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ETE -

Produção de
Vinho Ana Laura Paula Barros
RA:760913
Izabella Andrade Di Fonzo
RA: 759351
Lucia Noemi Takahashi
RA: 727312
Vinícola:

● Produto: Vinho Tinto


● Localização da vinícola: Rio Grande
do Sul;
● Capacidade produtiva: 168 toneladas
uva/dia;
● Produção de 12m³ de efluente/dia em
período de safra;
● Produção de 7m³ de efluente/dia na
entressafra.
Fluxograma de processamento do vinho
•A água é utilizada em
todo o processamento;
•Principais utilizações
de água: Lavagem e
limpeza de
equipamentos;
•Principais resíduos
gerados: efluentes
líquidos provenientes
da água de limpeza.

Luvision, 2021
Fluxograma de entrada e saída de efluentes

Matérias orgânicas e efluentes


líquidos.

Sementes e efluentes líquidos.

Borras e efluentes líquidos.

Efluentes mais poluentes.

Borras, sementes, efluentes


líquidos.
Tartaratos, resíduos, sedimentos.

Resíduos, lodo e sedimentos.

Efluentes líquidos.
Resolução CONAMA Nº 430 de 13/05/2011
Art. 16. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as
condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:

I - condições de lançamento de efluentes:

a) pH entre 5 a 9;

b) temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC no limite da zona de
mistura;

c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de
circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;

d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos
casos permitidos pela autoridade competente;

e) óleos e graxas:

1. óleos minerais: até 20 mg/L;

2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L;

f) ausência de materiais flutuantes; e

g) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20ºC): remoção mínima de 60% de DBO sendo que este limite só poderá ser reduzido no
caso de existência de estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor
Características dos efluentes da vinícola:
Características dos efluentes da vinícola:
Composição Safra Entressafra

DQO (mg.L⁻¹) 1200 a 7.900 5000 a 8000

DBO (mg.L⁻¹) 2200 a 2800 3100 a 5000

pH 4,0 - 4,8 3,8 - 4,3

Antocianina -

SST (mg.L⁻¹) 1700 a 4500 2500 a 3800

N (Nitrogênio) (mg.L⁻¹) 103 a 260 115 a 270

P (Fósforo) (mg.L⁻¹) 10 a 68 18 a 55
Estação de Tratamento das Águas
Residuárias
Impacto Ambiental
EV: Matéria Orgânica
Matéria Inorgânica
Açúcares
Morte dos animais e
outros seres vivos

Impede a entrada da luz


solar

Consumo da matéria
orgânica =>
Oxigênio

Empobrecimento
RAVINA, 1993
do meio de
descarga
TAR - Safra e Entressafra

Pré Safra Entressafra Pós Safra

Período Janeiro e Fevereiro De Fevereiro á Junho Entre Maio e


Setembro

Etapas Engarrafamento, No início da safra, o As operações de


Lavagem Cáustica efluente aumenta em pré-fermentação
dos Tanques e 40% por ser a maior cessam e se iniciam
Lavagem Simples do produção de vinho. as ações de limpeza
Equipamento de equipamentos.
Tratamento
Preliminar
Tratamentos preliminar
Gradeamento/Tamisação

Consequência de não
Objetivo
realizar

Alta concentração de
Retirar resíduos sólidos: resíduos da uva e outros
-Borras provenientes da indústria
-Peles das uvas

Tornando o sistema
Melhora a eficácia do menos eficiente
sistema Causando entupimentos e
danos as próximas etapas
Tratamentos preliminar
Tanque de Recebimento

