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BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-Lei nº 15/2014:
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instituídas com o objectivo superiormente traçado de Programas de Segurança dos Operadores Aéreos (PSOA)
garantir o melhor nível possível de segurança da aviação e nos programas de segurança das restantes organizações
civil em Cabo Verde. envolvidas nas operações dos aeródromos, de acordo com
as características específicas de cada uma, de forma a
8. O Governo de Cabo Verde, consciente da importância
garantir-se um nível adequado de protecção da aviação
da segurança da aviação civil, e enquanto parte integran-
civil contra os actos de interferência ilícita.
te da segurança global do país, adopta todas as medidas
que forem de sua competência, designadamente, alocando 1.2.3. Procedimentos especiais de segurança e
os recursos necessários, humanos, materiais, financeiros isenções de controlos de segurança
e outros, para a sua efectiva implementação, em todas
Podem ser permitidos procedimentos especiais de
as operações aéreas.
segurança ou isenções de controlos de segurança desde
9. O Governo orienta a AAC e insta a indústria a que cumulativamente sejam cumpridos os seguintes
adoptarem e partilharem as melhores práticas e as infor- requisitos:
mações relativas às medidas preventivas de segurança,
às técnicas de rastreio e de controlo da qualidade, as 1. O procedimento ou a isenção seja aprovado pela
técnicas de detecção de engenhos explosivos, à detecção autoridade competente;
de comportamentos suspeitos, à certificação de pessoal do 2. Haja razões objectivas que justifiquem o
segurança e ao desenvolvimento dos recursos humanos. procedimento ou a isenção;
10. O Governo incentiva a utilização de equipamentos 3. O procedimento ou a isenção garanta um nível
e técnicas modernas de detecção de artigos proibidos de segurança equivalente ao estabelecido no
de modo a evitar que os mesmos sejam levados para as PNSAC e nos regulamentos aeronáuticos;
áreas restritas de segurança e a bordo das aeronaves,
observando o devido respeito pela intimidade e pela 4. O procedimento ou a isenção não seja contrário
privacidade dos cidadãos. ao interesse público.
11. O Governo exige, por isso, de todas instituições 1.2.4. Medidas de segurança alternativas
públicas, forças e serviços de segurança nacionais, com
A AAC pode autorizar a adopção de medidas de segu-
responsabilidades atribuídas neste PNSAC, um concurso
rança alternativas que garantam um adequado nível de
efectivo e sem reservas no cumprimento das medidas
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A salvaguarda e protecção das pessoas e bens de actos 1. A resposta primária a um acto de interferência ilícita
de interferência ilícita contra a segurança da aviação ci- contra a segurança da aviação civil requer disponibili-
vil, obrigam a definir um adequado sistema de segurança dade e intervenção imediatas do pessoal de segurança
que articule meios humanos, técnicos e electrónicos, bem no local da ocorrência, dentro do espaço de tempo con-
como a estabelecer normas e procedimentos que permi- cedido pelos sistemas de detecção e de atraso colocados
tam dissuadir, detectar, atrasar, responder e neutralizar no terreno, por forma a conter ou anular por completo
aqueles actos. a acção ilegal.
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3. A segurança da aviação exige também uma boa f) Utilização duma aeronave que se encontra em
gestão das medidas de segurança, a fim de evitar cons- serviço com o propósito de causar mortes,
trangimentos desnecessários, confusão e desordem nas ofensas corporais graves, ou danos graves à
aerogares. propriedade ou ao ambiente;
4. No actual clima de intensificação das preocupações g) Comunicação de informações falsas de modo a
de segurança, as considerações acima expendidas reque- comprometer a segurança duma aeronave em
rem abordagens imaginativas no âmbito da segurança voo ou no solo, de passageiros, tripulantes,
que sejam eficazes, sem serem constrangedoras e sejam pessoal em terra ou do público em geral, num
entendidas pelo público como reacção lógica às novas e aeródromo ou dentro duma instalação da
emergentes ameaças. aviação civil.
e) Introdução a bordo duma aeronave ou num 10. «Aerossóis de defesa», todos os contentores por-
aeródromo, duma arma, dum engenho táteis de gases comprimidos cujo destino seja unicamente
perigoso ou duma matéria perigosa, com fins o de produzir descargas de gases momentaneamente
criminosos; neutralizantes da capacidade agressora.
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11. «Agente reconhecido», agente, transitário ou 24. «Área reservada», as áreas de um aeródromo,
outra entidade que tem relações comerciais com um edifício ou facilidade cujo acesso é condicionado.
operador aéreo e que executa controlos de segurança
25. «Área restrita de segurança», as áreas do lado
aceites ou exigidos pela autoridade aeronáutica, à carga
ar de um aeródromo, identificadas como sendo áreas de
e ao correio.
risco onde, para além do controlo de acesso, são realiza-
12. «Alerta de bomba», estado de alerta, declarado dos outros controlos de segurança. Em regra, estas áreas
pelas autoridades competentes para pôr em execução compreendem, sobretudo, todas as zonas de partida dos
um plano de intervenção destinado a evitar possíveis passageiros da aviação comercial existentes entre os pon-
consequências resultantes de uma ameaça comunicada tos de rastreio e a aeronave, a zona de tráfego, as zonas
anonimamente ou de outro modo, ou resultante da des- de triagem de bagagens, incluindo a placa e as zonas onde
coberta de um engenho suspeito ou outro artigo também as bagagens e a carga são colocadas depois de rastreadas
suspeito a bordo de uma aeronave, num aeródromo ou em e de expedição da carga e as partes situadas do lado ar do
outras instalações de apoio à navegação aérea. terminal de carga, dos correios e dos serviços de limpeza
13. «Ameaça de bomba», informação anónima ou de de aeronaves e de catering.
outro tipo sobre a existência de um explosivo, dispositivo 26. «Área de triagem de bagagem de porão»,
ou outro objecto de natureza desconhecida, a bordo de espaço destinado à separação da bagagem registada
uma aeronave, num aeródromo ou em outras instalações por destino, voo e contentor, antes de ser enviada para
de apoio à navegação aérea. carregamento de aeronaves.
14. «Anexos», documentos contendo matéria que
27. «Área pública», área de um aeródromo à qual o pú-
explicita ou detalha disposições referidas no documento
blico tem acesso ou para a qual não há restrição de acesso.
principal.
15. «Apêndices», documentos contendo matéria 28. «Arma de fogo», artefacto utilizado para a propul-
agrupada separadamente por uma questão de conveni- são de projécteis sólidos por meio duma rápida expansão
ência mas que, em essência, constituem parte extensiva de gases obtidos geralmente pela queima controlada da
das próprias disposições estabelecidas no documento pólvora.
principal. No caso vertente: parte extensiva das normas 29. «Armas de pequeno porte», termo genérico que
e práticas recomendadas aprovadas pela Autoridade designa todas as armas de fogo portáteis e às armas
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62. «Check-in», processo de apresentação e aceitação 75. «Correio», correspondência e outros artigos en-
dum passageiro para embarque num determinado voo. tregues pelos serviços postais para entrega a serviços
postais, em conformidade com as regras da União Postal
63. «Circular informativa de segurança», toda a Universal (UPU).
informação divulgada pela AAC sobre qualquer ameaça
ou incidente, bem como toda a informação sobre o número 76. «Co-Mail», sigla de correio da transportadora aérea,
e o tipo de artigos proibidos descobertos ou confiscados enviado no âmbito da sua rede de escalas.
que forneçam referências técnicas ou elementos para o
uso de operadores aéreos ou aeroportuários e de serviços 77. «Co-Mat», sigla de materiais da companhia enviados
de segurança. no âmbito da sua rede de escalas.
controlos efectuados durante todo o período de activida- gurança, de carácter imperativo, emitido pela AAC para
des, de forma intencionalmente incerta e que não permita responder a ameaças ou a uma ameaça específica.
a um observador atento, determinar a frequência com
que são realizados. E
69. «Controlo de acesso», procedimento e ou equipa- 83. «Equipamento de segurança», dispositivo es-
mentos de segurança que visam assegurar que só pesso- pecializado destinado a ser utilizado, individualmente
as, veículos e objectos autorizados, podem ter acesso ao ou como parte de um sistema, para detectar objectos e
perímetro, área ou zona restrita de segurança. artigos proibidos que possam ser utilizados para a prática
de actos de interferência ilícita.
70. «Controlo de estupefacientes», conjunto de
medidas tomadas na luta contra o transporte ilícito de 84. «Escala», qualquer operação de pouso de uma
estupefacientes e de substâncias psicotrópicas por via aeronave entre a origem e o destino de um voo.
aérea. 85. «Escolta», acompanhamento ou monitoramento
das actividades de um indivíduo que não tem direito
71. «Controlo da qualidade», estrutura organiza-
de acesso desacompanhado a uma área de segurança
cional, responsabilidades, processos e procedimentos
restrita.
que visam promover e estabelecer um ambiente e uma
cultura de melhorias contínuas e conduzam ao reforço 86. «Escritório de registo fora do aeródromo»,
da segurança da aviação civil. escritório situado num centro urbano e dotado de insta-
lações e de serviços para o atendimento dos passageiros
72. «Controlo de segurança», meios através dos
e da carga.
quais se pode prevenir a introdução de armas, explosivos
ou outros engenhos, artigos ou substâncias proibidas que 87. «Estacionamento isolado», estacionamento
possam ser utilizados na comissão de actos de interfe- situado em locais isolados e que não interfiram com o
rência ilícita. normal funcionamento (posição remota) mas permitindo
rápido e fácil acesso.
