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1. OBJETIVO
1.1. Estabelecer as normas de Segurança e Saúde Ocupacional - SSO, que regerão o Contrato
de Cessão, fixando as condições mínimas necessárias para gestão da segurança e saúde no
trabalho contra os fatores de risco de acidentes e doenças ocupacionais provenientes das
atividades exercidas dentro do Porto Organizado de Santos.
2.1. Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT;
2.4. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, em consonância com o Art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
2.5. Lei n° 12.815, de 5 de junho de 2013, que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela
União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores
portuários e dá outras providências;
2.6. Decreto nº 8.033, de 27 de junho de 2013, que regulamenta o disposto na Lei n° 12.815,
de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam a exploração de portos
organizados e de instalações portuárias;
2.7. Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a
fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou
perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências;
2.8. Resolução CONAMA n° 398, de 11 de junho de 2008, que dispõe sobre o conteúdo
mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob
jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos,
sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes
náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração;
2.9. Decreto nº 4.871, de 6 de novembro de 2003, que dispõe sobre a instituição dos Planos
de Áreas para o combate à poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional e dá outras
providências e Decreto nº 8.127, de 22 de outubro de 2013, que institui o Plano Nacional de
Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional e altera o
Decreto nº 4.871/03, e o Decreto nº 4.136/02 e dá outras providências;
2.10. Decreto nº 2.866 de 07/12/1998, que dispõe sobre a execução do Primeiro Protocolo
Adicional ao Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos
(AAP.PC/7), firmado em 16 de julho de 1998, entre os Governos do Brasil, da Argentina, do
Paraguai e do Uruguai;
2.11. Decreto nº 1.832 de 04/03/1996, que aprova o Regulamento dos Transportes Ferroviários
e disciplina as relações entre a Administração Pública e as Administrações Ferroviárias e a
segurança nos serviços ferroviários;
2.12. Decreto nº 1.797 de 25/01/1996, que dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance
Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos, entre Brasil, Argentina, Paraguai
e Uruguai, de 30 de dezembro de 1994;
2.15. Portaria MT nº 101 de 30/03/1998, que dispõe sobre alterações na Regulamentação para
os Transportes Rodoviário e Ferroviário de Produtos Perigosos;
2.18. Resolução ANTT nº 44 de 04/07/2002, que aprova a adequação à legislação vigente, sem
qualquer alteração de seu conteúdo, a compilação em um único documento, dos diversos atos
emitidos pelo Ministério dos Transportes e pela ANTT, relativos à prestação dos serviços de
transporte ferroviário;
2.22. NBR 7503. Ficha de emergência para o transporte de produto perigoso – características
e dimensões;
2.24. NBR 8285. Preenchimento da ficha de emergência para o transporte de produto perigoso;
2.25. NBR 8286. Emprego da sinalização nas unidades de transporte e de rótulos nas
embalagens de produtos perigosos;
2.27. NBR 9075. Ficha técnica para o transporte ferroviário de mercadoria perigosa;
2.28. NBR 11659. Transporte ferroviário – mercadoria perigosa – carregamento a granel – lista
de comprovação;
3. DISPOSIÇÕES GERAIS
3.6. Anteriormente ao início de obras e serviços na área objeto do Contrato de Cessão deve
ser adotadas providências com vistas a cumprir os ditames da Norma da Autoridade Portuária –
NAP.SUMAS.OPR.007 de 23 de fevereiro de 2022 ou outra que vier a substitui-la, que
estabelece a obrigatoriedade de entrega de planos e documentos ocupacionais para apreciação
da autoridade portuária.
4. DOCUMENTAÇÃO
h) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e respectivo projeto técnico aprovado pelo Corpo
de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
4.2.1. Para obras com emprego de até 19 (dezenove) trabalhadores ou serviços de qualquer
natureza, independentemente do número de empregados:
4.2.3. Para obras, conforme o estabelecido na NR 18, com o emprego de 20 (vinte) ou mais
trabalhadores o documento elencado na alínea “d” deverá ser substituído pelo Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT, elaborado
conforme escopo definido na NR 18, acompanhado de APR (Análise Preliminar de Risco), com
ART recolhida por Engenheiro de Segurança do Trabalho.
