Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Un
ida
de
3 Teoria de conjuntos
Inicie a jornada!
EM13MAT315
EM13MAT501
paitoon Meetee/Shutterstock
irá estudar:
Representação de conjuntos
e linguagem.
Operações com conjuntos.
Conjuntos numéricos.
Intervalos reais.
MAXI_Mat_A_1EM_CAD1_
U3_F005 – Foto da Shutterstock
637034182
O paraíso de Cantor
Números, funções, entes geométricos – esses são alguns objetos de estudo da Matemática. Apesar de estarem todos
sob o escopo dessa ciência, sabemos, por exemplo, que os números têm características muito distintas das figuras geomé-
tricas, então não os estudamos juntos, mas em grupos ou coleções em que os componentes têm as mesmas peculiaridades.
Assim, é possível começar a entender a noção primitiva de conjunto:
Um conjunto é uma coleção de objetos reunidos sob algum critério ou propriedade comum.
Esta abordagem intuitiva de conjunto foi formulada pelo matemático alemão Georg Cantor (1845-1918), que criou
a teoria dos conjuntos em 1895, motivado por problemas relacionados à compreensão de conjuntos infinitos. Cantor é
o grande autor da teoria, mas recebeu importantes contribuições de outros pensadores, desde os filósofos pré-socrá-
ticos até John von Neumann (1903-1957), colaborador na construção do computador moderno. Essa teoria tem uma
linguagem e uma estrutura lógica que trazem mais rigor às definições e argumentações matemáticas, nos mantêm
afastados das imprecisões da linguagem falada e são particularmente eficientes na abordagem de certos tipos de
problemas de contagem ou de raciocínio lógico, que veremos nesta unidade.
29
Vá além
A representação em
{
Exemplos: Dado o conjunto P = 0; 2; 4; 6; 8 ,}
diagrama tem esse nome • o elemento 4 pertence ao conjunto P; em símbolos: 4 D P
por ter sido criada pelo
grande matemático suíço • o elemento 5 não pertence ao conjunto P; em símbolos: 5 D P
Leonhard Euler (1707-
-1783) no século XVIII e Há outras formas de representar conjuntos: sendo V o conjunto das vogais do alfabeto latino, podemos representá-lo:
formalizada pelo lógico
e filósofo John Venn • pela enumeração de seus elementos, conforme já vimos: V = {a, e, i, o, u};
(1834-1923) no século • ƠĪŧÿ ĪƫƠĪĜŏǿĜÿğĘż ģĪ ǀŰÿ ƠƣżƠƣŏĪģÿģĪ᠀ ᡆV é o conjunto das letras do alfabeto latino tal que x é vogal”:
XIX. O uso de diagramas
V = {x é letra do alfabeto latino/x é vogal};
facilita a compreensão das
relações entre elementos • ƠżƣǀŰÿǿŃǀƣÿłĪĜŊÿģÿ᠁ģĪŲżŰŏŲÿģÿdiagrama de Venn-Euler, em cujo interior podem ser destacados seus ele-
e conjuntos. mentos.
Professor, pergunte aos alu-
nos: Todos os alfabetos têm V
vogais? Afinal, há mais de i
um alfabeto? Em seguida, u
recomende a leitura do tex- o
to da página 34. a
e
30
Álgebra
Anotações
Conjuntos e subconjuntos: representação e relação de inclusão
Dados os conjuntos A e B, dizemos que B é subconjunto de A se todo elemento de B também for elemento de A.
Considere, por exemplo, o conjunto A dos algarismos indoarábicos e B o conjunto dos algarismos ímpares.
A B
7
1
8
{
A = 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
2
3 4
9 5 {
B = 1; 3; 5; 7; 9 }
6 0
Dados os conjuntos A e B, dizemos que A e B são conjuntos iguais se todo elemento de A for elemento de B, e se
todo elemento de B for elemento de A.
Em outras palavras, para que dois conjuntos sejam iguais, eles devem ser formados exatamente pelos mesmos
elementos, não importa a ordem em que são enumerados.
Aqui cabe uma observação importante: pertinência é uma relação entre um elemento e o conjunto ao qual ele
pertence, enquanto inclusão é uma relação entre um conjunto e o conjunto em que ele está contido. Veja o exemplo
a seguir.