73. «Controlo de segurança da aeronave», inspec-
ção do interior duma aeronave a que passageiros possam 88. «Estado da matrícula», Estado onde a aeronave
ter tido acesso e inspecção do porão com o objectivo de está matriculada.
descobrir objectos suspeitos, armas, explosivos ou outros
objectos, artigos ou substâncias perigosos. 89. «Expedidor conhecido», expedidor que envia
carga ou correio por sua própria conta e cujos procedimentos
74. «Convenção de Chicago», a Convenção sobre a que implementa cumprem as normas de segurança es-
Aviação Civil Internacional e os seus Anexos, assinada tabelecidas ao ponto que lhe seja permitido o transporte
em Chicago em 7 de Dezembro de 1944. de carga e correios em qualquer aeronave.
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112. «Operador aéreo», pessoa, organismo ou empre- visando garantir a continuidade das actividades e dos
sa que se dedica ou se propõe dedicar-se à exploração de serviços, bem como responder a situações de emergência
uma ou mais aeronaves. através da gestão de crises.
113. «Operador aeroportuário», o mesmo que ad- 125. «Polícia de bordo», pessoa autorizada pelo Go-
ministração aeroportuária. verno do Estado do operador e pelo Governo do Estado de
registo a actuar a bordo duma aeronave com o objectivo de
P
proteger a aeronave e os seus ocupantes contra actos de
114. «Painel de serviço», ponto de acesso exterior interferência ilícita. Essa expressão exclui pessoas cuja
à aeronave utilizado para prestar serviços à aeronave, responsabilidade consiste em proteger exclusivamente
incluindo água, instalação sanitária, tomadas eléctricas uma ou mais pessoas específicas que viajam na aeronave,
no solo e outros compartimentos de serviço que possuem designadamente os guarda-costas.
painéis de fixação externa. 126. «Ponto vulnerável», qualquer instalação aero-
115. «Passageiro deportado», pessoa que a mando portuária ou de navegação aérea situada no aeródromo
das autoridades competentes, é obrigada a sair do país ou a ele ligada, cuja deterioração ou destruição prejudica
onde se encontrava. gravemente o bom funcionamento do aeródromo.
116. «Passageiro desordeiro», passageiro que viole 127. «Posição de estacionamento», lugar situado
as regras de conduta num aeródromo ou a bordo de uma numa área de tráfego, destinado ao parqueamento de
aeronave ou que não acate as instruções do pessoal ae- aeronaves.
roportuário ou de membros da tripulação, perturbando 128. «Posto de Estacionamento Isolado», lugar
a ordem e a disciplina num aeródromo ou a bordo de situado, de preferência, fora da área de trafego dum
uma aeronave. aeródromo para onde são estacionadas as aeronaves
117. «Passageiros em correspondência», passa- suspeitas ou objecto de interferência ilícita.
geiros que num aeródromo passam directamente de um 129. «Prática recomendada», qualquer especificação
voo para outro. ou procedimento, cuja aplicação uniforme é reconhecida
como desejável no interesse da segurança, regularidade
118. «Passageiros com mobilidade reduzida», pas-
ou eficiência da aviação civil.
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III/89, de 13 de Julho.
19. PNSAC – Programa Nacional de Segurança da
4. Convenção Para a Marcação de Explosivos
Aviação Civil
Plásticos Para Fins de Detecção (Convenção
20. PSA – Programa de Segurança Aeroportuário de Montreal de 1991) – Resolução n.º 47/
VI/2002, de 15 de Julho.
21. PSOA – Programa de Segurança do Operador
Aéreo 5. Protocolo Para a Repressão de Actos Ilícitos
22. SDEE – Sistema de Detecção de Engenhos de Violência em Aeroportos que Prestam
Explosivos Serviços à Aviação Civil Internacional
(Protocolo de Montreal de 1988) – Resolução
23. SDE – Sistema de Detecção de Explosivos n.º 43/VI/2002, de 27 de Maio.
24. SIR – Serviço de Informações da República 1.6.3. Documentos relevantes da OACI
1.6. Fontes de regulamentação São relevantes para a segurança da aviação civil os
1.6.1. Convenção de Chicago de 1944 e seus anexos seguintes documentos da OACI:
técnicos
1. Manual de Segurança para a Protecção da
1. Cabo Verde é signatário da Convenção Sobre a Aviação Civil Contra Actos de Interferência
Aviação Civil Internacional, conhecida por Convenção Ilícita – Documento 8973.
de Chicago de 1944.
2. Regras do Ar e Serviço de Tráfego Aéreo –
2. A Convenção de Chicago, publicada pela Resolução Documento 4444.
de Conselho de Ministros n.º 18/2003, de 11 de Agosto.
3. Operações de Aeronaves – Documento 8168.
3. A referida Convenção tem presentemente 18 (de-
zoito) Anexos Técnicos, sendo 1 (um) deles, o Anexo 4. Os Factores Humanos nas Operações de Segurança
17, relativo à protecção da aviação civil contra actos de da Aviação Civil – Documento 9808.
interferência ilícita. 5. Manual de Supervisão, Parte C – Documento
4. Para além do Anexo 17 à Convenção de Chicago exis- 9734.
tem normas e práticas recomendadas relacionadas com
6. Manual de Referência para as Auditorias de
a segurança da aviação civil, em outros Anexos Técnicos,
Segurança – Documento 9807.
designadamente nos seguintes:
a) Regras do Ar – Anexo 2; 7. Instruções Técnicas para o Transporte Seguro
de Mercadorias Perigosas por Via aérea -
b) Operações de Aeronaves – Anexo 6; Documento 9284.
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voo comercial.
que altera o Decreto-Legislativo n.º 1/2001, de
20 de Agosto, que aprova o Código Aeronáutico 20. Decreto-Regulamentar n.º 18/99, de 20 de
de Cabo Verde. Dezembro, que estabelece a organização do
Serviço Nacional de Protecção Civil.
8. Decreto-Legislativo n.º 1/2008, de 18 de Agosto,
que aprova a Lei Orgânica da Polícia 21. Decreto-Regulamentar n.º 6/97, de 10 de Março,
Judiciária. que estabelece as normas para a organização
e funcionamento do terminal de carga e
9. Decreto-Legislativo n.º 2/2008, de 18 de Agosto correio do Aeroporto Internacional Amílcar
– Aprova o Estatuto do Pessoal da Polícia Cabral pelo operador aeroportuário.
Judiciária.
22. Portaria n.º 33/2009, de 14 de Setembro, que
10. Decreto-Lei n.º 39/2007, de 12 de Novembro, aprova o modelo de cartão de identificação do
que prova a orgânica da Polícia Nacional. pessoal e mandatários da AAC.
11. Decreto-Lei n.º 52/2006, de 20 de Novembro, que 1.6.6. Regulamentos aeronáuticos
previne e reprime certas situações cometidas
a bordo de aeronave civil, em voo comercial, 1. A AAC elaborou e aprovou as Partes 12 e 18 dos Regu-
por passageiros desordeiros. lamentos Aeronáuticos de Cabo Verde (CV CAR 12 e 18).
12. Decreto-Lei n.º 57/2005, de 29 de Agosto, que 2. O CV CAR Parte 12 refere-se à Segurança Aero-
estabelece o regime jurídico das contra- portuária e o CV CAR Parte 18 trata da Segurança do
ordenações aeronáuticas civis. Operador Aéreo.
13. Decreto-Lei n.º 31/2009, de 7 de Setembro, que 3. Para além desses, a AAC elaborou e aprovou os
altera o Decreto-Lei n.º 28/2004, de 12 de seguintes CV CARs, todos com disposições normativas
Julho, que cria a Agência de Aviação Civil, relativas à protecção da aviação civil contra actos de
(AAC) e aprova os respectivos Estatutos. interferência ilícita:
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b) Requisitar documentos para análise, bem como g) Descrição ou especificações técnicas de objectos
equipamentos e materiais; utilizados para testar os equipamentos de
c) Determinar, a título preventivo, e com efeitos rastreio e os parâmetros de calibração os
imediatos, mediante ordem escrita e equipamentos;
fundamentada, a suspensão ou cessação de
h) Salvo divulgação feita pela AAC, informação
actividades, a imobilização de aeronaves ou o
que esta considerar ser susceptível de revelar
encerramento de instalações, quando da não
vulnerabilidades do sistema de aviação
aplicação dessas medidas possa resultar risco
civil ou das instalações da aviação civil, a
iminente para a segurança da aviação civil;
ataques de elementos hostis, nomeadamente,
d) Suspender, a título preventivo, e com efeitos detalhes de auditorias, inspecções, inquéritos,
imediatos, mediante ordem escrita e investigações, testes, infracções alegadas ou
fundamentada, o exercício dos privilégios constatadas das normas em vigor e qualquer
outorgados por licenças, certificados, informação que possa conduzir à revelação de
qualificações ou documentos, em caso de tais detalhes;
flagrante violação de deveres específicos
contidos na lei ou em normas emitidas pela i) As informações de carácter sensível, em especial
autoridade aeronáutica, até que a mesma as relativas a acidentes de aviação, incidentes
seja totalmente eliminada; de segurança e actos de interferência ilícita;
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6. A AAC deve desenvolver através de regulamento, 6. Os controlos administrativos podem ser designada-
normas e procedimentos específicos que visem disciplinar mente os seguintes:
de forma detalhada, a salvaguarda e protecção de dados,
a) Normas de segurança, definição de políticas e
informações, documentos e materiais sigilosos, bem como
procedimentos;
as áreas e instalações onde tramitam.
