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Espaços Edificados de
Uso Público
Módulo
1 Diretrizes Gerais de
Acessibilidade em Edifícios
Públicos
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/ CDT/ Laboratório
Latitude e Enap.
Enap, 2020
Apesar dos direitos conquistados e da legislação atual, que garante a acessibilidade em todos os
ambientes de uso público no Brasil, realizar atividades corriqueiras tais como ir a um restaurante
ou cinema, talvez não seja possível para muitas pessoas que possuem alguma deficiência. É, no
entanto, dever de todos os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução de espaços
construídos, criar ambientes acessíveis para todas as pessoas, aplicando as normas atuais de
acessibilidade e os conceitos de Desenho Universal. Para poder fiscalizar, avaliar, assim como
desenvolver e executar soluções técnicas de acessibilidade, os profissionais, em especial os que
atuam nos serviços públicos, precisam identificar os diferentes tipos de barreiras ambientais que
limitam ou impedem que todos os indivíduos realizem atividades desejadas com autonomia e
segurança.
Ainda existe um número expressivo de edificações de uso público sem acessibilidade. Estas
incluem não só edificações que necessitam reformas, pois foram construídas anteriormente
Esses locais, em um total de mais de 140 edificações, são hospitais públicos, centros de ensino
especial, serviços de atendimento ao cidadão, DETRAN, PROCON e delegacias. A falha de
maior incidência foi a ausência/inadequação de sinalização informativa e direcional (100%)
e a mais grave, apesar de menos recorrente, foi a ausência de entrada acessível (12,6%). Os
demais problemas encontrados foram: falta de sinalização informativa visual e tátil, falta de piso
direcional (quando necessário) e falhas de acessibilidade em instalações sanitárias.
Veja, no gráfico abaixo, percentuais sobre irregularidades identificadas por meio desta auditoria
de acessibilidade, na área de entrada de edifícios públicos de Brasília:
Ausência de
sinalização 11.54%12.62%
37.50%
indicando a 3.85%
entrada acessível
Fonte: https://www.tc.df.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Relat%C3%B3rio-
Final-e-Decis% C3%A3o-26221-13-Seaud.pdf. Acesso em 11/02/2019.
A LBI – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) –
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, estabelece a obrigatoriedade do atendimento aos requisitos
de acessibilidade, previstos pelas normas técnicas vigentes e de acordo com os princípios do
Desenho Universal, na aprovação de projetos arquitetônicos, urbanísticos, de comunicação e
Veja o texto completo das Normas na biblioteca deste curso. Você também
pode consultar, na biblioteca, a Lei Brasileira de Inclusão Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146, de 2015.
Além disso, a LBI exige das entidades de fiscalização profissional de engenharia e arquitetura
a declaração do profissional, na Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica, quanto ao
atendimento às regras de acessibilidade e exige das prefeituras a elaboração de planos diretores,
códigos de obras e de posturas, assim como leis de uso e ocupação do solo, atendendo à atual
legislação.
A LBI em seus artigos 56 e 60, expressamente impõe aos Municípios e ao Distrito Federal a
obrigação de – antes de aprovar projetos, licenciar ou emitir certificado de conclusão de obra
ou serviço, ou conceder e renovar alvará de funcionamento – exigir o ateste do atendimento às
regras de acessibilidade, bem como de certificar a acessibilidade da edificação.
Edifícios de uso público, Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), residências
inclusivas e áreas comuns de edifícios habitacionais devem contemplar os requisitos de
acessibilidade e dimensionamento estabelecidos pela Norma de Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - NBR 9050:2015, e pela NBR 16537:2016, Norma
que trata da sinalização tátil no piso, com diretrizes para elaboração de projetos e instalação,
além de outras Normas e Leis que serão apresentadas neste curso.
Se ainda tem dúvidas sobre quais as barreiras que as pessoas com deficiência
enfrentam, não deixe de fazer o curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE
USO PÚBLICO NO BRASIL, que contém vídeos depoimentos de pessoas com
deficiência motora, com deficiência visual e de pessoa surda.
1. ORIENTAÇÃO
Condição de compreensão do espaço, (legibilidade espacial) a partir de sua configuração
arquitetônica e da sua organização funcional. É a possibilidade de distinguir o local onde se está,
e o percurso que se deve fazer para chegar a um determinado destino, a partir de informação
arquitetônica e suportes informativos (placas, letreiros, sinais, mapas).
2. DESLOCAMENTO
Condição de movimento nos percursos horizontais e verticais e sua continuidade. É a possibilidade
de deslocar-se de forma independente em percursos livres de obstáculos, que ofereçam conforto
e segurança ao usuário (existência de rampas adequadas, rotas acessíveis desimpedidas,
plataformas elevatórias/elevadores).
4. COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Condição de troca e intercâmbio entre pessoas e equipamentos de tecnologia assistiva, que
permitam o ingresso e uso do ambiente (terminais de computadores e telefones com mensagem
de texto que possam auxiliar usuários com restrições auditivas ou com limitações na produção
linguística, profissional intérprete da Libras).
