Você está na página 1de 84

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Departamento de Engenharia Elétrica e Sistema de Potencia - DEESP

Eletrônica Digital

Prof. Francisco Neves


Prof. Marcelo Cabral Cavalcanti
2008.2
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Sistemas de Numeração

Sistema Binário
Algarismos: 0 e 1

Decimal Binário
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101

Conversão Binário Decimal


Decimal: 4635
5 unidades = 5 x 10º = 5
3 dezenas = 3 x 10¹ = 30
6 centenas = 6 x 10² = 600
4 milhares = 4 x 10³ = 4000
4635
Binário: 11010
0 x 2º = 0
1 x 2¹ = 2
0 x 2² = 0
1 x 2³ = 8
1 x 24 = 16
26
ou seja, 110102 =2610

Conversão Decimal Binário

51 2 25 x 2 + 1 = 51 eq. (I)
11 25 1º resto
(1)

Mas, 25 2 12 x 2 + 1 = 25 eq. (II)


05 12 2º resto
(1)

Substituindo a eq.(II) na eq.(I) temos:


(12 x 2 + 1) x 2 + 1= 51 12 x 22 + 1 x 2 + 1 = 51 eq. (III)
2º resto
12 2 6 x 2 + 0 = 12 eq. (IV)
(0) 6 3º resto

Substituindo a eq.(IV) na eq.(III) temos:


(6 x 2 + 0) x 22 + 1 x 2 + 1 = 6 x 23 + 0 x 22 + 1 x 2 + 1 = 51 eq. (V)
3º resto

2
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

6 2 3x2+0=6 eq. (VI)


(0) 3 4º resto

Substituindo a eq.(VI) na eq.(V) temos:


(3 x 2 + 0)x 23 + 0 x 22 +1 x 21 +1 = 3 x 24 + 0 x 23 + 0 x 22 + 1 x 21 + 1=51 eq.(VII)
4º resto
3 2 1 x 2 + 1 = 3 eq. (VIII)
(1) 1 5º resto

Substituindo a eq.(VIII) na eq.(VII) temos:


(1 x 2 +1)x 24 +0 x 23 +0 x 22 +1 x 21 +1
=1 x 25 +1 x 24 +0 x 23 +0 x 22 +1 x 21 +1 =51
5º resto

Isto significa que ao ordenarmos em ordem decrescente os restos, ou seja, n-ésimo resto,
(n-1)º resto,..., 1º resto, teremos a representação do nosso número na base binária.
Portanto: 1100112 = 5110

Podemos então simplesmente fazer:


51 2
1 25 2
1 12 2
0 6 2
0 3 2
1 1

1100112 = 5110

Caso tivermos números decimais, por exemplo: 101,1012 ou 0,37510, temos:

Vamos primeiro lembrar como podemos escrever um número em notação científica:


Por exemplo, 10,5 na base 10:

10,510 = 1 x 101 + 0 x 100 + 5 x 10-1

Podemos escrever qualquer número em uma dada base desejada pelo método acima, senão
vejamos:

101,1012 = 1 x 22 + 0 x 21 + 1 x 20 + 1 x 2-1 + 0 x 2-2 + 1 x 2-3


= 4 + 0 + 1 + 0,5 + 0 + 0,125 = 5,62510

101,1012 = 5,62510
0,37510 = X2
0,375 x 2 = 0,75 0,375 x 21 < 1 0,375 < 2-1
0,75 x 2 = 1,50 0,375 x 22 > 1 0,375 > 2-2
Mas, 2-2 = 0,250 0,375 - 0,250 = 0,125 1/ 4 de 0,5
0,50 x 2 = 1,0

3
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

0,37510 = 0,0112
1 x 2-3 = 0,125
1 x 2-2 = 0,25
0 x 2-1 = 0

0,37510 = 0,0112

10,510 = 1010,12
1 x 2-1= 0,5
0 x 20 = 0
1 x 21 = 2
0 x 22 = 0
1 x 23 = 8

Ao somarmos 0,5 + 2 + 0 + 8 = 10,5

Exemplo:
4,810 X2
• Parte inteira:
4 2
0 2 2
0 1
410 = 1002
• Parte fracionária:
0,8 x 2 = 1,6
0,6 x 2 = 1,2 0,810 = 0,110011001100...
0,2 x 2 = 0,4 Dízima periódica
0,4 x 2 = 0,8

Sistema Octal

Algarismos : 0,1,2,3,4,5,6,7

Conversão Octal Decimal

578 = 7 x 80 + 5 x 81 = 4710
1008 = 0 x 80 + 0 x 81 + 1 x 82 = 6410
778 = 7 x 80 + 7 x 81 = 6310

Conversão Octal Binário

Octal Decimal Binário


Ou
Regra prática

4
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

2 8
000 0
001 1
010 2
011 3
100 4
101 5
110 6
111 7

3768 = 011111110 2
3 7 6

Conversão Binário Octal

Binário Decimal Octal


Ou
Regra prática (separando de 3 em 3)

Conversão Decimal Octal


72810 = X8
728 8
08 91 8
(0)11 11 8
(3) (3) 1
72810 = 13308

Sistema Hexadecimal

0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,A,B,C,D,E,F

Conversão Hexadecimal Decimal


2B316 =3 x 160 + 11 x 161 + 2 x 162 = 69110

Conversão Hexadecimal Binário


Conversão Binário Hexadecimal Regra prática (separando de 4 em 4)

2B316 = 001010110011 2
2 B 3

Conversão Decimal Hexadecimal

100010 16
(8) 62 16 100010 = 3E816
(14) 3
pois 1410 = E16

5
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Operações aritméticas com números em binário

Adição

0+0=0
0+1=1
1+0=1
1 + 1 = 10
1 + 1 + 1 = 11

11111
0110110
+1111011
10110001

Subtração

0–0=0
1–0=1
1–1=0
0 – 1 = 1 e empresta 1

111 1000
-100 - 0111
011 0001

Multiplicação

0x0=0
0x1=0
1x0=0
1x1=1

11010
x 10
00000
11010_
110100

Divisão
110100 10
10__ 11010
010
0010
000

6
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Variáveis e Funções lógicas

- Conceitos: Grandezas analógicas e digitais


- Valores que podem ser assumidos

1 variável : V ou F ( 1 ou 0 respectivamente)
2 variáveis
A B
0 0
0 1
1 0
1 1

- Função de uma variável:


• Não ou Not

A ƒ=Ã

- Funções de duas variáveis:


• Função E ou AND
A B ƒ
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
tabela da verdade

Implementação
A B

Chave aberta = lâmpada apagada = 0

Porta E ou And
A
B ƒ=A.B

• Função OU ou OR
A B ƒ
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
tabela da verdade

7
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Implementação

A
B

Porta OU ou OR
A
B ƒ=A+B

• Função NE ou NAND

A B ƒ
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
tabela da verdade
Porta NAND
A
B ƒ = (A . B)

• Função NOU ou NOR

A B ƒ
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
tabela da verdade

Porta NOR

A
B ƒ = (A + B)

• Função OU EXCLUSIVO ou EXCLUSIVE OR

A B ƒ
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
tabela da verdade

8
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Porta OU EXCLUSIVO

A
B ƒ=A+B

Expressões Booleanas,Circuitos lógicos e tabelas da verdade

• Todo circuito lógico é formado pela interligação das portas lógicas básicas.