31
Se A = ∅, A ∪ B = A.
Além disso, se A ⊂ B, então A ∪ B = B.
Veja a representação da união de dois conjuntos no diagrama de Venn-Euler (região sombreada).
B A∪B
A
Google é uma empresa
ěƫĪƣǜĪƢǀĪÿżƠĪƣÿğĘżģĪŏŲƸĪƣƫĪĜğĘżīĜżŰǀƸÿƸŏǜÿ᠁ŏƫƸżī᠁A ∩ B = B ∩ A.
Além disso, se A ⊂ B, então A ∩ B = A.
Diferença
Dados dois conjuntos A e B, a diferença entre A e B, nessa ordem; em símbolos: A – B é o conjunto constituído de
todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a B.
ěƫĪƣǜĪƢǀĪÿģŏłĪƣĪŲğÿĪŲƸƣĪĜżŲšǀŲƸżƫŲĘżīĜżŰǀƸÿƸŏǜÿ᠁ŏƫƸżī᠁ĪŰŃĪƣÿŧ᠁A – B ≠ B – A. Por exemplo:
Se A = {a; b; c; d; e} e B = {d; e; f; g; h}, então A – B = {a; b; c} e B – A = {f; g; h}.
Dados os conjuntos A e B, A – B = {x / x ∈ A e x ∉ B}
A–B B–A
32
Álgebra
Anotações
Complementar
Considere dois conjuntos A e B, sendo que A ⊂ B. Chamamos conjunto complementar de A em relação a B e re-
presentamos BA ao conjunto C formado por elementos de B que não pertencem a A.
Se A ⊂ B, B = {x / x ∈ B e x ∉ A}
A
B
A
Exercício resolvido
Em um colégio de 100 alunos, 80 gostam de sorvete, 70 gostam de pudim e 60 gostam das duas sobremesas.
a) Quantos não gostam de nenhuma das duas sobremesas?
b) Quantos não gostam de pudim?
c) Qual é a sequência de passos que resolve um problema genérico desse tipo?
Resolução
ĜżŲšǀŲƸżÃƣĪƠƣĪƫĪŲƸÿżǀŲŏǜĪƣƫżģĪÿŧǀŲżƫĪŲƸƣĪǜŏƫƸÿģżƫ᠒A representa o conjunto dos alunos que gostam de sorvete;
e B representa o conjunto dos alunos que gostam de pudim.
X B
A b
60
a
n(U) = 100
n(A) = 80
n(B) = 70
a + 60 = 80 ∴ a = 20
b + 60 = 70 ∴ b = 10
a) x = número de alunos que não gostam de nenhuma das duas sobremesas:
x + a + b + 60 = 100; sendo a = 20 e b = 10, teremos x + 20 + 10 + 60 = 100 ∴ x = 10
ěᠥŲǁŰĪƣżģĪÿŧǀŲżƫƢǀĪŲʿѿƫƸÿŰģĪƠǀģŏŰīᙷᙶᙶᠲᚃᙶᤄᙹᙶ
c) Começar pela intersecção → descobrir n(A – B) → descobrir n(B – A) → descobrir complementar de AUB em relação a U
33
Admin
O primeiro alfabeto de que se tem notícia é o fenício, com 22 letras, todas
consoantes. O alfabeto grego surgiu como uma atualização do alfabeto
fenício, com 24 letras, e incluía as primeiras vogais: alfa, épsilon, iota, omicron e
upsilon. O alfabeto latino, utilizado por nós, surgiu em 600 a.C. e atualmente
é o mais usado no mundo, com 26 letras, das quais 5 são vogais.
Há muitos outros alfabetos, como o coreano, o cirílico, o armênio ou o
georgiano, com quantidades variáveis de vogais, que chegam a totalizar
21. Isso nos dá uma ideia das variações e da diversidade fonética entre as
diferentes línguas. Há ainda alfabetos que não foram feitos para vocalizar, Símbolos do alfabeto grego.
como o braile ou a Língua Brasileira de Sinais (Libras), criados para ampliar a
comunicação de pessoas com deficiência.
