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Drones

Definição“Drone”

É do ponto de vista técnico, uma aeronave. Trata-se, em concreto, de uma


aeronave pilotada remotamente, que é uma aeronave não tripulada (uma aeronave
que se destina a operar sem piloto a bordo, a qual tem capacidade para operar
autonomamente ou ser pilotada remotamente).

Definição Aeromodelo

É uma aeronave pilotada remotamente, que não uma aeronave


brinquedo, com uma massa operacional até 25 kg, capaz de voo sustentado na
atmosfera e utilizada exclusivamente para exibição, competição ou atividades
recreativas;

Definição Aeronave brinquedo

É uma aeronave pilotada remotamente, não equipada com motor de combustão e


com peso máximo operacional inferior a 0,250 kg, concebida ou destinada,
exclusivamente ou não, a ser utilizada para fins lúdicos por crianças de idade
inferior a 14 anos.

Definição Aeronave não tripulada

É uma aeronave que se destina a operar sem piloto a bordo, a qual tem
capacidade para operar autonomamente ou a ser pilotada
remotamente.

Definição UAV (Unmanned Aerial Vehicle

É um veículo motorizado aéreo, que não carrega um operador humano, usa forças
aerodinâmicas para fornecer a elevação do veículo, pode voar autonomamente ou
ser pilotado remotamente, pode ser dispensável ou recuperável e pode transportar
uma carga letal ou não letal.

Definição RPAS (Sistema de aeronave pilotada remotamente)”

Compreende a aeronave pilotada remotamente, a estação de piloto remoto


associada, o comando e controlo (C2) exigido, os links e quaisquer outros
componentes, conforme especificado no projeto do sistema.

Aplicações

Segurança de fronteiras
Pesquisas
Apoio no combate a incêndios
Monitorização de cheias
Exploração Mineira
Agricultura
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Fotografia aérea
Imobiliária
Comunicações
Logística industrial
Monitorização de poluição
Investigação de tempestades
Deteção HAZMAT
Monitorização de ativos
Segurança de eventos
Segurança portuária
Construção civil
Cargas
Radiodifusão
Busca e Salvamento
Investigação Vulcânica
Monitorização de gasodutos
Produção de filmes
Controlo de multidões
Coberturas aéreas noticias
Monitorização da vida selvagem
Fotografia Forense
Verificação de linhas de energia
Avaliação de danos

Área da Segurança; Engenharia Civil; Busca e Salvamento; Gestão de Desastres

Missões D3 – DULL; DIRTY e DANGEROUS

- Missões Dull caracterizam-se por serem missões persistentes de longa duração


em que os níveis de tolerância humana sejam limitativos para o cumprimento da
mesma, como sejam as missões de patrulhamento e vigilância realizadas sem
interrupção.
- Missões Dirty caracterizam-se por serem missões levadas a cabo em ambientes
contaminados que possam vir a afetar a tripulação da aeronave, como as
operações de monitorização dos níveis de radiação após um acidente nuclear
como o que aconteceu no Japão.
- Missões Dangerous caracterizam-se por serem missões em que é expectável um
elevado risco para as tripulações das aeronaves, como sejam missões de
supressão das Defesas Antiaéreas inimigas.

VLOS x BLOS

O que é um voo/operação à linha de vista (VLOS) e um voo/operação além da linha


de vista (BLOS)?
Uma operação à linha de vista (VLOS, Visual Line-of-Sight) é uma operação
segundo as regras de voo visual em que o piloto remoto ou o observador da
aeronave pilotada remotamente mantém contato visual direto, sem ajuda, com a
referida aeronave.
Por sua vez, uma operação além da linha de vista (BVLOS, Beyond Visual Lineof-
Sight) é uma operação onde nem o piloto remoto nem o observador de aeronave
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pilotada remotamente conseguem manter contato visual direto, sem ajuda, com a
respetiva aeronave.
REGULAMENTO Nº 1093/2016, de 14 Dezembro Condições de operação
aplicáveis à utilização do espaço aéreo pelos sistemas de aeronaves civis pilotadas
remotamente (“Drones”)

Ter atenção em:

- Conhecer bem as Regras


- Voar sempre de dia e em boas condições meteorológicas (CAVOK)
- Manter sempre o UAS à vista
- Evitar áreas com população
- Voar sempre abaixo dos 120 metros (400’)
- Manter-se sempre afastado de outras aeronaves e pelo menos 1,5 km (3,4
milhas) dos aeroportos / aeródromos.