1.9. Prevenção de ataques informáticos b) Recrutamento, selecção, formação do pessoal e
verificação dos antecedentes particularmente
1.9.1. Protecção da tecnologia e dos sistemas de daqueles com privilégios de administrador
comunicação e informação nos sistemas;
1. Os operadores, designadamente os operadores aére-
os, aeroportuários e os provedores de serviços de trafego c) Avaliação da ameaça e dos riscos para
aéreo devem, segundo a avaliação do risco feita pela determinar a vulnerabilidade do sistema e a
AAC, desenvolver medidas que protejam a informação probabilidade de um ataque;
e os sistemas e tecnologias de comunicação utilizados d) Controlo da qualidade, incluindo inspecções e
na aviação civil de interferências que possam perigar a testes; e
segurança operacional.
e) Segurança da cadeia de fornecedores de software
2. As entidades que participam na implementação dos
e hardware.
diversos aspectos do PNSAC ou que são responsáveis
por elas, são encorajadas a identificar os seus sistemas e 7. Controlos lógicos ou virtuais podem ser designada-
tecnologias vitais de informação e comunicação, incluin- mente os seguintes:
do as ameaças e as vulnerabilidades desses sistemas,
e elaborar as medidas de protecção, designadamente a) Firewalls;
as de segurança integrada, da segurança da cadeia de
b) Encriptação de dados;
fornecimentos, de separação de redes e de controlo de
acesso remoto. c) Sistemas de detecção de intrusões na rede; e
3. Os operadores acima indicados devem identificar d) Sistemas de antivírus e anti-spywares.
sistemas de informação, software e hardware críticos que
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utilizam nas suas operações, designadamente: 8. Os controlos físicos podem ser designadamente os
seguintes:
a) Sistemas de controlo de acesso e de alarmes;
b) Sistemas de controlo de partidas; a) Assegurar que o hardware, particularmente os
servidores estão situados em locais seguros,
c) Sistemas de reconciliação de passageiros e
protegidos por paredes e portas seguras e
bagagens;
onde o acesso é controlado;
d) Sistemas de rastreio e ou sistemas de detecção
de explosivos; b) Implementar sistemas de autenticação que
garantam que apenas pessoas autorizadas
e) Bases de dados de agentes reconhecidos ou de acedam ao sistema, através da biometria e de
expedidores conhecidos; e palavras-passe seguras e complexas;
f) Sistemas de gestão do trafego aéreo;
c) Limitar o número de pessoas com acesso ao
g) Sistemas de reservas dos operadores aéreos e os sistema;
sistemas de check-in de passageiros;
d) Requerer mais do que uma pessoa para conceder
h) Circuitos fechados de televisão; autorizações e privilégios, sendo o mínimo de
i) Sistemas de comando e controlo de segurança e duas e o máximo de três;
de despacho dos voos.
e) Controlar e monitorar continuamente o sistema;
4. As medidas de segurança contra ataques informá-
ticos devem, no mínimo: f) Usar sistemas de backup remotos para evitar a
perda de dados em caso de danos no sistema
a) Proteger os sistemas contra o acesso e uso não
primário;
autorizados;
b) Prevenir a manipulação ilícita dos sistemas; e g) Guardar três backups em lugar seguro, sendo
um na instituição, os outros dois fora, sendo
c) Detectar ataques contra os sistemas. um destes de preferência numa instituição
5. A protecção física dos sistemas deve começar no bancária e fazer actualizações periódicas;
momento da concepção ou o mais cedo possível de modo
h) Manter registos das actividades para efeitos de
a assegurar que são os mais robustos possível contra
auditorias e alertas em caso de actividades
ataques informáticos, podendo ser conseguido através de:
fora dos parâmetros operacionais normais;
a) Controlos administrativos;
i) Realizar auditorias externas anuais, feitas
b) Controlos lógicos ou virtuais; por entidades especializadas e garantir o
c) Controlos físicos. cumprimento das recomendações efectuadas.
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1. Os operadores aéreos, aeroportuários e os serviços 4. Em alternativa, o sistema deve gerar um email para
de tráfego aéreo devem incluir medidas de segurança alguém designado pelo operador, sempre que o acesso é
no desenho, na implementação e na operação de novas tentado ou conseguido.
tecnologias e sistemas de comunicação e informação, 5. A manutenção do sistema deve ser efectuada por pes-
incluindo software e hardware. soas autorizadas e em períodos previamente estabelecidos.
2. As modificações nas tecnologias e sistemas de co- 6. Os operadores devem requerer os fornecedores a
municação e informação existentes também devem ter limitarem o número de pessoas autorizadas a efectuar a
em conta a segurança a nível de software e hardware. manutenção do sistema.
3. As especificações para a aquisição de novas tecnolo-
7. Devem ser verificados os antecedentes pessoais,
gias e sistemas de comunicação e informação, incluindo
criminais e policiais das pessoas autorizadas a efectuar
software e hardware devem incluir detalhes relativos à
a manutenção do sistema.
segurança.
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7. Os factores humanos devem ser considerados essen- 4. Para desenvolver uma cultura de segurança forte
ciais à manutenção da motivação do pessoal em níveis os gestores devem fazer da segurança parte integral do
aceitáveis. plano de negócios das respectivas empresas.
8. A rotação do pessoal e a diversificação das tarefas 5. Os objectivos de segurança devem ser desenvolvidos
contribui para a manutenção da motivação e da produ- e os trabalhadores e os gestores serem responsabilizados
tividade do pessoal. pelo alcance dos mesmos.
2.4. Controlo da qualidade 6. Os objectivos devem ser específicos, mensuráveis,
atingíveis, realistas e tangíveis e dizer respeito a períodos
De modo a assegurar que as medidas de segurança de tempo pré-determinados.
estão em conformidade com os requisitos legais e regula-
mentares, devem ser implementadas acções de controlo 7. Muitas organizações dão muito relevo à segurança
da qualidade quer internas, quer externas. em períodos em que ocorrem incidentes e relaxam quando
a situação volta ao normal.
2.5. Operações de segurança
8. É importante manter a qualidade da segurança
As medidas de segurança previstas no PNSAC e em sempre em nível adequado, independentemente do nível
outros regulamentos aeronáuticos devem ser implemen- de ameaça prevalecente.
tadas de modo a serem cumpridos de forma consistente
os requisitos legais e regulamentares nacionais e as 9. Mantendo a segurança como uma prioridade, está-
melhores práticas existentes na indústria da aviação. se a contribuir para o reforço da cultura de segurança e
contribui para a organização responder adequadamente
2.6. Contingências em caso de ocorrência dum eventual acto de interferência
1. Os operadores devem implementar medidas e proce- ilícita.
dimentos para efectuar a avaliação do risco e da ameaça, CAPÍTULO III
bem como a gestão do risco e da ameaça.
Divisão de responsabilidades no âmbito
2. Devem ter um plano de resposta às emergências da segurança da aviação civil
relativo a incidentes de todos os tipos, incluindo os rela-
3.1. Autoridade competente em matéria de segu-
tivos à segurança.
rança da aviação civil
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7. Rever e aprovar os PSOA, os PSA, os programas 3.3. Prestadores de serviços de tráfego aéreo
de segurança dos fornecedores de serviços
1. Os prestadores de serviços de tráfego aéreo têm
de catering, de handling, bem como doutras
a responsabilidade do estabelecimento e da aplicação
organizações, cuja actividade seja relevante
de medidas de segurança que visem prevenir actos de
para a segurança da aviação civil.
interferência ilícita nas suas instalações.
8. Assegurar que aos serviços responsáveis pela 2. As responsabilidades de segurança da aviação espe-
segurança dos aeródromos e dos operadores cíficas dos prestadores de serviços de tráfego aéreo com-
aéreos sejam garantidos os meios necessários, preendem, designadamente, as actividades seguintes:
designadamente, humanos, materiais e em
instalações, incluindo espaços para gabinetes, a) Estabelecer e executar programas de segurança
meios de comunicação, equipamentos de em cada instalação sob a sua administração,
segurança adequados e de treino do pessoal detalhando as diversas medidas de segurança
de segurança. aplicáveis e assegurando a sua conformidade
com o presente PNSAC;
9. Desenvolver e rever, segundo as necessidades,
políticas nacionais relacionadas com a b) Submeter os programas de segurança à AAC
segurança da aviação civil. para revista e aprovação;
c) Nomear um coordenador de segurança
10. Desenvolver e emitir regulamentos nacionais,
devidamente formado e certificado pela
directivas e instruções, relativos à segurança
AAC, responsável pela gestão da segurança
da aviação civil.
nas suas instalações, encarregado da
11. Assegurar que nos desenhos de novas coordenação e aplicação e execução das
instalações aeroportuárias ou de navegação medidas e procedimentos operacionais em
aérea, ou nas alterações às existentes, os conformidade com as disposições específicas
projectos arquitectónicos contenham os do seu Programa de Segurança aprovado;
requisitos necessários à implementação de d) Fornecer cópias dos Programas de Segurança,
medidas de segurança da aviação civil de ou de partes deles, a todos quantos tenham a
forma integrada.
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necessidade de saber;
3.2. Operador aeroportuário e) Zelar para que as necessidades de segurança
da aviação sejam tomadas em consideração
1. O operador aeroportuário tem a responsabilidade do na concepção e na construção de novas
estabelecimento e da aplicação de medidas de seguran- instalações bem como nas modificações a
ça que visem prevenir actos de interferência ilícita nos fazer nas suas instalações.
aeródromos de Cabo Verde.
3. Para efeitos da alínea c) do número anterior, o pro-
2. As responsabilidades de segurança da aviação vedor dos serviços de tráfego aéreo pode designar como
específicas do operador aeroportuário, compreendem, seu coordenador, o coordenador de segurança do próprio
designadamente, as actividades seguintes: aeródromo onde presta serviço.
