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BOOK

DE
TECIDOS
Tecer significa passar fios que se entrecruzam em
diversos sentidos, ou seja, verticalmente - o
urdume - e horizontalmente - a trama.
Palavra originária do latim texere, que significa
trançar, tramar.
Os tecidos obtidos pelo entrelaçamento de fios
dividem-se em cinco classificações distintas:
Comuns ou Planos: Fios paralelos entrelaçados pela
trama e pelo urdume formando um ângulo reto, como a
tricoline, a flanela e etc.
Malhas: Podem ser formadas por trama urdume, nos
quais os fios criam malhas que se interpenetram e se
apoiam no sentido vertical e lateral, obtendo dessa forma
o tecido, que pode ter aspectos diversos, como malha
simples, tricô, piquê e outros mais elaborados.
Malharia de urdume: Remete a rendas, filós, tules, etc. e
são produzidas em máquinas denominadas como
malharia de urdume, e se caracterizam por serem malhas
indesmalháveis.
Não tecidos: São obtidos diretamente de camadas de
fibras que se prendem umas às outras por meios físicos e
ou químicos, formando uma folha contínua (TNT, Feltro).
Especiais: São de origem mista e aparecem com
características de tecidos comuns e de malhas e recebem
nomes variados segundo as tecelagens.
TECIDOS EM FIBRAS NATURAIS
São tecidos feitos a partir de matérias-
primas presentes na natureza. Possuem
um valor agregado bem superior aos
sintéticos, mas demandam também muito
mais cuidado. Estes tecidos não absorvem
o calor, são bem fresquinhos as fibras
naturais podem ser:

• Vegetais: Algodão, Linho, Cânhamo,


Juta, Rami, Sisal, Bambu.

• Animais: Lã, Seda, Coelho, Angorá,


Cashmere, Lhama, Alpaca.

• Minerais: Amianto
TECIDOS EM FIBRAS QUÍMICAS
São aqueles tecidos cujas fibras são
produzidas a partir de produtos químicos
como o poliéster. São mais duráveis e
fáceis de cuidar, podendo ser lavados sem
problemas, porém são menos sofisticados
do que as fibras naturais.

• Artificiais: celulose, acetato, raiom,


viscose, triacetato.

