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TRABALHO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

NOME: NATHALIA MARIA DA SILVA


1.º PERÍODO DE LETRAS
PROFESSORA: JULIANA BRITO DE SOUZA

PERRENOUD, Phillipe. Avaliação: da excelência à regularização das aprendizagens:


entre duas lógicas. Porto Alegre, Artmed, 1998.

A AVALIAÇÃO NO PRINCÍPIO DA EXCELÊNCIA E DO ÊXITO ESCOLARES

Tendo como referência a obra “Avaliação da excelência à regulação das aprendizagens –


entre duas lógicas”, de Philippe Perrenoud(1998),a avaliação representa um papel
significativo escolar na prática educacional. O autor afirma que fracasso e êxito são
realidades desenvolvidas socialmente, no conceito globalizado e no encargo de um valor a
cada aluno.

O indivíduo sendo avaliado cria “aluno modelo”, que cedo ou tarde, trará consequências aos
demais, que não combinem nesses padrões. Os alunos são classificados por uma norma de
excelência, definida no irrefutável, ou professores e alunos que se destacam. A escola não
se responsabilizava pela aprendizagem, simplesmente ofertava à todos as chance de
aprender. Cabia a cada um aproveitá-la da melhor forma que pudesse. Não existia uma
preocupação em relação a esta realidade, até pouco tempo.

Desigualdades culturais que diz respeito a uma forma ou outra de superioridade do real,
propicia classificações, a chamada “hierarquias de excelência”, que são nomeadas pelos
sociólogos para distingui-las de outras hierarquias. Tal excelência determina como a
qualidade de uma prática, na medida em que se encontra de uma norma ideal. Ela refere as
competências subjacentes, ou seja, a uma “hierarquia de competência.

A avaliação formativa, deveria ser a regra, para se tornar uma prática nova, incorporada na
pedagogia. O que aperfeiçoa as intervenções do educador é a regulação da aprendizagem,
auxiliada a progressão individual de cada aluno em junção as finalidades do ano letivo. Na
avaliação formativa, permite opções de estratégias no caso do aluno não alcançar os
objetivos, é identificada e busca aprimorar o resultado.
OS PROCEDIMENTOS HABITUAIS DE AVALIAÇÃO, OBSTÁCULOS À MUDANÇA DAS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

É comum em todas as práticas de avaliação, submeter os alunos a provas que patenteia os


variados desempenhos, bons e ruins.
A primeira é a avaliação, que é uma prática que propõe a visão geral do ensino-
aprendizagem. Mesmo que o aluno prossiga sendo o foco desse processo, nesta avaliação
representa, também, a doutrina pedagógica do educador.
Em seguida, tem-se a avaliação comparativa,ela se faz, no fim de uma aula para avaliar de
forma assíduo se o aluno entendeu o conteúdo ensinado. É um jeito de comparar o
aprendizado, antes e após as aulas.
E por último a avaliação poço individualizada, a mesma para todos, no mesmo instante,
cada um é avaliado individualmente por um desempenho que aparentemente exibe suas
competências pessoais.

Os mecanismos a seguir explicam porque os procedimentos de avaliação ainda em vigor em


muitas instituições pelo mundo, levantam um obstáculo à inovação pedagógica.

(1) A avaliação frequentemente absorve a melhor parte da energia dos alunos e dos


professores e não sobra muito para inovar.
(2) O sistema clássico de avaliação favorece uma relação utilitarista com o saber. Os alunos
trabalham “pela nota”: todas as tentativas de implantação de novas pedagogias se chocam
com esse minimalismo.
(3) O sistema tradicional de avaliação participa de uma espécie de chantagem, de uma
relação de força mais ou menos explícita, que coloca professores e alunos e, mais
geralmente, jovens e adultos, em campos opostos, impedindo sua cooperação.
(4) A necessidade de regularmente dar notas ou fazer apreciações qualitativas baseadas em
uma avaliação padronizada favorece uma transposição didática conservadora.
(5) O trabalho escolar tende a privilegiar atividades fechadas, estruturadas,
desgastadas, que podem ser retomadas no quadro de uma avaliação clássica.
(6) O sistema clássico de avaliação força os professores a preferir os conhecimentos
isoláveis e cifráveis às competências de alto nível (raciocínio, comunicação), difíceis de
delimitar em uma prova escrita ou em tarefas individuais.
(7) Sob a aparência de exatidão, a avaliação tradicional esconde uma grande arbitrariedade,
difícil de alcançar unanimidade em uma equipe pedagógica: como se entender quando não
se sabe nem explicitar, nem justificar o que realmente se avalia?(Perrenoud,1998)

Estes mecanismos nem sempre são fortes para impedir uma total inovação.Porém,são
pausas que podem ser consideradas estratégias de mudança nas condutas pedagógicas.

È possível observar que, a avaliação tradicional precisa passar por mudanças,assim, será
possível abrir novos caminhos e descobertas para o universo da aprendizagem e ensino.
 

A IDÉIA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA

O professor observa mais periodicamente os alunos, a fim de resolver de maneira mais


individualista, as intervenções pedagógicas, na expectativa de impulsionar as
aprendizagens.
Tem-se a pretensão de avaliação que ajuda o estudante a aprender e desenvolver, usando
todos os recursos possíveis. A avaliação formativa limita-se por seus efeitos de
normalização dos processos de aprendizagem.

OS OBSTÁCULOS A UMA REGULAÇÃO EFICAZ

Na grande parte dos sistemas escolares, programação formal frisa mais materiais a ensinar,
no cotidiano do trabalho, dá-se mais destaque aos materiais do que às aprendizagens
específicas que alguma tarefa, ao que tudo indica,favorece.