A
B

A tabela da verdade abaixo é referente a este circuito:


A B C D AB C CD S
0 0 0 0 0 1 1 1
0 0 0 1 0 1 1 1
0 0 1 0 0 0 1 1
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 1 1 1
0 1 0 1 0 1 1 1
0 1 1 0 0 0 1 1
0 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1 1 1
1 0 0 1 0 1 1 1
1 0 1 0 0 0 1 1
1 0 1 1 0 0 0 0
1 1 0 0 1 1 1 1
1 1 0 1 1 1 1 1
1 1 1 0 1 0 1 1
1 1 1 1 1 0 0 1
tabela da verdade
• Circuito obtido de uma expressão

S = A . ( B + C ) . ( C + D ) . ( B + D)

B B+C
C
B+D S

C+D
D

9
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Equivalência entre blocos lógicos

• Inversor
- A partir de porta NAND
A
B S = A.B

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Se B = A S = A.A = A

A A S
A S 0 0 1
1 1 0

- A partir de porta NOR

A S=A+B
B
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Se B = A S=A+A=A

A S A S
0 1
• Porta NAND 1 0

A AB S = A.B
B

• Porta NOR

A A
S=A.B=A+B

B B

10
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Ou

A A+B S=A+B
B

Prova:

A B A B A.B A+B A+B


0 0 1 1 1 0 1
0 1 1 0 0 1 0
1 0 0 1 0 1 0
1 1 0 0 0 1 0

• Porta OR
A S A S
B B

S=A+B S=A.B=A+B
Prova:

A B A+B A.B A.B


0 0 0 1 0
0 1 1 0 1
1 0 1 0 1
1 1 1 0 1

• Porta NAND
A A
S=A+B=A.B
B B
Prova:
A B A+B A.B A.B
0 0 1 0 1
0 1 1 0 1
1 0 1 0 1
1 1 0 1 0

• Porta AND
A
B S=A+B=A.B
Prova:
A B A+B A+B A.B
0 0 1 0 0
0 1 1 0 0
1 0 1 0 0
1 1 0 1 1

11
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

• Resumo

A A S
B S B

A S A S
B B

A S A S
B B

A A S
B S B

A.B =A+B
A.B =A+B
A+B=A.B
A+B=A.B

• Circuito OU- EXCLUSIVO

Notação : S = A + B = A . B + A . B

Símbolo

A S=A+B
B

• Circuito COINCIDÊNCIA

Símbolo

A
S=A·B
B

Exercícios: mostrar que


e mostrar que

Dica: Usar a tabela da verdade

12
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Circuitos Combinacionais

A saída depende apenas dos níveis lógicos presentes nas entradas.

Exemplo 1

Semáforo 1
Semáforo 2

Rua A (preferencial)
Semáforo 1 Semáforo 2

Deseja-se projetar um circuito para comandar os semáforos 1 e 2 de forma que:

1. Carro somente em B semáforo 2 verde


semáforo 1 vermelho
2. Carro somente em A semáforo 1 verde
semáforo 2 vermelho
3. Carros em A e B semáforo 1 verde
semáforo 2 vermelho
Considerações:

Há carro em A A=1
Não há carro em A A=0
Há carro em B B=1
Não há carro em B B=0
Semáforo 1 verde V1 = 1 Vm1 = V1
Semáforo 1 vermelho Vm1 = 1
Semáforo 2 verde V2 = 1 Vm2 = V2
Semáforo 2 vermelho Vm2 = 1

Situação A B V1 Vm1 V2 Vm2


0 0 0 X=0 X=1 X=1 X=0
1 0 1 0 1 1 0
2 1 0 1 0 0 1
3 1 1 1 0 0 1
X = Condição irrelevante
Obs.: V1 = Vm2 e V1 = Vm1
V2 = Vm1

V1 deve acender nas situações 2 ou 3


V1 = A . B + A . B A A.B
V1
Sit. 2 Sit. 3 A.B
B

13
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Simplificando:
V1 = A . ( B + B ) = A . 1
V1 = A

A V1 = Vm2

V2 = Vm1

Exemplo 2

CD DVD Rádio

SA SB SC

Amplificador

Prioridades:
1. CD
2. DVD
3. Rádio
O rádio só liga se não houver CD nem DVD.
O DVD só liga se não houver CD.
Convenções:
Si = 1 chave Si fechada

Situação A B C SA SB SC
0 0 0 0 X=0 X=0 X=0
1 0 0 1 0 0 1
2 0 1 0 0 1 0
3 0 1 1 0 1 0
4 1 0 0 1 0 0
5 1 0 1 1 0 0
6 1 1 0 1 0 0
7 1 1 1 1 0 0

SA = ABC + ABC + ABC + ABC =AB( C+C ) + AB( C+C )=AB + AB = A ( B+B)= A
(situação 4,5,6 ou 7)

SB = ABC + ABC =AB( C+C ) = AB


(situação 2 ou 3)

SC = A . B . C (situação 1)

14
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

A SA
B SB

SC
C

1. Cada termo associado a uma situação com saída 1 é denominado mintermo


(m).
Exemplo: m2 = ( no exemplo do amplificador)

2. Uma função das variáveis de entrada pode sempre ser obtida por uma soma de
mintermos.

m4 m5 m6 m7
(Projeto AND – OR)

3. Projeto NAND – NAND


m4 + m5 + m6 + m7 = m4 . m5 . m6 . m7

4. Cada termo associado a uma situação com saída 0 é denominado maxtermo (M)

M1 = A . B . C = A + B + C (significa que a situação 1 não tem saída 0)

5. Uma função das variáveis de entrada pode sempre ser obtida por um produto de
maxtermos:

SA = M0 . M1 . M2 . M3 (Projeto OR – AND)

M0 = A + B + C
M1 = A + B + C
M2 = A + B + C
M3 = A + B + C

SA = (A + B + C ).(A + B + C ).(A + B + C ).(A + B + C )

Álgebra de Boole

Vimos como
Obter A partir de
Expressão lógica tabela da verdade e circuito lógico
Circuito lógico tabela da verdade e expressão lógica
Tabela da verdade circuito lógico e expressão lógica

• As expressões podem, em geral, ser simplificadas, levando à economia de portas


lógicas.

15
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Variável Booleana: pode assumir dois valores: 0 ou 1.

Expressão Booleana: expressão matemática de variáveis booleanas.

Postulados

- Complementação

A=0 A= 1 A = A (regra derivada)


A=1 A=0

Bloco lógico que executa a complementação: inversor

- Adição

0+0=0
0+1=1
1+0=1
1+1=1

Regras derivadas:

A+0=A
A+1=1
A+A=A
A+A=1

- Multiplicação

0.0=0
0.1=0
1.0=0
1.1=1

Regras derivadas:

A.0 = 0
A.1 =A
A.A=A
A.A= 0

Propriedades

Comutativa: A + B = B + A
A.B=B.A

Associativa: A + ( B + C ) = (A + B) + C = A + B + C
A . ( B . C ) = (A . B) . C = A .B . C

Distributiva: A . ( B + C ) = A . B + A . C

16
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Teoremas de De Morgan

1. A . B = A + B ou A . B .... N = A + B + ... + N
2. A + B = A . B ou A+B+...+ N = A . B . ... .N

Simplificação de expressões booleanas

Exemplos:

S = ABC + AC + AB = A (BC + C + B ) = A ( BC + CB ) = A . 1
S=A

Antes da Simplificação

A
B
C

Depois da Simplificação

A S

( 5 AND de
S = A . B . C + A . B . C + A .B . C + A . B . C + A . B . C 3 ent.
= A . B . C +. C ( A . B + A . B + A . B + A.B ) + 1 OR
= A.B.C + C [ A ( B + B) + A ( B + B )] de 5 ent.)
= A.B.C + C = A.B.C + C ( 1 + A.B ) = A.B.C + A.B.C + C
= A.B + C ( 1 AND de 2 ent. + 1 OR de 2 ent.)

Simplificação de expressões booleanas via mapas de Veitch – Karnaugh

• 2 variáveis

17
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Região onde: A = 0:

A = 1:

B = 0:

B = 1:

A interseção de duas das regiões acima corresponde a um mintermo:

Exemplo:

Região A . B

Seja a função S = A . B + A . B + A . B

Mapa K correspondente:

Simplificação :
S = A + B ( o termo A.B está
englobado tanto por A
quanto por B. O termo A.B
por A e o termo A.B por B).

