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UNIVERSIDADE DE LUANDA
FSS- FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA
PSICOLOGIA EDUCACIONAL I
RESUMO DO CONTEÚDO
Luanda-2021
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE DE LUANDA
FSS- FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA
PSICOLOGIA EDUCACIONAL I
RESUMO DO CONTEÚDO
Integrantes do grupo
Jomárcio Nahari Zacarias Pipa
Luzineide Eliza Policarpo João
Luanda-2021
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Sumário
Introdução ......................................................................................................................... 1
Educação ......................................................................................................................... 2
Psicologia ........................................................................................................................ 2
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Introdução
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Breves considerações
Não se pode tratar de nada em um estudo sem ter bases, então neste trabalho
teremos breves considerações de psicologia.
Educação
Intimamente relacionado com o conceito de pedagogia, é outra palavra que faz
parte da linguagem corrente, sendo também alvo de várias interpretações. Há muitas
definições deste conceito, que revelam concepções diversas do que se entende por
educação, o que coloca de novo algumas das questões já referidas a propósito do
significado do conceito de pedagogia.
De origem latina, educar vem da palavra latina educare, que significa alimentar, próxima
da palavra educere, que significa conduzir, tirar. “A educação apareceu sem dúvida com
o primeiro gesto do pai desenhando ao pé do filho o bisonte que lhe permitiria alimentar-
se (educare): esta palavra aparece assim ligada à satisfação de uma necessidade vital,
ligada a uma dependência natural.” (Houssaye, 1998: 347). De forma mais alarga, a
educação é um conceito que se vai desenvolvendo com a evolução natural da vida e das
comunidades. O sentido etimológico de educar, associado ao cuidar é uma ideia
fundamental a reter, que se perde muitas vezes quando se limitam as finalidades da
educação escolar às aprendizagens académicas. Esta simplificação tem origem nas
transformações políticas e culturais, na própria história da escola e do papel que lhe foi
sendo atribuído.
Psicologia
Psicologia é a área da ciência que estuda a mente e o comportamento
humano e as suas interações com o ambiente físico e social. A palavra provém dos termos
gregos psico (alma/mente) e logía (estudo).
O objetivo da psicologia é diagnosticar, compreender, explicar e orientar a
mudança de comportamentos humanos.
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Conceito de psicologia
Como foi referido a cima, a psicologia é a área da ciência que estuda a mente e
o comportamento humano e as suas interações com o ambiente físico e social. Mesmo
sendo uma área nova dentro da ciência, reconhecida apenas a partir de 1879, abrange
muitas sub-áreas de estudo. Entre elas, as principais são:
Psicologia Clínica;
Psicologia Comportamental;
Psicologia da Saúde;
Psicologia Educacional;
Psicologia Forense;
Psicologia Cognitiva;
Psicologia Esportiva;
Psicologia Social;
Psicologia Organizacional;
Psicologia Jurídica.
A psicologia estuda como as influências externas (a convivência com outras
pessoas, familiares e as experiências de vida de cada indivíduo) e até mesmo internas
(como crenças, valores e visão de mundo), afetam a forma do ser humano pensar, sentir
e agir.
Todas essas conclusões são baseadas em estudos científicos testados e
comprovados, feitos através dos métodos da observação, experimentação, descrição e até
mesmo simulação.
Este último acontece quando o pesquisador ou professor simula possíveis
comportamentos e ações, como o foco em encontrar hipóteses para solucionar problemas.
Um psicólogo consegue trabalhar em diferentes áreas dentro da psicologia,
atuando de forma neutra e imparcial, com o objetivo de ajudar seus pacientes em seu
desenvolvimento, através das mudanças de crenças e comportamentos nocivos.
A partir de diversas técnicas de análise, o psicólogo também é capaz de detectar
doenças e distúrbios mentais ou de comportamento. Ajuda também o paciente a
interpretar os seus sentimentos e orientá-lo a compreender as suas emoções.
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Conceito de educação
Não há definições únicas, estando estas dependentes do ponto de vista de quem
as apresenta e do contexto espaço-temporal em que são feitas. Sem considerar estas
questões corre-se o risco de cair em pressupostos redutores que não evidenciem a
verdadeira amplitude e complexidades dos conceitos analisados. Este cuidado é
particularmente oportuno quando se procura definir um conceito tão complexo como o
de educação, uma expressão que faz parte da linguagem corrente, sendo alvo de várias
interpretações. Intimamente relacionado com o conceito de pedagogia, é outra palavra
que faz parte da linguagem corrente, sendo também alvo de várias interpretações. Há
muitas definições deste conceito, que revelam concepções diversas do que se entende por
educação, o que coloca de novo algumas das questões já referidas a propósito do
significado do conceito de pedagogia.
