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Leis do livro e de

apoio à produção cultural

Helton Rubiano de Macedo


Natal, UFRN, 2015.2
Política Nacional do Livro
Política Nacional do Livro

Lei no 10.753, de 30 de outubro de 2003.

O livro é o meio principal e insubstituível da difusão da cultura e


transmissão do conhecimento, do fomento à pesquisa social e
científica, da conservação do patrimônio nacional, da transformação e
aperfeiçoamento social e da melhoria da qualidade de vida;
Política Nacional do Livro

Lei no 10.753, de 30 de outubro de 2003.

Editor: a pessoa física ou jurídica que adquire o direito de reprodução


de livros, dando a eles tratamento adequado à leitura;

Os contratos firmados entre autores e editores de livros para cessão


de direitos autorais para publicação deverão ser cadastrados na
Fundação Biblioteca Nacional, no Escritório de Direitos Autorais.
Política Nacional do Livro

Lei no 10.753, de 30 de outubro de 2003.

Na editoração do livro, é obrigatória a adoção do Número


Internacional Padronizado, bem como a ficha de catalogação para
publicação.

Criado em 1967 e oficializado como norma internacional em 1972,


o ISBN - International Standard Book Number - é um sistema que
identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e a
editora, individualizando-os inclusive por edição.
Depósito legal
de publicações
Depósito legal de publicações

Lei no 10.994, de 14 de dezembro de 2004.

Esta Lei regulamenta o depósito legal de publicações, na Biblioteca


Nacional, objetivando assegurar o registro e a guarda da produção
intelectual nacional, além de possibilitar o controle, a elaboração e a
divulgação da bibliografia brasileira corrente, bem como a defesa e a
preservação da língua e cultura nacionais.
Depósito legal de publicações

Lei no 10.994, de 14 de dezembro de 2004.

Depósito legal: a exigência estabelecida em lei para depositar, em


instituições específicas, um ou mais exemplares, de todas as
publicações, produzidas por qualquer meio ou processo, para
distribuição gratuita ou venda.

O depósito legal será efetuado pelos impressores, devendo ser


efetivado até 30 (trinta) dias após a publicação da obra, cabendo ao
seu editor e ao autor verificar a efetivação desta medida.
Depósito legal de publicações

Lei no 10.994, de 14 de dezembro de 2004.

O não-cumprimento do depósito, nos termos e prazo deste artigo,


acarretará:

I - multa correspondente a até 100 (cem) vezes o valor da obra no


mercado;

II - apreensão de exemplares em número suficiente para atender às


finalidades do depósito.
Leis de incentivo fiscal
O incentivo fiscal à cultura é um mecanismo criado para atrair
recursos da iniciativa privada para o apoio a projetos culturais, tendo
surgido no Brasil em um momento de escassez de recursos, quando
se evidenciava a necessidade de diversificação das fontes de
financiamento da cultura.

As leis de incentivo à cultura são instrumentos legais por meio dos


quais o governo disponibiliza um montante de sua arrecadação, da
qual abrirá mão, a agentes da iniciativa privada que investirem
recursos financeiros em projetos culturais previamente aprovados por
instâncias governamentais.
Lei Municipal
Lei Djalma Maranhão (Decreto nº 8.749, de 05 de junho de 2009).

Lei Estadual
Lei Câmara Cascudo (Decreto nº 14.759, de 10 de fevereiro de 2000).

Lei Federal
Lei Rouanet (Lei n° 8.313/1991).
28/04/2006

Yacoff Sarkovas fala sobre leis de incentivo à cultura

Yacoff Sarkovas é especialista e consultor de empresas na área de


imagem corporativa e projetos culturais, sociais, ambientais e
esportivos.
CARTA MAIOR - O que há de errado com as leis de incentivo à
cultura no Brasil?

YACOFF SARKOVAS - É melhor começar perguntando o que há de


certo, porque só há uma coisa certa nas leis de incentivo que é a
transferência de dinheiro público para a cultura. Isso é positivo porque
a cultura é uma questão de interesse público e, portanto, precisa de
recursos públicos e só, pronto, acabou: a partir daí está tudo errado.
É um sistema perdulário [esbanjador] e injusto. É perdulário porque
cria uma cadeia desnecessária de intermediação. Ao invés de o
dinheiro sair em linha direta do caixa público para a ação cultural,
cria-se uma cadeia de intermediação porque, para a busca desse
recurso em meio a milhares de empresas, exige-se uma série de
captadores, gente especializada em formulação de projetos e
corretagem, o que dá margem a processos de corrupção. É perdulário
também porque, no uso do dinheiro público, as empresas aplicam
para fins que nada têm de interesse público. E ele é injusto porque
ele não estabelece uma relação entre dinheiro público e interesse
público.

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