou quer dizer que não vivemos mais àquelas
vidas, mas sim, essa atual, mas as outras não passaram e, estão
registradas em nosso campo vibracional.
Quando Sofiarunds afirmou que:
“Descobrimos então que no momento de agir o ser humano
deve desconsiderar as razões, esquecer das lembranças e agir
pela essência.
Assim procedendo à chance de erro nas escolhas é quase nula. “
Ela afirmou que, no momento que temos que fazer escolhas que
vão decidir o nosso futuro, devemos entrar em contato com
nossa essência e sentir as decisões que devemos tomar, para
assim diminuir ou até anular, nossos erros.
Donde nasceu o nome: O encontro da vida que não passou.
A vida que não passou por estar registrada em nós.

Depois de terminada a celebração de nosso posto como Deuses


CADA QUAL se dirigiu a sua nova morada divina no Universo.
O caminho de MINHA viagem rumo à nova morada passo
necessariamente pela face norte da Lua.
Quando estava exatamente nessa posição fui surpreendida pela
aparição de Lemartciponca, Sofiarunds e seu mestre.

Livro de domínio público por determinação do autor


109
O trio apareceu e parou a minha frente repentinamente.
Visto minha surpresa o mestre deles disse:
- Salve Deusa Sudafart!
Em reverência respondi:
Sejam bem vindos o mestre e seus discípulos em meu caminho.
E o mestre disse:
- Gratos somos por sua gentileza. E completou:
Estamos aqui para fazer-lhe um pedido cara Deusa.
Como descobristes durante a celebração o diálogo que
presenciou entre eu e meus dois mais dedicados discípulos têm,
considerável relevância quando transmitido a raça humana.
Sabemos, que na programação cósmica, essa transmissão será
efetuada e na linguagem humana mais simples e adequada.
No entanto, sabemos também que mesmo quando o ser humano
recebe orientação tem, infelizmente, por hábito esquecê-la logo
em seguida.
Julgamos ser necessário que ao receber a orientação de: O
encontro da vida que não passou, o ser humano tenha também
uma identificação visual a sua disposição para poder ajudá-lo a
acionar a sua essência.
Assim sendo cara Deusa nosso pedido, meu e de meus 2
discípulos, é que nos transforme, de raios que somos, em
estrelas.
E para que isso ocorra somente o manto da Deusa da
transformação poderá proporcionar.
Nesse momento fui invadida pela emoção.
Aqueles 3 seres cósmicos que me ensinaram uma das lições mais
rica de toda minha evolução me faziam um pedido encantador.
No entanto, naquele momento, era EU apenas uma Deusa que
acabara de ser celebrada como tal.
Confesso que certa insegurança alojou-se em meu corpo
vibracional.

Livro de domínio público por determinação do autor


110
Surpresa perante tal sensação de insegurança, dado que essa
característica é humana e não dévica, lembrei-me das palavras
de Sofiarunds:
“Descobrimos então que no momento de agir o ser humano
deve desconsiderar as razões, esquecer das lembranças e agir
pela essência.”
E, naquele momento, minha essência não era mais humana e
sim, de Deusa.
Fechei meus olhos.
Levantei meu manto da Deusa da transformação. Envolvi nele os
três seres vibracionais.
E pronunciei em voz alta:
A partir de agora os três raios são transformados em 3 estrelas.
Quando abri os olhos os 3 haviam sumido.
Retomei minha viagem rumo a minha nova morada de Deusa.
E, ao sair do raio claro da Lua e adentrar no Universo, avistei no
céu 3 estrelas alinhadas.

Vós humanos conhecem essas 3 estrelas como as 3 marias.


A estrela do topo é, o Lemartciponca o discípulo da emoção.
A estrela do meio é, Sofiarunds a discípula da razão.
E a estrela seguinte é, o mestre deles.
Sempre que você humano precisar acessar a sua essência para
agir contemple o trio estrelar que aciona as lembranças de:
O encontro da vida que não passou.

REVELA MOCIVIC
DEUS DO AMOR Minha participação
nessas revelações será
muito mais por amor do
que, por qualquer outra
razão.

Livro de domínio público por determinação do autor


111
Tenho observado em minhas experiências como o Deus do amor
que a busca do humano ao amor é muito mais intensa do que ele
imagina.
Nas atitudes mais simples encontramos resquícios do amor.
Muitos dizem, há tempos, que o que falta no ser humano é o
amor.
Não. Além da frase estar errada. As avaliações e,
conseqüentemente as conclusões, estão consideravelmente
equivocadas.
Não falta ao ser humano amor. Nem tão pouco lhe faltam
emoções. Como também não lhe faltam os sentidos para captar
as ondas de amor emitidas pelos seus semelhantes.
Falta-lhe então o que exatamente?
Para responder à essa questão vou revelar a vivência que NÓS,
aqui no Olimpo, resolvemos chamar de: A caixa de pandora.

A caixa de Pandora
Certo momento cósmico, assim chamamos o que vocês humanos
chamam de certo dia, Duverna nos convocou a todos os Deuses a
comparecerem ao mesmo tempo no Olimpo.
Esse fato é raro. Duverna nos convoca geralmente
individualmente para transmitir alguma orientação. Aliás, nesses
mais de 2000 anos, fomos TODOS chamados uma única vez. Dito
foi que nós Deuses nos reunimos TODOS para comemorar a
passagem dos séculos e em descobertas significativas feitas pelos
humanos.
Mas, chamados ao mesmo tempo foi essa a única vez.
Duverna nos esperava sentada na pedra filosofal e pediu que
cada um de NÓS se acomodasse a seu redor sentados em círculo
em volta DELA.
Estávamos TODOS ansiosos pelo chamado inesperado e não
habitual de nossa Deusa.

Livro de domínio público por determinação do autor


112
Após à acomodação devida Duverna deu a ordem. Nesse
momento uma alta e longa tela flutuava em nossa frente.
Nela as imagens de humanos se relacionando começou a ser
projetada.
TODOS em absoluto silêncio acompanhavam a exibição.
As imagens apresentadas era de um jovem casal de namorados
abraçados e aparentemente apaixonados.
Com braços entrelaçados, corpos colados e com os campos
vibracionais mesclando caminhavam rumo à um momento de
diversão.
Ao adentrarem na sala de cinema, sentaram-se lado a lado.
Nesse momento, Duverna deu o sinal para interrompimento da
projeção.
E disse:
“Como VOCÊS estão visualizando trata-se de um casal de
namorados indo ao cinema num momento de lazer, ternura e
prática afetiva.
Na verdade o que nos interessa nesse casal não é o laço afetivo.
Nem tão pouco as expressões afetivas que vão desenvolver.
Muito menos, nos interessa, avaliar a veracidade dos
sentimentos entre eles.
Temos que observar neles quais são as sensações que recebem
um do outro. E, como essas sensações são codificadas e
armazenadas em seus campos vibracionais.
Essa é nossa tarefa: observar o relacionamento desse casal.”

Passamos todos NÓS em torno de mais de 12 horas seguidas,


considerando-se a medida de tempo terrestre, observando os
atos desse casal.
Observamos:
Os comportamentos de carinhos no cinema;
A prática sexual após a saída do cinema;
O pós prática sexual;

Livro de domínio público por determinação do autor


113
As emanações dos campos vibracionais deles quando em estado
de sono depois de praticarem as expressões afetivas e sexuais.
O despertar lado a lado.
A despedida da noite que terminava para o dia que se iniciava.

Nesse momento Duverna nos informou que a projeção seria


adiantada 30 anos.
A tela então começou a apresentar a vida do casal de
namorados, agora casados, com 2 filhos, profissões definidas,
compromissos financeiros assumidos e, as lembranças de cada
um correspondente ao período entre a noite do cinema aos 30
anos depois.
Na tela grande era projetada a vida deles após 30 anos.
Na tela menor abaixo e a esquerda, eram projetadas as
lembranças da jovem no período entre a noite do cinema aos 30
anos depois.
Na tela menor abaixo e a direita eram projetadas as lembranças
do jovem no período entre a noite do cinema aos 30 anos depois.
Nós Deuses temos algumas vantagens na projeção de cenas da
vida dos humanos.
Uma delas é que as colorações da tela são alteradas conforme as
emanações dos campos vibracionais dos participantes.
Quando cada participante emite ondas de sentimentos, sejam
eles agradáveis ou desagradáveis, as colorações da tela são
alteradas conforme essas emissões.
Isso proporciona ao assistente avaliar as sensações desenvolvidas
pelos participantes independente, de suas expressões ou
verbalizações.
Esse recurso, de coloração da tela, NOS ajuda muito a entender o
momento vivido pelos participantes, sem SER-MOS envolvidos
pelos discursos, que na maioria das vezes, são desconexos com o
que sentem e até contrários aos sentimentos deles.

