Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: Entender*a complexa trama de relações que gravita sobre o trabalho, as mediações que
dão sentido e conteúdo às contradições que redefinem constante e intensamente os horizontes
geográficos da realização do universo fenomênico em questão, é o que nos ocupa neste texto.
Intentamos reconhecer as cisões e as fragmentações presentes na esfera do trabalho, diante das
(re)configurações geográficas que ao territorializarem-se nos revelam as fases e as magnitudes da
desterritorialização e da reterritorialização que, por sua vez, podem combinar realidades distintas do
ser que trabalha, porém encimadas no metabolismo social do capital. Assim referenciados,
debatemos neste texto as implicações desse processo na reconstituição das capilaridades internas ao
universo do trabalho, considerando, pois, as clivagens que revelam as compreensões enraizadas na
subjetividade do trabalho e como isso rebate nas instâncias de organização dos trabalhadores,
consideradas na sua pluralidade (operários, camponês, trabalhadores informais...).
Palavras chave: trabalho, formas geográficas, território, metabolismo do capital, dinâmica social
* Esse texto reúne reflexões parciais do Projeto de Pesquisa “Território Minado: Metabolismo Societário do Capital
e os Desafios para a Organização do Trabalho”, financiado pelo CNPq, na alínea PQ/2B, e foi apresentado no IV
Congresso Latinoamericano de Sociologia do Trabalho, realizado de 09 a 12/09 de 2003, em Havana (Cuba) e
publicado originalmente no CD-Rom do Evento (ISBN 959-270-032-X), sendo que contamos com o apoio
financeiro da CAPES, da Fundunesp e do Programa de Pós-Graduação em Geografia/FCT/UNESP/Presidente
Prudente.
** Professor de Geografia da FCT/UNESP/Presidente Prudente, membro dos Programas de Pós-Graduação em
Geografia da FCT/UNESP e do CEUD/ UFMS/Dourados; Coordenador do Grupo de Pesquisa “Centro de
Estudos de Geografia do Trabalho” (CEGeT) < www.prudente.unesp.br/ceget >; Coordenador do Centro de Memória,
Documentação e Hemeroteca Sindical “Florestan Fernandes” (CEMOSi); E-mail: thomazjr@stetnet.com.br
O
Mundo do trabalho é palco de com diversas interpretações, mas seguindo as
profundas mudanças na preocupações deste ensaio, entendemos que
viragem do século XXI. Desde diante dos desafios que se apresentavam para a
o Manifesto do Partido valorização do capital e as garantias para sua
Comunista, Marx e Engels explicitando talvez marcha “evangelizadora”, o contínuo inchaço
uma das suas principais teses, a contradição dos mercados financeiros parece ter sido a
entre o desenvolvimento das forças saída para essa situação de crise1. É por dentro
produtivas, seu caráter tendencionalmente desses pressupostos e do cenário de crise
social e sua apropriação privada, nos prolongada que o capital engendrou um
apontaram um longo caminho a ser percorrido conjunto de modificações estruturais e que
em nossas investigações. Em outros dinamizaram/estimularam o complexo de
momentos essa tese foi reafirmada, na verdade reestruturação produtiva do capital, sendo que
complementada, ao caracterizar a dinâmica do seus impactos nos dias de hoje atingem
desenvolvimento (econômico e político) do frontalmente o processo de trabalho e a
capital com vista a limitar o desenvolvimento organização do trabalho, de forma diferenciada
social do trabalho, mais propriamente a tanto em profundidade quanto em magnitude,
tendência à diminuição do trabalho imediato países, regiões, atividades econômicas, setores
(sobretudo com o aumento da composição e empresas, etc.
orgânica do capital) em contraposição à Assim, a ampliação/diminuição dos
impossibilidade de fazê-lo para todas as esferas embates entre os atores sociais e as lutas a eles
da atividade laborativa (produção social), imanentes, sobretudo no âmbito do
diante da necessidade de sua exploração. movimento operário e camponês2), nos
De todo modo, a década de 1990
consolidou uma conjuntura de transformações 1 Corsi, 2003, apresenta um detalhado rol de
territoriais, espaciais e sociais decisivas no argumentos a respeito dos elementos que definiram as
âmbito da luta de classes. decisões do capital e dos investidores para
“equacionar” o ritmo, a velocidade e a intensidade dos
Por certo, se recuarmos à década de 1970, investimentos e para repor os patamares desejados da
poderíamos melhor precisar a crise estrutural valorização de capital.
