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REPÚBLICA DE ANGOLA

UNIVERSIDADE DE LUANDA
FSS- FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA

AS CONSEQUENCIAS DA FALTA DE CONTROLE


PARENTAL NAS CRIANÇAS EM IDADE PRÉ ESCOLAR
CASO DO DISTRITO DE BELAS
ANO DE 2016-2021

Jomárcio Nahari Zacarias Pipa

Luanda-2021
Problema

Dentro das investigações feitas encontrou-se vários pareceres a cerca do


problema. Lakatos e Marconi (2003, p. 159), mencionam no seu livro que “problema é
uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância,
para a qual se deve encontrar uma solução.” Dentro deste ponto concordo e analiso que,
portanto, o problema dentro da pesquisa pode ser entendido como um aprofundamento
do tema, que deve ser apresentado da maneira mais clara e objetiva possível, para facilitar
o desenvolvimento do estudo. Para Gomides (2002, p.45), concordando de maneira linear
que a forma mais fácil e direta de se formular um problema é fazê-lo em forma de
pergunta, pois este modo permite identificar, com mais facilidade, aquilo que se deseja
pesquisar, separando o supérfluo do essencial.
Entretanto, consoante o tema, os problemas encontrados pela falta de controle
de acesso nas crianças em idade pré-escolar, no distrito de Belas propriamente, nos anos
de 2016 a 2021 tem aumentado dentro deste intervalo, as crianças desta mesma zona, têm
tido um nível de acesso a internet elevado, e acesso a conteúdos que por sua vez não são
para sua faixa etária (0-5 anos), tendo acesso a conteúdos pornográficos, entre outros.
Sendo assim, com os dados mencionados, surge a seguinte questão “Quais as
consequências da falta de controle de acesso nas crianças em idade pré-escolar”

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Pergunta de partida

Concordando com as intervenções de Quivy, R. Campenhoudt (2008, p 37),


mencionam que dentro de uma investigação, a primeira dificuldade é traduzir o que é
vulgarmente se apresenta como um foco de interesse ou uma preocupação relativamente
vaga num projeto operacional. Mencionam também, de maneira clara e sucinta, que a
pergunta de partida é o fio condutor da investigação.
Deste modo, como a investigação pretende tratar da problemática associada a
falta de controle parental nas crianças do pré-escolar, a pergunta de partida surge como
“Quais são as consequências da falta de controle parental nas crianças do pré-escolar”

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Objetivos
Os objetivos, claramente, devem ser formulados de forma clara e precisa, com
verbos no infinitivo. É importante que o significado do verbo não seja ambíguo ou
passível de diferentes interpretações.
Obviamente, os objetivos estão relacionados com seu problema ou questões, mas
não se confundem, necessariamente, com os mesmos. Concordando com Reis, que
menciona que um objetivo é um alvo que se pretende atingir e sua definição é uma das
partes mais importantes no desenvolvimento do projeto. Existem alguns critérios para a
especificação dos objetivos, como pertinência ao estudo, clareza, precisão e
exequibilidade. (REIS, p.55, 2009). Mas também, para Cervo e outros (p. 75, 2007),
mencionam de maneira coerente que o objetivo geral se caracteriza por determinar de
forma clara e objetiva a intenção de se realizar a pesquisa.
Objetivo Geral: o objetivo geral dá uma visão mais ampla sobre o que se deseja
pesquisar e aponta aonde o autor deseja chegar com seus estudos.
Objetivos Específicos: Cervo e outros (p. 75, 2007) mencionam que “definir os
objetivos específicos significa aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais”.
Portanto, nesta parte, o autor deve expor suas metas para se chegar ao objetivo
geral da pesquisa. As metas consistem em várias etapas que devem ser realizadas para
que se consiga alcançar o resultado desejado.
Sendo assim, os objetivos encontrados no tema a ser estudado são:
 Objetivo Geral: definir as consequências da falta de controle parental
nas crianças em idade pré-escolar.
 Objetivos específicos:
1. Mencionar meios e métodos para mitigar as situações que as
consequências trazem.
2. Comparar os dados encontrados a cerca das consequências dentro
do intervalo de 2016 a 2021.

