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Unidade 3

Un
ida
de

3 Teoria de conjuntos
Inicie a jornada!
EM13MAT315
EM13MAT501

Nesta unidade você

paitoon Meetee/Shutterstock
irá estudar:
Representação de conjuntos
e linguagem.
Operações com conjuntos.
Conjuntos numéricos.
Intervalos reais.

MAXI_Mat_A_1EM_CAD1_
U3_F005 – Foto da Shutterstock
637034182

De quantos modos podemos organizar as peças dessa imagem?

O paraíso de Cantor
Números, funções, entes geométricos – esses são alguns objetos de estudo da Matemática. Apesar de estarem todos
sob o escopo dessa ciência, sabemos, por exemplo, que os números têm características muito distintas das figuras geomé-
tricas, então não os estudamos juntos, mas em grupos ou coleções em que os componentes têm as mesmas peculiaridades.
Assim, é possível começar a entender a noção primitiva de conjunto:

Um conjunto é uma coleção de objetos reunidos sob algum critério ou propriedade comum.

Esta abordagem intuitiva de conjunto foi formulada pelo matemático alemão Georg Cantor (1845-1918), que criou
a teoria dos conjuntos em 1895, motivado por problemas relacionados à compreensão de conjuntos infinitos. Cantor é
o grande autor da teoria, mas recebeu importantes contribuições de outros pensadores, desde os filósofos pré-socrá-
ticos até John von Neumann (1903-1957), colaborador na construção do computador moderno. Essa teoria tem uma
linguagem e uma estrutura lógica que trazem mais rigor às definições e argumentações matemáticas, nos mantêm
afastados das imprecisões da linguagem falada e são particularmente eficientes na abordagem de certos tipos de
problemas de contagem ou de raciocínio lógico, que veremos nesta unidade.
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Anotações
As descobertas de Cantor produziram grande impacto no mundo matemático dos séculos XIX e XX. Desde o
início do século XIX, era crescente a preocupação com o rigor conceitual, especialmente após a descoberta das geome-
trias não euclidianas. Além disso, muitas novas áreas da Matemática surgiram e se desenvolveram, como a topologia,
a álgebra abstrata e a teoria da probabilidade, entre outras. A linguagem, a notação e os resultados da teoria dos
conjuntos foram ferramentas imprescindíveis para esse desenvolvimento, a ponto de ser impossível pensar no avanço
dessas áreas sem tais recursos.
A teoria dos conjuntos contribuiu enormemente para o enriquecimento do pensamento matemático. Toda a Ma-
temática atual é formulada com o rigor da linguagem de conjuntos.

Símbolos da linguagem dos conjuntos e suas regras


Assim como qualquer linguagem, a teoria dos conjuntos se vale de símbolos para comunicar ideias. Vamos co-
nhecê-los.

Conjuntos e elementos: representação e relação de pertinência


Você já sabe que um conjunto é uma coleção de objetos. Cada objeto desse conjunto é chamado de elemento.
Conjuntos podem ter quaisquer quantidades de elementos.
• Um conjunto com um único elemento é um conjunto unitário. Por exemplo, o conjunto S das soluções da equação
 7 
3x + 7 = 0, no conjunto dos números reais, é unitário: S = −  .
 3 
• NĀĜżŲšǀŲƸżƫĜżŰǀŰŲǁŰĪƣżǿŲŏƸżģĪĪŧĪŰĪŲƸżƫ᠇ĜżŲšǀŲƸż£ģżƫalgarismos pares do sistema de numeração
{
decimal, por exemplo, tem cinco elementos: P = 0; 2; 4; 6; 8 . }
• NĀƸÿŰěīŰĜżŲšǀŲƸżƫĜżŰŏŲǿŲŏƸżƫĪŧĪŰĪŲƸżƫᠲƠżƣĪǢĪŰƠŧż᠁żĜżŲšǀŲƸżSģżƫnúmeros naturais ímparesīŏŲǿᠵ
{ }
nito: I = 1; 3; 5; 7; ... . tĪƫƫĪĜÿƫż᠁ÿƫƣĪƸŏĜįŲĜŏÿƫŏŲģŏĜÿŰƢǀĪżĜżŲšǀŲƸżĜżŲƸŏŲǀÿŏŲģĪǿŲŏģÿŰĪŲƸĪ᠁ƫĪŃǀŏŲģżż
padrão indicado pelos primeiros elementos.
• ĜżŲšǀŲƸżƫĪŰĪŧĪŰĪŲƸżƫīģĪŲżŰŏŲÿģżĜżŲšǀŲƸżǜÿǭŏż᠀ A = { } ou A = ∅ .
A relação entre um conjunto e seus elementos é denominada relação de pertinência.

Um elemento pode pertencer ou não a um conjunto.

Vá além
A representação em
{
Exemplos: Dado o conjunto P = 0; 2; 4; 6; 8 ,}
diagrama tem esse nome • o elemento 4 pertence ao conjunto P; em símbolos: 4 D P
por ter sido criada pelo
grande matemático suíço • o elemento 5 não pertence ao conjunto P; em símbolos: 5 D P
Leonhard Euler (1707-
-1783) no século XVIII e Há outras formas de representar conjuntos: sendo V o conjunto das vogais do alfabeto latino, podemos representá-lo:
formalizada pelo lógico
e filósofo John Venn • pela enumeração de seus elementos, conforme já vimos: V = {a, e, i, o, u};
(1834-1923) no século • ƠĪŧÿ ĪƫƠĪĜŏǿĜÿğĘż ģĪ ǀŰÿ ƠƣżƠƣŏĪģÿģĪ᠀ ᡆV é o conjunto das letras do alfabeto latino tal que x é vogal”:
XIX. O uso de diagramas
V = {x é letra do alfabeto latino/x é vogal};
facilita a compreensão das
relações entre elementos • ƠżƣǀŰÿǿŃǀƣÿłĪĜŊÿģÿ᠁ģĪŲżŰŏŲÿģÿdiagrama de Venn-Euler, em cujo interior podem ser destacados seus ele-
e conjuntos. mentos.
Professor, pergunte aos alu-
nos: Todos os alfabetos têm V
vogais? Afinal, há mais de i
um alfabeto? Em seguida, u
recomende a leitura do tex- o
to da página 34. a
e