2 Em Thomaz Jr., A. (2002) e em Thomaz Jr., (2003a),
do capitalismo que marcou no cenário
pudemos desenvolver mais amplamente a tese de que a
internacional uma fase de relativa estagnação
classe trabalhadora hoje, diante dos desdobramentos do
econômica, abarcando, inicialmente, o núcleo complexo da reestruturação produtiva requer que
do sistema capitalista (Japão, EEUU, Europa consideremos como setores integrantes: a) o conjunto
Ocidental) e mais os tigres asiáticos e a China, dos trabalhadores que vivem da venda da sua força de
todavia caracterizada por baixas taxas de trabalho; b) aqueles que se garantem com relativa
crescimento, quedas nos investimentos e autonomia em relação à inserção no circuito mercantil,
como os camelôs; c) os trabalhadores não proprietários
estagnação de amplas porções da periferia do dos meios de produção e inclusos na informalidade,
planeta, especialmente, por conta da crise das como as diferentes modalidades do trabalho domiciliar
dívidas externas, o que foi decisivo para a não urbano e familiar na agricultura, e que são inteiramente
integração, nesse primeiro momento, dessa subordinados ao mando do capital; d) da mesma forma,
porção do planeta ao chamado processo de os camponeses com pouca terra e que se organizam em
bases familiares; e) o conjunto dos trabalhadores que
globalização.
lutam por terra, inclusive os camponeses desterreados
Como aponta Chesnais (1996), mesmo e; f) todos os demais trabalhadores que vivem
com a recuperação das taxas de lucros das precariamente junto às suas famílias, sob diferentes
modalidades de subproletarização (temporário, part
grandes corporações na década de 1980, não se time, etc.), da produção e venda de artesanatos,
tem a retomada dos investimentos. Como pescadores, etc. Há, pois, um significado político e
para a classe trabalhadora, mas que nos dá as social da vida. O hiato existente entre esses
pistas para procedermos investigações voltadas dois mundos (da produção e da reprodução),
à compreensão da dinâmica territorial das celebra o impedimento intransponível sob o
novas formas de trabalho em um contexto de regime do capital, que fragmenta a totalidade
exploração ampliada, requisito da valorização ontológica do ser social e que, de fato, marca a
do capital. Nesse sentido, ao nos propormos subjetividade do trabalho.
refletir a Geografia do mundo do trabalho Na verdade, nossa empreitada é tentar
nesta viragem do século XXI, pretendemos, conciliar ciência com crítica social, objetivando
pois, elaborar a “leitura” da dinâmica territorial a crítica contundente ao capital, ao seu
do metabolismo social do capital, a essência do metabolismo societário, ao destrutivismo
movimento das relações imanente que ameaça
espaciais hegemônicas nossa empreitada é tentar constantemente a vida
que, por sua vez, tem na no planeta e que rege a
luta de classes, diante do conciliar ciência com crítica desigualdade social e a
efetivo desenvolvimento
social das forças social, objetivando a crítica barbárie, aspectos
fundantes do nosso
produtivas, a dimensão do
controle desse processo -
contundente ao capital, ao envolvimento na luta
diuturna anti-capital.