Estas planilhas de avaliação foram elaboradas com base na existência de áreas comuns a
todos os edifícios públicos e possuem o diferencial de terem sido organizadas de acordo com
o encaminhamento do usuário no edifício, desde sua chegada a partir da via pública, até as
atividades fins. As planilhas são: Áreas de acesso ao edifício (Planilha 1); Saguões, salas de
recepção e espera (Planilha 2); Circulações horizontais (Planilha 3); Circulações Verticais (Planilha
4); Sanitários (Planilha 5); e Locais para Atividades Coletivas (Planilha 6).
Dica
Experimente avaliar um ambiente de uso público que você frequenta utilizando
as planilhas do Manual de Adaptações de Acessibilidade.
São muitas as informações e requisitos de desenho que fazem parte das normas técnicas, assim
como são muitos os aspectos a serem verificados quando utilizamos planilhas de avaliação.
Diante deste cenário, muitas vezes podemos nos deparar com projetos e execução de obras de
acessibilidade parciais, por falta de consideração de algum aspecto relevante. Neste sentido,
devemos sempre considerar a necessidade de avaliar e desenvolver soluções de acessibilidade
numa visão de Desenho Universal, considerando as necessidades de todos usuários para a
realização das atividades existentes.
Para facilitar a consulta e acesso às normas disponíveis, assim como possibilitar uma melhor
compreensão de sua aplicação para diminuir as limitações e eliminar barreiras, viabilizando
soluções de acessibilidade para pessoas com deficiência, vamos apresentar a seguir disposição
geral de requisitos e diretrizes de acessibilidade.
Dica
Você pode encontrar cartilhas, normas e orientações sobre a legislação
que podem auxiliar no desenvolvimento de avaliações de acessibilidade
em edificações de uso público na página “Publicações Técnicas dos Direitos
Humanos e do Terceiro Setor” do Ministério Público de SC, disponível no link:
https://www.mpsc.mp.br/cao-direitos-humanos-e-terceiro-setor/publica
coes-tecnicas.
Para dimensionar locais visando a realização de atividades com acessibilidade por pessoas em
cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida, devemos conhecer os Parâmetros Antropométricos
da atual NBR 9050:2015, que reproduzimos a seguir.
Observe na imagem abaixo como fica a projeção no piso para este giro:
Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento.
Assim, em rotas acessíveis deve ser possível para qualquer pessoa: saber onde está e como
atingir os locais desejados; se deslocar com autonomia e segurança sem encontrar obstáculos;
poder comunicar-se e obter informações sobre os locais e atividades existentes; utilizar e acionar
elementos e/ou equipamentos ao longo do percurso, tais como portas, botoeiras de elevadores,
etc.
Temos então, como atributos essenciais de uma rota acessível: possuir um início e um fim, ter
continuidade ao longo da rota e entre rotas, e atender a todos os componentes de acessibilidade:
orientação espacial, deslocamento, comunicação e informação, e uso. Sua definição de acordo
com a atual norma técnica brasileira de acessibilidade é:
Para o acesso de uma escola, por exemplo, temos que considerar a presença de rota acessível
desde o passeio até a entrada principal, e desta até as áreas de recepção, salas de aula e todos
os seus espaços de forma integrada.
Veja a seguir desenhos e recomendações que ilustram trecho de rota acessível em ambiente
escolar conforme o Manual de acessibilidade espacial para escolas: O direito à escola acessível,
de 2009 do MEC.
5
7
1
2 3 4
6
9
h,
Destaque,h
A indicação de acessibilidade nas edificações, no mobiliário, nos espaços e
nos equipamentos urbanos deve ser feita por meio do símbolo internacional
de acesso (SIA). A representação do símbolo internacional de acesso consiste
em um pictograma branco sobre fundo azul (referência Munsell 10B5/10 ou
Pantone 2925 C).
Considerando os componentes de acessibilidade, uma rota acessível deve atender aos seguintes
requisitos gerais:
Uso: Deve ser possível o acionamento de todos elementos que permitem a continuidade do
deslocamento ao longo das rotas com autonomia, segurança e conforto, tais como maçanetas,
botoeiras de elevadores, corrimãos, e dispositivos de saída de emergência.
Devido à sua complexidade, antes de apresentar cada um dos elementos comuns a todas
edificações, vamos apresentar informações sobre o acesso à informação e comunicação, e sobre
o uso de pisos táteis em espaços edificados.
b) Informações que nos permitem interagir e comunicar com outras pessoas. Compreender as
barreiras existentes para obter informações e comunicar-se é essencial para criar ambientes
acessíveis.