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Álgebra

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Unidade 3

Anotações
Conjuntos e subconjuntos: representação e relação de inclusão

Dados os conjuntos A e B, dizemos que B é subconjunto de A se todo elemento de B também for elemento de A.

Considere, por exemplo, o conjunto A dos algarismos indoarábicos e B o conjunto dos algarismos ímpares.

A B

7
1
8
{
A = 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
2
3 4
9 5 {
B = 1; 3; 5; 7; 9 }
6 0

Escrevemos: B  AᠤŧįᠵƫĪ᠀ᡆB é subconjunto de AᡇżǀᡆB está contido em A”).


Número de elementos de conjunto:
n(Aᠥᤄᙷᙶ ŧįᠵƫĪ᠀ᡆżĜżŲšǀŲƸżA tem 10 elementos”
n(Bᠥᤄ‫ڑ‬ ŧįᠵƫĪ᠀ᡆżĜżŲšǀŲƸż B tem 5 elementos”
Podemos também escrever: A  BᠤŧįᠵƫĪᡆA contém B”).
ěƫĪƣǜÿğĘż᠀
Relativamente à relação de inclusão, temos as seguintes situações especiais:
• todo conjunto está contido em si mesmo: A ⊂ A;
• o conjunto vazio está contido em qualquer conjunto: ∅ ⊂ A;
• o conjunto vazio não tem elementos: n(∅) = 0.

Dados os conjuntos A e B, dizemos que A e B são conjuntos iguais se todo elemento de A for elemento de B, e se
todo elemento de B for elemento de A.

Em outras palavras, para que dois conjuntos sejam iguais, eles devem ser formados exatamente pelos mesmos
elementos, não importa a ordem em que são enumerados.

Aqui cabe uma observação importante: pertinência é uma relação entre um elemento e o conjunto ao qual ele
pertence, enquanto inclusão é uma relação entre um conjunto e o conjunto em que ele está contido. Veja o exemplo
a seguir.

Podemos dizer que


CᤄᠠŧĪƸƣÿƫģÿƠÿŧÿǜƣÿᡆŰÿĜÿĜżᡇᠡ m D C e m D D,
{
C = m; a; c; o } e também que
DᤄᠠĜżŲƫżÿŲƸĪƫģÿƠÿŧÿǜƣÿᡆŰÿĜÿĜżᡇᠡ {m} ⊂ C e {m} ⊂ D ,
{ }
D = m; c mas não podemos dizer que D D C, porque D não é
elemento de C.

Faça em sala: 1 a 3 | Faça em casa: 1 e 2.

Operações com conjuntos


União
Dados dois conjuntos A e B, a união de A e B (em símbolos: A ∪ B ou B ∪ A) é o conjunto constituído de todos os

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Anotações
elementos que pertencem a A ou a B. Incluem-se, nesse caso, os elementos comuns a A e B. Veja um exemplo.
Se A = {a; b; c; d; e} e B = {d; e; f; g; h}; então A ∪ B = B ∪ A = {a; b; c; d; e; f; g; h}

Dados os conjuntos A e B, A ∪ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B}.

Se A = ∅, A ∪ B = A.
Além disso, se A ⊂ B, então A ∪ B = B.
Veja a representação da união de dois conjuntos no diagrama de Venn-Euler (região sombreada).

B A∪B
A
Google é uma empresa

multinacional que come-

çou como ferramenta de

pesquisa na internet e hoje ěƫĪƣǜĪƢǀĪÿżƠĪƣÿğĘżģĪǀŲŏĘżīĜżŰǀƸÿƸŏǜÿ᠁ŏƫƸżī᠁A ∪ B = B ∪ A.


oferece serviços on-line
Intersecção
e softwares. Seu logotipo
Dados dois conjuntos A e B, a interseção de A e B (em símbolos: A ∩ B ou B ∩ A) é o conjunto constituído de todos
possui imagens animadas, os elementos que pertencem ao mesmo tempo a A e a B. Por exemplo:
elaboradas para comemorar Se A = {a; b; c; d; e} e B = {d; e; f; g; h}, então A ∩ B = B ∩ A = {d; e}.
datas importantes. Explore
Dados os conjuntos A e B, A ∩ B = {x/x ∈ A e x ∈ B}.
o doodle criado em 2014

para o 180º aniversário de Se A = ∅, A ∩ B = ∅.


Veja a representação da intersecção de dois conjuntos no diagrama de Venn-Euler (região sombreada).
John Venn (1834-1923).
B A∩B
A

ěƫĪƣǜĪƢǀĪÿżƠĪƣÿğĘżģĪŏŲƸĪƣƫĪĜğĘżīĜżŰǀƸÿƸŏǜÿ᠁ŏƫƸżī᠁A ∩ B = B ∩ A.
Além disso, se A ⊂ B, então A ∩ B = A.