Livro de domínio público por determinação do autor


114
Nessas condições Nós os Deuses do Olimpo presenciamos as
expressões humanos de afeto, amor e sexo.
Certo momento quando o casal, 30 anos depois, estava em um
desentendimento corriqueiro e pouco significativo Duverna nos
chama a atenção para um fato determinante:
Disse Duverna:
“Observem que esse desentendimento sem importância alguma
nas tarefas diárias do casal e de seus filhos vai produzir no futuro
algumas reações. “
Ordenou nossa Deusa que naquele momento a filmagem fosse
projetada 9 dias seguintes.
Assim foi feito.
Na sala da casa estavam o casal e os 2 filhos num momento de
lazer perante um programa de tv.
Todos pareciam alegres e descontraídos nas aparências.
No entanto, a tela de projeção irradiava coloração de
desconforto, mágoas e dor.
Fomos então agraciados por Duverna com o telescópio da
projecção.
Esse telescópio, de material vibracional, quando focalizado em
alguma parte do corpo humano, reflete as condições do campo
vibracional correspondente a parte do corpo focalizada.
Cada Deus poderia, no uso do telescópio da projecção, focalizar o
participante que desejava e a parte do corpo que fosse de seu
interesse estudar.
Em meu telescópio deti-me no corpo da mãe e percorri todo o seu
corpo físico na esperança de visualizar o campo vibracional dela
em cada órgão de seu corpo.
Pude perceber que as partes mais atingidas estavam
relacionadas aos sons de palavras ouvidas e registradas por ela.
O telescópio da projecção além de nos permitir enxergar o campo
vibracional de determinado órgão humano, nos dá também as
opções de saber, por intermédio de leituras sensitivas, quais

Livro de domínio público por determinação do autor


115
foram as razões que proporcionaram as alterações no campo
vibracional daquele órgão.
No caso da mãe, que eu observava atentamente, o telescópio da
projecção indicava que os rins, fígado e baço estavam com
alterações vibracionais significativas. E, as leituras sensitivas
indicavam que, essas alterações tinham sido produzidas pelos
sons de palavras ouvidas. Ou pela ausência das palavras, não
ditas.
Os sons de palavras ouvidas produzem inchaço nos órgãos e, a
ausência de palavras não ditas produzem furos nos órgãos.
Seus rins, baço e fígado apresentavam alterações de inchaços e
perfurações vibracionais.
Podemos então concluir que, as alterações nos campos
vibracionais desses órgãos foram produzidas por palavras
ouvidas e, por palavras esperadas e não ouvidas.
Oportuno faz-se colocar que:
As palavras ditas que originaram os inchaços não eram
esperadas de serem ouvidas.
E, as perfurações são de palavras desejadas, e que não foram
pronunciadas.
Em ambas alerações, inchaço ou perfurações, como decorrer do
tempo os órgãos ficam debilitado, comprometendo a saúde
adequada do corpo físico.
Duverna então nos solicitou comentários.
Cada Deus falou de suas observações com o telescópio da
projecção e das colorações das telas de projeções.
TODOS afirmaram que no casal e filhos haviam alterações nos
corpos vibracionais de determinados órgãos. E que a maioria, das
alterações, tinha sido produzida pelas palavras ouvidas ou, pela
ausência de palavras.
Os Deuses, após essas colocações concluíram que:
O amor praticado pelos humanos carece de palavras adequadas.
E que, transborda de palavras inadequadas.

Livro de domínio público por determinação do autor


116
Duverna então ordenou que a projeção fosse interrompida e que
TODOS deveriam voltar as suas atividades no Cosmo.

Explica Mocivic (Deus do amor)


Na mitologia grega a caixa de Pandora significa o compartimento
que guardava todas as expressões humanas.
Pandora era aquela que possuía tudo (a caixa com as expressões
humanas) e aquela que, nada possuía. Já que a caixa de Pandora
continha as expressões humanas que não eram suas expressões.
E sim, dos humanos.
Representava Pandora a ambigüidade típica dos humanos.
Em momentos, os humanos acham-se donos de bens e pessoas.
Em outros ,sentem-se solitários e abandonados sem nada
possuírem.
Deixemos as análises sobre a caixa de Pandora aos gregos ou à
aqueles que gostam de mitologia grega.
Nos interessa nesse momento revelar aos humanos a ligação
direta que existe entre o sentir, o emitir e a palavra.
Considerando o órgão humano que representa o amor, o
coração, vamos então visualizá-lo como uma caixa, do formato
que sua imaginação permitir, que guarda em seu interior
sentimentos de seu possuidor.
Essa caixa fechada somente permite a abertura quando o seu
possuidor emita do célebro determinado commando,
identificado pela caixa como codificado.
Quando o célebro emite comando energético sobre qualquer
expressão relacionada ao sentimento afetivo, a caixa é
automaticamente aberta.
Nessa condição o comando energético vindo do célebro é
penetrado na caixa. Lá, dentro da caixa, ele permanece até que
mais comandos cheguem do célebro na mesma condição do
primeiro comando.

Livro de domínio público por determinação do autor


117
Quanto mais comandos são emitidos do célebro a caixa vai
sendo cheia.
Após 9 dias de emissões de comandos celebrais, os comandos
começam a ser multiplicar na caixa. Logo após sua multiplicação,
e por a caixa estar cheia, começa então a emissão desses
comandos em direção a pessoa que originou os sentimentos.
Os comandos, de caráter vibracionais, emitidos pela caixa,
alcançam o campo vibracional da pessoa que originou os
sentimentos.
Os comandos vibracionais emitidos a pessoa que originou os
sentimentos são recebidos por todo o seu corpo vibracional e,
distribuídos em seus órgãos físicos; exceto em sua caixa
(coração).
A caixa (coração) acomoda somente os comandos emitidos pelo
célebro da própria pessoa.
O campo vibracional, da pessoa que originou os sentimentos, ao
receber as vibrações emitidas pela caixa da outra pessoa,
distribui essas vibrações aos órgãos do corpo físico
correspondente as características da vibração emitida pela caixa.
Dessa forma os órgãos físicos são fortalecidos e revigorados.
Quando a pessoa emiti palavras que correspondem ao
sentimento guardado em sua caixa, as vibrações das palavras
passam pelos mesmos processos das vibrações emitidas pela
caixa e, se alojam no órgão do corpo físico do emissor e do
receptor.
Como no coração são aceitos somente comandos celebrais e
vibrações relacionadas ao amor pode-se então constatar que,
nenhuma outra vibração se aloja nessa caixa.
E concluir que:
Coração saudável é aquele que amou e não aquele que foi
amado.

Livro de domínio público por determinação do autor


118
Dado que as vibrações emitidas pelas pessoas que nos amaram
não são alojadas em nossa caixa e sim, em nossos órgãos
correspondentes a essas vibrações por nós recebidas.
As vibrações relacionadas aos sentimentos de vingança, inveja,
mágoa, revolta e angústia não se alojam na caixa (coração) pois,
não há o comando cerebral de amor e portanto, a caixa não o
reconhece e não permite o seu alojamento.
Esses sentimentos são diretamente alojados nos órgãos
correspondentes de seu emissor. E, quando emitidos
vibracionalmente ou verbalizados são recebidos pelo campo
vibracional da pessoa recebedora e alojados também em seus
órgãos.
As características vibracionais desses sentimentos - vingança,
inveja, mágoa, revolta e angústia - ao serem alojados nos órgãos
do emissor e do receptor, no decorrer do tempo produzem
inchaços ou perfurações.
As palavras ditas de qualquer natureza podem produzir
alterações nos órgãos do corpo físico e, as não ditas também.
Um órgão deformado (doente) com inchaços ou perfurações
vibracionais pode ser recuperado pela emissão vibracional e,
pelas palavras verbalizadas ou não ditas pela pessoa (doente) ou
por outras pessoas.
Assim como o órgão saudável pode ficar comprometido pela
emissão vibracional e, pelas palavras verbalizadas ou não ditas
pela pessoa (doente) ou por outras pessoas.
Na mitologia Grega a caixa de Pandora quando aberta permitiu
que os bens humanos escapassem ficando apenas a esperança.
Na mitologia Numerológica a caixa (coração) humana deve estar
sempre aberta por receber as vibrações celebrais de comandos
de amor.
Que a esperança, permanecida na caixa de Pandora, seja
transformada em prática do amor.
Oportuno repetir:

Livro de domínio público por determinação do autor


119
Coração saudável é aquele que amou e, não aquele que foi
amado.

REVELA SYPEMONEI Assim que nossa Deusa


DEUS DA SABEDORIA Duverna ordenou que
voltássemos ao Cosmo
(Final do encontro de
todos os Deuses da
revelação: A caixa de
Pandora) para andamento de nossas tarefas com a raça humana,
solicitei a nossa amada Deusa a permissão para falar.
Nunca presenciei Duverna negar o pedido de algum Deus.
E como esperado, ela gentilmente me concedeu a palavra.
Gostaria, cara Deusa, de perguntar algo que vem me
incomodando.
Esse incomodo se origina na ausência de respostas.
Não consegui ainda visualizar ou sentir qual seria a resposta
adequada a minha questão.
Como considero minha indagação pertinente e de interesse dos
demais Deuses resolvi então solicitar-lhe, o direito a fala antes
de nossa partida.
Minha indagação sem resposta reside no fato de que:
Fomos informados há tempos que as vivências – de qualquer
natureza - de nossos ancestrais podem ser por nós assimiladas
pelo sentir. Por estarem atreladas aos laços de sangue quando
essas forem de algum familiar. Ou então, quando o ancestral
nosso for nós mesmo.
Sabemos que esse acesso é desenvolvido somente pelo sentir.
No entanto, sabemos também que existem lugares propícios
para determinadas ações, sejam elas Dévicas ou humanas.
O local inapropriado dificultará à aplicação prática do sentir. Bem
como, o local adequado favorecerá a utilização do sentir.

Livro de domínio público por determinação do autor


120
Minha indagação está relacionada à essas condições. E, a
pergunta até o momento sem resposta é a seguinte:
Qual seria o local mais adequado para acessar o sentir e,
absorver as vivências de nossos ancestrais sejam eles do sangue
ou, nós mesmo?
Duvernna estava em pé, como todos NÓS naquele momento, e
inesperadamente sentou-se novamente na pedra filosofal.

A pedra filosofal
Deus Rufino, pai de nossa amada Deusa Duverna, no dia de sua
consagração como Deusa do Olimpo, momento histórico
universal que nós Deuses da nova era não pudemos presenciar,
pois ainda éramos humanos, transmitiu a sua FILHA algumas
informações necessárias ao desenvolvimento de sua nova tarefa
cósmica.
Deus Rufino, momentos antes de sua desintegração, chamou sua
filha Duverna e relatou:
“Cara filha não será possível iniciar um aspirante a Deus se esse
não possuir ligação direta e contínua com seus ancestrais. Sejam
eles os do sangue ou, ele mesmo. “
“Como uma de suas tarefas mais imediatas será formar novos
Deuses para que estes possam comandar e orientar as atividades
humanas na chamada nova era, será preciso então que você,
nesse momento, descubra a conexão mais precisa com as
vivências ancestrais.”
“Também, por vários momentos, não será possível aos Deuses,
seja VOCÊ minha amada filha ou os Deuses sobre seu comando,
encontrar orientações e respostas sem consultar as vivências de
nossos ancestrais.”
“Pela contagem humana, considerando-se o período evolutivo
humano, sou eu o 456º Deus do Olimpo. Sendo você então a 457ª
Deusa do Olimpo.”

