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ESTUDOS PARA PG 2022: SÉRIE 1 CORÍNTIOS 1

COMUNIDADE DA FÉ – POR QUE FAZER PARTE?

1 Coríntios 1- 3
Introdução à carta: Corinto era uma grande cidade comercial situada
entre o Peloponeso e o continente grego, com um porto para cada um dos
mares que a banhavam. Era formada por pessoas de várias raças e religiões
que atraídas pelo comércio a transformaram num centro de grande riqueza e
ambiente de grande imoralidade. Os primeiros leitores da carta eram uma
igreja cristã fundada por Paulo (3: 6-10; 4:15; 2 Coríntios 10:14; Atos 18: 11),
por volta do ano 51 ou 52. Os crentes nesta cidade parecem pertencer
sobretudo às classes mais modestas (1: 26-28). Depois de ter estado ano e
meio em Corinto para fundar a igreja, Paulo continuou a receber notícias e a
manter contatos com ela por cartas (5:9) e por relatórios dos enviados seus.
Os relatos apontaram que a imoralidade e os costumes pagãos continuavam a
exercer grande influência sobre a igreja. Reconhecem-se nela muitos valores
(1: 4-5), mas falta-lhes uma consciência mais profunda do poder e dos planos
de Deus (2: 1-16). A igreja está dividida (1:10-13; 6,1-11); tolera situações
escandalosas (5: 1-13); sente dificuldades em adotar uma prática religiosa e
moral equilibrada: alguns pendem para o rigor e o escrúpulo, outros para a
exagerada complacência com o mal (7-8); tanto menosprezam como exageram
o valor dos dons do Espírito Santo (12-14) e chegam mesmo a esvaziar o
sentido da ceia do Senhor (11: 17-34), negligência à doutrina da ressurreição
(15: 1 a 56). Esta carta parece ter sido a segunda das quatro que Paulo teria
escrito à comunidade de Corinto e deve ter sido escrita três ou quatro anos
depois da chegada de Paulo àquela cidade. Nela Paulo responde aos
problemas da igreja e a várias questões levantadas numa carta que ela lhe
enviara (7:1). Em resposta ele trata dos problemas da imaturidade e divisões
na igreja, salientando a sabedoria cristã e a prática do amor sacrificial como
meios de edificação da igreja. Nesta carta o apóstolo Paulo trata ainda das
divisões da comunidade e aponta o caminho para a sua maturidade e unidade,
pela aplicação da sabedoria e do amor cristãos. Temos aqui bases muito
sólidas para uma prática de eclesiologia (doutrina da Igreja) como poucas
cartas têm.

Introdução ao Estudo: Muitas são as desculpas usadas pelas pessoas


para não se envolverem com a comunidade cristã. A música que cantam não
faz meu estilo, a reunião é muito longa, muito curta, barulhenta demais,
desanimada demais, e por aí vai. Isto serve tanto para os cultos públicos nos
templos quanto para as reuniões caseiras. Deixamos de nos reunir porque o
grupo é frio demais ou porque abraça demais, ora muito ou ora pouco, e por aí
vai... Mas, se analisarmos com cuidado, veremos que a principal razão de não
nos firmarmos em uma comunidade cristã está ligada aos relacionamentos.
Viver em comunidade é um desafio, principalmente para uma geração onde o
individualismo já se tornou algo normal a cada um. As diferenças acabam se
tornando fonte de divisões, pois costumamos achar que a nossa “diferença” é
melhor que a “diferença” do outro. Entrar em um casulo passa a ser a melhor

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opção para muitos, mas o isolamento termina nos afastando da verdadeira


comunhão com o próprio Deus, que também se revela através de sua Família.
Este estudo pretende ajudá-lo a se enxergar melhor como parte desta família e
encarar de modo mais maduro seus relacionamentos com outros cristãos. Abra
o seu coração e peça ao Espírito que trabalhe sua vida.