Quais as regras mais importantes como utilizador profissional

Qual a altura máxima a que posso voar com uma aeronave pilotada remotamente,
sem necessidade de solicitar autorização à Autoridade Nacional da Aviação Civil
(ANAC)?
Regra geral (artº 3º), se não estiverem na proximidade de aeródromos e heliportos,
e se não estiverem em áreas proibidas, restritas ou reservadas, podem voar
livremente até 120 metros acima da superfície (400 pés), à exceção das aeronaves
brinquedo, que não devem exceder 30 metros de altura (100 pés).

Quais as regras mais importantes como utilizador

Existem áreas em que se pode voar acima dos 120 metros sem autorização da
ANAC?
Sim, após autorização da entidade responsável pela prestação dos serviços de
informação de voo do aeródromo se for efetuado na proximidade de aeródromos
com uma zona de tráfego de aeródromo (ATZ) associada, e no interior de uma
ATZ.
Nesse caso podem voar até à altura correspondente ao limite máximo vertical da
respetiva ATZ (que usualmente se situa entre os 300 metros e os 600 metros
acima da superfície).
Se pretenderem voar no interior de áreas especificamente criadas para os voos de
aeromodelos também podem voar até ao limite máximo vertical dessas áreas, se
as mesmas ultrapassarem os 120 metros de altura, desde que cumpridos os
procedimentos publicados nas publicações de informação aeronáutica nacional
(AIP) feito através de um pedido para ativação dessa área (normalmente realizado
telefonicamente).

É possível fazer fotografias e vídeos com drones?


As regras para captação de imagens e realização de vídeos são reguladas por
outra legislação, designadamente pela Lei de Proteção de Dados Pessoais
(Comissão Nacional de Proteção de Dados – www.cnpd.pt), e pelas autorizações a

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requerer à Autoridade Aeronáutica Nacional/ Força Aérea Portuguesa
(www.aan.pt).

Existem zonas onde não é possível utilizar drones?


Sim, existem um conjunto de zonas, e de situações, onde se interdita a utilização
de drones. Algumas dessas zonas, e situações, estão identificadas no
regulamento.
Sem prejuízo das exceções previstas, é interdito voar sobre:
- concentrações de pessoas ao ar livre (>12 pessoas)
- nas áreas de proteção operacional específicas dos aeroportos e aeródromos e
sobre instalações onde se encontrem sedeados órgãos de soberania, embaixadas
e representações consulares, - instalações militares, instalações das forças e
serviços de segurança, locais onde decorram missões policiais ou de proteção civil,
- estabelecimentos prisionais e centros educativos da Direção-Geral de Reinserção
e Serviços Prisionais.

Como saber se existe alguma reserva de espaço aéreo em locais ou áreas que não
estão normalmente sujeitos a restrições, ou seja, em locais onde habitualmente se
pode voar normalmente até aos 120 metros de altura acima da superfície?
• Consultar o site da NAV Portugal, E.P.E., em http://www.nav.pt/ais/contingency-
briefs/lisboa-fir-ifr-vfr-bulletin, para identificar se existe alguma reserva de espaço
aéreo ou informação de outras atividades aeronáuticas.
• Consultar os NOTAM em vigor na Base de Dados de Informação Aeronáutica
Europeia (EAD), em https://www.ead.eurocontrol.int/publicuser/public/pu/login.jsp
PS: Para efetuar estas consultas é obrigatório o registo

Em que situações deve ser solicitada autorização da ANAC para que se possa
voar? (artº 10º)
- Realização de voos noturnos;
- Operações BVLOS (além da linha de vista);
- Voos acima de 120 metros acima da superfície (400 pés) – com exceção dos
voos no interior de uma ATZ (zona de tráfego de aeródromo), em que, após
permissão do serviço de informação de voo do respetivo aeródromo podem voar
até à altura correspondente ao limite máximo vertical da respetiva ATZ;
- O voo acima das alturas mencionadas nas áreas de proteção operacional dos
aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Madeira, Porto Santo, Ponta Delgada, Santa
Maria, Horta e Flores ou do aeródromo de Cascais (ver Anexo ao regulamento)
- Sobrevoo de concentrações de pessoas (entendendo-se como tal mais de 12
pessoas);
- A operação de sistemas de aeronaves civis pilotadas remotamente com massa
máxima operacional superior a 25 kg;
- Os voos no interior de um círculo de 1 km de raio centrado no ponto de referência:
Heliportos utilizados por meios aéreos em missões de proteção civil, heliportos sob
gestão, comando ou responsabilidade de entidades públicas às quais estejam
cometidas funções de manutenção da ordem pública, segurança, fiscalização e
investigação criminal e heliportos hospitalares utilizados exclusivamente em
missões de emergência médica.