● Objetivo: Receber e armazenar os efluentes


gerados na indústria

● Para sistemas em batelada e com vazões


mais baixas

● Ideal para produções que sofrem a


sazonalidade
Tratamentos preliminar
Gradeamento ❖ 2º Grade: “média”:
➢ Espaçamento entre barras: 4mm
● Sistema composto por grades de aço inox; ➢ Espessura da barra: 8mm
● Elementos filtrantes desse sistema: barras ➢ Inclinação: 45º
paralelas; ❖ 3º Grade “fina”:
● Classificação das grades: ➢ Espaçamento entre barras: 2mm
❖ 1º Grade “grossa”: ➢ Espessura da barra: 8mm
❖ Espaçamento entre barras: ➢ Inclinação: 45º
6mm
❖ Espessura da barra: 8mm
❖ Inclinação: 30º
Tratamentos preliminar
Gradeamento Como funciona?
● Material aço inox 304
● Objetivo: Homogeneizar o ● Tubulação de entrada, saída e dreno
efluente e as características ● No interior tem um misturador
físico-químicos submersível => Agitação do efluente
● Controle de vazão que irá ser
enviada para o tratamento
primário
Tratamento
primário
Tratamento Primário - Método Físico
Para remover os sólidos em suspensão sedimentáveis e flutuantes, há 3 métodos
mais convencionais que removem tanto a matéria orgânica, como a matéria
inorgânica, sendo eles:
● Gradeamento
● Peneiramento
Porém, existem outros tipos de processos que também podem ser utilizados,
como:
● Microfiltração e ultrafiltração = eliminam os microrganismos utilizando
processos de filtração em membranas
● Desinfecção por radiação ultravioleta = é uma alternativa a cloração
Tratamento primário - Método Químico
● Alguns métodos químicos podem ser utilizados para aumentar a eficácia do
tratamento de efluentes, sendo muito utilizado no tratamento primário;
● Exemplos de tratamentos químicos aplicados: Coagulação e floculação;
processos de oxidação avançado.
● Processos de oxidação avançados: ozonização, radiação UV, fotólise,
processo de Fenton.
● Efluentes vinícolas: coagulação e floculação são eficazes para baixar a
concentração em SST e a turbidez.
Tratamento Primário- Método Químico
Etapas do método de Coagulação/Floculação

Introdução de Adição de Decantação dos


Correção do pH Precipitação
coagulantes Floculante flocos
Realizada através da Utilizado o sulfato Uso de hidróxido de Utilização de floculante Interrupção da
adição dos reagentes férrico. sódio até pH~10 catiônico promovendo agitação mecânica,
ácido sulfúrico e promovendo um aumento do ficando a suspensão
hidróxido de sódio. precipitação em forma tamanho dos flocos. em repouso,
de óxidos e hidróxidos promovendo a
ferrosos decantação dos flocos
formados.

● Critério para escolha do tratamento: otimizar os parâmetros de biodegradabilidade


● Objetivo principal: Aglomerar os sólidos em suspensão para que possam ser filtrados ou
decantados;
● *IMPORTANTE*: Interessante para promover remoção de cor dos efluentes.
Esquema sucinto dos processos de coagulação e
floculação:

Fonte: Oliveira Pinheiro,


2015.
Tratamento primário
Tanque de acúmulo
e digestor
anaeróbio

● Constituído de fibra de vidro;


● Homogeneizar o efluente bruto;
● Corrigi o pH do efluente;
● Possui um sistema de ladrão caso
haja problemas operacionais.
Tratamento
secundário
Tratamento Secundário - Biológico
Depende do período e Sazonalidade da Produção
da uva usada na
produção
A sazonalidade influência na
Matéria Orgânica quantidade de matéria
A quantidade de matéria orgânica presente no
orgânica vai definir o tipo de efluente
microorganismo que será
utilizado e qual lagoa é mais Influência na escolha dos M.O
adequada

DQO acima de
Lagoa anaeróbia Lagoa aeróbia
2000 mg/L DQO inferior a 2000
mg/L

Bactéria anaeróbia Bactéria anaeróbia


Tratamento Secundário e Terciário - Biológico
Se complementam nos tratamentos secundário e
terciários

Biológicos
Bactérias ● Gêneros:
aeróbicas e Pseudomonas, Zoogloea, Achromobacter,
anaeróbicas Flavobacterium, Bdellovibrio,
Fungos Mycobacterium
● Bactérias nitrificantes:
● Nitrosomonas e Nitrobacter
● Bactérias filamentosas de várias espécies
Tratamento secundário
● Método utilizado: Lagoa aerada de mistura completa combinada com
lagoa de decantação.
● Características do método:
1. Mantém os sólidos em suspensão no
efluente;
2. O tempo de retenção leva de 2 a 4
dias;
3. Possui maior contato entre bactérias e
matérias orgânicas;
4. é mais eficiente visto que seu volume
pode ser reduzido.
● Lagoa de decantação: Auxilia para
evitar perda de biomassa e facilitar na
decantação e remoção do lodo.
Tratamento Terciário
Método utilizado: Wetland construído
Características do método:
● Sistema com baixo custo de instalação
● Pouca manutenção
● Fácil operação
● Bons resultados de eficiência
● Potencial de assimilação de grandes e variáveis cargas orgânicas
Faz uso de macrófitas associadas com microrganismos que se instalam na zona de raízes
para degradar poluentes orgânicos como carboidratos, proteínas e outras matérias em
suspensão a base de carbono
Tratamento Terciário
PARTE 5
Lodo Ativado
Lodo Ativado - Composição
● Rico em microrganismos aeróbios;
● O lodo contido no tanque é formado por:
1. Bactérias (responsável pela conversão de resíduos orgânicos);
2. Fungos;
3. Protozoários.
Avaliação da composição da biomassa em sistema de lodo ativado:

pH baixo +
Proliferação de
condições Intumesciment
fungos
nutricionais o do lodo
filamentosos
inadequadas