• Sintéticas: poliamida, poliéster,


poliuretano, acrílicas, polipropileno.
ALFAIATARIA

A alfaiataria refere-se à criação e a


costura de peças muito estruturadas,
principalmente os ternos masculinos,
compostos por três peças: paletó,
colete e calça. Paletós femininos,
sobretudos para homens e mulheres
também costumam fazer parte do
gênero. Alfaiate é um termo
empregado para descrever as funções
de quem corta e costura.
Composição: Os tecidos usados na
alfaiataria podem ser em microfibra, lãs
frias como o gabardine, sarjas, fibra com
elastano e fibra de bambu.
Caimento: Costumam ser tecidos um pouco
mais grossos, mais pesados, com bom
caimento para peças específicas, para que
fiquem alinhadas no corpo.
Utilização: Os tecidos de alfaiataria são
excelentes para confecção de blazers,
calças, coletes e ternos, tanto masculinos
quanto femininos.
DICA: Os ternos e paletós confeccionados com tecidos de
fibras naturais são indicados para os executivos que
precisam estar bem-vestidos o dia todo e costumam
trabalhar em ambientes climatizados. Para estas peças, a
dica é usar sempre um forro de acetato, porque ele possui
uma boa qualidade e absorve bem o calor.
ALGODÃO
Fibra macia utilizada desde a
antiguidade e obtida das sementes do
algodoeiro, planta cultivada
extensivamente em regiões de clima
quente na China, na Índia e nas
Américas. O algodão pode ser fiado
em filamentos ou fios antes de ser
transformado em tecidos variados
como denim, cotelê, popeline entre
outros.
Composição: O algodão, em si, já é uma
composição de grande parte dos tecidos. Como
exemplo podemos citar o tricoline e o veludo.
Caimento: O caimento de uma peça em algodão
depende diretamente da quantidade de fios que
ela possui. Quanto mais fios, melhor é o seu
acabamento e sua durabilidade.
Utilização: A linha de camisarias lidera a utilização
do algodão. No entanto, ele pode ser usado
também para fazer calças, bermudas, vestidos e
outras peças mais esportivas, de uso rotineiro.
Gravatas também costumam ser feitas de algodão.
DICA: Para a confecção de camisas, especialmente
quando o algodão é mais claro, o indicado é sempre
utilizar tecidos com mais de 80 fios. Isso evita que a peça
fique transparente demais e, principalmente para os
homens, deixe à mostra o que não precisa ser visto.
CETIM
O termo caracteriza qualquer material que reflita a
luz em todas as fibras, existem por exemplo, cetim
de seda, de raiom e de poliéster. Tecnicamente, o
cetim é uma estrutura em que predominam as
flutuações dos fios de urdume, presos ao tecido
em uma configuração dispersa. para criar a
superfície brilhante, esses tecidos de cetim são
construídos com flutuações da urdidura que
seguem quase como uma superfície contínua de
filamentos refletores. o toque é em geral fluido e
macio.
Composição: Existe uma grande variedade de cetins com
composições diferentes. Temos o cetim leve, cetim com
elastano, sem elastano, cetim charmeuse. Todos são bem
parecidos com a seda, apesar de serem mais baratos e mais
fáceis de cuidar.
Caimento: É um tecido um pouco mais pesado, mas que
costuma ter bom caimento, dependendo da sua
composição.
Utilização: Alguns cetins de qualidade inferior costumam ser
utilizados apenas como forro. É o caso do cetim Charmeuse
e do cetim com elastano. Os demais, porém, são indicados
especialmente para a Moda Noiva ou Festa, na confecção de
vestidos com saias esvoaçantes, no corte godê, ou no corte
sereia.
DICA: Na confecção de vestidos de noiva, uma dica é apostar
nos cetins importados porque eles são mais largos
(aproximadamente 1,60m) do que os cetins nacionais
(1,40m). Isso faz com que a costureira ganhe na hora do
corte. Quando utilizado para forro, normalmente se escolhe o
lado mais brilhoso do cetim.
CHIFFON
Tecido macio extremamente fino, semi
transparente, de ligamento tela com fibras bem
torcidas. Com apenas 12 a 15 gramas por metro, o
chiffon é um tecido plano com um leve toque de
crepe e trama aberta, diáfana, obtida pelo uso
alternado de fios torcidos em S e em Z. Também
pode ser produzido com pesos um pouco maiores.
embora leve o chiffon aguenta abordados pesados
e por isso é uma escolha comum para confecção
de roupas de noite luxuosas.
Composição: Existe o chiffon sintético (100%
poliéster) e o chiffon toque de seda. Ambos são
levemente transparentes, mas o sintético é um
pouco mais seco.
Caimento: É um tecido leve, fino, mas que tem um