Diferença
Dados dois conjuntos A e B, a diferença entre A e B, nessa ordem; em símbolos: A – B é o conjunto constituído de
todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a B.
ěƫĪƣǜĪƢǀĪÿģŏłĪƣĪŲğÿĪŲƸƣĪĜżŲšǀŲƸżƫŲĘżīĜżŰǀƸÿƸŏǜÿ᠁ŏƫƸżī᠁ĪŰŃĪƣÿŧ᠁A – B ≠ B – A. Por exemplo:
Se A = {a; b; c; d; e} e B = {d; e; f; g; h}, então A – B = {a; b; c} e B – A = {f; g; h}.

Dados os conjuntos A e B, A – B = {x / x ∈ A e x ∉ B}

Em particular, A – ∅ = A e ∅ – A = ∅, qualquer que seja o conjunto A.


Veja a representação dos conjuntos A – B e B – A no diagrama de Venn-Euler (região sombreada).

A–B B–A

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Álgebra

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Unidade 3

Anotações
Complementar
Considere dois conjuntos A e B, sendo que A ⊂ B. Chamamos conjunto complementar de A em relação a B e re-
presentamos BA ao conjunto C formado por elementos de B que não pertencem a A.

Se A ⊂ B, B = {x / x ∈ B e x ∉ A}
A

Veja a representação do complementar de A em relação a B no diagrama de Venn-Euler (região sombreada).

B
A

Exercício resolvido
Em um colégio de 100 alunos, 80 gostam de sorvete, 70 gostam de pudim e 60 gostam das duas sobremesas.
a) Quantos não gostam de nenhuma das duas sobremesas?
b) Quantos não gostam de pudim?
c) Qual é a sequência de passos que resolve um problema genérico desse tipo?
Resolução
ĜżŲšǀŲƸżÃƣĪƠƣĪƫĪŲƸÿżǀŲŏǜĪƣƫżģĪÿŧǀŲżƫĪŲƸƣĪǜŏƫƸÿģżƫ᠒A representa o conjunto dos alunos que gostam de sorvete;
e B representa o conjunto dos alunos que gostam de pudim.

X B

A b
60
a

n(U) = 100
n(A) = 80
n(B) = 70

a + 60 = 80 ∴ a = 20
b + 60 = 70 ∴ b = 10
a) x = número de alunos que não gostam de nenhuma das duas sobremesas:
x + a + b + 60 = 100; sendo a = 20 e b = 10, teremos x + 20 + 10 + 60 = 100 ∴ x = 10
ěᠥŲǁŰĪƣżģĪÿŧǀŲżƫƢǀĪŲʿѿƫƸÿŰģĪƠǀģŏŰīᙷᙶᙶᠲᚃᙶᤄᙹᙶ
c) Começar pela intersecção → descobrir n(A – B) → descobrir n(B – A) → descobrir complementar de AUB em relação a U

Faça em sala: 4 a 7 | Faça em casa: 3 a 5.

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Anotações
Relacione
Alfabetos e sistemas de escrita
Um alfabeto é um conjunto de signos com os quais se faz a representação
fonética das palavras.

Admin
O primeiro alfabeto de que se tem notícia é o fenício, com 22 letras, todas
consoantes. O alfabeto grego surgiu como uma atualização do alfabeto
fenício, com 24 letras, e incluía as primeiras vogais: alfa, épsilon, iota, omicron e
upsilon. O alfabeto latino, utilizado por nós, surgiu em 600 a.C. e atualmente
é o mais usado no mundo, com 26 letras, das quais 5 são vogais.
Há muitos outros alfabetos, como o coreano, o cirílico, o armênio ou o
georgiano, com quantidades variáveis de vogais, que chegam a totalizar
21. Isso nos dá uma ideia das variações e da diversidade fonética entre as
diferentes línguas. Há ainda alfabetos que não foram feitos para vocalizar, Símbolos do alfabeto grego.
como o braile ou a Língua Brasileira de Sinais (Libras), criados para ampliar a
comunicação de pessoas com deficiência.
No tupi antigo, língua indígena clássica do Brasil, são identificadas 16 consoantes, 12 vogais e 3 semivogais. Não há um alfabeto tupi,
mas há correspondência entre os fonemas tupis e o alfabeto latino.
Na verdade, uma língua não depende do alfabeto em que está escrita: basta que se estabeleçam as regras ortográficas para viabilizar
a escrita.
Grande parte das línguas do mundo não usa alfabetos, mas sistemas de escrita que representam ideias ou sílabas, como os hieróglifos
japonês, chinês, árabe, hebraico e os sistemas de escrita indianos.

Alamy
Conjuntos numéricos
Comparar, ordenar, contar. Nossos ante-
passados do Período Paleolítico assimilaram
habilidades matemáticas suficientes para
justificar a produção e a utilização dos arte-
fatos de cálculo encontrados junto aos acha-
dos arqueológicos na África, nos anos 1960
Ī ᙷᚅᚃᙶ᠇ ƫ żƫƫżƫ ģĪ hĪěżŰěż Ī ģĪ SƫŊÿŲᠵ
Ńż᠁ ģÿƸÿģżƫ ģĪ ᙹ‫ڑ‬ᡱᙶᙶᙶ ÿ᠇ ᠇ Ī ᙸ‫ڑ‬ᡱᙶᙶᙶ ÿ᠇ ᠇᠁
respectivamente, são fíbulas de babuínos
nos quais estão entalhados traços, provavel-
mente usados para calcular quantidades e
medir a passagem do tempo.

O Ishango Bone é talvez o artefato matemático mais antigo. Feito


etre 20.000 a 18.000 a.C. de um osso um mamífero (uma fíbula de
10 cm) foi descoberto no Congo, África, em 1960.