Em que situações deve ser solicitada autorização da ANAC para que se possa
voar?

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• Exceciona-se da necessidade de autorização referida anteriormente (no que
concerne aos voos além da linha de vista), os voos de aeronaves pilotadas
remotamente com massa máxima operacional igual ou inferior a 1kg, que podem
operar em BVLOS, desde que, cumulativamente:
– Não excedam a altura de cinco metros acima do nível da superfície (16 pés);
– Estejam munidas de equipamento FPV (“First Person View”);
– O voo se situe num círculo de raio de 100 metros, com centro no piloto remoto;
– Voe afastada de pessoas e bens; e
– O voo seja realizado em espaço delimitado que evite o risco de colisão com
pessoas e bens de terceiros.
Em que situações estão proibidos os voos com RPAS? (artº 11º)
• Sobre concentração de mais de 12 pessoas (se não autorizado)
• Zonas de sinistro onde se encontrem OPS PC (salvo se autorizado pelo Cmdte
OPS).
• Órgãos de soberania, embaixadas, consulados, instalações militares, instalações
FFSS, estabelecimentos prisionais, áreas de missão policial (exceto se
devidamente autorizado)
• Áreas Proibidas, Perigosas, Restritas, Reservadas, ou temporariamente
Reservadas devidamente publicadas no IAIP (Integrated Aeronautical Information
Package )
Quem pode fiscalizar os operadores ou pilotos remotos de aeronaves pilotadas
remotamente?
• A ANAC, bem como qualquer das entidades referidas no artigo 18.º do Decreto-
Lei n.º 10/2004, de 9 de janeiro:
– Direção Regional dos Aeroportos da Madeira, nas áreas dos aeródromos
regionais cuja gestão lhe esteja concedida;
– Organismo do Governo Regional dos Açores, nas áreas dos aeródromos
regionais cuja gestão lhe esteja concedida;
– Diretores de aeródromos e responsáveis pelas entidades que tenham a seu
cargo a gestão e o controlo das infraestruturas aeroportuárias nas respetivas áreas
de competência;
– A Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública e os órgãos da
autoridade marítima.
Um número significativo de Autoridades Nacionais da Aviação criou novas
legislações sobre segurança da aviação que regulam a utilização de drones nos
respetivos espaços aéreos.
- Como operador profissional de drones, é obrigado por lei a respeitar as regras
nacionais de segurança e operação correspondentes a fim de:
- não interferir com a segurança da aviação,
- de não colocar as pessoas em perigo e
- de não causar danos materiais.

Na Europa, todos os cidadãos têm o direito fundamental à privacidade e à proteção


dos seus dados pessoais.
- Como operador profissional de drones, deve sempre respeitar estes direitos e
cumprir estritamente a legislação aplicável em matéria de privacidade e proteção
de dados.
Em caso de acidente, a pessoa responsável pelo drone (piloto, proprietário,
operador, etc.) é obrigada a conceder compensação pelos danos causados. A lei

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europeia da aviação requer, assim, que os operadores profissionais de drones
tenham um seguro.
• Como operador profissional de drones, deve estar ciente dos requisitos aplicáveis
em matéria de seguro e responsabilidade e certificar-se de que tem um seguro
adequado ao voo em questão.

O incumprimento destas regras pode implicar sanções financeiras e/ou


consequências jurídicas significativas.

Na Europa, a privacidade e a proteção dos dados pessoais são direitos humanos


fundamentais reconhecidos. As legislações europeia e nacional protegem-nos
contra intrusões externas, considerando-as ilegais, incluindo aquelas que resultem
da utilização de drones.

