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DIREITO COMPARADO E REGIMES LEGAIS NA EUROPA

Conteúdo

•Regimes jurídicos de segurança privada na Europa

•Estados membros da União Europeia e do Acordo do Espaço Económico Europeu

•Direito comunitário

•Livre circulação

•Reconhecimento de qualificações profissionais

•Atividades transfronteiriças permitidas

•Transporte de valores

•“Cabotagem”

•Instrumentos internacionais relevantes

Objetivos

•Conhecer os principais regimes jurídicos de exercício da atividade de segurança


privada na Europa

•Identificar as restrições à livre circulação na União Europeia

•Conhecer o regime de reconhecimento de qualificações

•Conhecer o transporte transfronteiriço de notas de euro

1. Regimes jurídicos na Europa

•A regulação da atividade de segurança privada na Europa caracteriza-se pela


multiplicidade de regimes jurídicos.

•Papel aglutinador do Conselho da Europa: princípios éticos e respeito pela


Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

•Após a queda do muro de Berlim, relativa “ocidentalização” do modelo de


regulação da atividade de segurança privada.

–Kosovo: o apoio no âmbito da EULEX à definição do regime jurídico de segurança


privada

•Papel da União Europeia: modelo para países candidatos.

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Matriz de serviços

Nucleares

Vigilância humana

Segurança eletrónica | Televigilância

Transporte de valores

Maioritárias

Segurança pessoal
Segurança aeroportuária
Investigação privada
Consultadoria de segurança

Minoritárias

Controlo e fiscalização de estacionamento


Duplicação de chaves
Investigação privada (Detetive)
Segurança de instalações críticas
Segurança privada militar

2. Direito Comunitário

•Estratégia da UE

•Livre circulação de serviços

•Reconhecimento de qualificações

•Transporte transfonteiriço

Diretiva Serviços

•Diretiva n.º 2006/123/CE.

•Livre circulação de serviços

• Direito de estabelecimento

• Direito de prestação de serviços

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•Não se aplica ao exercício da atividade de segurança privada, enquanto atividade
regulamentada [art. 2.º, n.º 2, al. k)].

•Excepção: transporte de valores

2.2. Reconhecimento de qualificações

•Diretiva n.º 2006/36/CE


•Diretiva n.º 2006/100/CE
•Lei n.º 9/2009, de 4 de março
•Reconhecimento de qualificação  livre circulação de serviços
•Profissão regulamentada
•Qualificações profissionais
•Formação regulamentada

2.2. Reconhecimento qualificações

•Segurança privada é considerada profissão regulamentada.


•Não aplicável o mecanismo do reconhecimento automático.
•Restrições dos quadros legais de cada Estado membro.
•Em Portugal:
•É reconhecida a formação técnica
•Exigida a prestação de prova de aptidão ou a frequência de formação completar
nas matérias substancialmente diferentes (ex: quadro legal nacional)
•Não são reconhecidos títulos de formação profissional
•(cartão profissional)

2.3. Transporte transfonteiriço

•Antecendentes
•Previsão expressa na “Diretiva de Serviços”.
•Regulamento UE n.º 1214/2011
•Só aplicável ao transporte transfronteiriço de notas de Euro entre Estados
membros.
•Diferente de operações de cabotagem.

•Antecendentes
•Directiva 2006/123/CE (art. 38.º, al. b))

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•Iniciativa da Comissão (Maio 2008)
–Livro Branco sobre “Cross-border CIT”
–Consulta pública
–Reuniões de grupos de peritos
–Proposta de Regulamento (9-12-2010)
–Aprovação do Regulamento 1214/2011

•Passos seguintes:
–Harmonização e IMI
–Entrada em vigor (12 meses após aprovação)

2.3. Transporte transfonteiriço


•Conceito legal de transporte transfronteiriço:
–Transporte profissional, por empresas de transporte de valores, por estrada, em
veículo, de notas e moedas de EURO (permitido 20% non-euro) entre Estados
membros da UE;

–Transporte de/para um ou mais locais de outro Estado membro (50%+ dos


transportes);

–Exceção: entre Banco Centrais ou escoltados por militares ou polícia.

•Objetivos da Comissão:

–Facilitar o transporte na área EURO


–Remover obstáculos da regulação nacional

•Princípios básicos:
–Regulamento prevalece sobre normas de transporte entre Estados membros;
–Normas nacionais mantêm-se para transportes domésticos
–Exclusões (BCE e BCN)

Restrições:
Saída do EM de origem e regresso no mesmo dia (06:00 / 22:00);
Point-to-Point (janela temporal de 24 horas).
Sem limite de operações no outro Estado membro.

•Alvará transporte valores transfronteiriço:


–Emitido pela entidade competente do Estado de Origem (tem de existir alvará
prévio);
–Válido por 5 anos;
–As viaturas devem ter sempre o original ou cópia certificada;
–Dispensa a posse de licença internacional de transportes.
–Idoneidade de administradores/gerentes.
–Obrigatória a troca de informações entre EM

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•Vigilantes:
–Ausência de condenações relevantes no registo criminal;
–Habilitação no EM de origem
–Formação específica de 150 horas e formação de 3 em 3 anos;
–Pelo menos um tripulante com nível A1 da língua da região onde opera fora do
Estado de origem.
–Centro de controlo: um operador com nível A2.
–Remuneração fora do território nacional pela tabela do Estado membro de
operação se superior
•Armas:
–Formação nacional, formação no Estado membro de operação se o uso de armas
for autorizado.
–StrongBox na viatura (acionada da central)

•Exigência ao Estado membro:


–Possibilidade “opt out”;
–Notificação da Comissão;
–Deve permitir:
•Uma modalidade (art. 13, 14, 15, 16, 17)
•Todas as que forem permitidas no transporte doméstico;
•Art. 16 obrigatório no point-to-point.
–Se exigido IBNS (end-to-end) no carregamento de ATM, as mesmas regras
devem ser aplicáveis ao carregamento de ATM no transporte doméstico.

Desafios

Pouco provável a existência de transporte transfronteiriço entre Portugal e Espanha

•Não competitivo para entidades portuguesas.

Plano de ação Europa 2020


•Harmonização da segurança eletrónica

–Regras uniformes
•Aceitação de normas técnicas

- Livre circulação

- Portugal: registro prévio

Desafios atuais

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Quadro legal comunitário EURO
-Diretiva Serviços
-Diretiva Qualificações
-Regulamentos (Transporte de valores) Políticas comunitárias
-Plano de ação Indústria Segurança
-Estratégia Europa 2020
-Melhor Regulação, Menor Regulação Declaração de Montreaux

Disfunções do regime legal PORTUGAL


-Problemas identificados
-Conformidade constitucional Políticas transversais
-Sistema Nacional de Qualificações
-Atividades comerciais e serviços Opções políticas (agenda política)
-Grandes Opções
-Clarificação de competências

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