certo peso. Não chega a dar volume para as peças,
mas proporciona um bom caimento.
Utilização: é utilizado, especialmente, em saias
bem amplas, esvoaçantes e godês. É um tecido
mais na linha popular, de qualidade inferior ao
musseline, por exemplo.
DICA: Com o chiffon, é possível fazer saias com godê simples
ou duplo, lembrando sempre que este é um tecido que pede
forro e que, por ser bem maleável, é preciso ter muito
cuidado na hora de costurar.
CREPE
Termo geral para tecidos finos e leves, de textura
macia ou áspera, caracterizados por superfície
encrespada. Tem superfície áspera em função dos
filamentos, muito torcidos em S ou em Z. a
oposição do torque entre fios adjacentes forma
pequenos orifícios e ondas na trama e confere o
toque característico do crepe. foi muito popular
em vestidos para noite nas décadas de 1920/1930,
graças à capacidade de delinear a silhueta,
principalmente quando cortado em viés.
Composição: É feito com fios altamente torcidos de seda ou
lã (natural ou sintética) e apresenta uma variedade imensa
de espessuras. Alguns são mais finos, médios, pesados, com
elastano ou sem elastano (planos). Existem diversos tipos de
crepes, como o crepe da China, crepe Georgette, crepe
Marroquino e o crepe Chanel (com um lado brilhante e
outro fosco).
Caimento: É bem maleável e possui um bom caimento, que
pode variar de acordo com o tipo de crepe escolhido.
Utilização: É um tecido indicado para a confecção de saias,
vestidos e blusas.
DICA: O crepe, independente da espessura escolhida, sempre
pede um forro. No caso de ser um crepe com elastano,
indica-se um forro também com elastano e vice-versa.
DEVORÊ
Técnica de padronagem têxtil em que um tecido
com dois ou mais tipos de fibra é tratado com
certos elementos químicos que destroem um
deles, deixando os desenhos em realce. Alguns
exemplos são aplicar ácido em veludo tipo seda
para devorar a felpa e revelará Seda lustrosa
embaixo. Do francês devoré, que significa
devorado.
Composição: Os desenhos em relevo do devorê,
geralmente florais, animal print ou arabescos,
costumam ser aveludados e podem ser aplicados
em diferentes tecidos, como o tule ilusion, o gazar,
o musseline, a seda e o veludo.
Caimento: Vai depender muito do tecido onde
está aplicado.
Utilização: É usado na moda feminina,
especialmente em vestidos de festa.
DICA: Para a confecção de peças de inverno, recomenda-se o
veludo devorê. Para peças de verão, prefira a seda devorê.
GAZAR
É uma seda pesada e rígida capaz de sustentar
grandes formas ou dobras, com qualidade
resistente e textura homogênea e opaca. É feita
com fios duplos torcidos e tecidos como se fossem
um só: O espanhol Cristóbal Balenciaga
desenvolveu o gazar em conjunto com a fábrica
Suíça Alexander. Reconhecido pela qualidade
escultural de suas roupas e pela manipulação
magistral do tecido, o estilista exibiu gazar de seda
em suas coleções da década de 1960 até a década
de 1970.
Composição: É um tecido fino, leve, transparente
e arejado. Pode ser composto por 100% poliéster
ou pode ser de seda pura.
Caimento: É um tecido fluido, que fica armado
com mais facilidade, mas que tem movimento.
Utilização: É muito usado para fazer vestidos de
noivas, saias esvoaçantes e também camisas com
a gola mais estruturada.
DICA: Quando colocados lado a lado, o gazar de poliéster e o
gazar de fibra natural são muito parecidos. Por isso, para
vestidos de festa, prefira o gazar sintético. Além de ser mais
durável, ele chega a custar 1/3 da fibra natural.
JACQUARD
Tipo de acessório para tear mecânico inventado na
virada do século 19 pelo francês Joseph Marie
jacquard, que permite o controle dos fios
individuais do urdume por meio de cartões
perfurados. Esse processo permite a produção de
tecidos com elaboração das padronagens feitas em
grandes repetições criando assim texturas no
direito e avesso do tecido.
Composição: Os desenhos do jacquard podem ser feitos
com fios metalizados, com fios em seda ou em algodão.
Caimento: É um tecido mais grosso, que não precisa de
forro.
Utilização: Pode ser utilizado na Moda Festa e também na
Moda Casual. A diferença está no material. Aqueles com fios
metalizados são mais usados para a confecção de vestidos,
já os mistos em algodão servem também para a moda
casual. Você pode fazer calça, macaquinho, colete, tubinho,
saia. Até no terno masculino ele pode ser usado.

