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PCC3462

SISTEMAS PREDIAIS II

Segurança contra Incêndio -


Sistema de Detecção e Alarme

São Paulo/2017
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

Conjunto de elementos
planejadamente dispostos
e adequadamente
interligados, que fornece:

 informações de
princípios de incêndio, Fonte: https://paginas.fe.up.pt/~ee01169/Estagio/projecto.php
por meio de indicações
sonoras e visuais, e;

 controla os
componentes de
segurança e de
combate automático
instalados no edifício.

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Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

Compatibilização
de sistemas

Fonte: http://www.argus-engenharia.com.br/site/sistemas/sistema-de- 3
PCC3462 - Sistemas Prediais II agua/sistema-de-sprinklers/#toggle-id-2
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

O sistema deve proporcionar:

 A concentração de todos os alarmes e controles em uma


central principal.

 Detecção automática de alguma anormalidade nos


ambientes supervisionados.

 Aos usuários, solicitar socorro por meio de acionadores


manuais localizados em pontos estratégicos.

 A indicação de vias de escape utilizáveis para os


usuários nas áreas de perigo.

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Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

O sistema deve proporcionar:

 Fornecimento de informações e liberação das rotas de


acesso e de fuga.

 Ativação sequencial de alarmes, visuais e sonoros, para


o abandono das áreas.

 Ativação de sistemas automáticos de combate ao


incêndio, com seus respectivos alarmes sonoros e/ou
visuais.

 Abertura e fechamento das portas corta-fogo.

 Controle do sistema de ar condicionado para evitar


invasão de fumaça.
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Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

Tipos de Sistemas

 Sistema de detecção convencional

 Sistema de detecção endereçável

 Sistema de detecção analógico

 Sistema de detecção algorítmico Fonte:


http://www.globalsyst.com.br/sis
t_detec_alarme_incendio.php

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Sistema de detecção convencional

 Sistema composto por um


ou mais circuitos de
detecção.
 Cada circuito de detecção
é instalado em uma
determinada área protegida.
 Quando atuado um
detector, a central
identifica somente a
área protegida pelo circuito
de detecção onde o Fonte:
http://www.globalsyst.com.br/sist_detec_alarme_incendio.php
detector está instalado.

Este sistema não permite o ajuste do nível de alarme


dos componentes de detecção via central de alarme.
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Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

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PCC3462 - Sistemas Prediais II Fonte: http://teksea.com.br/?page_id=1403
Sistema de detecção endereçável

 Sistema composto por um ou mais


circuitos de detecção.

 Cada detector recebe


um endereço que permite
à central identificá-lo
individualmente.

 Quando atuado um detector,


a central identifica a área
protegida e o detector
em alarme.

 Este sistema não permite


o ajuste do nível de
Fonte:
alarme dos detectores via http://www.globalsyst.com.br/sist_detec_alarme_incendio.php

central.

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Sistema de detecção analógico
Sistema de detecção endereçável no qual a central monitora
continuamente os valores (temperatura e fumaça) dos detectores,
comparando-os com os previamente definidos para aquela
instalação e permite o ajuste do nível de alarme dos detectores
via central.

 As centrais de detecção
analógicas:
 permitem a configuração do
nível de sensibilidade dos
detectores;
 indica os níveis de acúmulo de
pó nos detectores para sua
manutenção e limpeza;
Fonte:
 podem ser integradas com http://www.globalsyst.com.br/sist_detec_alarme_incendio.php
softwares gráficos.
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Sistema de detecção algorítmico
Sistema de detecção analógico no qual os detectores possuem
um ou mais critérios de avaliação de medições do
ambiente em função do tempo, cujos sinais são comparados por
um circuito de lógica pré-programado para ativar o alarme.

 Os detectores monitoram
continuamente os valores de
temperatura, fumaça etc.

 São capazes de realizar tomadas


de decisões e de se comunicar
com a central, informando seu
estado de alarme, pré-alarme
e/ou falha, entre outros.

Fonte:
http://www.globalsyst.com.br/sist_detec_alarme_incendio.php

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Sistema de detecção sem fio

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Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

Elementos do Sistema (NBR 17240/2010)

 Central de controle
 Painel repetidor
 Detector automático pontual
 Acionador manual
 Indicadores sonoros e visuais
 Fontes de alimentação

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Elementos / Componentes do Sistema

Central de Controle

 Processa os sinais provenientes


dos circuitos de detecção,
converte-os em indicações
adequadas e controla o
acionamento dos demais
componentes do sistema.

 Supervisiona os laços dos


detectores e acionadores manuais.

