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Objetivos:
1. Relembrar a anatomofisiologia do sistema cardiovascular.
2. Compreender o controle neuro-hormonal sob a pressão arterial
3. Revisar as manifestações adrenérgicas do sistema nervoso
4. Explicar a fisiopatologia da HAS e quais os fatores de risco que influenciam.
5. Investigar quais exames são realizados para diagnosticar HAS e o motivo pelo qual foi realizado.
Lídia Júlia dos Santos Farias APG Sistemas Orgânicos Integrados III
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músculo esquelético, as fibras do músculo POTENCIAL DE AÇÃO DO MARCAPASSO:
ca rd ía co co ntê m ma i s e ma io re s não possuem potenciais de repouso
mitocôndrias. Os desmossomos dos discos verdadeiros. Ocorre na ordem:
fornecem a força, e as j u nções
comunicantes possibilitam que os potenciais 1. Abertura dos canais funny: pequeno
de ação musculares sejam conduzidos de influxo de sódio, fazendo com que a
uma fibra muscular às suas vizinhas. célula saia do repouso, sofram uma
pequena despolarização e atinjam o limiar
POTENCIAL DE AÇÃO CARDIOMIÓCITOS: As excitatório ou o potencial de marcapasso,
fi b ra s m u sc u l a re s ca rd í a ca s q u e
despolarizam espontaneamente e produzem 2. Despolarização: Abertura dos canais de
potenciais de ação. Na sequência ocorre: cálcio (entra Ca)
Regulação neuro-hormonal da PA
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mecanismos: regulação neural, realizada nervosos dos barorreceptores aórticos
primariamente pelo SNA associado aos chegam ao centro cardiovascular via axônios
barorreceptores e quimiorreceptores e a sensitivos do nervo vago (X).
regulação humoral, que é feita por uma
variedade de substâncias liberadas por DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO: (figura 7) Em
diferentes tipos celulares, como as células caso da pressão cair, o barorreceptores
endoteliais e as células justaglomerulares e detectam, enviam informações para o CV,
diferentes alças hormonais acionados por que envia uma resposta simpática via nervos
informações codificadas pelos diferentes aceleradores cardíacos ao coração e via
receptores periféricos. nervos vasomotores para os vasos, assim a
REGULAÇÃO NEURAL FC e a força de contratilidade do coração
aumenta (débito cardíaco aumenta). Assim,
O sistema nervoso regula a pressão como consequência da esti mu lação
sanguínea por meio de feedback negativo simpática, há aumento da secreção de
que ocorrem como dois tipos de reflexos: epinefrina e norepinefrina, que provocam a
barorreceptores e quimiorreceptores. vasoconstrição e aumentam a resistência
vascular periférica também. Assim, a PA se
-> REFLEXOS BARORRECEPTORES eleva e retorna aos níveis normais.
Os barorreceptores (figura 6) localizam-se AUMENTO DA PRESSÃO: Barorreceptores
na aorta, nas artérias carótidas internas detectam, enviam informações para o CV,
(artérias do pescoço que fornecem sangue que responde aumentando a estimulação
ao encéfalo) e outras grandes artérias do parassimpática e diminuindo a estimulação
pescoço e do tórax, sendo responsáveis por simpática. As reduções resultantes da
enviar impulsos para o CV e regular, assim a frequência cardíaca e força de contração
PA. Os dois reflexos barorreceptores mais diminuem o débito cardíaco. O centro
importantes são o reflexo do seio carótico e cardiovascular também diminui a frequência
o reflexo da aorta. com que envia impulsos simpáticos aos
neurônios vasomotores que normalmente
REFLEXO DO SEIO CARÓTICO: (Regulação causam vasoconstrição. A vasodilatação
da pressão do encéfalo) são pequenas resultante diminui a resistência vascular
ampliações das artérias carótidas internas sistêmica. A diminuição do débito cardíaco e
direita e esquerda. Quando há distensão, os a redução da resistência vascular sistêmica
impulsos nervosos se propagam dos reduzem a pressão arterial sistêmica ao nível
barorreceptores do seio carótico para os normal.
axô n i o s se n s i ti vo s n o s n e rvo s
glossofarí ngeos (IX) para o centro REFLEXOS QUIMIORRECEPTORES
cardiovascular no bulbo.
Os quimiorreceptores, receptores sensitivos
REFLEXO DA AORTA: (Regulação da PA que monitoram a composição química do
sistêmica ou periférica) são pequenas sangue, estão local izados perto dos
ampliações da parede da parte ascendente barorreceptores do seio carótico e do arco
da aorta e arco da aorta. Os impulsos da aorta em pequenas estruturas chamadas
Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos S1P1 e S1P2
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glomos caróticos e glomos para-aórticos, norepinefrina. Esses hormônios aumentam o
respectivamente. Detectam mudanças nos débito cardíaco ao elevarem a velocidade e
níveis sanguíneos de O2, CO2 e H+, tanto força das contrações cardíacas. Também
por meio de mudanças na resistência causam constrição das arteríolas e veias na
vascular (nervos vasomotores) como por pele e órgãos abdominais e dilatação das
mudança na frequência respiratória. arteríolas no músculo cardíaco e esquelético,
o que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo
➔ Hipoxia (baixa disponibilidade de O2), para o músculo durante o exercício.
acidose (aumento na concentração de H+)
ou h i percapn ia (excesso de CO2): ANTIDIURÉTICO (HDA): É produzido pelo
quimiorreceptores mandam estímulos para o hipotálamo e liberado pela neuro-hipófise em
CV que responde por via simpática, resposta à desid ratação. Promove a
provocando vasoconstrição e aumento da vasoconstrição e o aumento da PA, por isso
pressão sanguínea. Além de fornecem também é chamado de vasopressina. Além
informações ao centro respiratório no tronco disso, também promove o deslocamento de
encefálico para ajustar a frequência água do lúmen dos túbulos renais para a
respiratória. corrente sanguínea, diminuindo a produção
de urina.