O que são dados pessoais? O termo «dados pessoais» é um conceito muito amplo
que abrange qualquer tipo de informação relativa a uma pessoa identificada ou
identificável.
- Consequentemente, qualquer utilização de um drone que capte imagens que
identifiquem um indivíduo será abrangida pelo âmbito de aplicação das legislações
em matéria de proteção de dados.
 O mesmo se aplica no caso de o drone recolher qualquer tipo de dados (tais
como localização, fachadas de habitações, números de telefone, matrículas de
veículos, imagens em infravermelhos, etc.) que possam ser associados a um
indivíduo.
O nº 1 do artigo 8º, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia
(«Carta») e o nº 1 do artigo 16º, do Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia (TFUE) estabelecem que todas as pessoas têm direito à proteção dos
dados de caráter pessoal que lhes digam respeito.

Enquadramento legal

Resumo das principais disposições da Parte 107. Limitações operacionais


- Os UAS devem ter menos de 25 kg.
- Só podem voar Visual Line-Of-Sight (VLOS); o UAS deve ficar na linha de vista do
piloto e/ou da pessoa que manobra os comandos do aparelho.
- O UAS não podem operar sobre pessoas não envolvidas na operação, nem
dentro de pavilhões.
- Apenas são permitidas operações diurnas (30 minutos antes nascer-do-sol até 30
minutos após o por-do-sol, e devem ter iluminação anti-colisão apropriada.
Resumo das principais disposições da Parte 107. Limitações operacionais
- Devem ceder o direito de passagem para outras aeronaves.
- Podem usar um observador visual (VO), mas não é obrigatório.
- A câmara de visão não pode satisfazer o requisito “ver e evitar” (seeand-avoid),
mas pode ser usado enquanto requisito satisfeito por outros meios
- Apenas pode voar até ao máximo de 500’ altitude (152m) e voar até 100 Mph
(160 Kph)
- Devem evitar as rotas de descolagem e aterragem dos aeroportos, áreas de
espaço aéreo restrito e obedecer a quaisquer restrições temporárias de voo (TFRs)

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Resumo das principais disposições da Parte 107. Certificação e Responsabilidades
do piloto no comando
- Estabelece a função de Piloto Remoto em posição de comando.
- Uma pessoa que opere um UAS deve possuir um certificado de piloto remoto ou
estar sob a supervisão direta de uma pessoa que possui um certificado de piloto
remoto (piloto remoto no comando).
- Deve ter no mínimo 16 anos
- Deve efectuar um teste de conhecimentos aeronáuticos e frequentar um curso de
UAS online fornecido pela FAA
- EASA responsável pela Regulamentação dos UAS com MTOW >150Kg
- AAN de cada Estado-membro é responsável pela Regulamentação dos UAS com
MTOW< 150kg

REGULAMENTO Nº 1093/2016, de 14 Dezembro Condições de operação


aplicáveis à utilização do espaço aéreo pelos sistemas de aeronaves civis pilotadas
remotamente (“Drones”)
A operação de RPAS deve ser executada de forma a minimizar riscos para as
pessoas, bens e outras aeronaves.
- Os RPAS apenas podem efetuar voos diurnos, em operações VLOS, até 120
metros acima do nível do solo (400 pés), à exceção das aeronaves brinquedo, que
não devem exceder 30 metros de altura (100 pés).
- Os RPAS podem voar em espaço aéreo controlado, desde que solicitem e seja
autorizada pela ANAC, a respetiva reserva de espaço aéreo, caso se revele
necessário.
A ANAC pode igualmente autorizar, após apresentação de pedido devidamente
fundamentado, o voo noturno de uma RPA, bem como o voo acima das alturas
mencionadas antes ou voos BVLOS, mediante a atribuição de uma reserva de
espaço aéreo, caso se revele necessário.
- As autorizações, emitidas pela ANAC, fixam as condições administrativas,
técnicas e operacionais que os requerentes devem cumprir, em função da
especificidade da operação que se propõem realizar.
- Os voos realizados no interior de uma ATZ (Zona Tráfego Aeródromo) associada
a aeródromo civil ou TRMZ (Zona de equipamento transponder e rádio obrigatório),
durante o horário de funcionamento publicado nos manuais de informação
aeronáutica, carecem de permissão prévia da entidade responsável pela prestação
dos serviços de tráfego aéreo.
Os voos realizados num círculo de 2,5 km de raio centrado no ponto de referência
do aeródromo civil certificado, sem CTR ou ATZ associada, ou no ponto de
referência de uma pista de ultraleves aprovada, carecem de autorização expressa
do Diretor de Aeródromo ou do Responsável pela pista de ultraleves,
respetivamente, salvo se a RPA não exceder a altura do edifício ou obstáculo
natural ou artificial mais próximo num raio de 75 metros e não abranger o espaço
aéreo sobrejacente ao aeródromo, delimitado pelos limites geográficos da respetiva
infraestrutura aeroportuária.
- Para obtenção da autorização mencionada, a mesma deve ser solicitada com
pelo menos 15 dias úteis de antecedência, relativamente aos voos a realizar, a)
Caso seja autorizado o voo, o Diretor do Aeródromo ou Responsável da pista de
ultraleve, deve dar conhecimento à ANAC da referida autorização, com pelo menos
12 dias úteis de antecedência, relativamente aos voos a realizar;