 Atua sobre as subcentrais, painéis


repetidores e quadros sinóticos.
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Elementos / Componentes do Sistema

Painel Repetidor e Central Sinótica

 O Painel Repetidor é um equipamento


destinado a repetir, geralmente na forma
de texto, as informações de alarme ou
defeitos, provenientes da Central de
Controle ou dos detectores.

 A Central Sinótica é um painel


repetidor específico, onde as indicações
do sistema são feitas em representação
esquemática do edifício, através de
led’s.
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Elementos / Componentes do Sistema

Detector Automático Pontual

Componentes que registram e analisam automaticamente


a presença ou a variação de certos fenômenos físicos ou
químicos, transmitindo estas informações à Central de
Controle.

De acordo com seu funcionamento, são agrupados em:

 Detector de temperatura;
 Detector de fumaça;
 Detector linear;
 Detector de chama.

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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores de Temperatura

Sua ativação ocorre quando a temperatura ambiente


(caso dos térmicos) ou o gradiente da temperatura
(caso dos termovelocimétricos) ultrapassa um certo
valor pré-determinado.

 Térmico
Funcionamento baseado em NTC
(Negative Temperature Conductor)
ou lâmina bi-metálica.

 Termovelocimétrico
Fonte: http://www.securiton.com/pt/produtos/deteccao-
Utiliza termistores, elementos cuja
de-incendio/detectores/detectores-de-temperatura.html resistência varia com a temperatura.

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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores de Temperatura

 Térmicos
Instalados em ambientes onde a ultrapassagem de determinada
temperatura indique seguramente um princípio de incêndio.
Indicados para fogo com elevação de temperatura (quando a
temperatura alcança um nível fixo).
Exemplos: sala de geradores, sala de máquinas geradoras de calor, etc.

 Termovelocimétricos
São utilizados em ambientes sujeitos à presença de fumaça ou
poeira e onde a velocidade do aumento da temperatura
indique um princípio de incêndio (8 a 10 oC por minuto).
Exemplos: salas de aquecimento, estacionamentos, cozinhas e
lavanderias.
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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores de Temperatura

 Termovelocimétricos

Caso a variação de temperatura com o tempo não atinja


o valor determinado por minuto, capaz de disparar o
detector, a temperatura ambiente ao atingir um valor
pré-determinado, da mesma maneira que o detector de
temperatura fixa (detectores térmicos) fará também,
com que o detector reaja.

Detector de dupla ação

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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores de Fumaça
Sua ativação ocorre quando da presença de partículas
e/ou gases, visíveis ou não, e de produtos de
combustão, no ponto da instalação.

 Iônico
Recomendado para ambientes onde
a combustão ou a fumaça se forma
antes do início incêndio.

 Óptico
Utilizado quando a fumaça é mais
predominante que o fogo. É feito
Fonte: com um emissor e um receptor.
http://www.barretoextintores.co
m.br/servi%C3%A7os/

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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores de Fumaça

Iônicos
Recomendados em fogos de desenvolvimento rápido e
de alta energia.
Exemplos: locais com presença de combustíveis inflamáveis,
solventes (Casa de Força).

Ópticos
Recomendados em fogos de desenvolvimento lento.
Exemplos: corredores ou rotas de escape, locais com a presença
de madeira ou papel (Biblioteca).

Não devem ser utilizados em áreas com presença de vapores,


poeiras ou fumaças como em banheiros, cozinhas etc.
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Elementos / Componentes do Sistema

Gráfico da propagação de fumaça

Teto Falso
Altura
Fumaça Fumaça Am

Am

Am Temperatura

Am – Área de monitoramento

Piso Falso 20/25 m2 de área a cobrir por detector optico


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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores Lineares

A sua ativação ocorre quando da presença de partículas


e/ou gases, visíveis ou não, ou mesmo variação de
temperatura, em uma linha física de sensoriamento.

 Eletroquímicos
Composto por uma série de tubos que
absorvem o ar do local e o analisam
quanto à presença de determinados
tipos de gases.

 Espectroscópicos
Analisam amostras de ar e detectam
a existência de partículas em
suspensão.
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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores de Chama
Sua ativação ocorre quando da presença de gases ou partículas de
produtos que estejam em combustão.

 Infravermelho ou Ultravioleta
Ambos são constituídos por uma parte
óptica e uma eletrônica, onde o sensor
óptico responde à radiação emitida pelas
chamas e envia o sinal de alarme,
através do circuito eletrônico, à Central
de Controle.

