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O Telecurso Apresentação

de Ciências

Você tem em mãos o Telecurso de Ciências, composto de 70 teleaulas e deste livro, organizado
em dois volumes. O volume 1 contém 41 aulas, organizadas em Unidade 1 (Aulas 1 a 18) e Uni-
dade 2 (Aulas 19 a 41). No volume 2, você tem 29 aulas, organizadas em Unidade 3 (Aulas 42 a
53) e Unidade 4 (Aulas 54 a 70).
A seguir, apresentamos os princípios que orientaram a escolha dos conteúdos das aulas, a
sequência e a forma que escolhemos para tratar os assuntos que você encontrará ao longo do
Telecurso de Ciências.
O grupo de professores que trabalhou para confeccionar este Telecurso tem a certeza de que
aprender Ciências não pode ser uma tarefa chata, ligada apenas à memorização de nomes difí-
ceis e sem maior significado. Neste Telecurso de Ciências, evitamos ao máximo valorizar a termi-
nologia técnica, sem deixar de lado a preocupação com a precisão da fala. Na verdade, este Tele-
curso deveria se chamar “Ciências e Tecnologia”, porque, além dos conceitos científicos, tratamos
também de suas aplicações práticas no dia a dia. Isso você verá claramente já na primeira aula.
Aproveitamos as aulas de Ciências e Tecnologia para que você possa exercitar melhor sua habi-
lidade de compreender textos escritos e se comunicar. Preste atenção às histórias que abrem as
aulas. Muitas vezes são as mesmas histórias que você verá na teleaula.
Faça as atividades, mesmo que pareçam ser de outra disciplina. Para nós, tudo faz parte do conhe-
cimento humano. Um cientista que não consegue se comunicar não consegue fazer ciência.
Você encontrará experiências que foram selecionadas ou mesmo desenvolvidas especifica-
mente para este Telecurso. O ideal seria que todo o trabalho prático pudesse ser realizado den-
tro de uma cozinha, como na lanchonete, local em que se passa o programa televisivo. Quería-
mos que as pessoas não pensassem que um laboratório é o único lugar em que se podem realizar
experiências. Você verá que até mesmo as sobremesas, como gelatina e iogurte, podem servir
para estudar fenômenos muito complicados, como a ação do ar sobre substâncias químicas, for-
mas de conservação de alimentos e ação de vitaminas.
Procuramos selecionar assuntos que fossem do seu interesse e que pudessem, de alguma forma,
tornar-se úteis para você, não apenas na sua vida escolar, mas sobretudo na sua vida diária. Vamos
discutir com você reprodução, gravidez, automóveis, freios, vazamento de gás de cozinha, fun-
cionamento de geladeiras, o espaço, eclipses e terremotos, as diferentes formas de vida em nosso
planeta, as principais doenças presentes em nosso país. Enfim, são muitos assuntos diferentes
que foram agrupados para ajudar você a estudá-los.
As primeiras 18 aulas mostram o planeta vivo no Universo, para que você compreenda que,
dentro do universo conhecido, o nosso planeta é singular em razão da existência de vida. A par-
tir da Aula 9, você começará a estudar o planeta no sistema solar, e vai perceber que a Terra, ape-
sar de sua singularidade, possui similaridades com o universo como um todo, o que é uma con-
sequência de sua origem e evolução.

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na aula 19, você começará a estudar a vida na Terra, para ter noção da biodiversidade atual e
saber explicar a sua origem através das teorias evolutivas. Conhecerá os grandes ambientes de
seu país e discutirá formas de atuação nele.
a partir da aula 42, você vai estudar energia, matéria e tecnologia, e poderá ver de perto
como aplicamos os conhecimentos desenvolvidos nas diferentes áreas da ciência.
Na Aula 54, você começará a estudar o corpo humano e saúde, para poder entender e aplicar
o conhecimento científico na sua própria vida. Estudará algumas doenças muito importantes em
nosso país e no mundo e formas de enfrentá-las de maneira individual e coletiva. Na última aula,
você irá recapitular o que aprendeu sobre a ciência, e perceberá que ela não é um conjunto de
nomes, mas muito mais uma forma de organizar o pensamento para produzir conhecimento.
O início da aula apresenta, geralmente, uma história ou uma ilustração, para você ler ou obser-
var atentamente. Para aproveitar a aula, você tem também à sua disposição algumas indicações
visuais no texto, planejadas para orientar seu estudo:

Atividades Curiosidade

Aprofundando Hora da revisão

Vamos experimentar Dica

A seção Atividades significa que é hora de trabalhar com o assunto da aula. Caso você tenha
dificuldades, volte para o início da aula e retome o estudo. Seria bom também que você trocasse
ideias com seus colegas sobre o trabalho desenvolvido nesta seção. Depois de realizar as ativida-
des, você poderá verificar as respostas em Soluções e comentários ao final deste livro. A seção
Aprofundando contém explicações sobre as situações e os problemas trazidos pelas seções ante-
riores. Em Vamos experimentar você é convidado a colocar a mão na massa e observar os resul-
tados de uma atividade prática. A Hora da revisão significa informações importantes que você
viu na aula e que não são novidades para você. Toda vez que você quiser voltar a estudar uma
aula, dê antes uma olhada nesta seção para refrescar a memória.
Agora, lembre-se que o dicionário também é importante para o seu estudo. Faça uso dele con-
tinuamente para descobrir novas palavras e seus significados. Afinal, o dicionário não é uma
fonte de pesquisa exclusiva de quem estuda a Língua Portuguesa. E, sempre que possível, faça as
suas atividades em um caderno. Assim, o seu livro poderá ser útil a outra pessoa.
Trabalhamos muito duro para que você pudesse se beneficiar com as aulas, entender ciências
e tecnologia e seguir adiante nos estudos.
Estamos torcendo pelo seu sucesso. A sua vitória será a nossa vitória.
Boa sorte!

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Aula 1
Por dentro da Ciência

Acidentes acontecem com todo mundo, mas Maria não podia imaginar que corria perigo
tão grande dentro da lanchonete em que trabalhava. Ela havia acabado de trocar o botijão
de gás do fogão e percebeu um cheiro estranho, muito forte. Por isso, desconfiou que havia
algum vazamento e resolveu chamar Alberto, o dono da lanchonete:
– Você podia dar uma olhada no fogão, Alberto? Tem um cheiro forte de gás e eu achei
melhor fechar o registro.
– Tá bom, já vou. Mas eu queria um café antes, pode ser?
– Eu estava esquentando a água quando acabou o gás. Se você não me ajudar, não vai ter café!
Foi aí que Alberto resolveu pegar algumas ferramentas, que estavam numa caixa meio suja
de graxa.
Com uma chave de fenda, foi logo cutucando a válvula do botijão. De repente,
um forte jato de gás começou a sair. Ele ficou assustado e saiu correndo atrás de ajuda.
Maria abriu todas as portas e janelas da lanchonete e ficou esperando. Os dois mal podiam
acreditar no que viam:
– Você falou que ia pegar fogo, mas tá cheio de gelo! O botijão congelou, Alberto!
– Maria, o que aconteceu aqui? Você mexeu no botijão? Usou o extintor de incêndio
ou coisa parecida?
– Eu não, rapaz! – respondeu Maria, ainda escondida atrás da porta da cozinha.

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Releia o texto acima com atenção. Agora, leia atentamente cada afirmação a
seguir e procure responder às perguntas, se possível escrevendo as respostas.
Se você não entender uma afirmação, leia o texto outra vez.
a) Afirmação: Maria desconfiou que o botijão de gás estava vazando.
Por que Maria desconfiou de um vazamento?

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b) Afirmação: Alberto, o dono da lanchonete, achou que poderia resolver o pro-


blema do vazamento.
O que Alberto fez para tentar resolver o problema?

c) Afirmação: Alberto foi buscar ajuda.


Por que Alberto ficou espantado quando chegou de volta à cozinha?

Aprofundando
O gelo do botijão de gás
Embora seja muito perigoso mexer na válvula de um botijão de gás, pois sempre
existe o risco de explosão, muita gente se arrisca a fazê-lo. Por isso, você talvez
já tenha ouvido falar de casos como o de Maria. De fato, quando o gás escapa
rapidamente de um botijão, forma-se gelo do lado de fora da válvula. Isso mos-
tra que, quando o gás sai muito depressa, a temperatura do lado de fora da vál-
vula se modifica. Se a temperatura tivesse aumentado, a válvula teria ficado
quente. Mas, como a válvula ficou gelada, sabemos que a temperatura dimi-
nuiu. Por que isso aconteceu?

Figura 1a: Quando a válvula Figura 1b: A foto mostra o local do


do botijão está com defeito, botijão onde se forma uma camada
o gás pode escapar rapidamente de gelo, quando há saída de um
pela válvula. forte jato de gás.

Para entender o que aconteceu, vejamos um exemplo menos perigoso. Você já


deve ter notado que, quando abre uma garrafa de refrigerante, surge uma “fuma-
cinha” na região do gargalo.
Se você observar atentamente uma garrafa fechada, verá que não existe
nenhuma nuvem no gargalo dela. Então, como é que a “fumacinha” se forma?
Pelo barulhinho que ouvimos ao abrir a garrafa, podemos imaginar que os gases
comprimidos entre o líquido e a tampa da garrafa estavam sob grande pressão.

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Naquele espaço entre a superfície do refrigerante e a tampa existem gases que


não conseguimos ver. Notamos sua presença quando abrimos a garrafa e perce-
bemos que estão escapando. Esses gases invisíveis estão no ar que respiramos,
por exemplo. O ar é uma mistura de gases, como veremos adiante, mas o ar que
respiramos não tem uma pressão tão grande como a que há no gargalo da gar-
rafa fechada.
Abrir a garrafa possibilitou a rápida expansão desses gases, isto é, permitiu
que eles saíssem depressa. Quando um gás se expande rapidamente, a tempe-
ratura diminui muito.
A temperatura de um refrigerante bem gelado pode ser de cinco graus centígra-
dos (que passaremos a chamar de Celsius, representando-os com o símbolo ºC).
Quando abrimos a garrafa, a temperatura da região do gargalo cai para cerca de
36ºC negativos, ou abaixo de zero! A queda da temperatura provoca a formação
da pequena nuvem, composta principalmente de gotículas de água líquida que
ficam flutuando no ar.

Figura 2a Figura 2b

Portanto, a formação de gelo na válvula do botijão de gás e a formação de uma


pequena nuvem de gotículas de água no gargalo de garrafas sob pressão acon-
tecem pela mesma razão: quando um gás se expande rapidamente, sua tempe-
ratura diminui muito.

Hora da revisão
• A rápida expansão de um gás provoca a queda da temperatura.

• Essa queda de temperatura pode ser vista quando escapa gás rapidamente de
um botijão de gás. A válvula do botijão fica coberta de gelo.

• A “fumacinha” que vemos ao abrir uma garrafa de refrigerante se forma ali


pela mesma razão.

• A “nuvem” que se forma na região do gargalo da garrafa de refrigerante é for-


mada por pequenas gotículas de água.

Você acaba de ver um exemplo de como serão as aulas de Ciências. Vamos estudar situações que
ocorrem em nosso dia a dia, procurando entendê-las do ponto de vista da Ciência.

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Isso significa que vamos chamar sua atenção para uma situação, observá-la de diferentes formas
para tentar explicá-la.
Vamos fazer comparações e tentar mostrar o que uma situação pode ter a ver com outras.
Veja o caso do gelo no botijão de gás, que examinamos nesta aula. Muitas pessoas conheciam
esse fenômeno, mas não sabiam explicá-lo. Nós chamamos sua atenção para ele, você pôde fazer
algumas observações, pensar sobre algumas questões e respondê-las.
Em seguida, viu que a formação de uma “fumacinha” no gargalo de garrafas de refrigerantes,
por exemplo, é resultado do mesmo fenômeno.
Finalmente, você pôde perceber que os dois fenômenos têm uma mesma explicação. Quando
um gás se expande rapidamente, sua temperatura diminui muito. Isso explica tanto a formação
de gelo em um botijão de gás defeituoso, que deixa escapar gás de forma muito rápida, como a
formação de uma “fumacinha” de gotículas de água líquida em um gargalo de uma garrafa de
refrigerante.
Muitas pessoas pensam que essa pequena nuvem se encontra no interior da garrafa, na região
do gargalo, antes de retirar a tampa. Mas, ao observarmos as figuras 2a e 2b da página anterior,
constatamos que isso não é verdadeiro. Concluímos que a pequena nuvem se forma apenas
quando é retirada a tampa da garrafa.
Você poderá utilizar esse aprendizado para testar diferentes situações. Crie novas perguntas,
baseadas em suas ideias, e procure testá-las.
Por exemplo: será que a garrafa das Figuras 2a e 2b, que foram retiradas da teleaula, estava
gelada? Uma garrafa com a temperatura ambiente, ao ser aberta, também forma a mesma
“fumacinha”?
Viu só? Você poderá criar novas ideias e planejar formas de testar suas ideias, e não apenas
nesta aula inaugural. Em verdade, tudo foi planejado para que você possa fazer isso ao longo deste
curso. Isso o ajudará a desenvolver um tipo de raciocínio que é muito útil em nossa vida diária.
Mais adiante em nosso Telecurso, você verá que com o que aprendeu nesta aula poderá enten-
der o funcionamento da geladeira!
Aqui está, então, a nossa proposta: desenvolver a capacidade de raciocínio típico da Ciência e pos-
sibilitar a compreensão das aplicações da Ciência e da Tecnologia presentes em nossa vida diária.
Aproveite este Telecurso.

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Aula 2
O céu

Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como
encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, contudo ficava
mais animado quando o fim de semana se aproximava. E aquele sábado prometia ser ainda mais
interessante que os outros. Sueli, a secretária da gráfica, aceitara o convite de Júlio para sair.
Mas havia um problema: o mês já estava para acabar e, com ele, quase todo o salário do
rapaz. Aonde poderia levar Sueli, no sábado à noite? O ideal seria um lugar bonito
e tranquilo, onde os dois pudessem conversar.
Felizmente, as condições do tempo ajudaram nosso herói. Chovera praticamente a semana
toda, mas aquele fim de tarde estava prometendo uma bela noite, com Lua, céu estrelado
e tudo mais. Júlio teve então uma brilhante ideia. Convidaria Sueli para assistir a um espetáculo
apresentado por um “astro” conhecido mundialmente, que faz sucesso há muito tempo.
Perto da casa de Júlio existe um lugar perfeito para quem quer assistir a esse espetáculo,
tomando sorvete ou comendo pipoca: é a Praça do Pôr do Sol. A praça tem esse nome
porque muita gente vai até lá para apreciar o entardecer.
Tudo resolvido! Assim, no final daquela tarde de sábado, Júlio e Sueli conversavam
animadamente num dos bancos da praça, assistindo ao pôr do sol.
Quando a noite chegou, Sueli, muito romântica, olhou para o alto e comentou:
– Que céu estrelado! Que Lua maravilhosa!
– Realmente. Pena que as estrelas desapareçam durante o dia, né? – disse Júlio.
– É mesmo uma pena – falou Sueli. – Mas o Sol também precisa ter sua vez.
– Por que será que o Sol não pode aparecer junto com as estrelas?
– Bom, eu acho que não tem jeito. Só quando o Sol vai embora é que as estrelas podem
aparecer – concluiu Sueli.
Nesse momento, quando a praça estava quase deserta e a Lua cheia já ia alta no céu, Júlio
e Sueli foram surpreendidos por uma luz forte lançada diretamente em seus olhos, ofuscando
a visão dos dois. Assustados, eles não conseguiam ver direito o que estava acontecendo. Até
que uma voz atrás da luz disse:
– Documentos!
Quando a luz desviou de seus olhos, Júlio e Sueli puderam ver dois guardas, um deles
segurando uma lanterna.

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Atividades
Faça no seu caderno.
1. Sobre o que Sueli e Júlio conversavam no banco da praça?

2. Júlio e Sueli assistiram ao pôr do sol. Em que direção eles estavam olhando?

3. Se quisessem ver o Sol nascendo, para que direção eles teriam de olhar?

4. Observe a Figura 1. Indique nela o caminho que o Sol percorre desde o iní-
cio até o final de um dia.

Por uma questão didática, consideremos que o dia começa quando o Sol aparece na faixa Leste
e termina com o seu poente na faixa Oeste. Devido aos movimentos do planeta Terra, o
nascimento e o por do Sol variam mais para o Sul ou para o Norte, sempre em relação ao Leste
e ao Oeste. Assim, Júlio e Sueli deveriam estar olhando na direção da faixa Oeste para ver o Sol
se pôr. Se quisessem ver o Sol nascer, teriam de olhar para a faixa Leste. Esse movimento do Sol,
visto da Terra, está ilustrado na Figura 1.

Figura 1: Movimento do Sol visto da Terra

5. Por que Julio e Sueli não conseguiram enxergar os guardas?

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6. Por que se recomenda evitar o uso de farol alto tanto nas estradas como
nas cidades? Compare o problema do farol alto nas estradas com o que
aconteceu a Júlio e Sueli, no instante em que a luz da lanterna atingiu
diretamente seus olhos.

Quando a luz atinge diretamente os nossos olhos, não conseguimos enxergar praticamente nada do
que está atrás da luz. Por isso recomenda-se evitar o uso de farol alto tanto nas estradas como nas
cidades. O fato de a luminosidade excessiva dificultar a visão pode provocar muitos acidentes, já que,
durante alguns instantes, não somos capazes de perceber uma curva ou um obstáculo qualquer.

7. E quanto ao fato de não enxergarmos as estrelas durante o dia? Compare essa


situação com os exemplos do farol alto nas estradas e da luz da lanterna nos
olhos de Júlio e Sueli.

De modo semelhante ao que acontece com a lanterna e com o farol do carro, a luminosidade do
Sol, durante o dia, é tão intensa que impede que vejamos as estrelas, os planetas e outros astros.
Ou seja: durante o dia, os astros continuam lá em cima, cruzando o céu. Só não conseguimos
vê-los porque estão ofuscados pela luz brilhante do Sol. Assim, a luminosidade do dia não per-
mite que vejamos o céu da mesma forma que à noite.
Agora podemos afirmar que as estrelas estão no céu durante o dia, junto com o Sol. Ao con-
trário do que pensavam Júlio e Sueli, elas não desaparecem: estão apenas ofuscadas pela lumi-
nosidade do Sol.

8. Quando os guardas chegaram, a Lua cheia ia alta no céu. Com esta infor-
mação, você saberia dizer se Júlio e Sueli já estavam conversando havia bas-
tante tempo? Por quê?

Da mesma forma que o Sol, a Lua também aparece na faixa Leste. À medida que a noite
avança, a Lua “anda” na direção oposta e desaparece depois de ficar visível por
aproximadamente 12 horas. assim, se a Lua estava alta no céu no momento em que os
guardas chegaram, podemos afirmar que o casal já conversava na praça havia muito tempo.

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Aprofundando
Desde a antiguidade, o homem já observava a existência de fenômenos celestes
que se repetiam regularmente, como o nascer e o pôr do sol, o movimento da Lua e o
deslocamento das estrelas a cada noite. essa observação do céu, visto aqui da Terra,
contribuiu para que o homem imaginasse que todos os astros giravam à sua volta, de
Leste para Oeste, num período de aproximadamente 24 horas. Desse modo, parecia uma
conclusão muito lógica supor que a Terra está parada e os astros giram à sua volta.
Se você observar o Sol, a Lua e as estrelas, também poderá perceber o movimento
dos astros no céu e verificar que essa conclusão é perfeitamente possível e nada
tem de absurda. além disso, também não “sentimos” que a Terra está em movimento.
essa maneira de “entender” os movimentos dos astros ficou valendo por cerca de
2.000 anos e permitiu ao homem explicar muitas coisas. Por exemplo: a repetição dos dias
e das noites, como ilustra a figura 2.

noite dia

Figura 2: Modelo geocêntrico. Acreditava-se que o Sol girava em torno da Terra.