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- b) Nos casos referidos na alínea anterior, a ANAC promove a emissão de um
NOTAM, se tal for considerado necessário.

Os RPAS não podem voar em áreas proibidas, perigosas, restritas e reservadas de


espaço aéreo, cuja classificação esteja devidamente publicada, nomeadamente
nas publicações de informação aeronáutica adequadas, sob pena de os respetivos
operadores cometerem uma contraordenação aeronáutica civil muito grave, em
conformidade com o disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 2.2.º do Decreto-Lei n.º
163/2015, de 17 de agosto
- Exceciona-se do disposto no anterior, as situações em que o RPAS se encontra a
voar em tais áreas com base em autorização expressa das respetivas entidades
competentes

Aos voos das aeronaves brinquedo efetuados no interior de uma ATZ ou CTR
associada a aeródromo civil, aplicam-se as seguintes regras:
- A aeronave brinquedo não deve exceder a altura do edifício ou obstáculo natural
ou artificial mais próximo num raio de 75 metros;
- Se o voo abranger as áreas de proteção operacional associadas ao aeródromo,
definidas e publicadas pela ANAC na sua página eletrónica (www.anac.pt), é
necessário autorização prévia desta Autoridade, solicitada com pelo menos 12 dias
úteis de antecedência.

Procedimentos de atribuição de reserva de espaço aéreo


- Solicitar à ANAC atribuição de REA com 12 dias uteis antes
- Enviar as seguintes info’s para ais@anac.pt :
- Características aeronave e da EPR
- Operação pretendida (zona exata)
- Dados do operador e do piloto remoto

Não é permitido voar:


- Sobre concentrações de pessoas ao ar livre
- Em zonas de sinistros onde se encontrem a decorrer ops proteção e socorro (com
aeronaves pilotas de apoio)
- Num circulo de 1 km Raio centrado em heliportos
- Sobre instalações de órgãos de soberania, embaixadas, instalações militares,
FFSS, Ops policiais, estabelecimentos prisionais

Sem autorização constitui contra ordenação aeronáutica muito grave

As contra-ordenações muito graves são puníveis com as seguintes coimas:


a) Se praticadas por pessoa singular, coima mínima de (euro) 1.000 e máxima de
(euro) 2500, em caso de negligência, e coima mínima de (euro) 2.000 e máxima de
(euro) 4000, em caso de dolo;
b) Se praticadas por microempresa, coima mínima de (euro) 1.500 e máxima de
(euro) 4000, em caso de negligência, e coima mínima de (euro) 4.000 e máxima de
(euro) 10000, em caso de dolo;
c) Se praticadas por pequena empresa, coima mínima de (euro) 2.500 e máxima de
(euro) 8.000, em caso de negligência, e coima mínima de (euro) 8.000 e máxima
de (euro) 20.000, em caso de dolo;

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d) Se praticadas por média empresa, coima mínima de (euro) 4.500 e máxima de
(euro) 15.000, em caso de negligência, e coima mínima de (euro) 15.500 e máxima
de (euro) 45.000, em caso de dolo;
e) Se praticadas por grande empresa, coima mínima de (euro) 10.000 e máxima de
(euro) 30.000, em caso de negligência, e coima mínima de (euro) 100.000 e
máxima de (euro) 250.000, em caso de dolo.

Deve ainda:
- para efeitos de obtenção e eventual tratamento de dados pessoais observar o
disposto na Lei 67/98, de 26 outubro (Lei de Proteção de Dados Pessoais)
- Para efeitos de levantamentos aéreos (fotografia e filmagem) carece de
autorização prévia da AAN de acordo com a Lei 28/2013, de 12 abril
- Em voos em áreas protegidas (parques nacionais, parques ou reservas naturais)
carece de autorização das respetivas entidades responsáveis pela gestão dessas
áreas.