No tupi antigo, língua indígena clássica do Brasil, são identificadas 16 consoantes, 12 vogais e 3 semivogais. Não há um alfabeto tupi,
mas há correspondência entre os fonemas tupis e o alfabeto latino.
Na verdade, uma língua não depende do alfabeto em que está escrita: basta que se estabeleçam as regras ortográficas para viabilizar
a escrita.
Grande parte das línguas do mundo não usa alfabetos, mas sistemas de escrita que representam ideias ou sílabas, como os hieróglifos
japonês, chinês, árabe, hebraico e os sistemas de escrita indianos.
Alamy
Conjuntos numéricos
Comparar, ordenar, contar. Nossos ante-
passados do Período Paleolítico assimilaram
habilidades matemáticas suficientes para
justificar a produção e a utilização dos arte-
fatos de cálculo encontrados junto aos acha-
dos arqueológicos na África, nos anos 1960
Ī ᙷᚅᚃᙶ᠇ ƫ żƫƫżƫ ģĪ hĪěżŰěż Ī ģĪ SƫŊÿŲᠵ
Ńż᠁ ģÿƸÿģżƫ ģĪ ᙹڑᡱᙶᙶᙶ ÿ᠇ ᠇ Ī ᙸڑᡱᙶᙶᙶ ÿ᠇ ᠇᠁
respectivamente, são fíbulas de babuínos
nos quais estão entalhados traços, provavel-
mente usados para calcular quantidades e
medir a passagem do tempo.
34
Álgebra
Anotações
Números naturais
As pedras ou conchas possivelmente foram os primeiros artefatos matemáticos de contar. Parece haver o seguinte
consenso entre os estudiosos: os números naturais não foram uma criação filosófica do pensamento abstrato, mas um
produto que veio atender a uma série de necessidades práticas de representação, correspondência, seriação, etc. Esses
números, que nasceram da natural necessidade de contar, foram sendo criados junto com as práticas cotidianas, e
novos números foram surgindo à medida que as necessidades evidenciavam que os anteriores já não eram suficientes,
e assim por diante; tanto é que os números chamados naturais eram 1, 2, 3, etc.
ǭĪƣżƫŽǜĪŏżÿƫĪšǀŲƸÿƣÿżĜżŲšǀŲƸżģżƫŲÿƸǀƣÿŏƫŰǀŏƸżŰÿŏƫƸÿƣģĪ᠁ƠżƣŲĪĜĪƫƫŏģÿģĪģÿƸĪżƣŏÿŰżģĪƣŲÿģżƫŲǁᠵ
meros naturais estabelecida por Giuseppe Peano (1858-1932). Ele enunciou quatro axiomas que recriaram os números
naturais com o formalismo necessário para sustentar as novas áreas da Matemática que se apoiavam nesses conjuntos.
Veja o que esses axiomas dizem, basicamente.
• ǭĪƣżīǀŰŲǁŰĪƣżŲÿƸǀƣÿŧ᠇
• Se um número n é natural, seu sucessor n + 1 também é.
• ǭĪƣżŲĘżīƫǀĜĪƫƫżƣģĪŲĪŲŊǀŰŲǁŰĪƣżŲÿƸǀƣÿŧ᠇
• Se dois números têm o mesmo sucessor, então eles são iguais.
• Vale o princípio de indução: se uma propriedade vale para um natural n, valerá também para o sucessor n + 1.
Representamos o conjunto dos números naturais por `.
{ }
` = 0; 1; 2; 3; 4; 5;6; 7; 8; 9; 10; 11; 12 ..
• Propriedade comutativa: a + b = b + a e a · b = b · a
• Propriedade associativa: a + (b + c) = (a + b) + c e a · (b · c) = (a · b) · c
• Adição e multiplicação: a soma de dois números naturais é um número natural, e o produto de dois números naturais é um
número natural.
a `
a b ` e ab `
b `
Números inteiros
ĜżŲšǀŲƸżģżƫŲǁŰĪƣżƫŏŲƸĪŏƣżƫłżŏĜƣŏÿģżƠżƣŏŲƫǀłŏĜŏįŲĜŏÿģżƫŲǁŰĪƣżƫŲÿƸǀƣÿŏƫƠÿƣÿƣĪƠƣĪƫĪŲƸÿƣÿŧŃǀŰÿƫƫŏᠵ
tuações. Por exemplo: se a soma de dois números naturais é sempre natural, a diferença entre dois números naturais
nem sempre é um número natural.