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a) Prevenção e detecção dos crimes nas instalações d) Quaisquer outros, quando executados com
aeronáuticas; bombas, granadas, matérias ou engenhos
explosivos, armas de fogo e objectos
b) Vigilância e patrulhas regulares de todas as armadilhados, armas nucleares, químicas e
zonas dos aeródromos; radioactivas.
c) Vigilância dos passageiros à chegada e à partida, 3. A PJ pode visitar, cumprindo as regras aeronáuticas
a fim de detectar eventuais suspeitas e e de segurança, qualquer espaço ou dependência aero-
ameaças para a aviação civil; portuária, deslocar-se às aeronaves, quando o entenda
conveniente, quer à chegada, quer à partida, verificar
d) Planificação das medidas de contingência em os documentos de passageiros e de expedições, e obter
colaboração com o operador aeroportuário, a quaisquer esclarecimentos que interessem à prevenção
Polícia Judiciária (PJ), as Forças Armadas e à investigação criminal, respeitando sempre as normas
e outras forças ou serviços de segurança, processuais penais.
para resposta, controlo e normalização dos
acontecimentos em caso de actos de desvio de 4. A PJ integra as equipas de negociação em caso de
aeronaves, sabotagem, ameaça de bomba ou tomadas de reféns ou de sequestro de aeronaves.
outras ameaças, ataques no solo e desordens 3.8. Forças Armadas
civis nas instalações e áreas aeroportuárias;
1. As Forças Armadas de Cabo Verde, no quadro das
e) Participar em equipas de negociação em caso de suas missões específicas, cooperam com as forças poli-
tomada de reféns; ciais na protecção das instalações aeroportuárias em
caso de interferência ilícita nas infra-estruturas ou nas
f) Vigiar e fiscalizar nos postos de fronteira a
aeronaves.
circulação de pessoas, incluindo a zona
internacional dos aeródromos, podendo 2. São também responsáveis pela avaliação das vul-
impedir a entrada em território nacional nerabilidades dos aeródromos nacionais aos sistemas
de passageiros e tripulantes de aeronaves, portáteis de defesa aérea, pela elaboração dos corres-
indocumentados ou que não satisfaçam os pondentes relatórios e pela prescrição das medidas de
requisitos legais exigíveis para o efeito; mitigação dos riscos associados.
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3. Garantem uma resposta armada rápida a incidentes b) Assegurar o cumprimento das obrigações
graves nos aeródromos de Cabo Verde e o levantamento inerentes ao serviço postal universal de
e inactivação de engenhos explosivos. comunicações postais.
4. Cooperam ainda com as forças policiais em actividades c) Atribuir os títulos de exercício da actividade
de intervenção especializada e no reforço das medidas postal.
de prevenção nos aeródromos em situações de ameaça. d) Assegurar a protecção do produto postal de modo
3.9. Serviço de Informações da República a prevenir a sua utilização para a perpetração
de actos de interferência ilícita.
No âmbito da segurança da aviação civil, compete ao
Serviço de Informações da República (SIR): 3.12. Coordenador de segurança aeroportuário
1. Obter, analisar e tratar as informações relativas No âmbito da segurança da aviação civil, compete ao
a todas as actividades que ameacem ou coordenador de segurança aeroportuário, nomeadamente:
possam ameaçar a segurança do Estado e a 1. Ser o primeiro e imediato contacto para questões
perenidade do Estado de direito democrático de segurança entre o operador aeroportuário
constitucionalmente estabelecido ou qualquer e a AAC.
outro interesse fundamental do país, definido
2. Estar contactável durante as 24 horas do dia.
pelo Conselho Nacional de Segurança.
3. Coordenar a implementação de controlos de
2. Proteger os cidadãos e as instituições
segurança no seu aeródromo.
democráticas.
4. Rever com a frequência devida, todas as
3. Salvaguardar a soberania, a independência e a actividades relativas à segurança a fim de
unidade nacionais. assegurar a sua efectiva concordância com
4. Garantir a segurança interna e externa do o estabelecido neste PNSAC, nos CV CAR
Estado. aprovados e publicados e que contenham
disposições relativas à segurança, no PSA e
5. Prevenir a grande criminalidade ou os actos nos regulamentos de Segurança aplicáveis.
especialmente graves, designadamente a
5. Iniciar imediatamente acções correctivas
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3. Além dos seus membros permanentes, a comissão 4. Os pedidos relativos à implementação de medidas
pode convidar outras entidades ou personalidades a adicionais de segurança são dirigidos à AAC, que decide
participar nas suas reuniões, em função da matéria em no mais curto espaço de tempo possível, comunicando a
discussão, de forma a colher subsídios técnicos de espe- sua decisão ao Estado requerente, pela via mais rápida.
cialidade em benefício da tomada de decisão.
5. Cabo Verde coopera com outros Estados no desenvol-
4.2. Comissão aeroportuária FAL/SEC vimento e na disponibilização no todo ou em parte, do seu
PNSAC, do seu PNFTCSAC e do seu PNCQSAC, visando
1. Uma comissão aeroportuária FAL/SEC deve ser estabelecer práticas e procedimentos uniformes entre os
criada em cada aeródromo com o objectivo de aconse- Estados, e a reforçar, de um modo global, a segurança da
lhar sobre a elaboração das medidas e procedimentos de aviação civil internacional.
facilitação e de segurança no aeródromo e de coordenar
a sua aplicação. 6. Quando, no decurso da recolha e ou avaliação de
informações sobre as ameaças dirigidas contra a aviação
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2. O texto de referência ao diploma da comissão FAL/ civil, Cabo Verde estiver na posse de informações credí-
SEC do aeródromo deve constar do programa de segu- veis sobre uma ameaça dirigida contra os interesses da
rança do respectivo aeródromo. aviação civil de um outro Estado, notifica, imediatamente
e pela via mais rápida possível, as autoridades compe-
3. Esse documento inclui informações sobre a compo- tentes desse Estado.
sição da comissão, as suas atribuições, o seu mandato e
detalhes sobre o seu funcionamento, nomeadamente o 7. O Serviço de Informações da República, em estreita
número de reuniões por ano, a presidência, a redacção e cooperação com a AAC, é a entidade responsável pela
a distribuição das actas. troca de informações relativas a ameaças à aviação civil,
com outros estados.
4.3. Comissão Consultiva da Indústria para a
Segurança da Aviação 8. Nos acordos com outros Estados em matéria da
aviação civil, Cabo Verde pugna pela inclusão de cláu-
2. O Governo deve criar uma comissão consultiva da sulas referentes à segurança da aviação civil e toma em
indústria com o objectivo de coordenar as actividades consideração a cláusula modelo desenvolvida pela OACI.
de segurança entre os departamentos, serviços e outras
organizações do Estado, operadores aéreos e aeroportu- 9. Cabo Verde partilha com outros Estados, a pedido
ários, provedores de serviços de tráfego aéreo, empresas destes, no respeito pela sua soberania e em regime de
de segurança privada, empresas de catering, empresas reciprocidade, os resultados das auditorias realizadas
de handling e outras entidades com responsabilidades pela OACI e as medidas correctivas implementadas na
na implementação dos vários aspectos do PNSAC. sequência das mesmas.
3. A comissão consultiva da indústria é um fórum onde 10. A OACI deve ser informada, no mais curto espaço
os representantes da indústria emitem as suas opiniões de tempo possível, da partilha dos documentos referidos
à autoridade aeronáutica durante o processo de feitura no número anterior.
dos regulamentos aeronáuticos e trocam ideias acerca do
desenvolvimento da regulamentação futura. 11. As informações de segurança partilhadas por ou-
tros Estados e aquelas que afectem a segurança doutros
4.4. Relações com a imprensa Estados devem ser tratadas como matéria classificada de
modo a evitar-se o acesso às mesmas pelas pessoas que
Compete ao Presidente da Comissão Nacional FAL/SEC não tenham a necessidade de saber.
ou outro membro por ele indicado, responder às solici-
tações regulares ou não de informações da imprensa e 12. Cabo Verde dá conhecimento à OACI da identidade
outros meios de comunicação públicas sobre assuntos da autoridade competente em matéria de segurança da
relacionados com a segurança da aviação civil no país. aviação, definida na secção 1.7 deste programa.
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13. Cabo Verde notifica à OACI e todos os Estados inte- 4. Áreas, instalações e objectos nos quais possam ser
ressados, com a brevidade possível, e através dos canais ocultados artefactos ou substâncias explosivas, como
estabelecidos, qualquer acto de interferência ilícita contra sanitários, escadas, caixotes de lixo, cinzeiros, dentre
a aviação civil, que ocorra no seu território, de acordo com outros, devem ser discriminados numa lista de verificação
o estabelecido no presente programa. que abarque todas as especificidades do local, de forma a
facilitar a sua inspecção, sendo submetidos a vigilância
14. Cabo Verde notifica ainda à OACI toda a diferença
e a vistorias periódicas.
que haja na regulamentação nacional, em relação às
normas do Anexo 17 à Convenção de Chicago. 5. O acesso a qualquer área de observação ou outra
área do terminal de passageiros que proporcione visão
CAPÍTULO V das aeronaves estacionadas na placa, assim como às
Segurança dos aeródromos instalações destinadas ao processamento de passageiros,
devem ser controladas e ou supervisionadas por pessoal
5.1. Implementação de medidas de segurança de segurança ou meios electrónicos de vigilância.
1. Todos os aeródromos devem implementar as medidas 6. Nos locais onde o acesso do público é livre, as portas
de segurança previstas neste programa e nos outros regu- dos terminais que dão acesso à placa devem ser trancadas,
lamentos aeronáuticos relativos à segurança aprovados quando não estiverem em uso.
pela autoridade nacional.
7. As saídas de emergência não sujeitas a controlo de
2. Sem prejuízo dos critérios de isenção de medidas de segurança devem estar equipadas com alarmes visuais e
segurança estabelecidos no ponto 1.2.3 deste programa, a sonoros ou outros meios electrónicos e vigiados pelo ope-
autoridade competente pode permitir procedimentos espe- rador aeroportuário ou por quem ele atribuir tal tarefa.
ciais e isenções nos aeródromos, com apenas uma partida
diária de aeronaves, com base na avaliação do risco. 8. As bagagens e pacotes abandonados, nas instalações
aeroportuárias, devem ser considerados suspeitos e
5.2. Concepção de aeródromos isolados, devendo ser manuseados apenas por pessoal
competente e devidamente treinado para o efeito.