Observe a figura 2: à medida que o Sol vai girando em torno da Terra, uma face
de nosso planeta fica iluminada e a outra, não. É dessa forma que os antigos
explicavam por que os dias e as noites se repetem sempre da mesma forma.
Essa explicação, porém, nem sempre “batia” com a realidade. Se todos os
astros girassem exatamente com a mesma velocidade, todos retornariam ao
mesmo tempo às mesmas posições, e a aparência do céu seria a mesma todos
os dias. Mas sabemos que isso não acontece. Observações acumuladas durante
séculos mostraram que algumas estrelas (que, como veremos mais tarde, se cha-
mam planetas) não se comportavam exatamente como se esperava. Foi então
que a ideia da Terra parada e astros girando à sua volta começou a apresentar
problemas, pois não explicava outros fenômenos também observados no céu.
Durante muito tempo, tentou-se conciliar aquilo que era observado no céu com
aquilo que se acreditava que deveria ocorrer. Muitas modificações foram propostas
com essa intenção, mas quase todas não abandonavam a ideia da Terra parada.
Somente por volta do ano de 1543 é que a ideia de que a Terra estava em movi-
mento começou a ser aceita. Na verdade, a ideia não era tão nova assim: trazia
de volta uma hipótese muito antiga, do século III a.C., mas que sempre fora con-
siderada absurda, já que parecia evidente aos sentidos que a Terra não se movia.
De acordo com essa nova ideia, o movimento dos astros passou a ser explicado
de uma forma diferente. Se admitimos que a Terra gira de oeste para leste, com-
pletando uma volta em torno de si mesma em um dia, isto é, a cada 24 horas,
o efeito será o mesmo. Em outras palavras, podemos pensar que a Terra gira em
torno de um eixo imaginário e que leva um dia para dar uma volta completa.

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A esse movimento denominamos “movimento


de rotação”. Observe, na Figura 3, a represen-
tação da Terra e de seu eixo imaginário.
Se a Terra tem um movimento de rotação
em torno de si mesma, como um pião, tam-
bém poderemos observar todos os astros (Sol,
Lua e estrelas) girando em sentido contrário,
que é como vemos daqui da Terra.
Figura 3: A Terra gira em torno
de seu próprio eixo.

O movimento de rotação da Terra tam-


bém explica, por exemplo, a repetição
dos dias e das noites, como ilustra a
Figura 4.
De acordo com a figura, podemos
dia noite imaginar que o movimento de rota-
ção da Terra em torno de si mesma faz
com que ela receba a luz solar em uma
de suas metades, enquanto a outra fica
no escuro. Assim, quando é dia numa
metade da Terra, na outra metade é
noite. Hoje em dia, é assim que expli-
Figura 4: Modelo heliocêntrico. Acredita-se que a
camos o fenômeno da repetição alter-
Terra se movimenta em torno do Sol.
nada dos dias e das noites.
A ideia de uma Terra em movimento conseguiu também explicar não só as obser-
vações que já eram explicadas pelo antigo modelo, como por exemplo o movi-
mento aparente dos astros, mas também aquelas que esse modelo não era capaz
de resolver na época.
Mais tarde, com a invenção das lunetas e dos telescópios – aparelhos que per-
mitem ver os astros e estudar melhor seus movimentos –, a ideia da Terra girando
em torno de si mesma foi comprovada.

Hora da revisão
Nesta aula, você aprendeu muitas coisas sobre o céu. Vamos recordar, a seguir,
os pontos principais.

• O Sol, as estrelas e os planetas, inclusive a Terra, são considerados astros celestes.

• Quando olhamos o céu a partir da Terra, todos os astros (como o Sol, a Lua
e as estrelas) parecem se mover da faixa Leste para a faixa Oeste.

• as estrelas não podem ser vistas durante o dia porque estão ofuscadas
pela luz do Sol.

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• O homem consegue medir o tempo pelo movimento da Lua, ou mesmo do Sol.

• Durante muito tempo acreditou-se que a Terra estava parada no céu. Mas mui-
tas vezes precisamos desconfiar das coisas que parecem muito evidentes, não é
verdade? embora não possamos sentir ou perceber facilmente que a Terra se
move, não podemos concluir que ela está parada.

• a Terra realiza um movimento de rotação em torno de seu eixo, de Oeste para


Leste. Por causa desse movimento, vemos os outros astros se movimentarem
no sentido contrário.

• A repetição alternada dos dias e das noites se deve ao movimento de rotação


da Terra.

Atividades
Faça no seu caderno.
9. Cite alguns astros celestes que você conhece ou sobre os quais já ouviu
falar.

10. Por que não enxergamos as estrelas no céu durante o dia?

11. Nesta aula apresentamos duas maneiras diferentes de explicar a repetição dos
dias e das noites. Quais são elas?

12. Qual dessas maneiras é utilizada atualmente para explicar a repetição dos
dias e das noites?

13. Como podemos explicar o movimento dos astros de Leste para Oeste, par-
tindo da ideia de que a Terra tem um movimento de rotação?

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Testando propriedades Aula 11
dos materiais

É possível testar a capacidade de diferentes materiais que conduzem eletricidade. Esses testes se
chamam testes de condutividade elétrica. Como fazê-los?
Com uma pilha, uma lâmpada e três pedaços de fio elétrico, pode-se montar um pequeno
circuito elétrico. Um dos fios parte da pilha e se liga diretamente a uma lâmpada, como a de
lanterna. O outro fio está ligado ao outro polo da pilha e tem uma ponta solta; a lâmpada tem
outro fio ligado a ela, que tem também uma ponta solta. Colocando essas duas pontas soltas em
uma solução, ou em um objeto qualquer, podemos concluir se ocorre condução de eletricidade.
Dependendo do brilho da lâmpada, é possível perceber se o material é bom condutor de eletri-
cidade ou não.
Se essas pontas dos fios forem encostadas em uma palha de aço, algo muito interessante vai
ocorrer: os finos fios de aço se tornam incandescentes e se fundem!

Figura 1: Experiência sobre circuito elétrico

Atividades
Faça no seu caderno.

1. Complete a tabela a seguir, dizendo quais dos materiais listados você acha
que são bons condutores de eletricidade e quais não são bons condutores de
eletricidade.

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72 | Aul a 1 1

bom maU
mATERIAL
condutor condutor
Talher de metal
Colher de pau
Pedaço de vidro
Plástico
Grafite de lápis
Alumínio de latas de refrigerante
Solução de água e sal
Solução de água e vinagre
Água destilada
Aliança de ouro
Giz

alguns materiais são utilizados comumente nas instalações elétricas. Os fios em geral são de
cobre, recobertos por plástico (Figura 2a). Os fusíveis, no passado, eram feitos de fio de chumbo
com suporte de porcelana (Figura 2d). Atualmente, os fusíveis tem duas extremidades de
metal ligadas por um filamento também de
metal. esse metal é composto basicamente por estanho, que c
tem algumas propriedades diferentes do cobre. Sua cor é dife-
rente. além disso, ele se funde, ou
seja, passa para o estado líquido, mais
a
facilmente do que o cobre. O nome
do componente elétrico decorre do
fato de ter um elemento facilmente
fusível, ou seja, se fundir facilmente.
ao se fundir, interrompe a passagem d

de eletricidade. isso pode evitar sérios


acidentes. A figura 2b corresponde a
fusíveis utilizados em automóveis, a
figura 2e exemplifica fusíveis encon- b
trados em aparelhos eletrônicos.
A lâmpada incandescente (Figura 2c)
mostra um filamento composto basi- e

camente de um metal, o tungstênio.


Ao se aquecer com a passagem da ele-
tricidade, ele fica incandescente, isto é,
emite luz. Embora seja bem resistente
ao calor, ele pode se fundir. Quando
isso ocorre, o filamento interrompe a
Figura 2: Materiais utilizados em
passagem de eletricidade e, assim, a instalações elétricas
lâmpada deixa de produzir o efeito de-
sejado, que é emitir luz.

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Atividades
Faça no seu caderno.
2. Liste os metais mencionados no texto.

3. Qual dos metais citados deve passar para o estado líquido quando submetido
a temperatura mais elevada?

4. Qual o problema de se utilizar um filamento de estanho em uma lâmpada?

Aprofundando
Um químico russo chamado Dmitri Mendeleev (1834–1907), por volta de 1870,
compreendeu que algumas substâncias apresentavam propriedades parecidas e
que se repetiam com certa regularidade, formando períodos.
Mendeleev percebeu, por exemplo, que o sódio (Na), o potássio (K) e o rubí-
dio (Rb) têm certas propriedades que não eram encontradas em outros metais;
o mesmo acontecia com o magnésio (Mg), o cálcio (Ca) e o estrôncio (Sr), que
têm certas propriedades em comum. Mendeleev organizou os elementos quími-
cos em uma tabela, segundo essas características periódicas.

rosa: hidrogênio; amarelo: metais; azul: não metais; verde: gases nobres

Figura 3: Referência de uma Tabela Periódica

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74 | Aul a 1 1

Ele constatou que algumas propriedades se repetiam e, assim, organizou linhas


e fileiras de elementos químicos. As linhas são os chamados períodos e as colu-
nas são as chamadas famílias, ou grupos. A tabela é chamada de Tabela Perió-
dica. Desde que Mendeleev propôs a primeira Tabela Periódica, foram
descober-tos novos elementos químicos, e um deles, o Mendelévio (Md), foi
batizado em sua homenagem.

Hora da revisão
• Os materiais são formados por substâncias.

• As substâncias podem conduzir a eletricidade ou não.

• Diferentes materiais têm diferentes propriedades.

• Os metais são utilizados para diferentes fins.

• Há metais que se fundem com mais facilidade do que outros.

• Quanto mais facilmente um metal se funde, mais baixo é seu ponto de fusão.

Atividades
Faça no seu caderno.
5. Procure na Tabela Periódica os elementos químicos sódio (Na), potássio (K) e
rubídio (Rb). Assinale-os na tabela. Eles formam uma linha ou uma coluna?
Por quê?

6. Procure os elementos hélio (He) e argônio (Ar). Eles formam gases utilizados
em lâmpadas. Onde eles se localizam na Tabela Periódica?

7. Por que se diz que o funcionamento do filamento metálico de uma lâmpada


deve ser, em certo sentido, contrário ao de um fusível?

8. O ponto de fusão do tungstênio deve ser maior ou menor do que o do esta-


nho? Por quê?

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Elementos químicos Aula 13
e substâncias

Observe os metais mostrados nas figuras 1 e 2, a seguir. Eles estão no estado sólido e no estado
líquido. Você seria capaz de estimar a temperatura em que eles estão?

ferro cobre chumbo ouro alumínio

Figura 1

Observe na tabela abaixo os elementos químicos que formam as substâncias que estamos
estudando.

Nome da Elementos químicos presentes


Substância na substância

Chumbo Chumbo (Pb)

Água Hidrogênio (H) e oxigênio (O)

Cloreto de sódio Cloro (Cl) e sódio (Na)

Ouro Ouro (Au)

Glicose Carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O)

Cloreto de lítio Cloro (Cl) e lítio (Li)

Iodo Iodo (I)

Cobre Cobre (Cu)

Alumínio Alumínio (Al)

Óxido de alumínio Oxigênio (O) e alumínio (Al) Figura 2: Metal sendo fundido

Brometo de potássio Bromo (Br) e potássio (K)

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80 | Aul a 1 3

Tabela periódica dos elementos

Figura 3

Observe os elementos químicos na cor amarela. Eles são metais.


Veja por exemplo o ferro (Fe). Ele está na coluna 8, entre o manganês (Mn) e o cobalto (Co).

Atividades
Faça no seu caderno.
Observe na tabela da página anterior as substâncias que estamos estudando e os
elementos químicos que as compõem. Localize, em seguida, o lugar desses ele-
mentos na Tabela Periódica, observando o destaque para o grupo dos metais.

1. Quais substâncias da tabela têm apenas elementos químicos do grupo dos


metais?

2. Quais substâncias da tabela têm dois elementos químicos, sendo que um deles
pertence ao grupo dos metais?

3. Quais substâncias da tabela não têm nenhum elemento químico do grupo


dos metais em sua composição?

4. Organize em seu caderno os dois grupos de substâncias desta aula. Compare


com a classificação da aula passada e das respostas das questões anteriores.
Quais as semelhanças entre as duas classificações?

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ci ên ci as | 81

Aprofundando
Os grupos de substâncias que você estudou até o momento são velhos conheci-
dos dos químicos. As substâncias formadas apenas por elementos químicos do
grupo dos metais são as chamadas substâncias metálicas. A maioria das subs-
tâncias metálicas tem ponto de fusão próximo de 1.000 graus Celsius, embora
algumas fujam a essa regra. O mercúrio, muito utilizado em termômetros, é um
exemplo desses metais com ponto de fusão baixo. Ele permanece líquido à tem-
peratura ambiente.
Algumas substâncias são compostas por elementos químicos combinados,
sendo que alguns pertencem ao grupo dos metais. Essas substâncias são chama-
das de substâncias iônicas.
Outras substâncias não se encaixam em nenhum desses dois grupos. Elas
podem ser formadas por diferentes elementos químicos, mas nenhum deles per-
tence ao grupo dos metais. Uma propriedade comum a essas substâncias é sua
baixa capacidade de conduzir eletricidade.
O chumbo é um metal utilizado há cerca de 7 mil anos. Os chineses utiliza-
vam o chumbo há 5 mil anos e existe referência a ele no Antigo Testamento. Os
romanos o associavam ao deus Saturno. Como é um metal com baixo ponto de
fusão, muito maleável e resistente à corrosão por ácidos e ao ar, ele tem sido uti-
lizado nas mais variadas aplicações.
Os romanos o utilizavam em encanamentos de água e, atualmente, ele é uti-
lizado em diversas aplicações, como baterias de automóveis e proteções contra
raios. Hoje se sabe que o chumbo é um metal tóxico, que pode depositar-se em
nosso organismo e causar diversos problemas de saúde, conhecidos pelo nome
de saturnismo. Por esta razão, o chumbo não pode ser depositado no ambiente,
e os encanamentos de água não podem mais ser feitos com ele.

Hora da revisão
• As substâncias são agrupadas segundo suas propriedades, como a condutivi-
dade elétrica e a temperatura ou ponto de fusão.

• As substâncias metálicas são formadas apenas por elementos químicos do


grupo dos metais.

• As substâncias iônicas são formadas por elementos químicos combinados,


sendo que um deles pertence ao grupo dos metais.

• Há substâncias formadas por diversos elementos químicos, mas nenhum


deles pertencente ao grupo dos metais. Essas substâncias não conduzem bem
a eletricidade.

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82 | Aul a 1 3

Atividades
Faça no seu caderno.
5. Faça uma pesquisa em sua comunidade para saber se existem os chamados
ferros-velhos. O que eles selecionam? O que fazem com o que selecionam?

6. Faça uma pesquisa em sua comunidade para saber o que é feito com o chumbo.
O que é feito com baterias velhas de automóveis? Pergunte a mecânicos e ele-
tricistas de automóveis e anote em seu caderno.

7. Onde o cobre normalmente costuma ser utilizado em nossas casas?

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Aula 14
Pressão atmosférica

Daniel e Zuleika já estavam ficando angustiados. O pediatra, dr. João, estava atrasado por
causa do trânsito, que andava mais complicado, naqueles dias, devido às enchentes que vinham
castigando a cidade. A hora marcada para a consulta, portanto, já não estava valendo.
Daniel e Zuleika tinham levado ao médico a filha Isadora, que tinha acabado de completar
seis meses. Era apenas uma consulta de acompanhamento para ver se tudo continuava bem
com a saúde da menina, que mamava no peito da mãe.
Depois de quase uma hora e meia de espera, o dr. João chegou e Isadora começou a ser
examinada. A altura, o peso e os reflexos estavam se desenvolvendo dentro do previsto,
segundo o médico. Os dentes já se anunciavam e, por esse motivo, ela estava um pouco mais
inquieta nos últimos dias.
Zuleika perguntou ao médico se havia algum cuidado especial a ser tomado, caso eles fossem
até a praia no feriado de Carnaval.
O dr. João recomendou duas coisas: a menina deveria usar roupas leves, por causa do forte
calor, e os pais deveriam tomar muito cuidado com as orelhas de Isadora durante a viagem.
Era conveniente que ela não estivesse dormindo durante a descida ou a subida da serra.
Daniel comentou com Zuleika que, quando ainda era pequeno, numa viagem à praia em
que passou por uma região serrana, ficou com uma sensação "estranha" nas orelhas durante
algum tempo, e elas só voltaram ao normal quando ele bocejou. Zuleika disse que também já
tinha passado pela mesma experiência.

Atividades
Faça no seu caderno.
Na aula de hoje, vamos fazer uma investigação para entender por que as nossas
orelhas ficam com sensação "estranha" durante as viagens que envolvem luga-
res que estão a altitudes bastante diferentes.

1. Que cuidados o médico recomendou para que o bebê pudesse enfrentar a via-
gem ao litoral?

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84 | Aul a 1 4

2. Você já passou pela experiência de ficar com as orelhas “estranhas” durante


uma viagem?

Na Aula 7, você aprendeu que o poder de atração da Terra faz com que o ar fique “preso” a ela.
Esse ar, que é uma mistura de várias substâncias gasosas, é chamado também de atmosfera. Ele
paira sobre a Terra e acaba pressionando tudo o que se encontra sobre o chão. Essa pressão que o
ar exerce sobre todos os objetos é chamada de pressão atmosférica. Existem algumas situações
bastante simples que evidenciam a sua presença, conforme veremos a seguir.

Vamos experimentar
Você pode fazer ou acompanhar o seguinte experimento: encha um copo
com água até a metade. a seguir, tape o copo com um pedaço de papel (uma
folha de caderno, por exemplo). Se você virar o copo tapado com a boca para
baixo, o que observa nos primeiros instantes?

Figura 1
Anote aqui o que aconteceu.

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ci ên ci as | 85

Uma outra situação bastante simples que evidencia a ação da pressão atmos-
férica está apresentada na sequência de ilustrações a seguir. Nela, uma lata de
alumínio com um pouco de água vai ser aquecida e, ao se resfriar, será amas-
sada pela ação da pressão atmosférica.

Figura 2b: Lata aquecida é Figura 2c: Lata amassada pela


Figura 2a: Lata sendo aquecida virada de cabeça para baixo pressão atmosférica
sobre uma superfície plana.

Atividades
Faça no seu caderno.
Analise as ilustrações e responda:

3. A lata muda de formato ao ser aquecida?

4. E depois de resfriada?

a pressão atmosférica age sobre tudo, e de todos os lados. assim, quando viramos o copo com
água de boca para baixo, nem a água dentro dele e nem o papel (como poderíamos imaginar)
caem. nessa situação, a ação da pressão atmosférica de baixo para cima, sobre o papel, é
maior que a pressão da água, de cima para baixo. Passado algum tempo, entretanto, o papel acaba
sendo molhado pela água e se movimenta para dentro do copo. isso permite a entrada de mais
ar, aumentando a pressão para baixo até que a água cai.
Vejamos a outra situação, a da lata. antes de aquecê-la, mesmo estando vazia, existe ar dentro
dela, como também existe ar ao seu redor. nessa situação, a pressão que o ar faz de dentro para
fora da lata é igual à pressão que o ar de fora faz para dentro. Quando aquecemos a lata com um
pouco de água, quase todo o ar que lá estava é expulso dela. Quando a lata é retirada da chama,

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86 | Aul a 1 4

começa a se resfriar. O vapor d'água se condensa. O pouco ar que sobrou tem de ocupar todo o
espaço interno da lata. Assim, a pressão que ele exerce dentro da lata é menor do que a pressão de
fora, a pressão atmosférica. Por isso, ela é amassada.
Vamos utilizar o conceito de pressão atmosférica para entender o que acontece na seguinte
situação: tomar refresco com um canudinho.
Em cima do refresco existe ar. O ar, portanto, está exercendo pressão sobre o refresco.

5. Indique com uma seta, na figura 3, a ação da pressão atmos­fé­­rica sobre a parte
de cima do refresco.

Figura 3

Observe que dentro do canudinho também existe ar. Portanto, aí também existe a ação da pres-
são atmosférica sobre ele.
Quando você começa a sorver, o refresco sobe pelo canudinho.
O que acontece com a pressão do ar dentro do canudinho quando uma pessoa começa a chupar
o refresco? Ela aumenta, diminui ou se mantém igual? Para saber a resposta, leia a seção a seguir.

