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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Pagamento de Tributos
O registro da alienação fiduciária justamente porque transfere propriedade condicional não demanda recolhimento
do devido imposto.
Entende-se que o fato gerador no campo do direito tributário é a transferência da propriedade plena, e não aquela
limitada e que a princípio nasce para ser provisória.
Inadimplemento
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Art. 26. Vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e
constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos termos deste
artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, o fiduciante, ou seu
representante legal ou procurador regularmente constituído, será
intimado, a requerimento do fiduciário, pelo oficial do competente
Registro de Imóveis, a satisfazer, no prazo de quinze dias, a prestação
vencida e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros
convencionais, as penalidades e os demais encargos contratuais, os
encargos legais, inclusive tributos, as contribuições condominiais
imputáveis ao imóvel, além das despesas de cobrança e de intimação.
Vencida e não paga no todo ou em parte a dívida, e constituído em mora o devedor fiduciante, a propriedade será
consolidada em nome do fiduciário (regra geral).
Será intimado o devedor a requerimento do credor fiduciário pelo Oficial do Competente Registro de Imóveis, que
determinará ao devedor a satisfação do crédito no prazo de 15 dias acrescidas das parcelas vincendas, além dos
demais consectários legais.
Quando por duas vezes o Oficial de Registro de Imóveis ou de Títulos e Documentos houver procurado o devedor
sem o encontrar, e havendo suspeita de ocultação deverá intimar qualquer pessoa da família ou vizinho de que no
dia útil imediato voltará para intimá-lo na hora que determinar. Nesta matéria aplicam-se subsidiariamente as
normas do CPC, principalmente os artigos 252, 253 e 254 (art. 26, §3º-A da Lei).
Art. 26 [...]
§ 3º-A. Quando, por duas vezes, o oficial de registro de imóveis ou de
registro de títulos e documentos ou o serventuário por eles
credenciado houver procurado o intimando em seu domicílio ou
residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita motivada de
ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta,
qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, retornará ao imóvel, a
fim de efetuar a intimação, na hora que designar, aplicando-se
subsidiariamente o disposto nos arts. 252, 253 e 254 da Lei no 13.105,
de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
Nos condomínios edilícios a intimação poderá ser feita ao funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
correspondência – art. 26, §3º-B desta Lei.
Art. 26.
§ 3º-B. Nos condomínios edilícios ou outras espécies de conjuntos
imobiliários com controle de acesso, a intimação de que trata o § 3o-
A poderá ser feita ao funcionário da portaria responsável pelo
recebimento de correspondência.
Purgada a mora no Registro de Imóveis convalescerá o contrato de alienação fiduciária – art. 26, §5º desta Lei.
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Art. 26. [...]
§ 5º Purgada a mora no Registro de Imóveis, convalescerá o contrato
de alienação fiduciária.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 59
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Qualquer dívida ou obrigação pode ser garantida ou abonada por meio da Alienação Fiduciária em Garantia. É o
que se retira do art. 51 da Lei 10.931/04 (Lei que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações
imobiliárias).
1. Contratação – o art. 22, “caput” da Lei 9.514/97, fala ao definir a Alienação Fiduciária em Garantia de
maneira técnica em contratação da transferência ao credor fiduciário da propriedade resolúvel do imóvel.
O termo contratação é preciso porque neste momento ainda não há constituição de alienação fiduciária.
Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico
pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata
a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de
coisa imóvel.
2. Constituição – o art. 23 desta Lei deixa claro que somente a partir do registro no competente Registro de
Imóveis é que surge propriedade fiduciária sobre o bem imóvel. O que se registra, portanto, é o contrato
(título registrário), a natureza do registro é, portanto, constitutiva.
Título Registrário
Questão: É preciso o uso de escritura pública? O título registrário é o contrato e costuma-se discutir se ele precisa
ser formalizado por meio de escritura pública, surgiram então 02 entendimentos:
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CARREIRAS JURÍDICAS
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O entendimento majoritário é no sentido de que se o contrato tiver em corpo único o próprio negócio imobiliário
e a constituição da Alienação Fiduciária em Garantia haveria então dispensa da escritura pública (Luiz Guilherme
Loureiro, Martha El Debis). O professor Ralpho é favorável a este entendimento.
A corrente minoritária interpreta o art. 38 da Lei 9.514/97 que menciona os atos e contratos referidos nesta lei.
Assim, a possibilidade de contratar sem escritura pública estaria restrita aos casos em que há efetivo financiamento
– Julgado da 1ª Vara de Registros Públicos – Processo nº 0006136-24.2011.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 58
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
1. Criação de propriedade resolúvel – o primeiro passo é a alienação do imóvel com fins de garantia para o credor
que terá então propriedade resolúvel (condição resolutiva é o pagamento do devedor). O patrimônio está na
propriedade do credor, no caso de inadimplemento basta consolidá-la, sem a necessidade do judiciário.
2. Desdobramento da posse – o devedor fiduciante fica com a posse direta e o credor fiduciário com a indireta.
A alienação fiduciária em garantia encontra-se regulamentada pela Lei 9.514/97 que cuida do sistema financeiro
imobiliário – SFI, o entendimento, entretanto, é de que se trata de um instituto com autonomia, podendo-se
manejar ainda que por pessoas físicas ou jurídicas atuantes fora do sistema do SFI (art. 22, §1º, da Lei 9.514/97).
Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico
pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata
a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de
coisa imóvel.
[...] § 1º A alienação fiduciária poderá ser contratada por pessoa física
ou jurídica, não sendo privativa das entidades que operam no SFI,
podendo ter como objeto, além da propriedade plena:
Cartório
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 57
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
A alienação fiduciária é o negócio jurídico por meio do qual o devedor transfere ao credor a propriedade resolúvel
e a posse indireta de um bem infungível (móvel) ou imóvel para que nele se instale direito real de garantia – art.
1.361, CC e art. 22 da 9.514/97.
1. Criação de propriedade resolúvel – o primeiro passo é a alienação do imóvel com fins de garantia para o
credor que terá então propriedade resolúvel (a condição resolutiva é o pagamento do devedor). O
patrimônio está na propriedade do credor, no caso de inadimplemento basta consolidá-la, sem a
necessidade do judiciário.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 56
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO COLETIVA
USUCAPIÃO COLETIVA
O art. 10 do Estatuto da Cidade, atualmente não fala mais em áreas urbanas com mais de 250 metros quadrados,
também não há menção a população de baixa renda e para os casos em que não é possível identificar os terrenos
ocupados por cada possuidor.
Com a nova redação cogita-se de núcleos urbanos informais existentes sem oposição a mais de 05 anos.
A primeira discussão diz respeito a abolição dos requisitos da baixa renda e da impossibilidade da demarcação de
posses.
O entendimento mais afinado com a realidade “mens legis” vai no sentido que estes dois requisitos fazem parte do
conceito de núcleo urbano informal: população de baixa renda e impossibilidade de demarcação de posse.
A lei modificou os requisitos referentes a extensão da área. Antes se exigia áreas urbanas com mais de 250 metros
quadrados, agora será necessário realizar o cálculo da seguinte forma:
• A área total deverá ser dividida pelo número de possuidores e o resultado tem que ser inferior a 250 metros
quadrados por possuidor.
Exemplo: área de 3000 mil metros quadrados com 70 pessoas = 42,85 metros quadrados por pessoa. Supondo que
dessas 70 pessoas são 11 famílias o resultado seria 272 metros quadrados por pessoa, ou seja, não seria possível
usucapir.
Na usucapião coletiva a participação do Ministério Público é obrigatória por dizer respeito a interesse social coletivo
e de regularização fundiária. Neste caso, o Ministério Público deverá se manifestar pelo mérito.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 55
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO COLETIVA
USUCAPIÃO COLETIVA
Natureza Jurídica
A usucapião coletiva é modalidade de usucapião especial de imóvel urbano, assim regulamentada pelo Estatuto da
Cidade.
A usucapião coletiva formará o que se chama de condomínio especial, porque todos os ocupantes
independentemente da extensão de sua posse se tornará titular de igual fração ideal no registro imobiliário, salvo,
escrito entre todos os envolvidos na posse - art. 10, §3º do Estatuto da Cidade.
Requisitos:
NUI + fazer uma divisão entre área total dividido pelo número de possuidores + 05 anos.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 54
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
O objetivo da providência é verificar se há ações referentes ao imóvel, como por exemplo, outra usucapião, uma
ação possessória, reipersecutória ou ações locatícias, isso serve para verificar se a posse é efetivamente mansa e
pacífica.
4. Justo Título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o
tempo da posse.
O justo título será necessário quando a usucapião pretendida for na modalidade ordinária. A lei passa a falsa
impressão de que o justo título pode ser substituído por outros documentos, o que não é verdadeiro posto que
estes tem por objetivo provar a posse e a sua natureza, como por exemplo, o pagamento de impostos e tributos,
de encargos de notas referentes a benfeitorias realizadas, etc.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 53
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
1. Ata notarial lavrada pelo Tabelião, atestando o tempo de posse do Requerente e seus antecessores,
conforme o caso e suas circunstâncias.
Conteúdo da ata notarial: o Notário narrará os fatos que presenciar, mas sem emitir juízo de valor, por exemplo,
não poderá atestar que a posse é mansa ou pacífica, não vai afirmar que a posse é longeva ou que reúne requisitos
para ser “ad usucapionem”. A análise de tais dados ficará a cargo do Oficial do Registro de Imóveis.
