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– Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Salto ‐ SP – 17 a 19/06/2016
Resumo
Esse trabalho parte do princípio de Hagemeyer de que o filme é uma contra análise da
sociedade, e, portanto, uma observação deste pode trazer compreensões acerca do contexto
social em que foi produzido. O objetivo é estudar um possível posicionamento para o
cinema na teoria dos simulacros de Baudrillard, a qual é utilizada como forma de
compreender a sociedade, levando também em conta as relações com a mídia e a técnica,
entrelaçando valores sígnicos, imaginários e fatores histórico-sociais.
Palavras-chave
Introdução
O desafio de fazer um estudo tendo como objeto a sociedade, qualquer que seja o
recorte ou perspectiva escolhida, está na necessidade de se pensar nela como um objeto
complexo. Edgar Morin (2003, p. 23-24) apresenta esta ideia explicando que, até a metade
do século 20, as ciências utilizavam formas reducionistas de conhecimento e acabavam
ocultando novas percepções por aplicar a “lógica mecânica da máquina artificial aos
problemas vivos, humanos e sociais”. Baudrillard (1999, p. 15-16) não parece muito
otimista ao trazer o paradoxo que existe no pensar o mundo ao afirmar que “o mundo é
protegido de seu fim por sua indeterminação diabólica”.
Morin discute ainda a necessidade de uma reforma de pensamento para se pensar a
sociedade. São propostos sete princípios para pensar a complexidade. Para evitar delongas,
falaremos apenas do quarto princípio: o anel recursivo. Trata-se de uma compreensão de
circularidade que vai além da simples relação de causa e efeito e que também supera a
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Trabalho apresentado no IJ – 4: Comunicação Audiovisual, do XXI Congresso de Ciências da Comunicação
na Região Sudeste realizado de 17 a 19 de junho de 2016.
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Recém graduada em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo –
UNASP-EC e participante do grupo de pesquisa GECCOM (Grupo de Estudos em Cibercultura e
Comunicação). E-mail: ingridlacerda_gri@hotmail.com; telefone: (19) 996046475.
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Orientador do trabalho. Doutor pela Universidade Metodista de São Paulo e professor no Centro
Universitário
Adventista de São Paulo – UNASP-EC. E-mail: rodrigo@follis.com.br; telefone: (19) 3858-9055
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O terceiro princípio trazido por Edgar Morin (2003, p. 27) é o anel retroativo, proposto por Norbert Wiener,
o qual acredita na insuficiência da causalidade linear, em que “a causa age sobre o efeito, e este sobre a causa”
e propõe uma autorregulação que tornaria o sistema autônomo, como se o processo por si só se estabilizasse.
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Morin (1970, p. 109-111) propõe três reações do ser humano aos entes ao seu redor: a projeção, identificação
e transferência. Não é o objetivo deste artigo explanar tais processos.
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Para manter a integridade da citação, não foram alteradas as palavras. Por se tratar de uma edição
portuguesa, há suaves diferenças em algumas palavras.
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A principal obra de Walter Benjamin, “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, trata
justamente da reprodutibilidade técnica da arte, propondo que a técnica possibilitava a produção de arte por
mais indivíduos, tirando a exclusividade dos artistas, bem como tornava mais fácil a viralização dessas artes.
Esse fenômeno resultava da lógica industrial e dos inventos desse período da história.
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A técnica
Considerando o cinema como um produto da mídia, torna-se necessário falar da
técnica, a qual será estudada a partir de Baudrillard, para haver coerência com o estudo. A
questão da técnica como dominadora na história social está presente desde a Grécia antiga.
Francisco Rüdiger (2011) aponta que desde Platão e Aristóteles, em vez de a verdade ser
considerada a própria revelação do ser das coisas, passou a ser “reinterpretada como função
do pensar”. Assim, “a técnica passa a dar sinais de que pode se tornar lugar de apreensão do
ser e princípio de estruturação da experiência do pensamento, ou seja: veículo da história,
porque só com ela o ente seria passível de representação” (RÜDIGER, 2011, p. 434). Em
outras palavras, ficou notável que a técnica moldaria a forma de pensar e a maneira dos
seres se representarem, uma vez que a representação deixaria de ser por sua essência e se
tornaria aparente pela apropriação da técnica.