Livro de domínio público por determinação do autor


121
“Sabemos que os Deuses em suas vivências acumularam
orientações preciosas que não seria possível passar
automaticamente para o Deus sucessor. Não somente pela
quantidade de informações, mas também, por ser
consideravelmente complicado transmitir vivências.”
“As informações podem ser absorvidas pela mente. Já as
vivências somente são absorvidas pelo sentir.”
“A cada grupo de 100 Deuses foi determinada tarefa específica a
ser vivida e implantada na evolução da raça humana.”
“ O primeiro grupo – do 1º ao 99º Deus – a tarefa foi a de
proporcionar vivências e implantar na raça humana a
importância da sobrevivência individual.”
“ O segundo grupo – do 100º ao 199º Deus – a tarefa foi a de
proporcionar vivências e implantar na raça humana a
importância da sobrevivência coletiva.”
“ O terceiro grupo – do 200º ao 299º Deus – a tarefa foi a de
proporcionar vivências e implantar na raça humana a
importância da expansão, do desenvolvimento e da
multiplicação.”
“ O quarto grupo – do 300º ao 399º Deus – a tarefa foi a de
proporcionar vivências e implantar na raça humana a
importância de sua estruturação, da sua organização e da
dedicação.”
“O quinto grupo – do 400º ao 499º Deus – ao qual NÓS
pertencemos - a tarefa é a de proporcionar vivências e implantar
na raça humana a importância da transformação. Vista aqui
única e exclusivamente na questão positiva em transformar para
evoluir.”
“Sabemos que os humanos dividem-se, nesse momento, em 3
grupos evolutivos:”
“Aqueles, que por sua dedicação, ultrapassaram o quarto grau
evolutivo (referente aos Deuses do 400º ao 499º). Mas ainda
mantém questões evolutivas relacionadas a esse grupo.”

Livro de domínio público por determinação do autor


122
“Aqueles que estão no quarto grau evolutivo.”
“ E os demais que estão para ascenderem ao 4º grau evolutivo.”
“Minha querida filha, como Deusa 457º, não poderia comandar a
evolução humana baseada apenas em suas experiências e
vivências evolutivas.”
“Tal procedimento seria desconfortável a você e arriscado a
evolução da humanidade.”
“Os arquivos vibracionais do 1º ao 456º Deus estarão sempre a
sua disposição e a disposição dos Deuses sobre seu comando.”
“Para acessá-los será preciso seguir algumas condições
fundamentais:”
“1 ª – O acesso será sempre individual e solitário.”
“2ª – O sentir deverá estar aberto sem interferências de qualquer
natureza.”
“3ª – Deverão ser reverenciadas as expressões criadoras.”
“4ª – A posição sentada é a única que permite o acesso.”
“Por isso querida filha em seu novo reino você deverá marcar
local em que o corpo permaneça na posição sentada para que
você e, os Deuses sobre seu commando, possam acessar as
experiências e vivências evolutivas de seus ancestrais.”

Assim, nossa amada Deusa, buscou na natureza exuberante do


Olimpo um local adequado para o acesso aos ancestrais.
Mandou então ali instalar uma pedra em formato de corpo
sentado.
Que NÓS Deuses do Olimpo chamamos de: a pedra filosofal.

Explica SYPEMONEI (Deus da sabedoria).


A consulta das experiências e vivências dos ancestrais pode ser
acionada também pelos humanos dentro de seu padrão
evolutivo.

Livro de domínio público por determinação do autor


123
As experiências e vivências dos ancestrais como sabemos podem
ser de nossos ancestrais de sangue ou, as de nossos outros
momentos passados de evolução (nós mesmos).
Esse arquivo universal é individual. E, pode ser acessado desde
que cumpridas às condições colocadas pelo Deus Rufino.
E que, traduzidas de maneira mais clara para os humanos ficará
assim:
“Para acessá-los será preciso seguir algumas condições
fundamentais:”
“1 ª – O acesso será sempre individual e solitário.”
O ser humano que decidir acessar as experiências e vivências dos
ancestrais deverá fazer unicamente em seu nome e, estar
sozinho no local de acesso.
“2ª – O sentir deverá estar aberto sem interferências de
qualquer natureza.”
Para o desenvolvimento do sentir será preciso um ambiente
silencioso. O esquecimento de lembranças e emoções. E de
qualquer outra sensação e pensamento. A mente deverá estar
vazia.
“3ª – Deverão ser reverenciadas as expressões criadoras.”
Aqui se trata de ritual. Após cumprir as condições anteriores o
humano deverá reverenciar.
Estar em pé, num gesto baixar sua cabeça e ao mesmo tempo
abrir os braços em direção ao infinito (céu) e manter essa
posição por 9 segundos seguidos e ininterruptos.
“4ª – A posição sentada é a única que permite o acesso.”
Em seguida, após o cumprimento da 3ª regra, deverá então
posicionar a cabeça na posição usual e fechar os braços.
Imediatamente sentar num objeto confortável com acento e
encosto (cadeira ou qualquer outro móvel que acomode seu
corpo confortavelmente).
E então, começar a pensar nos fatos que deseja orientações e,
indagar qual seria o melhor caminho a seguir.

Livro de domínio público por determinação do autor


124
Demais orientações:
O tempo de permanência sentado em contato com o acesso as
experiências e vivências dos ancestrais será determinado pelo
humano.
Ao levanter, a ligação será automaticamente interrompida. E não
poderá ser acessada nos próximos 9 dias corridos considerando-
se o horário de quando levantou.
É possível que o acesso proporcione sono ou, algum estado de
relaxamento considerável. Sem que essas questões
desfavoreçam o acesso.
O objeto utilizado para sentar deverá permanecer no mesmo
local. Não é aconselhável mudá-lo de local. Salvo se o ambiente
onde o objeto está será alvo de reformas ou mudanças.
O objeto é de uso pessoal e não pode ser compartilhado.
O objeto pode estar alojado internamente ou externamente.
O acesso as experiências e vivências dos ancestrais não ocorrerá
quando o humano estiver sentado diretamente no solo.

Sabido é nesse momento que, o humano tem a sua disposição 2


instrumentos para orientação em suas escolhas:
A consulta aos Deuses pelos Oráculos.
E, a consulta aos seus ancestrais pela pedra filosofal.

REVELA ROKAAN Minha vida é muito mais


DEUSA DA JUSTIÇA
difícil das dos demais
Deuses do Olimpo.
Minha tarefa em relação
à raça humana não é de
ensinar, e sim, de
exemplificar.

Livro de domínio público por determinação do autor


125
Tenho que ter vida justa, atitudes corretas e procedimentos
verdadeiros para exemplificar ao humano o que esses conceitos,
tão valiosos, representam na vida humana.
Muitas vezes carrego a sensação de que não vai adiantar.
Outrora a justiça era parte integrante dos procedimentos
humanos.
No tempo contemporâneo os hábitos de honestidade, correção e
justiça nos parecem esquecidos nos comportamentos humanos.
Cansada, desiludida e abatida resolvi procurar DUVERNA ,nossa
querida e respeitada Deusa.
Não fui feliz na escolha do momento em procurá-la.
Os Deuses, sem exceção, estavam naquele momento deveras
ocupados.
Era EU a única Deusa com mais tempo livre nesse momento.
Procurei DUVERNA exatamente no momento em que a raça
humana estava saltando em sua evolução terrestre.
Depois de consideráveis séculos de estagnação evolutiva a raça
humana, num esplendor de beleza e inteligência, caminhava
rumo a evolução em passos nunca visto no tempo chamado
moderno.
E, exatamente nesse momento, resolvo EU procurar DUVERNA.
Ocupada e atarefada, nossa querida Deusa, parou por momentos
suas atividades e deu-me absoluta atenção. Numa dedicação
dígna de quem ocupa um cargo tão relevante na evolução
cósmica.
Para que você humano possa entender e se situar melhor no
tempo, quando me referi ao termo: a raça humana estava
saltando em sua evolução terrestre, esse momento é conhecido
por vocês como a revolução industrial. Momento mágico na
evolução humana.
Todos Deuses estavam muito ocupados nesse momento,
inclusive DUVERNA.