A proposta do professor seria de “aproveitar” a ata notarial no processo judicial se não for possível o deferimento
extrajudicial.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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[...] II - planta e memorial descritivo assinado por profissional
legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade
técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos
titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel
usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes;
São interessados os titulares de direitos reais e outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel
“usucapiente”, e nas matrículas dos imóveis confinantes.
O confinante limita-se a contestar eventual invasão em sua propriedade, não podendo impugnar os demais
requisitos da usucapião. Dentro de toda usucapião existe também uma demanda demarcatória.
Requisitos
A planta e o memorial devem ser assinadas pelo profissional habilitado inscrito no CREA, ou no CAU (Conselho de
Arquitetura e Urbanismo).
De acordo com a lei, as partes que manifestam concordância devem assinar o memorial descritivo. O ideal,
entretanto, é que assinem também a planta, porque este é documento de mais fácil compreensão.
Lembre-se que não é preciso todas as aquiescências neste documento, posto que, se alguma faltar será a pessoa
notificada pelo Registrador para que assim se manifeste. A não manifestação (silêncio) da parte intimada importa
concordância com a usucapião.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 52
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
Questão: Quais modalidades de usucapião são compatíveis com a via administrativa? Em tese, qualquer
modalidade, mas imperativos de ordem prática podem impedir o processamento da usucapião coletiva nesta via,
como por exemplo, a necessidade da participação do MP na usucapião coletiva.
1. Ata notarial lavrada pelo Tabelião, atestando o tempo de posse do Requerente e seus antecessores,
conforme o caso e suas circunstâncias.
Conteúdo da ata notarial: o Notário narrará os fatos que presenciar, mas sem emitir juízo de valor, por exemplo,
não poderá atestar que a posse é mansa ou pacífica, não vai afirmar que a posse é longeva ou que reúne requisitos
para ser “ad usucapionem”. A análise de tais dados ficará a cargo do Oficial do Registro de Imóveis.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 51
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
Pedido Inicial
a) Requisitos:
• O art. 221 refere documentos que servem de título para registro, categoria que não se enquadra a procuração;
• Para evitar um descompasso entre as vias judiciais e extrajudiciais, uma vez que o art. 38 do CPC/73, repetida a
regra no atual art. 105 não exige reconhecimento de firma.
c) Prenotação
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Assim que for apresentado o pedido de usucapião será inscrito no protocolo, portanto, prenotado, embora a
prenotação nos termos do art. 188 da LRP tenha validade de 30 dias, no procedimento administrativo ele se
prolonga até a manifestação de mérito do Oficial, ou até a impugnação (se houver).
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 50
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
A lei 11.977/09 (Minha Casa Minha Vida), “criou” a usucapião administrativa restrita a regulamentação fundiária
de interesse social.
O professor entende que este não foi o grande marco da usucapião administrativa e sim o CPC de 2015, pois foi ele
quem trouxe o art. 216-A da LRP como hipótese de usucapião administrativa geral de qualquer direito real, não
tendo como finalidade apenas a regularização fundiária.
A usucapião administrativa não é uma afronta ao Poder Judiciário, pois não houve desjudicialização de matéria
reservada ao judiciário.
Na nova sistemática processual pretendeu o legislador tornar a usucapião extra ou administrativa na regra,
deixando a judicial como exceção. Basta ver que no CPC/2015 a usucapião é processo comum, não tratado em
minúcias como é a extrajudicial.
Atribuição
O pedido de usucapião administrativa será dirigido ao Cartório de Imóveis (art. 216-A), da Comarca da situação do
imóvel, nesta serventia o pedido será processado e apreciado.
Em São Paulo as normas de serviço preveem uma audiência de conciliação que poderá ser feita pelo registrador.
O art. 1.691 do CC dispõe que o representante legal não pode alienar um bem dos seus representados sem
autorização judicial, no entanto, esta regra não se aplica usucapião extrajudicial, porque não há ato de alienação,
mas apenas o reconhecimento de que os requisitos da usucapião já estão preenchidos.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 49
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
No âmbito trabalhista a reforma trabalhista também visa dar “força” a desjudicialização, que serão apenas
homologados pelo Judiciário Trabalhista.
O CC no art. 5ª, I, parágrafo único, foi um grande marco para a desjudicialização quando tratou da emancipação
voluntária.
A lei 11.441/07 tratou das separações, divórcios, inventários e partilhas extrajudiciais em âmbito absolutamente
extrajudicial, este fato está mantido no CPC atual.
Histórico da Usucapião
O art. 214, §5º da LRP, foi inserido pela lei 10.931/04 e evita o cancelamento do registro por vício do procedimento
quando presentes os requisitos da usucapião. Privilegia-se a aquisição do direito em detrimento de uma norma
procedimental.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 48
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO
1. Pressupostos da Usucapião
USUCAPIÃO (continuação)
• Prazo: 02 anos;
• Cônjuge ou companheiro abandonado permaneça no imóvel usando-o como sua moradia e de sua família;
• Condomínio entre os ex, de modo que o que vai se usucapir são os 50% do que abandonou;
• Até 250 metros quadrados;
• Não pode ter outra propriedade urbana ou rural (usucapiente);
• Usucapião que se adere uma única vez.
A crítica desta modalidade gira em torno da discussão de culpa, pois o juiz terá que julgar o abandono do lar.
A alocação destas atividades para serventias extrajudiciais é apenas uma das modalidades de desjudicialização.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial,
ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis
anos completos;
c. Em matéria de usucapião:
I. Art. 214, §5º, LRP. A lei 11.977/09;
II. Lei da minha casa minha vida, alguns doutrinadores dizem que este foi o grande marco da usucapião
administrativa, no entanto, o professor não entende desta forma, pois esta usucapião ficava limitada a
regularização fundiária de interesse social;
III. CPC/2015 – art. 216-A, LRP, professor entende que este foi o grande marco da usucapião, porque foi o diploma
processual que criou uma usucapião administrativa geral, isto é, aplicável para a aquisição de qualquer direito
imobiliário usucapível.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 47
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO
1. Pressupostos da Usucapião
USUCAPIÃO (continuação)
• Urbana;
• Rural
A prova de que o usucapiende não tenha outro imóvel, é feito por simples declaração, sob pena de responsabilidade
civil e criminal, o ônus de provar que o usucapiende tem imóvel será do usucapido.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 46
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO
1. Pressupostos da Usucapião
USUCAPIÃO (continuação)
a) Usucapião Extraordinária:
• Prazo de 15 anos (se tiver posse-qualificada o prazo será de 10 anos), posse-qualificada é a posse pela
moradia, “pro-misero” ou “pro-labore”;
• Dispensa justo título e boa-fé;
b) Usucapião Ordinária:
• Prazo de 10 anos;
• Justo título – considera-se justo título todo e qualquer documento hábil em tese a transferir a propriedade,
mas que apresenta vício de natureza formal ou substancial que impede o registro. Exemplos: escritura de
compra e venda, formal de partilha, carta de arrematação, promessa de compra e venda, mas todas com
vícios.
• Boa-fé – trata-se da boa-fé prevista no art. 1.201, CC, daquele que ignora o vício na aquisição da posse.
Na usucapião ordinária o prazo será de 05 anos se o imóvel tiver sido adquirido onerosamente e o seu registro
posteriormente cancelado e desde que, o possuidor tenha nele feito sua morada ou realizado investimentos de
interesse social ou econômico – art. 1.242, parágrafo único, CC.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 45
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO
1. Pressupostos da Usucapião
USUCAPIÃO (continuação)
• Bens públicos de acordo com o art. 102 do CC (o critério para saber se o bem é público é a titularidade do
bem nos termos do art. 98, CC);
• Os terrenos de marinha (precisa ser analisado casuisticamente – fazer perícia normalmente);
• As terras devolutas (o fato de o imóvel não ter transcrição ou matrícula não significa que o bem é devoluto).
É preciso que o Estado prove tal condição – precedente REsp. 103255-MT, julgado 10.04.2000.
• Tempo – o transcurso do tempo é fundamental para a estabilização jurídica de diversos institutos, com a
usucapião não é diferente.
• Posse – a posse deve ser mansa e pacífica, significando a ausência de oposição judicial. A posse tem que
ser também contínua.
• “Animus Domini” – tradicionalmente é a intenção de se tornar o dono, é o “animus rem sibi habendi”.
Atualmente entende-se o “animus domini” como comportamento de dono, o que se revela, por exemplo,
por realizações de benfeitorias, pela proteção possessória, pelo pagamento de contas e tributos referentes
ao imóvel, etc. Muda-se o critério de subjetivo para objetivo.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 44
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUCAPIÃO
1. Pressupostos da Usucapião
USUCAPIÃO (continuação)
a) Requisitos subjetivos (ou pessoais) – neste pressuposto analisa-se a figura do possuidor (usucapiente) e do
proprietário (usucapido).
• Usucapiente (possuidor):
o Absolutamente incapaz – o absolutamente incapaz não exerce posse, somente exercerá posse por meio do
seu representante.
o Relativamente incapaz – o relativamente incapaz exerce posse, mas precisa do seu assistente para o
reconhecimento da propriedade (para o procedimento).
• Usucapido (proprietário) – sob o prisma do usucapido é preciso verificar se a prescrição está correndo ou já
correu (arts. 197, 198 e 199 do CC).
