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Universidade Federal de Sergipe- Campus de São Cristóvão

Curso de Graduação em Farmácia

Larissa Suzana de Souza Terra

Análise crítica do texto “Promoção do uso racional de


fitoterápicos: uma abordagem no ensino de
farmacognosia.”

São Cristóvão
2021
Larissa Suzana de Souza Terra

Análise crítica do texto “Promoção do uso racional de


fitoterápicos: uma abordagem no ensino de
farmacognosia.”
Trabalho apresentado no curso de
Farmácia da Universidade Federal de
Sergipe- Campus de São Cristóvão.
Solicitado pela professora Cistiani Isabel
Bandero Walker da matéria de
Farmacognosia I.

São Cristóvão
2021
O ponto inicial e fundamental que deve ser discutido quando pensamos sobre o uso
racionais de medicamentos fitoterápicos é a noção de que tudo que for de origem natural,
nunca fará mal para nós, e dessa forma, pode ser ingerido sem discriminação. Acontece que
isso é uma inverdade. Medicamentos feitos de produtos naturais podem trazer riscos e
consequências, seja por uma reação indesejada, uma alergia ao composto, ou por uma
interação medicamentosa. Outro fator que confirma a noção anterior é que muitos desses
medicamentos são vendidos sem prescrição médica, levando a noção de que a demanda de
compra sendo livre, o uso também é.
Há diversos relatos e estudos na literatura sobre toxicidade de plantas, frutos e entre
outros que são utilizados como produtos para os fitoterápicos, mas ainda assim, não há o
suficiente. Da mesma forma que também há diversos estudos e ensaios clínicos sobre a
eficácia e os benefícios dessas plantas, mas ainda não é o suficiente. Se levarmos em
consideração que estamos trabalhando com vidas, com a saúde das pessoas, pensaríamos
que a vigilância, o controle de qualidade e a eficiência seriam fatores altamente fiscalizados,
garantindo que chegaria ao consumidor um produto de qualidade, seguro e benéfico.
Acontece que, em relação aos fitoterápicos, existe grande flexibilidade na sua
regulamentação, fazendo com que chegue as prateleiras um produto com baixa qualidade,
com poucos estudos comprovando sua eficácia, impossibilitando o uso racional desse
medicamento.
Outro ponto de extrema importância é a falta de preparo e até mesmo o preconceito
de profissionais da saúde. Os farmacêuticos, por exemplo, precisam de um melhor preparo
para informar o paciente sobre o medicamento que ele está comprando e sobre as
consequências, sejam boas ou ruins, e esse preparo profissional deveria começar na
faculdade. Já em relação ao preconceito, muitos profissionais não acreditam na eficácia dos
fitoterápicos, evitando prescreve-los e até desencorajando os pacientes a compra-los.
Juntamente com esses fatores, a falta de incentivo para novas pesquisas e avanços nessas
áreas, acabam por diminuir a credibilidade de um produto que poderia ser de grande ajuda.
Visando tudo que foi dito, há certas ações que auxiliariam a alcançar o ideal do uso
racional dos fitoterápicos. São elas: Um maior incentivo nas pesquisas e avanços científicos
na área de farmacognosia; Leis mais rígidas sobre o controle de qualidade; Maior divulgação
dos trabalhos e estudos, disseminando a ideia de comprovação dos seus efeitos, podendo
fazer com que mais profissionais acolham esses medicamentos; implementação de cadeiras
nas faculdades para preparar o profissional em relação a dispensação desses medicamentos
e campanhas divulgando os riscos do uso indiscriminado dos fitoterápicos. Iniciando com
essas mudanças e avançando na ideia de oferecer um produto de extrema qualidade,
chegaremos a alcançar o ideal do uso racional dos medicamentos fitoterápicos.

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