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Unidade 3

Anotações
Números naturais
As pedras ou conchas possivelmente foram os primeiros artefatos matemáticos de contar. Parece haver o seguinte
consenso entre os estudiosos: os números naturais não foram uma criação filosófica do pensamento abstrato, mas um
produto que veio atender a uma série de necessidades práticas de representação, correspondência, seriação, etc. Esses
números, que nasceram da natural necessidade de contar, foram sendo criados junto com as práticas cotidianas, e
novos números foram surgindo à medida que as necessidades evidenciavam que os anteriores já não eram suficientes,
e assim por diante; tanto é que os números chamados naturais eram 1, 2, 3, etc.
ǭĪƣżƫŽǜĪŏżÿƫĪšǀŲƸÿƣÿżĜżŲšǀŲƸżģżƫŲÿƸǀƣÿŏƫŰǀŏƸżŰÿŏƫƸÿƣģĪ᠁ƠżƣŲĪĜĪƫƫŏģÿģĪģÿƸĪżƣŏÿŰżģĪƣŲÿģżƫŲǁᠵ
meros naturais estabelecida por Giuseppe Peano (1858-1932). Ele enunciou quatro axiomas que recriaram os números
naturais com o formalismo necessário para sustentar as novas áreas da Matemática que se apoiavam nesses conjuntos.
Veja o que esses axiomas dizem, basicamente.
• ǭĪƣżīǀŰŲǁŰĪƣżŲÿƸǀƣÿŧ᠇
• Se um número n é natural, seu sucessor n + 1 também é.
• ǭĪƣżŲĘżīƫǀĜĪƫƫżƣģĪŲĪŲŊǀŰŲǁŰĪƣżŲÿƸǀƣÿŧ᠇
• Se dois números têm o mesmo sucessor, então eles são iguais.
• Vale o princípio de indução: se uma propriedade vale para um natural n, valerá também para o sucessor n + 1.
Representamos o conjunto dos números naturais por `.

{ }
` = 0; 1; 2; 3; 4; 5;6; 7; 8; 9; 10; 11; 12 ..

Veja outras notações utilizadas.


`*: conjunto dos números naturais não nulos ` * = 1; 2; 3;... { }
n D ` : n é um número natural
n D ` * : n é um número natural não nulo
Para a D ` , b D ` e c D `, são válidas as propriedades da adição e da multiplicação a seguir.

• Propriedade comutativa: a + b = b + a e a · b = b · a
• Propriedade associativa: a + (b + c) = (a + b) + c e a · (b · c) = (a · b) · c
• Adição e multiplicação: a soma de dois números naturais é um número natural, e o produto de dois números naturais é um
número natural.
a  ` 
  a  b ` e ab `
b  ` 

• Elemento neutro da adição: a + 0 = a


• Elemento neutro da multiplicação: aᡰមᡰᙷᤄa
• Propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição: a · (b + c) = a · b + a · c

Números inteiros
ĜżŲšǀŲƸżģżƫŲǁŰĪƣżƫŏŲƸĪŏƣżƫłżŏĜƣŏÿģżƠżƣŏŲƫǀłŏĜŏįŲĜŏÿģżƫŲǁŰĪƣżƫŲÿƸǀƣÿŏƫƠÿƣÿƣĪƠƣĪƫĪŲƸÿƣÿŧŃǀŰÿƫƫŏᠵ
tuações. Por exemplo: se a soma de dois números naturais é sempre natural, a diferença entre dois números naturais
nem sempre é um número natural.
A criação dos inteiros provavelmente foi motivada pelo surgimento e pela intensificação das relações comerciais,
quando as trocas previam o surgimento de dívidas ou perdas, e aqui o zero tem importância estratégica.

'ĪłŏŲŏŰżƫżƫŏŰīƸƣŏĜżᤁa de um número natural a D ` como o número tal que aᤀᠤᤁa) = 0. Assim, a cada número natural
corresponde o seu simétrico, e o conjunto ] dos inteiros contém os números naturais a D `, o zero e os respectivos
simétricos, que são os números negativos.

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Anotações
Representamos o conjunto dos números inteiros por ] (de Zahl᠁ƠÿŧÿǜƣÿĪŰÿŧĪŰĘżƢǀĪƫŏŃŲŏłŏĜÿᡆŲǁŰĪƣżᡇᠥ᠇

{
] = ...−3; − 2; − 1; 0 1; 2; 3; ... }
Veja aqui alguns subconjuntos importantes de ] e suas nomenclaturas.
• Conjunto dos inteiros não nulos: ]* = {...; − 3; − 2; − 1; 1; 2; 3;...}
• Conjunto dos inteiros não negativos: + = {0; 1; 2; 3;...} = 
• Conjunto dos inteiros não positivos: ]− = {...; − 3; − 2; − 1; 0}
ěƫĪƣǜÿğĘż᠀ᡆŲĘżŲĪŃÿƸŏǜżᡇĪᡆƠżƫŏƸŏǜżᡇŲĘżƫĘżÿŰĪƫŰÿĜżŏƫÿ᠒ÿƫƫŏŰĜżŰżᡆŲĘżƠżƫŏƸŏǜżᡇĪᡆŲĪŃÿƸŏǜżᡇŲĘżƫĘżÿ
mesma coisa; veja a seguir.
• Inteiros positivos: ]*+ = { 1; 2; 3;...} .
• Inteiros negativos: ]*− = {...; − 3; − 2; − 1 } .
ĜżŲšǀŲƸżģżƫŲǁŰĪƣżƫŲÿƸǀƣÿŏƫĪƫƸĀĜżŲƸŏģżŲżĜżŲšǀŲƸżģżƫŏŲƸĪŏƣżƫ᠇ǀƸƣÿłżƣŰÿģĪģŏǭĪƣŏƫƫżī᠀ƸżģżŲǁŰĪƣż
natural é inteiro (mas nem todo inteiro é natural). Assim, podemos dizer que a soma de dois números inteiros é um
número inteiro, o produto de dois números inteiros é um inteiro, e a diferença de dois números inteiros é também um
número inteiro.

a  b  ]
a  ]  
   ab  ]
b  ]  
a  b  ]

Reta numerada
Para representar os elementos de conjuntos numéricos, pode-se recorrer à representação de pontos sobre uma
reta. Veja a seguir a representação dos números naturais e dos números inteiros.