Nosso meio ambiente natural e construído é fonte permanente de informação sobre os espaços,
os eventos, os lugares, que são percebidos através de nossos sentidos. Temos, além destas, as
informações ambientais adicionais nos mais variados suportes (como cartazes, letreiros, placas,
terminais eletrônicos e digitais). Por outro lado, a comunicação interpessoal é essencial para
a troca de informações e o desenvolvimento de nossa vida social, e pode se dar de diversas
formas: de pessoa(s) a pessoa(s), através dos veículos de comunicação (rádio, TV, cinema), ou
através de dispositivos de uso pessoal (como computadores, tablets e smartphones).
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video01.mp4
Para apoiar a orientação espacial e o uso dos espaços para todas as pessoas, é fundamental
a existência de sinalização, que de acordo com a norma brasileira deve ser autoexplicativa,
perceptível e legível para todos, inclusive às pessoas com deficiência. As sinalizações podem ser
de 3 tipos:
É importante observar que: sistemas de sinalização sempre devem obedecer ao princípio dos
dois sentidos; e projetos de sinalização acessíveis para espaços complexos, e com grande fluxo
de usuários (como hospitais, prédios institucionais, terminais de transporte, centros comerciais)
exigem trabalho de equipes multidisciplinares e especializadas com engenheiros, arquitetos e
designers para atender todos os requisitos necessários para sua legibilidade e compreensão.
Entre os fatores relevantes para a acessibilidade dos suportes informativos visuais, táteis e
sonoros podemos citar:
• a sua correta localização no espaço de acordo com sua função (posição, direção,
altura) que determinam as possibilidades para sua visualização, manuseio ou escuta;
• sua legibilidade, que depende de características como: contraste, relação fundo/
figura, relevo e audibilidade de acordo com o tipo de informação (textual, pictórica,
tátil, sonora);
• a possibilidade de aproximação e manuseio (essencial para informações táteis e
terminais digitais).
O número e a localização correta de terminais digitais com informação dinâmica sobre partidas
e chegadas nos terminais de aeroporto, ao longo de espaços como hall de chegada, corredores
e portões de embarque, determina suas possibilidades de visualização e os tempos necessários
para o deslocamento até os locais indicados, onde também se obtém informações sonoras.
A localização de placas de sinalização com ícones adequados, bom contraste de cor, tamanho
adequado, relevo, Braille e boa legibilidade, só vai ser acessível a pessoas com deficiência visual
se estiver localizada em altura que permite a sua visualização e alcance para exploração tátil de
pessoas cegas, e apresentar boas condições de contraste fundo-figura com o seu entorno para
pessoas com baixa-visão. Em locais poluídos visualmente, fica difícil sua identificação.
Se você ficou em dúvida sobre o que é contraste visual, saiba que este depende da luminosidade
das cores dos suportes informativos. Para pessoas com baixa-visão muitas vezes a percepção
das cores se altera. Um bom critério é considerar a relação de claro-escuro e imaginar como
seriam as cores escolhidas numa foto preto e branco. Pense que também deve haver contraste
perceptível para informações táteis e sonoras.
Veja na figura a seguir tabela de cores com relação de contrastes, utilizada na norma de pisos
táteis.
• Conhecer as diferentes funções dos pisos táteis e suas características físicas para
construir um sistema informativo legível e consistente;
• Considerar as características dos espaços e as atividades existentes, e como estas
podem ser atingidas, identificando rotas acessíveis e barreiras;
• Compreender o processo de orientação espacial de pessoas com deficiência visual
e como estas utilizam as informações fornecidas pelos espaços, e pelos pisos táteis.
Dica
Para compreender como se desenvolvem os processos de orientação espacial
você pode ver a videoaula “Orientação e Acessibilidade”.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video02.mp4
De acordo com a NBR 16537:2016, que trata da sinalização tátil no piso, a definição de piso tátil
é:
Fig. 20: Imagens de sinalizações táteis no piso: a) sinalização de alerta através de placa
polimérica com relevo que é adesivada sobre pisos existentes; b) sinalização de alerta
através de cones de material compósito coladas diretamente sobre piso existente; e c)
sinalização de alerta através de pinos metálicos aparafusados em piso existente.
Fonte:
a) Acervo pessoal de Marta Dischinger.
b) http://www.viakan.be/pages/fr/fr-plots-auto.html
c) Acervo pessoal de Marta Dischinger.
Colocando em termos mais simples, pisos táteis são pisos com relevo e cor contrastantes com
os pisos circundantes que servem como sinalização para pessoas com deficiência visual, parcial
(baixa-visão) ou total (cegos), e indicam: situações de perigo potencial (como desníveis ou
obstáculos), ou rotas seguras, quando inexistem elementos que possam servir de referência para
sua orientação (tais como paredes ou corrimão).
Dica
Para compreender melhor as funções de pisos táteis e sua utilização em
diversas situações, assista à videoaula “Pisos Táteis”.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video03.mp4
Você pode consultar a Seção 6 em sua íntegra, assim como toda a NBR
16537:2016 para saber como utilizar corretamente os pisos táteis, na
biblioteca do curso, ou no link: http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.
aspx?T=9BC37A821F0D.