 São instalados onde a luz solar não penetra e onde a


primeira consequência de um princípio de incêndio seja a
produção de chama.
Ex.: depósitos de gases e líquidos inflamáveis.
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Elementos / Componentes do Sistema

Detectores Especiais
A NBR permite o uso de outros tipos de detectores, desde que
sejam ensaiados e apresentem desempenho igual ou superior ao
exigido para os detectores pontuais.
Dentre estes, podem ser citados:

 Detectores Endereçáveis ou “inteligentes”


Com funcionamento semelhante ao convencional, porém
permite o controle dos parâmetros de ativação via
Central de Controle.

 Detectores Endereçáveis via rádio


As informações sobre ativação e demais comunicações
com a Central de Controle são feitas via
radiofrequência.
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Elementos / Componentes do Sistema

Acionador Manual

 Componente destinado a transmitir a informação de um


princípio de incêndio, quando acionado pelo usuário.

 O conjunto de acionamento é constituído, basicamente,


por um botão, um cilindro e uma mola.

Embora existam diversos modelos de


acionadores manuais, o funcionamento é
semelhante, com envio do sinal de alarme
por meio do circuito eletrônico, à Central
de Controle.
Eventualmente podem ser incorporadas outras
funções, como acionamento de chuveiros
automáticos ou sirenes.
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Elementos / Componentes do Sistema

Indicadores Sonoros e Visuais

Possuem a finalidade de alertar, sonora e/ou visualmente,


uma determinada área, no caso de defeito, teste
ou incêndio.

Podem ser acionados manual ou automaticamente.

 Campainhas, sirenes;
 Sinalizadores visuais, indicadores
de rotas de fuga.

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Elementos / Componentes do Sistema

Fontes de Alimentação e Circuitos

 Equipamentos destinados a suprir a alimentação do


sistema, mesmo na falta de energia comercial.

 A alimentação do sistema é feita por meio de baterias ou


geradores.

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Elementos / Componentes do Sistema

Circuitos

 O sistema, em geral, trabalha em baixa tensão.

Circuito de detecção
Circuito onde estão instalados os detectores automáticos
e acionadores manuais.

 Queda máxima de tensão: 2%

 Um circuito de detecção pode conter até 20 detectores


ou uma combinação de 20 componentes entre detectores e
acionadores manuais (supervisiona uma área máxima de
1600 m2 - 20 x 81 m2)

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Elementos / Componentes do Sistema

Fontes de Alimentação e Circuitos

 Circuito Classe A
Todo circuito no qual existe a fiação de retorno à central, de
modo que uma eventual interrupção em qualquer ponto deste circuito
não implique paralisação parcial ou total de seu funcionamento.
O circuito de retorno à central deve ter trajeto distinto daquele da
central proveniente.

CIRCUITO
ENTRADA 1

CIRCUITO
ENTRADA 2

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Elementos / Componentes do Sistema

Fontes de Alimentação e Circuitos

 Circuito Classe B
Não possui linha de retorno à Central.
 Uma eventual interrupção em qualquer ponto deste circuito
implica paralisação parcial ou total de seu funcionamento.

Detectores ou
Dispositivo
acionadores manuais
fim de linha

CIRCUITO
ENTRADA 1

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Elementos / Componentes do Sistema

Fontes de Alimentação e Circuitos Acionador manual


com uma chave
independente de
 Laços cruzados alarme para cada
linha de detecção

CIRCUITO 1

15 24 14 23 13 22 12 21

CIRCUITO 2

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Projeto do Sistema de Detecção e Alarme

Elementos do Sistema (NBR 17240/2010)

 Central de controle
 Painel repetidor
 Detector automático pontual
 Acionador manual
 Indicadores sonoros e visuais
 Fontes de alimentação

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Elaboração do Projeto - Prescrições

Central de Controle

 Localizada em área de fácil acesso, afastada de materiais


inflamáveis ou tóxicos, ventilada e protegida contra
penetração de fumaça.

 Distância máxima à ser percorrida entre o local de


instalação da central e uma área segura não pode ser
superior à 25,0 m.

 A central deve ser instalada em local que permita a


comunicação verbal entre esta e o estacionamento dos
veículos de combate à incêndio.
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Elaboração do Projeto - Prescrições

Painel Repetidor

 Localizado onde seja necessária ou conveniente a


informação precisa da área ou setor onde ocorre um
princípio de incêndio ou defeito no sistema.

 O local escolhido deve ser suficientemente protegido para


evitar a inutilização prematura do painel pela fumaça ou
pelo fogo.