18
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

• 3 variáveis

A=0 A=1

B=0 B=1

C=0 C=1

Todas estas regiões hachuradas correspondem a termos que independem de duas variáveis.

Exemplo: S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C

19
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

S=C+A.B

Posicionamento dos mintermos :

Exemplos de regiões que correspondem a funções que independem de 1 das variáveis:

Independe de B ser 0 ou 1

ƒ=A.C

Independe de B ser 0 ou 1

ƒ=A.C

Independe de A ser 0 ou 1

ƒ=B.C

20
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Outra forma de representar o diagrama:

BC 00 01 11 10
A
0

• 4 variáveis

Ou
CD 00 01 11 10
AB
00

01

11

10

O raciocínio é análogo.

• 5 variáveis

O raciocínio é análogo.

21
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

• Mais de 5 variáveis
Procura-se usar outro método ( Método de Quine – Mc Cluskey)

Processo de simplificação
A B C D S
1) Construa e preencha o mapa K conforme a tabela da verdade.
2) Separe os 1’s isolados (não adjacentes a nenhum outro). Circule-os.
3) Procure os 1’s que são adjacentes a somente outro 1. Forme os pares.
4) Procure os 1’s que são adjacentes formando quadras, mas que não formam grupos
de 8, 16, 32 ou 64. Uma quadra só deve ser formada se houver pelo menos um de seus 1’s
ainda não circulado.
5) Procure os 1’s que são adjacentes formando octetos,mas que não formam grupos de 16,
32 ou 64. Um octeto só deve ser formado se houver pelo menos um de seus 1’s não
circulado.

n-1) Agrupe os 1’s que sobrarem formando grupos os maiores possíveis.


n) Forme a soma (OR) de todos os termos envolvidos nas combinações.

Obs.: As condições “sem importância” (don’t care) devem ser escolhidas para assumir
valor 0 ou 1 de forma a permitir maior simplificação.

Exemplos:
1. Minimizar o circuito que executa a tabela da verdade:
(a)
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1

S = A .B.C + A .B.C + A .B.C + A.B.C + A.B.C

S=C+A.B

22
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

(b) 0 0 0 0 0
0 0 0 1 1
0 0 1 0 1
0 0 1 1 1
0 1 0 0 0
0 1 0 1 1
0 1 1 0 0
0 1 1 1 1
1 0 0 0 1
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 1
1 1 0 1 1
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1

S = A .B.C .D+ A .B.C .D + A .B.C.D + A.B.C.D + A .B.C.D + A.B.C.D + A . B . C. D +


A .B.C .D+ A .B.C .D + A .B.C.D + A.B.C. D

S = D + A . C + A.B.C

2. Z = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C

Z = B.C + B.C + A.C

ou

Z =B.C + B.C + B.A

3. Z = C + D + A.C.D + A.B.C + A.B.C.D + A.C.D

23
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

4.

Códigos

Códigos

BCD8421 Cada dígito de um número decimal é representado por seu equivalente em


binário.

Decimal BCD8421 Ex.: 5210 = 01010010 (BCD)


0 0000 5 2
1 0001 Obs.: 5210 = 1101002 binário puro
2 0010
3 0011 52 2
4 0100 0 26 2
5 0101 0 13 2
6 0110 1 6 2
7 0111 0 3 2
8 1000 1 1
9 1001
10 1010
11 1011
12 1100
NÃO USADAS
13 1101
14 1110
15 1111

EXCESSO 3 Forma de construção do número é semelhante à do código BCD,mas cada


dígito decimal corresponde à combinação binária do BCD8421 somada com 3.

24
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Aplicação: operações aritméticas.

Decimal EXCESSO 3
0 0011
1 0100
2 0101
3 0110
4 0111
5 1000
6 1001
7 1010
8 1011
9 1100

BCD7421; BCD5211; BCD2421

Decimal BCD7421 BCD5211 BCD2421


0 0000 0000 0000
1 0001 0001 0001
2 0010 0011 0010
3 0011 0101 0011
4 0100 0111 0100
5 0101 1000 1011
6 0110 1001 1100
7 1000 1011 1101
8 1001 1101 1110
9 1010 1111 1111

2 entre 5

Decimal 2 entre 5
0 00011
1 00101
2 00110
3 01001
4 01010
5 01100
6 10001
7 10010
8 10100
9 11000

25
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Johnson Aplicação: contadores

Decimal Johnson
0 00000
1 00001
2 00011
3 00111
4 01111
5 11111
6 11110
7 11100
8 11000
9 10000

Gray só um bit varia.

Aplicação: alguns conversores A/D e operações aritméticas.

Decimal BCD8421
0 0000
1 0001
2 0011
3 0010
4 0110
5 0111
6 0101
7 0100
8 1100
9 1101
10 1111
11 1110
12 1010
13 1011
14 1001
15 1000

Codificadores e decodificadores

BCD 8421 9876543210

26
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Tabela da Verdade

Implementação:

AB 00 01 11 10 AB 00 01 11 10
CD CD
00 1 X 00 X
01 X 01 1 X
11 X X 11 X X
10 X X 10 X X
S0 = A.B.C.D S1 = A.B.C.D

AB 00 01 11 10 AB 00 01 11 10
CD CD
00 X 00 X
01 X 01 X
11 X X 11 1 X X
10 1 X X 10 X X
S2 =B.C.D S3 = B.C.D
AB 00 01 11 10 AB 00 01 11 10
CD CD
00 1 X 00 X
01 X 01 1 X
11 X X 11 X X
10 X X 10 X X
S4 = B.C.D S5 = B.C.D

27
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

AB 00 01 11 10 AB 00 01 11 10
CD CD
00 X 00 X
01 X 01 X
11 X X 11 1 X X
10 1 X X 10 X X
S6 = B.C.D S7 = B.C.D
AB 00 01 11 10 AB 00 01 11 10
CD CD
00 X 1 00 X
01 X 01 X 1
11 X X 11 X X
10 X X 10 X X
S8 = A.D S9 = A.D

BCD 8421 2 entre 5

AB 00 01 11 10
CD
00 1 0 X 0

01 1 0 X 0

11 1 0 X X

10 0 1 X X

S0: A.B.C + B.C.D + A.B.D


S1: A.B.D + A.C.D + B.C.D
S2: A.D + B.C.D + A.C.D
S3: B.C + A.D + B.C.D
S4: A +B.C

28
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Johnson BCD 8421

JOHNSON BCD 8421


A B C D E S8 S4 S2 S1
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0 1
0 0 0 1 0 X X X X
0 0 0 1 1 0 0 1 0
0 0 1 0 0 X X X X
0 0 1 0 1 X X X X
0 0 1 1 0 X X X X
0 0 1 1 1 0 0 1 1
0 1 0 0 0 X X X X
0 1 0 0 1 X X X X
0 1 0 1 0 X X X X
0 1 0 1 1 X X X X
0 1 1 0 0 X X X X
0 1 1 0 1 X X X X
0 1 1 1 0 X X X X
0 1 1 1 1 0 1 0 0
1 0 0 0 0 1 0 0 1
1 0 0 0 1 X X X X
1 0 0 1 0 X X X X
1 0 0 1 1 X X X X
1 0 1 0 0 X X X X
1 0 1 0 1 X X X X
1 0 1 1 0 X X X X
1 0 1 1 1 X X X X
1 1 0 0 0 1 0 0 0
1 1 0 0 1 X X X X
1 1 0 1 0 X X X X
1 1 0 1 1 X X X X
1 1 1 0 0 0 1 1 1
1 1 1 0 1 X X X X
1 1 1 1 0 0 1 1 0
1 1 1 1 1 0 1 0 1