A norma define para cada uma das situações como o piso tátil de alerta deve
ser instalado, e deve sempre ser consultada
Qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como referência de
orientação direcional por todas as pessoas, especialmente pessoas com deficiência
visual que utilizam bengala longa para rastreamento.
• Lembre-se que uma rota tátil acessível é composta de pisos táteis direcionais e pisos
alerta de acordo com as 4 funções estabelecidas, deve ser contínua e conduzir a
todas atividades essenciais da edificação;
• O direcionamento através de rota tátil para equipamentos de circulação,
equipamentos de autoatendimento ou áreas de atendimento é obrigatório para:
elevadores e plataformas elevatórias; bilheterias e balcões de atendimento; e
máquinas de autoatendimento;
• No projeto de novas edificações, desenvolver o projeto de rotas táteis desde o início
e não como adaptação após a finalização do projeto;
• Rotas táteis simples são mais fáceis de memorizar e compreender. Evite rotas duplas,
ou o excesso de informação;
• As rotas táteis devem ter a mesma direção dos espaços onde se inserem, evitando
rotas diagonais ou em direções diversas da edificação para possibilitar uma melhor
compreensão da disposição dos espaços na ausência de informações visuais;
• Considere a segurança dos usuários das rotas táteis acessíveis definindo sua
localização nos locais de menor fluxo nas áreas de circulação, afastada de obstáculos,
e locais de permanência ou atendimento;
• Em locais onde existem atividades a indicar e perigos potenciais próximos (por
exemplo porta de sala de atendimento junto a um vão da escada) sempre priorizar
a sinalização da situação de risco com o piso tátil de alerta;
Veja a seguir imagens que ilustram alguns dos pontos listados anteriormente. Observe que na
foto “a” a rota tátil tem as mesmas direções da edificação e que na foto “b” a rota tátil tem
direção diversa da edificação, o que dificulta a percepção das direções e formato dos espaços
edificados na ausência ou redução severa da visão.
Fig. 21 Em residencial para idosos na Suécia piso tátil direcional indica rota segura
ao longo do corredor e a presença de atividade coletiva. b) Rota segura com piso em
sentido diagonal ao ambiente conduz aos sanitários em aeroporto de Brasília.
Fonte: Acervo pessoal de Marta Dischinger.
Olhe com atenção as fotos da fig. 22 e tente imaginar que você está no corredor
indo em direção ao corpo principal do prédio e quer encontrar a Ala Azul.
Você acha que a direção indicada no mapa tátil está correta? Esta informação
permite a uma pessoa cega se orientar e encontrar a ala desejada?
Dica
Para finalizar este capítulo e conhecer um pouco mais sobre as necessidades
de apoio para a orientação espacial de pessoas com deficiência visual em
ambiente edificado assista o vídeo temático “Acesso à informação” e faça o
desafio a seguir.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video15.mp4
No vídeo “Acesso à Informação” você pode observar como em ambientes amplos, tais como o
saguão da reitoria, não existiam referenciais acessíveis (linhas-guias) que permitiam ao usuário
cego encontrar o balcão de informações para saber onde ficavam os locais que desejava encontrar.
Resposta
- Se você identificou aspectos positivos como: a simplicidade da rota, a
sinalização das atividades principais existentes através de rotas acessíveis e
contínuas utilizando pisos táteis direcionais, a indicação do posicionamento
para atendimento no balcão de informações com piso alerta, e a indicação de
desníveis de rampas e degraus com faixas de piso alerta, você está no caminho
certo.
- Se você percebeu que: a rota acessível não leva até o elevador; e a sinalização
de opções de percurso no cruzamento das rotas está indicada pelos pisos alerta
em formato de cruz, e que deveria formar um quadrado, você também acertou!
Locais reservados às pessoas com deficiência devem estar localizados próximos às rotas de fuga,
distribuídos pelo recinto, e devem estar em locais de fácil acesso e boa visibilidade. É importante
verificar: se existe Projeto Preventivo de Incêndio aprovado para a edificação, se as saídas de
emergência estão corretamente sinalizadas (com informação visual, tátil e sonora), se existem
áreas de resgate, e se existem barreiras no percurso da rota de fuga.
Nas rotas de fuga é muito importante a instalação de barras antipânico, que permitem a abertura
de portas de saídas de emergência de forma simples, já que, em vez de girar alavancas ou
maçanetas, basta que a pessoa jogue seu peso nesse mecanismo para abri-lo imediatamente.