Aprofundando
Para que um refresco suba pelo canudinho é necessário que ocorra alguma varia-
ção de pressão. Quando se toma o refresco pelo canudinho, ocorre uma dimi-
nuição da pressão no seu interior. A pressão atmosférica, agindo na superfície
do refresco de cima para baixo, faz com que ele suba pelo canudinho. Quando
a pessoa para de sorver, a pressão no interior do canudinho volta a ficar igual à
pressão atmosférica e, por isso, o refresco não sobe.
A pressão atmosférica age em todas as direções, isto é, de todos os lados. Seu
valor, entretanto, depende da altitude do local em que nos encontramos. Na
praia, por exemplo, o valor da pressão atmosférica é o maior possível.
Nas cidades que ficam em regiões montanhosas, a pressão atmosférica
é menor.
Quando nos deslocamos de uma cidade que fica numa região de maior alti-
tude para a praia, a pressão atmosférica que age sobre nosso corpo aumenta. Uma
região sensível do nosso corpo, que indica essa alteração na pressão atmosférica,
é o tímpano do ouvido. É por isso que, durante essas viagens, durante algum
tempo há uma sensação de desconforto. O mesmo acontece quando vamos de
uma região de menor altitude (e, portanto, de maior pressão) para outro local
de maior altitude e de menor pressão atmosférica.

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ci ên ci as | 87

Hora da revisão
• O ar que fica “preso” à Terra por causa da gravidade faz com que ele exerça
uma pressão sobre tudo o que se encontra na superfície terrestre. Essa pres-
são é chamada de pressão atmosférica.

• O valor da pressão atmosférica depende da altitude do local. Na praia, onde


a altitude é zero, a pressão atmosférica é a maior possível. Nos locais mais
altos, o valor da pressão atmosférica é menor.

• Quando nos deslocamos de um lugar onde a pressão atmosférica é maior para


um outro lugar onde ela é menor (ou o contrário), os tímpanos de nossas ore-
lhas sentem essa alteração e nos dão uma sensação de desconforto durante
algum tempo.

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Se retirarmos boa parte do ar de dentro de uma lata vazia de refrigerante, a
pressão atmosférica fará com que ela fique amassada. Esta afirmação está de
acordo com o que você estudou nesta aula?

7. A cidade de Belo Horizonte está localizada a 858 metros acima do nível do


mar. Nela, a pressão atmosférica é maior, menor ou igual à da cidade de Belém,
que tem altitude de 11 metros?

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Aula 15
As fases da Lua

Depois do Sol, o astro que sempre despertou mais o interesse das pessoas é a Lua. Percorrendo
a escuridão celeste, a Lua vem iluminando há muito tempo não só os caminhos do homem,
mas também sua poesia e sua arte. Todos os calendários orientais e ocidentais têm na Lua o seu
elemento mais importante. No passado, os meses eram denominados “luas”, e contados pelo
tempo de lunação. Em muitos idiomas, a palavra “lua” corresponde ao segundo dia da semana.
Tudo isso indica que esse astro teve e tem a grande importância prática de servir como medida
do tempo.
A Lua também inspira muitas crenças populares. Muita gente, por exemplo, acredita
que a Lua tem influência sobre o crescimento dos cabelos. Diz-se que cortar o cabelo na
Lua Minguante retarda o seu crescimento, e que os cabelos crescem mais depressa se corta-
dos durante a Lua Crescente. Existem até manuais que, com base nas fases da Lua, orientam
as pessoas quanto à época mais adequada para os cortes de cabelos.

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Que fases da Lua são citadas no texto?

2. Que outras fases da Lua você conhece, mas que não aparecem no texto?

3. Desenhe as fases da Lua que você conhece.

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ci ên ci as | 89

CALENDÁRIO LUNAR

Janeiro 20 09:50 27 08:14 05 08:14 13 17:45


Fevereiro 18 20:30 26 02:52 04 02:52 12 05:37
Março 19 07:45 26 22:31 05 22:31 12 14:15
Abril 17 19:49 25 17:40 03 17:40 10 20:36
Maio 17 08:46 25 11:13 03 11:13 10 02:04
Junho 15 22:36 24 02:23 01 02:23 08 08:06
01
Julho 15 13:15 23 14:49 30 14:49 07 15:55
Agosto 14 04:34 22 00:36 28 00:36 06 02:25
Setembro 12 20:07 20 08:23 26 08:23 04 16:06
Outubro 12 11:14 19 15:09 26 15:09 04 09:04
Novembro 11 01:16 17 22:09 25 22:09 03 04:50
Figura 1: Esquema
representativo do Dezembro 10 13:56 17 06:31 24 06:31 03 02:06
calendário lunar

4. Com a ajuda do calendário que informa as fases da Lua em um certo ano,


descubra quanto tempo a Lua demora para passar de uma fase à outra. Apro-
veite também para contar quantos dias são necessários para que se repita uma
determinada fase (por exemplo, a Lua Cheia).

5. Existe algum mês no calendário no qual a Lua Cheia apareça duas vezes?
Qual?

Ao observar a Lua, notamos que sua aparência muda com o passar dos dias e das noites. Esses
diferentes aspectos que a Lua apresenta são denominados fases. Observe, na Figura 2, as quatro
fases mais conhecidas da Lua.

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90 | Aul a 1 5

FASE INÍCIO DAS FASES APARÊNCIA

Nova Próxima do Sol e por ele ofuscada


no céu diurno

Quarto Semicírculo iluminado, alto


Crescente no céu ao entardecer

Cheia Todo o círculo brilhante, visível no céu noturno

Quarto Semicírculo iluminado, alto


Minguante no céu ao amanhecer

Figura 2: Esquema representativo das fases da Lua

na figura estão representadas as fases Lua nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Min-
guante. a Lua mostra cada uma dessas fases durante sete a oito dias, ou seja, aproximadamente
uma semana.
na fase de Lua nova, a Lua não aparece no céu noturno, pois a face que fica voltada
para a Terra não é iluminada pelo Sol.
nesses períodos, ela passa por outras fases intermediárias, difíceis de perceber a olho nu e em
pequenos intervalos de tempo (de um dia para o outro, por exemplo).
Para repetir uma mesma fase, a Lua demora cerca de 29 dias, ou seja, aproximadamente um mês.
no período de um mês, portanto, a Lua passa por quatro fases, completando um ciclo. no
mês seguinte o ciclo se repete, e assim por diante.
esse período de tempo de cerca de um mês, no qual as fases da Lua completam um ciclo, foi
usado desde as antigas civilizações na elaboração dos calendários.
Para você ter uma ideia, entre 3.000 e 2.000 anos antes de Cristo já existiam calendários que
se baseavam nas fases da Lua. assim, a Lua e seu ciclo de fases serviam e ainda servem como uma
espécie de relógio no céu. alguns grupos indígenas ainda medem o tempo em “luas”.
Mas por que a Lua modifica sua aparência com o passar do tempo?

Até aqui conversamos sobre a Lua e suas fases, lembrando sua importância na vida na Terra –
seja como inspiradora da poesia e da arte, seja como forma de medir o tempo e assim desenvol-
ver calendários.
Mas você sabe dizer por que a Lua aparece de formas diferentes no céu?
Para compreender isso, precisamos lembrar que a Lua se movimenta em torno da Terra, e que
esse conjunto Terra–Lua gira em torno do Sol, ou seja, é iluminado pelo Sol. A figura a seguir
ilustra a situação.

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Sol
Lua

Figura 3:
Antártida Terra Vista a partir do Polo Sul,
percebem-se as posições
relativas Sol – Terra – Lua
(desenho fora da escala).

Pelo fato de a Lua refletir a luz do Sol, ela brilha muito e pode ser vista aqui da Terra. Contudo,
dependendo da posição da Lua em relação à Terra, enxergamos diferentes partes de sua superfí-
cie iluminada. Essas diferentes porções iluminadas são o que chamamos de fases.
Para compreender melhor como isso acontece, acompanhe a sequência de figuras a seguir.

Figura 4a: Nesta situação, o rapaz que representa


a Terra, segurando a “Lua”, não vê
nenhuma porção iluminada dessa “Lua”.

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92 | Aul a 1 5

Figura 4b: Agora, nesta situação, o rapaz que


representa a Terra vê iluminada apenas
uma parte da face da “Lua” que está
voltada para ele.

Figura 4c: Nesta terceira situação, o rapaz que


representa a Terra vê totalmente
iluminada a face da “Lua” que está
voltada para ele.

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Figura 4d: Finalmente, nesta última posição, o rapaz que representa a Terra novamente
enxerga iluminada apenas a parte da face da “Lua” voltada para ele.

O Sol é representado por uma lanterna, a Lua é representada por uma bola e o rapaz que segura
a bola representa a Terra.
Note que a pessoa que segura a bola (“Lua”) e representa a Terra pode ver diferentes porções
dessa “Lua” iluminadas pelo facho de luz (“Sol”). Isso, claro, depende da posição da “Lua” em
relação ao rapaz que é a “Terra”.

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Na primeira figura, o rapaz que representa a Terra vê alguma parte da Lua ilu-
minada? A que fase da Lua corresponde a primeira situação?

7. Repare o que acontece com a parte iluminada da bola na segunda figura. Que
porção da bola aparece iluminada para a pessoa que representa a Terra? A que
fase da Lua corresponde a segunda situação?

8. Na terceira situação, como é que a Terra “vê” a Lua? A que fase da Lua cor-
responde essa situação?

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9. Observe, na última figura, como a parte iluminada da Lua é vista por quem
olha da Terra (repare que a face iluminada agora é oposta à face mostrada na
segunda situação). A que fase da Lua corresponde a última situação?

Aprofundando
Se a pessoa retratada na sequência de figuras continuasse a girar, voltaria à posi-
ção inicial (primeira situação), com a bola entre o facho de luz e ela, comple-
tando um ciclo que, neste caso, teve início com a fase de Lua Nova, seguida pelas
fases de Quarto Crescente, Cheia, Quarto Minguante e, novamente, Lua Nova.
Observe que isso corresponderia a uma volta completa da Lua em torno da Terra.
Na realidade, esse ciclo corresponde a cerca de 29 dias, ou seja, aproxima-
damente um mês, que é o tempo que a Lua demora para dar uma volta em torno da Terra.
A Lua é o astro mais próximo do nosso planeta e, por esse motivo, é bastante
investigada pelos astrônomos. Sua distância em relação à Terra é da ordem de
384 mil quilômetros. Embora pareça pequena no céu, se pudesse ser colocada
sobre a Terra, cobriria praticamente todo o território brasileiro.
Mas como é a Lua? O primeiro homem pisou na Lua em 1969 e, de lá para
cá, essa pergunta vai sendo respondida com precisão cada vez maior.
A paisagem da Lua é o que se poderia chamar de desoladora. Nem uma árvore,
nem uma flor, sequer uma graminha. Não se veem aves, nem nuvens, não se per-
cebe o menor ruído. Coberta por uma fina poeira, sua superfície apresenta mui-
tas crateras e altas montanhas (algumas com cerca de 8 mil metros de altura).
A Lua não possui atmosfera. Durante o dia, sua temperatura chega a 120 graus
Celsius. À noite, cai bruscamente para 150 graus Celsius negativos! Realmente,
é um lugar muito diferente do nosso planeta, impossível de se viver.
A Lua está na fase Nova quando, no decorrer de uma noite de céu aberto (sem
nuvens), não conseguimos enxergá-la no céu. Quando essa fase termina, a Lua
volta a ser visível como um filete de luz, perto do local onde o Sol se põe, bem
no comecinho da noite.
A partir daí, nos dias seguintes, inicia-se um conjunto de fases chamadas cres-
centes. A cada noite, a parte visível vai se tornando maior. Ao final de cerca de
sete noites, após a fase Nova, a Lua se mostra metade brilhante e metade escura.
É a fase do Quarto Crescente.
Passadas aproximadamente oito noites, a Lua se apresenta como um disco
todo iluminado. É a fase de Lua Cheia. Depois começa um período de cerca
de oito noites em que a parte iluminada da Lua vai diminuindo, até chegar à
fase de Quarto Minguante. Nessa fase, novamente a Lua se mostra metade bri-
lhante, metade escura. Cerca de sete noites após a fase de Quarto Minguante, a
Lua atinge mais uma vez a fase Nova, recomeçando um novo ciclo de fases que
se repete todo mês.

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ci ên ci as | 95

Hora da revisão
• A aparência da Lua, vista da Terra, se modifica com o passar do tempo. Essas
diferentes aparências da Lua recebem o nome de fases.

• As quatro fases da Lua mais conhecidas são: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua
Cheia e Quarto Minguante.

• Para que a Lua mostre cada uma dessas fases, demora de sete a oito dias, isto
é, aproximadamente uma semana.

• Cerca de um mês é o tempo que a Lua demora para completar um ciclo de


fases. Depois, volta a repetir cada uma das fases, na mesma sequência.

• A Lua reflete a luz do Sol, e por isso pode ser vista muito brilhante aqui da
Terra.

• Aqui da Terra, podemos ver diferentes partes da superfície da Lua (fases) bri-
lhando. Isso porque a posição da Lua em relação à Terra e em relação à luz
do Sol muda com o passar do tempo.

Atividades
Faça no seu caderno.
10. Procure acompanhar durante um mês as fases da Lua, desenhando num
caderno a aparência da Lua a cada noite.

11. Procure explicar por que a Lua modifica sua aparência com o passar dos dias.

12. Quanto tempo a Lua demora, aproximadamente, para passar de uma fase à outra?

13. Qual o tempo necessário para que se complete um ciclo de fases?

14. Você acha que seria possível viver na Lua? Por quê?

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Aula 16
Eclipse

Aquele parecia um dia como outro qualquer na vida de Hamilton. Ele deixara a cidade
de Quixadá, no Ceará, para tentar a vida como metalúrgico no ABC, em São Paulo. Agora,
tinha se mudado para a pequena cidade de São Joaquim, em Santa Catarina. De lá, saía
para cidades vizinhas para vender sacos plásticos para lixo.
De manhã, enquanto se prepara para tomar café, Hamilton costuma ligar o rádio.
Os acontecimentos que serão notícia no decorrer do dia se misturam ao canto de alguns
pássaros. Mas, naquele dia, o rádio ficou desligado. E Hamilton saiu de casa com a sacola
cheia de mercadoria.
No ônibus, algumas pessoas comentavam que algo especial iria acontecer perto da hora
do almoço. Hamilton não conseguiu entender direito o que era.
A manhã vai passando e lá vai Hamilton, batendo de porta em porta. O Sol já vai alto no
céu, fazendo a temperatura subir bastante. Mas, lá pelas 10h30, a luz do dia começa a ficar
“estranha”. Hamilton tira os óculos escuros, pois a luminosidade diminuiu. Passados mais
alguns minutos, ele percebe que já não consegue enxergar direito a distância, e que
o calor já não é tão forte.
Agora são quase 11horas, e a luminosidade cai de forma alarmante. Começa a inquietação
dos animais. Não há nuvens no céu, e cresce o alvoroço das pessoas.
A luz do Sol não passa de um filete, como a de uma Lua que não parasse de minguar.
Mais alguns minutos e... cai a noite! Ao redor se ouve o cantar dos grilos. Na praça
da cidade, as flores – dedaleiras e douradinhas-do-campo – vão se fechar. Os pássaros
começam a procurar abrigo nas árvores.
Essa noite “sobrenatural” dura aproximadamente quatro minutos. O Sol começa a
reaparecer. Um galo, bastante confuso, anuncia a aurora pela segunda vez. Perto dali,
Hamilton se aproxima de um grupo de estudantes vindos de Minas Gerais, que trouxeram
equipamento para fotografar o eclipse.

Nesta aula, você vai estudar um fenômeno natural chamado eclipse. Ele acontece de tempos em
tempos e sempre mobiliza um grande número de pessoas, provocando deslumbramento, emo-
ção e saudade. A partir da leitura do texto acima, responda às seguintes questões:

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ci ên ci as | 97

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Por que o texto afirma que o galo anunciou a aurora pela segunda vez?

2. Que alterações o súbito “desaparecimento” do Sol provocou entre os ani-


mais?

3. Você sabe dizer o que provocou o “desaparecimento” do Sol naquele dia?

Os eclipses acontecem quando a luz que ilumina alguma coisa é total ou parcialmente ocultada
por algum objeto. Assim, se colocarmos uma bola entre a chama de uma vela e os nossos olhos,
estaremos produzindo um eclipse “artificial”. Nesse caso, se a bola não permite que a luz da vela
chegue ao nosso rosto, dizemos que o eclipse da vela é total. No caso do nosso texto inicial, o
eclipse se deu quando a Lua ficou entre o Sol e a Terra por alguns instantes.

4. Para compreender melhor alguns aspectos do eclipse, vamos analisar as ilus-


trações de um globo terrestre, de uma lanterna, que representa o Sol, e de
uma bola menor, que representa a Lua:

lanterna Lua
(Sol)
Terra
Figura 1a

Lua

lanterna
(Sol)
Terra
Figura 1b

a) Em qual ilustração a Lua está representada entre o Sol e a Terra?

b) Nessa situação, todo o lado do globo voltado para a lanterna ficará escuro?

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98 | Aul a 1 6

c) Em qual ilustração a representação da Terra aparece entre a Lua e o Sol?

d) Nesse caso, a bola menor que representa a Lua terá alguma região ilu-
minada?

Aprofundando
Um eclipse envolvendo a Terra, a Lua e o Sol pode ser de dois tipos. Quando a
Lua está entre a Terra e o Sol, o eclipse recebe o nome de eclipse solar. Se é a Terra
que se encontra entre o Sol e a Lua, teremos o chamado eclipse lunar.
Para que um desses tipos de eclipse ocorra, é necessário que os três corpos celes-
tes estejam alinhados, conforme indicam as Figuras 2a e 2b.
Figura 2a:
Eclipse solar

Lua

Terra

Fotografia do eclipse solar de


11/9/2007, obtida com telescópio
especial de observação solar.

Figura 2b: Eclipse


lunar

Terra lua

Fotografia do eclipse lunar de


3/3/2007, na qual é possível
perceber a sombra da Terra
projetada na Lua.

Note que, no eclipse solar (Figura 2a), a sombra da Lua é projetada sobre uma
região da superfície da Terra. Se, durante o eclipse, a Lua consegue tampar com-
pletamente o Sol em uma determinada região da Terra, dizemos que nessa região
aconteceu um eclipse total, pois lá ficou escuro como se fosse noite. Há situa-
ções, entretanto, em que a Lua cobre parcialmente o Sol, como aparece na Figura
2a. Nesse caso, dizemos que o eclipse foi parcial, pois nessa região formou-se
uma penumbra.

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ci ên ci as | 99

Já no eclipse lunar (Figura 2b), a sombra da Terra é projetada sobre a Lua, e


nenhuma região da Lua fica iluminada.

Hora da revisão
• O eclipse acontece quando a luz que chega a um corpo é parcial ou total-
mente ocultada pela presença de outro.

• No caso da Terra, a ocorrência de um eclipse total do Sol provoca alterações


na vida dos animais, das plantas e também dos seres humanos.

• Existem dois tipos de eclipse envolvendo a Terra. No eclipse solar, a Lua pro-
jeta sua sombra sobre uma região da Terra. No eclipse lunar, a Terra projeta
sua sombra sobre a Lua.

Atividades
Faça no seu caderno.
5. Um eclipse total em determinada região da Terra acontece quando o Sol
desaparece do céu. Essa afirmação está de acordo com o que você estudou
nesta aula? Justifique sua resposta.

6. Qual a diferença entre um eclipse solar e um eclipse lunar?

7. Quando ocorre um eclipse parcial?

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Aula 17
Estações do ano

“Se você tiver um pouco de paciência para ficar olhando bichos e plantas, vai perceber que
aquela flor, aquela fruta de que você tanto gosta, ou mesmo aquele filhote de bicho que você
tanto estima, nem sempre aparecem quando você quer.
Se olhar com mais cuidado, perceberá inclusive as diferenças que há entre as diversas épocas
do ano, as estações. Pois é: há flores que só aparecem na primavera, há outras que só dão
o ar da graça no inverno.
Em regiões da Terra em que o inverno é rigoroso, muito frio, com muito gelo e neve, alguns
animais preparam a toca e vão dormir até que a primavera volte. É a hibernação que ursos
e esquilos fazem durante o inverno, no hemisfério norte. Outros bichos, como algumas aves
e insetos, quando notam a aproximação do inverno, viajam para regiões mais quentes: é o
que se chama de migração.
É claro que isso não significa que ursos e esquilos vão dormir para sempre, e muito menos
que as aves e os insetos nunca mais vão voltar para casa. Quando chega a primavera, os
bichos que hibernam acordam e saem rapidinho das tocas para procurar comida. Quando
o tempo fica mais quente, as aves que foram embora voltam. Também será essa a época em
que nascem montes de filhotes de tudo quanto é bicho.
No ano seguinte, começa tudo de novo, porque todo ano temos as mesmas estações.
Esse vaivém anual cumpre um ciclo, ou seja, um ritmo verificável através de sua repetição.
É também um ritmo de vida, um ritmo biológico.”