1. O operador aeroportuário deve zelar para que as
exigências em matéria de concepção dos aeródromos, 9. O público e os passageiros devem ser pedagogica-
incluindo as relativas à arquitectura e às infra-estruturas mente informados, através de material gráfico, visual e
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necessárias à implementação das medidas de segurança das instalações sonoras, sobre as medidas e procedimen-
prescritas neste PNSAC sejam integradas na concepção tos de segurança adoptados e que eles devem cumprir,
e na construção de novas instalações e na modificação como forma de se proteger a aviação civil contra actos de
das instalações já existentes. interferência ilícita.
2. Os projectos de construção ou de alteração de infra- 5.4. Designação das zonas de acesso regulamentado
estruturas aeroportuárias e de navegação aérea devem
1. Cabe ao operador aeroportuário definir as zonas
ser submetidos à apreciação prévia do gabinete de segu-
de acesso regulamentado nos aeródromos, classificá-las
rança do operador aeroportuário para análise e emissão
como áreas restritas de segurança, após prévia avaliação
do correspondente parecer.
do risco e regulamentar o acesso às mesmas.
3. O parecer do gabinete de segurança do operador
2. As zonas de acesso regulamentado devem ser apro-
aeroportuário é vinculativo, devendo as recomendações
vadas pela AAC, integradas e claramente explicitadas no
emitidas serem acolhidas no projecto.
programa de Segurança do respectivo aeródromo.
5.3. Áreas públicas do terminal de passageiros 3. O acesso às zonas regulamentadas deve ser contro-
1. Nas áreas públicas dos aeródromos devem ser imple- lado de acordo com os procedimentos estabelecidos neste
mentadas medidas de segurança, para atenuar ou evitar PNSAC, nos regulamentos aeronáuticos pertinentes e no
os riscos de eventuais actos de interferência ilícita, em programa de segurança do aeródromo.
função da avaliação nacional e local dos riscos realizada 4. As instalações e equipamentos situados fora dos
pelas autoridades nacionais competentes. limites dos aeródromos e que são designados como
2. Os depósitos de bagagem utilizados pelo público fazendo parte de zonas de acesso regulamentado, são,
em geral, sempre que possível, devem ser colocados em designadamente, as seguintes:
áreas externas ao terminal de passageiros, de forma a a) Radares;
minimizar os efeitos de uma explosão que possa ocorrer
durante a manipulação ou armazenamento de um ma- b) Ajudas à navegação;
terial perigoso ou proibido, devendo ser supervisionado c) Antenas VHF-ER;
permanentemente pelo concessionário.
d) Centro de Controlo Oceânico.
3. Caso os depósitos estejam localizados no interior do
terminal de passageiros, os artigos somente podem ser 5.5. Protecção de zonas de acesso regulamentado
aceites para armazenamento após serem inspeccionados 1. As zonas de acesso regulamentado definidas no
manualmente, ou através de raios X e desde que o sector PNSAC devem ser protegidas por uma combinação de
seja mantido sob constante controlo e sob a responsabi- medidas físicas e de recursos humanos, a fim de impedir
lidade do concessionário. o acesso não autorizado.
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7. Com o objectivo de proteger as instalações aeropor- 8. Deve-se efectuar uma avaliação periódica dos riscos
tuárias e as aeronaves estacionadas, deve ser realizado no sentido de se determinar a pertinência da iluminação
um patrulhamento de toda a área operacional do aeró- das vedações e a instalação de sistemas de alarmes nas
dromo, de forma frequente, a intervalos irregulares e mesmas, se não no todo, pelo menos nas partes onde a
imprevisíveis, em veículos munidos de equipamentos de necessidade de segurança se mostrar mais premente.
comunicação adequados, a fim de possibilitar contacto 9. As edificações localizadas dentro de ou adjacentes
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directo com o pessoal, bem como de difundir informações a uma zona de acesso regulamentado devem possuir um
e alertas a outras equipes. sistema de controlo para impedir o acesso não autorizado
8. Devem ser estabelecidos procedimentos de coorde- à essas zonas.
nação entre a patrulha, a torre de controlo, os agentes
10. Em todos os aeródromos, deve haver um caminho
de segurança dos pontos de controlo de acesso e o sector
periférico de circulação de viaturas, ao longo da vedação de
de segurança aeroportuária.
modo a facilitar a inspecção dessa barreira de segurança.
9. A patrulha móvel deve possuir equipamentos apro-
11. Lá onde não for de todo possível, por razões liga-
priados de segurança e iluminação, com capacidade
das às condições naturais, a construção dum caminho
de reacção, permitindo vistorias minuciosas de pontos
periférico, o operador aeroportuário deve criar todas as
sensíveis e de áreas mais remotas, por onde infractores
condições para que as inspecções sejam feitas nos termos
potenciais possam esconder-se nos limites do sítio aero-
previstos no PSA.
portuário durante o período nocturno.
5.6. Vedações, edificações, barreiras naturais e 5.7. Identificação e protecção de pontos vulneráveis
outros 1. Quando, em função de limitações operacionais, os
1. Os aeródromos devem possuir barreiras de segu- pontos vulneráveis não puderem ser adequadamente
rança, constituídas basicamente por vedações ou outros protegidos por vedações ou outras barreiras de segurança,
dispositivos que impeçam o livre acesso ao lado ar ou a devem ser inspeccionadas com frequência por vigilantes.
outras zonas de acesso regulamentado, bem como dispor 2. Os auxílios à navegação aérea devem ser objecto de
de outros meios electrónicos ou não para a vigilância de um controle rígido.
seus perímetros.
3. As torres de controlo, auxílios de comunicação e
2. É atribuição do operador aeroportuário a instalação
navegação aérea, dentro ou fora do espaço aeroportuário,
de barreiras, separando o lado ar do lado terra, como
transformadores e fontes de energia eléctrica são consi-
ponto de partida para garantir a protecção das aeronaves,
derados alvos primários para um acto de sabotagem ou
dos passageiros e das instalações no lado ar.
um ataque armado, devendo ser, portanto, protegidos
3. As barreiras físicas que delimitam as zonas de acesso adequadamente.
regulamentado devem permanecer em bom estado de
4. Portões de emergência, utilizados para a saída de
conservação.
veículos em caso de acidente, devem ser operados por
4. Onde houver barreiras naturais e edificações, sepa- vigilantes, pelos serviços de operações ou por bombeiros
rando o lado ar do lado terra, deve ser mantido um serviço e nas demais situações, devem permanecer trancados e
de patrulhamento, no lado ar, suficiente para garantir controlados por um sistema de alarme ou câmaras para
que não haja acesso não autorizado. detecção de intrusos.
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5.8. Controlo de acesso – condições gerais b) Os pedidos escritos são avaliados pelo operador
aeroportuário de modo a assegurar-
1. O acesso às áreas restritas de segurança (ARS) defi- se da legitimidade da solicitação e da
nidas neste PNSAC é reservado às seguintes categorias: efectiva necessidade dum cartão de acesso
a) Aos passageiros detentores de documentos permanente;
de identificação legítimos e de um cartão
c) Os pedidos escritos devem ser submetidos à
de embarque, que foram aceites para uma
apreciação das autoridades competentes de
viagem de um operador aéreo;
forma a escrutinarem o passado criminal,
b) Ao pessoal detentor de um cartão de acesso policial e profissional do solicitante e em
aeroportuário válido, quando em serviço; consequência, a sua idoneidade para aceder
de modo desacompanhado a uma área restrita
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1. Os passageiros são autorizados a aceder às ARS 6. Quando alguém não estiver usando o cartão de
destinadas aos mesmos por razões de embarque, com a acesso em ARS, ou quando o referido cartão não estiver
condição de se submeterem ao rastreio de segurança esta- a ser usado nos termos prescritos, deve qualquer pessoa
belecido e de possuírem os documentos abaixo indicados: interpelá-lo a usá-lo e de forma correcta, dando ciência
disso à administração do aeródromo.
a) Documentos de viagem autênticos e válidos,
acompanhados dos vistos de entrada, se 7. O operador aeroportuário deve sempre proceder à
necessários. uma acção de sensibilização de segurança das pessoas a
quem sejam atribuídas cartões de acesso, designadamen-
b) Um cartão de embarque autêntico e válido
te, quanto ao correcto uso dos mesmos, às ameaças e os
emitido por um transportador aéreo.
riscos que pesam sobre aviação civil e sobre as medidas
2. Por documentos de viagem deve-se entender, pas- de segurança que elas têm que cumprir quando acedem
saportes ou outro documento de identificação, se permi- às áreas restritas e durante a permanência nas mesmas.
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5. A autorização acima referida deve ser verificada, 4. O pessoal de segurança, a tripulação e o pessoal de
nos pontos de controlo de acesso, para se assegurar que manutenção devem impedir e identificar qualquer pessoa
pertence ao veículo que a ostenta, que é válida e permite que se aproxime da aeronave ou nela penetre sem estar
o acesso à área pretendida. devidamente credenciada.
5. Em caso de dúvida ou suspeita, devem interpelar a
6. A administração do aeródromo deve assegurar que os
pessoa e, se necessário, chamar as autoridades presentes
veículos e os objectos neles transportados, sejam devida-
no aeródromo.
mente rastreados ou submetidos a controlos de segurança
adequados de acordo com a avaliação do risco feita pelas 6. No caso de aeronaves que estejam fora de serviço
autoridades nacionais pertinentes antes de lhes ser per- ou em manutenção, todos os pontos de acesso devem ser
mitido o acesso a uma área restrita de segurança. fechados e as escadas de acesso retiradas.