Analisando o pensamento de Jean Baudrillard a respeito da técnica, nota-se que ele
passou por uma mudança relevante a respeito desta. Inicialmente, como aborda Rüdiger
(2010, p. 3-4), o teórico francês considerou a tecnologia a “realidade mais essencial do
mundo moderno, apesar disso nos ser praticamente inconsciente no curso da vida
cotidiana.” Em outras palavras, todas as produções e descobertas do ser humano partiram e
partem da técnica. Por outro lado, ele considera que quando a “irracionalidade da vida
social” vai de encontro à “racionalidade da ação tecnológica”, faz surgir uma “realidade
densa e contraditória, marcada pela contínua interferência de um sistema de práticas
culturais sobre um sistema de desenvolvimento tecnológico.” É importante destacar que,
nesse momento, Baudrillard afirma que a centralidade tão essencial da técnica não impede
que esta seja moldada ao ser apropriada pela humanidade, sendo determinada pelas
circunstâncias de apropriação, as relações de classe e os interesses econômicos envolvidos
em seu uso.
A Revolução Industrial, para Baudrillard, “permitiu que a tecnologia se tornasse
uma força de produção autônoma”, fazendo surgir um sistema técnico que consistia em “um
meio para reestruturar as relações sociais e desenvolvê-las racionalmente”. Assim, a técnica
poderia se colocar a serviço da sociedade se o “sistema social vertical” fosse derrubado
(RÜDIGER, 2010, p. 4). Baudrillard acreditava na existência de um pensamento
tecnológico, o qual poderia nortear a construção de um sistema mais progressista e
democrático se a técnica fosse desvinculada da cultura social de exploração das classes.
Para Rüdiger (2010, p. 5-6), há um espaço em branco deixado pelo teórico francês – a
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explicação sobre de que forma e porque as práticas sociais obstruíam a técnica – e ressalta a
necessidade da observação de um fenômeno, o qualele considera que certamente teria sido
uma notação do próprio Baudrillard e que foi responsável pela mudança de seu pensamento
sobre a técnica: “nosso tempo é cada vez mais prisioneiro de seu imaginário”, ou seja, a
técnica se tornou mitologia, uma nova forma de se pensar e reordenar o mundo, uma
ideologia. Isso pode ser visto no que ele chama de “culto ao automatismo”, o ato de o ser
humano passar a cultuar as máquinas, buscando um estado inerte, no qual as tecnologias lhe
sirvam sempre a seu favor e o permitam ser apenas espectador dos feitos.
O rompimento de Baudrillard com sua antiga visão foi motivado pelo seu
envolvimento com os conflitos ideológicos, vendo a descrença nas instituições, revoluções
e correntes filosóficas. Em sua nova perspectiva “a técnica não somente perderá o caráter de
elemento contraditório, tensionador mesmo do sistema social, mas passará a ser vista como
um de seus vetores negativos” (RÜDIGER, 2011, p. 6). A partir da década de 1970, o
discurso sobre a técnica tomou um tom cada vez mais apocalíptico. A antiga perspectiva da
técnica como ideologia foi substituída por um “vetor histórico ontológico de formação de
um mundo artificial” (RÜDIGER, 2011, p. 7), conferindo à técnica um poder autônomo.
Para compreender mais objetivamente a diferença entre o pensamento de
Baudrillard nesses dois momentos, observemos abaixo a citação de Rüdiger (2011, p. 6)
que sintetiza o ponto de vista de seu primeiro período.
Vejamos agora uma citação de Baudrillard (1999, p. 57) em A troca impossível, que
deixa clara a visão dele da técnica após sua mudança.
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de efeito artificializante, produzindo uma espécie de efeito centrífugo em que sua essência
autônoma é imposta, enquanto o ser humano faz uso de seus objetos tecnológicos e se
submete à orientação da própria técnica.
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É necessária essa diferenciação entre “reproduzir” e “re-produzir” nesse trabalho, pois reprodução implica
fazer uma cópia idêntica, ou quase, à original. A ideia nesse trabalho é que a mídia produz uma nova
sociedade, ela produz novamente uma sociedade em seu contexto midiatizado e virtual.