0 1 2 3 4


–3 –2 –1 0 1 2 3 4

A representação dos inteiros nos permite apreciar a relação entre um número inteiro e seu simétrico: ambos estão
à mesma distância do zero.

–x 0 x

Dizemos que x e –x têm o mesmo módulo. Voltaremos a esse assunto oportunamente.

Números racionais
De modo análogo ao que ocorreu com os inteiros, o conjunto dos números racionais foi criado por insuficiência
dos números inteiros para atender à seguinte situação: o quociente entre dois números inteiros nem sempre é um
número inteiro.
Definimos o conjunto dos números racionais como o conjunto dos números que podem ser escritos como divisões
entre inteiros, em condições válidas, e o representamos por _ (de quociente).

 p 
 =  , p ∈ , q ∈  * 
 q 
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Álgebra

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Unidade 3

Anotações
Existem várias maneiras de representar números racionais, além da forma de fração.
12
• Como números inteiros: = 3 ∈_ Ì
4

75 5 64 8
• Como frações próprias e impróprias: = ∈ _ (fração própria); − = − ∈ _ (fração imprópria)
105 7 24 3

8 2
• Como números mistos: 2
3 3

2
• Como decimais exatos: = − 0,4 ∈ _
−5

25
• Como dízimas periódicas: = 0,757575... ∈ _
33
Como `  ] e ]  _, concluímos que: `  ]  _.

Podemos também representar os números racionais em uma reta numerada. Consideremos o número 0 como
a origem, o número 1 em algum ponto da reta e o sentido para a direita tomado arbitrariamente como positivo; to-
memos a unidade de medida uĜżŰżÿģŏƫƸĈŲĜŏÿĪŲƸƣĪᙶĪᙷ᠇ƫŲǁŰĪƣżƫŏŲƸĪŏƣżƫĪƫƸĘżƣĪƠƣĪƫĪŲƸÿģżƫŲĪƫƫÿƣĪƸÿĪ
p
guardam distâncias k ⋅ u entre si, com k D ], e também os números não inteiros, que guardam distâncias ⋅ u entre
q
si, com k D ]e q D ]*. Dessa forma, há muitos pontos sobre a reta numerada, mas ainda assim não a cobrem comple-
tamente, apesar de entre dois números racionais sempre haver infinitos racionais. Veja alguns exemplos.
1 1
– +
–3,222… 7 2 +3,6565… +4,6

–4 –3 –2 –1 0 +1 2 3 +4

Quanto às operações em _ , as quatro operações aritméticas estão definidas: a soma de dois números racionais
é racional; o produto de dois números racionais é racional; a diferença entre dois números racionais é racional; e o
quociente entre dois números racionais é racional.

a + b ∈ _

a − b ∈ _
a ∈ _ 

⇒a⋅b∈_
b ∈ _ 
 a
 ∈_
 b

Números reais
Pensava-se, na Antiguidade, que qualquer medida podia ser representada por uma fração, mas os pitagóricos já
sabiam que é impossível representar a medida da diagonal de um quadrado dessa maneira. Esse tipo de número foi
chamado de irracional, e o nome já sugere o tipo de estranhamento que causou a todos os matemáticos que se de-
ěƣǀğÿƣÿŰƫżěƣĪżƸĪŰÿ᠇ƫŲǁŰĪƣżƫŏƣƣÿĜŏżŲÿŏƫłżƣÿŰģĪƫĜżěĪƣƸżƫƠżƣǜżŧƸÿģżƫīĜǀŧżSßÿ᠇ ᠇᠁ŰÿƫÿƠĪŲÿƫŲżƫƫīĜǀŧżƫ
XVIII e XIX foram criadas teorias que organizaram o conhecimento produzido.
ĜżŲšǀŲƸżģżƫŲǁŰĪƣżƫƣĪÿŏƫ \ é obtido pela união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos
números irracionais (números que não são racionais), que chamaremos de \ . Esse conjunto cobre toda a reta nume-
rada; em outras palavras, todo número real tem representação na reta numerada, e, reciprocamente, todo ponto da
reta numerada tem associado a ele um número real.

0

 ∪  =  , portanto  Ì  e  Ì  Ì  Ì  .
37
Faça em sala: 8 a 12 | Faça em casa: 6 a 11.

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Anotações
Intervalos reais
Intervalos reais são subconjuntos dos números reais \. Se a representação geométrica de \ é uma reta, podemos
interpretar os intervalos como subconjuntos da reta \, ou seja, como semirretas ou segmentos. Dados a e b reais,
podemos descrever os subconjuntos a seguir.

Intervalo aberto (a, b) ou  a, b  ou {x ∈ \ / a < x <b} a b

Intervalo aberto à [a, b) ou a, b  ou {x ∈\ / a ≤ x < b} a b


direita

Intervalo aberto à (a, b] ou  a, b ou {x ∈\ / a < x ≤b} a b


esquerda

Intervalo fechado [a, b] ou {x ∈\ / a ≤ x ≤ b} a b

[a, ∞) ou a, ∞  ou {x ∈\ / x ≥ a} a

(a, ∞) ou  a, ∞  ou {x ∈\ / x > a} a

Semirretas

(−∞, a ou  −∞, a ou {x ∈ \ / x ≤ a} a

(−∞, a) ou −∞, a  ou {x ∈ \ / x < a} a

Tal como ocorre com conjuntos, podemos operar nos intervalos.