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Elaboração do Projeto - Prescrições

Detectores automáticos

A seleção do tipo e local de instalação dos detectores deve ser


efetuada com base nas características mais prováveis da
consequência imediata de um princípio de incêndio, além do
julgamento técnico, considerando-se os seguintes parâmetros:

 aumento da temperatura;

 produção de fumaça ou produção de chama;

 materiais a serem protegidos;

 forma e altura do teto e a ventilação do ambiente.


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Elaboração do Projeto - Prescrições

Detectores automáticos

De acordo com o funcionamento do detector,


determinados parâmetros de projeto como a área de
ação e especificações de instalação variam, sendo
apresentados os relativos às seguintes tipologias:
 Detectores de Temperatura
 Detectores de Fumaça
 Detectores de Chama
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Elaboração do Projeto - Área de Atuação
Detectores de Temperatura

A área de atuação a ser empregada para esses detectores é


de 36,0 m2 para uma altura máxima de instalação de 7,0 m,
ou um quadrado de 6,0 m de lado, inscrito em um círculo cujo
raio é igual à 0,7 vezes o lado deste quadrado (4,2 m).

r 4,2m L =6,0m

Área de atuação: 36,0m²

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Elaboração do Projeto - Área de Atuação

Detectores de Fumaça

A área de atuação a ser empregada para esses detectores é


de 81,0 m2 e altura máxima de instalação de 8,0m em teto
plano, sem condicionamento de ar. Quadrado de 9,0m de
lado, inscrito em um círculo cujo raio é igual à 0,7 vezes o
lado deste quadrado (6,3m).

r 6,3m L =9,0m

Área de atuação: 81,0m²

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Elaboração do Projeto - Área de Atuação

Detectores de Fumaça
A área de atuação de um detector de fumaça diminui à medida
que aumenta o volume de ar trocado no ambiente, conforme
indicado na tabela.

Trocas de m²
ar/hora: por detector
60,0 10
30,0 22
20,0 35
15,0 47 Troca do ar = Volume de ar insuflado no ambiente
12,0 58 Volume do ambiente
10,0 70
8,6 81
7,5 81
6,7 81
6,0 81
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Elaboração do Projeto - Instalação

Espaços não atingidos pela fumaça

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Elaboração do Projeto - Instalação
Instalação em tetos inclinados

S A
A = Área de Ação do Detector

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Elaboração do Projeto - Instalação

Instalação em tetos inclinados

S A
A = Área de ação do detector

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Elaboração do Projeto - Instalação
Detectores de temperatura e de fumaça

 No teto: a não menos de 0,15m da parede lateral.


 Na parede lateral: à distância entre 0,15m e 0,30m do
teto.

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Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de temperatura e de fumaça

Ambientes com tetos lisos:

 Distância entre detectores no


máximo igual à raiz quadrada
da sua área de atuação.

 Distância entre um detector e


a parede lateral adjacente no
máximo igual à metade da
distância entre dois detectores
consecutivos no mesmo
ambiente.

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Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de temperatura e
de fumaça

Ambientes com tetos com vigas:

 Vigas com até 0,20 m de altura não são consideradas


como obstáculos.

 Vigas com altura entre 0,20 m e 0,60 m - a área de


atuação do detector deve ser reduzida à 2/3 do valor
máximo especificado.

 Vigas com altura superior a 0,60 m - a área de atuação do


detector deve ser reduzida à metade do valor máximo
especificado.
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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de temperatura em áreas irregulares

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação
Detectores de fumaça em áreas irregulares

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Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de chama

São instalados onde a primeira consequência


de um princípio de incêndio seja a produção de
chama.
 O sensor de chama é sensível aos raios UV presentes na
chama e imune à luz natural.
 O detector deve ter dispositivos que indique sujeira na lente,
necessitando limpeza.

Indicados para hangares, depósito de gases líquidos e


inflamáveis, cabines de pintura....
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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de chama

Considerando-se que os detectores de chama funcionam


essencialmente de acordo com seu campo de visão,
cuidados especiais devem ser tomados em sua aplicação,
de modo a garantir sua capacidade de resposta.

Deve-se evitar a existência de objetos e de


materiais opacos que diminuam o campo de
ação do detector.

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de chama

Quando necessário, os detectores devem ser


protegidos por anteparos ou distribuídos de forma
peculiar, para evitar operações indevidas em
respostas a radiações presentes, porém não
originadas por um incêndio ou chama indesejável.

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PCC2466 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação
Detectores de chama

Na proteção de áreas com detectores de chama deve-se


levar em consideração que a sensibilidade dos detectores
diminui com o quadrado da distância (foco de incêndio).

detector

Fonte com intensidade (y)


2x

Fonte com intensidade (4y) para o mesmo


tempo de resposta
Aumento da distância entre o detector de chama e a fonte de irradiação.
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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação

Detectores de chamas

O aumento do ângulo entre a fonte


(foco de incêndio) e o detector
(ângulo de vista) implica diminuição da
sensibilidade do detector.