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“’simulacra’ are reproductions of objects or events, while the ‘orders of simulacra’ form various stages or
‘orders of appearance’ in the relationships between simulacra and ‘the real’. Baudrillard presents a theory of
how simulacra came to dominate social life, both historically and phenomenologically”.
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“a capitalist-produtivist society to a neo-capitalist cybernetic order that aims now at total control”.
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Os imaginários e os simulacros
Além de estabelecer relações entre as ordens dos simulacros e as respectivas leis de
valor, Baudrillard propõe imaginários correspondentes a cada uma delas. De certa forma,
entender estes imaginários propostos até auxilia na compreensão das ordens dos simulacros
em si. Diz ele,
À primeira categoria corresponde o imaginário da utopia. À segunda a
ficção científica propriamente dita. À terceira corresponde – haverá ainda
um imaginário que responda a essa categoria? A resposta provável é que o
bom velho imaginário da ficção científica morreu e que alguma outra
coisa está a surgir[...] . Não há real, não há imaginário senão a uma certa
distância. Que acontece quando esta distância, inclusive a distância entre o
real e o imaginário, tende a abolir-se, a reabsorver-se em benefício
exclusivo do modelo? Ora, de uma categoria de simulacros a outra, a
tendência é bem a de uma reabsorção desta distância (BAUDRILLARD,
1991, p. 151-152).
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Uma vez que os simulacros de simulação são uma cópia sem real, imitações
circulantes, modelos repetitivos que são autenticados como signos sem referência, assume-
se que já não há mais real, tudo se tornou em modelos. Aqui bem cabe a afirmação de
Marcondes Filho (2009) de que “os simulacros são um atentado contra a realidade”. Não
que essa percepção seja uma exclusividade da terceira ordem do simulacro, mas é nesse
estágio que o prejuízo se torna mais evidente. Primeiro, existia apenas uma contrafação da
verdade, que buscava utopicamente voltar a um ideal que fosse próximo à ordem natural
das coisas. Em seguida, a lógica produtiva somada à lei de mercado instaurou a replicação
em série e passou-se a imitar a realidade, de maneira que esta já poderia ser confundida com
sua representação. Finalmente, chega-se ao momento das simulações, da lei estrutural do
valor, em que o real é dispensável, pois é a perpetuação de modelos que importa circular.
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ordem do possível, aquela com que já não pode senão sonhar-se, como um
objeto perdido (BAUDRILLARD, 1991, p. 153).
O que Baudrillard parece nos apresentar é uma realidade (ou não realidade, já que
esta foi perdida) que chegou ao extremo oposto do que se via naquela da primeira ordem do
simulacro. Antes, procurava-se uma utopia – um imaginário – para fugir da realidade
presente e consertar seus problemas. Agora, parece que vivemos num imaginário e
queremos voltar ao real, que se tornou utópico.
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“unified under the sign of bourgeois values, beyond all differences of blood, rank or of cast”.
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“the time of the double and the mirror, the theatre and the games of masks and appearance”.
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positivamente, mas que tal mudança ocorreu pela revolução industrial. Assim, parece ser
possível entender que essa nova fase do cinema decorreu da nova percepção social e
cultural permeada pela lógica produtivista. Nesse momento, tudo que fosse produzido
precisava ter não apenas um propósito, mas uma utilidade, pois havia investimento de
tempo e capital. Os filmes passaram a ser colocados sob padrões técnicos, exigindo grande
empenho em sua concepção e uma classificação rígida quanto aos seus gêneros, implicando
em alguns preconceitos. Em suma, o fato de chamarmos aos filmes de produtos
cinematográficos ou midiáticos já demonstra a diferença entre o atual momento do cinema
com seu original.