Faça em sala: 13 a 18 | Faça em casa: 12 a 15.

Faça em sala
1. Determine os conjuntos a seguir, representando seus elementos entre c) P = {divisores comuns de 12 e de 36}
chaves. P = {1; 2; 3; 4; 6; 12}

a) M = {divisores de 12}
M = {1; 2; 3; 4; 6; 12} 2. De acordo com as respostas dadas no problema anterior, verifique se as
afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).
a) 4 ∈ M V e) M ⊂ N V
b) N = {divisores de 36}
b) 4 ∈ N V f) N ⊂ M F
N = {1; 2; 3; 4; 6; 9; 12; 18; 36}
c) {4} ⊂ M V g) n(M) = 6 V
d) {4} ⊂ N V h) n(N) > n(M) V
38
Álgebra

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Unidade 3

3. A formalização da geometria também se beneficiou da teoria de con- 5. No problema anterior, descreva, em termos das crianças vacinadas ou
juntos. Do ponto de vista dessa teoria, os elementos primitivos da geo- não, os conjuntos a seguir.
metria euclidiana podem ser considerados conjuntos: retas e planos a) A ∪ B
podem ser vistos como conjuntos de infinitos pontos. De acordo com
Crianças que tomaram uma (pelo menos uma) das duas vacinas.
essa interpretação, considere a figura a seguir, que representa um pla-
no α, uma reta r formada por dois pontos A e B desse plano, uma reta s
que intersecta o plano a em um ponto C fora da reta r e distinto de A e b) A – B
de B, e finalmente um ponto P desse plano fora da reta r.
Crianças que tomaram apenas a vacina Sabin.

c) B – A
α P
A
Crianças que tomaram apenas a vacina contra sarampo.
C r
B

d)  AFB
U
Crianças que não tomaram nenhuma das duas vacinas.

De acordo com a figura e sua descrição, indique se as afirmativas a se-


guir são verdadeiras (V) ou falsas (F). 6. Ainda sobre os dados do problema anterior, verifique se as sentenças a
seguir são válidas.
a) A ∈ α V e) B ⊂ α F
b) r ∈ α F f) {A; B} ⊂ r V
a) n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)

c) B ∈ r V g) C ∈ s V
b) n(A ∪ B) = n(A - B) + n(A ∩ B) + n(B – A)
As duas sentenças são válidas.
d) B ⊂ r F h) C ∈ α V
Professor: para cada item desta questão, refaça o diagrama de
Venn-Euler e hachure os conjuntos citados.
4. (UEPB) O controle de vacinação em uma creche indica que, das 98
crianças cadastradas, 60 receberam a vacina Sabin, 32 foram vacinadas 7. (UEL) Num dado momento, três canais de TV tinham, em sua progra-
contra o sarampo e 12 crianças não foram vacinadas. Dessa forma, o nú- mação, novelas em seus horários nobres: a novela A no canal A, a novela
mero de crianças que não receberam exatamente as duas vacinas é: ŲżĜÿŲÿŧĪÿŲżǜĪŧÿ ŲżĜÿŲÿŧ ᠇tǀŰÿƠĪƫƢǀŏƫÿĜżŰᙹᡱᙶᙶᙶƠĪƫƫżÿƫ᠁
a) 72. Professor: desenhe inicialmen- d) 92. perguntou-se quais novelas agradavam.
te os diagramas de Venn-Euler
b) 38. para depois nomear e repre- e) 44. A tabela a seguir indica o número de telespectadores que designaram
sentar as quantidades desses as novelas como agradáveis.
c) 66. conjuntos. Resposta D.

Resolução
A: Sabin. Novelas A B C A e B A e C B e C A, B e C
B: sarampo.
No 1 450 1 150 900 350 400 300 100
U: universo das crianças da creche. espectadores
n(U) = 98
n(A∩B) = x Quantos telespectadores entrevistados não acham agradável nenhu-
60 – x + x + 32 – x + 12 = 98 ∴ x = 6 ma das três novelas?
Receberam só a vacina Sabin: 60 – 6 = 54.
a) 300 telespectadores d) 470 telespectadores
Receberam só a vacina contra o sarampo: 32 – 6 = 26.
Não receberam nenhuma vacina: 12. b) 370 telespectadores e) 500 telespectadores
Resposta C.
Total: 54 + 26 + 12 = 92. c) 450 telespectadores
Resolução
U
A
12 B B
800 250
A 600
32 – x
x 100
60 – x
300 200

