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Entregador do Ifood

O caso de racismo que ganhou os noticiários nesta sexta foi registrado em um bairro
aparentemente de classe alta, em Valinhos, quando um sujeito de camisa azul e short
preto ofende e humilha o entregador do iFood Matheus Pires, além de fazer gestos e
afirmações racistas. O entregador não reage e tenta argumentar contra o homem, que,
exaltado, continua com seu repertório de ofensas. Com a viralização do caso, a
plataforma de entregas baniu o sujeito de sua rede.

"Você tem inveja disso aqui. Você tem inveja dessas famílias aqui. Você nunca vai ter.
Eu já nasci rico. Você é semi-analfabeto", diz o cidadão.

"Você conseguiu por quê? O seu pai te deu?", questiona, sem obter resposta enquanto
seguia sendo ofendido pelo rapaz, trasntornado.

Agressão em shopping

Também nesta sexta-feira foi registrado o caso de agressão contra um


jovem, possivelmente por motivação racial, num shopping na Ilha do
Governador, no Rio de Janeiro. O também entregador Matheus
Fernandes, de 18 anos, denunciou que foi agredido e ameaçado por
dois homens no Ilha Plaza Shopping, nessa quinta (6), quando foi
trocar um relógio que havia comprado para o Dia dos Pais. A mãe do
jovem não escondeu a revolta.

“Por causa da cor da pele, não tem outra explicação. Eu não sou tão
negra, então eu posso ir no shopping, eu posso mexer em todas as
roupas, eu posso comprar o que eu quiser, eu posso inclusive provar
as coisas de graça. Agora, se ele está sozinho, ele não pode fazer
nada disso, como foi o que aconteceu. Ele sozinho não pode comprar
um relógio. Será que ele sempre vai precisar estar com a mãe do lado,
alguém do lado, alguém branco?”, questionou a mãe do jovem aio
portal "G1".

"Estava esperando pelo atendimento quando ele se aproximou de mim


e disse: 'Vamos ali'. Eu disse que não sairia dali e que não era
nenhum ladrão. Fui tratado como se não fosse nada, e ainda
colocaram uma pistola na minha cabeça. E por que isso? Porque
estou com um relógio bacana sou ladrão? Não sou ladrão, não",
desabafou Fernandes.

Desacato no Ceresp

Ainda nesta sexta, um advogado de 46 anos teria ofendido agentes


penitenciários no Ceresp da Gameleira, em Belo Horizonte, sendo que
pelo menos um deles foi alvo de racismo. De acordo com o boletim de
ocorrência, o problema teria ocorrido quando um dos agentes impediu
que o cliente do advogado escrevesse uma carta para a família, o que
é proibido.

A partir de então o advogado teria perdido o controle, chamado uma


agente de "vagabunda" e outro de "preto filho da p".

“Não posso ser preso, pois sou advogado, vocês não são policiais fora
do âmbito prisional, lá fora vocês não são nada, pelo menos eu sou
advogado e não agente, se vocês tivessem estudado não seriam
agentes”, teria dito, conforme o boletim de ocorrência.

Assassinato por racismo

A Polícia Civil de Belo Horizonte concluiu investigações sobre um


assassinato ocorrido no final de maio em 10 de junho e o desfecho foi
de que a morte foi provocada por racismo. De acordo com as
investigações, o suspeito, de 66 anos, tinha por hábito ofender
pessoas de pele negra, inclusive o vizinho, que chegou a matar. Nem
mesmo o neto, fruto do casamento do filho com uma mulher negra, ele
quis conhecer, relatam testemunhas, já que não aprovava a união
pura e exclusivamente por questões raciais.

Socialite na mira

Em maio, o processo envolvendo Titi, filha dos atores Bruno Gagliasso


e Giovanna Ewbank, teve um novo capitulo. A garotinha foi ofendida
nas redes sociais pela socialite Dayane Alcântara Couto de Andrade,
conhecida como Day McCarthy. O caso ocorreu em 2017, os pais
pedem uma indenização de R$ 180 mil e será julgado à revelia, já que
Day não apresentou defesa e sequer nomeou um representante.

Na ocasião, a agressora disse nas redes sociais que não entendia por
qual motivo as pessoas “ficavam no Instagram do Bruno Gagliasso,
elogiando aquela macaca” e ainda falou que “a menina é preta, tem
cabelo horrível, de bico de palha, e tem um nariz de preto, horrível”.

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