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PÓS-GRADUAÇÃO

NA ÁREA DE
EDUCAÇÃO INFANTIL
SUMÁRIO

A Educação A Educação Qual o papel da


Infantil Infantil pode Educação Infantil?
fazer a diferença?

Oportunidades Cursos oferecidos Conclusão


de trabalho na para capacitação
Educação Infantil em Educação
Infantil
A Educação
Infantil
O início da Educação Infantil foi marcado por instituições assistencialistas, que se preocupavam apenas
com a alimentação e a higienização de bebês e crianças. Este conceito já ficou para trás faz algum tempo e
atualmente a Educação Infantil é considerada uma das etapas mais significativas no desenvolvimento dos seres
humanos. Trata-se da primeira etapa da educação básica e visa acolher bebês de 0 a 3 anos e crianças de 4 e
5 anos, sem discriminação de origem geográfica, caraterísticas genéticas, etnia, classe social ou deficiências
físicas ou mentais.

A Educação Infantil é um direito humano e social


de todas as crianças até 5 anos de idade!

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 9.394/96, em seu artigo 29, apresenta que a finalidade
desta etapa da educação é a de desenvolver integralmente a criança em seus aspectos físicos, psicológicos,
intelectuais e sociais, acrescentando a ação da família e da comunidade.

Você sabia que em abril de 2013 foi validada a Lei 12.796, que tornou obrigatória a oferta gratuita da educação
básica a partir dos 4 anos de idade, pelo inciso do artigo 208 da Constituição da República Federativa do Brasil?

Pois bem, esta ação procurou amparar a população ampliando significativamente a quantidade de crianças
que passaram a conviver em uma instituição escolar.

Considerando também as novas configurações


familiares e a crescente participação da mulher no
mercado financeiro, fica claro que a Educação Infantil
vai continuar se expandindo. O Plano Nacional
de Educação (PNE) vigente desde junho de 2014,
previsto na Constituição Federal em seu artigo 214,
estabeleceu a universalização do ensino para crianças
de 4 e 5 anos e a ampliação da oferta de creches para
atender minimamente 50% de bebês até 3 anos.
Apesar desta meta ainda não ter sido concretizada,
visa-se que isso aconteça até 2024.

No ano de 2016, foi divulgado o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde está descrito que a frequência escolar das crianças
de 4 e 5 anos aumentou de 62,8%, em 2005, para 90,5%, em 2015, ou seja 4,9 milhões de crianças brasileiras
estão na pré-escola. Isso indica que houve uma expansão significativa desta fase escolar, dilatando também
oportunidades de ocupação profissional.

A Educação Infantil | 4
9,5%
Porcentagem de crianças de 4 e 5
90,5% anos na Educação Infantil em 2015

30,4%
Porcentagem de crianças de 0 e 3
anos na Educação Infantil em 2015 69,6%

Não podemos esquecer que cerca de 500 mil crianças, os restantes 9,5%, não estão sendo atendidas. Segundo
o PNE (2014), é preciso levar em consideração as desigualdades sociais regionais do país e focar também na
qualidade do ensino a ser oferecido.

Com a difusão do acesso à informação, pais, mães, cuidadores e familiares estão mais informados e cada vez
mais conhecedores da importância de seus filhos frequentarem uma Educação Infantil de qualidade, que preze
por oportunizar as experiências enriquecedoras da primeira infância.

Para que a Educação Infantil apresente efetivas


experiências, é preciso que as oportunidades
oferecidas sejam qualificadas!

Sendo assim, o Ministério da Educação vem implementando ações sociais e educativas, como melhorar
estruturas físicas e contratar profissionais especializados, que buscam garantir a qualidade do atendimento a
todas as crianças e satisfazer a população em busca seus direitos.

A Educação Infantil | 5
A Educação
Infantil
pode fazer a
diferença?
Com toda a certeza! Fazer parte do processo de desenvolvimento com qualidade dentro de escolas de Educação
Infantil pode ser o diferencial na vida das pessoas. Os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação
Infantil (1998) descrevem que, antes de tudo, as crianças têm o direito de vivenciar práticas prazerosas dentro
da escola. A sociedade está repleta de crianças. Elas, assim como os adultos, são sujeitos sociais e históricos e
fazem parte de uma determinada configuração familiar inserida nesta sociedade. Elas sentem e pensam sobre
as relações que cercam o mundo de uma forma singular.