1º) Direito real – inicialmente deve-se analisar qual o direito real deve ser usucapido. Exemplo: propriedade,
servidões, usufruto, direito de laje.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
• Bens públicos de acordo com o art. 102 do CC (o critério para saber se o bem é público é a titularidade do bem
nos termos do art. 98, CC);
• Os terrenos de marinha (precisa ser analisado casuisticamente – fazer perícia normalmente);
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 43
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ACESSÃO E USUCAPIÃO
1. Aquisição da Propriedade Imobiliária
ACESSÃO E USUCAPIÃO
b4) Álveo Abandonado – ocorre o abandono de álveo quando um rio seca ou se desvia em razão de fenômeno da
natureza deixando descoberto o leito por onde antes corria. O álveo abandonado pertence aos proprietários
ribeirinhos das duas margens sendo que a sua divisão se fará com base na linha mediana – art. 1.252, CC.
USUCAPIÃO
É uma forma originária de aquisição da propriedade móvel ou imóvel, por meio do exercício prolongado e
ininterrupto da posse, em obediência aos pressupostos legais.
• Moradia – “pro-misero”
• Produtiva – “pro-labore”.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 42
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ACESSÃO E USUCAPIÃO
1. Aquisição da Propriedade Imobiliária
ACESSÃO E USUCAPIÃO
b1) Aluvião – é o acréscimo paulatino de terra às margens de um rio ou de uma corrente com a consequente
aquisição da propriedade por parte do dono do imóvel ao qual aderiram as terras – art. 1.250, CC. Não há
indenização para o desfalcado, isso porque a terra foi adquirida de forma gradual.
b2) Avulsão – é o repentino deslocamento de uma porção de terra em razão de força natural violenta,
desprendendo-se de um prédio e indo se juntar a outro. Nesse caso será lícito ao proprietário do imóvel desfalcado
pedir indenização no prazo decadencial de 01 ano – art. 1.251, CC.
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se
destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a
propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem
indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono
do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se
remova a parte acrescida.
b3) Formação de Ilhas – é o decréscimo do volume de águas acarretando o surgimento de ilhotas em correntes de
rio, que pertencerão aos proprietários dos terrenos ribeirinhos fronteiros – art. 1.249, CC. Esta solução do CC
dificilmente irá se aplicar, pois em face do sistema constitucional brasileiro, grande parte dos rios são de
propriedade pública, portanto, as ilhas formadas também serão de propriedade pública.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou
particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros,
observadas as regras seguintes:
[...]
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 41
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ACESSÃO E USUCAPIÃO
1. Aquisição da Propriedade Imobiliária
ACESSÃO E USUCAPIÃO
A aquisição da propriedade pode ser uma aquisição derivada ou uma aquisição originária.
A aquisição derivada é aquela em que há uma relação entre o proprietário anterior e o novo, existindo, portanto
um lastro sucessivo como acontece na tradição e no registro do título translativo.
A aquisição originária é aquela em que não existe relação entre o proprietário anterior e o novo, portanto, quebra-
se o lastro sucessivo, não havendo necessidade de preocupação com o princípio da continuidade. Exemplos:
usucapião e acessão.
Questão: A execução forçada (hasta pública) é uma forma originária ou derivada de aquisição? O Conselho Superior
da Magistratura de São Paulo entende que é uma forma de aquisição derivada, mas muito embora a aquisição seja
derivada as penhoras do imóvel perdem seu efeito.
Acessão Imobiliária
Acessão é a incorporação a um objeto principal de tudo quanto se lhe adere em volume ou em valor.
Espécies de Acessão
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 40
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
DOAÇÃO
DOAÇÃO (continuação)
O art. 544, CC dispõe que é possível esta doação importando o bem doado em adiantamento de legítima (aquilo
que competiria ao donatário por herança).
É preciso que o donatário leve à colação o bem que foi doado em vida.
O valor dado para fins de colação é o do momento da doação, nos termos do art. 2.004, I, CC, no entanto, o art.
639, parágrafo único do CPC, dispõe que o valor do bem será o do momento da abertura da sucessão.
Cuidado: o art. 2004, I do CC foi tacitamente revogado pelo art. 639, parágrafo único do CPC.
Se o doador quiser fazer a doação de um bem ao seu descendente e dispensá-lo de levar a colação futuramente,
será necessário doar e especificar que o bem está saindo da parte disponível do doador.
Os arts. 2.002 e 2.005 do CC diz que o cálculo da metade disponível deverá ser feito no momento da doação.
f) Doação Inoficiosa
É a doação feita além daquilo que poderia o doador legitimamente deixar por testamento.
Havendo doação inoficiosa a parte que sobejar é nula, mas haverá validade da parte disponível.
Neste caso, deverá ser proposta uma ação de redução, ou seja, ação declaratória de nulidade.
O herdeiro prejudicado pode propor esta ação a qualquer tempo, por se tratar de um caso de nulidade.
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
• Doação do cônjuge adúltero a seu cúmplice – art. 550, CC (o cúmplice não é concubino) – a consequência é a
anulabilidade – o prazo para a propositura da ação é de 02 anos contados da dissolução do casamento.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 39
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
DOAÇÃO
DOAÇÃO (continuação)
b) Doação Modal (ou clausulada, com encargo ou onerosa) – é a doação em que foi colocado um encargo
(elemento acidental do negócio jurídico).
A condição e o termo além de serem elementos acidentais são fatores de eficácia, pois tem o condão de modular
o negócio jurídico.
O encargo não é um fator de eficácia, pois não modula os efeitos do negócio jurídico.
O art. 136, CC dispõe que o encargo não suspende nem a aquisição nem o exercício do direito, portanto, em um
primeiro momento o donatário pode registrar a propriedade em seu nome independente de ter cumprido o
encargo.
Beneficiários do encargo:
• Doador;
• Donatário;
• Terceiro;
• Coletividade.
O doador pode exigir o encargo sempre, quando o encargo beneficiar a coletividade o MP tem legitimidade para
exigir o encargo.
Se o beneficiário for o donatário, o doador pode propor a ação, no entanto, a sentença de procedência servirá como
mero aconselhamento, na prática não será possível a execução da sentença.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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c) Doação feita ao nascituro
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu
representante legal.
O nascituro não é um sujeito de direitos, de acordo com o art. 2º do CC o código adotou a teoria natalista, ou seja,
o nascituro tem expectativa de direito.
O nascimento com vida é condição suspensiva para eficácia plena da doação, se eventualmente for o caso de
natimorto a liberalidade caducará, ou seja, não irá produzir seus efeitos.
Nos termos do art. 542, CC é válida a doação ao nascituro, desde que, aceita pelo representante legal.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 38
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
2. Doação
Conceito: é o contrato em que o doador por liberalidade (“animus donandi”) transfere do seu patrimônio bens ou
vantagens para o patrimônio do donatário.
Exceção ao item 3 e 4 – doação manual: aquela que se faz de bens de pequeno valor, com a imediata tradição, esta
doação é real e informal. Não há um parâmetro para saber o que é um bem de pequeno valor.
Espécies de Doação
a) Doação pura – o doador não impõe nenhuma restrição ou encargo para o donatário, nem elemento incidental
do negócio jurídico. Há a mais completa e pura liberalidade.
Na doação pura poderá o doador fixar um prazo para o donatário manifestar sua concordância, se o donatário
ciente do prazo, não se manifestar presume-se sua aceitação – art. 539, CC.
Em regra, o silêncio não é manifestação de vontade, nem concordância, mas excepcionalmente nos termos do art.
111, CC é possível que isso ocorra em casos quando a lei assim permitir, e o melhor exemplo é o art. 539, CC.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os
usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade
expressa.
Na doação pura se o donatário for absolutamente incapaz é dispensada a sua aceitação, nos termos do art. 543,
CC.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 37
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
1. Compra e Venda
Restrições
a) Venda de ascendentes para descendentes – art. 496, CC.
• Autorização do Cônjuge.
• Prazo para ação de anulação – art. 179, CC.
Quando a lei dispuser que o ato é anulável e não dispuser o prazo, este prazo será de 02 anos decadenciais contados
do ato nos termos do art. 179 do CC.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem
estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos,
a contar da data da conclusão do ato.
No entanto, o STJ entende que o prazo será de 02 anos decadenciais contados a partir da morte do alienante, pois
em tese neste momento haverá a abertura do inventário (REsp 999.921-PR).
A súmula 494 do STF é uma súmula antiga que falava em 20 anos porque no CC/16 não havia um dispositivo como
o art. 179, CC, portanto, não havia outra solução. A súmula não tem mais aplicação, mas continua no código porque
desde a CF/88 o STF não discute mais esta matéria.
Requisitos:
• Condomínio indivisível;
• Preterição do condômino;
• O condômino oferece tanto por tanto (o mesmo valor e a mesma forma de pagamento);
• Depósito judicial do preço em 180 dias.
A sentença é título judicial para fins de registro público, esta ação tem natureza de adjudicação.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 36
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS TRANSLATIVOS
1. Compra e Venda
TÍTULOS TRANSLATIVOS
• Coisa;
• Preço;
• Consenso.
A coisa deve ser existente, a lei aceita a existência potencial da coisa, tal como uma safra futura ou um apartamento
a ser construído – art. 483, CC.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura.
Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo
se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
Além de existente a coisa deve ser corpórea (a “venda” de bens incorpóreos como os créditos é uma cessão),
determinada ou determinável e ainda disponível (a coisa deve estar dentro do comércio jurídico), são assim
inalienáveis:
• Bens gravados com cláusula de inalienabilidade – é uma cláusula relativa porque eventualmente por ser
“derrubada” em juízo, e entrará no bem sub-rogado;
• Bens públicos – os bens dominicais podem ser alienados, observadas as exigências legais – art. 101, CC;
• Bens de família voluntários – art. 1.711 e ss. CC. O bem de família da lei 8.009/90 é um bem de família legal
e este é alienável.