sob o comando do capital seu metabolismo societário,
– e sobretudo a contenção No entanto, se por
da tendência (de ao destrutivismo imanente um lado é necessário
realizar uma “leitura”
substituição de trabalho
vivo por trabalho morto),
que ameaça constantemente a que advogue e viabilize
que marca a história do vida no planeta e que rege a a imbricação
esferas da reprodução
das
capitalismo no século XX
e chancela os desafios desigualdade social e a com a produção, para
para o proscênio. que se possa ressaltar a
barbárie apreensão do
metabolismo social do capital, por outro lado, é
Desafios para o trabalho na viragem do necessário iluminarmos a esfera da reprodução
século XXI das relações sociais de produção, como aponta
Urge, pois, de nossa parte, coererentes Lefébvre (1973). Isto é, não se trata apenas da
com o enfoque e direcionamento das nossas re-produção dos meios de produção, mas da
críticas, construtivas, por certo, ao movimento re-produção das relações sociais de produção,
operário, avançarmos nossas análises também que para Lefébvre é a “capacidade do
para o âmbito da reprodução social e, capitalismo para se manter, passados os seus
portanto, acrescentarmos mais elementos para momentos críticos” (p.79). Disso concluímos
compreendermos a rica e complexa trama que se faz necessário mais atenção, pois a re-
social que expressa não somente as formas produção das relações sociais de produção
fetichizadas no plano da política de ação “arrasta consigo contradições e não só as
sindical (produção social) e do local de repete, as re-duplica, mas também as desloca,
trabalho, mas também e articuladamente, a as modifica, as amplifica” (p. 6).
dimensão fetichizada do cotidiano do trabalho Em síntese, a totalidade do ser social deixa
no âmbito da casa, da morada, da reprodução de ser percebida e a prova disso se dá a partir
do momento em que as lutas sociais passam a
desempregados e que já se embrenharam por diversas ser gestadas pela fragmentação social e técnica
atividades e colocações no ambiente urbano à ocupação do trabalho que as separam infecundamente
de terras.
trabalho, sobretudo, nesse momento, a partir dos sindicatos e dos partidos operários
da apropriação efetiva de sua dimensão (quando existem) para dentro das empresas.
intelectual12. Assim, depreendemos que o Nesse sentido, é oportuno ponderarmos
processo de valorização e de acumulação do que a reestruturação produtiva entendida,
capital ampliou como nunca antes as esferas de então, como um projeto não acabado do
atuação do capital e do Estado, para o efetivo capitalismo tardio, já que não constitui uma
exercício do controle social, como forma de nova hegemonia do capital na produção, é
viabilizar o projeto de sociedade centrado na também um poderoso
valorização de capital, mas com instrumento de
as atenções voltadas para a desorganização e fragilização
fragilização da classe das formas de resistência da
trabalhadora. A diminuição de classe trabalhadora. Alves
postos de trabalho, o (2000) contribui sobremaneira
desemprego e as novas formas de para compreendermos que,
estabelecimento do controle com o toyotismo, o processo
sobre o trabalho, mediante os de redefinições das formas
recursos da parceria e da produtivas, com mais ou
ideologização do operário menos profundidade e
multifuncional e participativo, amplitude impõe a
colocam em cena novos constituição de um novo
elementos para a historicidade do trabalhador, ou de uma nova
movimento operário. subjetividade operária que dê a
A concepção de parceria esse projeto um dinamismo
difundida e radicada nos mais lucrativo e os pré-requistos
amplos níveis da atividade para o efetivo exercício do
laborativa nesta viragem de controle social.