S1: A

29
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

0 1

BC 00 01 11 10 BC 00 01 11 10
DE DE
00 0 X X X 00 1 X 1 0

01 1 X X X 01 X X X X

11 0 1 0 X 11 X X 1 X

10 X X X X 10 X X 0 X

S1: D.C + D.E + B.C + A.B + A .E


S2: D.C + D.E + B.D
S4: B.C
S8: A .C

BCD 8421 7 Segmentos

AB C Da b c d e f g
BCD 8421 7 segmentos 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0
0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0
0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1
0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1
0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1
1 0 1 0 XX XXXXX
1 0 1 1 XX XXXXX
1 1 0 0 XX XXXXX
1 1 0 1 XX XXXXX
1 1 1 0 XX XXXXX
1 1 1 1 XX XXXXX

a:

30
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

AB 00 01 11 10
CD
00 1 0 X 1

01 0 1 X 1

11 1 1 X X

10 1 1 X X

a: C + A + BD + B.D
b: B + C.D + C.D
c: C+B+D
d: A + B.D + B.C + C.D + B.C.D
e: B.D + C.D
f: A + C.D + B.C + B.D
g: A + B.C + B.C + C.D

Decodificador tipo 138

E1
E2
E3

+ Vcc = pino 16
GND = pino 8
Representação simbólica
15
1 1 0 14
2 1
13
2 2
3 12 31
4 3
4 4 11
& 5 10
5
EN 6 9
6
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

ou

Geração de Produtos Canônicos

n variáveis booleanas 2n combinações possíveis.

Exemplo: 2 variáveis
A.B =1 (0,0)
A.B =1 (0,1)
A.B =1 (1,0)
A.B =1 (1,1)
produtos canônicos

Gerador de Produtos Canônicos

B A

P0 = A.B

P1 = A.B

P2 = A.B

P3 = A.B

n variáveis 2n portas AND com n entradas cada.

Matriz de simples Encadeamento


Usam-se apenas portas de duas entradas.
Exemplo: 3 variáveis

32
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Nº var. Nº portas
2 4
3 12 (4+8)
4 28 ( 4+8+16)

n 4+8+...+ 2n

Nº portas = (4 x 2n-1 – 4)/(2-1) = 2n+1 – 4

P7 = A.B.C

Matriz de diodos
Célula Básica

Se: A = + Vcc diodo em corte Saída = + Vcc ( S = 1)


A = 0 Vcc diodo saturado Saída = Vã ( S = 0)

+ vcc

R R R R

P0 P1 P2 P3

Multiplexadores

33
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Canais de
informação
de entrada

Entradas de seleção

Implementação Mecânica

seleção
Tabela da verdade (4 entradas)
Variáveis de seleção saída
A B S
0 0 I0
0 1 I1
1 0 I2
1 1 I3

Canais de
informação

multiplex

34

S
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Representação em bloco
I0
I1 MUX S
I2
I3

A B
Multiplexador como gerador de funções
• Basta aplicar nível lógico 1 às entradas conectadas às portas AND associadas aos
mintermos da função.
Exemplo:

1) I0

I1

Z
I2

S0 0 1
I3 S1
0 1 1

1 0 1

Z= S1 + S1 S0 S0 S1

Expandindo:
Z= S1 S0 + S1 S0 + S1 S0 = m1 + m0 + m3

35
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Basta fazermos I0 = 1, I1 = 1, I2 = 0, I3 = 1.

2) Z= S1 S0 + S1 V + S1 S0 V = S1 S0 + S1 S0 V + S1 S0 V + S1 S0 V = S1 S0 + S1 S0 V + S1 S0 V
= m0 + m1V + m3V
Basta fazermos I0 = 1, I1 = V, I3 = V.

Multiplexador tipo 151

7 4 3 2 1 15 14 13 12
16

11
10
9

6 5 8

Ampliação da capacidade de um multiplexador

S1 S0

S1 S0 Z
0 0 I0
0 1 I1
1 0 I2
1 1 I3

36
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

S1 S0 Z0
0 0 I0
0 1 I1
1 0 I2
1 1 I3

S1 S0 Z1
0 0 I4
0 1 I5
1 0 I6
1 1 I7

S3 S2 Z
0 0 Z0
0 1 Z1
S0 S1 Z2
1 0 Z2
0 0 I8
1 1 Z3
0 1 I9
1 0 I10
1 1 I11

S0 S1 Z3
0 0 I12
0 1 I13
1 0 I14
1 1 I15

Multiplex de 16 canais a partir de blocos de 4

37
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

S2
Demultiplexadores

Canais de
Informação DEMUX saídas
de entrada

entradas de
seleção

Implementação Mecânica
Z0
Z1
Z2

Zn
seleção

Exemplo

38
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

S Z0 Z1
Z0
I 0 I 0
1 0 I
Z1

S
Projeto de um demultiplexador de 4 saídas:
S1 S0 Z0 Z1 Z2 Z3
0 0 I 0 0 0
0 1 0 I 0 0
1 0 0 0 I 0
1 1 0 0 0 I

Z0 = S0 S1 I; Z1 = S1 S0 I; Z2 = S1 S0 I; Z3 = S1 S0 I;

Z0

Z1

I
Z2

Z3

S1 S0
Ampliação da capacidade

Circuitos Aritméticos

39
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Meio somador

Tabela da verdade

Meio somador

Somador completo

Tabela da verdade

40
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

A B Te S TS
0 0 0 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 1 0 0 1
1 1 1 1 1

Somador completo

Somador completo

41
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Número com mais de 1 bit:

A3 A2 A1 A0
+ B3 B2 B1 B0
S4 S3 S2 S1 S0

Somador completo a partir de meios somadores

Meio subtrator

e empresta 1

Tabela da verdade

42
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Meio subtrator

Subtrator completo

(1100 – 0011)

Tabela da verdade

A B Te S TS
0 0 0 0 0
0 0 1 1 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 1 0 0 0
1 1 1 1 1

43
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Subtrator completo a partir de meios subtratores

Exercício:

44
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

• Somador / Subtrator completo

Leitura Complementar para o assunto de aritmética:


ü Livro do Taub – cap. 05
ü Representação de números binários com sinal
ü Outros somadores e subtratores
ü Unidade Lógica Aritmética (ULA)

Flip-Flops

Circuitos lógicos: Combinacionais Saídas dependentes unicamente


das entradas
Seqüenciais Saídas dependentes das
entradas e/ou dos estados
anteriores

Flip-Flop RS Básico
R
Q

Q
S

R=S=0
Se Qa = 1 e Qa = 0 :
Qf =1
Qf = 0

Se Qa = 0 e Qa = 1 :
Qf = 0
Qf =1

R=0 e S=1
S =1 ⇒ Q = 0
Q = 0 e R = 0 ⇒ Q =1

R=1 e S=0
R =1⇒ Q = 0
Q = 0 e S = 0 ⇒ Q =1

R=S=1

45
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

R =1⇒ Q = 0 - Situação não permitida


S =1 ⇒ Q = 0

Tabela da Verdade
S R Qa Q f Qf observações

0 0 0 0 1
Q f = Qa
0 0 1 1 0
0 1 0 0 1
Qf = 0
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
Qf =1
1 0 1 1 0
1 1 0 0 0 Não permitido
1 1 1 0 0

Resumindo:
S R Qf
0 0 Qa
0 1 0
1 0 1
1 1 N.P.

Flip-Flop RS com portas NAND:

Tabela Verdade
S R Qf
0 0 Qa
0 1 1
1 0 1
1 1 N.P.

Flip-Flop RS comandado por um pulso de CLOCK:

46
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

CLOCK

Comporta-se exatamente como o flip-flop RS, quando CLOCK=1. Se CLOCK=0 mantém Q


e Q no estado anterior ao clock mudar para 0.