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Restrições à Compra e Venda
A venda assim realizada é anulável, salvo, se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente
houverem consentido.
Vênia conjugal – o parágrafo único do art. 496, CC dispensa a autorização do cônjuge se o regime for o da separação
obrigatória/legal (são os casos do art. 1.641, CC).
Entretanto, para a venda imobiliária o art. 1.647, I, CC determina ser imprescindível a autorização do outro cônjuge
para alienar e gravar de ônus real, e o dispositivo só dispensa a outorga quando o regime for da separação absoluta.
O STF, entretanto, por meio da súmula 377 entende que na separação obrigatória os bens aquestos se comunicam,
o que significa dizer então que na separação legal não existe separação absoluta. Para fins de bens imóveis o
parágrafo único do art. 496, CC é inócuo, ou seja, não será dispensado.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 35
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS TRANSLATIVOS
1. Compra e Venda
TÍTULOS TRANSLATIVOS
• Coisa;
• Preço;
• Consenso.
Preço que deve ser sempre em dinheiro, mas permitido o pagamento por meio de título de crédito, posto que este
ao final será redutível a dinheiro.
O preço deve ser sempre em dinheiro, se o pagamento for em prestação de serviço será enquadrado em contrato
atípico.
É possível pagar um imóvel com título da dívida pública ou por meio de ações de SA? A tendência atual é considerar
estes instrumentos como títulos de crédito e, portanto, servindo como preço.
É possível fixar o preço por taxa de mercado ou de bolsa (art. 486, CC), por referência a índices ou parâmetros (art.
487, CC) ou por arbitramento (art. 485, CC).
O que não se permite é a chamada cláusula potestativa de fixação, de acordo com o art. 489, CC a cláusula será
considerada nula, porque não se permite deixar a fixação do preço ao arbítrio de uma das partes, essa cláusula
representa condição potestativa, o que é vedado pelo sistema.
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Durante a formação do contrato a fixação por uma das partes é válida, isso só não poderá ocorrer futuramente, ou
seja, terminar o contrato sem preço.
O preço vil ou simbólico indica que se está diante de doação, por exemplo, imóvel que vale R$ 200 mil, vendido por
R$ 10 reais. Se o preço for fictício o que se tem é doação simulada.
Se a compra e venda envolvera entrega de bem e pagamento de preço em dinheiro, dependerá do que prepondera.
Se o preço é preponderante o que se tem é compra e venda. Mas se o que prepondera é o objeto o que se tem é
permuta e eventual torna.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 34
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS TRANSLATIVOS
1. Compra e Venda
TÍTULOS TRANSLATIVOS
Deve-se classificar o contrato típico dentro da teoria geral dos contratos, e não dizer simplesmente que se trata de
negócio jurídico.
a) Bilateral ou Sinalagmático – é bilateral porque faz surgir obrigações para ambas as partes (obrigações).
b) Oneroso – porque ambas as partes vão auferir vantagem (vantagens).
c) Consensual – porque a compra e venda se aperfeiçoa com a manifestação de vontade.
d) Não solene – portanto um contrato informal. Em regra, a compra e venda segue a regra geral do artigo 107, CC
e dispensa forma especial para sua validade.
Quando o negócio for imobiliário e gerador de direito real a compra e venda deverá ser formal. Se o imóvel tiver o
valor de 30 vezes o maior salário mínimo vigente no país basta documento particular. Se o valor for igual ou superior
é imprescindível escritura pública – art. 108, CC.
• Coisa;
• Preço;
• Consenso.
O consenso deve ser livre e espontâneo, feito por quem tenha capacidade e legitimação, e manifestado por vontade
séria.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 33
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS TRANSLATIVOS
1. Compra e Venda
TÍTULOS TRANSLATIVOS
• Compra e venda;
• Doação;
• Permuta.
Título translativo porque o direito brasileiro filiou-se ao sistema romano-germânico de transmissão da propriedade.
Trata-se de sistema bifásico em que cria-se primeiro um título que servirá de suporte para a futura transmissão
(esta será a fase de execução do contrato).
Existem alguns contratos chamados de contratos reais, trata-se do contrato que exige para o aperfeiçoamento do
contrato a efetiva entrega do bem, por exemplo, comodato, contrato de depósito manual (bens de pequeno valor),
contrato estimatório e mútuo.
1. Compra e Venda
Conceito
Compra e venda é o contrato em que o vendedor obriga-se a transferir ao comprador a propriedade de certa coisa,
mediante pagamento de determinado preço – art. 481, CC.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 32
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
2. Limitação Espacial
O §1º do art. 1.510-A, CC diz que o direito de laje comtempla o espaço aéreo ou o subsolo dos terrenos públicos
ou privados tomados em projeção vertical, como unidade imobiliária autônoma, mas não contemplando as
demais áreas edificadas ou não pertencentes ao proprietário da construção-base. O espaço decorrente da laje
não pode conflitar com o do proprietário, dono do que a lei chamou de construção-base.
Além disso, o §4º, confirmando o primeiro determina que a instituição do direito real de laje, não implica a
atribuição de fração ideal no terreno ao titular da laje e nem a sua participação proporcional nas áreas já
edificadas.
3. Lajes Sucessivas
O art. 1.510-A, §6º, CC admite direitos de laje sucessivos, ou seja, laje de segundo, terceiro e de outros graus na
medida em que este direito real for instituído sobre outro anterior.
De qualquer forma, como uma laje sucessiva pressupõe uma laje anterior é pressuposto inafastável que haja uma
construção já realizada na laje anterior.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Em outras palavras somente se poderá registrar um direito real de laje de segundo grau se na matrícula da laje
anterior já tiver sido averbada alguma construção. É necessária autorização expressa dos titulares da construção-
base e das demais lajes.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 31
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Condomínio Edilício – há uma corrente absolutamente minoritária que sustenta tratar-se de condomínio edilício.
Assim faz sob o argumento de que se aplicam subsidiariamente as normas do condomínio edilício quanto as
despesas referentes as partes que servem em comum a construção-base e as unidades autônomas, de
condomínio edilício não se trata porque não há titularidade do dono da laje sobre fração do solo. Mais do que
isso: ao dono da laje não é dado utilizar nenhuma das áreas pertencentes ao proprietário.
Direito de propriedade – sustenta-se por fim que a laje é um direito de propriedade. A corrente desdobra-se
entre aqueles que em primeiro lugar propugnam ser uma propriedade plena. Muito embora, o titular da laje
tenha todos os direitos do proprietário (art. 1.228, CC), ele não é dono do solo e nem do espaço aéreo e
subterrâneo correspondente (art. 1.229, CC).
Uma segunda vertente sustenta tratar-se de propriedade, mas superficiária, que seria um novo direito real no
sistema brasileiro, justamente porque o dono da laje tem todos os poderes do proprietário, mas alijado do solo,
isto é, limitado a sua unidade autônoma.
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 30
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
1. Direito de Laje
Conceito: direito de laje é o direito real constituído a partir da cessão por um proprietário da superfície superior
ou inferior da sua construção representando unidade autônoma distinta daquela originalmente construída sobre
o solo.
A grande marca da laje é o fato de formar uma unidade autônoma, ou seja, tem uma matrícula própria.
A cessão da laje é para que haja uma edificação, criando uma unidade autônoma. A unidade autônoma não tem
qualquer titularidade sobre fração do solo, o dono dessa unidade autônoma não terá no solo do proprietário
fração.
Embora seja indubitavelmente um direito real (art. 1.225, XIII, CC), discute-se se a laje é:
• Novo direito real (“sui generis” – não se enquadra em nenhum direito real);
• Uma modalidade de superfície;
• Condomínio edilício; ou
• Direito de propriedade.
Direito de Superfície – a ideia de superfície surge em razão da dicção da lei, que menciona cessão de superfície
tanto na redação atual como naquela dada pela MP 759. Neste caso, a laje seria um direito real de fruição sobre
coisa alheia. A tese não se sustenta porque a cessão não é da superfície do solo, mas da laje sobreposta ou
sotoposta, exigindo-se sempre uma construção base.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 29
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
HIPOTECA
1. Extinção da Hipoteca
HIPOTECA
Perempção:
A hipoteca convencional terá validade máxima de 30 anos, nos termos do art. 1.485 do CC. Poderá dentro desse
prazo ser prorrogada por simples averbações sucessivas desde que, requeridas por ambas as partes. Atingido o
prazo ocorrerá a sua perempção.
1. Extinção da Hipoteca
• Extinção da dívida;
• Perecimento do bem;
• Resolução da propriedade (casos de propriedade resolúvel);
• Renúncia do credor;
• Arrematação/adjudicação.
Ler artigos 1.500 e 1.501, CC. O art. 1.500 se refere a averbação do cancelamento, o art. 1.501 é uma exceção a
extinção da hipoteca por arrematação.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 28
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
HIPOTECA
HIPOTECA
Espécies de Hipoteca:
a) Convencional – quando tiver origem contratual. Neste caso a sua constituição se dá por meio do registro
imobiliário.
b) Legal – quando constituída a hipoteca por meio de lei – art. 1.489, CC. É o que acontece em favor dos filhos
sobre os imóveis do pai ou da mãe que passem as segundas núpcias sem prévia partilha do casamento anterior.
c) Judicial – quando a hipoteca se originar de decisão que condene o réu ao pagamento de prestação em dinheiro
– art. 495, “caput”, CPC. Para que seja oposta perante terceiros demanda registro da sentença (é o título
constitutivo da hipoteca).
Os requisitos para este registro estão nos parágrafos do art. 495, CPC.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo.
