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CÓPIA NÃO CONTROLADA

NORMA TÉCNICA WM-PR-1072


ASSISTÊNCIA AO EMPREGADO DEPENDENTE QUÍMICO
TÍTULO

TIPO PÁGINAS DATA


Procedimento 1/5 Fevereiro/2005
ORIGEM
Segurança, Saúde e Meio Ambiente
EXECUTADO POR APROVADO POR
Djalma Oliveira e Mariza Freire Djalma Oliveira e José Carlos Abrantes
PALAVRAS-CHAVE
Dependente químico

SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Definições
3 Condições gerais
4 Condições específicas
ANEXO - O papel do encarregado ou supervisor imediato do empregado dependente químico
APÊNDICE - Termo de compromisso

1  OBJETIVO
Essa Norma fixa as condições para aplicação do Programa de Dependência Química das empresas White
Martins.

2  DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 2.1 e 2.2.

2.1  Dependência química
Doença crônica, progressiva e de determinação fatal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A dependência do álcool e outras drogas constitui um importante problema de saúde pública, que leva ao
comprometimento das esferas física, emocional, profissional, financeira, legal e familiar.

2.2  Droga
Toda e qualquer substância, lícita ou ilícita, que altere o humor de uma pessoa.

3  CONDIÇÕES GERAIS

3.1  Programa de Dependência Química

3.1.1  Programa que tem por objetivo propiciar condições que permitam apoio ao dependente químico,
buscando manter a personalidade sóbria do dependente químico, afastando-o da dependência,
proporcionando uma melhor saúde física, mental e conseqüente qualidade de vida, gerando aumento da
produtividade, através da diminuição do absenteísmo, da melhoria do desempenho profissional, criando
melhorias no relacionamento familiar, e evitando riscos de acidentes do trabalho ou falhas na operação e
no contato com clientes da empresa ou comunidade.

3.1.2  Esse Programa abrange o universo dos empregados das empresas White Martins.

3.2  Responsabilidade

3.2.1  O Assistente Social é o responsável por prestar orientações, esclarecimentos e divulgar o Programa
de Dependência Química das empresas White Martins.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


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3.2.2  As gerências e os vários segmentos dentro da empresa, devem estar preparados para lidar com o
doente químico, criando e complementando estratégia para identificar precocemente o empregado doente,
restringidas todas as ações nesse sentido à mais absoluta confidencialidade (ver Anexo).

3.2.3  A Gerência de Saúde Ocupacional é responsável pelo desencadeamento do Programa de


Dependência Química para cada empregado que venha a necessitar do tratamento e queira fazê-lo.

3.3  Confidencialidade
Todos os casos encaminhados ao Programa de Assistência ao Empregado Dependente Químico devem
ser tratados confidencialmente, sendo vedado a qualquer pessoa, com exceção da chefia imediata do
empregado, a assistente social e a equipe do Setor Médico, o acesso às informações sobre diagnóstico,
tratamento e recursos clínicos utilizados.

3.4  Custeio

3.4.1  As empresas White Martins devem arcar com as despesas do tratamento dos empregados doentes
químicos internados e consultas para tratamento psicoterápico em entidades por ela referenciadas, não
cabendo reembolso por livre escolha.

3.4.1.1  Caso hajam recaídas, o funcionário deve arcar com 10% do custo, limitado a 5% do seu salário, na
segunda internação; 30%, limitado a 10% do salário, na terceira internação.  Da quarta internação em
diante a empresa não se responsabilizará mais por nenhum custo do tratamento.

3.4.1.2  As despesas devem ser alocadas na RBC do Gerente imediato do empregado, com o
conhecimento do Diretor do Segmento ou Região.

Nota: O tempo de internação para tratamento numa clínica é de 28 a 45 dias, de acordo com o grau de
compromentimento do empregado em relação a doença e sua resposta ao tratamento.

3.5  Documentação
São necessários os seguintes documentos:
- Evolução médica feita pelo médico do empregado e médico da empresa.
- Relatório mensal sigiloso feito pelo Supervisor ou chefia imediata sobre seu desempenho profissional.
- Contrato de tratamento do Dependente Químico.
- Relatório do Serviço Social.

4  CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

4.1  Após a identificação do empregado, o Médico do Trabalho e o Assistente Social devem abordar o


assunto com o empregado, com a chefia e com a família, mostrando que se trata de uma doença, indicando
as alternativas de tratamento e motivando o empregado a querer tratar-se. Porém, devem deixar ao livre
arbítrio do empregado a decisão de submeter-se ou não ao tratamento.

4.2  O empregado doente químico deve ser encaminhado ao Programa de Dependência Química para
tratamento, desde que espontaneamente manifeste sua intenção de submeter-se ao referido tratamento e
preencha o termo de compromisso (ver Apêndice).
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4.3  A condução do funcionário para este encaminhamento deve ser feita pelo próprio empregado ou sua
chefia imediata junto à Gerência de Saúde Ocupacional ou à Assistente Social.