A criação dos inteiros provavelmente foi motivada pelo surgimento e pela intensificação das relações comerciais,
quando as trocas previam o surgimento de dívidas ou perdas, e aqui o zero tem importância estratégica.
'ĪłŏŲŏŰżƫżƫŏŰīƸƣŏĜżᤁa de um número natural a D ` como o número tal que aᤀᠤᤁa) = 0. Assim, a cada número natural
corresponde o seu simétrico, e o conjunto ] dos inteiros contém os números naturais a D `, o zero e os respectivos
simétricos, que são os números negativos.
35
{
] = ...−3; − 2; − 1; 0 1; 2; 3; ... }
Veja aqui alguns subconjuntos importantes de ] e suas nomenclaturas.
• Conjunto dos inteiros não nulos: ]* = {...; − 3; − 2; − 1; 1; 2; 3;...}
• Conjunto dos inteiros não negativos: + = {0; 1; 2; 3;...} =
• Conjunto dos inteiros não positivos: ]− = {...; − 3; − 2; − 1; 0}
ěƫĪƣǜÿğĘż᠀ᡆŲĘżŲĪŃÿƸŏǜżᡇĪᡆƠżƫŏƸŏǜżᡇŲĘżƫĘżÿŰĪƫŰÿĜżŏƫÿ᠒ÿƫƫŏŰĜżŰżᡆŲĘżƠżƫŏƸŏǜżᡇĪᡆŲĪŃÿƸŏǜżᡇŲĘżƫĘżÿ
mesma coisa; veja a seguir.
• Inteiros positivos: ]*+ = { 1; 2; 3;...} .
• Inteiros negativos: ]*− = {...; − 3; − 2; − 1 } .
ĜżŲšǀŲƸżģżƫŲǁŰĪƣżƫŲÿƸǀƣÿŏƫĪƫƸĀĜżŲƸŏģżŲżĜżŲšǀŲƸżģżƫŏŲƸĪŏƣżƫ᠇ǀƸƣÿłżƣŰÿģĪģŏǭĪƣŏƫƫżī᠀ƸżģżŲǁŰĪƣż
natural é inteiro (mas nem todo inteiro é natural). Assim, podemos dizer que a soma de dois números inteiros é um
número inteiro, o produto de dois números inteiros é um inteiro, e a diferença de dois números inteiros é também um
número inteiro.
a b ]
a ]
ab ]
b ]
a b ]
Reta numerada
Para representar os elementos de conjuntos numéricos, pode-se recorrer à representação de pontos sobre uma
reta. Veja a seguir a representação dos números naturais e dos números inteiros.
0 1 2 3 4
–3 –2 –1 0 1 2 3 4
A representação dos inteiros nos permite apreciar a relação entre um número inteiro e seu simétrico: ambos estão
à mesma distância do zero.
–x 0 x
Números racionais
De modo análogo ao que ocorreu com os inteiros, o conjunto dos números racionais foi criado por insuficiência
dos números inteiros para atender à seguinte situação: o quociente entre dois números inteiros nem sempre é um
número inteiro.
Definimos o conjunto dos números racionais como o conjunto dos números que podem ser escritos como divisões
entre inteiros, em condições válidas, e o representamos por _ (de quociente).
p
= , p ∈ , q ∈ *
q
36
Álgebra
Anotações
Existem várias maneiras de representar números racionais, além da forma de fração.
12
• Como números inteiros: = 3 ∈_ Ì
4
75 5 64 8
• Como frações próprias e impróprias: = ∈ _ (fração própria); − = − ∈ _ (fração imprópria)
105 7 24 3
8 2
• Como números mistos: 2
3 3
2
• Como decimais exatos: = − 0,4 ∈ _
−5
25
• Como dízimas periódicas: = 0,757575... ∈ _
33
Como ` ] e ] _, concluímos que: ` ] _.