Fig. 24: Totem com mapa tátil do 2º piso da “Japan House” em São Paulo, contém planta
baixa em relevo indicando, com a disposição dos ambientes e suas funções no andar,
a posição dos elevadores, escadas e corredores e indica a Rota de Fuga.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
Para garantir boas condições de deslocamento, a sua largura deve permitir continuidade nas
rotas, sem conter barreiras móveis, como mobiliário, painéis ou lixeiras. Elementos suspensos,
como placas de sinalização e extintores, com projeção sobre a faixa de circulação, não devem
obstruir a passagem. Devem, além disso, ser bem iluminadas, naturalmente ou artificialmente, e
terem piso com superfície regular, contínua, firme, estável e antiderrapante para oferecer boas
condições de segurança e conforto.
Geralmente situados nas entradas dos ambientes, os capachos devem ser evitados em rotas
acessíveis, mas quando existentes devem ser firmemente fixados ao piso, embutidos ou
sobrepostos e nivelados de maneira que o eventual desnível não exceda 5 mm, de modo a não
configurarem barreiras físicas.
Pequenos desníveis
Nas circulações horizontais é bastante comum encontrarmos pequenos desníveis nas entradas
principais, finais de patamares de escadas ou rampas, ou entre ambientes com diferentes
funções. Dependendo de sua altura, devemos utilizar chanfros para evitar tropeços e garantir
a circulação de pessoas em cadeira de rodas. De acordo com a NBR 9050:2015, quando houver
desnível de meio centímetro até dois centímetros, a quina deve ser chanfrada conforme a figura
abaixo:
h,
Destaque,h
Você observou que são 5 mm e não 5 cm? Sim, é muito pequeno o desnível
permitido sem chanfro!
Conforme a figura abaixo, o tipo de proteção dependerá da altura do desnível e da sua distância
em relação à rota acessível. Esta proteção pode ser:
a) quando houver área em nível com pelo menos 0,60 m de largura: uma diferenciação
no piso;
b) para desníveis de até 0,60 m próximos ou juntos à borda: proteções laterais de, no
mínimo, 0,15 m;
c) quando o desnível for maior que 0,60 m: proteções laterais com guarda-corpo, se o
guarda-corpo não for de paredes contínuas.
Resposta
Se você pensou em uma plataforma elevatória, você está no caminho certo e
considere a necessidade de incluir piso tátil direcional até ela. Veja nos conteúdos
a seguir os elementos necessários à acessibilidade de edificações para todas
pessoas.
As rotas acessíveis em uma edificação iniciam já na calçada, mas os elementos que possibilitam a
acessibilidade aos espaços construídos devem ser usados corretamente para não nos depararmos
com situações como a de rampas com inclinações muito acentuadas que podem provocar quedas.
Não basta ter uma rampa para dizer que o local é acessível!
As rampas, assim como as circulações e acessos, deverão garantir a largura recomendada pela
NBR 9050:2015 de 1,50 m, ou mínima de 1,20 m (somente em caso de reformas). Patamares no
início e no final de cada segmento de rampa também deverão ter a largura recomendada de 1,50
m ou mínima de 1,20 m.
Para calcular a inclinação (i = %) da rampa devemos conhecer qual altura do desnível (h) e qual o
comprimento da rampa (c) para aplicar na seguinte fórmula:
i = h x 100
-----------
c
A inclinação correta das rampas deve seguir a tabela abaixo, que considera que a inclinação tem
relação com a altura do desnível.
Para casos excepcionais, como reformas, onde não seja possível atender a tabela recomendável,
admite-se usar inclinações superiores a 8,33%, desde que estejam de acordo com a tabela abaixo:
Resposta
Se você respondeu que a inclinação correta é a letra c) 5% está no caminho
certo! A inclinação de 6,25% deverá ser usada apenas em desníveis máximos de
1,00 m e a de 8,33% somente até 0,80 m. Pense que quanto maior o desnível
maior é o comprimento da rampa!
Não esqueça que todas as rampas devem ter guias de balizamento que podem
ser de alvenaria ou outro material, com altura mínima de 5 cm em suas
laterais para impedir quedas! Veja o seu detalhamento no item 6.6.3 da NBR
9050:2015.
Áreas de descanso
É recomendável que haja uma área de descanso (parada) a cada 50 m para caminhos com
inclinações até 3%, ou 30 m para os locais com inclinação entre 3% a 5%. Para seguir esta regra
devemos pensar na humanização do espaço, de forma que a pessoa em cadeira de rodas possa
sentir-se confortável e segura, lembrando que a rota acessível pode coincidir com a rota de fuga.
Fig. 30: Rota acessível por rampas dispostas junto de escadas com áreas de
descanso ao longo das 2 rampas laterais e na área central da escada.
Fonte: Acervo pessoal Marta Dischinger.
Resposta
A solução arquitetônica ficou esteticamente agradável, demonstrando ousadia
no projeto onde foram utilizados os parâmetros corretos na largura e inclinação
da rampa. Mas faltam elementos de proteção para usar a rampa, tais como guia
de balizamento (borda lateral elevada na base) e corrimão com duas alturas nas
laterais, o que pode gerar insegurança no trajeto, além de ser uma exigência da
NBR 9050:2015. Também estão ausentes faixas de piso tátil de alerta marcando
a presença do início e fim da rampa, assim como ao longo da borda de toda
a escada (parte superior e inferior) para garantir a segurança de pessoas com
deficiência visual e evitar possíveis quedas.