7. Aos condutores dos veículos, seus acompanhantes 7. As escadas de acesso deixadas na proximidade de ae-
e pertences são aplicados os controlos de segurança pre- ronaves devem ser imobilizadas, evitando-se que alguém
vistos no PSA. recorra à elas para aceder indevidamente às aeronaves.
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6. As áreas imediatamente adjacentes às pistas de 7. A origem de todo e qualquer alarme deve ser positiva-
aterragem e descolagem e de táxi, predefinidas para o mente identificada antes que o passageiro seja declarado
percurso da aeronave, devem ser inspeccionadas antes livre de ameaça.
do deslocamento da aeronave, de forma a garantir que
esta permaneça livre de potenciais infractores. 8. Quando se utilizar um pórtico detector de metais,
o mesmo deve ser regulado de modo a detectar objectos
7. Dependendo da natureza da ameaça, pode haver a metálicos especificados em regulamento próprio.
necessidade de inspeccionar as trajectórias de aproxi-
mação e descolagem, fora do perímetro do aeródromo. 9. Em cada posto de rastreio deve haver uma lista-
gem dos artigos cujo transporte é proibido na cabine de
8. Quando houver suspeitas consistentes de que uma passageiros.
aeronave possa ser objecto de um acto de interferência
ilícita, o operador aéreo deve ser notificado e a mesma 10. As inspecções físicas devem ser efectuadas sempre
deve ser inspeccionada. por agentes do mesmo sexo da pessoa a ser inspeccionada.
9. Quando houver suspeitas consistentes de que uma 11. Devem ser estabelecidos nos aeroportos e a bordo
aeronave possa ser atacada no solo, o operador aeropor- das aeronaves, procedimentos e práticas que permitam
tuário deve ser notificada o mais rapidamente possível e auxiliar na identificação e resolução de actividades sus-
medidas apropriadas para salvaguardar a aeronave, os peitas que possam pôr em causa a segurança da aviação
tripulantes, os passageiros e a carga a bordo, devem ser civil.
adoptadas, conforme especificado no PSA local. 7.2. Recusa de rastreio
6.6. Desenvolvimento de procedimentos 1. Qualquer passageiro que recuse ser submetido ao
A AAC deve desenvolver um regulamento sobre a Se- rastreio ou recuse permitir que a sua bagagem de mão
gurança e Protecção das Aeronaves. seja rastreada de acordo com este PNSAC deve ser im-
pedido de aceder às ARS, pelo operador aeroportuário e
CAPÍTULO VII negado o seu embarque, pelo operador aéreo.
Passageiros e bagagens de mão 2. Os operadores aeroportuários e os operadores aéreos
devem, respectivamente, impedir o acesso às ARS e negar
7.1. Rastreio de passageiros
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inadmissíveis, fazendo avaliação do risco. cos ou electrónicos devem ser removidos da bagagem de
cabine e rastreados em separado.
6. A notificação escrita deve conter os seguintes ele-
mentos: 4. A bagagem de mão é rastreada por um dos seguintes
a) Identidade do passageiro; métodos:
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3. Os diplomatas nacionais e estrangeiros, bem como 6. Os Polícias de Bordo devem ser utilizados após a
as respectivas bagagens de cabine, são rastreados nor- avaliação da ameaça feita pelas autoridades pertinentes.
malmente.
7. A utilização de Polícias de Bordo deve ser feita após
7.13. Animais vivos prévia coordenação com os outros Estados para onde
operam e deve ser mantida estritamente confidencial.
Quando for permitido transportar animais vivos na
aeronave, os mesmos devem ser rastreados como se de 8. Os comandantes das aeronaves devem ser informa-
passageiros se tratassem ou como bagagem de cabine, dos do número de passageiros armados a bordo da aero-
não devendo contudo serem submetidos ao equipamento nave e dos seus respectivos lugares onde se encontram
de raios X. sentados.
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1. Os operadores aéreos só devem aceitar bagagens de 7. Para que seja eficaz, o processo de verificação da
passageiros despachados para o mesmo voo ou de agentes concordância entre passageiros e bagagens deve ser
e representações por eles oficialmente reconhecidos. específico para os passageiros iniciais, em trânsito e
em transferência com o mesmo operador e para os em
2. As bagagens aceites e despachadas para embarque transferência com operadores diferentes.
no porão, são protegidas de todo o contacto não autori-
zado, desde o ponto em que foram aceites e rastreadas 8.3. Rastreio da bagagem de porão
até a partida da aeronave.
1. A bagagem de porão inicial deve ser rastreada a
3. As bagagens despachadas fora do sistema de des- 100% antes de ser embarcada na aeronave, a partir duma
pacho aeroportuário são igualmente protegidas desde o ARS, por um dos seguintes métodos:
ponto de despacho até o embarque a bordo das aeronaves
a) Revista manual; ou
devendo ser também submetidas ao rastreio a 100% nos
modos prescritos neste PNSAC. b) Submissão ao equipamento de raio X convencional,
ou a outros meios biossensoriais, como por
4. Em caso de qualquer interferência não autorizada,
exemplo, sensores olfactivos, detectores de
que possa comprometer a segurança da aviação civil, as
explosivos, cães farejadores de explosivos,
bagagens despachadas devem ser rastreadas novamente
sendo que pelo menos 10% da bagagem deve
antes de serem embarcadas nas aeronaves.
ser ainda sujeita à revista manual aleatória,
5. As zonas de triagem e condicionamento de bagagens continua e imprevisível.
de porão devem ser classificadas como áreas de segu-
2. As bagagens em transferência devem ser rastreadas
rança restrita, com acesso rigorosamente controlado e
nos mesmos moldes que as bagagens iniciais, antes de
restringido às pessoas superiormente autorizadas e que
serem embarcadas nas aeronaves, salvo se tenham sido
exercem actividades nessas áreas.
estabelecidos processos de validação e implementados
6. O pessoal responsável pelo transporte de bagagens procedimentos contínuos, em colaboração com o Estado
entre o ponto de triagem e a aeronave e entre esta e o ponto de origem da aeronave, que assegurem que a bagagem
de descarga deve impedir que bagagens, encomendas foi rastreada e protegida no ponto de origem de qualquer
ou pacotes não autorizados sejam colocados nos tapetes interferência ilícita, desde o aeroporto de partida até a
rolantes, atrelados de bagagens ou veículos de transporte saída da aeronave no aeroporto de transferência.
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2. As bagagens de porão de diplomatas nacionais e 3. As expedições que não possam ser confirmadas por
estrangeiros são rastreadas normalmente. um agente reconhecido ou por uma entidade aprovada
pela autoridade competente devem ser sujeitas ao rastreio.
8.6. Bagagem extraviada, mal encaminhada ou
não reclamada 4. A carga e o correio de alto risco devem ser submetidos
1. A bagagem não reclamada pelo seu proprietário após a controlos de segurança reforçados de modo a gerir-se
desembarque deve ser submetida às seguintes medidas adequadamente as ameaças que lhes estão associadas.
de segurança: 5. O rastreio da carga e do correio devem ser realiza-
a) A companhia aérea deve tentar identificar a dos segundo método ou métodos apropriados tendo em
identidade do seu proprietário; consideração a natureza da expedição.
b) Identificar as razões do não levantamento ou 6. A carga, o correio e as encomendas expresso só de-
reclamação da bagagem; vem ser transportados por via aérea quando tiverem sido
c) Identificar a origem e o destino correctos da aplicados os seguintes controlos de segurança:
bagagem. a) A recepção, processamento e manuseamento da
2. Caso subsistirem dúvidas a respeito da bagagem não carga são efectuados por pessoal devidamente
reclamada, devem ser adoptadas as seguintes medidas recrutado e treinado;
de segurança:
b) A carga, o correio e as encomendas expresso são:
a) A bagagem deve ser imediatamente submetida
à inspecção de segurança por intermédio i. Revistados manualmente, ou
de aparelhos de raios X e de outros meios ii. Rastreados com equipamentos de raio X, ou
disponíveis;
iii. Submetidos a câmara de simulação ou,
b) A bagagem deve ser conservada em local seguro
onde não possa causar danos nem a pessoas iv. Submetidos a outros meios técnicos ou
nem aos bens do aeródromo; biossensoriais, como por exemplo, sensores
c) A bagagem após um período de quarentena olfactivos, detectores de explosivos, cães
mínimo de 24 horas deve ser encaminhada detectores de explosivos, etc.
para o destino correcto ou devolvida ao 7. Quando, devido à sua natureza ou formato fora do
aeródromo de embarque; normal, não puder ser utilizado nenhum dos meios e mé-
d) Em casos extremos de dúvidas relativas à todos de controlo de segurança acima indicados, a carga,
perigosidade da bagagem, a mesma deve ser o correio e as encomendas expresso são submetidos a um
destruída. período de quarentena nunca inferior a 48 horas.
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Equipamentos de segurança
f) Fazer o controlo de acesso às suas instalações;
14.1. Generalidades
g) Se tiverem instalações fora do aeródromo, todos
os produtos e materiais de limpeza devem 2. Devem ser utilizados equipamentos de segurança
ser transportados em veículos fechados ou adequados para o rastreio de pessoas, veículos, baga-
devidamente selados; gens e carga, sempre que razões operacionais e técnicas
o aconselhem e desde que financeiramente viáveis, para
h) O rastreio dos materiais e produtos de limpeza
se atingir os objectivos de segurança.
é realizado antes de se efectuar um “co-mat”
dos mesmos para outros destinos. 3. O PSA e o PSOA quando aplicável, devem descrever,
2. Os produtos e materiais de limpeza devem ser ras- detalhadamente, o tipo, a quantidade e a localização dos
treados a 100%, manualmente ou por equipamentos de equipamentos de segurança utilizados na implementação
raios X. das medidas preventivas de segurança da aviação civil.
