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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 7º VARA DO TRABALHO

DE JOÃO PESSOA/PB

Processo nº 1234-05.2019.5.13.0007

Chocolate Brasil LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro


Nacional Pessoas Jurídicas sob o n.º_____, com sede na Rua ________ – CEP _____-
___, endereço eletrônico_________ por seu advogado que esta subscreve, nos autos da
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe move Kamylla, já qualificado, em curso
perante essa D. Vara, vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO, com fulcro nos artigos 847 da CLT c/c art. 336 do CPC, pelos
motivos fáticos e de direito a seguir aduzidos:

I – DOS FATOS

A RECLAMANTE ajuizou a presente reclamatória visando o adimplemento de horas


extras, adicional noturno, remuneração do intervalo intrajornada e pagamento a título de
adicional de transferência. Ocorre que, como restará demonstrado, as alegações da
RECLAMANTE dissociam-se da realidade, devendo ser taxadas de improcedentes.

II - DO MÉRITO

2.1 – DA JORNADA DE TRABALHO DAS HORAS EXCEDENTES A 8ª DIÁRIA


E/OU 44ª SEMANAL

Alega a RECLAMANTE que foi contratada para laborar de segunda a sexta-feira das
10h00 às 20h00 com 2h para refeição. Baseando-se em informação da própria
RECLAMANTE no pedido de horas extras não lhe assiste razão, pois a jornada
cumprida não excede o módulo constitucional, seja de 44h semanal ou 8h diário, de
modo que são indevidas as horas extras, conforme indicação do Art. 7º, XIII, da
CRFB/88 e do Art. 58 da CLT.

2.2 – DO ADICIONAL NOTURNO

A RECLAMANTE afirma ainda que jamais recebera, durante todo o período laborativo
vinculada à RECLAMADA, valor referente a adicional noturno. Segundo indicação do
Art. 73, § 2º, da CLT “Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte”. Como já
apresentado pela RECLAMANTE, seu período laborativo entre as 10h e 20h não se
enquadra dentro do previsto por lei para concessão do adicional noturno.

2.3 DO INTERVALO INTERJORNADA

Segundo apontado RECLAMANTE sua jornada de trabalho se dava das 10h00 às


20h00, assim observando o que versa a legislação trabalhista, por meio do art. 66 da
CLT, que “entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas
consecutivas para descanso”, pode-se afirmar que o período interjornada de 14h da
mesma atende aos requisitos legais.

2.4 DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA

Segundo Art. 469, § 3º “Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá


transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante
as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento
suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação”. O inciso em
questão aponta que esse adicional em quanto durar a situação, ou seja ela tem que
possuir caráter temporário, e a OJ nº 133 da SDI-1 do TST reafirma que o pressuposto
legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.
A reclamada alega corretamente na inicial que sua transferência se deu em caráter
definitivo, o que não garante a concessão do adicional solicitado pela mesma.

IV – DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer a improcedência de todos os pedidos ventilados na


exordial. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
em especial prova documental, testemunhal, pericial e outras mais que se fizerem
necessárias e requer a condenação da autora ao pagamento dos honorários de
sucumbência.

Nestes termos,

Pede deferimento

Local, data

Advogado, OAB nº

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