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Revisão da literatura
Controle parental
Definir o conceito de paternidade exige alguma complexidade, na medida em
que a função de pais é uma atividade complexa que inclui muitos comportamentos
específicos que trabalham individualmente e juntos para influenciar os resultados da
criança (Darling & Steinberg, 1993, p320).
Alguns autores apontam que a função de pais se desenvolve com base numa
dupla responsabilidade, que engloba um processo de responsabilidade material e outro
relacionado com responsabilidade simbólica, no sentido de promover o desenvolvimento
da maturidade da criança (Livingstone & Bober, 2004, p84).
O papel referente a responsabilidade material está ligado à compra de
computadores e dispositivos para acesso à Internet, enquanto a responsabilidade
simbólica refere-se ao estabelecimento de regras para o uso da Internet. Assim, o papel
simbólico dos pais reflete-se em falar com os filhos sobre a Internet (P. Valkenburg,
2002), verificar o que as crianças acedem na Internet (Eastin, Greenberg, & Hofschire,
2006), definir regras de utilização da Internet (Barkin, Ip, Richardson, & Klinepeter,
2006) e navegar na Internet juntamente com as crianças (Eastin et al., 2006)
Consequência
Tendo em conta a análise de (Bober, 2004, p45) consequência é um termo que
caracteriza o resultado, reação ou efeito produzido de um acontecimento ou uma ação.
Normalmente este termo está relacionado com a causa ou frequência que ocorre
seguida a um conjunto de condições relativas a uma ação. Kuhlmann e Fernandes (2004,
p63). A consequência também pode se referir a um efeito negativo que afeta a saúde de
alguém, deixando danos, ferimentos ou sequelas. A consequência ainda pode caracterizar
o resultado de proporções excessivas, que possui alguma importância ou influência para
algo (Eastin et al., 2006, p57)

Sinônimos de consequência são vistos naturalmente no cotidiano, este


substantivo pode ser substituído por sinônimos como: decorrência, sequela, resultante,
efeito, resultado, produto, fruto, seguimento, relevância, valor, influência, alcance,
importância, peso, transcendência, significância, dedução, ilação, indução, inferência,
conclusão, entre outros.

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Por outro lado, os principais antônimos de consequência são: causa, motivo,
motivação, porquê, razão, entre outros.

Criança
A noção de criança, vista na perspectiva da temporalidade, aparece como a etapa
primeira do desenvolvimento psicológico que é superada em fases posteriores: “O
desenvolvimento mental da criança surge, em síntese, como sucessão de três grandes
construções, cada uma das quais prolonga a anterior” (Piaget & Inhelder, 1966/1994, p.
129). Perguntar-se pelo conceito de criança em Piaget implica inseri-lo na trama
epistemológica de sua obra, isto é, afirmar que as estruturas cognitivas e afetivas da
criança e as estruturas cognitivas e afetivas do adulto são qualitativamente diferentes,
porque a etapa anterior é reconstruída primeiramente num plano novo e ultrapassada cada
vez mais amplamente.
Passamos, então, a refletir sobre a construção da história da infância, tendo em
vista a peculiaridade do ser criança como sujeito histórico no mundo social. Kuhlmann e
Fernandes (2004, p.15) apresentam uma definição do campo situado entre a história da
criança e da infância. Segundo ela, a história da infância seria compreendida como “a
história da relação da sociedade, da cultura, dos adultos com essa classe de idade e a
história da criança seria a história da relação das crianças entre si e com os adultos, com
a cultura e a sociedade”.
O termo “criança” abarca, também, a puberdade como segunda infância,
conforme pode ser rastreado em seus escritos: “... o papel da autonomia concreta
adquirida durante a segunda infância... sendo a adolescência (15-18 anos) a idade da
inserção do indivíduo na sociedade adulta...” (Piaget & Inhelder, 1966/1994, p. 127).
Cabe observar, todavia, que o uso da palavra “criança” engloba simplesmente o período
da infância até a adolescência: “A psicologia da criança estuda o crescimento mental até
a fase de transição constituída pela adolescência...” (p. 7). Há, pois, um corte nítido no
uso do termo “criança” para se referir aos sujeitos quando eles atingem as operações
proposicionais, que marcam a decalagem vertical no desenvolvimento cognitivo, afetivo
e social: “A última descentração fundamental, que se realiza no termo da infância, prepara
a liberação do concreto em proveito de interesses orientados para o inatual e o futuro”
(Piaget & Inhelder, 1966/1994, p. 111). O dilema aqui diz respeito a essa segunda