● Microrganismos indicadores de depuração no sistema de lodos ativados:


Lodo Ativado Retorno de parte do
lodo para o tanque

Recirculação

Objetivo

Utilizar parte do lodo ativado


para retornar para o tanque de
aeração, reduzindo gastos com
tratamento biológico -
Bactérias
O lodo excedente passa por
Transportado para indústria de desidratação ou é transportado
desidratação de resíduos ou a para indústrias que desidratam
própria indústria mesma e inativam os microorganismos
desidrata
Equipamentos - Tanque de Decantação por Gravidade

● Localizado em uma caixa d’água


em fibra de vidro;
● Leva 6 horas para decantar todo o
lodo aeróbio;
● Possui um fundo afunilado que
facilita na decantação e na
remoção do lodo.
Equipamentos - Leitos de Secagem
● Instalado próximo ao sistema de
decantação;
● Deve ser utilizado em uma área de
alvenaria;
● Contém uma camada filtrante de areia
média recoberta por uma camada de
tijolos maciços;
● O líquido filtrado é encaminhado pela
tubulação até a entrada de leitos
cultivados.
Referência
● CORDEIRO ORTIGARA, A. R. TRATAMENTO DE EFLUENTE VINÍCOLA EMPREGANDO
BIOFILTRO AERADO SUBMERSO EM ESCALA LABORATORIAL. Engenharia Ambiental, [s. l.], 16
abr. 2010.
● BRANDELERO, Evandro. TRATAMENTO E RECICLAGEM DO EFLUENTE DE UMA INDÚSTRIA
DE SUCOS. 2015. Trabalho de Conclusão (Mestrado) - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA, [S. l.], 2015. Disponível em:
https://www.unoesc.edu.br/images/uploads/mestrado/FINAL_-_DISSERTA%C3%87%C3%83O_-_EV
ANDRO_BRANDELERO_16_10_2015.pd. Acesso em: 8 set. 2021.
● SILVA, V. E. M. da. Tratamento de Efluentes Vinícolas por Processos Biológicos. 2015. 114 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia do Ambiente, Universidade de Trás-Os-Montes e Alto
Douro, Vila Real, 2015. Disponível em:
https://livedpwsantos.com.br/wp-content/uploads/2016/12/Tratamento-de-Efluentes-Vin%C3%ADcola
s-por-Processos-Biol%C3%B3gicos.pdf. Acesso em: 08 set. 2021.
● VIEIRA, R. M. G. Contribuição para o estudo do tratamento de efluentes da indústria vinícola.
2009. 111 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia do Ambiente, Universidade Nova de
Lisboa, Lisboa, 2009. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/303710602.pdf. Acesso em: 08
set. 2021.
Referência
● ANTUNES, M. R. O.; CARVALHO, L. A. de; CARVALHO, G. L. de. Produção do vinho e o tratamento
de seus efluentes. Semana Acadêmica, Fortaleza, v. 1, n. 98, p. 1-10, dez. 2016. Disponível em:
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/producao_de_vinho_e_tratamento_vinicola_.pdf.
Acesso em: 08 set. 2021.
● ROCHA, D. PROPOSTA METODOLÓGICA PARA INTEGRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE
GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS. 2007. TESE (Pós-graduação) - UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, [S. l.], 2007.
● LAZARIN, D. Otimização e avaliação da eficiência do tratamento de efluentes de vinícola. 2012.
Monografia (TCC) - UNIVATES, [S. l.], 2012. Disponível em:
https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/309/1/DanielleLanzarin.pdf. Acesso em: 15 set. 2021.
Referência
● FACCHINI, Franciele. AVALIAÇÃO SAZONAL DO EFLUENTE DO SISTEMA DE PÓS TRATAMENTO COM
WETLAND CONSTRUÍDO EM VINÍCOLA DA SERRA GAÚCHA. 2014. TCC (Graduação) - Universitário
UNIVATES, [S. l.], 2015. Disponível em: https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/944/1/2015
FrancieleFacchini.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.
● OLIVEIRA PINHEIRO, Diana. Tratamento de efluentes vinícolas em SBBR integrando processos de
oxidação avançada e biodegradação por biofilmes microbianos. 2013. Dissertação (Mestrado) -
Universidade do Porto, [S. l.], 2015. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/302913526.pdf.
Acesso em: 22 set. 2021.

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