§ 2º A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante
apresentação de cópia da sentença perante o cartório de registro
imobiliário, independentemente de ordem judicial, de declaração
expressa do juiz ou de demonstração de urgência.
§ 3º No prazo de até 15 (quinze) dias da data de realização da
hipoteca, a parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a
intimação da outra parte para que tome ciência do ato.
§ 4º A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o
credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao pagamento,
em relação a outros credores, observada a prioridade no registro.
§ 5º Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs o
pagamento de quantia, a parte responderá, independentemente de
culpa, pelos danos que a outra parte tiver sofrido em razão da
constituição da garantia, devendo o valor da indenização ser
liquidado e executado nos próprios autos.
A condenação pode inclusive ser genérica, e mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo.
Pluralidade de Hipotecas:
É possível que se efetivem novas hipotecas sobre o mesmo imóvel já hipotecado, mas desde que, constituídas por
outros títulos – art. 1.476, CC. É o que se chama de subipoteca.
Se o devedor não revelar ao constituir uma nova hipoteca a existência de uma anterior, poderá cometer crime de
estelionato – art. 171, §2º, II, CP.
O credor da primeira hipoteca não fica prejudicado porque em caso de concurso, ele terá direito de preferência.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 27
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
HIPOTECA
HIPOTECA
d) Caráter acessório;
e) Em regra, é solene – art. 108, CC;
f) Confere direito de preferência – tendo direito de preferência o credor hipotecário tem direito de sequela sobre
o bem, assim se este for alienado, ele será transferido ao adquirente com este ônus, desde que, previamente
registrada (sem registro, portanto, o adquirente não sofrerá seus efeitos).
Objeto da Hipoteca:
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 26
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUFRUTO
HIPOTECA
USUFRUTO
Constituição do Usufruto:
c) Usufruto Legal – é o usufruto que decorre de determinação da lei, independentemente da vontade das partes.
O art. 1.689, I do CC diz que o pai e a mãe enquanto no exercício do poder familiar são usufrutuários dos bens dos
filhos menores.
HIPOTECA
Conceito: é o direito real de garantia que tem por objeto bens imóveis, navios ou aeronaves pertencentes ao
devedor ou a terceiro e que ainda que não entregues ao credor asseguram-lhe o recebimento do seu crédito.
Características da Hipoteca:
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 25
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUFRUTO
USUFRUTO
Constituição do Usufruto:
• Convencional;
• Usucapional;
• Legal.
a) Usufruto Convencional – será calcado na vontade das partes e se institui por meio de negócio jurídico,
normalmente o contrato ou testamento. Quando o usufruto recai sobre bem imóvel, a sua constituição exige
registro na serventia imobiliária – art. 167, I da LRP e art. 1.391, CC.
b) Usufruto Usucapional – é usucapional o usufruto que decorre de usucapião, nos termos do próprio art. 1.391,
CC. A observação é importante porque a usucapião é modo originário de aquisição da propriedade e de outros
direitos reais. Sendo assim, sua aquisição não depende do registro porque basta o preenchimento dos requisitos
legais.
Na usucapião é possível ser proprietário sem registro, isso ocorre quando há uma sentença de usucapião que não
foi registrado.
É imprescindível o posterior registro da sentença que reconhece a usucapião do usufruto para que este direito
real possa ser exercido “erga omnes”.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 24
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUFRUTO
USUFRUTO
Características
a) Temporariedade
O usufruto será sempre temporário. Extingue-se com a morte do usufrutuário – art. 1.410, I, CC ou no prazo de 30
anos se instituído em favor de Pessoa Jurídica.
É possível que o usufruto seja vitalício, isto é, instituído para servir ao usufrutuário até a sua morte. Essa
possibilidade não descaracteriza a temporariedade, visto que o direito real não se transmitirá aos herdeiros do
usufrutuário (nosso sistema não prevê usufruto sucessivo ou ambulatorial).
c) Inalienabilidade
O usufruto é inalienável somente se permitindo a cessão de seu exercício a título gratuito ou oneroso – art. 1.393,
CC.
Quando a cessão for a título gratuito o que se tem é comodato e quando oneroso é locação.
d) Impenhorabilidade
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Não se confunda a vedação de impenhorabilidade, portanto, com a possibilidade de a penhora recair sobre o
exercício do usufruto, caso em que haverá constrição sobre as suas comodidades e sobre a faculdade de perceber
os frutos e vantagens da coisa frutuária.
Daí porque o objeto de usufruto deve ser rigorosamente individualizado, o que é matéria de qualificação
registraria quando de sua constituição no registro adequado.
Se houver constrição o Registro de Imóveis deve saber exatamente o que é objeto da constrição.
A penhora sobre o exercício do usufruto é uma modalidade de penhora sobre renda ou faturamento,
regulamentada nos artigos 867 a 869 do CPC.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 23
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
USUFRUTO
USUFRUTO
Conceito: Por meio do usufruto alguns dos poderes inerentes a propriedade são transferidos ao usufrutuário que
dessa forma passa a usar e gozar ou usar e fruir coisa alheia.
Objeto:
Poderá o usufruto recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro ou parte deste,
abrangendo-lhe no todo ou em parte os frutos e utilidades.
Poderá recair ainda sobre universalidade ou cota-parte de bens (art. 1.392, §3º, CC), por fim poderá ter por
objeto títulos de crédito (art. 1.395, “caput”).
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Parágrafo único. Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de
imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos
da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 22
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS REGISTRÁVEIS
2. Conceito de Título Registrável
3. Taxatividade dos Títulos Registrários
4. Espécie de Títulos
5. Dispensa de Escritura Pública
TÍTULOS REGISTRÁVEIS
Do quanto visto a ideia é definir o título do ponto de vista formal. Considera-se título registrável então, o
documento que encerra todos os requisitos legais e formais e que contém negócio jurídico apto a ingressar no
registro imobiliário.
Conforme o art. 222 da LRP, só se admitem no RI os títulos previstos em lei. Trata-se, portanto, de rol de
“numerus clausus”.
4. Espécies de Títulos
i. Escrituras públicas;
ii. Cartas de sentença;
iii. Formais de partilha;
iv. Mandados judiciais;
v. Certidões extraídas de processos;
vi. Instrumentos particulares.
Observação: Nos termos do art. 107, CC vige o princípio da informalidade que dispõe que os negócios jurídicos
em tese podem ser celebrados de qualquer maneira, inclusive verbal. Quando a lei impuser certa forma esta
passa a ser da substância do ato, requisito de validade (art. 104, III, CC), como por exemplo:
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Art. 108, CC - Se for realizar um negócio real imóvel de valor superior a 30 vezes o salário mínimo será necessário
escritura pública, caso contrário o ato será nulo.
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura
pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
Lei 5.709/71 versa sobre a aquisição de imóveis rurais por estrangeiros também exige escritura pública.
A escritura lavrada em consulado brasileiro, apesar de produzida fora do país tem a mesma eficácia de uma
escritura lavrada no Brasil.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 21
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS REGISTRÁVEIS
1. Sentido Material e Sentido Formal de Título Registrário
TÍTULOS REGISTRÁVEIS
Existe tradicional distinção em matéria imobiliária que aponta ser o imóvel o objeto da matrícula, existir um título
que é o documento a ser registrado e posteriormente um direito que será publicado.
Sobrevieram críticas a esta distinção porque a partir dela não deveriam ser publicados os direitos, mas sim os
títulos porque estes são o objeto do registro.
Para contornar o problema a doutrina passou a adotar dois conceitos de título, título em sentido material e título
em sentido formal.
Em sentido material a ideia se confunde com a ideia de título translativo, isto é, o negócio jurídico que serve de
suporte para a aquisição ou extinção de um direito (ex. doação, compra e venda).
Em sentido formal o que se destaca é o documento que materializa corporifica o referido negócio jurídico, neste
sentido, trata-se da forma de exteriorização da vontade.
A pergunta que se faz é se o sistema brasileiro é de registro de títulos ou de direitos. O raciocínio que deve ser
desenvolvido para responder é o seguinte: a forma tem um conteúdo jurídico; aquele é o documento, este é o
negócio translativo nele plasmado.
O que gera a modificação dos direitos reais é o negócio e não o título em si, de modo que o nosso sistema é de
registro de direitos.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 20
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
4. Procedimentos e algumas questões pertinentes
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
Da sentença poderão interpor apelação com efeitos devolutivo e suspensivo, o interessado, o MP e o terceiro
prejudicado.
Havendo apelação irá para a corregedoria e será apreciada pelo Relator Nato (Corregedor Geral de Justiça).
A última instância é a Corregedoria Geral do respectivo Estado, não há embargos de pré-questionamento, pois
não há recursos para instâncias superiores.
• Procedente – os documentos serão devolvidos a parte, dando-se ciência da decisão ao Oficial para que
ele cancele a prenotação (o interessado “perde” a ação).
• Improcedente – o interessado apresentará novamente os seus documentos, com o respectivo mandado
para que desde logo se proceda ao registro, anotando-se o ocorrido na coluna de anotações do protocolo.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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sentença, que ficarão arquivados, para que, desde logo, se proceda
ao registro, declarando o oficial o fato na coluna de anotações do
Protocolo.
Se a dúvida for inversa, o interessado apresenta as razões diretamente no juízo, que deve notificar o Oficial para
se manifestar em 15 dias.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 19
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
4. Procedimentos e algumas questões pertinentes
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
c) Manifestação do MP
Após a vinda da impugnação, ou decorrido o seu prazo, e apresentados os documentos que o interessado
entender pertinente o MP será ouvido no prazo de 10 dias (art. 200 da LRP).
d) Dilação Probatória
Questão interessante é a de se saber se é possível em sede de dúvida a produção de outras provas. Em que pese,
não seja comum a providência é cabível a vista da redação do art. 201 da LRP, que menciona: “se não forem
requeridas diligências”. O que se deve observar é que a dúvida tem âmbito estreito de natureza administrativa, o
que não permite a abertura de discussões jurisdicionais.