Podemos também representar os números racionais em uma reta numerada. Consideremos o número 0 como
a origem, o número 1 em algum ponto da reta e o sentido para a direita tomado arbitrariamente como positivo; to-
memos a unidade de medida uĜżŰżÿģŏƫƸĈŲĜŏÿĪŲƸƣĪᙶĪᙷ᠇ƫŲǁŰĪƣżƫŏŲƸĪŏƣżƫĪƫƸĘżƣĪƠƣĪƫĪŲƸÿģżƫŲĪƫƫÿƣĪƸÿĪ
p
guardam distâncias k ⋅ u entre si, com k D ], e também os números não inteiros, que guardam distâncias ⋅ u entre
q
si, com k D ]e q D ]*. Dessa forma, há muitos pontos sobre a reta numerada, mas ainda assim não a cobrem comple-
tamente, apesar de entre dois números racionais sempre haver infinitos racionais. Veja alguns exemplos.
1 1
– +
–3,222… 7 2 +3,6565… +4,6
–4 –3 –2 –1 0 +1 2 3 +4
Quanto às operações em _ , as quatro operações aritméticas estão definidas: a soma de dois números racionais
é racional; o produto de dois números racionais é racional; a diferença entre dois números racionais é racional; e o
quociente entre dois números racionais é racional.
a + b ∈ _
a − b ∈ _
a ∈ _
⇒a⋅b∈_
b ∈ _
a
∈_
b
Números reais
Pensava-se, na Antiguidade, que qualquer medida podia ser representada por uma fração, mas os pitagóricos já
sabiam que é impossível representar a medida da diagonal de um quadrado dessa maneira. Esse tipo de número foi
chamado de irracional, e o nome já sugere o tipo de estranhamento que causou a todos os matemáticos que se de-
ěƣǀğÿƣÿŰƫżěƣĪżƸĪŰÿ᠇ƫŲǁŰĪƣżƫŏƣƣÿĜŏżŲÿŏƫłżƣÿŰģĪƫĜżěĪƣƸżƫƠżƣǜżŧƸÿģżƫīĜǀŧżSßÿ᠇ ᠇᠁ŰÿƫÿƠĪŲÿƫŲżƫƫīĜǀŧżƫ
XVIII e XIX foram criadas teorias que organizaram o conhecimento produzido.
ĜżŲšǀŲƸżģżƫŲǁŰĪƣżƫƣĪÿŏƫ \ é obtido pela união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos
números irracionais (números que não são racionais), que chamaremos de \ . Esse conjunto cobre toda a reta nume-
rada; em outras palavras, todo número real tem representação na reta numerada, e, reciprocamente, todo ponto da
reta numerada tem associado a ele um número real.
0
∪ = , portanto Ì e Ì Ì Ì .
37
Faça em sala: 8 a 12 | Faça em casa: 6 a 11.
[a, ∞) ou a, ∞ ou {x ∈\ / x ≥ a} a
(a, ∞) ou a, ∞ ou {x ∈\ / x > a} a
Semirretas
Faça em sala
1. Determine os conjuntos a seguir, representando seus elementos entre c) P = {divisores comuns de 12 e de 36}
chaves. P = {1; 2; 3; 4; 6; 12}
a) M = {divisores de 12}
M = {1; 2; 3; 4; 6; 12} 2. De acordo com as respostas dadas no problema anterior, verifique se as
afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).
a) 4 ∈ M V e) M ⊂ N V
b) N = {divisores de 36}
b) 4 ∈ N V f) N ⊂ M F
N = {1; 2; 3; 4; 6; 9; 12; 18; 36}
c) {4} ⊂ M V g) n(M) = 6 V
d) {4} ⊂ N V h) n(N) > n(M) V
38
Álgebra
3. A formalização da geometria também se beneficiou da teoria de con- 5. No problema anterior, descreva, em termos das crianças vacinadas ou
juntos. Do ponto de vista dessa teoria, os elementos primitivos da geo- não, os conjuntos a seguir.
metria euclidiana podem ser considerados conjuntos: retas e planos a) A ∪ B
podem ser vistos como conjuntos de infinitos pontos. De acordo com
Crianças que tomaram uma (pelo menos uma) das duas vacinas.
essa interpretação, considere a figura a seguir, que representa um pla-
no α, uma reta r formada por dois pontos A e B desse plano, uma reta s
que intersecta o plano a em um ponto C fora da reta r e distinto de A e b) A – B
de B, e finalmente um ponto P desse plano fora da reta r.