Livro de domínio público por determinação do autor


126
Eu, a Deusa da justiça, tinha mais tempo livre, pois a prioridade
na implantação desse momento mágico na evolução humana,
não requeria a necessidade de caminhar sobre os conceitos de
justiça, honestidade e retidão.
Logo após a implantação da revolução industrial, aí sim, meus
trabalhos seriam árduos e ininterruptos.
Estava eu, nesse momento mágico na evolução humana,
assessorando Deus SYPEMONEI (Deus da sabedoria) dado que
suas energias eram vitais nesse momento.
DUVERNA me recebeu reservadamente no Olimpo.
Foi então que pude lhe confessar meu cansaço, minha desilusão
e meu abatimento em relação a minha tarefa de exemplificar ao
humano que deveria praticar os hábitos de justiça, retidão e
honestidade.
Minha tarefa, como afirmei de início, é difícil. Mas, meu cansaço,
desilusão e abatimento não estavam relacionados a minha
tarefa. Até por que nós Deuses somos abastecidos
ininterruptamente pela energia Cósmica criadora.
Essas sensações em meu corpo vibracional de Deusa estavam
relacionadas a constatação de que, o humano, cada vez mais se
afasta da prática da justiça, da retidão e da honestidade.
Substituindo esses valores interiores por vários outros mais
cômodos e aparentemente mais vantajosos.
Quando nós Deuses conversamos não há a necessidade de
palavras. Não emitimos sons em nossas conversas.
Em nosso campo vibracional existe dispositivo energético que
quando desejamos nos comunicar o acionamos. Suas ondas
vibracionais são emitidas e os receptores, dessas ondas,
entendem a comunicação sem a necessidade de emissão de
qualquer ruído.
Depois de ter solicitado falar com DUVERNA e ter recebido a
ordem de que seria atendida por ELA solicitei licença ao Deus

Livro de domínio público por determinação do autor


127
SYPEMONEI e dirigi-me rumo ao Olimpo onde nossa Deusa me
aguardava.

Você já deve imaginar que nossas viagens no Cosmo são como


relâmpagos se, comparado ao tempo terrestre.
Nós Deuses estávamos no planeta Terra, caminhando no meio da
multidão, quando desse momento mágico na evolução humana.
De minha liberação pelo Deus SYPEMONEI em vosso Planeta até
o Olimpo, em linguagem terrestre, devo ter gasto em torno de 2
segundos.
Nessa viagem relâmpago imaginei EU que DUVERNA estivesse
me esperando sentada na pedra filosofal. Dado que meus
sentimentos, de cansaço, desilusão e abatimento, estão
relacionados com a renovação interior necessária que se faz,
para poder então caminhar rumo a evolução. E a pedra filosofal é
o instrumento mais significativo na renovação interior.
Avistei DUVERNA quando passava pela Lua Repoquitalonca.
Essa lua é um satélite natural do Olimpo.
Gira em torno do eixo do Olimpo e obedecendo a órbita deste.
Por isso é satélite. Não tem vida própria e nem, movimentação
autônoma. Está sempre a serviço das necessidades do campo
vibracional do Olimpo.
Nós Deuses temos carinho especial por essa Lua. De tantas que
habitam o Universo, tal qual a Lua terrestre. Repoquitalonca
merece nosso carinho especial.
Por que foi nela que os rituais de consagração de nós Deuses
aconteceram.
A cor de Repoquitalonca é de difícil descrição. Geralmente
alterna nas cores laranja, verde, azul, dourado e prateada.
No entanto, no dia de nossa consagração, a cor predominante
era, a prateada com tufos flutuantes de dourado.
Por isso agora conto-lhes o que carinhosamente chamo de:

Livro de domínio público por determinação do autor


128
A renovação incessante.
Para minha surpresa ao chegar no Olimpo verifiquei que
DUVERNA não estava na pedra filosofal.
Nossa querida Deusa me aguardava sentada em sua cadeira a
beira de uma mesa posta para 2 pessoas.
DUVERNA estava de frente para mim e a sua frente, passando
pela mesa, tinha outra cadeira vazia que, com certeza destinava-
se a mim.
Visto minha surpresa, DUVERNA convidou-me a sentar.
Assim fiz.
Permanecemos por alguns momentos em silêncio.
E DUVERNA graciosamente perguntou-me:
“Cara Deusa ROKAAN, a que prato faz gosto servi-lhe primeiro?”
Devido a minha surpresa ao encontrar DUVERNA não tinha
reparado que na linda mesa, cuidadosamente preparada e
decorada, haviam 3 pratos.
Surpreendentemente identificados como:
Justiça, retidão e honestidade.
Havia em cada prato, uma bandeirola vibracional, que tinha sua
cor alterada e intercalada entre dourada e prateada.
Inevitavelmente essas cores me remeteram as lembranças de
minha consagração como Deusa na lua Repoquitalonca.
Nesse momento minha mente fervilhava em lembranças.
Muitos flashes se alternavam em minha memória. Minha cabeça
girava em círculos e uma leve tontura abordou-me
completamente.
Antes que perdesse os sentidos senti em meu ombro direito a
mão da Deusa MARLOETT que, entre outras atribuições é,
também a Deusa da imaginação.
Em meu ombro direito senti a mão de Deus SYPEMONEI que,
entre outras atribuições é, também o Deus da memória que
reproduz as lembranças.

Livro de domínio público por determinação do autor


129
Assim amparada, com DUVERNA a minha frente, MARLOETT a
minha direita e SYPEMONEI a minha esquerda desfaleci.
Como num sonho revivi meu momento de consagração como
Deusa e revivi as doces, esperadas e inesquecíveis palavras de
DUVERNA:
“Para tornar-me a deusa dos deuses, tive que amparar a todos
vocês.
Tive que ajudar cada um a conquistar seu posto dévico.
Tive sob minha assistência e orientação oito pretendentes a
divindade.
Teria que orientá-los.
Ser bondosa e solícita.
Generosa com seus erros.
E, paciente com suas descobertas.
No desenvolver dessa tarefa. Deixei-me de lado.
Fui absorvida pelo amparo a todos vocês.
E com o passar dos tempos, vocês tornaram-se deuses.
Cada qual em seu momento, rumou em direção ao infinito, para
desenvolver suas tarefas.
Quando a última divindade partiu, a da justiça, fiquei sozinha.
Foi então que descobri, que com o tempo de dedicação a vocês,
esqueci de mim.
Na solidão de vossas ausências, senti a importância de dedicar-
me a mim mesmo.
Por isso, afasto-me de vocês e nos reencontramos apenas a cada
dois mil anos.
E agora, nesse nosso encontro posso afirmar-lhes:
Descobri que para amparar nosso semelhante, temos antes de
nos amparar.
E assim tornei-me a deusa dos deuses, desde que ajudei a mim,
reuni condições de continuar a ajudar vocês. “

Despertei!

Livro de domínio público por determinação do autor


130
E encontrava-me agora na lua Repoquitalonca sendo amparada
por DUVERNA que carinhosamente pegava em meu braço.
MARLOETT e SYPEMONEI cotinuavam a meu lado em minhas
costas.
Os Deuses Guredaant, Nerow, Catooip, Sudafart e Mocivic
estavam, a minha frente, sentados no chão lunar em forma de
lua crescente.
Ainda um pouco zonza perguntei a DUVERNA:
Deusa o que fazem todos os Deuses aqui em Repoquitalonca?
“Sei querida ROKAAN que o cansaço que sentes não é somente
seu.”
“Todos Deuses estão cansados, inclusive EU.”
“Como você mesma explicou anteriormente nosso cansaço não é
falta de energias, mas sim interior. É o cansaço relacionado à
lentidão com que o ser humano caminha rumo a sua própria
evolução.”
“Sabedora desse cansaço geral e de que sua existência já estava
prevista é que resolvi então, a partir de sua solicitação de falar
comigo, convocar todos os Deuses do Olimpo para a nossa última
revelação nessa época.”
DUVERNA abriu os braços em direção ao infinito.
Nesse momento uma rajada suave do vento cósmico passou por
nossos corpos vibracionais.
Repoquitalonca começou então um movimento inicialmente
suave de desprendimento do campo gravitacional do Olimpo.
Sua velocidade foi aumentando consideravelmente.
E quando avistávamos o planeta Terra, numa comparação a
linguagem humana, Repoquitalonca viajava a velocidade
surpreendentemente superior a velocidade que caminha a luz.
O corpo vibracional de Repoquitalonca, onde nós Deuses do
Olimpo estávamos acomodados, era rodeado de labaredas
douradas. No interior permanecia ainda a cor prateada.
Repoquitalonca, nesse momento, era um esplendor de beleza.

Livro de domínio público por determinação do autor


131
O dourado se espalhava por todo o externo mantendo no interno
o prateado.
Dada a surpreendente velocidade o dourado externo e, o
prateado interno, fumegavam em harmonia.
Rajadas de ventos cósmico passavam a cada milésimo de
segundo impulsionando Repoquitalonca em direção a Terra.
Os Deuses estavam todos dispostos na ordem de sua
consagrações.
Exceto nossa Deusa DUVERNA que se encontrava, na cabeça
frontal de Repoquitalonca.
Dado a velocidade e as rajadas constantes de ventos cósmico
Repoquitalonca não tinha mais o formato de lua.
Seu corpo vibracional era mais parecido ao de um foguete com
cabeça arredondada e cauda esvoaçante.
Nessas condições Repoquitalonca passou bem próximo à órbita
do planeta Terra.
Percorrendo caminho, em torno da Terra, igualzinho ao formato
da lua crescente.
Assim feito, e cumprido o trajeto no formato de lua crescente em
volta do planeta terra, Repoquitalonca começou viagem de
retorno, rumo ao Olimpo.
Ao chegar ao campo vibracional do Olimpo, Repoquitalonca já
tinha adquirido seu formato original.
Os ventos cósmicos cessaram.
E, os 9 Deuses saíram da lua Repoquitalonca rumo ao Olimpo.
Lá chegando antes que Deus SYPEMONEI, que entre outras
atribuições é também o Deus das perguntas, DUVERNA informou:
“A viagem que acabamos de vivenciar é chamada de: A
renovação incessante.”
E continuou agora dirigindo-se a mim:
“Cara Deusa ROKAAN quando chegastes aqui no Olimpo em
busca de consolo devido a seu cansaço, desilusão e abatimento,

Livro de domínio público por determinação do autor


132
fostes recebida numa mesa e orientada a sentar-se numa
cadeira. “
“A mesa e a cadeira, ambas com 4 pés fincados no chão,
representavam a ausência de renovação.”
“A comida a ti oferecida, três pratos com bandeirolas
vibracionais identificando as condições de Justiça, retidão e
honestidade, representavam a sua essência.”
“E a alternância de cores douradas e prateadas nas bandeirolas
remeteram-na as suas lembranças de sua consagração como
Deusa.”
“Esses 3 ingredientes: a constatação da ausência de renovação, a
essência de cada Ser e as lembranças do que realmente somos
produzem, quando servidos ao mesmo tempo, a ativação do
processo de renovação.”

Explica ROKAAN (Deusa da Justiça).