século XXI, está fundada na idéia A título de exemplo,
de que as relações de trabalho, Edvaldo Carlos de Lima
poderíamos recorrer às
hoje, são mais abertas e aos trabalhadores se reflexões apresentadas por Jinkings (2000),
abre um vasto campo para participação e quando aponta os efeitos da subcontratação no
colaboração nas tomadas de decisões, no setor bancário. Tanto por meio da
entanto sob o crivo do aprofundamento da terceirização, quanto pela execução do
exploração do trabalho, especialmente pelo trabalho por tarefas ou a tempo parcial, esse
acúmulo de funções herdadas dos ex- expediente atendeu e atende exemplarmente
trabalhadores, outrora na ativa. aos objetivos da valorização do capital, pois a
O complexo de reestruturação produtiva um só tempo possibilita os ganhos de
tem na idéia de parceria entre capital e trabalho lucratividade e impacta intensamente a
o atributo fundamental para a resolução dos resistência (mecanismos de defesa) da classe
conflitos sociais do trabalho no chão de fábrica. trabalhadora, fragilizando-a, além de
Assim, o capital para adquirir e manter novos fragmentá-la, impondo formas de reprodução
procedimentos de dominação do trabalho, estranhadas e fetichizadas do sistema
pressupõe a derrota política e ideológica do metabólico do capital, minando assim, a
trabalho, e para tanto, se lança a transferir as organização sindical e esvaziando o sentimento
resoluções dos conflitos existentes no âmbito de pertencimento de classe ou esse significado
à subjetividade de classe, do trabalho.
12A esse respeito ver: Negri e Lazzarato (2001); Dias
(1997); Thomaz Jr., 2002b.
interpretações e de uma série de outras não associa o sindicato com a luta por uma
travagens que ainda permanecem nos códigos escola de qualidade no seu bairro, tampouco
de leis no Brasil (CLT e na própria questiona as relações de trabalho na associação
Constituição), mas pouco se debate sobre a de bairro, isto é, o viver e o trabalhar estão
nocividade da identidade do trabalhador se separados nas práticas de luta e de vida.
restringir tão-somente a essa ou àquela Daí, a necessidade de se pensar a
corporação sindical. É imprescindível também imbricação dessas lutas para um caminhar no
que incluamos à determinação territorial, sentido da superação do imediatismo, da
previamente definida, via de regra, não pela atomização e da institucionalidade, e um
dimensão e intensidade dos conflitos capital x permitir-se ao menos à “consciência da
trabalho, mas especialmente pela ânsia de ausência de uma luta paradigmática”21, isto é,
poder entre as entidades sindicais (estimuladas uma luta contra-hegemônica, anti-capitalista e
ou não pelo capital), em nome da ampliação da para tanto unificada organicamente, ou seja,
extensão de base e da arrecadação da capaz de ultrapassar as fronteiras da divisão
contribuição sindical, etc. É verdade também o técnica e territorial do trabalho, além dos
18 Em Thomaz Jr., 1998, e 2002a., pudemos
desenvolver reflexões que norteiam a formulação da 20 Essa questão pudemos desenvolver em Thomaz
campo, o que importa é que não reconhecer a existentes com as múltiplas determinações do
existência do camponês signfica ignorar a processo metabólico do capital que reúne sob
potencialidade e a sociabilidade de um ator seu comando todas as esferas da convivência
social historicamente afeito à resistência no em sociedade: social, política, econômica,
tocante à submissão ao capital e à manutenção cultural, etc. É assim, então, que imaginamos
de sua identidade, apesar da trajetória marcada haver uma íntima relação entre as redefinições
por intensa mutilação cultural e dominação que estão em marcha no âmbito do
política e econômica25. movimento metabólico do capital e suas
Por certo, o cenário do Brasil de hoje, diversas e heterogêneas manifestações, nos
herdado de um projeto que modulou valores e campos e nas cidades. Se no campo ou na
atributos que, em profundidade, impactaram o cidade, o trabalho encontra-se sob o foco
universo do trabalho, não deixou por menos constante e certeiro do capital, isto é,
ao fazer valer seus referenciais no governo fragilizado, subsumido, subordinado e
atual, diante da composição da aliança política dominado, sendo que a questão da
que se apresenta com um semblante verde- emancipação social emerge e cobra de todos
água26, algo característico da ex-esquerda que posicionamentos claros e comprometidos.