Fibra obtida a partir da pelagem de carneiros e
vários outros mamíferos, como cabras, camelos e
lhamas. Macia, resistente, quente e absorvente,
com boa afinidade ao tingimento, a lã tem sido
muito usada para fazer tecidos desde a
antiguidade. Essa fibra possui uma ondulação
natural ao longo do comprimento e por isso é
adequada para fiação.
Composição: Temos as lãs puras (naturais) e as lãs
mistas, também chamadas de acrílicas. As mistas
podem combinar poliéster com elastano, poliéster
com lã pura e podem ser 100% poliéster.
Caimento: A lã pura é mais pesada, já a lã mista
costuma ser mais leve e versátil.
Utilização: Para casacos grandes de inverno,
utiliza-se a lã pura. Já a lã mista está presente
também em blusas mais finas, de meia-estação.
Também é possível fazer vestidos e saias de lã.
LUREX
É a marca registrada de qualquer fio ou tecido que
tenha brilho metálico, criado com o acréscimo de
uma camada de metal a parte da fibra ou ao
material pronto por meio de um processo de
laminação em que as fibras metálicas são
colocadas entre duas camadas de fio de poliamida
e aquecida sob pressão. Foi muito popular nos
anos 1960, com a febre da exploração espacial,
também foi destaque na década de 80 com cores
fortes em tons neon, a textura cintilante caia bem
em vestidos e túnicas, mas hoje pode ser
encontrada em diferentes modelos e peças.
Composição: É um tecido com fio metalizado ou com uma
aplicação de glitter no estilo dourado, ouro ou bronze.
Quando o brilho é aplicado, a base geralmente é malha. O
fio de lurex não oxida, não perde o brilho e nem a cor,
mesmo sob a ação da umidade do ar e do calor do corpo.
Caimento: Possui um bom caimento, semelhante às
malharias. É confortável e versátil e pode ser mais leve ou
mais pesado, dependendo do fio utilizado.
Utilização: É muito comum vermos o lurex em vestidos,
casacos, blusas e até mesmo mantas e cortinas.
MUSSELINE
Nome empregado para diversos tecidos em geral
de algodão, feito sem ligamento tela ou ligamento
Panamá, numa ampla variedade de gramaturas e
qualidades. Nos Estados Unidos, esse termo
denomina um tecido rústico e resistente, enquanto
na Inglaterra é com mais frequência associada a
um tecido macio, delicado e leve. Em suas
diversas variedades, a musseline tem sido usada
em roupas mais leves apropriadas para climas
quentes e secos.
Composição: É um tecido muito leve,
transparente, com toque macio e delicado. Pode
possuir fios de seda, acetato, viscose, algodão,
poliéster ou poliamida com torções elevadas.
Caimento: É fluido, fica soltinho no corpo e não
enruga.
Utilização: saias esvoaçantes sociais, geralmente,
são feitas com musseline.
ORGANZA
Mais rígido e pesado que o organdi, é um tecido de
trama aberta ,fino e transparente, mas forte e
durável, com toque crespo e acabamento liso, que
se sustenta na criação de formas complexas; essa
rigidez vem dos fios torcidos de maneira bem
firme. Costuras, revestimentos e barras na organza
devem ser feitos com técnicas especiais, pois ficam
aparentes do lado externo da roupa. muito usado
em entretelas e véus de noiva.
Composição: É um tecido leve, rígido e transparente, feito
de seda ou fibras sintéticas. Pode ser customizado com
cores, bordados e texturas.
Caimento: É usado para fazer peças que necessitam de
volume, já que é um tecido extremamente armado.
Utilização: A organza é bastante utilizada para fazer
babados, caracóis e godês. Também é usada na confecção
de vestidos de daminhas e debutantes e ainda pode
aparecer na decoração de ambientes, por ser um tecido de
custo baixo e com leve brilho.
DICA: Este tecido é indicado para fazer uma saia por baixo de
saias de tule.
PAETÊS
Tecido confeccionado com pequenas peças de
brilhantes, às vezes iridescente, geralmente de
formato circular e feito de folha metálica,
plástico, vidro ou material semelhante. A base
pode ser de tecido plano ou ainda de tecidos que
contenham elasticidade, pode ser usado para
confecção de peças casuais ou ainda trajes de