300

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8. (Cefet) Sejam ] e _, respectivamente, os conjuntos dos núme- 11. (UEM) Sobre os conjuntos numéricos, é correto afirmar que
ros inteiros e racionais, o número que NÃO pertence ao conjunto 01) o produto de dois números irracionais é sempre um número
(  ∪  )−(  ∩  ) é
irracional.
a) 3,14 c)
7
5 02) a soma de dois números irracionais é sempre um número
racional.
b) 1,33333... d)ᠲᡱᙷ
Resposta D. 04) o produto de um número irracional por um número racional não
nulo é sempre um número irracional.
08) a soma de um número irracional com um número racional é
sempre um número irracional.
9. (Colégio Naval) Considere o conjunto A = x x = , n ∈ ` um sub-
1
n+ 1 16) o conjunto dos números reais é a união do conjunto dos números
conjunto da reta. É correto afirmar que: racionais com o conjunto dos números irracionais.
a) existe um único elemento de A cuja distância a qualquer outro Resposta: 04 + 08 + 16 = 28.
elemento, também de A, é inferior a qualquer número real positivo.
b) zero é um elemento do conjunto A.
c) ǿǢÿģżƢǀÿŧƢǀĪƣǜÿŧżƣƣĪÿŧƠżƫŏƸŏǜżp, sempre existirão dois elementos
do conjunto A cuja distância na reta real é menor do que p. 12. (UFRGS) Sendo a e b números reais, considere as afirmações a seguir.
d) existe um elemento do conjunto A que não é racional. I. Se a < b, então –a > –b.
e) existem dois elementos do conjunto A, de tal modo que a diferença
1 1
II. Se a > b, então  .
a b
entre eles não é um número racional.
III. Se a < b, então a2 < b2.
Resposta C.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. d) Apenas I e II.
b) Apenas II. e) I, II e III.
Resposta A.
c) Apenas III.

10. (Epcar) Na reta dos números reais abaixo estão representados os nú-
meros m, n e p.
{
Para os intervalos A = x ∈ \ / − 2 ≤ x < 5 } {
e B = x ∈ \ /3 < x ≤ 7 , }
–2 –1 0 1 2 construa os seguintes conjuntos:
Resolução
m n p 13. A F B 13. A F B  !x D \ / < 2 ) x ) 7#

14. A ∩ B = {x ∈ \ / 3 < x < 5}


Analise as proposições a seguir e classifique-as em V (VERDADEIRA) 14. A E B
ou F (FALSA). 15. A − B = {x ∈ \ / − 2 ≤ x ≤ 3}

m<n 15. A < B 16. B < A  !x D \ / 5 ) x ) 7#


não é um número real.
p 16. B < A 17. \A = {x ∈ \ / x < − 2 ou x ≥ 5}
( p
m) pode ser um número inteiro. 18. \B = {x ∈ \ / x ≤ 3 ou x > 7}
p 17. \A
é, necessariamente, um número racional. –2 3 5 7 
n
A sequência correta é 18. \
B 0
A
a) V – V – F c) F – F – F 0
B
0
b) F – V – V d) V – F – V
A∪B
Resposta A. 0
A∩B
0
A–B
0
B–A
0
\A
0
B\
0

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Unidade 3

Faça em casa
1. Ainda a respeito da figura da página 39, diga se as afirmações a seguir 4. (Udesc) Considere um conjunto universo com 7 elementos e os sub-
são verdadeiras (V) ou falsas (F). conjuntos A, B e C, com 3 , 5 e 7 elementos, respectivamente. É correto
afirmar que:
s
a) (A ∩ B) ∩ C tem no máximo 2 elementos. Resposta B.
α b) ( A ∩ B ) ∩ C tem no mínimo 1 elemento.
P
A c) B ∩ C tem 3 elementos.
C r
B d) A ∩ C tem no mínimo 2 elementos.
e) A ∩ B pode ser vazio.

a) {A; B; C} ⊂ α V d) C ∉ r V

b) {A; B; C} ⊂ r F e) P ∉ r V
5. (Uece) Os subconjuntos P, X e Y do conjunto N dos números naturais
c) s ⊂ α F f) {P} ⊂ α V são dados por: P = {números primos}, X = {múltiplos de 2} e Y = {múlti-
plos de 3}. Podemos afirmar corretamente que
2. Considere estes conjuntos.
a) P ∪ X ∪ Y = N c) X ∪ Y ⊂ N – P
A = {números naturais pares menores de 41}
B = {números naturais pares múltiplos de 4 e menores de 41} b) P ∩ X ∩æᤅ∅ d) X ∩ Y ⊂ N – P
Resposta D.
C = { números naturais pares múltiplos de 4 e menores de 41}
a) Represente os três conjuntos enumerando seus elementos.
A = {0; 2; 4; 6; 8; 10; 12; 14; 16; 18; 20; 22; 24; 26; 28; 30; 32; 34; 36;

38; 40}
6. (Uece) A quantidade de números inteiros positivos, localizados entre
B = {0; 4; 8; 12; 16; 20; 24; 28; 32; 36; 40} 10 e 2 020 que são múltiplos de 11 é Resposta B.
C = {0; 8; 16; 24; 32; 40} a) 184. c) 182.

b) Determine n(A), n(B), n(C). b) 183. d) 181.


n(A) = 21 n(B) = 11 n(C) = 5

c) ßĪƣŏǿƢǀĪƫĪÿƫĪŃǀŏŲƸĪƫĪŲƸĪŲğÿīǜĪƣģÿģĪŏƣÿƠÿƣÿżƫĜżŲšǀŲƸżƫ᠀
7. (Enem) Um edifício tem a numeração dos andares iniciando no térreo
Se C ⊂ B e B ⊂ A, então C ⊂ A. (T). e continuando com primeiro, segundo, terceiro, …, até o último an-
A sentença é verdadeira. dar. Uma criança entrou no elevador e, tocando no painel, seguiu uma
sequência de andares, parando, abrindo e fechando a porta em diver-
sos andares. A partir de onde entrou a criança, o elevador subiu sete
3. (UPM) Em uma pesquisa com 120 pessoas, verificou-se que 65 assis- andares, em seguida desceu dez, desceu mais treze, subiu nove, desceu
tem ao noticiário A; 45 assistem ao noticiário B; 42 assistem ao noticiá- quatro e parou no quinto andar, finalizando a sequência. Considere
rio C; 20 assistem ao noticiário A e ao noticiário B; 25 assistem ao noti- que, no trajeto seguido pela criança, o elevador parou uma vez no últi-
mo andar do edifício.
ĜŏĀƣŏżĪÿżŲżƸŏĜŏĀƣŏż ᠒ᙷ‫ڑ‬ÿƫƫŏƫƸĪŰÿżŲżƸŏĜŏĀƣŏżĪÿżŲżƸŏĜŏĀƣŏżᡰ ᠒ᚄ
assistem aos três noticiários. Então o número de pessoas que assistem De acordo com as informações dadas, o último andar do edifício é o
somente a um noticiário é a) 16o d) 25o
a) 7. d) 28. b) 22o e) 32o
Resposta C.
b) 8. e) 56. c) 23o
Resposta E.
c) 14.