Crianças que tomaram apenas a vacina Sabin.
c) B – A
α P
A
Crianças que tomaram apenas a vacina contra sarampo.
C r
B
d) AFB
U
Crianças que não tomaram nenhuma das duas vacinas.
c) B ∈ r V g) C ∈ s V
b) n(A ∪ B) = n(A - B) + n(A ∩ B) + n(B – A)
As duas sentenças são válidas.
d) B ⊂ r F h) C ∈ α V
Professor: para cada item desta questão, refaça o diagrama de
Venn-Euler e hachure os conjuntos citados.
4. (UEPB) O controle de vacinação em uma creche indica que, das 98
crianças cadastradas, 60 receberam a vacina Sabin, 32 foram vacinadas 7. (UEL) Num dado momento, três canais de TV tinham, em sua progra-
contra o sarampo e 12 crianças não foram vacinadas. Dessa forma, o nú- mação, novelas em seus horários nobres: a novela A no canal A, a novela
mero de crianças que não receberam exatamente as duas vacinas é: ŲżĜÿŲÿŧĪÿŲżǜĪŧÿ ŲżĜÿŲÿŧ ᠇tǀŰÿƠĪƫƢǀŏƫÿĜżŰᙹᡱᙶᙶᙶƠĪƫƫżÿƫ᠁
a) 72. Professor: desenhe inicialmen- d) 92. perguntou-se quais novelas agradavam.
te os diagramas de Venn-Euler
b) 38. para depois nomear e repre- e) 44. A tabela a seguir indica o número de telespectadores que designaram
sentar as quantidades desses as novelas como agradáveis.
c) 66. conjuntos. Resposta D.
Resolução
A: Sabin. Novelas A B C A e B A e C B e C A, B e C
B: sarampo.
No 1 450 1 150 900 350 400 300 100
U: universo das crianças da creche. espectadores
n(U) = 98
n(A∩B) = x Quantos telespectadores entrevistados não acham agradável nenhu-
60 – x + x + 32 – x + 12 = 98 ∴ x = 6 ma das três novelas?
Receberam só a vacina Sabin: 60 – 6 = 54.
a) 300 telespectadores d) 470 telespectadores
Receberam só a vacina contra o sarampo: 32 – 6 = 26.
Não receberam nenhuma vacina: 12. b) 370 telespectadores e) 500 telespectadores
Resposta C.
Total: 54 + 26 + 12 = 92. c) 450 telespectadores
Resolução
U
A
12 B B
800 250
A 600
32 – x
x 100
60 – x
300 200
300
39
10. (Epcar) Na reta dos números reais abaixo estão representados os nú-
meros m, n e p.
{
Para os intervalos A = x ∈ \ / − 2 ≤ x < 5 } {
e B = x ∈ \ /3 < x ≤ 7 , }
–2 –1 0 1 2 construa os seguintes conjuntos:
Resolução
m n p 13. A F B 13. A F B !x D \ / < 2 ) x ) 7#
40
Álgebra
Faça em casa
1. Ainda a respeito da figura da página 39, diga se as afirmações a seguir 4. (Udesc) Considere um conjunto universo com 7 elementos e os sub-
são verdadeiras (V) ou falsas (F). conjuntos A, B e C, com 3 , 5 e 7 elementos, respectivamente. É correto
afirmar que:
s
a) (A ∩ B) ∩ C tem no máximo 2 elementos. Resposta B.
α b) ( A ∩ B ) ∩ C tem no mínimo 1 elemento.
P
A c) B ∩ C tem 3 elementos.
C r
B d) A ∩ C tem no mínimo 2 elementos.
e) A ∩ B pode ser vazio.
a) {A; B; C} ⊂ α V d) C ∉ r V
b) {A; B; C} ⊂ r F e) P ∉ r V
5. (Uece) Os subconjuntos P, X e Y do conjunto N dos números naturais
c) s ⊂ α F f) {P} ⊂ α V são dados por: P = {números primos}, X = {múltiplos de 2} e Y = {múlti-
plos de 3}. Podemos afirmar corretamente que
2. Considere estes conjuntos.
a) P ∪ X ∪ Y = N c) X ∪ Y ⊂ N – P
A = {números naturais pares menores de 41}
B = {números naturais pares múltiplos de 4 e menores de 41} b) P ∩ X ∩æᤅ∅ d) X ∩ Y ⊂ N – P
Resposta D.