moda festa.
Composição: As lantejoulas que compõem o paetê são
feitas de vinil, mas a base onde elas são aplicadas pode
variar bastante, mas normalmente é tule ou malha.
Caimento: As peças com lantejoulas aplicadas de maneira
mais espaçada costumam ser mais leves. Já aquelas com
paetês cobrindo toda a base do tecido tendem a ficar um
pouco mais pesadas.
Utilização: Os paetês com lantejoulas costuradas são
bastante usados na Moda Festa. Já as peças com lantejoulas
coladas costumam aparecer em fantasias.
DICA: Na confecção de peças com paetês, o acabamento
precisa ser impecável, pois o atrito entre a pele e o paetê
pode machucar, por isso é importante um bom acabamento
nas extremidades das peças.
RENDA
Tecido fino de malha aberta, geralmente de
algodão, linho, seda, lã ou fio metálico ou sintético.
Em geral é aplicado a uma trama ou fundo em
rede a fim de criar formas decorativas por meio de
técnicas de laçada, torção, cordões ou tricô.
Existem diversos tipos de rendas: Bordado Aberto,
Bordado Crivo, Bordado Inglês, Guipure, Alençon,
Antuérpia, Argentan, Battemberg, Blonde,
Chantilly, Bilro, Binche, Bruxelas, Cluny, Honinton,
Mechlin, Duquesa, Schiffli, Reticella.
Composição: Não importa o tipo de tecido. Se existe um fio
bordando este tecido, ele é uma renda. As mais comuns são
as rendas de algodão e poliéster que são bordadas sobre
tules e telas e ainda podem ser rebordadas com pedrarias.
Caimento: As rendas podem ser aplicadas em diversos
tecidos e a escolha desses tecidos vai determinar seu
caimento.
Utilização: É a principal escolha para a Moda Festa e a Moda
Noiva, apesar de ser bastante utilizada também na moda
casual. Para as noivas, as rendas costumam ser de duas
cores: branco natural, também chamado de off-white e o
branco ótico, que é aquele bem branco.
DICA: Quando uma noiva, formanda ou convidada deseja
confeccionar um vestido onde será preciso recortar a renda
para depois aplica-la, é preciso observar se a renda escolhida
combina com o modelo do vestido. Para quem prefere as
rendas mais delicadas e finas, sem muito relevo, a dica é
apostar nas rendas francesas.
SEDA
Uma das fibras nobres, é valorizada pela
resistência, leveza, brilho e capacidade de
absorver cores vivas. A domesticação do bicho da
seda teve início há cerca de 7 mil anos na China.
Sua textura pode variar do finíssimo ao cetim
denso, e as qualidades vão dar maleabilidade
encrespada da seda Tussah ao jérsei de seda.
Composição: É a fibra natural usada na
composição de diversos tecidos como musseline e
gazar.
Caimento: Possui um excelente caimento e
costuma ser utilizado em peças mais soltinhas e
que não ficam muito justas ao corpo.
Utilização: É o mais nobre dos tecidos. É utilizado
na moda festa, mas por ser uma fibra natural, as
peças em seda 100% não costumam ser usadas
repetidas vezes
TAFETÁ
Tecido plano que usa fios de espessura idêntica,
mas com a urdidura mais densa que a trama. Isso
resulta em um material com canelado horizontal
difuso, usado em forros ou, quando tecido de
maneira mais fechada, também em
vestidos, muitas vezes com efeito furta cor sutil
gerado pela interação das cores da urdidura e da
trama. a característica viçosa e farfalhante do
tecido é mais bem obtida com filamentos como
seda ou acetato de raiom.
Composição: Ele pode ser 100% poliéster, misto
com seda e 100% seda. Também existem tafetás
com e sem elastano.
Caimento: É um tecido mais sequinho, que arma
um pouco, mas ainda assim possui um bom
caimento. Pode ser mais leve ou mais volumoso,
dependendo da composição.
Utilização: É bastante utilizado na Moda Festa,
tanto para homens quanto para mulheres.
DICA: As mulheres que gostam dos vestidos no corte sereia
podem optar por um tafetá com elastano, que vai modelar
muito bem as curvas do corpo. E os homens também podem
ousar e escolher o tafetá para blazers e calças.
TULE OU TELA
Material leve e delicado, com trama de rede,
usado sobretudo na confecção de tutus, na