Flip-Flop JK

J
S Q Q

CLOCK CK
R Q Q
K
FLIP-FLOP RS

Se clock=1, a tabela da verdade é:


J K Qa Qa S R Qf observações

0 0 0 1 0 0 Qa Qa
0 0 1 0 0 0 Qa
0 1 0 1 0 0 Qa = 0 0
0 1 1 0 0 1 0
1 0 0 1 1 0 1 1
1 0 1 0 0 0 Qa = 1
1 1 0 1 1 0 1 ()Τϕ
Qa = 0 /Φ7Q 15.848 Τφ 1 0 0 1 3
0 ()Τϕ
Qa = 1 /Φ7 15.848 Τφ 1 0 0 1 3
a
1 1 1 0 0 1

Resumindo:
J K Qf
0 0 Qa
0 1 0
1 0 1
1 1 Qa

Obs: Se J=K=1 – Saída constantemente mudando

47
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

J Q
CK
K Q

Flip-Flop JK com PRESET e CLEAR

J PR
CLR
Q

CLOCK

Q
PR
K CLR

Tabela Verdade
CLR PR Qf
0 0 N.P
0 1 0
1 0 1
1 1 Funcion.Normal
Flip-Flop JK MESTRE-ESCRAVO

CLOCK=1 – Mestre habilitado e escravo desabilitado


CLOCK=0 – Mestre desabilitado e escravo habilitado

Se CLOCK=0 - Q = Q1 e Q = Q1 (permanecendo assim)


CLOCK passa para 1:

48
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

1-Saída inalterada, pois escravo desbilitado.


2- Q1 e Q1 :

J K Qa = Q1a Q1 Q1 observações

0 0 0 Q1a Q1a Q1a


0 0 1 Q1a Q1a
0 1 0 0 1 0
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0 1
1 0 1 1 0
1 1 0 Q1a Q1a
Q1a
1 1 1 Q1a Q1a
CLOCK passa para 0: Transfere Q1 e Q1 para Q e Q .

J K Qf
0 0 Qa
0 1 0
1 0 1
1 1 Qa

Gatilhado pela borda de descida


Obs: Para obter um Flip-Flop JK mestre-escravo gatilhado pela borda de subida basta colocar
um inversor na entrada do clock.

Flip-Flop JK MESTRE-ESCRAVO com PRESET e CLEAR

CLR PR Qf Q1
0 0 N.P N.P

49
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

0 1 1 1
1 0 0 0
1 1 Funcion.Normal Funcion.Normal

Flip-Flop tipo D

D
J ou S Q Q
D
CK
CK
CK
K ou R Q Q

Tabela Verdade:
J K Qf
0 1 0
1 0 1

Ou

Tabela Verdade:
D Qf
0 0
1 1
Flip-Flop tipo T

T
J ou S Q Q
T
CK
CK
CK
K ou R Q Q

Tabela Verdade:
J K Qf
0 0 Qa
1 1 Qa

Ou

Tabela Verdade:
T Qf
0 Qa
1 Qa

Registradores

50
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Informação paralela: Todos os bits estão disponíveis ao mesmo tempo.

0
I3
1
I2
1
+ Vcc I1
0
I0

Informação série: Um bit após o outro (seqüencialmente no tempo).


V

0 1 1 0

Registradores de deslocamento

Conversor série- paralelo


Q3 Q2 Q1 Q0

Entrada

Clock

VE

0 1 2 3 4

t = 0: Q3, Q2, Q1 e Q0 iguais a 0.

t = 1: Imediatamente antes de t = 1, tem-se VEa = 0; Q3a = 0; Q2a = 0; Q1a = 0.


Logo, imediatamente após t = 1 tem-se Q3 = VEa =0; Q2 = Q3a =0; Q1 = Q2a =0; Q0 = Q1a =0

t = 2: Imediatamente antes de t = 2, tem-se VEa = 1; Q3a = 0; Q2a = 0; Q1a = 0.

51
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Logo, imediatamente após t = 2 tem-se Q3 = 1; Q2 =0; Q1 =0; Q0 = 0

t = 3: Imediatamente antes de t = 3, tem-se VEa = 1; Q3a = 1; Q2a = 0; Q1a = 0.


Logo, imediatamente após t = 3 tem-se Q3 = 1; Q2 =1; Q1 =0; Q0 = 0

t = 4: Imediatamente antes de t = 4, tem-se VEa = 0; Q3a = 1; Q2a = 1; Q1a = 0.


Logo, imediatamente após t = 4 tem-se Q3 = 0; Q2 =1; Q1 =1; Q0 = 0 informação paralela

Conversor Paralelo - Série

• Inicialmente,faz-se Enable = 0 e Clear = 0 Q3 = Q2 = Q1 = Q0 = 0

• Depois faz-se Clear = 1 (mantendo Enable = 0).

• Aplica-se um pulso em Enable, fazendo com que as entradas PR sejam


temporariamente aplicadas aos FF’s.
Exemplo: Se PR2 = 1 Ao aplicar o pulso em Enable, faz-se Q2=PR2=1
Se PR0 = 0 Ao aplicar o pulso em Enable, faz-se Q0= 0.

• Cessado o pulso no Enable, os FF’s estão setados com a informação paralela.

52
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

• A cada pulso de clock há um deslocamento e um bit mais significativos aparece em Q0.

• Entrada série / saída série

• Entrada paralela / saída paralela

Contadores

• Sem entradas de clock em comum (assíncronos);

• Com entradas de clock em comum (síncronos).

Contadores Assíncronos

1) Contador de pulsos (saída BCD 8421)

Pulsos de entrada

53

Q0
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Tabela da verdade
Pulsos de entrada Saídas
Q3 Q2 Q1 Q0
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
2 0 0 1 0
3 0 0 1 1
4 0 1 0 0
5 0 1 0 1
6 0 1 1 0
7 0 1 1 1
8 1 0 0 0
9 1 0 0 1
10 1 0 1 0
11 1 0 1 1
12 1 1 0 0
13 1 1 0 1
14 1 1 1 0
15 1 1 1 1
16 0 0 0 0

Obs: Um FF pode ser usado para reduzir à freqüência de um trem de pulsos pela metade.

2) Contador de década

54
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Contador seqüencial de 0 a n

Contador de 0 a 5:

Contadores assíncronos decrescentes

55
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

OU

Contador Assíncrono Crescente/Decrescente

Contadores Síncronos

J K Qf Qa Qf J K
0 0 Qa 0 0 0 X
0 1 0 0 1 1 X
1 0 1 1 0 X 1
1 1 Qa 1 1 X 0

Gerador de Seqüência BCD8421


Pulso Q3 Q2 Q1 Q0
- 0 0 0 0
1 0 0 0 1
2 0 0 1 0
3 0 0 1 1
4 0 1 0 0
5 0 1 0 1
6 0 1 1 0
7 0 1 1 1
8 1 0 0 0
9 1 0 0 1
10 1 0 1 0
11 1 0 1 1
12 1 1 0 0
13 1 1 0 1
14 1 1 1 0
15 1 1 1 1
As saídas Q3, Q2, Q1, Q0 representam cada possível situação e determinam o próximo estado.