4.2.4. Os programas e laudos solicitados devem ser elaborados e assinados por profissional
legalmente habilitado em Engenharia de Segurança do Trabalho e acompanhados do devido
recolhimento de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) junto ao órgão de classe
competente. O PCMSO deve ser desenvolvido por Médico do Trabalho com o devido registro
no CRM.
4.3. O canteiro de obras com área de construção acima de 750m² (setecentos e cinquenta
metros quadrados) e/ou com altura acima de 6 (seis) metros deverá possuir medidas de segurança
contra incêndio aprovada pelo Corpo de Bombeiros através de Auto de Vistoria do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo - AVCB.
5. OBRIGAÇÕES DA CESSIONÁRIA
5.1. Cumprir e fazer cumprir a legislação trabalhista, de segurança e saúde laboral, bem como
as Normas Regulamentadoras expedidas pela Portaria MTb n.º 3.214/78 e alterações posteriores,
no que tange à prevenção de riscos de acidentes do trabalho e doenças profissionais nos serviços
executados na área de porto organizado.
5.2. Fazer a gestão dos riscos à segurança e à saúde do trabalhador de acordo com as
recomendações técnicas e diretrizes da CEDENTE e legislação vigente em matéria de Saúde e
Segurança do Trabalho.
5.4. Organizar e manter uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA de acordo
com o estabelecido na NR 05, inclusive quanto a seu dimensionamento previsto no quadro I da
referida norma, apresentando no Relatório de Performance e Governança as cópias das atas das
reuniões mensais ou extraordinárias realizadas.
5.7. Estabelecer eficiente e rápido sistema de comunicação com a CEDENTE para qualquer
situação de emergência.
5.8. Providenciar para que seus colaboradores e terceiros contratados recebam instruções
apropriadas para prevenir incidentes/acidentes e doenças do trabalho, de acordo com os atos
normativos emanados das autoridades competentes em matéria de Segurança e Saúde
Ocupacional.
5.10. Elaborar seu Plano de Controle de Emergência – PCE e comprovar a sua eficácia por
meio de treinamentos simulados semestrais dispondo de recursos e procedimentos pré-
estabelecidos necessários para o atendimento as sucessivas situações:
a) Acidentes rodoferroviários;
b) Incêndio ou explosão;
1 Constatada a irregularidade prevista na Cláusula 1ª, a Compromitente será notificada para que no prazo de até quarenta e cinco
dias a regularize, prorrogável por igual período a pedido da Compromitente que deverá comprovar essa necessidade, estando
compreendidas nesse prazo as medidas a serem adotadas pelas arrendatárias, operadores portuários, e/ou pelas operadoras de
linhas férreas, não incidindo a multa durante prazo deferido para sua regularização. No prazo estabelecido acima, ficará a
compromitente compelida a adotar as medidas paliativas e necessárias para a manutenção da segurança com dispositivos
temporários como cones, supercones e placas de sinalização provisórias de alerta ou desvio até a implementação definitiva da
solução. Entretanto, caso não seja regularizada dentro do prazo concedido, a multa voltará a incidir desde o primeiro dia em que
comprovado o descumprimento da Cláusula 1ª do TAC nº 1942/2010."
aos cenários de emergências, inclusive de grande magnitude, de acordo com os riscos, as
características e as circunstâncias das atividades, prevendo os meios e recursos necessários para
os primeiros socorros, encaminhamento de acidentados, abandono de área e retirada de vagões
nas áreas sinistradas dentre outras ações que se façam necessárias.
5.12. Adotar, nas áreas operacionais, o uso de uniformes contendo faixas refletivas na parte
inferior e superior e, por conseguinte, prover vestiários de armários individuais, com número
suficiente para atender aos trabalhadores que os utilizam em conformidade com a NR-24.