De origem latina, educar vem da palavra latina educare, que significa alimentar,
próxima da palavra educere, que significa conduzir, tirar. “A educação apareceu sem
dúvida com o primeiro gesto do pai desenhando ao pé do filho o bisonte que lhe permitiria
alimentar-se (educare): esta palavra aparece assim ligada à satisfação de uma necessidade
vital, ligada a uma dependência natural.” (Houssaye, 1998: 347). De forma mais alarga,
a educação é um conceito que se vai desenvolvendo com a evolução natural da vida e das
comunidades. O sentido etimológico de educar, associado ao cuidar é uma ideia
fundamental a reter, que se perde muitas vezes quando se limitam as finalidades da
educação escolar às aprendizagens académicas. Esta simplificação tem origem nas
transformações políticas e culturais, na própria história da escola e do papel que lhe foi
sendo atribuído.
A educação tem a sua importância porque A qualificação dos cidadãos é
essencial para o desenvolvimento socioeconómico e social de qualquer país. Só assim
será possível a construção de uma sociedade cimentada em valores, como a solidariedade,
a justiça e a responsabilidade
É urgente formar jovens conscientes da realidade social. No entanto, devem ser
criadas expectativas de sucesso às futuras gerações através da criação de oportunidades
de crescimento pessoal e profissional para os jovens que terminam os estudos e querem
ingressar na vida activa. E, construção de uma sociedade digna, assente no respeito pela
dignidade humana e acima de tudo, responsável tudo a base de uma educação de
qualidade.
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O objetivo da educação é atingir a qualidade social para todos e cada um dos
seus alunos; garantir de forma sistemática a apropriação do conhecimento acumulado pela
humanidade; desenvolver as diversas habilidades; contribuir para o desenvolvimento
integral do sujeito histórico; para ter visão de mundo coesa, coerente e consistente;
resolver conflitos individuais, de grupos e coletivos; alicerçada em valores éticos;
estimular, promover e oportunizar o processo de construção colectiva, participativa na
sociedade para manter e transformá-la de forma consciente, crítica, criativa e responsável.
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comportamentalista, enfatiza a importância dos eventos organísmicos que intervém entre
o estímulo e a resposta.
Em termos de implicações para a educação, poderemos dizer que a concepção
cognitiva foi tão ou até mais fértil do que a comportamentalista. É inegável a esmagadora
influência que as idéias de Piaget tiveram e ainda têm como teoria explicativa dos vários
aspectos do desenvolvimento infantil. Algumas pesquisas têm demonstrado que os
professores, quando indagados a respeito de suas predileções teóricas, apontam
predominantemente a concepção piagetiana como a que eles consideram mais adequada
para orientar sua ação pedagógica.
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Willian James
James lançou um livro intitulado Principles of Psychology e ministrou diversas
palestras através de uma série intitulada Talks to Teacher. Nela, discutia as aplicações da
psicologia na educação de crianças e enfatizava a importância de se observar o processo
de ensino e aprendizagem em sala de aula. Assim era possível aprimorar a educação,
trazendo como recomendação que os professores iniciassem as aulas em um ponto além
do nível de conhecimento e compreensão da criança a fim de desenvolver a mente delas.
John Dewey
John Dewey por sua vez tornou-se a força motriz da aplicação na prática da
psicologia. Estabeleceu o primeiro e mais importante laboratório de Psicologia
Educacional nos EUA, na Universidade de Chicago no ano de 1894. Assim, continuou
seu trabalho inovador na Universidade de Colúmbia. Muitas ideias importantes partiram
deste teórico. Ele nos mostrou que a criança é um ser em constante e ativa aprendizagem.
Antes de Dewey, as pessoas acreditavam que as crianças deviam permanecer sentadas e
em silêncio. Isso porque aprendiam passivamente e de uma maneira mecânica.
Dewey afirmava que a educação deve focar a criança em sua totalidade
enfatizando também a adaptação da criança ao ambiente. Elas deveriam ser educadas de
modo que possam ser estimuladas a pensar e também a se adaptar ao seu ambiente fora
da escola. As crianças deveriam aprender a serem mais autônomas e solucionadoras de
problemas de maneira reflexiva. Para Dewey toda criança merecia ter uma educação de
qualidade sem diferenciação de classe, raça ou sexo.
Edward Lee Thorndike
Já Thorndike, outro precursor da psicologia educacional, enfocou a avaliação e
a mediação e promoveu os princípios básicos e científicos da aprendizagem. Argumentou
que uma das tarefas mais importantes da escola é a de desenvolver as habilidades de
raciocínio das crianças. Para isso, se diferenciava ao fazer estudos científicos
aprofundados e precisos sobre o ensino e aprendizagem. Promoveu também a ideia de
que a Psicologia Educacional deve ter uma base científica e deve enfocar principalmente
a mediação.