56
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Flip-Flop 0
Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 1 1 1 1 00 X X X X

01 X X X X 01 1 1 1 1

11 X X X X 11 1 1 1 1

10 1 1 1 1 10 X X X X

J0 = 1 K0 = 1
Flip-Flop 1
Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 0 0 0 0 00 X X X X

01 1 1 1 1 01 X X X X

11 X X X X 11 1 1 1 1

10 X X X X 10 0 0 0 0

J1 = Q0 K1 = Q0
Flip-Flop 2
Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 0 X X 0 00 X 0 0 X

01 0 X X 0 01 X 0 0 X

11 1 X X 1 11 X 1 1 X

10 0 X X 0 10 X 0 0 X

J2 = Q1 Q0 K2 = Q1 Q0

57
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Flip-Flop 3
Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 0 0 X X 00 X X 0 0

01 0 0 X X 01 X X 0 0

11 0 1 X X 11 X X 1 0

10 0 0 X X 10 X X 0 0

J3 = Q2Q1Q0 K3 = Q2Q1Q0

Q2 Q3
1

Clock

Gerador de Código Gray


Pulsos de entrada Saídas
Q3 Q2 Q1 Q0 J3 K3 J2 K2 J1 K1 J0 K0
0 0 0 0 0 0 X 0 X 0 X 1 X
1 0 0 0 1 0 X 0 X 1 X X 0
2 0 0 1 1 0 X 0 X X 0 X 1
3 0 0 1 0 0 X 1 X X 0 0 X
4 0 1 1 0 0 X X 0 X 0 1 X
5 0 1 1 1 0 X X 0 X 1 X 0
6 0 1 0 1 0 X X 0 0 X X 1
7 0 1 0 0 1 X X 0 0 X 0 X
8 1 1 0 0 X 0 X 0 0 X 1 X
9 1 1 0 1 X 0 X 0 1 X X 0
10 1 1 1 1 X 0 X 0 X 0 X 1
11 1 1 1 0 X 0 X 1 X 0 0 X
12 1 0 1 0 X 0 0 X X 0 1 X
13 1 0 1 1 X 0 0 X X 1 X 0
14 1 0 0 1 X 0 0 X 0 X X 1
15 1 0 0 0 X 1 0 X 0 X 0 X

58
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Qa Qf J K
0 0 0 X
0 1 1 X
1 0 X 1
1 1 X 0

Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 J 3 = Q2 Q1Q0
00 0 0 X X

01 0 0 X X

11 0 1 X X

10 0 0 X X

Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0
00 X X 0 0 K 3 = Q2 Q1Q0

01 X X 0 0

11 X X 1 0

10 X X 0 0

J 2 = Q0 Q1 Q3
K 2 = Q3 Q1 Q0
J 1 = Q0 Q3 Q 2 + Q0 Q2 Q3
K 1 = Q0 Q2 Q 3 + Q0 Q 2 Q3
J 0 = Q 3 Q 2 Q1 + Q 3 Q2 Q1 + Q3 Q 2 Q1 + Q3Q2 Q1
K 0 = Q 3 Q 2 Q1 + Q 3 Q2 Q1 + Q3Q2 Q1 + Q3 Q 2 Q1

59
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Contador em Anel

Q3 Q2 Q1 Q0 J3 K3 J2 K2 J1 K1 J0 K0
0 0 0 1 0 X 0 X 1 X X 1
0 0 1 0 0 X 1 X X 1 0 X
0 1 0 0 1 X X 1 0 X 0 X
1 0 0 0 X 1 0 X 0 X 1 X

Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 X 1 X X 00 X X X 1

01 0 X X X 01 X X X X

11 X X X X 11 X X X X

10 0 X X X 10 X X X X

J 3 = Q2 K 3 = 1(ouQ 2 )

Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 X 0 00

01 0 01

11 11

10 1 10

J 2 = Q1 K 2 = 1(ouQ 1 )

60
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 0 0 00

01 1 01

11 11

10 X 10

J 1 = QO K 1 = 1(ouQ 0 )

Q3 Q2 00 01 11 10 Q3 Q2 00 01 11 10
Q1 Q0 Q1 Q0
00 0 1 00

01 X 01

11 11

10 0 10

J 0 = Q3 K 0 = 1(ouQ 3 )

Ficam como exercício Contador Johnson (ou em Anel Torcido)


Contador de década
Seqüência qualquer

61
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Contador de 0 a 59

Q0 Q1 Q2 Q3 Q0’ Q1’ Q2’

Contador de Contador de 0 a 5
década
Entrada de Entrada de
pulsos pulsos

Relógio digital

Contador de 1 a 12

Q0 Q1 Q2 Q3 Q0’ Q1’

Contador de Contador de 0 a 2
década
Entrada de Entrada de
pulsos pulsos

62
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Circuitos seqüenciais

Circuitos combinacionais: Saídas atuais dependem só das entradas atuais.

Circuitos seqüenciais: Saídas atuais dependem de Entradas atuais.


“História” das entradas do passado.
Exemplo: contadores

Estado: Estágio através do qual um circuito seqüencial avança (recordação armazenada).


Exemplo: Em um contador, cada resultado de contagem representa um estado.

Circuitos seqüenciais Síncronos (estudaremos apenas os síncronos)


Assíncronos

Exemplo: contador síncrono de módulo 4 (de 0 a 3)

A/00 B/01

D/11 C/10

63
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Atribuição de estado:
Estado Atribuição
A 00
B 01
C 10
D 11

Obs: As atribuições poderiam ser diferentes das saídas.

Tabelas de estado

Estado Saída Estado Estado Saída Estado


Presente Presente Seguinte Presente Presente Seguinte
Q1 Q0 Q1 Q0
A 00 B 0 0 00 0 1
B 01 C Ou 0 1 01 1 0
C 10 D 1 0 10 1 1
D 11 A 1 1 11 0 0

Obs.: Em geral, os estados são atribuídos de acordo com as saídas dos FF’s. As saídas são
funções (combinacionais) dos estados.

Podemos projetar o contador, utilizando, por exemplo, FF’s tipo D:

Q1 0 1
Q0
0 0 1 D1 = Q1 Q 0 + Q0 Q 1 = Q1 ⊕ Q0

1 1 0

Q1 0 1
D0 = Q 0
Q0
0 1 1

1 0 0

64
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Redesenhando

Procedimento de projeto

1. - Definir a seqüência de operação do sistema e construir um diagrama de estado.


2. - Determinar o número de FF’s.
- Efetuar uma atribuição de estado.
3. - Construir uma tabela de transição.
- Definir o tipo de FF.
- Montar mapas K para definir as entradas dos FF’s e as saídas do circuito (lógica).

65
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Exemplos

1. Contador de módulo 4, incrementador - decrementador

M=1 - incrementar
Contagem é 0 A M=0 - decrementar
Z1Z0= 00

0 M=? 1

Contagem é 1 B
Z1Z0= 01

0 1
M=?

Contagem é 2 C
Z1Z0= 10

0 1
M=?

Contagem é 3 D
Z1Z0= 11

0 M=? 1

66
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Diagrama de estado
1
1
00/00 11/11
A/00 D/11
0
0
M=1 0 0 1
M=1 0 0 1
0
0 OU
01/01 10/10
B/01 C/10
1
1

Tabela de Estado

Usando FF’s tipo D

Q1Q0 00 01 11 10 D1 = M Q1 Q 0 + M Q1Q0 + M Q1Q0 + MQ1 Q 0 =


M
= M ()Τϕ
Q1 ⊕ Q0 /Φ7
+ M ()Τϕ
Q1 15.879
⊕ Q0 /Φ7
= M ⊕ Τφ
()Τϕ
15.879
Q1 ⊕1Q0 0
/Φ7
0Τφ115.879
1293.52
0 0 Τφ
1 384
36
1
0 1 0 1 0

1 0 1 0 1

Q1Q0 00 01 11 10
M D0 = Q 0
0 1 0 0 1

1 1 0 0 1

67
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

M(Entrada)

2. Detector de seqüências:
Seja um circuito com:uma entrada síncrona (X),uma saída (Z) que será 1 quando e
somente quando X=1 durante 3 ou mais intervalos consecutivos de clock.
Possíveis estados: A= (desde a última vez em que X=0, não ocorreu X=1); B= (desde a
última vez em que X=0,ocorreu um X=1); C= (desde a última vez em que X=0, ocorreram
dois X=1); D= (X=1 há pelo menos 3 pulsos de clock)
Diagrama de estado
X=0 Z=0

A/0
X=1
0
0
B/0
0 X=1

C/0

D/1

68
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Atribuição:
A=00
B=01
C=10
D=11

Tabela de Estado
E.P. Saída Pres. E.S.
(Z) X=0 X=1
A 0 A B
B 0 A C
C 0 A D
D 1 A D