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infância, visto que coincide com o período em que essa passagem já ocorreu, por volta
dos 11 anos de idade.
De certo modo, demorou a que as Ciências Sociais e Humanas focassem a
criança e a infância como objetos centrais de suas pesquisas. Demorou mais tempo ainda
para que as pesquisas considerassem em suas análises as relações entre sociedade,
infância e escola, entendendo a criança como sujeito histórico e de direitos, tendo como
eixo de suas investigações o registro das "falas" das crianças. A busca pela interpretação
das representações infantis de mundo é objeto de estudo relativamente novo, que vem
objetivando entender o complexo e multifacetado processo de construção social da
infância e o papel que a escola vem desempenhando diante desta invenção da
modernidade (Corsaro, 2003).
E, através de Rousseau (1995), considerado um dos primeiros pedagogos da
História, a criança começou a ser vista de maneira diferenciada do que até então existia.
Rousseau (1995) propôs uma educação infantil sem juízes, sem prisões e sem exércitos.
A partir da Revolução Francesa, em 1789, modificou-se a função do Estado e, com isso,
a responsabilidade para com a criança e o interesse por ela. Segundo Levin (1997), “os
governos começaram a se preocupar com o bem-estar e com a educação das crianças” (p.
254).
Pré-escolar
As instituições para as crianças mais pequenas, actualmente designadas como
instituições de educação de infância ou instituições de educação pré-escolar, foram
criadas com a principal finalidade de cuidar das crianças mais pobres, tentando responder
às necessidades sociais e económicas mais urgentes. Gradualmente, foram-se
constituindo como espaços em que o papel pedagógico é profundamente diferenciado do
modelo escolar tradicional “passando da acção directa sobre as crianças à acção indirecta
que se exerce pela mediação das coisas e dos objectos propostos à actividade da criança
e do quadro geral construído para que ela aí leve a cabo livremente as suas
aprendizagens.” (Chamboredon; Prévot, 1982: 60) Apesar de muitas vezes as expressões
educação de infância ou educação pré-escolar serem utilizadas indiferenciadamente, estas
não têm o mesmo significado e é importante analisar as suas diferenças. Em primeiro
lugar, podemos entendê-las num sentido mais lato – englobando todas as modalidades
educativas, incluindo a educação familiar das crianças deste grupo etário – ou num
sentido mais restrito (Plaisance, 1986: 11). Tendo em conta este sentido mais restrito,

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quando falamos de educação de infância, ou de educação pré-escolar, estamos a referir-
nos “aos cuidados e educação proporcionados às crianças por indivíduos exteriores ao
ambiente familiar, sendo muito variáveis as condições e locais em que estes serviços são
prestados.” (Silva, 1990: 2).
Há muitos outros conceitos próximos que poderiam ser integrados nesta análise.
Sem pretender fazer um levantamento demasiado exaustivo, é importante considerar
algumas noções que muitas vezes utilizamos indiscriminadamente sem ter em conta o seu
significado. Por exemplo, relativamente a alguns autores tanto falamos da sua pedagogia,
como do seu método, ou do seu modelo. Como refere Silva (1989: 5) estes termos surgem
quando falamos da sistematização de uma prática pedagógica e acabam por ter sentidos
próximos, apesar da sua origem e evolução ter sido diferenciada. A expressão modelo,
foi talvez a que mais se generalizou entre nós nos últimos anos, por influência anglo-
saxónica.
Evans menciona que “um modelo educativo supõe a explicitação de quatro
componentes fundamentais” (Evans, 1982): - Valores e teorias cientificas em que se
baseia; - as características do ambiente institucional em que se desenvolve; - conteúdos e
métodos utilizados; - formas de avaliação.