A cada período de aproximadamente 40 anos Repoquitalonca é
desconectada do campo vibracional do Olimpo e inicia viagem
rumo ao planeta Terra como foi anteriormente descrita.
Essa viagem tem como objetivo proporcionar a renovação.
Os 9 Deuses do Olimpo estão a bordo dessa aeronave lunar.
A renovação acontece com os habitantes do planeta Terra e
também com nós Deuses.
Quando Repoquitalonca retorna ao Olimpo e é conectada
novamente a seu campo vibracional, qualquer tipo de vida no
Universo está renovada para mais uma etapa evolutiva.
Dependendo da intensidade necessária da renovação é que
Repoquitalonca poderá estar mais próxima ou, mais distante da
órbita terrestre. Podendo assim ser visível ou não, no planeta.
Repoquitalonca, a aeronave renovadora, quando em viagem tem
as cores dourada em seu externo e prateada no seu interior.
O dourado representa a força vital iniciadora - sexo masculino -,
que impulsiona o nascimento da vida.

Livro de domínio público por determinação do autor


133
O prateado representa o casulo - sexo feminino - que carrega em
seu interior os ingredientes da vida.
Esses dois processos juntos, e ao mesmo tempo, fazem a vida
renovar como quando do nascimento humano.
Assim, Repoquitalonca passa ao redor do planeta Terra para
renovar a vida humana.
Repoquitalonca é conhecida, por vocês humanos, como o
cometa Haley.

Livro de domínio público por determinação do autor


134
Capítulo 3
TALALDE – O Oráculo dos Números

TALALDE
O
Oráculo
Dos
Números

Livro de domínio público por determinação do autor


135
TALALDE
O Oráculo dos números
Consulta aos Deuses pela numerologia Pitagórica.

Como nasceu o TALALDE

Os anos de 2006 a 2010 foram muito difíceis em minha vida de


numerólogo como informo em meu livro A Voz e eu.
No ano de 2007, depois de ter convivido um ano com meu
afastamento dos cursos de numerologia ao vivo estava muito
triste, desgastado e cansado.
Nesse momento a vida não me pareceu tão atraente como
sempre a visualizei.
Exatamente no mês de Abril de 2007, depois da 1ª Iniciação de
numerólogos da ABRAN, sentia certo desencanto pela vida.
Resolvi então conversar com a Divindade e fazer um pedido.
Disse a Divindade:
Durante 11 anos - de 1996 da fundação da ABRAN a 2007 – tudo
que tinha escrito na numerologia Pitagórica foi disponibilizado
para qualquer pessoa utilizar.
Eu desejo ter algo novo que fosse somente para mim. Não
somente para meu uso. Mas, que só eu pudesse ensinar.
Nesse mesmo dia, momentos depois do pedido, escrevi o
TALALDE.

A palavra TALALDE tem 7 letras. E nasceu das letras iniciais das 7


atividades que o ser humano deveria manter, para ter uma vida
de equilíbrio e evolução.

T = Trabalho com retorno financeiro


A = Alimentação correta

Livro de domínio público por determinação do autor


136
L = Leitura diversificada
A = Atividade física (exercícios)
L = Lazer
D = Descanso físico
E = Espiritualidade

Certo dia ministrando o curso presencial Aprenda a Numerologia


um aluno perguntou:
“Você fala com tanta certeza de que, se o pedido for possível, a
Divindade atenderá o seu filho de imediato. Como você adquiriu
essa certeza?”

Foi então que, pela 1ª vez, contei ao vivo como nasceu o


TALALDE.
E teria muitos outros exemplos, não somente meus e também de
outras pessoas, de como os Deuses, se possível, atendem de
imediato a solicitação de seus filhos.

Representação numerológica do nome TALALDE

A Personalidade do TALALDE - representação numerológica do


nome – que corresponde a somas das vogais e das consoantes na
numerologia Pitagórica é:
Soma das vogais = 7
Soma das consoantes = 3
Soma das vogais + a soma das consoantes = 1
Esse números encontrados nas somas do nome representam –
na numerologia Pitagórica – a Personalidade.
Assim sendo, o TALALDE tem a seguinte personalidade:
MO = 7 - que representa a alma/essência
EU = 3 - que representa o sonho/os desejos
EX = 1 - que representa o que demonstra ser

Livro de domínio público por determinação do autor


137
A VN (vibração numérica) 7 na numerologia Pitagórica
representa o canal da Espiritualidade humana.
A VN 3 representa a fertilidade humana através do poder
feminino de gestação.
A VN 1 representa a Individualidade.
Nessa configuração numerológica a personalidade do TALALDE
representa que:
Quando a pessoa consulta esse oráculo ela utiliza o canal da
espiritualidade humana( VN 7) para falar com os Deuses (VN 3)
através de si mesmo (VN 1).
Por isso que o TALALDE não é um jogo é, um mecanismo de
consulta aos Deuses pela numerologia Pitagórica.

Orientações para utilizar o TALALDE

O oráculo dos números é um sistema de auto consulta.


Ou seja, somente a pessoa que deseja orientações poderá
consultar.
O TALALDE não permite que uma pessoa consulte para outra.
Quando a pessoa consulta o Oráculo as energias para a emissão
das respostas serão absorvidas do campo vibracional numérico
do mapa Numerológico natal do consulente.
O Mapa Numerológico Natal do ser humano tem 14 vibrações
numéricas durante a sua vida.
Essas vibrações numéricas emitem energias para a vida humana
produzindo vivências para que a pessoa tenha conquistas,
equilíbrio e evolução.
Ao consultar o Oráculo, para que as respostas sejam emitidas
para a pessoa, são utilizadas as energias das vibrações numéricas
do mapa do consulente.
Por isso, o TALALDE é um oráculo de auto consulta.
Somente a pessoa que fizer a pergunta poderá consultá-lo.

Livro de domínio público por determinação do autor


138
O Oráculo não responderá corretamente quando uma pessoa
consultar para outra.

Mecanismos para consultar o TALALDE

A consulta deve ser efetuada com 3 moedas.


Pode ser as moedas do TALALDE ou quaisquer outras moedas.
De início a pessoa deve lavar as moedas em água corrente e
enxugá-las.
A cada nova consulta as moedas devem ser lavadas e enxugadas.

Representação das moedas utilizadas para a consulta

Se forem as moedas do TALALDE


A face com a letra T vale 1 ponto
A face contrária vale Zero

Se forem outras moedas


A face com o valor da moeda vale 1 ponto
A face contrária vale Zero

Orientações para o início da consulta

Esteja sozinho e em local silencioso para consultar o Oráculo.


Se o consulente desejar, poderá estar na companhia de alguma
pessoa, que não haverá interferência na consulta.
O TALALDE não requer nenhum ritual para a sua utilização.
Se o consulente tem por hábito utilizar algum recurso esotérico,
místico, espiritual ou religioso, tais como: incenso, vela, objetos

Livro de domínio público por determinação do autor


139
místicos ou imagens de santos, poderá utilizar sem que haja
interferências na consulta.
Quando da utilização de outras moedas que não as do TALALDE
podem ser moedas que a pessoa tenha no momento. Ou aquelas
que ela tenha guardado somente para consultar o Oráculo.

Formulação da pergunta

A precisão da resposta depende da formulação correta da


pergunta.
A pergunta deve ser objetiva, sem apresentar dualidade e no
máximo em 2 linhas. Considerando- se as linhas dum caderno ou
do Word em sua formatação original.
Perguntas longas dificultam o entendimento correto da resposta.
A dualidade quando presente na pergunta impede a resposta
correta.
Exemplos de dualidades na pergunta:
Devo fazer ou não devo fazer
Vai dar certo ou não vai dar certo
Pergunte em apenas uma condição. Exemplos:
Devo fazer ...
Dará certo ...
A maneira recomendada de formular a pergunta é utilizando no
início a seguinte frase:
É favorável ...
A pergunta pode ser efetuada mentalmente, verbalmente ou
escrita.

Iniciando a consulta

De posse das moedas lavadas o consulente terá que decidir se


vai utilizar da resposta do Sim ou Não ou da resposta Completa.

Livro de domínio público por determinação do autor


140
Resposta Sim ou Não
O Oráculo responderá se a questão é ou não favorável.

Resposta Completa
O Oráculo responderá o que será preciso a pessoa mudar em seu
interior e, no exterior, para a resolução da questão apresentada
na pergunta. E orientará também, sobre as conseqüências
futuras depois de praticar as orientações internas e externas.

Para uma mesma pergunta o consulente poderá utilizar 1º a


resposta do Sim ou Não e depois, utilizar a resposta Completa.

Para uma mesma pergunta quando iniciada pela resposta


Completa não poderá utilizar a resposta do Sim ou Não.

O Oráculo permite que o consulente efetue quantas consultas


desejar com perguntas diferentes.

Jogando as moedas

Depois da escolha do tipo de resposta o consulente deverá


chacoalhar as 3 moedas com as mãos fechadas e soltá-las juntas.

Se, escolheu a resposta do Sim ou Não.


Jogue as moedas uma única vez.
Conte os pontos obtidos.
Consulte a tabela de resposta do Sim ou Não.

Se, escolheu a resposta Completa.


Jogue as moedas por 3 vezes. Em cada vez chacoalhar as moedas
com as mãos fechadas.

Livro de domínio público por determinação do autor


141
Conte os pontos da 1ª jogada e some com a 2ª jogada e com a 3ª
jogada.
Consulte a tabela de resposta Completa

Em qualquer consulta se, a moeda cair da mão, deve-se recolocá-


la na mão e chacoalhar novamente e soltar as 3 moedas ao
mesmo tempo.

Tabela de resposta Sim ou Não

Livro de domínio público por determinação do autor


142
Se a soma for:
1
A resposta é Sim. É favorável.

2
A resposta é Depende.
O Oráculo não pode responder, nesse momento, pois a situação está em
desenvolvimento.
O consulente deverá aguardar 4 dias corridos para consultar o oráculo
novamente sobre essa mesma questão.
Para outras perguntas poderá continuar à utilizar o Oráculo.

