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Seja muito bem-vinda a mais uma aula do Método MIDAS, ministrada pela
Mayara Teixeira Ribeiro, advogada e professora universitária. Como os direitos
da personalidade e os direitos da imagem refletem e repercutem no Direito
Contratual?
Em primeiro lugar, é importante ter
em mente que o direito de imagem, como
sendo um direito da personalidade, não
pode ser negociado na via contratual de
forma ilimitada. Ou seja, deve haver uma
limitação do objetivo, de forma a evitar
excessos e abusos: a imagem será utilizada
para quais fins? Qual o alcance? Por
quanto tempo? Quais os limites?
O Direito, além de resguardar a boa-fé dos contratos, visa proteger a
dignidade dos indivíduos. Afinal, espera-se de uma sociedade que o nome e a
imagem das pessoas sejam, sim, protegidos. É por isso que as cláusulas
contratuais traçam os limites, que foram combinados previamente, no direito na
negociação.
Mas o que é um direito da personalidade? Vamos entender, primeiro, o
que é uma personalidade. O Direito Civil brasileiro traz alguns conceitos, algumas
definições.
☆
É importante entendermos alguns conceitos jurídicos principalmente
quando pensamos nos contratos por clique, ou seja, aqueles famosos botões de
“concordo” ou “aceito”. Infelizmente, não é todo mundo que possui essa ciência,
mas esse botões equivalem ao ato de assinar um documento, igual quando
usamos caneta e papel. Portanto, uma recomendação valiosa: não assine nada
sem ler e entender exatamente com o que você está concordando.
Voltando para a questão do direito da imagem, é importante ressaltar que
esse é um direito personalíssimo. Isso significa que ele pode ser flexibilizado
desde que não seja uma disposição permanente, ou seja, é preciso ser
temporário. Uma imagem, portanto, não pode ser vendida. Isso não existe.