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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - UFRR

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CCT


DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO - DAU

LETÍCIA CAROLINE SARMENTO DE SOUSA

RELATÓRIO: Aula prática de acessibilidade no campus Paricarana

BOA VISTA, RR

2023
LETÍCIA CAROLINE SARMENTO DE SOUSA

RELATÓRIO: AULA PRÁTICA DE ACESSIBILIDADE NO CAMPUS PARICARANA

Relatório entregue ao Professor Me.


Carlos Teodoro Olivares Olivares,
para obtenção de nota na disciplina
de Desenho Universal, referente ao 2º
semestre do curso de graduação em
Arquitetura e Urbanismo pela
Universidade Federal de Roraima.

Boa Vista, RR

2023
RESUMO

Nesta atividade, os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da


Universidade Federal de Roraima foram guiados pelo professor Carlos Teodoro
Olivares Olivares em um percurso pelo Campus Paricarana. Eles utilizaram critérios
da norma ABNT NBR 9050 de 2020 para analisar a acessibilidade do campus,
observando as dificuldades enfrentadas por uma pessoa em cadeira de rodas.
Acessibilidade é fundamental para garantir que espaços, serviços e objetos sejam
acessíveis a todas as pessoas, independentemente de suas habilidades físicas ou
cognitivas. O objetivo da atividade foi conscientizar os alunos sobre as barreiras de
acessibilidade existentes no campus e promover empatia e consciência em futuros
profissionais. Eles visitaram várias áreas do campus, como o anexo do bloco V, o
bloco de Medicina, a biblioteca e a parada de ônibus, entre outras.

Palavras-chave: acessibilidade; conscientização; barreiras; cadeira de rodas.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 6
3.1 Áreas de estudo .................................................................................................. 6
3.2 Materiais ............................................................................................................ 6
3.3 Metodologia ....................................................................................................... 6
4. INFORMAÇÕES COLETADAS .............................................................................. 6
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO
Acessibilidade se refere à condição de um espaço, serviço ou objeto de ser
acessível e livre de barreiras que impeçam qualquer pessoa de conseguir utilizar um
espaço ou entender uma informação. A acessibilidade é a possibilidade e condição
de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia,
de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, incluindo seus sistemas e tecnologias, bem como outros
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo,
tanto na zona urbana como na rural, por pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida (NBR 9050, 2020).
A acessibilidade tem como função e objetivo eliminar barreiras, garantindo a
inclusão e igualdade de oportunidades para todos os indivíduos. Isso envolve
projetar ambientes adaptados ou adaptáveis, a disponibilizar informações de fácil
compreensão, e aplicar os princípios do Desenho Universal.
O Desenho Universal é um conceito estudado na Arquitetura que busca criar
espaços e produtos com condições igualitárias de uso para todas as pessoas,
independentemente de suas características físicas, capacidade cognitiva ou idade.
O Desenho Universal favorece a biodiversidade humana e busca oferecer uma
melhor experiência a todos. Seu objetivo principal é permitir que o direito de de
igualdade seja efetivado, baseado em sete princípios, como: uso equitativo, uso
flexível, uso simples e intuitivo, informação de fácil percepção, tolerância ao erro,
baixo esforço físico e dimensão e espaço adequados (NBR 9050, 2020). O Desenho
Universal promove a inclusão e a acessibilidade para uma maior diversidade de
usuários.

2. OBJETIVOS

Reunir os alunos da turma 2022.2 para realizar o percurso indicado pelo


professor fazendo uso de uma cadeira de rodas, a fim de que observem e
identifiquem as barreiras de acessibilidade que uma pessoa com cadeira de rodas
(PCR) pode enfrentar ao tentar se locomover pelo campus. O objetivo é que os
participantes observem e identifiquem inadequações no acesso às instalações dos
blocos, como calçadas, rampas, elevadores, portas e corredores estreitos; além de
promover a conscientização e empatia nos futuros profissionais.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Áreas de estudo
Anexo do bloco v, bloco medicina, bloco de enfermagem, a parada de ônibus
na frente desses dois blocos; prédio da reitoria; biblioteca; parada de ônibus
localizada próxima ao restaurante universitário e o restaurante universitário. A
atividade iniciou-se às 16h15min e foi realizada no dia 12 de junho de 2023, sob a
supervisão e orientação do professor Carlos Teodoro Olivares Olivares.

3.2 Materiais
Foram utilizados: cadeira de rodas, trena, celular, caderno.

3.3 Metodologia
A atividade consistiu em que os alunos se voluntariassem para ocupar a
cadeira de rodas e revezassem durante o percurso, que se iniciou no anexo do bloco
V e terminou na biblioteca, observando problemas encontrados na mobilidade pelo
campus. Além da observação, também realizaram registros fotográficos e anotaram
os dados.

4. INFORMAÇÕES COLETADAS

1. Banheiro do anexo do bloco V:

Observamos erros de projeto, a tranca localizada do lado de fora do box, e a


ausência de barras de apoio. Apesar de ter o tamanho acessível de 150cmx130cm,
esse banheiro não cumpre requisitos importantes;

2. Estacionamento do anexo do bloco V:

Sinalização horizontal, piso inadequado, calçada sem rampa, estacionamento


sem área de transferência;

3. Parada de ônibus do anexo do bloco V:

A parada possui rampa, mas foi mal projetada, pois dá acesso direto para a
rua e não para a faixa de pedestres como deveria ser. Além disso, a própria
calçada não oferece acesso à parada devido a buracos e desnivelamentos;
4. Bloco de medicina e parada de ônibus em frente:

O bloco de medicina é mais acessível se comparado aos outros, o


estacionamento também não tem um piso adequado, mas que está em melhores
condições que o do anexo do bloco V. Dentro do prédio há uma rampa para o 1º
andar, com 2,10m de largura e corrimão com 90 e 70 centímetros de altura, não tem
balizamento e havia duas grelhas/ralos no início da rampa. Possuía rampas de
acesso na entrada do prédio, o estacionamento tem área de transferência, mas a
sinalização é horizontal. Na calçada que deveria dar acesso ao ponto de ônibus, a
rampa está em péssimas condições e o meio-fio sequer tem rampa, as calçadas são
muito altas, e sem uma rampa decente é praticamente impossível que um PCR
consiga atravessar a rua. Não sendo isso suficiente, a rampa não dá acesso à
calçada, mostrando mais uma falha de projeto em um espaço que deveria ser
acessível;

5. Restante dos espaços analisados:


Foi observado também o prédio da reitoria, que só possui rampa na entrada
dos fundos, elevador que não funciona e não há rampa para o 1º andar, as soleiras
dos banheiros tem desnível superior a 3 cm, que causa um impacto no cadeirante ao
entrar no banheiro e dificuldade ao tentar sair, o box do banheiro acessível tem
barras de apoio para a transferência do PDC. As louças atendem à norma. A
biblioteca tem calçadas e rampas que apresentam falhas. O restaurante universitário
tem rampas com pouca inclinação e o piso do estacionamento é de concreto. A
parada de ônibus próxima tem a rampa muito rebaixada, alagando quando chove.
REFERÊNCIAS

VILA NOVA, Flávio. Cartilha de acessibilidade urbana: um caminho para todos. 2.


Ed. Recife: Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, 2014.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050. 4. Ed. Rio de Janeiro:
ABNT, 2020.

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