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Educação Infantil
Educação Infantil
NA ÁREA DE
EDUCAÇÃO INFANTIL
SUMÁRIO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 9.394/96, em seu artigo 29, apresenta que a finalidade
desta etapa da educação é a de desenvolver integralmente a criança em seus aspectos físicos, psicológicos,
intelectuais e sociais, acrescentando a ação da família e da comunidade.
Você sabia que em abril de 2013 foi validada a Lei 12.796, que tornou obrigatória a oferta gratuita da educação
básica a partir dos 4 anos de idade, pelo inciso do artigo 208 da Constituição da República Federativa do Brasil?
Pois bem, esta ação procurou amparar a população ampliando significativamente a quantidade de crianças
que passaram a conviver em uma instituição escolar.
No ano de 2016, foi divulgado o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde está descrito que a frequência escolar das crianças
de 4 e 5 anos aumentou de 62,8%, em 2005, para 90,5%, em 2015, ou seja 4,9 milhões de crianças brasileiras
estão na pré-escola. Isso indica que houve uma expansão significativa desta fase escolar, dilatando também
oportunidades de ocupação profissional.
A Educação Infantil | 4
9,5%
Porcentagem de crianças de 4 e 5
90,5% anos na Educação Infantil em 2015
30,4%
Porcentagem de crianças de 0 e 3
anos na Educação Infantil em 2015 69,6%
Não podemos esquecer que cerca de 500 mil crianças, os restantes 9,5%, não estão sendo atendidas. Segundo
o PNE (2014), é preciso levar em consideração as desigualdades sociais regionais do país e focar também na
qualidade do ensino a ser oferecido.
Com a difusão do acesso à informação, pais, mães, cuidadores e familiares estão mais informados e cada vez
mais conhecedores da importância de seus filhos frequentarem uma Educação Infantil de qualidade, que preze
por oportunizar as experiências enriquecedoras da primeira infância.
Sendo assim, o Ministério da Educação vem implementando ações sociais e educativas, como melhorar
estruturas físicas e contratar profissionais especializados, que buscam garantir a qualidade do atendimento a
todas as crianças e satisfazer a população em busca seus direitos.
A Educação Infantil | 5
A Educação
Infantil
pode fazer a
diferença?
Com toda a certeza! Fazer parte do processo de desenvolvimento com qualidade dentro de escolas de Educação
Infantil pode ser o diferencial na vida das pessoas. Os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação
Infantil (1998) descrevem que, antes de tudo, as crianças têm o direito de vivenciar práticas prazerosas dentro
da escola. A sociedade está repleta de crianças. Elas, assim como os adultos, são sujeitos sociais e históricos e
fazem parte de uma determinada configuração familiar inserida nesta sociedade. Elas sentem e pensam sobre
as relações que cercam o mundo de uma forma singular.
Desta forma, o princípio de uma educação assistencialista não condiz com a realidade do que vem sendo
estudado na área e, assim, profissionais estão se atentando para as especificidades desta faixa etária e revendo
concepções sobre a infância, suas responsabilidades, suas relações e seu papel social.
O direito de brincar, também garantido por lei, sendo desenvolvido de forma livre e direcionada, fortalece a
expressão particular das crianças, seus pensamentos, sua interação social e sua comunicação. As práticas
educativas que consideram a pluralidade e a diversidade étnica, social, de gênero e religiosa das crianças
favorece, dentre outros, a identidade e os saberes culturais de cada um.
A construção dos conhecimentos vivenciados na Educação Infantil deve ser processada de forma integrada
e global. Crianças que frequentaram a Educação Infantil chegam ao Ensino Fundamental mais sociáveis e
apresentam um vocabulário mais extenso. Excelente, não é mesmo?
Os Estados Unidos realizaram uma pesquisa que acompanhou cerca de 1.300 crianças, de recém-nascidas até
os 12 anos de idade, com encontros a cada quatro meses. Uma média de 650 destas crianças ficavam em casa,
sendo acompanhadas pela mãe ou por uma babá. As demais iam para creches e pré-escolas.
A Base Nacional Comum Curricular para Educação Infantil (BNCC), escrita em 2017, documento mais atual que
temos sobre a escola e seus conteúdos, apresenta a concepção de que o educar e o cuidar são indissociáveis no
processo educativo. Um avanço para Educação Infantil!
Interações e brincadeiras são eixos estruturantes das práticas pedagógicas para esta faixa etária, pois
proporcionam vivências e experiências que permitem à criança se apropriar de conhecimentos na interação
com seus amigos, pais e professores. Momentos de contato com o outro podem proporcionar afetividade,
desencadear emoções, resolver conflitos e frustrações. Isso é muito importante!
Desta forma, podemos dizer que as aprendizagens essenciais na Educação Infantil englobam comportamentos,
habilidades, conhecimentos, vivências sensoriais, sociais e de linguagem. O profissional habilitado para o
trabalho com as crianças deve apresentar quesitos didáticos que envolvam este “saber fazer” pedagógico.
Quanta coisa, não é mesmo?
Um bom espaço educativo dedica-se a garantir uma assistência segura e higienizada e apresenta um projeto
pedagógico consolidado e articulado com seu tempo, que procura trazer significado para quem é atendido.
Não podemos esquecer que a educação de habilidades socioemocionais deve estar presente dentro de toda
instituição que promova educação e bem-estar, pois suas contribuições são inegáveis para o desenvolvimento
integral, social, emocional, cognitivo e ético de qualquer ser humano. A BNCC (2017) tem reconhecido a
qualidade que esse trabalho representa para a vida.
Mas quem são os profissionais que podem trabalhar com a Educação Infantil?
Sociologia
Educação da Infância
Infantil e Educação
Infantil
Neuroaprendizagem Alfabetização
e Práticas
Pedagógicas e Letramento
Com aulas preparadas por especialistas na área, você poderá se capacitar para atuar nos diferentes setores
educativos a partir das escolhas de sua preferência. Reflita sobre seu desejo e suas vontades e se atualize para
trilhar seu caminho junto às necessidades do mercado.
O curso de Educação Infantil capacita profissionais para atuarem de forma compromissada, integrando
cuidados e educação com um trabalho rico e significativo, desenvolvendo o conhecimento necessário ao
educador infantil e suas competências pedagógicas que incluem gestão, planejamento, avaliação, conteúdos,
organização e rotinas.
Todos os cursos disponíveis e apresentados aqui revelam singularidades primordiais para especificidades da
área de Educação Infantil. O profissional desenvolve inúmeras competências e habilidades socioemocionais
como criatividade, ética e resiliência, desmistifica paradigmas e compreende processos relacionados a práticas
pedagógicas.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) descreve que qualquer criança tem direito à educação e todas
devem frequentar uma escola, serem preparadas para o exercício da cidadania e respeitadas por educadores
e os demais envolvidos no ambiente educacional. Brincar, explorar, interagir, ter uma alimentação saudável,
acesso à higiene e saúde, vivenciar uma educação completa também é direito de todos os pequeninos. Para
Vygotsky (2003), cada pessoa é um ser social, relacional e participante de todo o processo histórico, desta
forma o conhecimento acontece a partir das interações sociais de qualidade que nos são oferecidas. Oferecer
uma educação de qualidade é dever de especialistas preparados e formados efetivamente.
Conclusão | 18
Referências
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.
DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.
BRASIL/MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília,
DF: 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Planejando a Próxima Década. Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de
Educação. Ministério da Educação/Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (MEC/Sase): Brasília,
DF., 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>Acesso em: 20.ago 2018.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Referências | 19