REGULAÇÃO HORMONAL
PEPTÍDIO NATRIDIURÉTICO ATRIAL (PNA):
Vários hormônios ajudam a regular a pressão
arterial e o fluxo sanguíneo (tabela 1) por Liberado pelas células do átrio do coração, o
meio da alteração no débito cardíaco, PNA reduz a pressão arterial ao causar
alteração da resistência vascular sistêmica vasodilatação e promover a perda de sal e
ou ajuste do volume total de sangue: água na urina, o que reduz o volume
sanguíneo.
S I ST . R E N I N A - A N G I OTE N S I N A -
ALDOSTERONA: A nível celular, a ação desses sistemas é
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É provocada secundariamente por uma FATO RES GEN ÉTI COS: q uestões
causa identificável, como por exemplo hereditárias influenciam na HA.
doenças renais, obesidade e diabetes. Um
p e q u e n o n ú m e r o d e p a c i e nt e s REDUÇÃO DA EXCREÇÃO DE SÓDIO:
(aproximadamente 5%) tem hipertensão esse fator, na presença de pressão arterial
secundária resultante de uma doença renal normal, pode ser um evento-chave iniciante
o u s u p ra r re n a l s u b j a c e nte ( e x .
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na hipertensão essencial e, na verdade, uma RINS POLICÍSTICOS: a expansão dos
via final comum para a patogenia da cistos gera um aumento da liberação de um
hipertensão. A diminuição da excreção de hormônio chamado renina, que causa maior
sódio pode levar sequencialmente a um absorção de sódio nos túbulos renais,
aumento no volume de líquido, aumento do aumentando assim o risco de HAS.
débito cardíaco e à vasoconstrição periférica,
elevando assim a pressão arterial SÍ NDROME DE CUSH I NG: doença
causada por excesso de corticoides no
INFLUÊNCIAS VASOCONSTRITORAS: organismo, ou por produção exagerada da
como fatores que induzem vasoconstrição glândula suprarrenal, ou por ingestão
ou estímulos que causam alterações excessiva de corticoides sintéticos para
estruturais na parede do vaso, podem levar a tratamento de algumas doenças. Os
um aumento da resistência periférica e glicocorticóides aumentam a sensibilidade da
também podem desempenhar um papel na musculatura lisa vascular a substâncias
hipertensão primária como as catecolaminas e a angiotensina II;
há também diminuição da dilatação endotelial
FATORES AMBIENTAIS: como estresse, mediada pelo óxido nítrico.
obesidade, tabagismo, inatividade física e alto
consumo de sal, estão implicados na DIABETES: O diabetes pode causar
hipertensão. instalação de um quadro de hipertensão, já
➔ Alguns mecanismos podem provocar a HA que a resistência à insulina dificulta o
secundária: acesso das células à glicose circulante. Isso
deixa o sangue com níveis maiores de
HIPERTENSÃO RENOVASCULAR: é um açúcar, o que contribui para o enrijecimento
tipo de HÁ definida pela presença de das artérias e o aumento da pressão.
hipertensão e estenose significativa da
artéria renal. A estenose da artéria renal
DOENÇA DA TI REOI DE: tanto o
causa diminuição do fluxo glomerular e da hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo
pressão na arteríola aferente. Isso induz a podem causar HAS. No hipertireoidismo o
secreção de renina, que, como discutido, resultado direto do hormônio tireoidiano no
aumenta o tônus vascular e o volume miocárd io e a resposta elevada às
sanguíneo através da via angiotensina- catecolaminas tendem para aumento do
aldosterona. débito cardíaco e da velocidade do fluxo
sanguíneo. Em contraste, o hormônio tinio
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA; é uma tireoidiano reduz a resistência vascular
das principais causas de hipertensão sistêmica. No hipotireoidismo, os efeitos
secundária, pois quando os rins começam a m eta bó l i co s sã o o s i nve rso s d o
falhar, há dificuldades em excretar o hipertireoidismo. O déficit cardíaco é
excesso de sal e de líquidos consumidos, diminuído e ocorre acréscimo da resistência
levando a um aumento da PA. vascular sistêmica.
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oxigênio nos glóbulos vermelhos devido ao GLICEMIA DE JEJUM (SANGUE); O
monóxido de carbono, que lesa a parede exame de glicemia em jejum serve para
interna dos vasos, propiciando a deposição medir o nível da glicose na circulação
de gorduras. sanguínea do paciente podendo identificar
casos de diabetes e pré diabetes, além de
Exames laboratoriais ser importante para o controle das pessoas
que já possuem esses diagnósticos.
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