compõe o governo Lula, especialmente os Vencer os limites da ortodoxia que
quadros do PT. É mais certa ainda, a aprisiona o enfoque aos referenciais de uma
manutenção dos referenciais das políticas época em que a teoria refletia a complexidade
públicas que substituem a política de Reforma do movimento do real de então, outros
Agrária enquanto conquista da classe arranjos societários e a própria dinâmica da
trabalhadora, pelo desenvolvimento rural27. Ou sociedade requerem nossas atenções para o
quando muito, setores influentes do atual movimento contraditório e ininterrupto do
governo entendem que, no limite, a Reforma real, constantemente modificado, ou seja,
Agrária, não pode ser essencialmente agrícola, síntese de múltiplas determinações, logo
pois a possibilidade de unidade da diversidade.
se viabilizar, mediante Daí ser necessário
políticas públicas, empreendermos
atividades turísticas e coerentemente os
de prestação de vínculos da práxis social
serviços no campo, é como forma de
o caminho mais curto obtermos, por meio do
para resolver a questão concreto em
agrária no Brasil. pensamento as pistas
É essencial, para compreendermos as
portanto, que fissuras e as
tenhamos clareza das complexidades que
principais povoam a classe
capilaridades e trabalhadora em todas as
Edvaldo Carlos de Lima
vértices comunicantes que expressam a atual dimensões de sua
conjuntura, para que possamos compreender, existência, tanto objetiva quanto
a partir das mediações, as ligações dialéticas subjetivamente. Se proletários (urbanos e
rurais); se camelôs; se trabalhadores inscritos
na informalidade (urbana e rural); se
25 Cf. Oliveira, 1991; Fernandes (2000); Carvalho Filho camponeses com pouca terra e que se
(2001). organizam em bases familiares; se
26 Cf. Thomaz Jr., 2003.
27 Idem.
trabalhadores que lutam por terra, e todas as
HEROD, A. Labor internacionalism and the SANTOS, M. A natureza do espaço. 2.ed. São
contradictions of globalization: Or, why the Paulo: Hucitec, 1997.
local is sometimes still important in a Global RIBEIRO, J. C. A Geografia da escravidão no
Economy. Antipode, V.33, N.3, Leeds, 2001. p. território do capital. (Dissertação de Mestrado).
407-426. ISSN 0066-4812. FCT/UNESP/Presidente Prudente.
KURZ, R. O colapso da modernização. São Paulo: Presidente Prudente, 2001. (edição própria).
Paz e Terra, 1992. RIBEIRO, J. C. & THOMAZ JÚNIOR, A.
LAZZARATO, M. & NEGRI, A. Trabalho Entre a sepultura e a trincheira: o movimento
imaterial – formas de vida e produção de subjetividade. sindical e a exclusão social. Revista Novos Rumos,
Rio de Janeiro: DP&A, 2001. N0 35. São Paulo, agosto de 2001.
LÉFEBVRE, H. A re-produção das relações de SMITH, N. Contornos de uma luta política
produção. Porto: Publicações Escorpião, 1973. espacializada: veículos dos sem-teto e
LESSA, S. Trabalho e ser social. Maceió: Edufal, produção de escala geográfica. IN:
1997. ARANTES, A. A. O espaço da diferença.
Campinas: Papirus, 2000. P.132-159.
LUKÁCS, G. As bases ontológicas do pensamento e
da atividade do homem. São Paulo: Livraria THOMAZ JÚNIOR, Antonio. Leitura
Editora Ciências Humanas, 1978. (Coleção geográfica e gestão político-territorial na
Temas de Ciências Humanas). sociedade de classes. Boletim Gaúcho de Geografia,
Porto Alegre, n.24, p.31-42, 1998.
MARX, K. Capítulo VI Inédito de o Capital. São
Paulo: Ciências Humanas, 1978. THOMAZ JÚNIOR, Antonio. Território em
transe. In: Seminário Internacional sobre Perspectivas
MARX, K. Elementos funamentales para la crítica de Desarollo en Ibéroamericana, 1., 1999, Santiago
de la economía política. Cidade do México: Siglo de Compostela. Actas... Santiago de
Vientiuno, 1987. Compostela: Servicio de Publicacións e
MÉZÁROS, I. Para além do capital. São Paulo: Intercambio Cientifico, 1999.