Trecho do texto “Animais e plantas: ritmos da vida”, de Nelson Marques, publicado na revista
Ciência Hoje das Crianças, ano 6, no 31, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Nesta aula, você vai aprender várias coisas sobre as estações do ano. Algumas
delas você já viu, com a leitura do texto acima. Antes de prosseguir, responda
às questões:
a) Que estações do ano são mencionadas no texto?

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ci ên ci as | 101

b) O que ursos e esquilos fazem durante o inverno?

c) Como se chama a viagem que aves e insetos fazem à procura de regiões


mais quentes?

d) Que estações do ano não são citadas no texto?

O inverno é uma estação do ano muito fria; em certos países, o verão tem sempre temperaturas
mais elevadas. Existem, entretanto, épocas do ano em que não faz nem muito frio nem muito
calor. São as estações chamadas de outono e primavera.
No hemisfério sul, onde se localiza o Brasil, as estações ocupam as seguintes épocas do ano:

Primavera 23 de setembro a 21 de dezembro

Verão 22 de dezembro a 21 de março

Outono 22 de março a 20 de junho

Inverno 21 de junho a 22 de setembro

Em alguns estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o inverno é bastante
intenso. Nos estados das regiões Norte e Nordeste, o frio praticamente não existe.

Nos locais em que as estações do ano são mais definidas, a vida das pessoas sofre várias altera-
ções. Mudam, por exemplo, as roupas e as coisas que as pessoas fazem.

2. O que mais caracteriza a estação do verão na sua cidade?

3. E o inverno?

4. A primavera tem alguma característica especial na sua cidade?

5. E o outono?

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102 | Aul a 1 7

Outra diferença entre as estações, capaz de alterar a vida dos seres vivos em geral e a dos seres
humanos em particular, é a duração dos dias e das noites. No verão, por exemplo, os dias são mais
longos do que as noites. Já no inverno os dias é que são mais curtos e as noites, mais longas.
É por esse motivo que em vários estados brasileiros, quando chega o verão, o governo insti-
tui o chamado “horário de verão”, obrigando todos os seus habitantes a adiantar os relógios em
uma hora. Com isso, várias atividades podem ser feitas com a simples utilização da luz do dia,
o que economiza um pouco de energia elétrica. Quando chegamos perto do fim do verão, esses
estados voltam a atrasar os seus relógios, pois a duração do dia começa a diminuir.

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Os dados a seguir foram retirados de jornais, nas seções referentes à previsão
do tempo. Identifique a estação do ano referente a cada um dos dias:

Nascer do sol Pôr do sol Estação do ano

25 de junho 6h57 17h01


25 de dezembro 5h39 18h36
1 de abril
o
6h02 17h58

Aprofundando
No hemisfério norte, no Norte dos Estados Unidos e no Canadá, na Europa e em
muitos países asiáticos, o inverno é muito frio. É comum a ocorrência de neve,
e muitas árvores ficam inteiramente sem folhas. Na primavera, as folhas retor-
nam e as árvores florescem. O verão é quente e o outono é a estação das folhas
secas, em tons de ferrugem.
Todas essas diferenças provocam alterações na fauna e na flora dessas re-
giões, assim como nos hábitos alimentares dos seres humanos, no seu vestuário,
no tipo de lazer, etc.
A ocorrência das estações do ano está ligada a vários fatores associados, entre
eles o movimento da Terra em torno do Sol. Isso porque os dois hemisférios,
norte e sul, não são igualmente iluminados e aquecidos enquanto a Terra vai
girando em torno do Sol.
Durante a viagem anual da Terra ao redor do Sol há um período de seis meses
em que o hemisfério sul recebe mais calor e luz do que o hemisfério norte. Esse
período, no hemisfério sul, corresponde às estações quentes, a primavera e o
verão. No hemisfério norte, esse período corresponde às estações frias, o outono
e o inverno. Na época do Natal, no hemisfério norte, é inverno e faz muito frio;
no hemisfério sul, é verão e faz calor.

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ci ên ci as | 103

Figura 1: Quatro
posições da Terra na
sua viagem anual ao
redor do Sol

Hora da revisão
• Estações são épocas definidas do ano, que possuem características próprias
de luz solar e calor. As quatro estações do ano são primavera, verão, outono
e inverno.

• Esses quatro períodos ou estações se sucedem sempre da mesma maneira em


cada região e se repetem todos os anos.

• As estações do ano não são as mesmas, nas várias regiões da Terra, no mesmo
período do calendário. Por exemplo: quando é verão no hemisfério sul é
inverno no hemisfério norte, e vice-versa.

Atividades
Faça no seu caderno.
7. Quando chega o verão, algumas aves viajam em direção às regiões mais frias.
Essa afirmação está de acordo com o que estudou nesta aula? Explique.

8. Como varia a duração dos dias e das noites nas diferentes estações do ano?

9. Uma imagem característica da época do Natal é a presença do Papai Noel des-


lizando pela neve, em seu trenó puxado pelas renas. Que estação do ano tem
essas características? Em que hemisfério?

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O sistema solar Aula 18
e seus planetas

Leia com atenção as notícias abaixo, que apareceram em jornais de diferentes épocas.

Figura 1

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Atividades
Faça no seu caderno.
1. Quantos planetas eram conhecidos até o ano de 1781?

2. Antes da descoberta de Urano, quais eram os planetas conhecidos pelos


cientistas?

3. Todos os planetas têm o mesmo tamanho? Sublinhe, nas notícias de jornais,


os trechos em que sua resposta se baseia.

4. O planeta anão mais distante do Sol foi descoberto há pouco tempo. Leia
as notícias da página anterior e descubra seu nome e quando ele foi desco-
berto.

Cada um dos planetas do sistema solar é constituído basicamente dos mesmos elementos e subs-
tâncias químicas, embora cada planeta tenha características próprias. Ou seja, embora os pla-
netas tenham coisas em comum, não são exatamente iguais, pois possuem tamanhos, massas
ou mesmo atmosferas diferentes. Além disso, até hoje, não se observou em nenhum deles, com
exceção da Terra, qualquer forma de vida.
Entre os planetas mais conhecidos, Mercúrio, Vênus e Marte são considerados pequenos se
comparados aos outros (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), pois todos são menores do que a Terra.
A seguir, podemos ver imagens desses planetas, obtidas por meio de telescópios e de máquinas
espaciais (sondas).

Netuno Marte Terra Vênus Mercúrio


Urano
Saturno Júpiter
Figura 2

Mercúrio não tem água nem atmosfera. Durante o dia, sua temperatura atinge valores da ordem
de 450oC; à noite, essa temperatura pode cair até –180oC.
Vênus, conhecido como Estrela-d’Alva, tem atmosfera predominantemente de gás carbônico.
Não possui água e, durante o dia, sua temperatura pode chegar a 460oC.
Marte tem em sua superfície grande quantidade de uma substância muito conhecida aqui na
Terra, a ferrugem. Por causa disso, recebeu o nome de “planeta vermelho” (a ferrugem faz com
ele seja visto com essa cor). Marte possui atmosfera formada por gás carbônico. Esse planeta tem
pequena quantidade de água, em geral na forma de gelo. Sua temperatura pode variar de 20oC a
–150oC durante o dia.

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106 | Aul a 1 8

Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, conhecidos como planetas gigantes, são muitas vezes maio-
res que a Terra. Todos têm atmosfera formada por gases que para nós seriam venenosos. São pla-
netas muito frios, com temperaturas da ordem de –140oC a –200oC, e possuem várias luas ou,
então, anéis ao seu redor.
Com essas informações, já dá para imaginar como nossa vida seria dura nesses planetas vizi-
nhos. Além disso, devemos considerar também as dificuldades de acesso a tais planetas, já que
eles estão muito longe de nós.
As distâncias entre o Sol e os planetas são extremamente grandes, quando comparadas com as
distâncias a que estamos habituados aqui na Terra. Mercúrio, por exemplo, que é o planeta mais
próximo do Sol, encontra-se distante deste astro cerca de 57 milhões de quilômetros. Vênus, o
segundo mais próximo, fica a aproximadamente 108 milhões de quilômetros do Sol – isso é quase
o dobro da distância de Mercúrio! O último planeta, Netuno, encontra-se a cerca de 4,5 bilhões
de quilômetros (note que passamos agora de milhões para bilhões!) do Sol. É quase impossível
imaginar distâncias tão grandes.
Os planetas anões têm órbitas com diferentes distâncias do Sol. O planeta anão Éris chega a
ficar 40,5 bilhões de quilômetros distante do Sol, ou nove vezes mais do que o planeta Netuno.
Plutão tem uma órbita que chega a ficar quase 6 bilhões de quilômetros distante do Sol, e Ceres
tem uma órbita situada entre Marte e Júpiter.

“Ceres”,
o mais próximo,
além de “Plutão

Sol

Plutão
“Éris”, planeta anão
mais distante do Sol
Figura 3: Distância
aproximada entre os
planetas anões (tamanhos
dos astros fora de escala)

Atividades
Faça no seu caderno.
5. Compare as temperaturas dos outros planetas com as temperaturas a que esta-
mos habituados aqui na Terra.

6. Compare a atmosfera da Terra com a atmosfera de outros planetas.

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ci ên ci as | 107

Aprofundando
O Sol, juntamente com os outros oito planetas, faz parte de uma região do uni-
verso a que damos o nome de Sistema Solar.
Nesse sistema, todos os planetas giram à volta do Sol seguindo determinada ordem,
sendo Mercúrio o mais próximo do Sol. A seguir estão Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno, em ordem crescente de distância com relação ao Sol.

MERCÚRIO TERRA
SATURNO
VÊNUS MARTE
JÚPITER

URANO

NETUNO

SOL

Figura 4. As proporções de tamanhos e distâncias estão fora de escala.

Hoje sabemos que todos os planetas giram nessa ordem, conforme mostra a
figura. Sabemos também que giram com velocidades diferentes em relação ao
Sol, de modo que, quanto mais próximo do Sol estiver o planeta, maior será sua
velocidade em torno deste astro.
isso faz com que o tempo que cada planeta demora para completar uma
volta ao redor do Sol também seja diferente. assim, a duração de um “ano”,
em cada planeta, também será diferente.
Por exemplo: o ano de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, tem apenas
88 dias terrestres. netuno, o mais afastado, precisa de 164 anos terrestres para
dar uma volta completa em torno do Sol e, assim, completar o seu “ano”.
Os caminhos (órbitas) percorridos por cada um dos planetas encontram-se
todos, aproximadamente, num mesmo plano, como ilustra a figura.
Outra coisa que chama a atenção é o fato de que o Sol, os planetas e suas luas
se mantêm unidos, formando um determinado conjunto. essa organização dos
planetas se deve a uma força de atração que existe entre eles.
essa força é a força de atração gravitacional, a mesma que mantém a atmos-
fera presa à Terra, como você viu na aula 7.
Como o Sol ilumina todos os outros astros próximos a ele, os planetas refle-
tem a luz solar em todas as direções, de modo que boa parte dessa luz refletida
chega até nós, aqui na Terra.
Assim, embora os planetas não possuam luz própria, podemos vê-los daqui
da Terra devido à luz do Sol, que é refletida por eles. O mesmo acontece com a
Lua, que, além de girar em torno da Terra, também gira ao redor do Sol. Ou
seja, mesmo que ela não produza luz própria, também a vemos iluminada e
brilhante, pois ela reflete a luz solar que a ilumina. No céu noturno, é possível
observar os seguintes planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
A Lua não é considerada um planeta, e sim um satélite natural da Terra, já que

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gira em torno de nosso planeta. Outros planetas do sistema solar também pos-
suem luas que giram em torno deles − como é caso de Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno.
Além do Sol, dos planetas e de suas luas, o sistema solar tem outros astros: os
asteróides, os planetas anões, os meteoros, constituídos por pedaços de rocha,
e ainda os cometas, formados por pedaços de rocha e gelo.

Hora da revisão
• A Terra, juntamente com mais sete planetas, faz parte de uma região do uni-
verso a que se deu o nome de sistema solar.

• Atualmente conhecemos oito planetas no sistema solar: Mercúrio, Vênus,


Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

• Em 2006 foi criada a categoria de “planeta anão”, e nela foram incluídos Plu-
tão, Ceres e Éris; este último foi descoberto em 2003.

• Ceres está mais próximo do Sol do que Plutão, e Éris, muito mais distante.

• Embora os planetas tenham coisas em comum, como, por exemplo, serem cons-
tituídos das mesmas substâncias químicas, eles possuem massas, tamanhos,
atmosferas e temperaturas diferentes.

• As distâncias entre o Sol e os planetas, no sistema solar, são muito grandes


quando comparadas às distâncias a que estamos habituados.

• No sistema solar, os planetas giram à volta do Sol seguindo uma determinada


ordem, sendo Mercúrio o mais próximo do Sol. A seguir estão Vênus, Terra,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, em ordem crescente da distância
em que se encontram do Sol.

• Quanto mais próximo do Sol estiver o planeta, maior será sua velocidade em
torno daquele astro. Isso faz com que o tempo que os planetas gastam para
completar uma volta em torno do Sol não seja o mesmo. Isto é, o intervalo
de tempo correspondente a um ano é diferente em cada um dos planetas.

• Órbita é o nome que damos ao caminho que os planetas percorrem em torno


do Sol.

• O conjunto formado pelo Sol, planetas e suas luas se mantém unido devido
à força de atração gravitacional.

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Atividades
Faça no seu caderno.
7. Encontre no diagrama abaixo o nome dos planetas conhecidos como “pla-
netas gigantes”.

L V E N U S A S M
U M A R T E B A E
A C U R A N O T R
T E R R A E D U C
I J U P I T E R U
M O P S U U S N R
N Z F O L N N O I
P G T L H O A X O

8. Desenhe o sistema solar, colocando os planetas em ordem crescente de suas


distâncias em relação ao Sol.

9. Cite algumas diferenças e semelhanças entre os planetas do sistema solar.

10. Se os planetas não têm luz própria, por que podemos vê-los brilhando?

11. Em 1977 foi lançada uma pequena nave espacial não tripulada, que atingiu
a região da órbita de Plutão, em 1989. Quanto tempo ela levará para chegar
a Éris?

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Aula 19
Rios e lagos

Deu nos jornais:

Ilha Bela sofre com ataque dos borrachudos!

Os comerciantes e hoteleiros da famosa ilha turística no litoral de São Paulo reclamam e exigem
providências das autoridades contra esses terríveis insetos. Segundo aqueles que vivem da explora-
ção turística da região, os borrachudos já têm mais fama do que as praias da ilha... Os turistas não se
sentem atraídos a visitar as praias e não frequentam mais a ilha, pois lá são incessantemente inco-
modados pelos terríveis insetos.
O presidente da associação de co­mér­cio da ilha declarou que a situa­ção é alarmante: se uma pro-
vidência não for tomada logo, as lojas da ilha, cujo faturamento depende quase inteiramente dos
turistas, serão obrigadas a fechar.

Atividades
Faça no seu caderno.
Após ler o texto com atenção, responda:

1. O que estava acontecendo em Ilha Bela?

2. Em sua opinião, por que os borrachudos espantam os turistas?

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ci ên ci as | 111

3. Se você fosse uma das autoridades responsáveis pela região, que providências
tomaria?

O que poderia ser feito em Ilha Bela


Preocupadas com a situação, as autoridades competentes de Ilha Bela poderiam declarar uma ver-
dadeira guerra aos pequenos borrachudos e tomar a seguinte decisão: pulverizar inseticida por
todas as ruas, quintais e praias da ilha. Segundo as autoridades, isso mataria todos os insetos.
Mas quais seriam as consequências dessa iniciativa?
Sem dúvida, boa parte dos insetos morreria com a pulverização. Poucos borrachudos sobrevive-
riam, e os comerciantes e hoteleiros espalhariam a notícia: “A ilha está livre dos borrachudos”.
Com isso, os turistas começariam a voltar. Porém, após curto espaço de tempo, revoadas de
borrachudos reapareceriam, e os turistas seriam novamente afugentados.
Você sabe por que isso poderia acontecer?
Na ilustração abaixo estão representados um borrachudo adulto e um borrachudo jovem (tam-
bém chamado de larva de borrachudo). Repare que eles são bem diferentes.

Figura 1b: Borrachudo adulto

Figura 1a:
Larva de borrachudo

parte filtradora
de alimentos

O borrachudo adulto possui asas e voa. Já a larva de borrachudo vive nas corredeiras de água que
descem pelas montanhas. A larva se fixa às rochas pela parte de trás e, pela frente, se alimenta.
Na ilustração, você pode reparar que a larva de borrachudo possui um tipo de “peneira” ou “fil-
tro”, que recolhe as partículas de alimentos que são levadas pela correnteza de água.

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112 | Aul a 1 9

Assim como os borrachudos, outros seres vivos são muito diferentes quando comparamos as suas
fases de vida adulta e larval. Um exemplo muito conhecido é o dos sapos e rãs, que passam por
uma fase jovem, ou de larva, em que são chamados de girinos.

Ovo
Girinos
jovens Girinos mais velhos:
desenvolvimento dos Sapo adulto
membros e patas

Figura 2: Representação das fases das vidas larval e adulta do sapo

Depois de observar a Figura 2 e aprender que as larvas de borrachudos (Figura 1a) são diferentes
dos adultos e vivem nas corredeiras, podemos explicar por que a pulverização de inseticida não
resolveria o problema definitivamente.
Uma vez que as corredeiras de água que descem pela montanha não seriam pulverizadas,
segundo aquele plano apresentado anteriormente, as larvas aí existentes originariam novos adul-
tos que voltariam a infestar a ilha.

Você seria capaz de pensar numa outra solução?

Uma solução aparentemente eficaz seria pulverizar a cidade, as praias e as corredeiras de


águas das montanhas. Assim, os adultos e as larvas de borrachudos morreriam. Entretanto,
isso poderia trazer um problema. Analise a informação nova dada a seguir, e tente descobrir
qual é o problema.
As larvas de borrachudos são o alimento dos pitus, ou camarões de água doce.

Figura 3: Pitu, camarão


de água doce

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ci ên ci as | 113

Quando uma larva de borrachudo recebe uma aplicação de inseticida, essa substância tóxica fica
acumulada em seu corpo e pode causar a sua morte depois de algum tempo. Os pitus comem
várias larvas de borrachudo por dia. Ao final de um dia, portanto, acabariam ingerindo, com as
larvas, uma grande quantidade de veneno.

Atividades
Faça no seu caderno.
Pense no que foi apresentado até agora e responda:

4. O que você acha que aconteceria aos pitus, depois da pulverização de inseti-
cida contra os borrachudos?

5. E quanto aos borrachudos? Uma vez que até as corredeiras de águas teriam
sido pulverizadas, será que eles sumiriam da ilha?

Aprofundando
As respostas complexas da natureza
Com todo o inseticida acumulado por ingerir larvas de borrachudos, os pitus
morreriam. Sem pitus, os poucos borrachudos adultos que escapassem do inse-
ticida se reproduziriam e colocariam seus ovos na água. Dos ovos nasceriam
larvas de borrachudos. Essas larvas não seriam mais devoradas pelos pitus, que
teriam morrido, e assim virariam borrachudos adultos. Resultado: a ilha volta-
ria a ficar infestada de insetos.