4.4  A empresa possui convênios com instituições específicas para tratamento do dependente químico, bem
como cadastro de grupos de apoio, tais como AA, Alanon, Alateen, Nar-Ateen, NA, Nar-Annon, e deve
utilizar eficazmente os recursos disponíveis do Governo.

4.5  Os dados obtidos em atendimentos médicos, exames clínicos e complementares devem ser
registrados exclusivamente na ficha clínica individual do empregado, que fica sob a responsabilidade do
Setor de Saúde Ocupacional que atende a Unidade.

4.6  Um programa de acompanhamento e pós-tratamento com grupos de manutenção de abstinência, será


implementado pela Gerência de Saúde Ocupacional e Assistente Social, onde couber.

4.7  Divulgar o tema "Dependência Química" para os empregados e familiares, quando da realização de


atividades prevencionistas na empresa.

4.8  A Gerência de Saúde Ocupacional, a Assistente Social e a chefia imediata, apoiarão o dependente
químico no seu período de recuperação, ajudando-o a expressar seus sentimentos e a lidar com a sua nova
vida.

___________________
/ANEXO A
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ANEXO - O papel do encarregado ou supervisor imediato do empregado dependente químico

A dependência química constitui um importante problema de saúde pública, que leva ao comprometimento
das esferas física, emocional, profissional, financeira, familiar e legal.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define dependência química como uma doença crônica,
progressiva e de determinação fatal.

O encarregado ou supervisor está numa posição de saber quando a bebida e outras drogas se tornam um
problema ao invés de ser um mero costume social. Freqüentemente ele está incerto quanto a maneira
correta de lidar com a situação.

Identificação dos casos:


1. Freqüentes ausências no seu local de trabalho.
2. Olhos avermelhados ou turvos.
3. Aumento da irritabilidade (nervosismo).
4. Mudanças drásticas de humor após o almoço e jantar.
5. Aumento das faltas ao trabalho, com excusas inadequadas.
6. Baixo rendimento no trabalho – trabalho lento.
7. Falar alto e descuidado.
8. Mãos trêmulas.
9. Bebidas durante os horários de trabalho.
10. Faces avermelhadas.
11. Aumento de pequenas enfermidades: várias consultas médicas e idas ao ambulatório.
12. Uso de purificadores de hálito, especialmente hortelã.
13. Dívidas acima do normal.
14. Sempre pronto para participar de uma farra com os colegas. O primeiro a chegar e o último a sair.
15. Capacidade de beber maior que os demais colegas.

RESUMO DO QUE A CHEFIA DEVE E NÃO DEVE FAZER

1. Não procure diagnosticar o problema.


2. Não moralize. Restrinja a crítica ao desempenho do trabalho ou à freqüência.
3. Não proteja o amigo. Uma bondade mal dirigida pode levar a um atraso sério na verdadeira ajuda ao
empregado.
4. Não acoberte. Deixe que o empregado assuma a responsabilidade por seus atos. Encobrindo o
desempenho deteriorado, podemos “salvar” o empregado dessa vez, porém tudo ocorrerá novamente e
talvez com resultados mais alarmantes. O acobertar de um caso de dependência química é facilitar
para que o empregado continue na dependência, o que pode ser fatal.
5. Não demita um empregado que previamente mostrou desempenho satisfatório sem antes oferecer-lhe
ajuda através do Serviço Social e Médico da empresa.
6. Deixe bem claro que a empresa está preocupada com o seu desempenho no trabalho, sua saúde e
com a sua segurança e da Unidade em que ele trabalha.
7. Apresente o Serviço Social e o Setor Médico como uma oferta positiva de ajuda, salientando a
confidencialidade.
8. Tome nota das mudanças no trabalho, tais como assiduidade e desempenho e nos padrões de
comportamento inaceitáveis de cada empregado sob sua supervisão.
9. Seja firme e honesto. Lembre-se, você está discutindo desempenho inaceitável e documentado e não o
empregado como pessoa.
10. Esteja ciente de que a dependência química é uma “doença da negação” e de que existem
especialistas em lidar com essa doença.

Qualquer dúvida entrar em contato com Mariza Gomes Freire – Assistente Social – Matriz Telefone: 2588-6403
__________________
TERMO DE COMPROMISSO

Eu _____________________________________, alfa __________, função _______________,

chefia ___________________, lotado na Unidade ____________, venho assinar este termo

de responsabilidade em relação ao meu tratamento de Dependência Química, junto ao

Setor Médico, que estou ciente dos termos constantes na Norma Técnica da Empresa nº

WM-PR 1072.

Reconheço que o tratamento a que me submeterei não me isenta de minhas

responsabilidades profissionais, bem como não impede que a Empresa aplique as sanções

cabíveis em caso de se verificar alguma falta de minha parte.

Estou ciente de que em caso de rescisão motivada ou não de meu Contrato de Trabalho

com a empresa, cessará de imediato qualquer responsabilidade que esta tenha assumido

no custeio de meu tratamento."

Assinatura do Funcionário: __________________________________

Alfa: _________________

Gerente: ___________________________________

Médico: ___________________________________

Assistente Social: ___________________________________

Data: ____/____/____

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