2. Os controlos de segurança devem ser especificados 1. A programação de testes e dos ensaios de aferição
no PSA. e de calibração de equipamentos e sistemas de suporte
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3. Essa programação é parte integrante do PSA e do 2. A AAC deve zelar para que o pessoal de todas as
PSOA, quando aplicável e deve abranger: entidades que participam na implementação dos diversos
aspectos do PNSAC e todos aqueles que tenham acesso
a) As normas, os padrões e métodos de calibração desacompanhado às áreas restritas recebam, periodica-
e teste de equipamentos e dispositivos de mente, uma formação de sensibilização.
segurança;
3. A AAC assegura no âmbito da supervisão do sistema
b) A metodologia de teste e de ensaios adoptados de segurança da aviação civil, que as formações constan-
para monitorar cada um dos equipamentos e tes do PNFTCSAC sejam efectivamente realizadas e que
sistemas de suporte às medidas de segurança são eficazes.
existentes num determinado aeródromo, nas
4. No PNFTCSAC devem ser estabelecidos os diferen-
aeronaves e instalações das empresas aéreas;
tes níveis de treino e os respectivos “conteúdos guia” dos
c) A definição dos parâmetros, normas e instruções cursos, consoante a exigência, especificidade e responsa-
aplicados aos testes e ensaios de aferição e bilidades próprias das organizações envolvidas.
calibração, geral e para cada equipamento
5. Todas as organizações e entidades com responsabili-
e componente dos sistemas de segurança
dades atribuídas no âmbito do PNSAC devem assegurar
instalados, de modo a assegurar o seu
o desenvolvimento e cumprimento de programas especí-
funcionamento contínuo com eficiência e
ficos de formação e treino para o seu pessoal, tendo por
eficácia;
base o PNFTCSAC.
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4. Todos os equipamentos de segurança instalados nos 2. O PNCQSAC deve incluir auditorias, inspecções, in-
aeródromos devem ser devidamente cadastrados de modo quéritos, investigações, testes e exercícios de segurança.
a assegurar o acompanhamento do seu tempo de vida útil 16.2. Objectivos do programa
e a eficácia dos níveis de detecção.
O PNCQSAC tem, designadamente, os seguintes ob-
14.5. Desenvolvimento de procedimentos jectivos:
A AAC deve desenvolver um regulamento sobre Equi- 1. Verificar a eficácia da aplicação das medidas de
pamentos de Segurança. segurança.
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de entre outras, pela avaliação do risco feita pela AAC. qualidade de modo a contribuírem para o
16.5. Normas de controlo da qualidade efectivo desenvolvimento e implementação
do PNSAC, incluindo a identificação das
1. A AAC, as administrações aeroportuárias, os ope- causas e dos padrões de não conformidade
radores aéreos, os operadores de catering e os agentes e a verificação se as acções correctivas são
reconhecidos devem: implementadas e mantidas.
a) Zelar para que as pessoas que implementam
2. Os operadores aeroportuários, aéreos e os agentes
controlos de segurança sejam submetidas aos
reconhecidos que forem submetidos a acções de controlo
procedimentos de selecção e à verificação dos
da qualidade no país ou no estrangeiro, por entidades
seus antecedentes profissionais, criminais e
estrangeiras ou organizações regionais ou internacionais,
policiais;
devem informar a AAC, por escrito dessa ocorrência,
b) Zelar para que as pessoas que implementam fornecendo, logo que possível, cópia do relatório contendo
controlos de segurança possuam todas as os resultados da acção e do plano de acções correctivas
competências necessárias para a execução se for o caso.
das suas funções e sejam adequadamente
formadas, de acordo com o estabelecido no 3. Os operadores aeroportuários, aéreos, os serviços de
PNFTCSAC e que os respectivos processos tráfego aéreo e os agentes reconhecidos devem elaborar
individuais sejam mantidos devidamente e implementar um Programa Interno de Controlo da
actualizados; Qualidade da Segurança da Aviação Civil a fim de avaliar
o grau de aplicação do seu programa de segurança e de
c) Estabelecer normas de desempenho pertinentes validar a sua eficácia.
para o seu pessoal que implementa controlos
de segurança e proceder a avaliações iniciais 4. Os operadores aeroportuários, aéreos e os agentes
e periódicas para zelar para que as normas reconhecidos contra os quais se tenha cometido um acto
sejam efectivamente cumpridas; de interferência ilícita, devem proceder a uma reava-
d) Zelar para que as pessoas que implementam liação dos controlos e dos procedimentos de segurança
controlos de segurança sejam devidamente previstos no seu Programa de Segurança e tomar em
certificadas pela autoridade aeronáutica a fim tempo oportuno as medidas necessárias para eliminar
de garantir a aplicação fiável e sistemática as vulnerabilidades de modo a evitar a repetição da
das normas e dos procedimentos de segurança ocorrência, disso informando a AAC.
instituídos; 5. A OACI deve ser informada pela AAC das medidas
e) Realizar auditorias, inspecções, testes e tomadas por Cabo Verde, na sequência de actos de in-
inquéritos numa base regular a fim de terferência ilícita.
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17.2. Medidas reactivas 12. Sempre que Cabo Verde decida tomar medidas
para libertar passageiros e membros da tripulação duma
1. Os operadores aéreos e aeroportuários e todas as
aeronave vítima dum acto de interferência ilícita, deve
entidades nacionais com responsabilidades na matéria,
recorrer, caso disso careça, no respeito pela sua sobe-
devem tomar todas as medidas adequadas e desenvolver
rania, aos recursos, às capacidades e à experiência do
procedimentos destinados a garantir a segurança dos
Estado do operador, do Estado de construção e do Estado
passageiros e da tripulação duma aeronave objecto dum
de matrícula da aeronave em causa.
acto de interferência ilícita, quando esta estiver no solo
em território cabo-verdiano até ao momento em que ela 13. Cabo Verde consulta, sempre que possível, o Estado
possa retomar a sua viagem. do operador da aeronave vítima de captura ilícita sobre
2. Cabo Verde assume na área sob sua jurisdição, a as suas intenções e notifica os Estados de destino suposto
responsabilidade de assegurar os serviços de navegação ou declarado da aeronave, sobre a partida da aeronave.
aérea à uma aeronave objecto dum acto de interferência 17.3. Planos de contingência, meios e equipamentos
ilícita e recolhe todos as informações relativas ao voo des-
ta aeronave e os transmite a todos os serviços de tráfego 1. Os departamentos governamentais, os órgãos
aéreo dos Estados envolvidos no voo, incluindo os rela- encarregados da aplicação da lei, as forças militares,
tivos ao aeródromo de destino conhecido ou presumido, as companhias aéreas, os operadores aeroportuários e
de maneira que as medidas de protecção apropriadas concessionários dos aeródromos são responsáveis pela
possam ser tomadas em tempo útil, em rota e no destino preparação de planos de contingência sectoriais, pela
conhecido, provável ou possível da aeronave. elaboração de instruções para o seu pessoal, pela ins-
3. Compete ao provedor de serviços de tráfego aéreo talação de sistemas de comunicação e pela organização
cumprir a responsabilidade atribuída no ponto 2. da formação em gestão de crises, a fim de dar resposta
adequada a actos de interferência ilícita que ocorram ou
4. Devem ser desenvolvidos procedimentos adequados afectem Cabo Verde.
de recolha e disseminação de informações a outros Esta-
dos interessados, relativas a uma aeronave sujeita a um 2. Nos planos de contingência aeroportuários devem
acto de interferência ilícita. ser definidas em termos gerais as responsabilidades
de cada serviço que participa na resposta a um acto de
5. As informações comunicadas nos termos do ponto interferência ilícita, designadamente da AAC, das autori-
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2, devem igualmente ser difundidas logo que possível, dades policiais e militares, dos operadores de companhias
no plano local, à AAC, aos serviços de tráfego aéreo, às aéreas, do operador aeroportuário, incluindo os serviços
administrações aeroportuárias e aos operadores aéreos de navegação aérea e demais serviços com responsabili-
interessados. dades na matéria.
6. Cabo Verde presta toda a assistência a uma aerona-
ve objecto dum acto de interferência ilícita e lhe fornece 3. Todos os organismos que receberem informações de
sobretudo as ajudas à navegação, os serviços de tráfego que um acto de interferência ilícita está em vias de ser
aéreo e a autorização de aterrar, em função das circuns- cometido, está em curso ou foi cometido devem tomar as
tâncias concretas do caso. medidas de alerta prescritas no plano de contingência
do aeródromo envolvido e nos respectivos planos de
7. No caso em que uma aeronave, objecto de um acto contingência.
de interferência ilícita, entra no espaço aéreo de Cabo
Verde, o Centro de Controlo Oceânico do Sal deve prestar 4. As acções compreendem a difusão da mensagem a
a necessária assistência, a fim de proteger o voo, tendo todos os interessados, em conformidade com o plano de
em conta a possibilidade de uma descida de emergência contingência apropriado, a avaliação da mensagem e um
e deve tomar medidas apropriadas para, com prioridade, acordo entre todos os interessados sobre o plano de acção.
acelerar a execução de todas as fases do voo, incluindo a
5. O organismo que recebe a notificação tem a respon-
autorização de aterragem, caso seja necessária.
sabilidade de conseguir e de registar o máximo de infor-
8. A gestão de actos de interferência ilícita quando uma mações possíveis sobre a mensagem a fim de permitir
aeronave estiver em voo é da responsabilidade da CNGC, uma avaliação precisa da situação.
devendo a AAC conceder as autorizações de aterragem
que lhe forem solicitadas. 6. Deve-se proceder a uma avaliação clara e lógica das
informações e dos indícios disponíveis, antes de se decidir
9. Cabo Verde toma todas as medidas necessárias para sobre medidas complementares.
fazer com que uma aeronave objecto de um acto de captura
ilícita que aterre em seu território, seja retida no solo, 7. Cabe à PN, em colaboração com outras forças e ser-
a menos que a obrigação primordial de proteger a vida viços de segurança, proceder à essa avaliação em ligação
humana exija deixá-la partir, sem prejuízo de avaliar os com quem recebeu as informações e com todas as outras
riscos resultantes da continuação do voo. partes interessadas, designadamente, a companhia aérea
10. A decisão de manter a aeronave no solo ou de deixa-la e o operador do aeródromo.
partir pertence à CNGC. 8. Uma vez feita a avaliação, ela é difundida a todas
11. Cabo Verde deve cooperar com outros Estados a as entidades interessadas e devem ser tomadas as me-
fim de fornecer uma resposta conjunta a um acto de didas complementares em conformidade com o plano de
interferência ilícita. contingência apropriado.