5.14. A CESSIONÁRIA deve compor o Plano de Ajuda Mútua (PAM) do Porto de Santos,
coordenado por esta Autoridade Portuária em conformidade com a NR-29.
a) Número de empregados;
5.16. Os relatórios mensais acima mencionados devem ser anualmente consolidados e enviados
à CEDENTE no âmbito do Relatório de Performance.
6.1. As passagens e cruzamentos em nível, com especial atenção nas vias de acesso, devem
ser sinalizadas, aplicando-se o Código Nacional de Trânsito do Ministério da Justiça.
6.2. Os locais onde houver o trânsito de pessoas devem dispor de sinalização horizontal em
seu piso, demarcando área de segurança, bem como deverá dispor de calçada, com superfície
regular, firme, contínua e antiderrapante sob qualquer condição.
6.3. Os Pátios, onde são armazenados ou movimentados produtos químicos ou ainda onde
permanecem estacionadas composições contendo tais produtos, devem dispor de birutas para
acompanhamento da direção dos ventos em pontos estratégicos (de fácil visualização).
6.4. A área sob a movimentação de carga suspensa deve ser sinalizada e isolada, de modo a
não permitir a circulação ou a permanência de pessoas sob a área de movimentação (art.9, caput
da Lei nº 9.719 e item 29.3.5.13 da NR-29), dotando esses locais de trabalho e vias de acesso de
faixa exclusiva e sinalização visível durante o dia e a noite para circulação segregada de pessoas.
6.5. As obras e serviços devem ser diuturnamente sinalizados pela CESSIONÁRIA para:
c) Delimitar o contorno das frentes de trabalho, de forma visível, para a circulação segregada
de veículos e pessoas aplicando-se o Código Nacional de Trânsito do Ministério da Justiça
e NR-26 (Sinalização de Segurança) no que couber.
6.6. Deverá ser mantida, uma campanha elucidativa e preventiva de acidentes, através de
meios apropriados e avisos alusivos à prevenção de acidentes, cuja renovação se processará
periodicamente.
8.2. Em frente de obras ou serviços, quando não for possível este atendimento, a
CESSIONÁRIA deverá dispor de instalações sanitárias móveis, conforme determinado na NR
21 – trabalho a céu aberto.
8.3. Todas as instalações necessárias à execução do objeto do Contrato de Cessão, devem ser
dotadas de local para aguardo de serviço construída na forma do item 29.4.1.1 da NR-29 do
Ministério do Trabalho e Emprego; mantidas pela CESSIONÁRIA em perfeito estado de
conservação e limpeza, bem como sinalizadas e identificadas de forma visível, sendo proibida
sua utilização para outras finalidades.
9. PREVENÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
9.3. A CESSIONÁRIA deve adotar medidas para eliminar, reduzir ou controlar os riscos,
bem como elaborar plano de ação, indicando as medidas de prevenção a serem introduzidas em
cronograma, formas de acompanhamento e aferição de resultados.
c) O procedimento indicado para condução segura dos trens que transportam produtos
perigosos;
d) O detalhamento dos itens de segurança adequados aos riscos associados aos produtos,
incluindo os de proteção individual e os de emergência;
9.7. A CESSIONÁRIA deverá encaminhar novas cópias da documentação sempre que houver
alterações;
9.8. A documentação deve ser analisada pela CEDENTE, sendo-lhe facultado requerer
alterações e complementações, mediante as devidas justificativas. Posteriormente, deverá ser
divulgada pela CESSIONÁRIA aos órgãos públicos, operadores portuários e arrendatários
intervenientes no atendimento de emergências com produtos perigosos, nas áreas de Porto
Organizado.
10.1. A CESSIONÁRIA deve cumprir o que determina a NR-23 (Proteção Contra Incêndios)
e o Decreto Estadual nº 63.911, de 10 de dezembro de 2018 que institui o Regulamento de
Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco nos pátios ferroviários utilizados para
cargas perigosas.