Para grande parte dos educadores, é notório a imaterialidade da noção de aprendizagem. É


difícil reconstruir todos os processos de raciocínio a partir do que fala e faz um aluno.Pelo
fato,que nem todo funcionamento se revela em condutas observadas.Mesmo quando a
formação do educador, adaptada com as noções principais de psicologia do
desenvolvimento e da aprendizagem.

A falta de tempo do professor também é um fator importante, são várias decisões diárias,
vários problemas habituais que aparecem. Esse desmembramento de tempo e das
intervenções do educador tem efeito significativo sobre a regulação das aprendizagens. È
importante fazer frente

Às demandas relativamente constante de uma parte dos alunos, primeiramente, pelos mais
favorecidos. A consequência são várias intervenções reguladoras não surte o efeito, pela
questão que, permanecem inacabadas ou muito “admomenda”.
E por fim, regulações muito centradas sobre sucesso ta tarefa, essa reguladora é a
prioridade dada pela maioria dos educadores. Em início, as aprendizagens são
determinantes.Porém, diariamente, o importante que o trabalho seja feito,que os estudantes
cheguem ao final de seus deveres, que participem da atividades coletivas e lições, que
cumpram sua obrigação de aluno.

que participem das lições e das atividades coletivas, que cumpram seu ofício de aluno.

Desse modo, não quer dizer os professores ignore outros princípios. Meramente, As
obrigações do trabalho, não admitem deixar os alunos, principalmente, os mais fracos.

Um realismo surrealista?
Aceitar o rompimento das necessidades de grande parte dos professores, arcar com o risco
de lhes propor procedimentos que não condiz com sua imagem e nem o nível de formação.
Entrar em conflito com uma classe política e com autoridades escolares, que concordam
com a relativa ineficácia das pedagogias que estão em vigor.

Sobre o realismo didático, corresponde em conceituar os aprendizes como são em sua


multiplicidade, suas ambivalências, para melhor levá-los a novos domínios.

NÃO MEXA NA MINHA AVALIAÇÃO!

È fácil dizer para mudar a avaliação, defende-se que nem todas as mudanças são válidas.
Para modificar as práticas no sentido de uma avaliação menos seletiva, poderia mudar a
escola, porque a avaliação está centralizada no sistema didático e do sistema de ensino.
Mudar é, questionar todo um conjunto de equilíbrio frágeis. Se mudar apenas um pouco,
acontecerá uma confusão pedagógica. Tem a perspectiva de uma evolução de uma
avaliação formativa, onde se ajude o aluno na aprendizagem e o professor no ensinamento.

RELAÇÕES ENTRE AS FAMÍLIAS E A ESCOLA

As famílias de classe média, preocupadas com o futuro de seus filhos, aprenderam o bom
uso das informações dadas pela escola sobre seu trabalho,fazem contato com os
professores para melhor compreender os motivos de eventuais dificuldades e intervir junto
ao aluno e precipuamente utilizar as notas qualitativas para modular as atividades no tempo
livre dos filhos.
Se mudarem o sistema avaliativo, iria privar uma parte dos pais de seus pontos de
referencias cotidianas, criando ao mesmo tempo, duvidas e angustias.

. Se o diálogo entre a escola e a família é rompido (Montandon e Perrenoud, 1994), há


razões para temer que uma mudança do sistema de avaliação focalize os temores e as
oposições dos pais. A mudança pode ser bloqueada por essa única razão.

- ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS E POSSIBILIDADES DE INDIVIDUALIZAÇÃO

A avaliação somente é formativa se culmina em uma forma ou outra de regulação da ação


pedagógica ou das aprendizagens, não funciona sem regulação individual das
aprendizagens.
As mudanças das práticas é então acompanhada por uma transformação do ensino, interno
e externo e verídicas pedagogias diferenciadas.
Para ir em direção a uma individualização dos percursos de formação (Perrenoud, 1993a,
1996b), deve-se contudo mudar a organização das turmas, mesmo no primário, e romper a
estruturação do curso em graus (Perrenoud, 1997a e 1997e).

DIDÁTICA E MÉTODOS DE ENSINO

A importância era dada às adaptações, que dizer, a uma organização mais individualizada
dos itinerários de aprendizagem. Atualmente, esse modelo mantém toda sua validade, em
um nível elevado de abstração, em qualquer ordem de ensino.
CONCLUSÃO

O conflito entre a lógica formativa e a lógica seletiva permanecerá. Pode-se, certamente,


prorrogar e atenuar a seleção, mas o centro do problema está alhures, na impotência da
escola em alcançar seus fins educativos declarados. Não se pode pedir que a avaliação
substitua o ensino. Em contrapartida, ela não deveria jamais impedir uma pedagogia
diferenciada, ativa, construtivista, aberta, cooperativa, eficiente, mas se colocar a seu
serviço. Isso não dispensa de desenvolver prioritariamente essa pedagogia, com suas
dimensões avaliativas, além de todas as demais. Perde-se também caso se torne uma
problemática autônoma, ao passo que seu único interesse seria o de se articular com uma
pedagogia diferenciada. Daí porque, conhecendo o peso das palavras, seria bom que ao
agrupamento daqueles que trabalham sobre as diversas facetas e funções da avaliação,
façam o contrapeso das associações, departamentos universitários, programas e projetos
de pesquisa ou de desenvolvimento que reúnam abordagens transversais e abordagens
didáticas do ensino e da aprendizagem, em torno do tema da diferenciação, da regulação,
da individualização dos percursos.

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