chapelaria e para dar volume sob vestidos de
noite ou de noiva. Pode ser feito de seda,
algodão ou fibras sintéticas a partir de uma rede
hexagonal, trata-se de uma base de renda sem
padronagens, que pode servir de estrutura para
bordados no caso da Moda Festa.
Composição: Pode ser de malha, ilusion e de
armação. A tela é bem parecida, mas seus fios se
entrelaçam de maneira mais espaçada, o que
torna as tramas do tecido mais abertas.
Caimento: O tule de malha acaba sendo mais
flexível e molinho do que os demais, e o de
armação confere bastante volume às peças.
Utilização: Os tules e as telas bordadas estão
presentes, sobretudo, na Moda Festa. Podem
compor apenas algumas partes de um vestido,
como as mangas, ou podem estar por todo ele.
VELUDO
Tecido macio e luxuoso caracterizado pela felpa
curta e densa em um dos lados, formada pelos
fios de urdume e geralmente cortada. Acredita-
se que o veludo tenha sido criado na Idade
Média, originalmente feito de seda, mas
também de algodão, lã, viscose, acetato, fibras
sintéticas e mesclas.
Composição: Qualquer tecido que apresenta pelos curtos e
tem o aspecto aveludado pode ser considerado um veludo.
Normalmente, esse veludo é aplicado sobre uma trama de
algodão. Existem vários tipos de veludos: liso, cotelê,
alemão.
Caimento: É um tecido quentinho e um pouco mais pesado,
mas com ótimo caimento para diversas peças.
Utilização: Pode ser usado para confeccionar vestidos,
calças, paletós, saias, coletes, macaquinhos e até mesmo na
alfaiataria masculina, como estampa no tecido no jacquard.
DICA: Independentemente do tipo de veludo escolhido,
lembre-se de mantê-lo bem longe do ferro de passar! Isso é
muito importante na hora da confecção. Se o ferro quente
encostar no veludo, ele deixa uma marca irreversível.
VISCOSE
Inventada por Cross e Bevan na Inglaterra em
1892, seus principais ingredientes são a celulose
de polpa de madeira ou os fiapos aderidos a
semente do algodão. A polpa é transformada em
placas, que são mergulhada sem soda cáustica,
retalhada e misturadas a dissulfeto de carbono e
hidróxido de sódio, então derretidas para formar
uma solução de viscose. Por fim, a mistura é
prensada e convertido em fibras, é valorizada
pela textura sedosa, a capacidade de ser tingida
em cores vibrantes e o caimento agradável.
Composição: Trata-se de uma fibra artificial e
costuma dar origem à tecidos lisos e estampados.
Caimento: É um tecido leve e fresco, que
apresenta bastante caimento.
Utilização: Este é um tecido mais usado para a
confecção daquelas roupas do dia a dia. É
altamente indicado para o verão e para roupas
esportivas, mas também aparece sempre em saias
longas, vestidos, blusinhas, regatas e camisetes.
ZIBELINE
Tecido Grosso, macio em ligamento cetim, com
felpa longa e escovada em uma única direção,
geralmente de lã Mas também de seda
algodão fibras manufaturados e mesclas.
Emprega-se em várias roupas femininas como
casacos e jaquetas vestidos e paletós.
Composição: Pode ser feito a partir da seda pura
ou pode ser artificial. Tem leve brilho acetinado.
Caimento: É um pouco mais grosso, firme e
estruturado do que tecidos como o crepe, mas
possui bom caimento.
Utilização: É indicado para a Moda Festa e Moda
Noiva, especialmente nos tons brancos e off-
white. Serve tanto para saias amplas no godê
como para o modelo sereia. Também é possível
confeccionar calças e vestidos tubinhos com ele.
DICA: Quando usado para modelos de vestido sereia, é
indicado que o zibeline seja, todo ele, entretelado, ainda
antes do corte, com uma entretela bem adesiva. Isso valoriza
a peça. As costuras ficam mais lisas e com um acabamento
melhor.
REFERÊNCIAS
NEWMAN, Alex. Moda de A a Z. São Paulo: Publifolha,
2011.

ANGUS, Emily; BAUDIS, Macushla; WOODCOCK,


Philippa. Dicionário de Moda. São Paulo: Publifolha,
2015.

CHATAIGNIER, Gilda. Fio a Fio, moda e linguagem. São


Paulo: Estação das letras, 2006.

www.maximustecidos.com.br

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