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação
Detectores de chamas

Sensibilidade do detector em função do ângulo de visão:

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PCC2466 - Sistemas Prediais II
50% parede paralela ao eixo
75% de visão do detector

D x 0,0625
Detector 1 cm
45o D x 0,5 D x 0,75 Área com
100% sensibilidade
45o reduzida

6,5% 28,09 cm (1 / 0,75) cm Para que se alcance a mesma sensibilidade


no círculo a chama deve ter uma altura
(1 / 0,5) cm 1,55cm
No piso fora do círculo no ponto de 100% 1 cm
75% no ponto de 75% 1,33cm

50% no ponto de 50% 2cm


piso
VISTA LATERAL

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação

Acionadores Manuais

 Devem ser instalados em locais de maior probabilidade


de trânsito de pessoas em caso de emergência, tais como
nas saídas de áreas de trabalho, de lazer, em corredores,
halls, saídas de emergência etc.

 Devem ser instalados com alturas entre 0,90 m e 1,35 m do


piso acabado.

 A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa em


qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais
próximo, não pode ser superior a 30 m.
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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elaboração do Projeto - Instalação

Indicadores Sonoros e Visuais

 Devem ser instalados em quantidades suficientes, em


locais que permitam sua visualização e/ou audição, em
qualquer ponto do ambiente no qual estão instalados,
nas condições normais de trabalho deste ambiente.

 O volume acústico dos indicadores não deve impedir a


comunicação verbal.

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Elementos / Componentes do Sistema

Fontes de Alimentação e Circuitos

 O circuito normalmente trabalha em baixa tensão


24 Vcc (nominal).

 O circuito de detecção é onde estão instalados


os detectores automáticos e acionadores manuais.

 Queda máxima de tensão: 2%


 Um circuito de detecção pode conter até 20
detectores (supervisiona uma área máxima de
1600 m² - 20 x 81m2 – num mesmo andar).

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elementos / Componentes do Sistema

Fontes de Alimentação e Circuitos

O circuito de alarme é onde estão instalados os


indicadores sonoros e visuais.
 Queda máxima de tensão: 10%
 Para uma área ser avisada com segurança para
evacuação, são necessários ao menos dois circuitos
independentes com encaminhamento de fiação
diferenciado.

O circuito auxiliar é destinado ao comando e/ou


supervisão de equipamentos relativos à prevenção e/ou
combate a incêndio.
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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elementos / Componentes do Sistema

Autonomia do sistema

Em falta de energia elétrica, o tempo mínimo de


autonomia deve ser de 24 horas em supervisão e
mais 15 minutos na condição de alarme de
incêndio, com todos os avisadores acionados.
 A autonomia deve ser de 72 horas para os edifícios
que ficam fechados por longos períodos como, por
exemplo, das 18 h de sexta-feira às 6 h de segunda-
feira.

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Elementos / Componentes do Sistema

Zoneamento
O edifício deve ser dividido em um determinado número
de zonas de detecção e alarme para identificar o local do
incêndio.
Critérios para determinar o número e o tamanho das zonas:
 a área total de uma zona não deve exceder 1600 m2;
 uma zona não deve cobrir mais que um pavimento, exceto se o
total da área construída for menor que 300 m2;
 shafts e escadas devem ser tratados como zonas separadas;
 em edifícios de múltiplas ocupações, o limite de uma ocupação
deve coincidir com o limite da zona;
 em áreas de alto risco devem ser consideradas zonas exclusivas
para uma rápida identificação do evento.

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PCC3462 - Sistemas Prediais II
Projeto do Sistema de Detecção e Alarme
Exemplo: circuito classe B

1 A1 1 A1 1 A1 1 A1 1 A1 1 A1
A1

6m
1
1
Consultório 1 Consultório 2 Consultório 3 Consultório 4 Sanitários
1
1 1 1 1 1
1

2m
1
1 1 1 1 1

6m
Recepção Consultório 5 Consultório 6 Consultório 7 Consultório 8 Copa

6m 6m 6m 6m 6m

LEGENDA

Central de controle
Alarme sonoro

Acionador manual
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PCC-2466 - Sistemas Prediais II Detector de fumaça
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (NBR 17240).
Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de
incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro, 2010.

SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil.


Projeto Editora. São Paulo, 2008.

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PCC3462 - Sistemas Prediais II

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