Águas límpidas e águas turvas


A água das nascentes do alto das montanhas, onde vivem vários animais, além
dos pitus e das larvas de borrachudos, é límpida e transparente. Já a água na
base das montanhas, ou no leito dos grandes rios, é suja e barrenta. Você sabe-
ria explicar por que existe essa diferença?
A força da água desgasta as margens dos rios, tirando delas pedaços de terra e
pedrinhas. Se você abrir uma mangueira só um pouco e tentar limpar a sua cal-
çada, verá que a água não tem força para remover a poeira. Mas, se você aumentar a
força da água que sai da mangueira, verá que ela leva todas as partículas de pó.
A exemplo de todas as coisas que existem em nosso planeta, a água também
é atraída pela força da gravidade. Assim, a água das nascentes do alto de mon-
tanhas corre na direção do pé das montanhas. Nesse caminho, filetes e córre-
gos de água límpida se encontram, formando riozinhos com volume maior de

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água. Esses riozinhos descem as montanhas com muita força e vão desgastando
as margens, retirando delas pedaços de terra e pedrinhas. Essas partículas são
levadas pelos rios. Esses rios vão ficando cada vez mais cheios de partículas e,
portanto, menos transparentes.

Os seres que vivem na água


Os seres vivos que vivem nos rios grandes e calmos são diferentes dos seres vivos
que habitam as pequenas e límpidas corredeiras das montanhas. Larvas de vários
insetos, pitus e peixes como as trutas, por exemplo, só existem nas águas trans-
parentes e turbulentas do alto das montanhas.

Figura 4: Larvas de diferentes insetos

Uma infinidade de peixes – bagres, pacus, lambaris, piranhas e até o enorme


pirarucu – vive nos rios maiores, com águas mais calmas e pouco transparentes.
Só no Amazonas, o rio com maior volume de água do mundo, existem cerca de
3 mil espécies de peixes (o que significa mais espécies de peixes do que as exis-
tentes em todo o Oceano Atlântico).

Figura 5: Peixes de água doce

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ci ên ci as | 115

Essas espécies têm os mais diferen-


tes formatos, tamanhos e hábitos
alimentares. Algumas delas, por
exemplo, alimentam-se de frutas
de árvores da mata que ficam quase
inteiramente submersas durante a
época das cheias. Mas, quando que-
rem certa frutinha, alguns peixes
pulam para apanhá-la no galho,
Figura 6: Piraputanga
como mostra a Figura 6.
Outras alimentam-se de insetos. E outras alimentam-se de outros peixes, até
mesmo de animais que atravessam os rios.
Em vários rios e lagos também existem plantas aquáticas, muitas das quais
vivem debaixo d’água ou flutuando na superfície.
Dentre as plantas que flutuam, a
maior de todas é, sem dúvida, a
vitória-régia da Amazônia, cujas
folhas têm um metro e meio de
ponta a ponta e possuem flores
enormes que se abrem à noite.
Além de peixes, os rios têm tam-
bém outros animais, como tartaru-
gas e mamíferos. Nos rios da Amazô-
nia, podemos encontrar botos, que
são “primos” dos golfinhos.
Figura 7: Piranhas devorando o que resta de um peixe.
Essa imensa diversidade de for-
mas de vida não existe só nos rios (límpidos, nas montanhas, ou turvos, nas pla-
nícies), mas em muitos outros ambientes.
Um desses ambientes se forma nas zonas de encontro entre rios (de água
doce) e mares (de água salgada): são as áreas litorâneas, que estudaremos na
próxima aula.

Figura 8: Vitória-régia da Amazônia

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116 | Aul a 1 9

Hora da revisão
• As formas adultas e juvenis de alguns seres vivos – como os borrachudos,
os sapos e as rãs – são diferentes e habitam lugares diferentes.

• Quando o homem interfere na natureza, os resultados podem não ser aque-


les esperados: as relações entre os seres vivos são muito complexas.

• Os rios podem ser agitados ou calmos, com águas transparentes ou cheias de


partículas.

• Seres diferentes vivem nas águas dos rios límpidos e velozes das montanhas
e nos rios barrentos e calmos das planícies.

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Quais são as diferenças entre as larvas de borrachudos e os borrachudos adultos?

7. Por que muitos rios grandes e largos têm aspecto barrento?

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Aula 21
O mar

Observe atentamente a figura abaixo, trata-se de uma representação do fundo de um oceano.


Como você pode ver, o fundo do oceano é bastante parecido com algumas regiões
da superfície da Terra, embora totalmente coberto por água salgada.

Figura 1: Representação do fundo de um oceano

Assim como os continentes são cobertos por vários ambientes diferentes, os mares também pos-
suem regiões bastante distintas umas das outras. Ao longo desta aula, vamos conhecer algumas
dessas regiões e os seres vivos que moram nelas. Então, mãos à obra!

Os corais
Observe com atenção esta região do fundo do
oceano.
É uma área não muito afastada da superfície
da água. Por isso, apresenta uma grande lumino-
sidade, já que a luz do Sol percorre um espaço
curto, dentro da água do mar, até alcançá-la.

Figura 2: Representação de região do fundo de um oceano

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ci ên ci as | 125

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Descreva o ambiente que você vê na Figura 1.

2. Existe algum animal representado nas figuras da página anterior?

Aprofundando
Pode parecer incrível, mas essa região pedregosa é composta basicamente por
colônias de animais: os corais.
Os corais são pequenos seres que vivem em grupos e passam a vida toda presos
a um único lugar. Eles próprios constroem sua moradia, pois produzem e secre-
tam a “rocha” que os rodeia, como você pode observar na figura anterior.
Por que dizemos que os corais são animais? Afinal, eles não se locomovem.
Geralmente, são os vegetais que ficam parados e presos a um único lugar por
toda a vida!
Para tentar chegar à resposta, observe as Figuras 3a e 3b a seguir. Elas mos-
tram o mesmo grupo de corais vistos, à esquerda, com seus tentáculos fecha-
dos, e à direita, abertos.

Figura 3a: Tentáculos de corais fechados Figura 3b: Tentáculos de corais abertos

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126 | Aul a 2 1

Atividades
Faça no seu caderno.
3. Qual a principal diferença entre as duas ilustrações?

4. Depois de observar as figuras, você consegue imaginar por que os corais são
considerados animais?

A Figura 3b, à direita, mostra pequenos corais saindo de suas “casas”. É provável
que eles estejam procurando alimento na água que os rodeia, capturando tudo
que for comestível com seus vários “braços”, denominados tentáculos.
Assim, podemos comprovar que os corais são animais, pois precisam buscar
seu alimento no meio ambiente. As plantas não precisam fazer isso, já que pro-
duzem o seu próprio alimento utilizando-se da luz do Sol.

O plâncton
Sabemos, portanto, que os corais estão se ali-
mentando. Mas, mesmo olhando com bas-
tante atenção a ilustração, não consegui-
mos visualizar o que eles estão comendo.
Nem se estivéssemos dentro d’água, ao
lado deles, conseguiríamos ver esse ali-
mento. Isso ocorre porque o alimento
dos corais são seres microscópicos que
existem aos milhões nas águas dos mares:
esses seres são chamados de plâncton.
Para conseguir enxergar o plâncton, terí-
amos de colocar uma gota de água da super-
fície do mar em um microscópio.
Como você vê na Figura 4, o plâncton é
Figura 4: Plâncton visto
composto por pequenos animais e vegetais de for- ao microscópio
mas bastante diferentes, que vivem flutuando ao sabor
das correntes marítimas. Esses seres vivos são muito importantes para a manu-
tenção da vida no mar, pois servem de alimento para muitos outros animais
marinhos, além dos corais.

Os peixes
Os peixes que habitam os mares também podem se alimentar de plâncton. Um
exemplo é a sardinha, peixe que anda em cardumes e que é pescado em grande
quantidade na costa brasileira.

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Mas nem todos os peixes se alimentam de plâncton. Muitos preferem comer


outros animais, inclusive peixes. É o caso do tubarão, um peixe caçador de pei-
xes menores.
Observando uma sardinha ou um tubarão, podemos notar que suas bocas são
muito diferentes. Isso indica que eles também se alimentam de formas diferentes.

Figura 5a: Sardinha

Figura 5b: Tubarão

5. Os pescadores costumam colocar animais nos anzóis, como camarões e peque-


nos peixes. Algumas dessas iscas podem até estar vivas. Que tipo de peixe
você espera pescar com uma isca viva: uma sardinha ou um tubarão? Justifi-
que sua resposta.

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128 | Aul a 2 1

Os abismos do mar
Quando descemos às regiões mais profundas dos oceanos, regiões que a luz do
Sol não alcança, o ambiente começa a se transformar. Surgem seres vivos com
formas muito estranhas, que produzem a sua própria luminosidade. Veja, nas
figuras a seguir, alguns desses animais.
Outros organismos, acostumados à claridade do Sol e à abundância de alimento
das regiões superficiais do oceano, não conseguiriam sobreviver nesse ambiente
frio e escuro. Mas, além da escuridão e da escassez de comida, outros fatores tam-
bém dificultam a vida dos seres que habitam essas regiões profundas.

Figura 6: Peixes de mar


de águas profundas

Quando mergulhamos a uma profundidade maior que 2 metros, começamos a sentir uma leve
pressão nos ouvidos. Essa sensação acontece por causa da pressão da água que fica sobre o nosso
corpo. Imagine só, a uma profundidade de mil metros, como deve ser forte a pressão!
Nestas aulas em que estamos conhecendo a vida nas regiões cobertas por água, verificamos
que as condições do ambiente são fatores muito importantes para definir os seres vivos que habi-
tam cada pedaço do nosso planeta. Nas próximas aulas você irá conhecer a vida nos continen-
tes. Verá que, a exemplo do que acontece nos rios, lagos e oceanos, a diversidade de formas de
vida é muito grande, e é determinada e organizada pelos diversos fatores ambientais que agem
na superfície da Terra.

Hora da revisão
• O fundo do oceano possui ambientes diferentes.

• Nas águas rasas se desenvolvem colônias de corais.

• Os corais são animais, pois precisam retirar seu alimento do meio ambiente.

• O plâncton é composto de pequenos animais e vegetais que ficam flutuando


na superfície dos mares.

• O plâncton serve de alimento para vários seres marinhos.

• As profundezas do oceano apresentam várias dificuldades para a sobrevi-


vência: pressão elevada, escuridão, frio e pouco alimento.

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ci ên ci as | 129

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Cite algumas características das regiões rasas do oceano, e alguns seres vivos
que as habitam.

7. Que condições devem ser enfrentadas pelos seres vivos que habitam as pro-
fundezas dos oceanos?

8. Qual a principal diferença entre o tipo de alimento do tubarão e da sardinha?

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A vida nos Aula 22
ambientes terrestres

Você sabe que muitos animais, plantas e até seres microscópicos vivem na terra – fora
dos rios, dos mares e dos lagos. A água, portanto, não é o meio no qual eles sobrevivem. Mas
você conhece algum ser vivo que consegue viver completamente sem água?
Os tipos de seres vivos e a quantidade de seres vivos que podem viver num determinado
ambiente dependem da água, da umidade do ar e das substâncias presentes nesse ambiente.
Em seis quilômetros quadrados de floresta, isto é, numa área de 60 quarteirões, podemos encon-
trar 400 tipos de aves e 1.500 tipos de plantas. Mas, em todo o Deserto do Saara, que equivale a
60 milhões de quarteirões, há menos de 45 tipos de aves e apenas algumas dezenas de plantas.
Os campos e as florestas são os lugares que abrigam mais vegetação e mais animais.
Além da água, outros fatores são importantes para a sobrevivência dos seres vivos
nesses lugares.
Observe atentamente as figuras.

Figura 1a Figura 1b

A figura 1a mostra uma floresta vista de longe. A figura 1b mostra o interior de uma floresta do
mesmo tipo.
Embora recebam bastante sol, as copas das árvores formam uma camada tão espessa que impede
a penetração da luz. Por isso, a mata é escura, mesmo nos dias mais ensolarados.
A temperatura é alta nas copas das árvores, mas vai caindo nas partes mais próximas do solo.
Por isso, o interior da mata é sempre mais fresco.
O vento também não consegue atravessar a barreira das árvores. Assim, o interior da mata é
úmido, e a sensação é de que o ar está “parado”. O chão é coberto por um tapete de plantas e
folhas mortas.

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As raízes das árvores “seguram” o solo, impedindo a erosão, que é o processo de remoção e trans-
porte de suas partículas para outro local. As copas das árvores formam um guarda-chuva prote-
tor contra a ação da chuva e do vento, que atuam na erosão.

Agora, observe outras duas figuras.

A Figura 2a mostra um parque nacional


da África. Na figura 2b, temos uma pra-
daria, nos Estados Unidos. Campos como
esses são encontrados em muitas regiões
do mundo. Podemos observar que os
dois ambientes são dominados por grama
e capim. As poucas árvores são espalha-
das e oferecem pouca sombra.
A luz solar direta e o vento atingem
quase todos os lugares. O ar é seco e
chove pouco. Não há, nesses campos,
Figura 2a: Parque Nacional da África
locais mais frescos do que outros.

Figura 2b: Pradaria encontrada nos Estados Unidos

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Com base no texto, relacione as diferenças entre florestas e campos,
preenchendo a tabela para responder às perguntas:

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CAMPOS florestas

Quais são as plantas atingidas pela luz do Sol?

Como é a temperatura do topo das árvores e no chão?

O ar é úmido ou seco?

Os ventos circulam?

Há sombras?

O que cobre o chão?

Aprofundando
Florestas tropicais são as florestas situadas na região do equador e que estão
expostas a muita chuva.
Nelas encontramos a maior variedade e quantidade de seres vivos do mundo.
Há samambaias, orquídeas, liquens, cipós, musgos e muitos arbustos envolvi-
dos por árvores muito altas. A maior dessas florestas é a da Amazônia, mas exis-
tem outras também importantes, em outros lugares do mundo, indicados no
mapa a seguir.

Mapa-múndi com
destaque para as
florestas tropicais

Nas florestas tropicais, há muitos animais vivendo entre os galhos das árvores,
sobre o chão e até no subterrâneo. Nessas florestas quase não há diferenças entre
as estações do ano, a não ser o aumento das chuvas nos meses de dezembro,

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janeiro e fevereiro. As matas também abrigam muitas borboletas e mosquitos.


Já sabemos que cada uma das florestas tropicais abriga plantas e animais diferen-
tes. São muitas espécies vivas. A esse conjunto chamamos biodiversidade, pala-
vra que significa variedade de vida. As florestas tropicais contêm a maior biodi-
versidade do planeta. Por isso elas são tão importantes.

Animais das florestas brasileiras


Muitos animais, como já estudamos, vivem nas árvores. Nas florestas brasileiras
encontramos macacos, preguiças, tucanos, papagaios, muitos lagartos, sapos,
cobras e algumas onças. Nas florestas tropicais da Indonésia, há esquilos e lagar-
tos “voadores” pulando entre as árvores.

Figura 3a: Cutia Figura 3b: Sapo

Figura 3d: Tucano

Figura 3e: Onça


Figura 3c: Preguiça

Não há grandes animais corredores nas florestas, uma vez que elas são
“fechadas”. Entre os animais que vivem sobre o solo, temos a cutia e o taman-
duá, encontrados no Brasil, o gorila e o chimpanzé africanos, os leopardos e os
ursos pandas, na Ásia, e os tigres, na Índia.

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134 | Aul a 2 2

Ao contrário do que muitos pensam, o solo da floresta tropical é uma camada


fina e imprópria para a agricultura. É um solo pobre. Os restos de animais e de
plantas apodrecendo no chão da floresta é que fornecem as substâncias de que
as plantas necessitam. Esse solo também não consegue “segurar” água. Quando
chove, a água “viaja” rapidamente das raízes até as folhas das árvores. A seguir,
evapora e forma novas nuvens. Quando essa região perde a cobertura de flo-
resta, ou seja, é desmatada, a água corre para lugares mais baixos, carregando a
superfície do solo, provocando erosão.

Atividades
Faça no seu caderno.
2. Explique por que o desmatamento de florestas pode contribuir para a deser-
tificação.

Além das florestas tropicais, existem outros tipos de florestas que não conhece-
mos no Brasil. Sobretudo na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, encon-
tramos florestas que perdem suas folhas no outono e no inverno. São as florestas
temperadas, que vivem verões quentes, invernos frios e têm chuvas moderadas
ao longo do ano. Essas florestas, aqui representadas no mapa, já cobriram toda
a Europa, mas foram substituídas por lavouras, pastagens e cidades. Há porções
dessas florestas também no Japão e na América do Sul. Na Europa, só restam
fragmentos esparsos delas.

Mapa-múndi com
destaque para
as florestas de
coníferas

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As árvores não chegam a ser tão altas, mas têm bom tamanho: é o caso dos car-
valhos, nogueiras e plátanos. No outono, suas folhas vão ficando bem amarela-
das e vão caindo. O fato de perderem as folhas, que são suas partes mais frágeis,
as árvores sobrevivem ao frio do inverno, pois os caules que ficam são envolvi-
dos por cascas grossas que protegem os vegetais.

Figura 4: Cabrito-montês

Nas árvores vivem pássaros e esquilos; no chão, muitas vezes coberto por musgos, vivem veados,
javalis, cabritos-monteses, ratos, raposas e lebres. Há besouros, formigas e poucos insetos voado-
res. A maioria dos seres vivos se reproduz acompanhando as estações do ano.
Na primavera, acontece uma “explosão de vida”: as árvores florescem e as folhas verdes rea-
parecem, junto com os animais e seus filhotes. Eles crescem durante o verão e o outono. No
inverno, todos se recolhem e preparam novos filhotes, novas folhas e flores.

3. A Figura 5 mostra um plátano europeu, com as folhas caindo.


a) Em que estação do ano deve estar acontecendo essa queda das folhas?

b) Desenhe, ao lado, como essa região deve ficar na primavera.

Figura 5

Primavera

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136 | Aul a 2 2

Em regiões ainda mais frias, com boa umidade e gelo no longo inverno, existe
um outro tipo de floresta. Ela forma um cinturão no hemisfério norte e cobre as
altas montanhas. É a floresta de coníferas.

Alemanha
Mapa-múndi com as
florestas de coníferas

O nome floresta de coníferas é explicado pela vegetação, que não é muito variada:
há ciprestes, abetos e pinheiros, árvores do grupo das coníferas. Suas folhas são
pouco desenvolvidas, mas formam florestas bem escuras, chamadas também de
“florestas negras”. As folhas velhas que vão caindo formam um grosso tapete
marrom, que no inverno se cobre de neve.
Também há poucos tipos de animais. Na América do Norte, por exemplo,
encontramos alce, lince, urso-cinzento e esquilo; na Europa, cabrito-montês e
porco-espinho. As aves são abundantes no verão, mas no inverno migram para
lugares mais quentes, ao sul. Há poucos insetos.

Figura 6b: Lince

Figura 6a: Floresta de coníferas Figura 6c: Porco-espinho

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Atividades
Faça no seu caderno.
4. Os autores da história Chapeuzinho Vermelho viveram na Alemanha, um
lugar com inverno muito frio. Verifique onde está a Alemanha no mapa da
página anterior e descubra em que tipo de floresta vivia o lobo mau.

5. O bolo que chamamos de “floresta negra” surgiu nessa região: é uma massa
escura de chocolate, coberta com creme branco e salpicada de cerejas, uma
fruta típica da Europa. Comparando o bolo com as informações do texto,
você consegue identificar o que representam a massa escura do bolo e o creme
branco?

No passado, as florestas cobriam extensões muito maiores do planeta. Mas, só


nos últimos duzentos anos, com o aumento da população humana, mais da
metade dessas florestas foi convertida em pastos e terras cultivadas. Além disso,
várias regiões foram desmatadas para exploração de madeira e carvão e se tor-
naram estéreis, isto é, sem nenhum tipo de vida.

Mapa-múndi com
os três tipos de
florestas estudados
até agora

Florestas de coníferas
Florestas tropicais
Florestas temperadas

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Perto de florestas encontramos grandes regiões nas quais chove pouco, onde
grandes árvores de florestas não conseguem se desenvolver, mas encontramos
pequenas árvores espalhadas entre touceiras de capim e arbustos.
Os arbustos são aqueles vegetais com tronco fino e resistente que se divide
em ramos, a partir do chão. Esses vegetais não ficam altos.
Agora estamos falando dos campos, que são encontrados, com variações, no
mundo todo: são as pradarias dos Estados Unidos, os pampas do Rio Grande do
Sul e da Argentina, as estepes da Rússia, as savanas da África, os campos da Aus-
trália e os cerrados de toda a região central do Brasil, como representa o mapa.

