O documento discute leis brasileiras relacionadas ao livro, produção cultural e incentivos fiscais à cultura, incluindo a Política Nacional do Livro, o depósito legal de publicações e as leis de incentivo fiscal à cultura como a Lei Rouanet. O especialista Yacoff Sarkovas critica aspectos das leis de incentivo, afirmando que elas são perdulárias e injustas por criarem uma cadeia desnecessária de intermediação e não estabelecerem uma relação entre dinheiro público e interesse público.
O documento discute leis brasileiras relacionadas ao livro, produção cultural e incentivos fiscais à cultura, incluindo a Política Nacional do Livro, o depósito legal de publicações e as leis de incentivo fiscal à cultura como a Lei Rouanet. O especialista Yacoff Sarkovas critica aspectos das leis de incentivo, afirmando que elas são perdulárias e injustas por criarem uma cadeia desnecessária de intermediação e não estabelecerem uma relação entre dinheiro público e interesse público.
O documento discute leis brasileiras relacionadas ao livro, produção cultural e incentivos fiscais à cultura, incluindo a Política Nacional do Livro, o depósito legal de publicações e as leis de incentivo fiscal à cultura como a Lei Rouanet. O especialista Yacoff Sarkovas critica aspectos das leis de incentivo, afirmando que elas são perdulárias e injustas por criarem uma cadeia desnecessária de intermediação e não estabelecerem uma relação entre dinheiro público e interesse público.
Natal, UFRN, 2015.2 Política Nacional do Livro Política Nacional do Livro
Lei no 10.753, de 30 de outubro de 2003.
O livro é o meio principal e insubstituível da difusão da cultura e
transmissão do conhecimento, do fomento à pesquisa social e científica, da conservação do patrimônio nacional, da transformação e aperfeiçoamento social e da melhoria da qualidade de vida; Política Nacional do Livro
Lei no 10.753, de 30 de outubro de 2003.
Editor: a pessoa física ou jurídica que adquire o direito de reprodução
de livros, dando a eles tratamento adequado à leitura;
Os contratos firmados entre autores e editores de livros para cessão
de direitos autorais para publicação deverão ser cadastrados na Fundação Biblioteca Nacional, no Escritório de Direitos Autorais. Política Nacional do Livro
Lei no 10.753, de 30 de outubro de 2003.
Na editoração do livro, é obrigatória a adoção do Número
Internacional Padronizado, bem como a ficha de catalogação para publicação.
Criado em 1967 e oficializado como norma internacional em 1972,
o ISBN - International Standard Book Number - é um sistema que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição. Depósito legal de publicações Depósito legal de publicações
Lei no 10.994, de 14 de dezembro de 2004.
Esta Lei regulamenta o depósito legal de publicações, na Biblioteca
Nacional, objetivando assegurar o registro e a guarda da produção intelectual nacional, além de possibilitar o controle, a elaboração e a divulgação da bibliografia brasileira corrente, bem como a defesa e a preservação da língua e cultura nacionais. Depósito legal de publicações
Lei no 10.994, de 14 de dezembro de 2004.
Depósito legal: a exigência estabelecida em lei para depositar, em
instituições específicas, um ou mais exemplares, de todas as publicações, produzidas por qualquer meio ou processo, para distribuição gratuita ou venda.
O depósito legal será efetuado pelos impressores, devendo ser
efetivado até 30 (trinta) dias após a publicação da obra, cabendo ao seu editor e ao autor verificar a efetivação desta medida. Depósito legal de publicações
Lei no 10.994, de 14 de dezembro de 2004.
O não-cumprimento do depósito, nos termos e prazo deste artigo,
acarretará:
I - multa correspondente a até 100 (cem) vezes o valor da obra no
mercado;
II - apreensão de exemplares em número suficiente para atender às
finalidades do depósito. Leis de incentivo fiscal O incentivo fiscal à cultura é um mecanismo criado para atrair recursos da iniciativa privada para o apoio a projetos culturais, tendo surgido no Brasil em um momento de escassez de recursos, quando se evidenciava a necessidade de diversificação das fontes de financiamento da cultura.
As leis de incentivo à cultura são instrumentos legais por meio dos
quais o governo disponibiliza um montante de sua arrecadação, da qual abrirá mão, a agentes da iniciativa privada que investirem recursos financeiros em projetos culturais previamente aprovados por instâncias governamentais. Lei Municipal Lei Djalma Maranhão (Decreto nº 8.749, de 05 de junho de 2009).
Lei Estadual Lei Câmara Cascudo (Decreto nº 14.759, de 10 de fevereiro de 2000).
Lei Federal Lei Rouanet (Lei n° 8.313/1991). 28/04/2006
Yacoff Sarkovas fala sobre leis de incentivo à cultura
Yacoff Sarkovas é especialista e consultor de empresas na área de
imagem corporativa e projetos culturais, sociais, ambientais e esportivos. CARTA MAIOR - O que há de errado com as leis de incentivo à cultura no Brasil?
YACOFF SARKOVAS - É melhor começar perguntando o que há de
certo, porque só há uma coisa certa nas leis de incentivo que é a transferência de dinheiro público para a cultura. Isso é positivo porque a cultura é uma questão de interesse público e, portanto, precisa de recursos públicos e só, pronto, acabou: a partir daí está tudo errado. É um sistema perdulário [esbanjador] e injusto. É perdulário porque cria uma cadeia desnecessária de intermediação. Ao invés de o dinheiro sair em linha direta do caixa público para a ação cultural, cria-se uma cadeia de intermediação porque, para a busca desse recurso em meio a milhares de empresas, exige-se uma série de captadores, gente especializada em formulação de projetos e corretagem, o que dá margem a processos de corrupção. É perdulário também porque, no uso do dinheiro público, as empresas aplicam para fins que nada têm de interesse público. E ele é injusto porque ele não estabelece uma relação entre dinheiro público e interesse público.