Levando em conta a ordem da produção do simulacro, como proposta por
Baudrillard (1983, 1991), é possível traçar aqui um paralelo entre sua descrição do início da
era produtivista e aquela acima explicitada. O teórico francês discute que nesta fase a
imagem (objeto, ou qualquer outro) passa a ser posto em série. A notoriedade das
produções cinematográficas depende da quantidade de feitos, da amplitude de aceitação de
espectadores (em número de venda de ingressos, downloads ou compra de DVDs etc.) nos
recursos utilizados, dentre outros. No entanto, é necessária a ressalva de que há ainda
muitos admiradores do cinema que dão importância às ideologias e ao enredo, é notória a
quantificação nos quesitos popularmente utilizados para avaliar a qualidade e relevância do
filme. Novamenteoutra observação deve ser feita, ao pensar que dificilmente nos seria
possível desconsiderar essas quantificações, além de que no escopo acadêmico tais notações
são objetos de estudo e na mídia são argumentos de divulgação e venda de filmes.
Finalmente, falemos do simulacro da ordem da simulação. Citando o seu clássico
exemplo sobre a Disneylândia, Baudrillard (1991) aponta a criticidade do simulacro de
simulação: o cinema é um momento em que se faz acreditar que aquele mundo é irreal e
que o nosso é real a partir daquele, assim já não percebemos a irrealidade em que vivemos.
Talvez seja possível dizer que o cinema cria ambientações que de tanto reproduzir
(ainda que exacerbadamente) a realidade, trazem ilusões para os sentidos, de forma que a
experiência ali vivida é tida como um momento paralelo à realidade. Em contrapartida, os
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A passagem dos signos que dissimulam alguma coisa aos signos que
dissimulam que não há nada, marca a viragem decisiva. Os primeiros
referem-se a uma teologia da verdade e do segredo (de que faz ainda parte
a ideologia). Os segundos inauguram a era dos simulacros e da simulação,
onde já não existe Deus para reconhecer os seus, onde já não existe Juízo
Final para separar o falso do verdadeiro, o real de sua ressurreição
artificial, pois tudo já está antecipadamente morto e ressuscitado
(BAUDRILLARD, 1991, p. 14).
A reafirmação constante de que “isso é apenas um filme” serve como âncora para se
apegar aos minutos de refúgio para longe do real – sendo que, para Baudrillard, já não há
mais real. Dessa forma, o filme por si só é um simulacro, como também o espaço do cinema
e a produção para a execução de tal arte (ou mercado) pode ser considerada uma forma
simulacrarizada.
Considerações Finais
Posto que existe uma relação de circularidade entre a sociedade e a mídia, esse
artigo trabalhou a caracterização da sociedade em que estamos inseridos, a produção da
mídia e a sociedade midiatizada, considerando o posicionamento do cinema na teoria dos
simulacros de Baudrillard (1983, 1991).
Foi possível observar a presença de cada uma das ordens em diversos aspectos
fílmicos, notando primeiramente a contrafação através da representação dos atores, a
produção na inserção dos aspectos técnicos, afastando o cinema de seu sentido original para
se tornar produto. Aqui caberia uma discussão acerca da percepção da mudança de
Baudrillard acerca da técnica, apontada por Rüdiger (2011), em que ela deixa de ser movida
pelo capital e passar a ser um vetor independente, o que implica em grandes mudanças na
observação dos objetos midiáticos, os quais são produtos da técnica.
Por fim, compreendeu-se que o filme e o ambiente do cinema podem ser encaixados
no mesmo exemplo da Disneylândia, sendo visto como algo irreal que justificaria todo o
restante como real. É importante ressaltar que o autor francês deixa claro que as ordens dos
simulacros coexistem, ainda que haja a predominância de alguma delas, mais
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provavelmente aquela que surgiu mais recentemente, o que torna o objeto em questão um
emaranhado, quase como um novelo pronto carregado de significações.
Nesse sentido, este artigo trabalha uma possibilidade de visualizar o cinema dentro
das obras de um tão importante filósofo e sociólogo, porém deixa margem para futuras
pesquisas que respondam a possíveis inquietações que demandem análises de aspectos
técnicos fílmicos, ou voltados para filmes específicos. Ainda é possível considerar o viés
mercadológico do cinema, que não foi contemplado neste trabalho, uma vez que além de
ser um espaço de participação publicitária, seus produtos movimentam diversas indústrias
(de têxteis a brinquedos e outros objetos), como também alimentam grandes eventos e
premiações. Certamente, seria possível desenvolver estudos que considerassem o
revestimento sígnico de tais elementos do cinema que extrapolam seu ambiente e sua tela.
Referências
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