Encerrada a dilação probatória ou se esta não existir, deve o juiz prolatar a sentença no prazo de 15 dias.
A LRP afirma que a decisão da dúvida tem natureza administrativa. Em verdade, o procedimento de dúvida como
um todo tem natureza administrativa. Em razão dessa natureza decorre que não se discutem questões da esfera
jurisdicional e também não se impede propositura de outra demanda nesta esfera jurisdicional.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Art. 204 - A decisão da dúvida tem natureza administrativa e não
impede o uso do processo contencioso competente.
(Renumerado do art. 205 com nova redação pela Lei nº 6.216, de
1975).
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 18
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
4. Procedimentos e algumas questões pertinentes
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
Em seguida o Oficial dará ciência dos termos da dúvida ao apresentante fornecendo-lhe cópia da suscitação e
notificando-o para impugná-la, já perante o juízo competente no prazo de 15 dias.
Essa notificação é mais importante para o fim de contagem do prazo de 15 dias para a impugnação, porque na
prática, a esta altura o interessado já sabe quais são os motivos da recusa.
b2) Impugnação
Não é possível afirmar que a impugnação é obrigatória, ou mesmo que seja um ônus para o interessado. E isso
porque não há revelia no procedimento de dúvida (art. 199, da LRP).
O entendimento atual do CSM do TJSP é o de que a dúvida não pode ser suscitada e impugnada parcialmente
pelo interessado. Nestes casos, a dúvida considera-se prejudicada. É que se o juiz acolher os motivos impugnados
ainda assim restarão os não impugnados que servirão de óbice para o registro.
Julgado: Apelação Cível nº 100.1945-30.2017 – Rel. Des. Geraldo Pinheiro Franco, j. 23.11.2018.
Cartório
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 17
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
4. Procedimentos e algumas questões pertinentes
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
O art. 198, I determina que suscitada a dúvida no protocolo o oficial anotará a margem da prenotação a sua
ocorrência, a providência é importante, pois o Registrador precisa controlar o prazo legal de validade da
prenotação e o seu eventual cancelamento (art. 205 da LRP).
Mas a suscitação tem o condão de suspender este prazo para que se aguarde decisão do juiz corregedor, a
suspensão é efeito lógico da dúvida porque do seu julgamento dependerá o desfecho do registro.
Tudo isso feito deverá o Oficial rubricar todas as suas folhas nos termos do art. 198, II da LRP.
Cartório
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Art. 198. [...]
Il - após certificar, no título, a prenotação e a suscitação da dúvida,
rubricará o oficial todas as suas folhas;
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 16
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
4. Procedimentos e algumas questões pertinentes
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
a) Iniciativa
De acordo com o art. 198, “caput”, a dúvida em princípio é suscitada, a partir de requerimento do interessado
inconformado com a exigência feita pelo Registrador, entretanto é absolutamente tranquilo que o próprio
registrador pode suscitar dúvida por sua iniciativa, em razão de situação atípica que lhe seja apresentada.
Além destas possibilidades existe ainda o que se chama de dúvida inversa. Nesta, a suscitação é feita diretamente
pelo interessado, apresentando seus motivos ao juiz competente, sem que se utilize do registrador como
intermediário.
O art. 30 da Lei 8.935/94 impõe ao Registrador a suscitação de dúvida, desta forma, se percebeu que quando os
juízes de 1º grau recebiam a dúvida inversa eles indeferiam dizendo que não era o procedimento apropriado, isto
acarretava a parte o ônus de levar a documentação ao Registrador para que ele suscite a dúvida, ou seja, chegaria
no juízo da mesma forma por força do art. 30.
Em face de razões de economia processual ou procedimental a jurisprudência passou a acolher a dúvida inversa –
apelação cível nº 0002920-92.2011, Relator Desembargador Nalini.
Cartório
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 15
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
2. Conceito de Dúvida
3. Órgão Julgador
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
2. Conceito de Dúvida
(continuação)
É possível dizer que há um conceito jurídico para a dúvida registraria. Neste sentido, há uma acepção material,
que é o juízo de valor emitido pelo Registrador no exercício de suas funções; e há um sentido formal que significa
o procedimento de revisão hierárquica daquele juízo administrativo de uma objeção à pretensão de registro.
3. Órgão Julgador
É aquele que tem competência administrativa de fiscalização direta da serventia – art. 198 da LRP.
Em tese não é só o Juiz Corregedor que tem esta competência, será este em um primeiro momento.
O fundamento constitucional da fiscalização encontra-se no art. 236, §1º, CF, que determina que a lei irá regular
as atividades extrajudiciais disciplinando ainda a responsabilidade civil e criminal dos delegatários, bem como,
definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
O Poder Judiciário exerce fiscalizações por meio dos Juízos Corregedores Permanentes (1º grau) e Corregedoria
Geral de Justiça (2º grau e normatização).
Cartório
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Questão: Porque é o Judiciário Estadual? Em razão da história do judiciário formado inicialmente por juízes
Estaduais e atualmente em função da sua capilaridade (divisão em comarcas).
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 14
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
1. Pressupostos da Dúvida
2. Conceito de Dúvida
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
1. Pressupostos da Dúvida
(continuação)
A qualificação é o ato que se define como espécie de filtro para impedir a passagem de títulos que ostentem
vícios.
Surge em nosso sistema como um dever legal do Registrador, é o primeiro pressuposto para o procedimento de
dúvida.
O princípio da legalidade, aplicável aos delegatários, impõe certos deveres e limitações próprios ao seu regime.
Um desses deveres é o de na qualificação verificar minuciosamente o título apresentado, que se não reunir os
requisitos necessários será devolvido, mas sempre indicando as razões para tanto (devolução motivada), é o que
se retira do início do art. 198 da LRP, quando proclama que “havendo exigência a ser satisfeita, o oficial indicá-la-á
por escrito”.
O item 40 e 40.1, do capítulo XX, das NSCGJ de São Paulo dispõe a obrigação do Registrador quanto à nota
devolutiva.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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expressões genéricas, tais como “para os devidos fins”, “para fins de
direito” e outras congêneres.
A LINDB (Lei 13.655/18) em seu art. 20, dispõe sobre a necessidade da motivação das decisões.
2. Conceito de Dúvida
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 13
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ESCRITURAÇÃO
2. Livros Específicos previstos pela LRP
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
1. Pressupostos da Dúvida
O livro número 04 servirá de repositório de todos os imóveis que figurarem nos demais livros, devendo-se
apontar identificação, referência a número de ordem dos outros livros (para remissão) e anotações necessárias,
nos termos do art. 179 da Lei de Registros Públicos.
O indicador real não irá funcionar se não fizer referência ao número de ordem do outro livro.
Há uma liberdade do Registrador sobre quais serão as anotações necessárias, ou seja, o conteúdo irá variar de
acordo com a necessidade do imóvel.
É um livro cuja finalidade é apontar todas as pessoas e sujeitos que realizaram atos de registro naquela
determinada serventia.
O livro será dividido em ordem alfabética, deverá conter o nome de todas as pessoas envolvidas, que individual
ou coletivamente figurarem nos demais livros.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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PROCEDIMENTO DA DÚVIDA
1. Pressupostos da Dúvida
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 12
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ESCRITURAÇÃO
2. Livros Específicos previstos pela LRP
ESCRITURAÇÃO
A matrícula é a própria inserção do imóvel no registro imobiliário. É importante salientar que o desmembramento
do imóvel acarreta o surgimento de nova matrícula.
O desmembramento territorial de uma serventia não justifica a abertura de uma nova matrícula do imóvel.
Registra-se no livro 03 atos que sendo atribuídos ao RI não digam respeito diretamente a imóvel matriculado, por
exemplo, a emissão de debênture e o registro de fundos líquidos e ações.
Há controversa a respeito do pacto antenupcial se deveria ser registrado no livro 02 ou livro 03.
Cartório
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 11
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ESCRITURAÇÃO
2. Livros Específicos previstos pela LRP
ESCRITURAÇÃO
i) Livro 1 – Protocolo
Há situações de não obediência ao prazo de 30 dias da prenotação, o que não é propriamente uma suspensão,
mas sim uma exigência da lógica, são exemplos de não obediência, a retificação extrajudicial e a usucapião
administrativa, porque estas são procedimentos.
Encerramento Diário:
O encerramento do livro 01 é diário com o fim de proteger a prioridade dada pela prenotação, evitando-se que os
títulos sejam protocolados fora do horário de expediente – art. 184 da LRP.
É em regra o livro destinado para a matrícula dos imóveis e registro ou averbação dos atos mencionados no art.
167 da LRP, quando digam diretamente com o imóvel.
Normas de Escrituração
Cada imóvel tem uma matrícula própria. No momento do primeiro ato de registro de cada imóvel será necessária
a abertura de matrícula do imóvel.
Cartório
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 10
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ESCRITURAÇÃO
2. Livros Específicos previstos pela LRP
ESCRITURAÇÃO
i) Livro 1 – Protocolo
Nos termos do art. 174 o livro protocolo se presta ao apontamento de todos os títulos apresentados diariamente.
A finalidade essencial é bem demonstrar a data exata do ingresso do título na serventia.