Mapa-múndi
com destaque
para as regiões
dos campos

Nos Estados Unidos, entre árvores como acácias, ipês e arbustos, circulam livre-
mente búfalos, bisões, coiotes e raposas. Na Austrália, há cangurus; no Brasil,
temos tatus e tamanduás; e na África encontramos leões, girafas, zebras, hienas,
avestruzes, rinocerontes e muitos elefantes.
São numerosos os pássaros e os insetos voadores. Nas árvores vivem alguns
macacos e, no solo, encontramos muitas formigas e cupins.
O solo dos campos é bastante profundo, rico em minerais, e acumula água
nas suas profundezas. Cavando-se um poço, pode-se encontrar água a vinte
metros de profundidade.
Nos campos africanos, chamados de savanas, podemos encontrar muitos
mamíferos corredores, entre eles o guepardo, ou chita. Ele é o animal mais veloz
do mundo, capaz de atingir 110 quilômetros por hora. O guepardo caça durante
o dia, perseguindo animais que consegue derrubar com uma única patada, como
é o caso das gazelas.

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Figura 7

Hora da revisão
• As florestas são ambientes úmidos, com temperatura favorável para o desen-
volvimento dos seres vivos.

• Existem três tipos de florestas: as tropicais, as temperadas e as florestas de


coníferas.

• As florestas tropicais são quentes e muito úmidas; elas contêm a maior bio-
diversidade do planeta.

• As árvores das florestas temperadas perdem suas folhas no outono, quando


os pássaros migram para lugares mais quentes.

• As florestas de coníferas têm pouca variedade de seres vivos; nelas, o inverno


é bem frio.

• Campos são lugares com período de seca e com vegetação mais baixa e espa-
lhada do que as florestas. Neles vivem grandes animais corredores.

• Em todo o mundo, muitos campos e florestas estão sendo destruídos pelo ser
humano.

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Cite duas características dos campos que facilitam a vida dos guepardos.

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140 | Aul a 2 2

7. Complete os quadrinhos assinalando as características de cada floresta:

temperatura umidade estações do ano

Alta ( ) Úmida ( ) São bem marcadas ( )


floresta
Moderada ( ) Seca ( ) Quase não são
tropical
Baixa ( ) Muito úmida ( ) percebidas ( )

Alta ( ) Úmida ( ) São bem marcadas ( )


floresta
Moderada ( ) Seca ( ) Quase não são
temperada
Baixa ( ) Muito úmida ( ) percebidas ( )

floresta Alta ( ) Úmida ( ) São bem marcadas ( )


de Moderada ( ) Seca ( ) Quase não são
coníferas Baixa ( ) Muito úmida ( ) percebidas ( )

8. Observando suas respostas na Atividade 7, considere a seguinte afirmação:


Quanto maiores a temperatura e a umidade, maior é a variedade de seres
vivos. Você concorda ou discorda disso? No que você se baseia para concor-
dar ou não?

9. Os povos da floresta vivem ao lado de plantas e de animais há milhares de


anos. Eles sabem muito sobre as coisas da floresta. Caçam animais e recolhem
sementes, raízes e frutos para se alimentar. Também conhecem as plantas que
servem para tratar ferimentos, para curar dores de estômago e várias outras
doenças. Esses povos obtêm o que precisam da floresta sem causar estragos.
Por que você acha que isso acontece?

10. Nas pradarias dos Estados Unidos, habitat natural de bisões e veados, há mais
de 150 anos as terras começaram a ser substituídas por plantações, na cha-
mada “Conquista do Oeste”. Esse ambiente oferece “facilidades” que permi-
tiram sua rápida transformação em terras cultivadas para fornecer alimenta-
ção para os seres humanos. Que facilidades são essas?

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A vida Aula 23
vencendo desafios

Os dois relatos que você vai ler agora se originaram de viagens a lugares bem diferentes.
O primeiro texto relata uma passagem de Eduardo pelo Deserto do Saara, que ocupa uma
grande porção da África. No segundo texto, a viagem foi feita para a Antártica, o continente
gelado onde fica o Polo Sul da Terra.

Deserto do Saara
Oito milhões de quilômetros quadrados. Este é los, a travessia do deserto foi extremamente dura
o tamanho do Deserto do Saara. Uma área tão e longa...
imensa quanto o Brasil, totalmente deserta, Muita gente que não conhece o Saara imagina
vazia. Aliás, seu nome Saara deriva de uma pala- que um oásis é um pequeno lago rodeado de pal-
vra árabe que significa exatamente “deserto” ou meiras. Na verdade, é muito mais que isso. Um
“área vazia”. oásis pode ter dezenas de quilômetros de exten-
A noite chega lentamente ao Deserto do são e ficar sem água durante parte do ano.
Saara. O Sol desce por trás das dunas no hori- Mesmo assim, um aglomerado de palmei-
zonte, e as primeiras estrelas começam a apare- ras com sombra é uma boa visão, especialmente
cer. Rapidamente a temperatura cai e o vento depois de vários dias com apenas um mesmo
gelado começa a soprar. É hora de parar, tirar a horizonte monótono...
poeira do corpo e preparar o acampamento. O Muitos comerciantes se estabelecem ao longo
dia, como todos os outros, tinha sido de muito dos vários poços que compõem o oásis. Às vezes,
trabalho. esses estabelecimentos acabam formando pequenas
Vez por outra, avistávamos outros veícu- cidades. Raramente a água é encontrada em abun-
los no horizonte, bem distante, rumando para dância, formando lagos. Ela se encontra a gran-
o mesmo destino. A água era carregada em qua- des profundidades, tem de ser conquistada balde
tro galões de 20 litros. Não havia a menor comu- a balde e economizada nos períodos de seca.
nicação pelo rádio do carro... Nos orientávamos Para os povos do deserto, a água chega a pare-
principalmente pela bússola. Mesmo com came- cer sagrada, de tão essencial e preciosa que ela é.

Revista Horizonte Geográfico – ano 4 – no 17

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Viagem à Antártica desembaraçar os cabos de amarração que ficaram


grudados em blocos de gelo flutuantes.
Chegamos à Antártica em meio a um nevoeiro Por causa do mau tempo, ficamos retidos
que já durava dois dias. Os primeiros icebergs e na Baía Dorian por dez dias. Ventava muito, e
as primeiras terras geladas só foram avistados a neve cobria os barcos. A atenção com a segu-
quando o nevoeiro se abriu. Os companhei- rança do barco era constante, pois tudo depen-
ros que não conheciam o continente ficaram dia dos cabos de amarração, que precisavam ser
extasiados diante da grandiosidade daquele mudados e ajustados. Nos revezávamos para bus-
mundo branco. car água doce nas geleiras a qual era trazida em
Apesar das dificuldades que passamos na base baldes em barcos infláveis...
chilena, acabamos rindo de uma foca-leopardo
que perseguia o bote em que Eduardo tentava Revista Horizonte Geográfico – ano 4 – no 15

Atividades
Faça no seu caderno.
1. O que ocorreu de engraçado com Eduardo, em sua viagem à Antártica?

2. O que é um oásis?

3. Os lugares descritos nos textos são muito diferentes, mas você percebeu algo em
comum nas condições das duas viagens? Os viajantes foram descuidados?

Aprofundando
Podemos notar que os ambientes descritos são praticamente opostos. Ao mesmo
tempo, em ambos a sobrevivência é extremamente difícil e a água para beber é
um bem precioso.

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ci ên ci as | 143

Nos desertos, há luz solar intensa, a temperatura é muito alta durante o dia e as
noites são bem frias. Ocorrem poucas chuvas, pois os ventos são secos e a umi-
dade do ar é rara.
A maioria dos desertos situa-se nas proximidades dos trópicos de Câncer ou
de Capricórnio. Pela ação devastadora do homem, as regiões desérticas estão se
expandindo e invadindo outros ambientes, como florestas e campos.
Nas regiões geladas em torno do Polo Sul e do Polo Norte, a maior dificul-
dade é o frio. O solo permanece sempre coberto de gelo.
Os ambientes terrestres gelados em que existe algum tipo de vida localizam-
-se principalmente em torno do Polo Norte, logo após a “zona de gelo eterno”
– o chamado Ártico, que é um oceano gelado. Na região da Antártica, o conti-
nente gelado onde se encontra o Polo Sul, a vida praticamente só existe perto
do litoral.

Europa Ásia
América
do norte

África Regiões de deserto


América Regiões geladas
do sul
Oceania

4. Observando o mapa, cite os continentes onde encontramos desertos:

5. Cite duas diferenças entre as regiões geladas e as regiões desérticas.

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144 | Aul a 2 3

Atividades
Faça no seu caderno.
6. Cite uma característica que seja comum às duas regiões.

Aprofundando
Os seres vivos que sobrevivem nos polos e nos desertos possuem “adaptações”
muito especiais.
Nos polos e nos desertos, não existem árvores.
Nas regiões geladas do norte, a vegetação mais comum é formada por tapetes
de musgos e liquens. Alguns arbustos anões se espalham nas “fronteiras” com
as florestas temperadas.
Nas regiões geladas existem apenas duas grandes estações: um verão curto, de
três meses, e um longo inverno. As geadas são frequentes. No verão, uma fina
camada derrete, tornando a região muito úmida. No solo gelado aparecem inú-
meros lagos, riachos e brejos. Esse é o tempo que as plantinhas têm para dar flo-
res, frutos e espalhar suas sementes. Essas plantas dormem durante o inverno,
crescendo apenas no verão.

Os liquens não são plantas. Cada tipo de líquen é uma associação de fungos filamentosos e algas
microscópicas. Os liquens sobrevivem a temperaturas de vinte graus Celsius negativos, e supor-
tam ainda mais frio e seca quando ficam “dormentes”.
Os musgos são plantas muito pequenas que dependem bastante de umidade para sobreviver.
Formam extensos “tapetes” verdes sobre as pedras, solos úmidos e troncos de árvores.

Nos desertos, as plantas, quando existem, estão muito espalhadas, isto é, muito
distantes umas das outras.
Há plantas que duram poucas semanas por ano: após as chuvas, as sementes
germinam, dão flores e frutos e morrem.
Outras plantas duram o ano todo. Suas folhas são minúsculas ou, às vezes,
nem existem. Algumas possuem raízes extremamente longas e alcançam água
nas profundidades do solo; muitas acumulam água nos ramos. As plantas mais
comuns nos desertos americanos são parecidas com os cactos da nossa caa-
tinga nordestina.

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ci ên ci as | 145

7. O que há de semelhante entre as vegetações dos polos e dos desertos: exis-


tem nelas árvores, flores e plantas o ano todo?

Os animais das regiões que estudamos também sobrevivem graças a algumas


adaptações, principalmente para vencer a temperatura.

Os animais do gelo
Apesar do frio, nem os pinguins da
Antártica nem os bois-almiscarados
do Ártico correm o risco de morrer
congelados. Como outros animais
que vivem no gelo, eles tiram pro-
veito do seu sangue quente.

Nos animais de sangue quente, o corpo mantém uma


temperatura constante, cerca de 37ºC. Todos os mamí-
feros e aves são animais de sangue quente, inclusive os
que vivem em clima tropical. São os chamados animais
endotérmicos. No caso de todos os outros animais do
planeta, o corpo adquire a temperatura do ambiente
exter­n o; quando a temperatura desce a menos de
Figura 1 – Boi-almiscarado
5ºC ou sobe a mais de 42ºC, eles se tornam inativos.

O sangue quente, por si só, não assegura a sobrevivência no frio. O próprio


homem é muito frágil: nu, a uma temperatura de l8ºC negativos, morreria con-
gelado em poucos minutos. Mas o homem consegue sobreviver em temperatu-
ras muito mais baixas utilizando roupas grossas e construções adequadas.
Alguns animais possuem uma camada de gordura
logo abaixo do couro; além disso, esse couro pode ser
recoberto por uma camada de pêlos ou de penas. É
o caso dos pinguins, aves que podem nadar durante
horas no inverno.
O cão husky pode dormir confortavelmente ao
relento, com a neve cobrindo o seu corpo, e o urso-
-branco polar consegue se manter ativo o ano todo.
Esquilos e ursos-marrons passam os dias do
inverno sem fazer nada, próximos uns dos outros,
dentro de seus esconderijos ou tocas. Eles se alimen- Figura 2: Husky
siberiano
tam da sua própria gordura, acumulada no outono.

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146 | Aul a 2 3

As aves do Ártico adotam um mecanismo de adaptação fantástico: a migração.


Quando chega o inverno, seguem para a África do Sul, para a América do Sul
ou para o Havaí, onde o calor é maior. A andorinha-do-mar dá meia volta ao
mundo, pousando na Antártica; quando chega o inverno antártico, ela volta
para o Ártico.
Na Antártica não há mamíferos terrestres. Os mamíferos aquáticos, como
focas, leões-marinhos e baleias, sobrevivem nas águas geladas do inverno pro-
tegidos pelas camadas de gordura que têm sob a pele, assim como os pinguins.
Outras aves migram para regiões ao norte.
Alguns animais que não são endotérmicos – peixes, por exemplo – conse-
guem sobreviver nos polos. Isso é possível porque a água do mar nunca se con-
gela completamente.

Os animais do deserto
No deserto também há vida. Muitos animais conseguem se adaptar a esse
ambiente, mas é difícil vê-los: são aranhas, felinos, ratos, morcegos, aves e rapo-
sas que, nos longos períodos de seca dos vários desertos do mundo, chegam a se
alimentar de caules de plantas, raízes e sementes.
Alguns insetos só aparecem nos curtos períodos de chuvas de verão, alimen-
tando-se das plantas que também ressurgem nessa época.
Lagartos e cobras, mesmo possuindo uma cobertura corporal que impede o
seu ressecamento, também se protegem do calor. Como são animais ectotér-
micos (a temperatura corporal varia de acordo com a temperatura externa), nas
horas mais quentes do dia eles ficam imóveis em alguma sombra, protegendo-
se do calor.
Muitas aves também migram. Elas se reproduzem quando o clima é mais
ameno e se retiram no auge da seca.
Há muitos roedores que se alimentam das sementes deixadas no chão pelas
plantas. O mais notável deles, o rato-canguru, quase nunca bebe água e rara-
mente urina. Suas fezes são extremamente secas. Ele consegue sobreviver per-
manecendo em uma toca subterrânea durante o dia, só saindo à noite, para se
alimentar. Quando a temperatura do ambiente aumenta muito, ele adormece,
depois de passar em todo o corpo sua saliva impermeável.
Quando chega a estação seca, alguns sapos cavam tocas fundas no chão e aí
ficam em estado de torpor por oito ou dez meses. Assim como o rato-canguru,
seu comportamento é semelhante à hibernação no gelo.
O camelo, o animal mais conhecido do deserto, consegue viajar comodamente
por longos períodos sem beber água ou se alimentar. Possui várias adaptações
para evitar a perda de água: urina muito pouco, não ofega nem respira rapida-
mente. E consegue distribuir muita água pelo corpo, em pouco tempo: chega a
beber trinta litros de água em apenas dez minutos!

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Hora da revisão
• Os desertos e as regiões geladas são ambientes em que a sobrevivência é muito
difícil: os seres vivos dessas regiões possuem muitas adaptações.

• Nos desertos e nas regiões geladas não há árvores; algumas plantas só dão flo-
res, frutos e sementes no verão.

• Até mesmo os animais endotérmicos possuem adaptações para viver nos


polos: camadas de gordura sob o couro, hábitos de repouso, hibernação,
migração.

• Várias são as adaptações dos animais dos desertos: escondem-se nas horas
ou nos dias mais quentes, alimentam-se só de sementes e plantas ressecadas,
possuem cobertura protetora para o corpo, bebem pouca água, urinam muito
pouco e reproduzem-se quando o clima está ameno.

Atividades
Faça no seu caderno.
8. Qual é a explicação que se pode dar para o fato de não haver musgos nos
desertos?

9. Qual é a vantagem de as sementes aguentarem altas temperaturas nos deser-


tos e baixas temperaturas nas regiões geladas?

10. No boi-almiscarado, animal endotérmico, desenvolve-se uma segunda camada


de pelos antes da chegada do inverno. Qual é a vantagem desse fenômeno?

11. Releia o texto e descreva a relação entre alguns insetos e plantas do deserto.

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Aula 24
A vida nas cidades

Chuvas podem colaborar para aumentar


casos de leptospirose no Paraná

Algumas regiões do Paraná se preparam para


enfrentar as doenças que ocorrem nos períodos
de chuvas. Uma delas é a leptospirose, uma zoo-
nose causada pela bactéria Leptospira interrogans,
presente na urina de ratos, que com as chuvas
se mistura à água de valetas, lagoas e enchen-
tes. Embora 90% dos casos tenham uma evolu-
ção benigna, a doença pode levar à morte se não
for bem tratada. Em 2006 foram confirmados 238
casos, com 25 mortes em todo o estado. As auto-
ridades de Saúde alertam que, com alguns cuida- A bactéria pode penetrar no corpo humano atra-
dos e prestando atenção em pequenas ações pre- vés de pequenos ferimentos na pele, ou por meio
ventivas, é possível evitar grandes transtornos. de um contato de longo tempo com a água.

Observamos no texto dois grandes problemas que ocorrem nas cidades: inundações e presença de
ratos. Nesta aula, vamos estudar esses problemas, procurando descobrir algumas de suas causas.

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Viver nas cidades traz muitos benefícios, muitas facilidades, mas também mui-
tos problemas para as pessoas. Liste outros problemas (além daqueles apon-
tados no texto) que você acha que podem surgir quando se constroem cida-
des sem planejamento.

2. Por que têm ocorrido tantas enchentes nas cidades nos últimos anos?

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Na natureza, a água das chuvas penetra no solo. Como ele é composto por terra, pedras, raízes
de plantas, seres vivos, etc., normalmente, ele é permeável à água, que penetra e não se acumula
em grandes poças. Com isso, não é comum a ocorrência de inundações em regiões naturais. A
água que penetra no solo forma os lençóis de água subterrâneos, que depois sobem à superfície,
formando rios e riachos.
Os solos das cidades dificilmente são de terra e pedras. Eles possuem uma cobertura de asfalto.

3. O que acontece com a água das chuvas nas ruas e avenidas cobertas por
asfalto?

4. Para acabar com as enchentes, algumas pessoas dizem que é importante plan-
tar árvores, principalmente nas margens dos rios. Converse com seus colegas
sobre a importância das plantas nas grandes cidades, e escreva as conclusões
a que vocês chegaram.

Nos mais diversos ambientes, percebemos que alguns animais se alimentam de plantas, e outros
se alimentam de outros animais. Plantas produzem seu próprio alimento. Portanto, podemos
observar que os animais dependem de plantas e uns dos outros.

Observe estes exemplos:


a) Frutos Pássaros Gato
b) Capim Preá Jaguatirica
c) Restos de comida Barata Lagartixa Gavião
d) Papéis e tecidos Traça Aranha Lagartixa
e) Algas Sardinha Golfinho
f) Madeira Cupins Tamanduá Onça
g) Restos de comida Rato Gato

5. Quais desses exemplos de relações podem ocorrer nas cidades?

6. Nos exemplos c) e g), o que pode acontecer se aumentar a quantidade de res-


tos de comida disponíveis?