Para finalizar é importante considerar que rampas muito longas, ocupam um espaço considerável
nas edificações e podem não ser acessíveis para idosos ou crianças com deficiências motoras que
utilizam cadeiras de rodas, e que tem redução de sua força. Existem situações em que devido
à altura do desnível a vencer, à falta de espaço para instalação de uma rampa devido a suas
dimensões, ou a seu alto custo, a instalação de equipamentos eletromecânicos de circulação é a
única possível (ou a mais viável e confortável para seus usuários).
Fig. 32: Elevador com sinalização dentro de um Shopping Center em Florianópolis, SC.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
Em caso de reforma, em que as dimensões mínimas dos poços dos elevadores sejam inferiores
às medidas previstas na ABNT NBR NM 313, o elevador deve atender a todas as outras exigências
da norma para ser acessível a outras pessoas com deficiência, e no edifício deve ser prevista
outra forma de circulação vertical acessível.
Você pode conferir a ABNT NBR NM 313 nos conteúdos de consulta ou no link:
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D.
As plataformas elevatórias podem ser de percurso aberto, mas somente para vencer desníveis
de até 2,00 m. No caso de desnível entre 2,00 m até 4,00 m elas devem ser de percurso fechado
(caixa enclausurada).
Veja nas imagens abaixo o uso de plataforma de elevação vertical ao lado de escadaria para
acesso a edifício residencial no bairro Pedra Branca em Palhoça, SC. Observe que nem a escada,
nem a plataforma estão sinalizadas com piso tátil de alerta para sua correta identificação por
pessoas com deficiência visual.
Resposta
Se você pensar somente na pessoa que necessita da plataforma de elevação
para alcançar o pavimento superior, pode achar que a solução está adequada,
mas perceba que a plataforma em movimento impede a passagem de pessoas
na escada, e caso o usuário necessite cuidador, ou ajudante, eles não terão
como subir juntos. A NBR 9050:2015 determina que a instalação da plataforma
Lembre-se que a plataforma não pode obstruir a escada, nem diminuir as suas
medidas mínimas necessárias.
Dica
Veja agora no vídeo “Acesso a edificações” pessoa com deficiência motora
utilizando rampas, plataformas elevatórias e elevador para acessar diferentes
prédios de uso público. Observe as boas soluções encontradas, e tente listar
ao menos 4 aspectos negativos que podem afetar a autonomia e segurança no
deslocamento de pessoa em cadeira de rodas.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video11.mp4
Esteiras rolantes com inclinações superiores a 8,33% não podem compor rotas
acessíveis.
Fig. 37: Esteira rolante horizontal sinalizada no aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: Acervo pessoal de Rafaele Dib.
Alguns detalhes nas escadas são importantes, como sua largura mínima que deve ser calculada
de acordo com o fluxo de pessoas, sendo no mínimo 1,20 m. É preciso prever áreas de descanso
(patamares). Estes devem ocorrer toda vez que há mudança de sentido da escada e, quando o
sentido for único, deve-se prever um patamar pelo menos a cada 3,20 m de altura.
Alguns detalhes nas escadas são importantes, como sua largura mínima que deve ser calculada
de acordo com o fluxo de pessoas, sendo no mínimo 1,20 m. É preciso prever áreas de descanso
(patamares). Estes devem ocorrer toda vez que há mudança de sentido da escada e, quando o
sentido for único, deve-se prever um patamar pelo menos a cada 3,20 m de altura.
Escadas devem conter o piso tátil de alerta e ter seus degraus sinalizados com faixas contrastantes
para servir de orientação para as pessoas com deficiência visual.
Não utilizar degraus com espelhos vazados nas rotas acessíveis, pois há o risco
de se prender o pé entre os degraus.
Veja no exemplo abaixo uma escada com degraus vazados, que apesar de suas qualidades
estéticas, não deve ser aplicada em edificações de uso público para evitar acidentes.
Os corrimãos laterais devem ser contínuos, sem interrupção nos patamares das escadas e
rampas. As extremidades devem ter acabamento recurvado e se prolongar por pelo menos 30
cm sem interferir com áreas de circulação.
Fig. 40: Escada e rampa para acesso a uma agência bancária em São Paulo.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
Resposta
Você acertou se identificou o piso tátil de alerta no início e fim da escada e o
corrimão em duas alturas com acabamento recurvado. Faltam elementos como
sinalização em Braille no corrimão e faixas contrastantes nos degraus.
Dica
Para mais informações sobre corrimãos consulte a seção 6.9 (Corrimãos e
guarda-corpos) da NBR 9050:2015, que se encontra disponível no link: http://
www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D.
Todas as portas devem garantir o direito de ir e vir às pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida, e para isso precisam atender a alguns requisitos.