Ingressa no protocolo todos os títulos que forem levados para registro em sentido amplo, devem ser
devidamente inscritos no Livro 01, como por exemplo, os atos de registro estrito senso, averbação, abertura de
matrícula, notificações, etc.
No aspecto formal na prenotação constará a data de apresentação, o nome do apresentante e a natureza formal
do título, por exemplo, título translativo de compra e venda, doação, permuta, retificação, usucapião.
Será dado número de ordem ao título que segue sequência rigorosa, e em simetria com o número dado no
protocolo com a data da prenotação.
A palavra dúvida nos termos do art. 12 não é a dúvida em sentido estrito (procedimento de dúvida), é a dúvida
que o escrevente ou o registrador tem ao considerar se será possível ou não o registro.
O STF julgou e considerou que o Registrador não é um fiscal da fazenda, o Registrador deve apenas exigir o
imposto que deve ser recolhido do ato praticado.
Nos termos do art. 12, “caput” nenhuma exigência fiscal ou dúvida obstará a apresentação de um título e o
lançamento no protocolo com o respectivo número de ordem.
O registrador não pode negar prenotação já percebendo que o título evidentemente não dará registro, isto
porque a opção do legislador foi garantir a prioridade.
Cartório
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Prenotação e sua validade:
Em relação a validade da prenotação uma vez protocolado, o título possui o prazo de 30 dias para proceder aos
atos cabíveis, sendo possível excepcionalmente a sua suspensão, nos termos dos arts. 188 e 205 da LRP, a
exemplo, da suscitação de dúvida em que a análise de título contraditório fica obstada, hipoteca em grau superior
aquele em que deveria ser registrado.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 09
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
ESCRITURAÇÃO
1. Livros Específicos fora da LRP
2. Livros Específicos previstos pela LRP
ESCRITURAÇÃO
Escrituração normalmente se refere aos livros essenciais de registro, em um sentido mais amplo é possível falar
de marcadores ou índices.
Ser um livro específico não significa ser exclusivo, ser específico é dizer que aquele livro está descrito na lei para
aquela serventia.
Gerais
Livros obrigatórios
Específicos LRP
Legislação Extravagante
O denominado livro de recepção de títulos tem por objetivo receber os lançamentos dos títulos que forem
apresentados com a finalidade exclusiva de exame e cálculo dos respectivos emolumentos, sem lhes conferir
prioridade, nos termos do parágrafo único do art. 12 da LRP.
Este livro não dá os efeitos de prioridade, a prioridade é dada pelo livro de protocolo (prenotação).
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
2. Livros específicos previstos pela LRP – art. 173.
Livro 1 – Protocolo;
Livro 2 – Registro geral;
Livro 3 – Registro auxiliar;
Livro 4 – Indicador real;
Livro 5 – Indicador pessoal.
i) Livro 1 – Protocolo
Nos termos do art. 174 o livro protocolo se presta ao apontamento de todos os títulos apresentados diariamente.
A finalidade essencial é bem demonstrar a data exata do ingresso do título na serventia.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 08
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
LIVROS
1. Livros Gerais e Específicos
1.1. Livros Gerais
1.2. Livros Especiais
LIVROS - ESCRITURAÇÃO
São considerados gerais os livros comuns a todas as serventias, como por exemplo, o livro de visitas e correições,
os classificadores e outros indicadores.
São livros específicos aqueles atinentes a cada especialidade. Rol dos livros especiais do RI – art. 173, LRP.
Dentre os livros especiais alguns são previstos pela própria LRP quanto ao Registro de Imóveis, no entanto, há
outros fora deste diploma, pela LRP são livros especiais:
• Livro 1 – Protocolo;
• Livro 2 – Registro Geral;
• Livro 3 – Registro Auxiliar;
• Livro 4 – Registro Real;
• Livro 5 – Registro Pessoal.
Livros especiais fora da LRP são encontrados em leis esparsas ou a própria norma da corregedoria traz livros
obrigatórios.
a) Livro de aquisições de terras rurais por estrangeiros – é o livro que serve tanto para estrangeiros pessoas físicas
quanto pessoas jurídicas e está previsto no art. 10 da Lei 5.709/71.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Nos termos do art. 8º da Lei 5.709/71 é obrigatório a escritura pública sempre que a aquisição for feita por pessoa
estrangeira e do instrumento constará menção do documento de identidade do adquirente, prova de residência no
território nacional e quando for o caso autorização do órgão competente ou assentimento prévio do antigo
Conselho de Segurança Nacional – art. 9º desta lei. Este órgão é chamado pela CF/88 de Conselho de Defesa
Nacional.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 07
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS E LIVROS
LIVROS
1. Escrituração
PRINCÍPIOS E LIVROS
A especialização subjetiva é o ato de apontar e individualizar as partes envolvidas no ato de registro “lato sensu”.
Documentação do comprador, do vendedor e de todos os envolvidos no ato.
Existe uma tendência de em casos excepcionais ocorrer a atenuação deste princípio. Acontece quando já existem
elementos suficientes para identificar uma das partes, elementos estes tirados de fontes segura. Ainda assim,
aplica-se na impossibilidade de apresentação de nova individualização. Exemplo: inventário judicial onde já houve
a demonstração de documentos.
A especialização objetiva é a perfeita e exata descrição do imóvel objeto do registro “lato sensu”, seguindo-se as
normas técnicas pertinentes de modo que possa o registrador ter absoluta certeza de que está registrando o imóvel
correto. Em áreas rurais não raro exige-se o georreferenciamento.
Neste campo da especialização objetiva não há a menor possibilidade de ocorrer atenuação deste princípio.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 06
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS E LIVROS
PRINCÍPIOS E LIVROS
Ocorre que o ato de alienação forçada pelo Estado, essência da execução não é modo originário de aquisição de
propriedade, pois não dá ensejo a desapropriação. Aliás, é por isso que se deve inclusive expedir a carta de
arrematação, isto é, uma ordem para registro com o respectivo recolhimento do ITBI.
Portanto, desde 2014 entende-se que a arrematação é forma derivada de aquisição da propriedade. Paradigma
CSM 3005724-43.2013 – Rel. Des. Elliot Akel.
f) Princípio da Prioridade
De acordo com o Princípio da Prioridade a lei oferece proteção a quem primeiro registrar (lato sensu) o título, mais
precisamente cabendo ao ato de prenotação assegurar prioridade na qualificação do título e o seu consequente
ingresso no fólio real – art. 191 da LRP.
A prenotação é um ato anterior a qualificação, mesmo que o Registrador perceba que não será possível registrar
ele será obrigado a prenotar, pois garante prioridade na qualificação.
A prenotação tem um prazo de validade de 30 dias e se o registro for feito neste prazo irá retroagir a data do dia
do protocolo da prenotação. Se passar dos 30 dias haverá perda da prioridade.
O art. 192 da LRP traz uma rara exceção a prioridade. Quando duas escrituras públicas forem lavradas na mesma
data com indicação de horário e apresentadas para registro no mesmo dia, implicando prenotação em datas iguais.
Neste caso, vale aquela que foi lavrada no horário anterior e não a apresentada antes para registro.
Art. 192. O disposto nos arts. 190 e 191 não se aplica às escrituras
públicas, da mesma data e apresentadas no mesmo dia, que
determinem, taxativamente, a hora da sua lavratura, prevalecendo,
para efeito de prioridade, a que foi lavrada em primeiro lugar.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 05
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS E LIVROS
PRINCÍPIOS E LIVROS
Em geral as exceções dizem respeito às figuras que denotam aquisição da figura originária do direito real.
A aquisição pode ser derivada quando for uma aquisição com lastro, ou seja, existe uma ligação entre o anterior
titular de um direito que se transmite para outro titular.
A aquisição originária é anômala, pois rompe qualquer nexo com os antigos proprietários tabulares, ao quebrar
esta cadeia quebra-se a continuidade. A usucapião é a “ultima ratio”.
Havia apenas 02 exceções ao princípio da continuidade referentes aos modos de aquisição originária da
propriedade, a usucapião e a desapropriação.
Com o advento da Lei 13.465/17, o art. 11 trouxe o núcleo urbano informal consolidado - favela (aquele de difícil
reversão), perfaz legitimação fundiária (mecanismo de reconhecimento da aquisição do direito real de propriedade
também de modo originário) constituído por registro no RI. Trata-se de mais uma exceção a continuidade. É o que
pode acontecer também com a usucapião coletiva e eventualmente com a legitimação de posse.
Observação: Arrematações (alienações forçadas). Durante os anos de 2012 e 2013 o CSMTJSP (Conselho Superior
da Magistratura de SP) considerou as cartas de arrematação e adjudicação como títulos que rendiam aquisição
originária da propriedade, com base em uma decisão do STJ da Ministra Eliana Calmon, tendo em vista a sub-
rogação dos débitos no preço da arrematação.
Disso decorria a não cobrança de ITBI, além de permitir ingresso registrário mesmo quando o bem não pertencesse
ao executado, já que é modo originário de aquisição.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Seguindo a linha de que arrematação era modo originário tem-se o paradigma do CSM 0013197.92.2012 – Relator
Desembargado Nalini.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 04
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
d) Princípio da Territorialidade
Ao Oficial do Registro de Imóveis aplica-se o Princípio da Territorialidade com estrita observância da circunscrição
imobiliária, conforme o art. 12 da Lei 8.935/94.
O desmembramento territorial posterior ao registro não exige sua repetição na nova Serventia Extrajudicial – item
13 do capítulo XX das NSCGJ.
Os oficiais do Registro de Imóveis só podem praticar atos típicos de sua atribuição para imóveis situados na
respectiva circunscrição, o que vale para qualquer ato posterior de averbação – art. 169 da Lei 6.015/73.