10.4. Deverá haver, em cada área de trabalho, brigada de combate a incêndio devidamente
treinada e instruída com os procedimentos para emergências, para a realização do primeiro
combate.
10.5. Deverão ser afixados próximos aos telefones dos escritórios e das portarias instruções
contendo telefones de emergência e procedimentos para a solicitação de recursos externos
(Bombeiros, Polícia Militar, Hospitais próximos etc.).
10.7.1. A brigada deverá estar devidamente equipada com vestimenta, calçado e capacete para
combate a incêndio, certificados em conformidade com a Norma NFPA 1964, ou Norma ABNT
ou EN, equivalente em desempenho, e EPRA (Equipamento de proteção Respiratória
Autônomo) certificados em conformidade com a Norma ABNT NBR 13716, NFPA 1981 ou
equivalente.
11. ACESSIBILIDADE
11.3. Em passagens em nível em que haja elevado tráfego de composições e/ou veículos,
deverá ser instalada sinalização semafórica e sonora acionada a partir da aproximação da
composição.
11.4. As passagens em nível destinadas a pedestres deverão ser instaladas de acordo com as
necessidades apontadas pela CEDENTE e ser pavimentadas, sinalizadas e iluminadas e não
apresentar diferença de nível em relação aos trilhos.
11.8.1. São dispensadas da obrigação estabelecida neste item os ramais destinados a acesso
ferroviário aos terminais, locais onde a via férrea passa sobre ruas e avenidas,
compartilhando o espaço com o tráfego de veículos e locais onde o tráfego ferroviário
não represente risco significativo a pessoas, tais como áreas desabitadas, matas,
campos, dentre outros.
11.9. Quando houver rua ou avenida ou área destinada a circulação de pedestres adjacente ao
perímetro da via férrea, deverá ser construído junto ao muro ou cerca divisória, passeio público,
com largura mínima de 1,2 m de largura a fim de propiciar a circulação segura de pedestres
nestes locais.
12.3. As inspeções técnicas da CEDENTE poderão identificar outros locais sensíveis e de risco
não apontados no levantamento de que trata o item acima, os quais serão incluídos, pela
CESSIONÁRIA, no contexto dos demais.
13.3. A CESSIONÁRIA deverá promover a limpeza e higienização de suas áreas, por meio de
remoção, armazenagem e destinação adequada dos resíduos e demais materiais inservíveis que
possam servir de fonte de alimento e abrigo a animais sinantrópicos nocivos, bem como realizar,
com a frequência mínima necessária, a capinação e/ou roçagem de suas áreas.
PRAZO
PROGRAMA / DOCUMENTO PERÍODO
ENTREGA
Anual ou quando
PCMSO – Programa de Controle Médico de Em conjunto com o
houver alteração
Saúde Ocupacional (NR-7). PPRA.
significativa.
LTCAT – Laudo Técnico das Condições Até 6 meses após a Anual ou quando
Ambientais de Trabalho (Lei nº 8.213, de 24 data do início da houver alteração
de julho de 1991). operação. significativa.
Bienal ou quando
Antes do início da
PCA – Programa de Conservação Auditiva. houver alteração
operação.
significativa.
Bienal ou quando
01 (um) ano após o
Laudo Ergonômico (NR-17). houver alteração
início da operação.
significativa.
A partir da
Sempre que ocorrer
Laudo ou Planilhas de Análise de Acidentes. contratação de
acidente.
trabalhadores.
PRAZO
PROGRAMA / DOCUMENTO PERÍODO
ENTREGA
Anual ou quando
Laudo das condições dos equipamentos e Antes do início da
houver alteração
materiais de combate a incêndio (NR-23). operação.
significativa.
Quando houver
30 dias antes do alteração
Prontuário de Instalações Elétricas (NR-10).
início da operação. significativa e na
devolução da área.
Antes do início da
Quando houver
EAR – Estudo de Análise de Riscos operação de
alteração
(conforme norma CETESB P4.261) transportes de
significativa.
produtos perigosos.