Abertura
O que mais deixa você impaciente no convívio com outras pessoas?
Por quê?

1) Nossa atitude em relação a Jesus afeta diretamente nossa atitude em


relação aos demais cristãos.
Como seguidores de Cristo, a razão primordial para nos envolvermos com uma
comunidade cristã é nosso amor pelo Senhor. Se nos baseamos em nossa
experiência com as outras pessoas, sempre haverá o conflito num
relacionamento, uma dinâmica no culto que não gostamos, uma necessidade
não atendida para nos deixar desanimados e frustrados. Temos que tomar
cuidado para que a nossa vida cristã não se torne algo centrado em nós
mesmos.

1. Leia 1 Coríntios 1:4-9. De que maneira Paulo menciona Jesus como seu
foco nesta passagem?
2. Segundo o v. 4, como era o sentimento de Paulo em relação aos demais
cristãos?
3. Leia 1 Coríntios 1:10-17. Qual é um dos grandes causadores de divisão no
povo de Deus e qual a solução, de acordo com esta passagem?

2) Superamos as divisões quando enxergamos Cristo e sua missão como


mais importante que nossas preferências pessoais.
Um dos grandes perigos na condução de um automóvel é a distração interna.
Algo que acontece no banco de trás, um CD que precisa ser trocado, o celular
que recebe uma mensagem do WhatsApp – coisas mais que simples e
cotidianas tornam-se perigos fatais quando o condutor do veículo se distrai de
sua missão de dirigir. Não é diferente com a caminhada com Jesus. As atitudes
das pessoas à nossa volta, especialmente na igreja, podem se tornar
distrações tão graves que nos colocam em rota de colisão espiritual. Mas se
mantemos nossos olhos firmes em Cristo e na missão que ele tem para nós,
nada pode nos tirar do Caminho. Leia 1 Coríntios 2.

1. Mesmo sendo considerado um apóstolo, qual foi a atitude de Paulo em


relação aos coríntios (vs. 2:1-5)?
2. O que devemos ter em mente quando temos nossas diferenças com
outros (vs. 2:6-9)?
3. Segundo Paulo, qual vínculo estava acima de todas as coisas no
relacionamento com os irmãos (vs. 2:10-13)?

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3) Superamos as divisões quando percebemos que nossa sabedoria é


limitada.
Nós facilmente lutamos pelos nossos direitos na igreja ao invés de
humildemente darmos aos outros a preferência. Se temos a razão em algo que
não seja uma doutrina essencial das Escrituras, devemos questionar nossos
motivos antes de iniciar uma demanda. Como diz Tiago, devemos ser prontos
para ouvir, tardios para falar e tardios para nos irarmos (Tiago 1:19). Leia 1
Coríntios 3.

1. Por que devemos levar em conta a maturidade espiritual das pessoas


quando estamos debatendo um assunto (vs. 3:1-3)? Qual foi a opção de
Paulo no tocante à discussão (v. 3:1)?
2. Independente do assunto, qual deve ser o fundamento de toda conversa
e toda atitude do cristão (vs. 3:11-15)? O que isso significa?
3. Sabedoria é a capacidade de identificar a situação em que estamos
envolvidos e tomar as decisões corretas. Como Paulo compara a
sabedoria do mundo com a sabedoria que vem de Deus (vs. 3:18-23)?
Como isto é traduzido nos conflitos que temos em nossa vida diária?

Colocando em ação
Tire um tempo para meditar nas razões pelas quais você tem atrito com alguns
irmãos da igreja (ou com a igreja de forma geral). Até onde isso não está sendo
alimentado por uma falta de O fato de sermos santuário de Deus, morada do
Espírito Santo, não nos faz automaticamente perfeitos. Por que tantas vezes
agimos como se esperávamos perfeição do restante da igreja, quando nós
mesmos temos nossos defeitos? Que tal pedir a Deus graça para mudar de
atitude e passar a ver os demais cristãos como sua verdadeira família na fé?

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