Linhas Férreas
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Quanto às linhas férreas a lei 13.465/17 não revogou expressamente a LRP, mas dispôs em sentido contrário,
acarretando, portanto, sua derrogação tácita.
A partir da lei, o trecho inicial da linha férrea deve ser registrado no Registro de Imóveis da primeira estação e os
demais nos trechos correspondentes aos Registros de Imóveis das respectivas estações.
e) Princípio da Continuidade
De acordo com o Princípio da Continuidade o sistema de registro imobiliário demanda perfeito encadeamento entre
as sucessivas transmissões, sendo certo que apenas a pessoa que figurar como proprietário no Registro de Imóveis
pode alienar ou gravar o bem, nos termos do art. 195, da LRP.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 03
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
O princípio em questão alcança não apenas os envolvidos no ato de registro “lato sensu”, mas toda a coletividade,
que poderá se servir da acessibilidade as informações para a tutela e defesa de interesses próprios.
Fraude à Execução
Conforme a súmula 375 do STJ a fraude a execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova
de má-fé do terceiro adquirente.
Considerando o sistema brasileiro, em que o Registrador controla a prática dos atos que lhe são submetidos o
equívoco registrário poderá gerar para ele responsabilidade pessoal e subjetiva, haja vista que a Serventia não tem
personalidade jurídica (art. 22, da Lei 8.935/94).
Já no sistema Alemão em que há presunção absoluta de veracidade eventual responsabilidade recairá sobre o
Estado.
c) Princípio da Legalidade:
A legalidade impõe, por exemplo, que o Registrador de Imóveis exponha as razões pela qual não aceite realizar
aquele registro.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
O princípio da Legalidade dispõe que incumbe ao Oficial do Registro de Imóveis examinar a validade dos títulos
apresentados para registro “lato sensu”, mas não sendo possível ingressar na análise de vícios intrínsecos ao
negócio jurídico.
A análise e a qualificação recairão sobre elementos exteriores afastando-se então a verificação de ocorrência de
um vício do consentimento, da inobservância de um direito de preferência na compra e venda, etc. Para tais
reconhecimentos é imprescindível a propositura de demanda judicial.
O título judicial é qualificável e a ordem judicial é não qualificável, ainda que manifestamente ilegal.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 02
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Acessibilidade
Tratando-se de publicidade passiva a ideia não é cientificar a população em concreto, mas sim tornar acessível a
ela o ato de registro “lato sensu”.
Na lei 13.465/17 existem providências de cientificação de terceiros interessados quando prevê publicações em
jornais de ampla circulação no âmbito da Serventia Extrajudicial, como acontece, por exemplo, para fins de se levar
a consolidação da propriedade fiduciária quando não localizado o devedor fiduciante. Nesse caso, tem-se
publicidade ativa.
Publicidade e Controle
A publicidade é reforço dos controles judiciais e administrativos, porque uma vez registrado ou averbado os atos,
surge a possibilidade de um terceiro prejudicado impugná-los. Com isso, haverá maior controle por parte do Poder
Judiciário que atua por dispositivo constitucional como fiscal da atividade extrajudicial.
A regra geral no nosso sistema é a criação de uma prova que goza de presunção relativa “juris tantum”.
O registro de imóveis goza de presunção relativa “juris tantum” incidente sobre todos os dados contidos na
matrícula do imóvel, ou seja, titularidade dele, metragem do bem, negócios jurídicos pertinentes a ele, etc.
A presunção é relativa, pois o direito brasileiro admite prova em contrário. O instrumento mais comum que
demonstra esta relatividade é o procedimento de retificação de imóvel.
Exceção à regra da presunção relativa é o registro efetuado por meio do Sistema Torrens, nos termos do art. 277 e
ss. da LRP. É um sistema que cuida a princípio dos imóveis rurais.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula: 01
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Introdução
Os princípios no ordenamento jurídico atual têm função expressiva porque não se destinam apenas a hermenêutica
ou a integração, mas também servem como normas – art. 4º, LINDB.
1. Princípios em Espécie
a) Princípio da Publicidade
O Princípio da Publicidade tem o condão de disponibilizar o acesso público da prática dos atos de registro e
averbação para o conhecimento geral de sua ocorrência.
Essa prática gera publicidade passiva porque o registro “lato sensu” consta do RI, mas não obriga o Registrador a
cientificar individualmente os interessados.
Com o registro imobiliário a publicidade será sempre passiva, há uma presunção que todos tomarão conhecimento
daquele ato.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula complementar: 04
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
REURB
6. Procedimento da Reurb
REURB
6. Procedimento da Reurb
I. Requerimento dos legitimados: a ideia da lei foi conferir ampla legitimidade para o requerimento (art.
14), incluindo até mesmo pessoas que deram causa à irregularidade.
Cartório
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
b. Identificação e notificação dos titulares de direitos reais e confrontantes. O interessado, depois
de notificado, terá o prazo de 30 dias para impugnação do procedimento (art. 24, p.1º do decreto
9310/2018).
c. A notificação será feita de duas formas: via postal para os proprietários e confinantes + via edital,
se na via postal eles não forem localizados ou se recusarem a receber a cientificação.
V. Decisão da autoridade competente (ato formal e público): Ato formal e público, que deve ser
fundamentado (art. 20 e ss da LINDB).
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VII. Registro da CRF + do projeto de regularização fundiária
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula complementar: 03
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
REURB
5. Espécies de Reurb
5.1. Reurb-S
5.2. Reurb-E
5.3. Reurb Inominada
REURB
5. Espécies de Reurb
A classificação da lei leva em conta exclusivamente o critério econômico da população que ocupa o NUI:
• Reurb-S (interesse social)
• Reurb-E (interesse específico)
Formada por população predominantemente de baixa renda. A definição da classificação do núcleo informal é de
competência do município/DF (art. 30, I), ou, quando for o caso, dos Estados e da União (critério regional).
O critério econômico é determinado pelo artigo 6º do Decreto 9310/2018 – a população de baixa renda será
definida por ato do poder público municipal ou distrital sempre considerando as peculiaridades locais e regionais.
Obras de infraestrutura – Quando operada sobre aárea de titularidade de ente público, caberá ao referido ente a
responsabilidade de elaborar o projeto de regularização fundiária. Quando operada sobre área titularizada por
particular, caberá também ao município ou distrito federal a responsabilidade de custear o projeto, quando
necessário.
Aquela que se utiliza para núcleos que não se enquadram como de interesse social.
Obras de infraestrutura – A regularização fundiária será contratada e custeada por seus potenciais beneficiários
ou requerentes privados.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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Aprovação ambiental – Mais rigoroso (art. 4º, p.6º do decreto 9310/2018).
Emolumentos – Por estar fora da regra de exceção, incidem normalmente os emolumentos devidos nos termos da
tabela vigente em cada estado.
É a Reurb de glebas parceladas para fins urbanos em data anterior a 19.12/1979 (edição da lei 6766/79). Marca-se
por ter um procedimento ainda mais simplificado.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula complementar: 01
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
REURB
1. Conceito
2. Objetivos
REURB
1. Conceito
Atenção! Titulação é tornar a situação fática em direito, que não necessariamente é direito de propriedade. A não
circulação jurídica redunda na irregularidade do registro e quebra a relação de veracidade. Logo, é do interesse
geral que o imóvel circule de maneira regular e legal.
a) Identificação pelo poder público dos núcleos urbanos informais (NUIs) a serem regularizados;
b) Identificar os impactos urbanísticos e ambientais da regularização;
c) Ampliação do acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda;
d) Direitos reais devem ser concedidos preferencialmente em nome da mulher (a mulher é considerada o
sustentáculo familiar).
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CARREIRAS JURÍDICAS
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VI - garantir o direito social à moradia digna e às condições de vida
adequadas;
VII - garantir a efetivação da função social da propriedade;
VIII - ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar de seus habitantes;
IX - concretizar o princípio constitucional da eficiência na ocupação e
no uso do solo;
X - prevenir e desestimular a formação de novos núcleos urbanos
informais;
XI - conceder direitos reais, preferencialmente em nome da mulher;
XII - franquear participação dos interessados nas etapas do processo
de regularização fundiária.
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Disciplina: Registro de Imóveis
Professor: Ralpho Monteiro
Aula complementar: 02
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
REURB
1. Conceito
2. Objetivos
3. Incidência
4. Recursos da Reurb
REURB
3. Incidência da Reurb
A Reurb somente se aplicará aos núcleos urbanos informais (NUIs), notadamente aqueles considerados
consolidados.
NUI – Assentamento ou conglomerado urbano em parcelamento realizado de forma clandestina ou irregular (que
não foi passível de titulação para os seus ocupantes).
Limitação temporal para fins de regularização – Para fins da lei 13.465/2017, somente são regularizáveis os NUIs
existentes até 22.12.2016.
4. Recursos da Reurb
Para que o atual sistema de regularização funcione efetivamente, a lei de 2017 quebrou diversos paradigmas
jurídicos:
❖ Em matéria urbanística = Possibilidade de diminuição dos percentuais de área pública, diminuição da
fração mínima de parcelamento (art. 11, p.1º), autorização em regularizar parcelamentos em áreas
protegidas pela legislação ambiental.
❖ Em matéria jurídica = Possibilidade de unificar imóveis de proprietários diferentes, possibilidade de
registro da Reurb e dos outros instrumentos jurídicos mesmo com a existência de ônus ou
indisponibilidades (art. 74), o reingresso no RI do direito possessório (art. 25).
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