Internet
A Internet é o palco onde tudo acontece para uma geração que está
profundamente interligada às atividades digitais. Este cenário é resultado do avanço
tecnológico, que faz com que a sociedade, hoje, se depare com uma geração que tem
como pano de fundo um cenário digital, considerada a primeira e atual geração que nunca
experimentou, nem tem conhecimento de um mundo sem as Tecnologias de Informação
e Comunicação (TIC) (Valcke, e outros. 2010. P45).
O estudo do tema é resultado das consequências do uso da internet que é pelas
crianças, onde a maioria das pesquisas se debruçam sobre o estudo das ameaças e
oportunidades da utilização do mundo digital. Porém, estudos relativos ao papel e ao
impacto dos pais neste contexto são limitados, especialmente sobre o estilo de controlo
parental (Valcke e outros., 2010, P63).
Embora os pais estejam cada vez mais preocupados com a utilização excessiva
da Internet pelos filhos, pouco se sabe sobre o que os pais realmente fazem para evitar
que as crianças se tornem utilizadores compulsivos (Regina e outros., 2010).

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A partir da análise de Eynon & Malmberg (2011), os mesmos referem a
importância de entender a diversidade de utilização da Internet fora dos contextos formais
de educação, revelando a existência de diferenças na forma como os jovens estão a utilizar
a Internet. Este cenário conduz a que se tenha conhecimento das políticas e das práticas
para garantir que todas as crianças tenham as habilidades necessárias, a confiança, o
conhecimento e o suporte de acesso para fazerem a máxima utilização da Internet no
contexto das suas vidas, bem como no contexto educacional (Eynon & Malmberg, 2011).
Casa é o principal lugar onde as crianças usam a Internet, desde a infância e para
diferentes fins. As crianças são usuárias da web desde cedo e o número de usuários desta
geração tende a aumentar com a idade (Mantovani & Ferri, 2008). Segundo a pesquisa
destes autores, a utilização do online por esta geração apresenta um pico, na medida em
que, crianças com idades entre 4 e 5 anos revelam uma utilização que ronda os 39%,
aumentando para 62% quando está em causa a análise a crianças entre os 10 e 13 anos,
correspondendo assim a passagem escolar do primeiro para o segundo ciclo. Isto significa
que a existência da Internet em casa é um incentivo para a sua utilização (Aslanidou &
Menexes, 2008). A Internet envolve perceções da criança, de estar sempre em contacto
com amigos, como parte de um grupo e é vista como uma ferramenta e um brinquedo
para passar o tempo e evitar o tédio (Rivoltella, 2009).

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Hipótese
Em uma perspectiva geral, hipótese é um conjunto estruturado de argumentos e
explicações que possivelmente justificam dados e informações, mas, que ainda não foram
confirmados por observação ou experimentação. É a afirmação positiva, negativa ou
condicional (ainda não testada) sobre determinado problema ou fenômeno.
Tentativa de oferecer uma solução possível mediante uma proposição, ou seja,
uma expressão verbal suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa (GIL, 2002). Esta
abordagem está ligada e combina com a primeira abordagem, e dando mais suporte e
tecnicamente tendo o mesmo fio lógico, as hipóteses, respostas possíveis e provisórias
em relação às questões de pesquisa tornam -se também instrumentos importantes como
guias na tarefa de investigação (LAKATOS e MARCONI, 1995, p.36).
Ainda assim, com uma intervenção em um ano diferente Gil diz que a hipótese
é uma suposta resposta para a resolução de um problema. Para Gil (1989, p. 59), a
hipótese sugere explicações para os fatos e elas podem ser verdadeiras ou falsas. Sua
comprovação ou reprovação pode ser feita por meio de análise empírica, sendo esta a
intenção da pesquisa científica.
Conforme (Cervo e outros 2007, p.56), com exceção da pesquisa exploratória,
que não requer a formulação de hipóteses para serem testadas, as supostas soluções para
o problema auxiliam o cientista a escolher o caminho a ser tomado para se investigar,
testar e provar se as mesmas são verdadeiras ou não.
De acordo com o tema, a pergunta de partida e os objectivos mencionados,
encontrou-se a seguinte hipótese:
“Definir e comparar o número de encarregados que mantêm o controle parental”
“Mostrar soluções existentes para mitigar e minimizar as consequências do
controle parental”.
Tendo em conta as menções feitas segundo vários autores, esta investigação usa
o método de análise e recolha de dados quantitativo.

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