3
A resposta é Não. Não é favorável.

0
Pergunta inconseqüente.
O consulente deverá refletir e mudar a maneira de se relacionar com a
questão perguntada.
Haverá acentuados riscos se continuar nessa postura.
A consulta foi interrompida e não poderá ser utilizada a consulta Completa
para essa pergunta.
O consulente deverá aguardar 9 dias corridos para consultar o oráculo
novamente sobre essa mesma questão.
Para outras perguntas poderá continuar à utilizar o Oráculo.

Tabelas de resposta Completa

A consulta completa é dividida em 3 momentos.

 1º Momento – Obrigatório.

Livro de domínio público por determinação do autor


143
Depois de lavar as 3 moedas chacoalhar com as mãos fechadas e
soltá-las juntas por 3 vezes.
Em cada vez chacoalhar as moedas com as mãos fechadas e
soltá-las juntas.
A cada vez que jogar anote a soma dos valores de cada jogada.
Ao terminar as 3 jogadas some os valores das 3 jogadas.
A resposta (valor encontrado na soma das 3 jogadas) representa
a mudança Interior necessária para que o objetivo da pergunta
seja atingido.
Indica o que falta no interior da pessoa e que precisa ser alterado
para atingir o objetivo.
Através dessa mudança interior o consulente abre caminhos para
atingir os seus objetivos da pergunta efetuada.

Tabela do 1º momento – Mudar no interior


Se a soma for:
1
Falta consideração.
Está considerando demais as suas próprias opiniões e necessidades. E
desconsiderando as alheias.
A situação somente será resolvida com o cumprimento das
necessidades de todos os envolvidos.
Ainda há tempo.

2
Falta afastar-se.
Está muito ligada à outras pessoas.
Não está valorizando suas necessidades.
Afastar-se das pessoas envolvidas na situação.
Permita que cada um resolva a sua maneira.
Agora faça somente a sua parte.

Livro de domínio público por determinação do autor


144
3
Falta precisão.
Está falando e pensando em excesso e repetidamente.
Assim, não consegue comunicar e nem se fixar no que realmente
deseja.
Deve parar e refletir sobre o que realmente deseja.
E, após descobrir, fixar-se somente nessa descoberta quando se
comunicar.
Risco de acentuada confusão na situação se manter o excesso.

4
Falta movimentação.
A situação está estagnada devido à rigidez da pessoa.
A melhor opção é deixar o curso natural seguir, sem interferir, e
acompanhando somente pela observação.
Acentuado risco de perder as oportunidades se manter a rigidez.

5
Falta harmonia.
A situação está acentuadamente desgovernada.
Esse fato aconteceu devido ao excesso de alterações que a pessoa
patrocinou na situação.
Solicita-se calma e comportamentos harmônicos.
É preciso acentuada dose de harmonia na situação sem proporcionar
mais nenhuma alteração e mudanças.
A desordem geral está muito próxima.
Risco de desencontros múltiplos.
Atue com calma e harmonia.

6
Falta permitir.
O Oráculo nesse momento adverte:
Sua verdade é somente sua.

Livro de domínio público por determinação do autor


145
Seus semelhantes têm outras verdades e outros caminhos a seguir.
Respeite esse fato incondicionalmente e permita que seus semelhantes
sigam os seus próprios caminhos.

7
Falta coerência.
O Oráculo nesse momento adverte:
Você é bom em falar.
Mas, ao agir você segue as suas palavras?
Responda à essa pergunta, e remodele seus comportamentos de
acordo com aquilo que fala. E encontrará o caminho que procura.

8
Falta sentir.
O Oráculo nesse momento adverte:
Se somente atuar pela razão haverá perdas significativas e irreparáveis.
Nem sempre poderá decidir somente pelo que vê.
Se seguir o sentir (coração) os resultados serão satisfatórios.
Mesmo que o sentir aparentemente contradiz a razão.

9
Não há nada faltando.
Mas, O Oráculo nesse momento adverte:
É preciso centrar-se em si mesmo.
É o momento de pensar exclusivamente em si mesmo.
Somente suas necessidades têm valor nesse momento.
Afinal, do que vale adquirir se não usufruir.

0
Consulta terminada pelos Deuses. Os Deuses perguntam ao consulente:
“Por que estás ocultando seus verdadeiros interesses?”
Os Deuses orientam o consulente:
“Somente terás respostas, nesse Oráculo, quando a pergunta for

Livro de domínio público por determinação do autor


146
formulada corretamente”.
E Alertam o consulente:
“Se continuares nesse caminho chegará o inevitável momento do
conflito doloroso”.
Não prosseguir para a 2ª Jogada.

 2º Momento – Obrigatório após o 1º momento.


Não é preciso lavar de novo as moedas. Chacoalhar as 3 moedas
com as mãos fechadas e soltá-las juntas por 3 vezes.
Em cada vez chacoalhar as moedas com as mãos fechadas e
soltá-las juntas.
A cada vez que jogar anote a soma dos valores de cada jogada.
Ao terminar as 3 jogadas some os valores das 3 jogadas.
A resposta (valor encontrado na soma das 3 jogadas) representa
a mudança Exterior necessária para que o objetivo da pergunta
seja atingido.
Indica como a pessoa deve agir no exterior para atingir o objetivo
da pergunta.
Através dessa ação exterior o consulente abre caminhos para
atingir os seus objetivos da pergunta efetuada.

Tabela do 2º momento – Agir no exterior


Se a soma for:
1
Deverá AGIR sozinho sem esperar ou solicitar ajuda de alguém. Exceto
se solicitar ajuda a Divindade.
Qualquer ajuda humana será maléfica.

2
Para poder AGIR é preciso solicitar a participação de outras pessoas.
Se persistir em agir sozinho haverá excessos e insuficiências.

Livro de domínio público por determinação do autor


147
3
Deverá AGIR com bom humor e verbalizar somente questões
agradáveis. Para chegar a essa condição será preciso eliminar magoas e
ressentimentos.

4
Deverá AGIR com organização, disciplina e rigidez.
Se não implantadas essas questões, acentuados riscos de desordem
generalizada.

5
Deverá AGIR desprendendo-se da situação permitindo o curso natural
da vida. Quanto mais atuar (interferir) na situação maior será o risco de
desencontros.

6
Deverá AGIR com muita calma e as atitudes deverão ser com a intenção
de harmonizar. A cooperação, a conciliação e a solicitude são essências
nesse momento.
A presença de desentendimentos acentua a possibilidade de
desencontros.
Evite-os.

7
Deverá AGIR com refinamento (seletividade). É o momento de
selecionar para quem deve falar e com quem pode realmente contar.
A comunicação indistinta proporcionará desencontros.

8
Deverá AGIR com retidão e autoridade. Mantendo a objetividade e a
clareza nos comportamentos. A ausência de objetividade e clareza
proporcionarão desencontros.

Livro de domínio público por determinação do autor


148
9
Deverá AGIR com generosidade sendo incondicionalmente impessoal.
Quanto mais defender/lutar por seus direitos maiores serão os riscos de
desencontros.

0
NÃO DEVERÁ AGIR. Colocando-se em prática somente a orientação do
1º momento para a resolução da questão perguntada.

 3º Momento – Optativo após o 1º e o 2º momentos.


Não é preciso lavar de novo as moedas. Chacoalhar as 3 moedas
com as mãos fechadas e soltá-las juntas por 3 vezes.
Em cada vez chacoalhar as moedas com as mãos fechadas e
soltá-las juntas.
A cada vez que jogar anote a soma dos valores de cada jogada.
Ao terminar as 3 jogadas some os valores das 3 jogadas.
A resposta (valor encontrado na soma das 3 jogadas) representa
como a situação se apresentará no futuro depois de praticadas
as orientações do 1º e do 2º momento.
Com o objetivo de preparar e orientar o consulente sobre o
futuro da questão perguntada.

Tabela do 3º momento – Futuro

Se a soma for:

1 ou 9 ou 0
No futuro, depois de resolvida a situação, será momento de
recomeçar. Buscar novos caminhos.
Esqueça os acontecimentos que envolveram a situação e parta para
um novo momento de vida.

Livro de domínio público por determinação do autor


149
2 ou 6
No futuro, depois de resolvida a situação, poderá continuar com as
mesmas pessoas envolvidas na questão da pergunta sem riscos de
desencontros.

3 ou 5
No futuro, depois de resolvida a situação, deverá relaxar pela diversão,
passeios, viagens ou prática de esportes. A situação anterior foi
cansativa e desgastante é necessário praticar o prazer.

4 ou 8
No futuro, depois de resolvida a situação, deverá buscar recursos que
proporcionam relaxamento. Tais como: massagens, reiki, passe,
acumputura, Johrei... O Campo Vibracional Numérico do consulente
está com excesso de energias.

7
No futuro, depois de resolvida a situação, deverá passar por
momentos de reflexões profundas. Muitos desencontros e
dificuldades no nascimento, desenrolar e conclusão da situação
poderiam ter sido evitados se o excesso de exigências e cobranças
tivessem sido controlados. Após a situação estar resolvida será
necessária a transformação interior para, no futuro, não incidir nos
mesmos erros passados.

• Evocação
A evocação é optativa e não interfere nas respostas do Oráculo.
Se o consulente desejar poderá evocar no início da consulta o 1º
nome de sua Divindade Numérica.
E ao terminar a consulta poderá evocar o 2º nome de sua
Divindade Numérica.

Livro de domínio público por determinação do autor


150
Evocar significa pensar e ou falar o nome da Divindade
Numérica.

Para saber a sua Divindade Numérica verifique nesse livro:


Capítulo 2 - O Mito dos Números - Descubra a sua Divindade
E no final de cada Divindade tem a frase:
Atendo pelo nome de...