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150 | Aul a 2 4

Aprofundando
Nos ambientes naturais, existe um controle do número de animais. Quando as
pessoas invadem esses ambientes, fazendo queimadas ou derrubando árvores
para construir no local, elas desequilibram todo o ambiente. Alguns animais se
mudam, muitos morrem, e existem aqueles que permanecem no local, mesmo
sem as condições iniciais.
Mas, nas cidades, alguns animais encontraram condições ideais para sua sobre-
vivência: grande quantidade de alimento, abrigo, ausência ou diminuição de
outros animais que os caçam, etc.
Imagine, na natureza, uma revoada de cupins. É uma festa para aves, taman-
duás, macacos e morcegos. Os cupins que sobram são suficientes para manter o
número de indivíduos da população. No campo, os cupins se alimentam de tocos
e galhos de árvores. Nas cidades, apenas as aves e uns poucos morcegos comem os
cupins; com isso, a quantidade desses insetos aumentou muito. Além disso, para
os cupins, não faz a menor diferença se a árvore está na sua forma natural ou foi
transformada em mesa, viga ou casa. Eles devoram tudo e se tornam praga.
Outros animais também se deram bem na cidade, como a barata, por exem-
plo. Esse inseto é tão antigo (apareceu há cerca de duzentos milhões de anos!) e
continua igualzinho, ou seja, parece que se deu muito bem! Na cidade, as baratas
adoram esgotos, muito lixo e escuridão. Gostam de “passear” pelo lixo e pelos
nossos alimentos, contaminando-os.
Os camundongos e ratazanas infestaram as cidades, pois comem qualquer
coisa em grande quantidade e se reproduzem em velocidade espantosa. Moram
em locais muito “confortáveis”, como porões de casas, esgotos, bueiros. E a prin-
cipal vantagem: são poucos os animais que se alimentam desses seres. O resul-
tado é a infestação descontrolada. As ratazanas são muito perigosas, pois são
agressivas e costumam morder, transmitindo a raiva. Camundongos são mais
pacíficos, mas não menos problemáticos. Nos pelos deles e nos das ratazanas,
existem pulgas que podem transmitir doenças, como a peste. E, como já disse-
mos, a urina dos ratos transmite a leptospirose: em casos de inundação, a urina
se espalha, infestando as pessoas.
Os pernilongos também
encontram situações bem favo-
ráveis à sua proliferação: águas
estagnadas em poças, vasos e até
mesmo em águas correntes de
rios. Com isso, se reproduzem
muito rapidamente. As fêmeas
picam as pessoas e podem trans-
mitir doenças como dengue, febre
amarela e malária.
Felizmente, existem outros
animais que também se adap-
taram às cidades e não são tão
horríveis assim... A lagartixa, que
Figura 1: Aranha se alimentando de um inseto
que ficou preso em sua teia.

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ci ên ci as | 151

pode assustar algumas pessoas, é um animal muito útil ao ambiente: ela se ali-
menta de insetos e ajuda a controlar o número deles.
As aranhas, tão temidas, nem sempre são perigosas e também capturam insetos
para se alimentar. Além das aranhas, há outros bichos, como os escorpiões e as
lacraias, que também se alimentam de insetos e ficam escondidos em entulhos
esquecidos no fundo do quintal.
Outros animais vivem em vasos e pequenos canteiros, alimentando-se de res-
tos de animais e plantas mortos. É o caso dos tatuzinhos, dos piolhos-de-cobra
(que não são nem piolhos, nem de cobra) e das minhocas, que reciclam os mate-
riais do ambiente.
Os morcegos, animais que dão calafrio em muita gente, na verdade são seres
pacíficos na sua maioria. Existem diversos tipos de morcegos que se alimentam
principalmente de frutas e insetos.
O famoso morcego que suga sangue de animais quase não é encontrado nas
cidades, pois prefere sangue de cavalos, bois e vacas que vivem no campo e quase
não se movimentam à noite.
Algumas aves se adaptaram tão bem à cidade que até esquecemos de seus
hábitos naturais. É o que acontece com pombos, pardais, tico-ticos, bem-
te-vis, chupins, andorinhas e urubus. Essas aves comem o que estiver à sua
frente, desde sementes, frutos e insetos até pipoca, salgadinhos, pão, arroz,
biscoito, salame, pedaços de frango... São ótimas para aproveitar tudo que
nós desperdiçamos. Mas cuidado, pois os pombos podem transmitir doenças.

Figura 2: Ninho
de pássaro no alto
de um poste

Aliás, é esse o grande problema das cidades: lixo! Você já reparou na quantidade de coisas que
jogamos fora? Mas esse é assunto para outra aula.
Por enquanto, o importante é você reparar nos animais que estão à sua volta e saber que
muitos deles podem conviver conosco sem causar problema algum, muitas vezes até ajudando.
Às vezes, a ajuda é a simples alegria que podem nos dar. Quem não gosta de ouvir o canto de
algumas aves perto de casa? De ver borboletas sugando o néctar das flores? Será que podemos
atrair esses animais e afastar aqueles que se tornaram praga?

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152 | Aul a 2 4

Ainda temos muito a observar na natureza e, principalmente, muito a aprender com ela!
Se imitássemos o equilíbrio da natureza, mesmo os ambientes das cidades poderiam nos pro-
porcionar uma vida com qualidade.

Hora da revisão
• As cidades, por serem construídas sem planejamento, causam grande dese-
quilíbrio ao ambiente.

• A impermeabilização do solo pelo asfalto não permite que a água penetre,


formando poças, e, no caso de chuvas fortes, causando inundações.

• Na natureza, os seres vivos dependem uns dos outros para sobreviver; alguns
animais comem plantas, e outros comem outros animais.

• Se a quantidade de plantas ou animais de determinado ambiente for alterada,


isso afetará as populações de outros seres que dependem deles.

• Muitos animais tiram proveito do desequilíbrio das cidades, que lhes ofe-
recem alimento em abundância, abrigo e ausência de caçadores.

• Muitos animais podem se tornar praga para o homem, pois aumentam em


grande quantidade devido a condições propícias de sobrevivência.

• O desperdício de alimentos e o acúmulo de lixo por toda parte são dois gran-
des problemas das cidades, gerando ambiente propício à proliferação de ani-
mais indesejáveis.

• Podemos modificar as condições do ambiente das cidades para atrair seres


que não causem problemas a ele.

Atividades
Faça no seu caderno.
7. Plantar árvores nas cidades é importante para diminuir enchentes. Explique
a afirmação.

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8. Dê dois exemplos da dependência de alguns animais em relação a outros, em


termos de alimentação.

9. Observe os exemplos:
a) goiabeira mosca-das-frutas sanhaço

b) sobras de comida pombos gato

O que aconteceria se fossem mortos os sanhaços em a) e se aumentasse a


quantidade de sobras de comida em b)?

10. Complete as colunas:


O que comem? Onde vivem?

Baratas

Lagartixas

Ratos

Aranhas

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Animais caçadores Aula 26
e herbívoros

Aumento de pragas

Muitos animais se alimentam daquilo que o encontradas, são sempre exterminadas. Com a
homem produz. Assim, várias espécies de roe- diminuição ou o desaparecimento das popula-
dores, por exemplo, vivem principalmente de ções de caçadores naturais, o controle é feito
grãos vindos das plantações. No passado, certa- pelo próprio homem. Mas, os métodos huma-
mente, comiam outras plantas. Mas, como a agri- nos são muito menos eficientes que os dos ani-
cultura passou a ocupar cada vez maior espaço, mais, e não conseguem conter o grande aumento
eles tiveram de se limitar aos produtos agríco- de população dos roedores, que acabam se trans-
las. Esses roedores causam grande prejuízo que formando em ‘praga’.
só não são maiores por causa do controle que o Com isso, percebemos que nenhum animal é
homem exerce sobre esses animais e por causa uma praga permanente para os homens: isso só
dos gaviões, dos falcões e das cobras, que são ocorre quando as relações naturais de uma comu-
caçadores naturais dos roedores. nidade são perturbadas a ponto de os predadores
Muitas vezes, por desinformação, o homem da região desaparecerem. Foi o que aconteceu com
tenta eliminar de determinadas regiões esses ini- os roedores, os mais eficazes destruidores de grãos:
migos naturais dos roedores. Os gaviões e falcões o camundongo e o rato doméstico. Originalmente,
sofrem com a perseguição direta e com o enve- esses roedores não existiam no interior brasileiro.
nenamento por agrotóxicos. As cobras, quando Eles foram levados para lá, trazidos da Europa.

Adaptado de Perigo de vida, Carlos C. Alberts, Atual Editora,1989.

O que você pensa sobre os gaviões, as cobras e as onças?


O comportamento desses animais pode parecer muito voraz, se comparado ao nosso modo
de alimentação. Mas esse comportamento é necessário para que eles possam se alimentar. Eles já
nascem com tais instintos para sobreviver. Às vezes, reconhecem a grande distância aquilo que
lhes pode servir de alimento.
Além disso, como vimos no texto, os animais caçadores controlam o número de animais her-
bívoros. Sem esse controle, os herbívoros podem destruir plantações inteiras.

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ci ên ci as | 161

Atividades
Faça no seu caderno.
1. De acordo com o texto, por que os roedores passaram a se alimentar das plantações ?

2. Por que o homem não deve exterminar cobras e gaviões?

3. Todo mundo tem para contar pelo menos um caso de algum animal caçando
outro (ainda que seja uma grande mentira!). Relembre com seus colegas esses casos,
separando o que aconteceu de fato e o que é imaginação. Escreva um desses fatos.

Aprofundando
Certamente, muitos personagens dessas histórias de caçadas são mamíferos car-
nívoros, como o lobo, a raposa, a onça ou a jaguatirica, que se alimentam de
pássaros, roedores, macacos e outros bichos.
Um personagem também muito presente em histórias de caçador é a cobra.
As cobras são muito boas caçadoras, com apurada sensibilidade para perceber
a presença de “comida”, seja pelo movimento dos animais, seja pelo calor de
seus corpos. As cobras se alimentam de invertebrados, peixes, caçam muitos
tipos de aves e também comem sapos, rãs, lagartos, outras cobras e mamíferos
de todo tamanho.
Algumas aves também são excelentes caçadoras. O exemplo mais impres-
sionante é o do gavião. Ele enxerga muito bem e fica à espreita, procurando sua
comida em lugares mais altos, com visão panorâmica. Quando avista um lagarto,
uma pequena ave ou um roedor, mergulha bruscamente no ar, capturando a caça
com suas garras curvas, fortes e afiadas. Alguns gaviões podem capturar peixes e
até bezerrinhos, mas muitas vezes não escapam ao ataque de uma cobra.
Além desses animais de bom tamanho, há muitos outros caçadores. Um exem-
plo muito comum é o sapo. Seus olhos enxergam muito bem os mosquitos que
voam ao seu redor. Com muita rapidez, o sapo põe sua grande língua para fora
e captura o “jantar”. A lagartixa também caça desse modo.

Figura 1: Sapo capturando um mosquito

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162 | Aul a 2 6

Alguns insetos também caçam. O louva-a-deus fica parado, parece uma


pessoa rezando ajoelhada. Quando uma mosca se aproxima, ele crava nela
os espinhos pontudos que possui nas pernas e lhe morde a cabeça.
Muitos passarinhos também comem insetos: é o caso do pica-pau e
das andorinhas.
Todos esses animais são predadores, isto é, animais que procuram e
atacam outros seres vivos para se alimentar. Os animais que são atacados
e mortos são chamados presas.
Existem animais caçadores que são aquáticos. O dourado, um peixe que
vive em rios, nada entre os vegetais aquáticos e engole pequenos peixes.
Figura 2: Louva-a-deus

A anêmona-do-mar é um animal marinho que vive fixado nas pedras.


É muito confundida com flores. Isto acontece porque, quando ela
está “calma”, ou em repouso, abre seus numerosos tentáculos em
forma de flor. Isso, na verdade, é uma armadilha para camarões e
pequenos peixes.
As aranhas também são caçadoras. Muitas constroem teias para
capturar suas vítimas, geralmente insetos desavisados que pousam
nelas. Com isso, acabam enrolados nos fios que as aranhas pro-
duzem. Para se alimentar, elas sugam o corpo dos insetos e deixam o
“esqueleto” vazio, parecendo uma casquinha oca. Figura 3: Anêmona

Atividades
Faça no seu caderno.
4. Preencha o quadro com os animais que apareceram no texto até agora.

Predadores Presas

Há animais predadores que procuram vegetais para se alimentar. São também chamados de
herbívoros.

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ci ên ci as | 163

Aprofundando
Muitos animais herbívoros precisam comer em grandes quantidades, pois, em
geral, os nutrientes das plantas não são muito concentrados. Por isso, para conse-
guir matar a fome, esses herbívoros passam a maior parte do tempo comendo.
É comum que os diferentes tipos de herbívoros se interessem apenas por
alguns tipos de plantas, ou só por algumas de suas partes. Um exemplo interes-
sante dessa variedade acontece entre os roedores.

Roedores são mamíferos que possuem longos dentes na frente da boca. Esses dentes crescem per-
manentemente e vão sendo desgastados enquanto cortam o alimento.

Preá e cutia são roedores que esco-


lhem plantinhas jovens e macias do
mato rasteiro para comer. Outros roe-
dores, como o nosso esquilo caxinguelê
e o castor americano, comem as partes
duras das plantas, como caroços, cascas
ou madeira. Alguns coelhos europeus
cavam túneis subterrâneos para comer
raízes suculentas, como a cenoura. No
Figura 4: A capivara é o maior roedor do mundo.
Brasil vive o maior roedor do mundo, a
capivara, que se alimenta de folhas.
As preferências alimentares entre os mamíferos rumi-
nantes também variam: bois e cavalos pastam capim,
enquanto veados, cabras e carneiros comem folhas de
pequenas árvores. Já as girafas alcançam as folhas de árvo-
res mais altas.
Passarinhos herbívoros comem sementes e frutos. Já
entre os insetos herbívoros há muita variedade de ali-
mentação. O gafanhoto devora folhas de árvores. Sua
boca tem serrinhas que realizam muito bem essa tarefa.
Figura 5: O caxinguelê, um esquilo brasileiro

Outro inseto devastador para as planta-


ções é a lagarta, por exemplo, a taturana.
As taturanas se tornam borboletas ou mari-
posas quando ficam adultas. Sua boca é pare-
cida com a do gafanhoto, conseguindo cor-
tar e mastigar ao mesmo tempo. A borboleta
adulta apenas lambe o líquido açucarado
que se encontra dentro das flores, o néctar.
Já os percevejos e os pulgões perfuram talos
Figura 6: Gafanhoto
de plantas jovens para se alimentar da seiva,
o líquido que “viaja” dentro dos caules.
Alguns pequenos herbívoros são mais “tranquilos”, como o caramujo e a
lesma. Eles deslizam com o corpo sobre as folhas, raspando-as com sua boca.

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Pode parecer estranho, mas os herbívoros mais numero-


sos do planeta são aquáticos e microscópicos. São peque-
nos animais que vivem na água do mar ou dos rios, e que
se alimentam de algas também microscópicas. O conjunto
desses animais é chamado de plâncton animal ou zooplânc-
ton. A foto de plâncton, ao lado, representa o que se pode
ver com a utilização de lentes de microscópios.
Figura 7: Plâncton visto ao microscópio

Atividades
Faça no seu caderno.
5. Procure, no texto, exemplos de animais herbívoros encontrados na natureza
brasileira.

Alguns animais não são exclusivamente carnívoros ou exclusivamente herbívoros: eles se alimen-
tam de plantas e de outros animais. São os chamados onívoros.

Um exemplo de onívoro é o bicho-preguiça, que se alimenta de frutos, folhas e


pequenos pássaros. Micos e saguis também gostam de frutinhas silvestres, inse-
tos e outros pequenos animais. Alguns pássaros também se alimentam de lagar-
tas e frutinhas.
Assim, aprendemos que há vários tipos de hábitos alimentares entre os ani-
mais, convivendo em equilíbrio nos seus ambientes. Ou seja: os animais vivem
de maneira muito dependente uns dos outros. Quando se interfere na vida de
alguns, outros também sofrem as consequências.

Hora da revisão
• Os animais predadores caçam para se alimentar.

• Existem predadores grandes, pequenos, terrestres e aquáticos.

• Os animais herbívoros precisam comer grande quantidade de vegetais para


se alimentar adequadamente.

• Nem todos os herbívoros comem as mesmas partes das plantas.

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ci ên ci as | 165

• Existem herbívoros grandes, pequenos, terrestres e aquáticos.

• Os animais onívoros se alimentam tanto de vegetais como de outros animais.

• Herbívoros, carnívoros e onívoros de um mesmo ambiente convivem em


equilíbrio.

Atividades
Faça no seu caderno.

6. Por que as árvores sempre atraem passarinhos e insetos?

7. Quais são os predadores de passarinhos no mato? E na cidade?

8. Você é carnívoro, herbívoro ou onívoro? Explique sua resposta.

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Evolução Aula 30
dos seres vivos

Quais dos animais que aparecem nestas figuras você conhece?

Figura 1 b)

1,70 m
a)

tatu glyptodon ser humano

c)

Figura 2
d)

preguiça
1,70 m

megatério
ser humano

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Figura 3 f)

e)

1,70 m
lhama ser humano
macrauchenia

O ser humano serve de elemento de comparação com outros animais. Imaginando-se


um homem de 1,70 m, dá para comparar seu tamanho com o de alguns animais.

Atividades
Faça no seu caderno.
1. Então, quais animais você já conhece?

2. Os animais representados nas figuras estão colocados em duplas (o ser humano


é apenas um elemento de comparação). Com quem eles se parecem mais,
com o animal da mesma dupla ou de outra? Estabeleça a relação entre aque-
les que mais se parecem.

3. Procure informações sobre um dos animais que você conhece. Como se


reproduz? O que come? Onde vive?

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184 | Aul a 3 0

4. Você poderia tentar prever alguns dos hábitos do animal que está ao lado
daquele que você escolheu? Como deveria se reproduzir? De que deveria se
alimentar?

Figura 4

5. Qual o nome do continente que aparece na Figura 4?

6. Esse mapa representa a América do Sul há aproximadamente 15 mil anos.Você


poderia indicar algumas diferenças daquela época em relação ao presente?

7. Que animais representados no mapa você nunca viu?

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Este animal enorme chamava-se Glyp-


todon. Era parecido com os tatus atuais,
mas tinha o tamanho de um fusca! Ele
vivia no sul do continente, em terras da
atual Argentina.

Figura 5: Glyptodon

As macrauquênias se parecem muito com as lhamas que


vivem hoje nos Andes, em países como Chile e Bolívia. Elas
eram muito maiores do que as lhamas atuais. O camelo e o
dromedário também são muito parecidos com elas.

Figura 6: Macrauchenia ou macrauquênia

Os megatérios eram preguiças gigantes que viviam


nas florestas amazônicas. Desapareceram intei-
ramente há cerca de seis mil anos, mas
permanecem até hoje nas lendas dos
povos indígenas da Amazônia.
Entre esses povos, o megaté-
rio era conhecido como mapin-
guari, um monstro gigante, com
um cheiro horrível, que assus-
tava quem dele se aproximasse. Figura 7: Megatherium ou megatério

Aprofundando
Animais extintos e seus fósseis
É muito difícil saber com precisão como
era a vida no passado, milhões de anos
atrás. No entanto, algumas das formas de
vida daquela época deixaram marcas que
Figura 8: Thylacosmilus ou tilacosmilo
foram preservadas até hoje. São os fósseis.
Quem aluga uma casa, por exemplo, muitas vezes conse-
gue imaginar como eram seus antigos habitantes. Estudando
as marcas deixadas por eles, é possível saber como viviam, se
havia quadros na parede, onde ficavam o fogão e a geladeira,
se a televisão tinha antena externa ou não, etc.
Vejamos um fóssil de um animal que viveu na América do
Sul há mais de um milhão de anos, o tigre-de-dentes-de-sabre.
Repare nos dentes do animal. Seus caninos são enormes e se
projetam para fora da boca. O queixo é enorme, projetando-se

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186 | Aul a 3 0

à frente das presas quando a boca está fechada. Sem dúvida, essa é uma forma
interessante de proteger os grandes dentes de choques durante corridas em meio
à mata. Em vez de bater com as presas, que poderiam até se quebrar, o animal
acabava por bater com o queixo, que funcionava como um para-choque.
Não sabemos muito bem por que os animais e as plantas que existiam no pas-
sado desapareceram. Sabemos apenas que as condições do planeta se modifica-
ram muito, ao longo de sua história, e que algumas formas de vida não supor-
taram as mudanças e desapareceram inteiramente. Foram extintas.

Reprodução: fonte da vida


Na aula passada, você aprendeu que na natureza existem diferentes formas de
reprodução. Sempre que dois seres vivos se unem para gerar um terceiro, eles
transmitem a esse novo ser muitas de suas características.
Os filhotes nascem com características que podem ser encontradas nos pais,
mas também podem nascer com características nunca vistas antes. Essas carac-
terísticas “inéditas” são as chamadas mutações.
Assim, a cada geração existem indivíduos que apresentam uma combinação
original das características presentes em seus pais, acrescidas de características
inteiramente novas.
A nectarina é um bom exemplo de característica inteiramente nova que surgiu
numa geração. Isso ocorreu em 1741, na cidade de Londres, quando um certo dr.
Peter Collinson observou um pêssego sem pelos numa das árvores de seu pomar.
Todas as nectarinas que você conhece descendem dessa fruta do dr. Collinson!