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9. Em cada aeródromo deve ser criado e equipado um 4. Caso a CNGC decida, face ao desenrolar dos acon-
Centro de Operações de Emergência (COE) disposto de tecimentos, por uma intervenção armada de carácter
forma a dar resposta eficaz às necessidades de gestão e especial, esta é levada a cabo pelas FA.
controlo em situações de crise.
5. As FA devem ser alertadas tão logo se conheça o
17.4. Actos de interferência ilícita incidente que desencadeou a crise para a sua imediata
deslocação ao local dos factos, tomando as medidas pre-
17.4.1. Comissão nacional de gestão de crises (CNGC) ventivas cabíveis.
1. A fim de realizar as diligências necessárias para a 17.4.2. Comissão local de gestão de crises
resolução de crises em segurança da aviação civil, de-
signadamente, captura ilícita de aeronaves, tomada de 2. No aeródromo onde se encontrar a aeronave captu-
reféns, atentados em instalações aeroportuárias ou em rada ou em que se deu a crise, é constituída a Comissão
aeronaves, se activa a CNGC presidida pelo Primeiro- Local de Gestão de Crises cuja composição é a seguinte:
Ministro e composta pelo: a) Director do aeródromo afectado, que preside;
a) Ministro responsável pela área da Defesa; b) Coordenador de segurança do aeródromo
b) Ministro responsável pela área dos Negócios afectado;
Estrangeiros; c) Coordenador de segurança do operador aéreo
c) Ministro responsável pela área da Administração afectado;
Interna; d) Comandante da unidade militar na ilha em cujo
d) Ministro responsável pela área da Justiça; aeródromo o incidente se produziu;
i) Presidente da AAC;
3. São funções da Comissão Local de Gestão de Crises:
j) Director Nacional da PN;
a) Coordenar todo o tipo de acções relativas ao
k) Director Nacional da PJ; incidente que devam ser levadas a cabo no
local;
l) Director do SIR;
b) Manter informado a CNGC e indicar possíveis
m) Presidente do Serviço Nacional de Protecção acções a tomar;
Civil.
c) Executar as instruções da CNGC;
2. Para a CNGC são convocados os responsáveis do
operador aéreo e ou do aeródromo afectados, doutras d) Coordenar as equipas de trabalho que dependam
instituições julgadas pertinentes, bem como especialistas de si.
cujo contributo se estimar necessário à resolução da crise. 17.4.3. Ameaça de bomba
3. As funções da CNGC são as seguintes: A AAC deve desenvolver um regulamento sobre me-
a) Reunir a informação necessária à adequada didas a tomar em caso de ameaças de bombas em aero-
tomada de decisão; naves em terra, em voo e em edifícios e em instalações
aeroportuárias e de navegação aérea.
b) Decidir relativamente a estratégia a seguir
relativamente à resolução da crise; 17.5. Comando operacional
c) Analisar a crise a par e passo; O comando e controlo das operações tendentes a resol-
ver uma situação de interferência ilícita que ocorra no
d) Analisar os efeitos da aplicação da estratégia território nacional é atribuição da PN, salvo indicação
decidida; em contrário da CNGC.
e) Transmitir instruções e directrizes no decurso 17.6. Responsabilidade dos serviços de controlo
do incidente à Comissão Local de Gestão de de tráfego aéreo
Crises;
1. Os serviços de tráfego aéreo se orientam pelo prin-
f) Tomar decisões relativas a eventuais intervenções cípio de que o local mais seguro para uma aeronave alvo
armadas; de interferência ilícita é no solo.
g) Todas as que forem necessárias à adequada 2. Após a aterragem, a aeronave deve ser dirigida para
coordenação de todos os recursos, humanos o PEI de aeronaves e todas as medidas complementares
e materiais que intervenham no incidente, devem ser tomadas em conformidade com o plano de
visando a resolução da crise. contingência do aeródromo correspondente.
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18.2. Recolha, avaliação e consolidação de infor- segurança reforçadas, solicitando que cooperem com as
mações de ameaça autoridades na prevenção de actos ilícitos e na detecção
de comportamentos suspeitos.
1. O SIR é o responsável pela recolha e avaliação das
informações genéricas sobre ameaças respeitantes a aviação 9. Após o rebaixamento do estado de alerta a AAC, os
civil, incluindo as informações sobre os grupos terroristas operadores aéreos e aeroportuários, as forças armadas e de
internacionais e nacionais, os grupos de violência por segurança e todos os parceiros envolvidos devem realizar
motivação política, grupos ou elementos de natureza reuniões para analisar a forma como as medidas previstas
criminosa, sendo por isso, a instituição responsável pela foram implementadas e extrair ilações para o futuro.
actualização constante do nível de ameaça à segurança
da aviação civil em Cabo Verde. 18.4. Avaliação de informações específicas sobre
a ameaça de bomba
2. O SIR é responsável pela comunicação, trimestral
A avaliação das ameaças de bomba a aeronaves tanto
à autoridade aeronáutica de Cabo Verde, das avaliações
em terra como em voo, bem como em edifícios e insta-
relativas às potenciais ameaças à aviação civil, sem pre-
lações de navegação aérea, é da responsabilidade da
juízo de qualquer comunicação, fora do quadro temporal
PN, em estreita ligação as restantes forças e serviços de
estipulado, sempre que entenda necessário e conveniente.
segurança, com os aeródromos e os operadores aéreos
3. A comunicação dessas informações é assegurada envolvidos.
através de contacto directo com o Presidente dessa auto- 18.5. Reacções às informações sobre ameaça
ridade, que em função do teor das mesmas, dissemina a
referida informação à comunidade aeronáutica, no estrito 1. Em resposta a informações específicas recebidas a
respeito pelo princípio da necessidade de saber. respeito de uma eventual ameaça contra interesses da
aviação civil, a AAC tendo em conta a vulnerabilidade
18.3. Estados de alerta dos alvos aeronáuticos, assegura a tomada de medidas
apropriadas por parte do operador aeroportuário, dos
1. A determinação do estado de alerta é feita em função
operadores e de outras autoridades concernentes, a fim
da ameaça concretamente identificada pelo SIR e ava-
de contrariar a execução das acções referentes à ameaça
liada em reunião dos dirigentes dos órgãos de segurança
concreta.
integrantes do Conselho de Segurança Nacional.
2. O aumento conhecido do nível de ameaça concreta
2. Ficam definidos os seguintes estados de alerta:
1 815000 005243
c) Vermelho, correspondente ao nível de ameaça alto. 3. Em situação de ameaças contra alvos aeronáuticos
específicos designadamente aeronaves, operadores de
3. As medidas de segurança previstas neste PNSAC companhias aéreas, instalações aeroportuária, medidas
são as correspondentes ao estado de alerta verde. concretas são aplicadas, segundo as prescrições do pro-
grama nacional e dos planos de contingência do aeródro-
4. As medidas de segurança correspondentes aos mo e do operador envolvidos.
estados de alerta amarelo e vermelho são as previstas
no regulamento sobre gestão do risco e nos planos de 18.6. Desenvolvimento de procedimentos
contingência dos operadores aéreos e aeroportuários.
A AAC deve desenvolver um regulamento sobre a avaliação
5. Sem prejuízo do estatuído no ponto 4, a AAC pode do nível de ameaça e a gestão do risco na aviação civil.
determinar a aplicação doutras medidas suplementares, CAPÍTULO XIX
em função da ameaça concreta e da avaliação do risco
feita pela Comissão Nacional FAL/SEC. Financiamento do programa
6. O Governo é a entidade responsável pela elevação e 1. A AAC, os operadores aéreos e aeroportuários, bem
abaixamento do estado de alerta no país e fá-lo através como as outras instituições públicas e privadas com res-
duma resolução, a qual é imediatamente comunicada à ponsabilidades na aplicação de medidas de segurança
AAC, às FA, à PN, à PJ e ao SIR. no âmbito da aviação civil garantem a implementação
deste PNSAC através dos recursos provenientes dos
7. Compete à AAC a comunicação da elevação ou abai- respectivos orçamentos.
xamento no nível da ameaça aos operadores aeroportuários
e aéreos e às demais entidades da aviação civil com res- 2. Para auxiliar na cobertura dos custos e para garantir
ponsabilidades na aplicação de medidas de segurança no a eficiência e eficácia do Programa Nacional, deve ser
âmbito da aviação civil. introduzida uma taxa de segurança.
8. Sempre que o país estiver em alerta amarelo ou 3. O destino dos montantes que vierem a ser arreca-
vermelho, os operadores aeroportuários devem informar dados é definido segundo critérios estabelecidos no Re-
o staff, os passageiros e o público em geral, através de gulamento da AAC n.º 1/2013, de 2 de Agosto, que cria a
material gráfico colocado de forma bem visível, dos sis- taxa de segurança aeroportuária.
temas audiovisuais e das instalações sonoras, do estado A Ministra das Infraestruturas e Economia Marítima,
de alerta em vigor e que serão sujeitos a medidas de Sara Maria Duarte Lopes
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