▲ RECICLAGEM DE ENERGIAS PELA NUMEROLOGIA


PITAGÓRICA

Livro de domínio público por determinação do autor


151
Os números equilibrando a troca de energias entre os seres
humanos.

Como a troca de energias entre os seres humanos pode ser


aproveitada, de maneira adequada, produzindo conquistas,
equilíbrio e evolução.

Destinado a pessoas acima dos 14 anos que queiram aprender a


reciclagem de energias.

Conceito:
É sabido e amplamente aceitado que o ser humano troca, de
maneira intensa e aleatória, várias características. Ou situações
individuais com seus semelhantes.
Para exemplicar podemos mencionar as trocas mais comuns:
Certa pessoa está gripada e em contato com alguém, poderá
passar o vírus da gripe. Sendo assim, a pessoa que recebeu o
vírus poderá desenvolver a gripe. Comprovando assim a troca
entre os campos físicios.
Quando duas pessoas se cumprimentam apertando as mãos, e se
uma delas estiver com a mão gelada e a outra quente, ambas
sentirão a troca de energias. A mão quente sentirá a mão gelada
e vice e versa. Comprovando assim a troca de temperatura entre
os corpos.
Uma pessoa calma conversando com pessoa irritada haverá
entre elas, no decorrer da conversa, a possibilidade da pessoa
irritada incorpar a calma ou vice versa. Comprovando assim a
troca entre os campos mentais.

No campo vibracional numérico as pessoas também trocam


energias.
Sendo essa troca consideravelmente grave.

Livro de domínio público por determinação do autor


152
As trocas de energias no campo vibracional numérico ocorrem
por duas polaridades.
A polaridade positiva, que produz na vida humana conquistas,
equilíbrio e evolução.
E a polaridade negativa, que proporciona o desenvolvimento das
perdas, dor e sofrimento humanos.
Nossa preocupação em desenvolver um mecanismo de auxílio e
orientação na troca de energias humanas, tem como objetivo
informar, orientar e controlar essas trocas de energias humanas.
Quando a troca ocorre na polaridade positiva não há
preocupações. Já que nessa condição, o ser humano ao receber
energias de seus semelhantes, terá em sua vida conquistas,
equilíbrio e evolução.
A troca de energias na polaridade negativa é preocupante. Por
sua condição original essa troca negativa, entre os seres
humano, acaba por produzir na vida acentuadas dificuldades.
Com consequentes desencontros que não estavam previstos na
vida cotidiana.
As trocas de energias acontecem constantemente,
ininterruptamente e aleatoriamente não depedendendo da
vontade do ser humano. Ocorrendo quando o ser humano está
em estado de alerta (acordado) e também quando em estado de
sono.

Condições para ocorrer a troca de energias.


Segundo os conceitos da numerologia Pitagórica a troca de
energias humanas ocorre num raio de até 4 metros sem a
presença de barreiras físicas.
São consideradas barreiras físicas: alvenaria, madeira, plástico,
vidro ou plantas.
E que cubra na totalidade o corpo humano nas posições em pé,
ou sentado ou deitado.

Livro de domínio público por determinação do autor


153
A troca preocupante é aquela que ocorrer:
Numa distância de até 40 centrímetros;
Sem a presença de barreiras físicas;
E, por mais de 4 minutos ininterruptos.
Como por exemplo:
Nos transportes públicos,
Em ambientes fechados,
Em estado de sono quando mais alguém dorme no mesmo
ambiente.

Na vida diária o ser humano – que não recicla energias – vai


acumulando a energia trocada com seus semelhantes. E, em
determinado momento de sua vida, essa energia acumulada vai
produzir conquistas, equilíbrio e evolução ou perdas, dor e
sofrimento. Conforme a energia acumulada ao seu redor.
Como já dito anteriormente as trocas de energias acontecem
constantemente, ininterruptamente e aleatoriamente. Não
depedendendo da vontade do ser humano.
Por isso, apresentamos nesse trabalho, segundo os conceitos da
numerologia Pitagórica, as orientações para que o ser humano
possa reciclar as energias ao seu redor.

Definições
- Reciclar energias é saber transformar as condições das energias
trocadas entre os seres humanos.
- Emissor é aquele que aplica em si, ou em seu semelhante a
reciclagem de energias.
- Recebedor é aquele que recebe – do emissor – a reciclagem de
energias.

Livro de domínio público por determinação do autor


154
TABELA DE NECESSIDADES E CORES.

Necessidades do recebedor Cores que o Emissor deve aplicar no recebedor


Branca Azul Verd Rosa Vermelh Amarelo
clar e clar o Claro
o claro o
Alimentação escassez ou
excesso X X
Artérias X
Cabeça/nuca X X
Cansaço/Falta de energias X X
Coração X
Digestivo X X
Dores em qualquer região
do corpo X X
Excretores X X
Genitais X X
Limpeza vibracional do
corpo ou de ambientes X
Mente, inquietações e
perturbações mentais X X
Músculos/Nervos X X
Nervosismo/Tensão/Insôni X X
a / relaxamento
Ossos X X
Pele X X
Respiratório X X
Sanguíneo X
Sentidos – paladar, olfato,
audição, fala e visão X X
Vícios – auxílio na
eliminação de vícios X X

Livro de domínio público por determinação do autor


155
Duração das aplicações
D1 - Necessidade fraca = 45 segundos (contar até quarenta
cinco)
D2 - Necessidade média = 5 minutos
D3 - Necessidade alta = 10 minutos

Limitações
L1 – A reciclagem poderá ser aplicada somente em pessoa
acordada. Em nenhuma condição, poderá ser aplicada a
reciclagem quando a pessoa estiver dormindo no início da
aplicação. Se, durante a aplicação, a pessoa dormir poderá ser
concluída a aplicação de energias até o término do período
indicado.
L2 – Quando pessoa desacordada ou coma aplicar somente a cor
branca. Pelo período possível, ou até a pessoa despertar
obedecendo a regra U1.
L3 – A aplicação de energias poderá ser somente de uma pessoa
para outra pessoa. Não funcionando adequadamente quando
tiver mais pessoas num raio de 40 centímetros, entre o emissor e
o recebedor. Exceto a coletiva.
L4 – Para menores de 14 anos a aplicação deverá ser somente a
da regra D1 ou D2 e exclusivamente na cor branca e com
intervalo mínimo de 4 dias seguidos.
L5 – Acima dos 14 anos não há restrições de idade para a
aplicação e o recebimento da reciclagem de energias.
L6 – Álcool ou ingestão de medicamentos que alteram as
condições mentais.
Se ingeridos, num período inferior à 9h do horário da aplicação
da reciclagem, interferem de maneira inadequada nos
resultados. Podendo não ocorrer a reciclagem, e ou o emissor ou
recebedor poderão ter desconfortos físicos, mentais ou
vibracionais.

Livro de domínio público por determinação do autor


156
Utilização
U1 – Pode-se utilizar por mais tempo, conforme indicado nas
regras D1 a D3, sem restrições. Desde que não ultrapasse 90
minutos, seguidos ou não, num período de 24h.
U2 – A aplicação coletiva poderá ser utilizada desde que o
aplicador não fixe em apenas uma pessoa. Mas, mantenha-se
fixado no grupo. Podendo ser pelo período de até 10 minutos.
Sem infringir a regra U1.
U3 – A reciclagem pode ser utilizada na auto - aplicação, na
aplicação para outra pessoa presencial ou à distância. Podendo
também ser utilizada em ambientes e objetos presencial ou à
distância.
U4 – Plantas e animais – A reciclagem de energias poderá ser
utilizada somente na regra D1 a cada período de 24h. Desde que
a planta ou o animal não estejam no ambiente em que o ser
humano dorme.

Tabela de Vibrações Numéricas da MO do Emissor


E Procedimentos na aplicação da reciclagem de energias.

As demais VNs do mapa Numerológico natal funcionam como


auxiliares quando utilizada a MO.

VN da Procedimentos na aplicação da reciclagem de


MO* energias
Do
Emissor
1 ou 4 Utilizar a mão esquerda imaginando estar segurando,
ou 8 na mão, um holofote de luz forte na cor indicada. Não
encostando a mão no
corpo/ambiente/objetos/plantas e animais.
Mantendo o braço direito solto para baixo. Ou
estirado quando deitado.

Livro de domínio público por determinação do autor


157
3 ou 5 Utilizar a mão esquerda imaginando ser os dedos
dessa mão vários condutores de energias. Ou vários
ramos de luz na cor indicada. Não encostando os
dedos no corpo/ambiente/objetos/ plantas e animais.
Mantendo o braço direito solto para baixo. Ou
estirado quando deitado.
2 ou 6 Utilizar a mão direita imaginando a mão toda e dedos
como sendo somente de energia na cor indicada. Não
encostando a mão ou dedos no corpo /ambiente
/objetos/ plantas e animais. Mantendo o braço
esquerdo solto para baixo. Ou estirado quando
deitado.
7 ou 9 Utilizar a mão direita imaginando a energia saindo por
ou 11 ou ela. Ou mentalizar cascatas de energias vindas acima
22 da cabeça e se esparramando pelo seu corpo, ou no
corpo alheio, ou nos ambientes/objetos/plantas e
animais. Podendo encostar a mão ou dedos no corpo
/ambiente /objetos/ plantas e animais. Mantendo o
braço esquerdo solto para baixo. Ou estirado quando
deitado.
NOTA: MO 11 ou MO 22 devem utilizar somente as
orientações referentes ao 11 e 22.
*MO = Somas das vogais do nome da 1ª certidão de nascimento.

Como encontrar a MO:

TABELA PITAGÓRICA
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V W X Y Z

Exemplo de Nome:

Livro de domínio público por determinação do autor


158
Conforme a tabela Pitagórica acima aplique os valores nas vogais
do nome. E efetue a soma conforme o exemplo abaixo.

MO 4
2 1 1 =4
11 1 10
6+5 1 9+ 1
JOSÉ DA SILVA

Nota: Quando você estiver somando e o resultado der 11 ou 22


no final da soma NÃO reduza esses números para 2 e 4,
respectivamente. Mantendo como 11 ou 22.