Foto / Filmagens Aéreas


- O que é?
Considera-se Fotografia ou Filmagens aéreas, o ato de registo de imagens, com ou
sem impressão de movimento, para produção de conteúdos audiovisuais,
independentemente da tecnologia utilizada, obtida através de equipamento
instalado ou transportado em plataforma aérea, devidamente preparada e
homologada para o efeito.
- Quem executa a fotografia ou filmagem?
Quaisquer operadores aéreos civis ou pessoas jurídicas similares, nacionais ou
estrangeiros, que estejam certificados para o efeito pela Autoridade Nacional da
Aviação Civil (ANAC).
- Quem autoriza?
A execução de fotografia ou filmagem sobre território nacional, através de
plataformas aéreas certificadas, bem como a sua divulgação, carece de
Autorização da Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN).

- Como é obtida a Autorização?


Pode ser obtida por qualquer entidade oficial ou outra, pessoas singulares ou
coletivas, nacionais ou estrangeiras, que a solicitem para a realização do trabalho,
através de formulário próprio. Este documento não pode ser preenchido
manualmente, e deve ser entregue presencialmente no Gabinete da Autoridade
Aeronáutica Nacional (GAAN). Se aplicável, pode ser necessária documentação
complementar, nomeadamente, declarações autorizando a obtenção das imagens
pela entidades visadas.
- Divulgação de Imagens
A divulgação das imagens aéreas recolhidas carece, para cada caso, de
autorização prévia da AAN a qual, deverá ser obtida pelos requerentes, através de
formulário correspondente (DIVULGAÇÃO DE FOTOGRAFIA E FILMAGEM
AÉREAS).
Verifica-se assim que a recolha e a divulgação das imagens obtidas constituem-se
como dois atos distintos, os quais, necessitam de duas permissões especificas,
sendo que uma, não substitui a outra.
Proteção de Dados Pessoais
• Artigo 35º da Constituição da República Portuguesa – utilização da informática

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• Lei 67/ 98 – Lei da proteção de Dados Pessoais
– Lei 103/2015 – adita o artigo 45º-A - A Inserção de dados falsos
• Lei 2/ 94 – estabelece os mecanismos de controlo e fiscalização do Sistema de
Informação Schengen
• Lei 68/ 98 – entidade nacional na Instância Comum de Controlo da EUROPOL
• Lei 36/ 2003 – regula o estatuto e competências do membro nacional da
EUROJUST
• Lei 43/ 2004 – Lei da organização e funcionamento da CNPD

Proteção de Dados Pessoais


• Regulamento UE 2016/679 – Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados
• Publicado em 4 de maio de 2016 (Tem caráter vinculativo em todos os Estados-
Membros)
• Entrou em vigor em 25 de maio de 2016
• Ordem Jurídica aplicável a partir de 25 de maio de 2018
• Aumento das coimas (que pode chegar aos 20M€, dependendo do volume de
negócios, quando agora não passava dos 30 a 40 mil€)

Video vigilância
• Lei 34/ 2013 – utilização de sistemas de vídeo vigilância pelos serviços de
segurança privada e de autoproteção
• Portaria 273/ 2013 – Regula a Lei 34/2013
• Lei 1/ 2005 – regula a vídeo vigilância pelas forças de segurança em locais
públicos de utilização comum (alterada e republicada)
• Decreto-Lei 207/ 2005 - Regula os meios de vigilância Eletrónica rodoviária
utilizados pelas forças de segurança
• Lei 51/ 2006 – regula a utilização de sistemas de vigilância rodoviária pela EP e
pelas concessionárias rodoviárias
• Lei 33/ 2007 – regula a instalação e utilização de sistemas de vídeo vigilância em
táxis
• Portaria 1164 1164-A/ 2007 – aprova o modelo de aviso de vídeo vigilância em
táxis

UTILIZAÇÃO NA SEGURANÇA PRIVADA


- Utilizar drones para a realização de vigilância aérea e monitorização
- Efetuar rondas 24horas em tempo real e outros serviços pode ser um grande
ajuda na segurança de grandes perímetros.
- Permite monitorizar os perímetros internos e externos, dos locais a vigiar, através
duma eficiente conexão com uma câmara Full HD de alta resolução, ou outros
dispositivos, podendo controla-lo com um tablet ou smartphone.

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