Tabela de Transição
E.P. Saída Pres. E.S.
Q1 Q0 (Z) X=0 X=1
0 0 0 00 01
0 1 0 00 10
1 0 0 00 11
1 1 1 00 11

Tipo Flip-flop: JK
Q1 Q1 J K
0 0 0 X
0 1 1 X
1 0 X 1
1 1 X 0

Q1Q0 00 01 11 10
X J 1 = Q0 X
0 0 0 X X

1 0 1 X X

Q1Q0 00 01 11 10
X
0 X X 1 1 K1 = X

1 X X 0 0

69
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Q1Q0 00 01 11 10
X
0 0 X X 0
J0 = X
1 1 X X 1

Q1Q0 00 01 11 10
X
0 X 1 1 X
K 0 = Q1 + X = X Q 1
1 X 1 0 X

Q1 0 1
Q0
0 0 0
Z = Q1Q0
1 0 1

70
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Circuitos MOORE e MEALY

Se: saída = Função apenas de estado – Circuito Moore


Se: saída = Função do estado e das entradas – Circuito Mealy

Exemplo de circuito Mealy: detector de seqüência


Z=1 se X=1 por três vezes consecutivas (na 3ª vez, Z passa para 1).

A= O último X foi zero.


B= Os dois últimos X foram 0 e 1 respectivamente.
C= Os dois últimos X foram 1 e 1.

Diagrama de estado

0/0

A
1/0 (X/Z)
0/0 Atribuição:
B Q1 Q0
0/0 A= 0 0
1/0 B= 0 1
C= 1 0
C
2 FF’s1/1

Tabela de Estado
E.P. E.S. /Saída
X=0 X=1
A A/0 B/0
B A/0 C/0
C A/0 C/1

Tabela de Transição
E.P. E.S. / Z
Q1 Q0 X=0 X=1
0 0 00/0 01/0
0 1 00/0 10/0
1 0 00/0 10/1

71
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Q1Q0 00 01 11 10
X J 1 = Q0 X
0 0 0 X X

1 0 1 X X

Q1Q0 00 01 11 10
X
0 X X 1 1 K1 = X

1 X X 0 0

Q1Q0 00 01 11 10
X J 0 = Q1 X
0 0 X X 0

1 1 X X 0

Q1Q0 00 01 11 10
X
0 X 1 X X
K 0 = 1 ou Q0

1 X 1 X X

Q1Q0 00 01 11 10
X
0 0 0 X 0 Z = Q1 X

1 0 0 X 1

72
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Eliminação de estados redundantes

Determinar os estados de “lembrança” requeridos;


Se esquecermos algum estado
– projeto não funciona (deve-se começar tudo de novo)
Se considerarmos o mesmo estado por mais de uma vez (estados redundantes)
– Projeto funciona, mas é antieconômico
– Devemos eliminar os estados redundantes.

Exemplo:

E.P. E.S. /Saída


X=0 X=1
A B/0 C/1
B C/0 A/1
redundantes C D/0 B/0
D C/0 A/1
E D/0 C/1

E.P. E.S. /Saída


X=0 X=1
A B/0 C/1
B C/0 A/1
C B/1 B/0
E B/0 C/1

73
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

E.P. E.S. /Saída


X=0 X=1
A B/0 C/1
B C/0 A/1
C B/1 B/0

Eliminação de estados redundantes por partição

Dois estados podem ser redundantes mesmo que não satisfaçam à condição Estado seguinte/
saída idênticos.

Exemplo:
E.P. E.S. /Saída Não há duas linhas em que E.S./saída sejam idênticas.
X=0 X=1
A B/0 C/0
B D/0 E/0
C G/0 E/0
D H/0 F/0
E G/0 A/0
F G/1 A/0
G D/0 C/0
H H/0 A/0

• Podemos garantir apenas que F não é redundante (saída diferente de todas as demais).

• Separamos o estado F dos demais ( que até agora,podem ser todos equivalentes).

E.P. E.S. /Saída


X=0 X=1
A1 B1 C1 Índice 1 – partição 1
B1 D1 E1 Índice 2 – partição 2
C1 G1 E1
D1 H1 F2 O estado D não é redundante,pois, se X=1, o próximo
E1 G1 A1 estado é de outra partição
F2 G1 A1
G1 D1 C1
H1 H1 A1

74
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

E.P. E.S. /Saída E.P. E0 S0 /Saída


X=0 X=1 X=0 X=1
A1 B1 C1 A1 B4 C1
B1 D3 E1 B4 D3 E1
C1 G1 E1 C1 G4 E1
D3 H1 F2 D3 H1 F2
E1 G1 A1 E1 G4 A1
F2 G1 A1 F2 G4 A1
G1 D3 C1 G4 D3 C1
H1 H1 A1 H1 H1 A1

E.P. E0 S0 /Saída Partição 1 : H _______ a


X=0 X=1 Partição 2 : F _______b
A5 B4 C1 Partição 3 : D _______ c
B4 D3 E5 Partição 4 : B e G _______d
Partição 5 : A,C e E______e
C5 G4 E5
D3 H1 F2
E5 G4 A5
F2 G4 A5
G4 D3 C5
H1 H1 A5

Nova Tabela:

E.P. E.S. /Saída


X=0 X=1
a a/0 e/0
b d/1 e/0
c a/0 b/0
d c/0 e/0
e d/0 e/0

Conversão A/D e D/A


RAB
R
A B
Variação analógica contínua

R Posição

75
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Variação digital discreta RAB


5

A 4
3
2 Posição
1
B

Outro exemplo: a) Leitura de um instrumento analógico:

• O ponteiro pode estar em infinitas posições.

b) Leitura de um instrumento digital:

• O dígito menos significativo define a mínima variação de saída.

Conversores D/A

a) Conversor D/A básico

R
A
2R
Entrada digital B
BCD8421 4R
C
R’ Vs
8R
D

(Sendo A o bit mais significativo) R’<<R

Suponhamos que, se A ou B ou C ou D seja 1 se sua tensão for +Vcc e 0 se for nula.


• ABCD=0000 Vs = 0

76
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

R' R ' Vcc


• ABCD=0001 Vs = ×Vcc = ×
8R R 8
R' R ' Vcc
• ABCD=0010 Vs = × Vcc = ×
4R R 4
R' R'
• ABCD=0011 Vs = × Vcc = × Vcc =
8 R // 4 R  
 1 
 
1 1 
 + 
 4 R 8R 

1 1  R ' Vcc Vcc 


= R '× + × Vcc = ×  + 
4 R 8 R  R  4 8 

R ' 3Vcc 
Vs = × 
R  8 

R' R ' Vcc


• ABCD=0100 Vs = × Vcc = ×
2R R 2

R' R'
• ABCD=0101 Vs = × Vcc = ×Vcc =
2 R // 8 R  
 1 
 
1 1 
 + 
 2 R 8R 
1 1  R ' Vcc Vcc 
= R '× + × Vcc = ×  + 
2 R 8 R  R  2 8 
R ' 5Vcc 
Vs = ×  
R  8 

R' R'
• ABCD=1111 Vs = × Vcc = × Vcc =
R // 2 R // 4 R // 8 R  
 1 
 
1 1 1 1 
 + + + 
 R 2 R 4 R 8R 
R'  Vcc Vcc Vcc 
= × Vcc + + + ×Vcc
R  2 4 8 
R ' 15Vcc 
Vs = ×  
R  8 

Se R=5kÙ , R’=8Ù e Vcc=5V:

77
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

A B C D Vs
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1mV
0 0 1 0 2mV
0 0 1 1 3mV
0 1 0 0 4mV

1 1 1 1 15mV

b) Conversor D/A básico com AOP

Ro
R
A
2R Vs
B
4R
C
8R
D

Ro  V V V 
Vs = − × V A + B + C + D  ou
R  2 4 8 
Ro  B C D
Vs = − × A + + + Vcc
R  2 4 8

Onde A,B,C e D são 0’s ou 1’s correspondentes a seus valores lógicos.