Boitempo, 2002. THOMAZ JÚNIOR, A. Desenho societal dos
MÉZÁROS, I. O século XXI - capitalismo ou sem terra no Brasil. Revista Abra, Campinas,
barbárie? São Paulo: Boitempo, 2003. v.28, n.25, p.31-46, 2001.
MOREIRA, R. O movimento operário e a questão THOMAZ JÚNIOR, A. Por trás dos canaviais, os
cidade-campo no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1985. nós da cana. São Paulo/FAPESP, 2002a.
MOREIRA, R. A globalização como modo de THOMAZ JÚNIOR, A. Por uma Geografia
vida capitalista globalizado. Revista Geográfica. do Trabalho. Pegada, v.3, Número Especial,
Bauru, n.19, p. 18-21, 2001a. agosto de 2002. Presidente Prudente, CEGeT,
2002b. Disponível também:
OFFE, C. Trabalho como categoria sociológica www.prudente.unesp.br/ceget
fundamental? Trabalho & Sociedade. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, vol.1. THOMAZ JÚNIOR, A. O Mundo do
Trabalho e as Transformações Territoriais: Os
OLIVEIRA, A. U. A agricultura brasileira: as Limites da ‘Leitura’ Geográfica. Revista Ciência
transformações recentes. São Paulo: SPM/CEM, Geográfica. Ano IX, Vol. IX, N.1, jan./abr.
1994. AGB/Bauru. Bauru, 2003a.
OLIVEIRA, A. U. A agricultura camponesa no THOMAZ JÚNIOR, A. O trabalho como
Brasil. São Paulo: Contexto, 1991. elemento fundante para a compreensão do
campo no Brasil. Revista de Geografia, ano IX,
Abstract: The aim of this paper is to understand the complexity of relations into the World of Labour;
the mediations that give it sense and the contradictions that re-define constantly the geographical
horizons of the phenomenal universe in question. We try to recognize the fragmentations of the sphere
of the labour, in front of the geographical configurations, which reveal the phases and magnitude of the
desterritorialization and reterritorialization. With this referential, we debate the implications of the
process in the constitution of the internal capillarity to the universe of the labour. So, we consider the
particularities that reveal the comprehensions taken root in the subjectivity of the labour and as it
refutes in the instances of organization of the workers, considered in their plurality (workers, peasants,
informal workers …).
Palabras clave: trabajo, formas geográficas, territorio, metabolismo del capital, dinámica social
OUTRAS
PEGADAS
Apresentação
Qualificação do Trabalho: Adestramento ou Liberdade?
Antonio Thomaz Júnior
Cooperativização e (re)organização político-territorial na seara de atuação do MST.
Alexandre D. Ribas
Assentamentos Rurais e Rearranjo das Atividades Terciárias em Teodoro Sampaio. O
Trabalho em Questão.
Renata Cristiane Valenciano
Redefinições de funções e atividade do trabalho envolvido na pequena propriedade rural
no estado de São Paulo: O caso em questão do município de Presidente Prudente.
Sandro Mauro Guirro
A luta pela moradia em Presidente Prudente para além de quatro paredes: Uma
contribição para a reflexão geográfica dos movimentos sociais urbanos.
Fernanda Keiko Ikuta
Perspectivas sobre o setor sucoalcooleiro frente a redução da queimada de cana-de-
açúca,a intensificação do corte mecanizado e a certificação socioambiental.
Ana Maria Soares de Oliveira
O Trabalho e a relação homem-natureza. Uma trama social em questão.
Fábio Henrique de Campos
Des(re)territorialização, transculturação e escravidão na aldeia global, globalizando a
miséria e a violência.
Júlio César Ribeiro
A questão de gênero sob a perspectiva sindical.
Terezinha Brumatti Carvalhal
O fato e a notícia. A mídia impressa e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Sônia Maria Ribeiro de Souza
Trabalho, sindicatos e gestão territorial da sociedade.
Marcelo Dornelis Carvalhal