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8. (UPE) Um ciclista estabeleceu a meta de percorrer a distância entre duas 12. (Uerj) O segmento XY, indicado na reta numérica abaixo, está dividido
cidades durante três dias. No primeiro dia, percorreu um terço da distância. em dez segmentos congruentes pelos pontos A, B, C, D, E, F, G, H e I.
No dia seguinte, mais um terço do que faltava. Que fração da distância ele
A B C D E F G H I
necessita percorrer no terceiro dia para atingir sua meta?
X Y
a) d)
1 4
3 9
1 3
Admita que X e Y representem, respectivamente, os números e . O
b) e)
5 6 2
ponto D representa o seguinte número:
2
3 9
a) c)
1 17
Resposta D.
c)
2 5 30
9

b) d)
8 7
15 10 Resposta D.

9. (Ifal) Sobre a teoria dos conjuntos, assinale a alternativa INCORRETA.


Se um número é natural, ele também é Resposta C.
a) inteiro. d) real. 13. (UEPG) Sejam os conjuntos {
A = x ∈ ` /3 < x ≤8 } e
B = {x ∈ \ /3<x ≤8} . Assinale o que for correto.
b) racional. e) complexo.
(01) A – B = ∅ (08) A ∪ B = B
c) irracional.
(02) A = B (16) A ∩ B = A
(04) A ⊂ B
Resposta: 01 + 04 + 08 + 16 = 29

10. (Colégio Militar) O valor da expressão 14. (Cefet) Considere os conjuntos X e Y definidos por
37 X = {x ∈ ` / x é múltiplo de 3} e Y = { y ∈ ]/ y é divisor de 84} .
⋅ (0,243243243...÷ 1,8)+ 0,656565... ⋅ 6,6
3 é Sobre o conjunto A = X ∩Y , é correto afirmar que:
11
8
⋅ ( 1, 353535...−0, 383838...) a) se n ∈ A, então (-n) ∈ A. Resposta D.
a) 4,666666... d) 4,25 b) o conjunto A possui 4 elementos.
b) 4,252525... e) 4,5 c) o menor elemento do conjunto A é o zero.
c) 4,333333... Resposta E. d) o maior elemento do conjunto A é divisível por 7.

11. (Ifal) Analise as afirmações abaixo:


I. O conjunto dos números naturais é subconjunto dos números inteiros.
II. O conjunto dos números naturais é subconjunto dos números ra-
15. (UFJF) Define-se o comprimento de cada um dos intervalos [a, b],
cionais.
]a, b[, ]a, b] e [a, b[ como sendo a diferença (b – a). Dados os intervalos
III. O conjunto dos números naturais é subconjunto dos números ir- rᡰᤄᠢᙹ᠁ᙷᙶᠣ᠁tᤄᠣᚂ᠁ᙷ ᠢ᠁£ᤄᠢ‫ᙸᙷ᠁ڑ‬ᠢ᠁żĜżŰƠƣŏŰĪŲƸżģżŏŲƸĪƣǜÿŧżƣĪƫǀŧƸÿŲƸĪ
racionais. de (M ∩ P ) ∪ (P – N ) é igual a:
a) ƠĪŲÿƫÿÿǿƣŰÿğĘżSīǜĪƣģÿģĪŏƣÿ᠇ Resposta D. a) 1. d) 7.
b) ƠĪŲÿƫÿÿǿƣŰÿğĘżSSīǜĪƣģÿģĪŏƣÿ᠇
b) 3. e) 9.
c) ƠĪŲÿƫÿÿǿƣŰÿğĘżSSSīǜĪƣģÿģĪŏƣÿ᠇ Resposta C.
d) ƠĪŲÿƫÿƫÿǿƣŰÿğƛĪƫSĪSSƫĘżǜĪƣģÿģĪŏƣÿƫ᠇ c) 5.

e) ¼żģÿƫÿƫÿǿƣŰÿğƛĪƫƫĘżǜĪƣģÿģĪŏƣÿƫ᠇

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Unidade 3

Junte os pontos
1. Complete o quadro com os símbolos que figuram nesta unidade e outros conceitos importantes na teoria de conjuntos. Usaremos esses símbolos em
demonstrações e na descrição de conjuntos-solução, em equações e inequações.

Igual/diferente = ≠ Implica ⇒

Pertence/não pertence ∈, ∉ Se e somente se ⇔

Contido/não contido ⊂, ⊄ Existe/não existe ∃, ∃∕

Contém/não contém ⊃, ⊄ Para todo, ou para qualquer que seja ∀

Tal que / Conjunto vazio ∅

2. Considere o diagrama de Venn-Euler a seguir dos conjuntos numéricos que vimos na unidade.

 

Coloque, nas regiões adequadas, os seguintes números: Respostas pessoais.


a) um natural não nulo;

b) um inteiro não natural;

c) um racional não inteiro;

d) um real não racional.

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