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Publicidade infantil
Proteção à saúde
Para Edson Fachin, relator, a ação deve ser julgada improcedente, ou seja, o
ministro votou por validar a norma. Fachin invocou a resolução da OMS 63/14,
de 2010, a qual adotou uma série de recomendações dirigidas aos Estados a fim
de que regulem a publicidade de alimentos ricos em gorduras e em açúcares."Essa
recomendação da OMS foi encapada em uma série de fóruns internacionais de
que o Brasil faz parte", disse.
Sobre a alegação das competências, Fachin explicou que nenhum dos entes
federados poderá se furtar da realização dos direitos fundamentais. O ministro
avaliou como "grave" as inações do governo Federal, que impedem que Estados e
municípios implementem políticas públicas da saúde, sob o manto da
competência exclusiva ou privativa. "Repartir competências compreende
compatibilizar interesses para o reforço do federalismo cooperativo", afirmou.
Cármen Lúcia afirmou que não acredita em uma educação proibitiva e que a
CF/88 propõe em primeiro lugar as liberdades. "Educar é libertar", disse. A
ministra acompanhou o relator Fachin para validar a lei, porque os valores de
proteção infantil e da educação se contêm na proibição de se utilizar o espaço
escolar para uma comunicação mercadológica. Em breve voto no sentido de
validar a lei, o ministro Lewandowski afirmou que é dever do Estado assegurar a
criança o direito à saúde e à alimentação.
Marco Aurélio entendeu que a ação está prejudicada, porque a Abert não tem
legitimidade para fazê-lo para atacar a norma. Ultrapassada esta questão, o decano
acompanhou o relator pela improcedência do pedido. Ato contínuo, Fux votou no
sentido de que a norma não é nem formal, nem materialmente inconstitucional.
Competência privativa
O ministro Nunes Marques entendeu que a lei incorreu em inconstitucionalidade
formal, pois não compete ao Estado da Bahia a edição da norma impugnada,
"compete exclusivamente a União a disciplina, o regramento e a regulamentação
em matéria de publicidade comercial (...) Aqui não se trata de competência
concorrente", discorreu. Embora tenha louvado a iniciativa da Assembleia
Legislativa da Bahia, o ministro julgou a ação procedente a fim de invalidar a lei
baiana.
Amici curiae
Por outro lado, o Instituto Alana, pelo advogado Fernando Neves da Silva,
argumentou que, no escopo em que está a lei atual, a norma cuida da educação e
protege a infância. "Alguém tem dúvida que uma propaganda dentro de uma sala
de aula vai interferir na formação desta criança?", questionou. Ao ressaltar a
necessidade de se proteger as crianças, o instituti defendeu a improcedência da
ação.
MPF
Caso paradigmático
Encômios