A união dessas ideias e desenvolvimento de outras teorias a partir delas resultou
nas escolas como conhecemos hoje: espaços de liberdade e comunicação, onde as crianças
podem manifestar sua afetividade como carinho ou agressividade; sua criatividade como
construção ou destruição; sua liberdade como obediência ou rebeldia. Todas as atitudes
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infantis passaram a ser tomadas de maneira natural, como boas e desejáveis, sempre se
mantendo atenta e vigilante no que diz respeito ao desenvolvimento psíquico da criança.
Os pedagogos e psicólogos passaram a ser vigilantes do desenvolvimento e cada
escola se responsabiliza por suas próprias regras de disciplina. É importante destacar que
a Psicologia Educacional e a Psicologia da Escola estão intimamente relacionadas, mas
não são iguais. A primeira é a área do conhecimento que tem como objetivo compreender
os fenômenos psicológicos envolvidos no processo educativo. A outra é considerada um
campo de atuação profissional, sendo possível realização de intervenções no espaço
escolar ou a ele relacionado.
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1. Compreender os estágios de aprendizagem
A psicologia ajuda na compreensão de que a vida humana passa por diferentes
estágios de desenvolvimento até atingir a idade adulta. Cada fase implica em padrões de
comportamento característicos. A identificação destes períodos ajuda os educadores na
elaboração do currículo. Assim é possível determinar os métodos mais adequados de
ensino para os alunos em cada um dos diferentes estágios de aprendizagem.
2. Conhecer o estudante
A criança ou o aluno é o fator chave no processo de ensino e aprendizagem. A
psicologia educacional ajuda o professor a conhecer quais são seus interesses, atitudes,
aptidões e outras capacidades e habilidades adquiridas ou inatas. A psicologia
educacional também ajuda na compreensão sobre o estágio em que o aluno se encontra
com relação ao seu desenvolvimento social, emocional, intelectual e físico. Além disso,
leva em consideração o nível de aspiração e o comportamento consciente e inconsciente
do aluno. Com a orientação adequada, o aluno pode formar uma atitude mais positiva
com relação à vida e a si mesmo. Assim, forma uma personalidade mais integrada e
solidária.
3. Desenvolver a didática de ensino
A psicologia da educação ajuda o professor a adaptar seu ensino de acordo com
o nível dos alunos e seus processos de aprendizagem. Para que o conhecimento seja
repassado de forma eficiente, é preciso que o professor tenha uma boa didática ligada a
um ensino dinâmico, divertido e saudável. Para conseguir lidar com os alunos de forma
eficaz na classe de aula, o professor precisa ter o conhecimento das várias abordagens que
levam ao processo de aprendizagem, seus princípios, bem como as leis e fatores que a
afetam diretamente.
4. Entender as diferenças
Os alunos diferem muito com relação aos níveis de inteligência, aptidões, gostos
e desgostos, além de ter tendências e potencialidades distintas. Existe uma diferença
enorme no grau de aprendizagem numa única sala de aula: há crianças superdotadas,
outras com défice de atenção, algumas com deficiências físicas e mentais. O professor
deve ser capaz de reconhecê-las para que consiga proceder de maneira adequada com
cada uma delas.
5. Resolver problemas em sala de aula
Existem inúmeros problemas que podem surgir numa sala de aula. Alguns deles
são: o bullying, a pressão dos colegas, as colas nas provas, as tensões étnicas, etc. O
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psicólogo educacional auxilia o aluno a lidar melhor com estas situações. Esclarece e
instrui o aluno com as mediações para superar o problema. Para tanto, ele precisa estudar
as características dos problemas potenciais em sala de aula, a dinâmica do grupo, as
características comportamentais do aluno e os possíveis ajustes que serão necessários.
6. Fornecer orientação e aconselhamento
Hoje em dia é importante que a criança receba orientação em todas as fases do
seu desenvolvimento. Isso porque as habilidades psicológicas, interesses e aprendizagem
diferem de uma pessoa para outra. O psicólogo educacional também ajuda o professor a
lidar com os seus próprios problemas emocionais. Assim, consegue otimizar o seu
desempenho em sala de aula.
7. Desenvolver princípios de avaliação
A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. É através
das técnicas de avaliação que o potencial da criança é testado e aprovado. O
desenvolvimento dos diferentes tipos de testes psicológicos para a avaliação do indivíduo
é uma das contribuições da psicologia da educação.
8. Incentivar uma disciplina positiva e criativa
A psicologia educacional substituiu o sistema repressivo pelo sistema
preventivo. Os professores passaram a adotar uma abordagem mais cooperativa e
científica, a fim de modificar o comportamento dos alunos. A ênfase é colocada sobre a
autodisciplina através de atividades criativas e construtivas.
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Janeiro: Editora Guanabara. (Trabalho original publicado em 1936).
Kaufmann, P. (1996). Dicionário enciclopédico de psicanálise: o legado de Freud e
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