Se Ro=8 Ù,R=5kÙ e Vcc=5V, a mesma tabela do item a seria obtida.

c) conversor com rede R-2R

Ro
R R R 2R
2R 2R 2R 2R 2R Vs
D C B A

78
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

VD VD/2 VD/2
VC VB VA

VD/2 VC/2 +
VC VC/2 + VD/4 VB VA
VD/4

VB/2 +
VC/2 + VC/4 + VB/2 +
VD/4 VB VC/4 + VA
VD/8
VD/8

Ro V A V B VC V D 
Vs = − × + + + 
3R  2 4 8 16 

Ro  B C D
Vs = − × A + + + Vcc
6R  2 4 8

79
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Número com mais de um algarismo

Nº decimal
mais
significativo

Nº decimal
menos
significativo

Ro  B C D
Vs = − ×VccA + + + 
R  2 4 8
Ro Vcc  B' C ' D' 
=− × A'+ + + 
R 10  2 4 8 
Ro Vcc  B' ' C ' ' D' ' 
=− × A' '+ + + 
R 100  2 4 8 

Conversores A/D

80
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Supondo que inicialmente A’=B’=C’=D’=0 e Ve>0:

• Vsaída do comparador = +Vcc

81
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

Exercícios Propostos

1. Esquematize um circuito OU-EXCLUSIVO utilizando apenas quatro portas


NAND.

2. Um circuito lógico tem cinco entradas e uma saída. As quatro entradas A,


B, C e D representam um dígito decimal em BCD8421. A quinta entrada é um
dígito de controle. Quando a entrada de controle estiver em 0 lógico, a saída deve
ser 0 lógico se o número decimal for par e 1 lógico se o número decimal for ímpar.
Quando a entrada de controle for 1 lógico, a saída deve ser 0, exceto se o número
decimal for múltiplo de 3. Projete o circuito mínimo.

3. Seja um detector de magnitude relativa, que recebe dois números binários de 2 bits,
x1x0 e y1y0 e determina se eles são iguais e, se não forem, indica qual deles é o
maior. Existem três saídas para esse circuito, definidas conforme segue:
• M = 1 somente se os números são iguais
• N = 1 somente se x1x0 é o maior dos dois
• P = 1 somente se y1y0 é o maior dos dois
Projete o circuito lógico mínimo para o comparador.

4. As informações de saída de um circuito lógico estão codificadas em BCD


8421. Um circuito detector de erros deve ser conectado a tal saída para
verificar se o sinal está realmente em BCD 8421, ou seja, se a saída é
menor do que 1010. Projete o circuito detector mínimo de forma que a saída
seja 1 quando houver erro.

5. Projete o circuito lógico mínimo que recebe dois números binários de dois bits,
x1x0 e y1y0 e produz uma saída de quatro bits, z3z2z1z0, igual ao produto dos dois
números de entrada.

6. Um circuito lógico tem cinco entradas (ABCD e K) e uma saída (S). Quando a
entrada de controle K estiver em 0 lógico, as quatro entradas A, B, C e D
representam um número decimal codificado em BCD8421. Quando a entrada
K estiver em 1 lógico, as quatro entradas A, B, C e D representam um número
decimal em código gray. A saída S deve ser 1 sempre que o número de entrada for
superior a 9. Projete o circuito mínimo.

7. Projete um decodificador que receba na entrada um dígito decimal codificado em


Johnson e o apresente na saída em código 2 entre 5.

8. Projete um decodificador de código 2 entre 5 para BCD 8421.

9. Um decodificador tem oito linhas de entrada e uma (I0, I1, I2, I3, I4, I5, I6 e I7) e gera
uma palavra de saída de três bits. A palavra de saída é a representação em
código gray do número decimal correspondente à entrada ativada. Projete o
decodificador.

82
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

10. Projete um multiplexador de 16 canais de entrada utilizando apenas


multiplexadores de 2 entradas.

11. Mostre como um multiplexador de 16 canais de entrada pode ser obtido


utilizando somente multiplexadores de 8 canais de entrada.

12. Mostre como um multiplexador de 8 entradas pode ser usado para gerar a função:

Z = A B C D + B C D + A B D + A B C D

13. Projete um circuito que efetue a subtração de dois números binários de 4 bits.

14. Projete um decodificador para que a saída da questão 13 possa ser


visualizada em um display de 7 segmentos.

15. Esquematize um sistema somador/subtrator completo para dois números


binários de três algarismos cada. O sistema deverá ter uma saída adicional para
indicar erro sempre que se tentar realizar uma subtração cujo resultado seja
negativo.

16. Esquematize os circuitos lógicos internos de um meio-somador/meio-subtrator


e de um somador/subtrator completo (dependendo de uma entrada de controle M:
M=0 somador e M=1 subtrator). Em seguida, mostre como esses circuitos
podem ser conectados para realizar a soma ou subtração de dois números binários
de cinco bits.

17. Projete um contador assíncrono, com saída em BCD8421,


crescente/decrescente, que execute a contagem de 0 a 9 (quando a entrada
U/D estiver em nível lógico 0) ou a contagem de 9 a 0 (quando a entrada U/D
estiver em nível lógico 1). Use flip-flops do tipo JK mestre-escravo gatilhados
pela borda de descida do sinal de clock e com entradas “preset” (PR) e
“clear” (CLR) que obedeçam à seguinte tabela da verdade:

18. Projete um contador assíncrono que execute a contagem de 2 a 7.

19. Projete um contador assíncrono que execute a contagem decrescente de 9 a 2.

20. Elabore um contador assíncrono que execute a contagem de 1 a 11.

21. Repita as questões 19 e 20, porém, utilizando contadores síncronos.

22. Projete um circuito assíncrono capaz de receber um sinal de clock de 120 kHz e
apresentar na saída um sinal de simétrico de 20kHz.

83
Eletrônica Industrial - Digital
Profs. Francisco Neves e Marcelo Cabral Cavalcanti

23. Projete um circuito capaz de receber um sinal de clock simétrico de 10kHz e


apresentar na saída um sinal de clock simétrico de 1kHz.

24. Projete um contador síncrono que execute a contagem decrescente de 12 a 1 com


saída em código gray.

25. Projete um contador síncrono que gere a seqüência 000, 010, 101 e 110 e
repete. Os estados indesejáveis (001, 011, 100 e 111) devem sempre ir para
010 quando da ocorrência do próximo pulso de clock.

26. Projete um decodificador para que a saída do contador da questão 25 seja


apresentada em um display de 7 segmentos, gerando a seqüência 0, 1, 2, 3 e
indicando a letra E quando da ocorrência de um estado indesejável.

27. Elabore um contador síncrono que gere a seqüência 0, 2, 4, 6, 8, 10, 0, ...


Caso a saída apresente um dos outros possíveis estados, a contagem deverá ser
reiniciada no próximo pulso de clock.

28. Projete um circuito que gere a seqüência 0, 2, 4, 6, 0, 2, ...se uma entrada de


controle tiver nível lógico 0 e a seqüência 7, 5, 3, 1, 7, 5, ... se a entrada de controle
tiver nível lógico 1. Toda vez que houver mudança na entrada de controle, a
seqüência correspondente deve ser reiniciada.

29. Dispondo de um sinal de clock de 1Hz, deseja-se projetar um relógio digital que
indique horas, minutos e segundos. Projetar um circuito síncrono que
disponibilize os sinais a serem levados a dois decodificadores BCD para
display de 7 segmentos para indicar os segundos (não precisa projetar os
decodificadores).

30. Para facilitar a verificação de erro de contagem, projete um circuito para


verificar a paridade da palavra de saída do contador. A saída deve ter nível lógico
1 se a contagem tiver paridade ímpar.

84

Você também pode gostar