Fig. 41: Vão livre de portas acessíveis: a) porta de abrir; b) porta de correr; c) porta sanfonada.
Fonte: Desenhos de Paty de Avila Baccin.
De acordo com a imagem acima, as aberturas devem apresentar vão livre para
passagem de no mínimo 0,80 m. Além disso as portas devem possuir maçanetas
do tipo alavanca para abertura com apenas um movimento (instaladas entre
0,80 m a 1,10 m de altura em relação ao piso) e é recomendado revestimento
resistente a impactos na parte inferior das portas.
Já quando a porta for do tipo vai e vem, é preciso que seja feita a instalação de um visor para
que uma pessoa em cadeira de rodas possa ver se tem alguém do outro lado, conforme imagem
abaixo.
Fig. 42: Porta vai e vem com visor além de puxador vertical e revestimento na base.
Fonte: NBR 9050:2015.
Todas as portas existentes em rotas acessíveis devem possuir um espaço adicional para a abertura
da porta, que permita a aproximação e o uso da maçaneta para pessoas em cadeira de rodas,
como podemos verificar na imagem abaixo:
Fig. 43: Área de aproximação da porta com dimensões mínimas de: 0,60 m de largura e 1,50 m de comprimento
para permitir a aproximação da cadeira e o alcance da maçaneta sem impedir a abertura da porta. Internamente
é necessário 1,20 m para permitir o giro da cadeira e acionamento da barra interna para fechar a porta.
Fonte: Adaptado de PMSP, SEPED, 2005.
Acessos a espaços de uso público precisam estar desobstruídos, por isso locais com portas
giratórias, catracas ou dispositivos similares devem ter pelo menos uma unidade acessível
às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Este acesso deve estar sinalizado com o
símbolo internacional de acesso (SIA) e recomenda-se sua localização o mais próximo possível
dos demais acessos.
As portas giratórias devem ser evitadas, contudo, quando existentes, deve-se prever outra
entrada que garanta condições de acessibilidade.
Dica
Consulte a NBR 9050:2015 em sua seção 6.11.2 para ver mais todas as
recomendações e requisitos para os distintos tipos de portas. Lembre-se
que a NBR 9050:2015 está disponível na biblioteca do curso. Os requisitos
dimensionais e de funcionamento específicos para portas de sanitários você
encontra no módulo 3 deste curso.
Janelas
Já vimos no início deste módulo que diversos elementos da arquitetura podem ser fatores de
limitação ou facilitadores, no momento da realização de atividades. No caso de janelas, cabe
ressaltar que para o seu uso adequado, além de área para aproximação deve haver o alcance
manual de dispositivos de comando para pessoas em cadeira de rodas ou com baixa estatura.
Devemos também pensar que é necessário evitar esforços, considerando a presença de situações
tais como a redução de força e/ou coordenação motora, comuns em pessoas idosas ou com
deficiências motoras nos membros superiores.
Desta forma, o acionamento para abrir ou fechar uma janela deve ser possível em um único
Fig. 44: Altura adequada para permitir que pessoas de baixa estatura e pessoas
em cadeira de rodas possam manusear as janelas com autonomia.
Fonte: Adaptado da NBR 9050:2015.
Dica
Consulte no capítulo 3. “Parâmetros Antropométricos”, no início deste módulo,
medidas de alcance para vários dispositivos.
Quando houver atendente, a sua visualização, através de uma boa iluminação, é muito
importante para a comunicação, principalmente para pessoas surdas ou com deficiência auditiva
e especialmente importante para pessoas com deficiência auditiva que fazem leitura labial.
Além disso, entre outros requisitos a norma prevê medidas mínimas para a utilização de balcões
de atendimento por pessoas em cadeira de rodas, que podem ser conferidas na imagem a seguir.
Observe que o desenho do balcão possui recuo frontal que permite a aproximação do usuário
(local para o suporte dos pés da cadeira).
Na figura abaixo temos exemplo de balcão de atendimento onde podemos observar as alturas
diferenciadas para atender pessoas em pé e pessoas em cadeira de rodas ou com baixa estatura
e o recuo da bancada para aproximação com a cadeira de rodas.
Na figura abaixo temos exemplo de balcão de informação acessível com as dimensões exigidas
pela norma brasileira para atender pessoas em cadeira de rodas ou com baixa estatura, que
também se aplicam às bilheterias. A extensão mínima do balcão é de 0,90 m e altura entre
0,90 m a 1,05 m, com uma largura livre mínima sob a superfície do balcão de 0,80 m. Deve ser
garantida aproximação lateral à pessoa em cadeira de rodas e circulação adjacente que permita
giro de 180° e recuo de 30 cm para permitir aproximação frontal em balcões fechados.