A seleção natural
A cada geração existem novos indivíduos que são portadores de conjuntos novos
de características.
Por exemplo, certas plantas podem nascer com a capacidade de suportar o
frio. Certos insetos podem nascer com uma tonalidade verde que se confunda
com o lugar onde vivem. Outros podem nascer com a cor marrom típica das
folhas secas.
Se a temperatura do ambiente baixar, muitas plantas vão morrer, mas não
aquelas que podem suportar o frio.
Elas serão favorecidas; produzirão mais sementes e estarão representadas em
maior número nas gerações seguintes.
Se a temperatura permanecer amena, as plantas devem ganhar viço e perma-
necer verdes. Os insetos verdes podem se esconder dos pássaros mais facilmente,
confundindo-se com o verde das folhas.
Por outro lado, se fizer muito frio, as plantas que não suportarem as baixas
temperaturas terão suas folhas ressecadas e começarão a cair. Os insetos marrons
poderão se esconder dos pássaros usando a mesma estratégia dos insetos verdes,
confundindo-se com o meio em que vivem.
Esse processo que favorece determinados seres vivos em determinadas situa-
ções ambientais foi chamado de seleção natural. Ela pode fazer com que se acu-
mulem novas características nos seres vivos, a ponto de passarem a constituir
novas espécies, diferentes das espécies que habitavam o ambiente no passado.

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Hoje, acreditamos que os atuais tatus, lhamas e preguiças tenham surgido dessa
maneira.
Esse é o processo de evolução biológica, que produziu milhões de diferentes
formas de vida.

Hora da revisão
• Muitas formas de vida do passado se extinguiram.

• Os gliptodontes eram muito parecidos com os tatus atuais, só que mui-


to maiores que estes últimos.

• as lhamas são parecidas com as macrauquênias do passado. Os camelos e


os dromedários também.

• as preguiças têm um parente próximo chamado megatério. ele


desapareceu completamente há cerca de seis mil anos, mas persistiu nos mitos
indígenas, com o nome de mapinguari.

• A reprodução dos seres vivos transmite as características dos pais aos filhos.

• Os filhos nascem com conjuntos novos de características. Não apenas nova-


combinações podem aparecer, mas características inteiramente novas, as cha-
madas mutações.

• Ao longo das gerações, novas características ou conjuntos de características


são favorecidos, de acordo com as condições do ambiente. É a chamada sele-
ção natural.

Atividades
Faça no seu caderno.
8. Como era o continente sul-americano há cerca de 15 mil anos?

9. Como os indígenas da Amazônia sabem que o megatério viveu nas matas da


região há muito tempo?

10. O que é seleção natural?

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Soluções e comentários

Aula 1 – Por dentro da Ciência


1. a) Porque percebeu um cheiro estranho e muito forte.
b) Pegou ferramentas e com a chave de fenda cutucou a válvula do próprio botijão.
c) Porque o botijão, ao invés de soltar fogo, estava cheio de gelo.

Aula 2 – O céu
1. Sol, Lua, cometas, meteoros, estrelas, planetas, estrelas cadentes, etc.
2. E estavam olhando para a direção da faixa Oeste.
3. Olhariam para a direção da faixa Leste.
4. O sol nasce na faixa Leste e se põe na faixa Oeste.
5. Porque, quando a luz atinge diretamente os olhos, não conseguimos enxergar o que vem atrás do foco.
6. Para evitar acidentes. O farol alto ofusca a visão do outro motorista, assim como Júlio e Sueli ficaram sem enxer-
gar com a luz da lanterna nos seus olhos.
7. Não enxergamos as estrelas durante o dia porque a luz forte do Sol ofusca o brilho dos outros astros celestes. Isto
é semelhante ao que acontece com o farol alto em nossos olhos, o que dificulta percebermos o que está à nossa
volta.
8. Sim. Porque eles chegaram ao entardecer, e a Lua alta indica que é tarde da noite.
9. Sol, Lua, estrelas, cometa, planetas, meteoros, estrelas cadentes, etc.
10. N não podemos ver as estrelas durante o dia porque a luz do Sol é tão intensa que ofusca o brilho desses astros. isso
impede que elas sejam vistas.
11. Os antigos explicavam a repetição dos dias e das noites dizendo que a Terra estava parada e que o Sol girava em
torno dela. Segundo essa explicação, à medida que o Sol girasse em torno da Terra, iluminando uma região de
cada vez, os dias e noites iriam se repetindo. atualmente, sabemos que a Terra não está parada: ela realiza um
movimento de rotação em torno de si mesma e leva aproximadamente um dia, ou 24 horas, para completar uma
volta. Desse modo, à medida que a Terra gira em torno de si mesma, uma de suas faces fica iluminada e a outra,
não. assim é que os dias e noites vão se repetindo.
12. A existência dos dias e das noites explica-se pelo movimento de rotação da Terra.
13. Como a Terra tem um movimento de rotação em torno de si mesma, de Oeste para Leste, observamos os astros
girando em sentido contrário, isto é, de Leste para Oeste.

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aula 11 – Testando propriedades do materiais
1.
mateRial Bom CondutoR mau CondutoR
talher de metal X
Colher de pau X
Pedaço de vidro X
Plástico X
Grafite de lápis X
alumínio X
solução de água e sal X
solução de água e vinagre X
Água destilada X
aliança de ouro X
Giz X

2. Cobre, chumbo, estanho e tungstênio.


3. O cobre, pois é mais resistente e precisa de uma temperatura mais elevada para se fundir.
4. estanho se funde facilmente a baixa temperatura.
5. Coluna, pois pertencem à mesma família, têm propriedades parecidas.
6. na última coluna da direita, no grupo zero.
7. Sim. espera-se que o filamento da lâmpada não entre em fusão, pois quando isso acontece ela deixa de
funcionar. O fusível com elemento metálico entra em ação para proteger o circuito elétrico justamente quando
se funde.
8. O ponto de fusão do tungstênio deve ser maior do que o do estanho, pois ele resiste mais ao calor. Por esta razão,
ele é utilizado em filamentos de lâmpadas.
aula 13 – Elementos químicos e substâncias
1. Chumbo, cloreto de sódio, ouro, cloreto de lítio, cobre, alumínio, óxido de alumínio e brometo de potássio.
2. Cloreto de sódio, cloreto de lítio, óxido de alumínio, brometo de potássio.
3. Água, glicose e iodo.
4. Substâncias com metais: chumbo, cloreto de sódio, ouro, cloreto de lítio, cobre, alumínio, óxido de alumínio e
brometo de potássio.
Substâncias sem metais: água destilada e glicose.
as substâncias com metais são boas condutoras de eletricidade.
Já as substâncias que não apresentam metais não são boas condutoras de energia.
5. Resposta pessoal.
6. Resposta pessoal.
7. Resposta pessoal.
8. Resposta pessoal. Deve incluir os fios elétricos.

aula 14 – Pressão atmosférica


1. Usar roupas leves e evitar dormir durante a descida ou a subida da serra.
2. Resposta pessoal.
3. Não.
4. Sim.
5.

6. Sim. Isto acontecerá porque a pressão do lado externo da lata será maior do que a pressão do ar do lado
interno da lata.
7 Menor. Porque a pressão atmosférica diminui à medida que a altitude aumenta.

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aula 15 – as fases da Lua
1. Lua Minguante e Lua Crescente.
2. Possibilidades de respostas: Lua Cheia e/ou Lua nova.
3. Construção pessoal.
4. a Lua demora de sete a oito dias para mudar de fase. Para repetir uma mesma fase, a Lua demora de 28 a 30 dias.
5. Sim. Julho.
6. não. Corresponde à Lua nova.
7. a porção esquerda da Lua. Corresponde ao Quarto Crescente.
8. Totalmente iluminada. Lua Cheia.
9. a porção direita da Lua. Corresponde ao Quarto Minguante.
10. Procure fazer este exercício mesmo que você perca um ou outro dia. Será interessante observar as mudanças na
aparência da Lua com o passar das noites. Depois, você pode comparar suas anotações com um calendário que
informe as fases da Lua no mesmo período em que suas observações foram feitas.
11. a Lua pode ser vista brilhante, aqui da Terra, porque reflete a luz do Sol. Contudo, ela nem sempre pode ser vista
inteira. isso porque, à medida que ela gira em torno da Terra, sua posição no céu vai mudando. Desse modo, com
o passar das noites, vemos diferentes porções de sua superfície iluminadas pela luz do Sol.
12. Para passar de uma fase à outra, a Lua leva cerca de sete a oito dias.
13. Para que se complete um ciclo de fases da Lua, são necessários cerca de 29 dias, ou seja, aproximadamente um mês.
14. a Lua não apresenta condições para a vida que temos na Terra. ela não tem o oxigênio necessário para a nossa res-
piração (não possui nenhum tipo de atmosfera). a temperatura em sua superfície varia de 120oC, durante o dia,
até -150 oC, durante a noite.

aula 16 – Eclipse
1. Porque o eclipse escureceu a luz do Sol e, depois, quando estava acabando, o Sol voltou a aparecer. assim, o galo
entendeu que já era outro dia.
2. Os animais ficaram inquietos.
3. Resposta pessoal.
4. a) na figura 1a.
b) não. Ficará escuro somente na região que corresponde ao posicionamento da Lua, no momento.
c) na figura 1b.
d) não. nesse caso, a Lua fica totalmente escurecida, pois não recebe a luz do Sol.
5. Sim. Em um eclipse total, o Sol é completamente coberto pela Lua. O fenômeno pode ser visto em uma
determinada região do Planeta. .
6. no eclipse solar, a Lua fica entre o Sol e a Terra. no eclipse lunar, é a Terra que está entre a Lua e o Sol.
7. Quando a Lua cobre apenas parte do Sol. numa outra região da Terra.
aula 17 – Estações do ano
1. a) Primavera e inverno.
b) Dormem (hibernam) até a chegada da primavera.
c) Migração.
d) Verão e outono.
2. Resposta pessoal.
3. Resposta pessoal.
4. Resposta pessoal.
5. Resposta pessoal.
6. inverno, verão e outono (sequência de cima para baixo).
7. não. as aves migram procurando regiões quentes para fugir do inverno.
8. no verão, os dias são mais longos e as noites são mais curtas. no inverno, os dias são mais curtos e as noites, mais longas.
9. inverno. Hemisfério norte.

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aula 18 – O sistema solar e seus planetas
1. Sete.
2. além da Terra, podem ser vistos no céu noturno: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
3. não.
4. O planeta anão mais distante do Sol é Éris, que foi descoberto em 2003.
5. Mercúrio e Vênus, durante o dia, apresentam temperaturas extremamente altas em relação à Terra, ou seja, são
muito quentes. Marte, Júpiter, Saturno, Urano e netuno apresentam temperaturas muito baixas em relação à Terra,
ou seja, são muito frios.
6. Mercúrio não tem atmosfera; Vênus e Marte têm atmosfera rica em gás carbônico. Júpiter, Saturno, Urano e netuno
têm atmosfera formada por gases que são tóxicos para nós. Já a atmosfera da Terra é formada por gases como oxi-
gênio, gás carbônico, nitrogênio, entre outros.
7.

L V e n U S a S M
U M a R T e B a e
a C U R a n O T R
T e R R a e D U C
i J U P i T e R U
M O P S U U S n R
n Z F O L n n O i
P G T L H O a X O

8.

1. mercúrio 2. vênus 3. terra 4. marte

6. saturno 7. urano 8. netuno


5. júpiter

9. Dentre as diferenças, podemos citar o tamanho, o tempo que eles levam para completar uma volta em torno do
Sol, a massa, a atmosfera e a temperatura (embora alguns tenham temperaturas bastante semelhantes). a princi-
pal semelhança é que todos eles são formados dos mesmos materiais ou substâncias.
10. O Sol ilumina todos os astros do sistema solar, inclusive os planetas. Os planetas, por sua vez, refletem a luz solar
em todas as direções, de modo que boa parte dessa luz refletida chega até nós. assim, podemos vê-los brilhantes
daqui da Terra.
11. aproximadamente 80 anos.

aula 19 – Rios e lagos


1. ilha Bela estava infestada por insetos conhecidos como borrachudos.
2. Resposta pessoal.
3. Resposta pessoal.
4. Os pitus ficariam envenenados e poderiam morrer.
5. Pode acontecer de nem todas as larvas terem sido atingidas pelo inseticida. Dessa forma, os borrachudos prolife-
rariam novamente.
6. as larvas dos borrachudos têm vida aquática, enquanto os borrachudos adultos vivem fora da água.
7. Porque esses rios são formados pela junção de vários córregos e riozinhos que desceram de montanhas e regiões
mais altas. nesse caminho, as águas desgastaram as margens, retirando partículas de terra e pedrinhas que ficam
misturadas ao rio e lhe dão a cor barrenta.

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Aula 21 – O mar
1. O ambiente da figura 2 apresenta: rochas, peixe, estrela do mar, algas e corais.
2. Sim. Estrela-do-mar, peixes e corais.
3. Na figura 3a, os corais estão com os tentáculos fechados. Na figura 3b, os tentáculos estão abertos.
4. Porque possuem estruturas que se movimentam em busca de alimento.
5. Um tubarão. Porque a sardinha se alimenta de plâncton e não de camarões e peixes.
6. Podemos citar alta luminosidade, calor e bastante alimento (plâncton). Podemos encontrar corais, plâncton e
garoupa, por exemplo.
7. Podemos citar as pressões elevadas, frio, escuridão e escassez de alimento.
8. Alguns peixes se alimentam de plâncton, por exemplo, a sardinha. Outros peixes se alimentam de outros animais,
peixes inclusive. É o caso do tubarão.

Aula 22 – A vida nos ambientes terrestres


1.
CAMPOS FLORESTAS
... Todas Somente a copa das árvores
Diferente:
... Igual No topo = quente
No chão = fresco
... Seco Úmido
... Sim No interior, não
... Poucas Muitas
... Grama, capim Plantas e folhas mortas

2. Porque sem as árvores, o solo fica exposto à ação da chuva e do vento que carregam o solo superficial para outras
áreas. A temperatura ambiente aumentará, e o ar ficará mais seco. Além disso, os restos de animais e vegetais que,
quando mortos, ofereciam matéria orgânica e minerais para o solo, não existirão mais, logo o solo ficará pobre e
será difícil outro vegetal se desenvolver.
3. a) Outono.
b) O desenho deve estar com a árvore verde e com flores.
4. Floresta de coníferas.
5. A massa escura representa o solo dessa floresta, pois é escuro devido à grande quantidade de folhas velhas que
caem. O creme branco simboliza a neve que recobre a floresta durante o inverno.
6. Os campos são planos e têm vegetação rala, o que facilita a movimentação dos guepardos.
7. Floresta tropical: temperatura alta, muito úmida, estações do ano quase não são percebidas.
Floresta temperada: temperatura moderada, úmida, estações do ano são bem marcadas.
Floresta de coníferas: temperatura baixa, úmida, estações do ano são bem marcadas.
8. Você deve concordar, pois nas florestas tropicais a variedade é maior que nas florestas temperadas, e estas têm mais
variedade do que as florestas de coníferas. Pela resposta da Atividade 1, pode-se observar também que a tempe­
ratura é mais alta nas florestas tropicais, menor nas florestas temperadas e menor ainda nas florestas de coníferas.
Em relação à umidade, as florestas tropicais também são as mais úmidas. A afirmação, portanto, é verdadeira.
9. Resposta pessoal.
10. Árvores baixas e em pouca quantidade e solo rico em minerais, profundo e com água.

Aula 23 – A vida vencendo desafios


1. Ele viu uma foca-leopardo que perseguia o seu bote.
2. É a região do deserto onde podemos encontrar água.
3. A água doce disponível é escassa e de difícil acesso. Sim, deveriam ter levado água para as viagens.
4. Regiões com deserto: América do Sul, África, Ásia, Oceania, América do Norte.
5. Regiões geladas: temperaturas muito baixas (frio) durante todo o tempo e têm pouca insolação.
Regiões desérticas: temperaturas altas durante o dia e baixas durante a noite e luz solar intensa.
6. Os seres vivos que habitam essas regiões possuem adaptações específicas.
7. Não. A vegetação desses ambientes surge apenas nos locais e/ou no período específico em que as condições ambien-
tais são favoráveis.
8. Os musgos são plantas que vivem exclusivamente em lugares úmidos, e os desertos têm pouca umidade.
9. Elas suportam grandes variações climáticas, como os dias quentes nos desertos e o frio intenso das noites nos polos,
podendo germinar em ocasiões mais favoráveis.
10. Ele consegue reter melhor o calor produzido por seu corpo.
11. Alguns insetos só aparecem nos desertos depois de um breve período de chuvas, quando algumas plantas renas­
cem e lhes servem de alimento.

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Aula 24 – A vida nas cidades
1. Resposta pessoal. Possibilidades: aumento da quantidade de resíduos sólidos; desemprego; surgimento e/ou cres-
cimento de favelas; entre outras.
2. Falta de saneamento básico; grande quantidade de resíduos sólidos nos rios e canais; excesso de regiões com asfalto
(impermeabilizando o solo), entre outros aspectos que podem ser citados.
3. A água não infiltra no solo e começa a acumular, causando as enchentes.
4. Resposta pessoal. É importante perceber que as raízes das árvores ajudam a segurar o solo. Sendo assim, quando estão
às margens dos rios, impedem que o solo das margens escorra para dentro da água, o que evita a situação de enchente.
5. a, c, d, g.
6. Aumentará a população de ratos e baratas, principalmente.
7. Solos sem cobertura artificial e com plantas permitem que a água penetre neles e não se acumule. Isso, consequen­
temente, ajuda a evitar enchentes
8. Resposta pessoal. (exemplo: flor borboleta pássaro)
9. Em a) aumentaria o número de moscas-das-frutas, que infestariam muito mais a goiabeira. Em b) aumentaria o
número de pombos e, consequentemente, o de gatos também.
10.
O QUE COMEM? ONDE VIVEM?
Baratas Sobras de comida, papéis, tecidos Esgotos, lixos, casas
Lagartixas Insetos Casas ou outros locais com luz
Ratos Sobras de comida, pequenos animais Porões, tocas subterrâneas
Aranhas Insetos Paredes, debaixo de móveis, em teias

Aula 26 – Animais caçadores e herbívoros


1. Os roedores se alimentam das plantações porque seu alimento natural foi sendo substituído por plantações agrícolas.
2. Porque estes animais se alimentam dos roedores que atacam plantações.
3. Resposta pessoal.
4.
Predadores x Presas
Cobra Pássaros
Gavião Macaco
Lobo Peixes
Raposa Lagarto
Onça Mosquito
Jaguatirica Mosca
Sapo Camarão
Lagartixa
Louva-a-deus
Aranha
Anêmona-do-mar

5. Capivara, gafanhoto, caxinguelê, coelho, lagarta, borboleta, percevejos, pulgões, caramujo e lesma.
6. Porque muitos insetos e passarinhos são herbívoros, alimentando-se dos frutos, sementes, folhas e flores das plantas.
7. São onças, lobos, raposas, cobras e gaviões, no mato. na cidade, gatos e alguns gaviões.
8. em geral, o homem é onívoro, porque come plantas e carne de outros animais. algumas pessoas, porém, são vegetarianas.

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aula 30 – Evolução dos seres vivos
1. Resposta pessoal, mas deve estar entre as seguintes opções: tatu, ser humano, preguiça, lhama, macrauquênia, glyp-
todon e megatério.
2. a e b; c e d; e e f.
3. Resposta pessoal. O ser humano não será considerado resposta correta pois está servindo de elemento de comparação.
4. Resposta pessoal.
5. américa do Sul.
6. Há 15 mil anos este continente não estava dividido em diferentes países, era habitado por seres enormes hoje
extintos e tinha muito mais vulcões em erupção.
7. Resposta pessoal.
8. a resposta deve estar baseada na Figura 2. atualmente há diminuição das áreas ocupadas pelas florestas, conse-
quente expansão das áreas áridas e semi-áridas, além de outros elementos faunísticos.
9. na realidade, eles acreditam que esse animal exista até hoje. Os índios do passado devem tê-lo visto de fato há mais
de seis mil anos, e transmitiram essa informação aos descendentes. assim, mantêm-se lendas como a do mapin-
guari até os dias atuais.
10. É um processo de favorecimento de certas características, ou conjuntos de características de um determinado ser
vivo, de acordo com as condições do ambiente.

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