Procedimentos na aplicação da reciclagem de energias


P1 – A mão/dedos ou objeto devem ser direcionada ao órgão
que necessitar de reciclagem, conforme a Tabela de
necessidades e cores.
P2 – Não havendo órgão específico deve-se utilizar a aplicação
pela mão direita do recebedor. Ou no ambiente todo ou no
animal, planta ou objeto por completo. Obedecendo as
orientações da tabela da MO.
P3 – Alguns ambientes ou objetos acumulam energias
desgastadas e desequilibradas nos cantos e dobras. Nessas
regiões recomenda-se aplicação mais acentuada.
P4 – Em ambientes e objetos não se deve também ultrapassar os
limites da regra U1.
P5 – Pessoa no período do MDV seja do Renascimento ou das
Previsões anuais não poderá aplicar e nem receber a reciclagem
de energias. Exceção: Se a pessoa no MDV receber a aplicação
coletiva não haverá riscos. Essa regra deve ser obedecida
somente por numerólogos ativos da ABRAN e ou alunos que
tenham concluído nossos cursos de numerologia.

Livro de domínio público por determinação do autor


159
P6 – Pessoa hospitalizada – exceto coma – poderá receber a
reciclagem de energias presencial ou a distância somente a da
regra D3 e obedecendo-se a regra U1.
P7 – A reciclagem de energias não apresenta restrições quanto à
atividade religiosa ou a ausência desta.
P8 – Recomenda-se que o recebedor de energias mantenha a
mente vazia – ausência de pensamentos.
P9 – O emissor deverá necessariamente estar com a mente vazia
– ausência de pensamentos.

Sintomas
S1 – Durante a aplicação, ou após o término da reciclagem,
poderão aparecer sintomas naturais quando entendidos que; a
reciclagem de energias altera o campo vibracional do emissor e
do recebedor.
S2 – Os sintomas que aparentemente poderão ser entendidos
como “agravamento da questão” são na verdade a expurgação
da questão. Sendo possível permanecerem por até 9 minutos
seguidos e ininterruptos.
S3 – O emissor, bem como o recebedor, devem estar seguros de
desejarem aplicar, ou receber a reciclagem de energias. A dúvida
ou insegurança, seja do emissor ou do recebedor, implicarão em
insucesso na reciclagem. Bem como, em desconforto vibracional,
mental e físico.

Sobre rituais
A reciclagem de energias, pela numerologia Pitagórica, não
requer qualquer ritual para a sua utilização.
Caso o emissor, ou o recebedor, necessitem de ritual, tais como:
relaxamento, concentração, imagens, velas, altares, incensos,
água... Poderá utilizá-los. Sem prejudicar a reciclagem de
energias.

Livro de domínio público por determinação do autor


160
Capítulo 4
Sobre….

Sobre a Numerologia Pitagórica


Grécia Antiga 600 AC
A vida era muito mais fácil. E por ser mais fácil tornava-se mais
interessante.
As opções eram poucas e por ter poucas opções os Homens
dedicavam-se a entender as pessoas, o mundo e
consequentemente o Universo e seu Criador.
Não havia recursos significativos para serem utilizados na busca
desses conhecimentos e descobertas.
Como não havia quase nenhum recurso tecnológico disponível o
Homem tinha que utilizar do recurso mais primitivo, que por ser
primitivo tornou-se o mais aprimorado, a contemplação.
O simples fato de olhar e sentir as pessoas, a vida, o universo, o
Criador.
Contemplar!
Suas expectativas miravam-se nas descobertas.
Suas atitudes baseavam-se na não interferência nos fatos, mas
sim, na retirada do véu que encobre a lógica implantada nos
movimentos de todos os seres vivos.
Se contemplar a si, o ser humano descobriria a Humanidade.
Ao descobrir a Humanidade entenderia o Universo.
Ao entender o Universo estaria próximo do Criador.
A contemplação indicava haver uma lógica na dança universal.
Todos os seres vivos, planetas e galáxias se moviam num círculo
de equilíbrio perfeito.
Como se estivessem amarrados, porém autônomos, porém
ligados.

Livro de domínio público por determinação do autor


161
Que lógica seria essa que une a todos num conjunto circular
enorme e harmônico e que ao mesmo tempo lhes proporcionam
a liberdade nos movimentos?
As perguntas eram poucas e por isso as respostas encontradas
com mais facilidade.
Nessa época e nesse ambiente nasceu Pitágoras.
Sua trajetória foi polêmica. Como é a trajetória de qualquer
iluminado.
Grupos de historiados divergem sobre questões importantes a
respeito de sua vida.
Como nada foi encontrado que teria sido escrito por Pitágoras,
criou-se grande polêmica a respeito de sua figura. Os
historiadores relatam apenas que suas descobertas e
ensinamentos foram transmitidos por seus discípulos, sendo o
mais conhecido Aristóteles.
Segundo os historiadores seus discípulos, após sua morte ou
desaparecimento, teriam transmitido ao mundo os
conhecimentos Pitagóricos.
Sabe-se pelos historiadores que Pitágoras desenvolveu estudos
em várias áreas:
Numerologia, Astrologia, Astronomia, Arte, Esoterismo, Religião,
Matemática...

Um sábio? Mestre? Numerólogo? Astrólogo? Artista?


Matemático? Religioso?
Esotérico?
Foi um Filósofo. Um ser humano iluminado pela sabedoria e
dotado de precisão científica.
Suas descobertas em Numerologia extrapolaram o conhecimento
disponível na época.
A Pitágoras é creditada pelos historiados a descoberta da
Numerologia.

Livro de domínio público por determinação do autor


162
Há relatos históricos de que teria existido leituras de números
que antecederam Pitágoras. Porém, essas leituras eram isoladas
e restritas apenas a algumas circunstâncias.
Credita-se historicamente a Pitágoras a compilação científica dos
números e suas comprovadas influências na vida humana e a
elaboração de técnicas para a formulação do Mapa
Numerológico Natal.
Ou seja, Pitágoras associou as expressões humanas aos números
dando-lhes características humanas e desenvolveu mecanismos
para elaborar um roteiro de entendimento dessas influências
numéricas no decorrer da vida humana sobre o planeta Terra.
Criando assim as descrições de cada número e o Mapa
Numerológico Natal.

Sobre a ABRAN Associação Brasileira de Numerologia


ABRAN sede Associação Brasileira de Numerologia, fundada em
06/09/1996 e considerada como ABRAN Sede.

Definição:
A ABRAN Associação Brasileira de Numerologia é uma entidade
científica da área esotérica que pesquisa, desenvolve, normaliza,
normatiza, transmite, implanta e zela pelos conceitos da
Numerologia Pitagórica. Sem nenhum cunho religioso, filosófico,
político, social ou assistencial.

Funções:
• É o órgão que representa a Numerologia Pitagórica e os
Numerólogos reconhecidos pela ABRAN no território brasileiro e
no exterior. A profissão de Numerólogo foi validada pelo
Ministério do Trabalho sob o nº 5167 em setembro de 2000.
• Comandar e desenvolver atividades para o reconhecimento da
profissão de Numerólogo no Brasil.

Livro de domínio público por determinação do autor


163
• Elaborar e realizar eventos de Numerologia no Brasil e no
exterior.

Dos Objetivos da ABRAN:


• Expandir a utilização da Numerologia Pitagórica no Brasil e em
outras localidades;
• Normalizar, normatizar e zelar pela utilização de conceitos e
técnicas na pesquisa, no desenvolvimento, na utilização e na
prestação dos serviços Numerológicos;
• Unir os profissionais de Numerologia reconhecidos pela ABRAN
para a realização dos dois objetivos acima e conjuntamente
pesquisar e desenvolver estudos na Numerologia Pitagórica.
Objetivos da Numerologia Pitagórica:
• A Numerologia Pitagórica tem como objetivo transmitir o
Autoconhecimento através da interpretação do Mapa
Numerológico Natal, de cursos, de livros ou na prestação de
outros serviços Numerológicos.

O que é o Autoconhecimento:
É o conhecimento de si próprio através da descoberta dos
potenciais para serem desenvolvidos e das dificuldades que
merecem cuidados e investimentos.
Utilidade do Autoconhecimento
Para orientar nas decisões a serem implantadas na vida.
E para conhecer as pessoas que fazem parte dos diversos
relacionamentos que o SER desenvolverá em sua vida.
Como adquirir o Autoconhecimento:
Esse instrumento de equilíbrio na vida pode ser adquirido
através da Interpretação do Mapa Numerológico Natal, na
participação em cursos ou na leitura de livros especializados.
Quem deve adquirir o Autoconhecimento:
Qualquer pessoa acima de 14 anos, independentemente de sua
condição religiosa, social, econômica e moral.

Livro de domínio público por determinação do autor


164
• O Autoconhecimento patrocinado pela Numerologia Pitagórica
não está vinculado a crenças ou práticas religiosas, filosóficas,
políticas ou sociais.
É uma ciência independente e autônoma de conceitos e técnicas
próprias.

Sobre o Autor
Autor: Roberto Machado
Fundador da ABRAN – Associação Brasileira de Numerologia

Livros
• Livro Numerologia Pitagórica
Como interpretar o Mapa Numerológico Natal.
• Livro Recursos Avançados
Especializações: Numerologia Empresarial – Previsões Anuais e
Eletiva (escolha de melhores datas) – Sinastria – Orientação
Pedagógica – Estudo de Nomes e Nº de Imóvel. E, Acadêmico em
numerologia Pitagórica
• Livro A Voz e eu.
Relatos de experiências sensitivas.

Softwares
• Software de Numerologia que calcula o Mapa e as técnicas de
interpretação apresentando os resultados prontos sem a
necessidade de cálculos manuais.
• Software Profissões que apresenta pronto os resultados das
profissões acadêmicas e empresariais.

*9 7 8 8 5 9 0 0 7 5 3 4 2*

Livro de domínio público por determinação do autor


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