C = { números naturais pares múltiplos de 4 e menores de 41}
a) Represente os três conjuntos enumerando seus elementos.
A = {0; 2; 4; 6; 8; 10; 12; 14; 16; 18; 20; 22; 24; 26; 28; 30; 32; 34; 36;
38; 40}
6. (Uece) A quantidade de números inteiros positivos, localizados entre
B = {0; 4; 8; 12; 16; 20; 24; 28; 32; 36; 40} 10 e 2 020 que são múltiplos de 11 é Resposta B.
C = {0; 8; 16; 24; 32; 40} a) 184. c) 182.
c) ßĪƣŏǿƢǀĪƫĪÿƫĪŃǀŏŲƸĪƫĪŲƸĪŲğÿīǜĪƣģÿģĪŏƣÿƠÿƣÿżƫĜżŲšǀŲƸżƫ᠀
7. (Enem) Um edifício tem a numeração dos andares iniciando no térreo
Se C ⊂ B e B ⊂ A, então C ⊂ A. (T). e continuando com primeiro, segundo, terceiro, …, até o último an-
A sentença é verdadeira. dar. Uma criança entrou no elevador e, tocando no painel, seguiu uma
sequência de andares, parando, abrindo e fechando a porta em diver-
sos andares. A partir de onde entrou a criança, o elevador subiu sete
3. (UPM) Em uma pesquisa com 120 pessoas, verificou-se que 65 assis- andares, em seguida desceu dez, desceu mais treze, subiu nove, desceu
tem ao noticiário A; 45 assistem ao noticiário B; 42 assistem ao noticiá- quatro e parou no quinto andar, finalizando a sequência. Considere
rio C; 20 assistem ao noticiário A e ao noticiário B; 25 assistem ao noti- que, no trajeto seguido pela criança, o elevador parou uma vez no últi-
mo andar do edifício.
ĜŏĀƣŏżĪÿżŲżƸŏĜŏĀƣŏż ᠒ᙷڑÿƫƫŏƫƸĪŰÿżŲżƸŏĜŏĀƣŏżĪÿżŲżƸŏĜŏĀƣŏżᡰ ᠒ᚄ
assistem aos três noticiários. Então o número de pessoas que assistem De acordo com as informações dadas, o último andar do edifício é o
somente a um noticiário é a) 16o d) 25o
a) 7. d) 28. b) 22o e) 32o
Resposta C.
b) 8. e) 56. c) 23o
Resposta E.
c) 14.
41
b) d)
8 7
15 10 Resposta D.
10. (Colégio Militar) O valor da expressão 14. (Cefet) Considere os conjuntos X e Y definidos por
37 X = {x ∈ ` / x é múltiplo de 3} e Y = { y ∈ ]/ y é divisor de 84} .
⋅ (0,243243243...÷ 1,8)+ 0,656565... ⋅ 6,6
3 é Sobre o conjunto A = X ∩Y , é correto afirmar que:
11
8
⋅ ( 1, 353535...−0, 383838...) a) se n ∈ A, então (-n) ∈ A. Resposta D.
a) 4,666666... d) 4,25 b) o conjunto A possui 4 elementos.
b) 4,252525... e) 4,5 c) o menor elemento do conjunto A é o zero.
c) 4,333333... Resposta E. d) o maior elemento do conjunto A é divisível por 7.
e) ¼żģÿƫÿƫÿǿƣŰÿğƛĪƫƫĘżǜĪƣģÿģĪŏƣÿƫ᠇
42
Álgebra
Junte os pontos
1. Complete o quadro com os símbolos que figuram nesta unidade e outros conceitos importantes na teoria de conjuntos. Usaremos esses símbolos em
demonstrações e na descrição de conjuntos-solução, em equações e inequações.
Igual/diferente = ≠ Implica ⇒
2. Considere o diagrama de Venn-Euler a seguir dos conjuntos numéricos que vimos na unidade.
43