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PROJETO DE PESQUISA - MDS 1

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA POLITÉCNICA
NÚCLEO DE ENGENHARIAS

MDS – MECÂNICA DOS SÓLIDOS

<NOME DA(O) ESTUDANTE>


<CURSO DE ESCOLHA>

<TÍTULO DO TRABALHO AQUI>

PROJETO DE PESQUISA:

Curitiba
<Mês> de 2020

1. CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TRABALHO DO


ALUNO
Oleodutos, ou simplesmente dutos, são meios de transporte essenciais
para petróleo, gás natural e álcool etílico e seus derivados, porque são baratos
seguros e podem ser operados em alta capacidade. Entretanto, o custo não deve
ser a primeira preocupação, mas segurança e serventia. Como qualquer outro
projeto de engenharia, oleodutos são projetados para determinada vida útil de
serviço. Eles têm que ser mantidos e inspecionados periodicamente para garantir
que operam dentro de parâmetros especificados. Além disto, como qualquer outra
estrutura de engenharia, oleodutos sofrem efeitos estáticos e dinâmicos devido a
operação, carregamentos externos e internos, tensões introduzidas na fabricação
e efeitos ambientais. Finalmente, na eventualidade de um defeito, se nenhuma
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ação preventiva ou corretiva for tomada, os efeitos anteriores combinados podem


causar ruptura com consequências catastróficas para a vida humana e o
ambiente.
Defeitos de corrosão são classificados em oito categorias segundo Callister
(2001, p. S-223) e Revie (2011, p. 6): (1) corrosão uniforme, (2) galvânica, (3) em
fendas, (4) pite, (5) intergranular, (6) lixiviação (Callister) ou dissolução (Revie), (7)
erosão-corrosão, e (8) trincamento assistido pelo ambiente ou fragilização por
corrosão sob tensão.
Dos defeitos de corrosão, aqueles mais difíceis de detectar são os com
maior risco potencial, como por exemplo, a corrosão por pite. Pidaparti e Rao
(2008, p. 1932) consideram a corrosão por pite um dos principais mecanismos que
afetam a integridade de muitos materiais e estruturas na engenharia. Callister
(2001), define corrosão por pite como uma “forma muito localizada de ataque por
corrosão, onde pequenos pites ou buracos se formam no material”. Já Gentil
(2012), assim define pite: “cavidades que apresentam o fundo em forma angulosa
e profundidade maior que o seu diâmetro”. O mecanismo do pite pode estar ligado
a “áreas onde as maiores tensões ocorrem e levam à ruptura da camada de
proteção e trincamento por corrosão sob tensão...” (OK, PU, e INCECIK, 2007, p.
2224).

2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é estimar a pressão de falha de dutos contendo
pites de corrosão na sua superfície externa através de simulações
computacionais. Utilizar-se-á o método dos elementos finitos e o programa
ANSYS para realizar as simulações computacionais. Dutos contendo apenas um
pite de corrosão serão analisados, expandindo o domínio de pesquisa já realizada.
Serão analisados diâmetros comerciais de dutos de petróleo buscando melhor
calibração dos parâmetros obtidos por Bertin, 2015. Também se buscará trabalhar
com outros formatos de pite e outros carregamentos para o duto.
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3. POSSÍVEIS SOLUÇÕES
A estimativa da pressão de falha em dutos contendo defeitos de corrosão
pode ser obtida por meio de simulação numérica em software de elementos finitos.
No presente caso será utilizado o software comercial ANSYS, mas poderia ser
utilizado outro como ABAQUS ou COMSOL, por exemplo. Outra forma seria a
experimentação por meio da simulação do defeito pela fresagem da parede
externa do tubo para redução da espessura de sua parede ou pela furação com
broca adequada e sem que o furo seja passante. Esta segunda maneira, embora
fisicamente possível seria de difícil realização tendo em vista a necessidade de
equipamento que permita alcançar pressurização do tubo até, pelo menos, 40
MPa.

4. PLANO DE ATIVIDADES DA(O) ESTUDANTE


Etapa 1. Revisão e atualização bibliográfica: análise de dutos com defeitos
de corrosão; método dos elementos finitos e sua aplicação no tema em estudo;
Etapa 2. Construção de modelos geométricos: uso do programa ANSYS
para geração dos modelos, envolvendo o emprego da simetria, e aplicação das
condições de restrição ao movimento (apoios) e de carregamento;
Etapa 3. Desenvolvimento de modelos via elementos finitos: geração das
malhas de elementos finitos, obedecendo as regras de refino gradual e de nível de
refino na região dos pites – uso do programa ANSYS;
Etapa 4. Simulações computacionais: realização das análises usando o
programa ANSYS, variando parâmetros geométricos de uma análise para a outra
e buscando estabelecer relação entre pressão de falha e dimensões do duto;
Etapa 5. Análises dos resultados numérico-computacionais: organização
dos resultados em tabelas e gráficos para interpretação;
Etapa 6. Elaboração dos relatórios.

5. REFERÊNCIAS
BERTIN, R.J. A numerical investigation of internal failure pressure of
pipelines containing a single and double pit corrosion defect considering
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plasticity, 2015. 164 f. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) – PUCPR,


Curitiba – PR.
CALLISTER, W. D. Fundamentals of Material Science and Engineering.
5th ed. New York: John Wiley, 2001.
GENTIL, V. Corrosão. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
OK, D., PU, Y. & INCECIK, A. Artificial neural networks and their
application to assessment of ultimate strength of plates with pitting
corrosion. Ocean Engineering, Issue 34, pp. 2222-2230, 2007.
PIDAPARTI, R. M. & RAO, A. S. Analysis of pits induced stresses due to
metal corrosion. Corrosion Science, Issue 50, p. 1932–1938, 2008.
REVIE (Ed.), R. W. Uhlig's Corrosion Handbook. 3rd ed. Hoboken: John
Wiley & Sons, 2011.

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