Resposta
1ª imagem (Fig. 49) Pontos positivos: Contraste letra x fundo da placa
informativa. Cor do balcão destaca-se em relação ao entorno imediato. Pontos
negativos: Barreira física – presença de maquete em área de aproximação do
balcão. Ausência de área para aproximação frontal de pessoa em cadeira de
rodas. Altura do balcão não é acessível para pessoa em cadeira de rodas. Fontes
informativas restritas aos funcionários atendentes.
Resposta
Mapa da cidade. Terminal digital para consulta, com informações sobre os
principais pontos turísticos. Informação digital e impressa de eventos e agenda
da cidade. Folders informativos e promocionais. Telefones úteis. Endereços úteis.
Lista de hotéis acessíveis. Localização de restaurantes, hotéis e equipamentos
de lazer e cultura acessíveis.
Caixas de pagamento
Caixas de pagamento acessíveis devem estar localizados em rotas acessíveis e ser facilmente
identificados através de sinalização por rota de pisos táteis que indicam sua posição no ambiente.
Podem ser acessados por aproximação frontal ou lateral. Em qualquer um dos casos a sua altura
deve ser entre 0,80 m a 0,90 m para permitir o alcance e uso de sua superfície de manuseio e o
alcance visual.
Na imagem abaixo podemos observar uma pessoa em cadeira de rodas utilizando um caixa de
pagamento sinalizado através de placa com ícones em um supermercado. Podemos observar
que as suas dimensões não impedem a utilização por outras pessoas.
Máquinas de autoatendimento
As máquinas para autoatendimento permitem que muitas atividades possam ser feitas de forma
autônoma e sem a necessidade de intermediação de atendentes. Estão presentes em vários
tipos de estabelecimentos, como supermercados, terminais bancários, terminais de transporte,
bibliotecas e comércio varejista.
Nos caixas de autoatendimento bancário acessíveis o acesso pode ser frontal ou lateral. Na
imagem abaixo observamos itens de acordo com a NBR 9050:2015, como a sinalização tátil no
piso, o símbolo internacional de acesso SIA, a altura dos comandos entre 0,80 m e 1,20 m do
piso. Também é necessário que os caixas acessíveis possuam sinalização tátil no teclado, além de
aparelhos intercomunicadores para que o usuário informe sobre problemas de operação. Deve
também ter dispositivos para acomodação de bengalas, muletas ou produtos de apoio similares,
possibilitando às pessoas com deficiência visual, ou mobilidade reduzida, a liberação das mãos.
Pelo menos um em cada conjunto de telefones públicos deve ter área de aproximação frontal ou
lateral para usuários de cadeiras de rodas com comandos a 1,20 m de altura máxima e sinalização
com o Símbolo Internacional de Acesso – SIA.
Os assentos para pessoas obesas possuem dimensões que podemos observar na figura abaixo
e devem suportar a carga de 250 kg. Nos locais de espera com assentos fixos, como serviços de
saúde e de atendimento ao público, deve haver no mínimo 5% destes assentos em relação ao
número de assentos totais.
Resposta
Se você acha interessante a composição das cores para alegrar o ambiente,
pense que uma pessoa obesa pode sentir-se constrangida, justamente por causa
do formato e diferenciação das cores das cadeiras. Para esta situação deveria
ser pensado uma forma de utilização das cores mais inclusiva, como todas as
cadeiras terem cores diferentes. A sinalização de assento preferencial deveria
estar indicada na parede.
Dica
Agora que você chegou ao final deste Módulo de conhecimento, experimente
fazer os exercícios de avaliação.
REFERÊNCIAS — MÓDULO 1
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15250:2005 Acessibilidade
em autoatendimento de caixa bancário. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: http://www.
abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D. Acesso em: 28 Nov. 2018.
AUDITORIA TCDF. Relatório: Acessibilidade em vias públicas e prédios públicos. 2016. https://
www.tc.df.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Relat%C3%B3rio-Final-e-Decis%C3%A3o-
26221-13-Seaud.pdf . Acesso em: 11 Fev. 2019.
BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 26 out. 2018.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Com obesidade em alta, pesquisa mostra brasileiros iniciando
vida mais saudável. 2018. Disponível em: http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-
saude/43604-apesar-de-obesidade-em-alta-pesquisa-mostra-brasileiros-mais-saudaveis .
Acesso em: 25 mai. 2019.
DISCHINGER, M.; BINS ELY, Vera Helena Moro; MATTOS, M. L.; BRANDÃO, M. M. Orientar-se
em campi universitários no Brasil: condição essencial para a inclusão. Ponto de Vista - Revista
de Educação e Processos Inclusivos, v. 10, p. 39-64, 2008. Disponível em: https://periodicos.ufsc.
br/index.php/pontodevista/article/view/16605/18671 . Acesso em: 06 jun. 2019.
PMSP – SEPED. Acessibilidade: Mobilidade Acessível na Cidade de São Paulo. São Paulo: SEPED,
2005. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_civel/aa_ppdeficiencia/
aa_ppd_diversos/acessibilidade_sp.pdf
BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 26 out. 2018.