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Não obstante a enorme quantidade de tempos e energia que a maioria das empresas dedica
aos desenvolvimento de estratégias, muitas delas têm pouco retorno para tanto esforço.
Nossa pesquisa sugere que, em média, as empresas alcançam apenas 63% do desempenho
financeiro que esperavam obter com suas estratégias. E pior, as causas para essa diferença
entre estratégia e desempenho são invisíveis à alta gerência...
Nossa pesquisa aponta uma sequência de eventos mais ou menos assim: As estratégias são
aprovadas, mas mal comunicadas. Com isso, fica impossível traduzir a estratégia em ações
específicas ou planejar recursos. Os níveis inferiores da organização não sabem o que fazer ou
quando fazê-lo, nem que recursos serão necessários para chegar aos resultados que a alta
gerência espera. Consequentemente, os resultados esperados nunca se materializam. Como
ninguém é responsabilizado pelo desempenho inferior, esse ciclo costuma se repetir por
muitos anos...
A lacuna entre a estratégia e o desempenho alimenta a cultura do baixo desempenho. Em
muitas empresas, os obstáculos ao planejamento e à execução são reforçados – e até
exaltados - por uma mudança insidiosa na cultura... Primeiro, planos pouco realistas criam a
expectativa, em toda a organização, de que esses planos simplesmente não são realizados.
Quando essa expectativa se transforma em realidade, não cumprir com os compromissos
passa a ser regra. Assim, cumprir com os compromissos deixa de ser algo obrigatório e com
consequências reais. Em vez de se esforçarem para garantir o cumprimento dos
compromissos, os gestores antecipam o fracasso e tentam se proteger das eventuais
consequências do mesmo. Perdem tempo cobrindo seus rastros quando poderiam identificar
ações para aprimorar seu desempenho. A organização se torna menos autocrítica e menos
honesta intelectualmente em relação às suas deficiências. Consequentemente, perde sua
capacidade de entregar resultados.