Desta forma, o princípio de uma educação assistencialista não condiz com a realidade do que vem sendo
estudado na área e, assim, profissionais estão se atentando para as especificidades desta faixa etária e revendo
concepções sobre a infância, suas responsabilidades, suas relações e seu papel social.

Especialistas afirmam que bebês e crianças expostos a


experiências educativas sensitivas, das mais variadas
naturezas, se tornam adultos mais seguros, confiantes e
determinados. Pesquisas mostram que a manipulação é a
ação mais valiosa da primeira infância, por isso é preciso
que profissionais capacitados apresentem uma variedade
de materiais e recursos pedagógicos para desenvolver a
psicomotricidade e a plena aprendizagem dos pequenos.

O direito de brincar, também garantido por lei, sendo desenvolvido de forma livre e direcionada, fortalece a
expressão particular das crianças, seus pensamentos, sua interação social e sua comunicação. As práticas
educativas que consideram a pluralidade e a diversidade étnica, social, de gênero e religiosa das crianças
favorece, dentre outros, a identidade e os saberes culturais de cada um.

A construção dos conhecimentos vivenciados na Educação Infantil deve ser processada de forma integrada
e global. Crianças que frequentaram a Educação Infantil chegam ao Ensino Fundamental mais sociáveis e
apresentam um vocabulário mais extenso. Excelente, não é mesmo?

As práticas educativas na Educação Infantil devem


promover a integração física, emocional, afetiva,
cognitiva e social das crianças!

Os Estados Unidos realizaram uma pesquisa que acompanhou cerca de 1.300 crianças, de recém-nascidas até
os 12 anos de idade, com encontros a cada quatro meses. Uma média de 650 destas crianças ficavam em casa,
sendo acompanhadas pela mãe ou por uma babá. As demais iam para creches e pré-escolas.

Ambos os grupos foram submetidos a alguns testes para a avaliação de aprendizagem.


As crianças que frequentavam a escola se saíram melhor em todos eles.

A Educação Infantil pode fazer a diferença? | 7


Qual o papel da
Educação Infantil?
De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil, escritos em 1998, a Educação
Infantil tem o papel de cuidar das crianças em um espaço formal, alimentando, higienizando e proporcionando
oportunidades de brincar. Educar também é seu papel, inserindo a ludicidade e desenvolvendo integralmente
os sujeitos.

A Base Nacional Comum Curricular para Educação Infantil (BNCC), escrita em 2017, documento mais atual que
temos sobre a escola e seus conteúdos, apresenta a concepção de que o educar e o cuidar são indissociáveis no
processo educativo. Um avanço para Educação Infantil!

Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as


vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças
no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e
articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo
de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e
habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando
novas aprendizagens, atuando de maneira complementar
à educação familiar – especialmente quando se trata da
educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que
envolve aprendizagens muito próximas aos dois contextos
(familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a
comunicação (BRASIL, 2017).

Interações e brincadeiras são eixos estruturantes das práticas pedagógicas para esta faixa etária, pois
proporcionam vivências e experiências que permitem à criança se apropriar de conhecimentos na interação
com seus amigos, pais e professores. Momentos de contato com o outro podem proporcionar afetividade,
desencadear emoções, resolver conflitos e frustrações. Isso é muito importante!

Qual o papel da Educação Infantil? | 9


A BNCC (2017) descreve seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento – conviver, brincar, participar,
explorar, expressar e conhecer-se, visando proporcionar condições para que os pequenos compartilhem e
construam conceitos sobre si, os outros e o mundo social e natural. Ela apresenta uma composição estrutural
curricular organizada em cinco campos de experiência que buscam acolher situações de conhecimento
entrelaçando experimentações de vida, saberes e cultura.

O eu, o Traços, Espaços, tempo,


quantidades,
outro sons, cores relações e
e o nós e formas transformações

Corpo, gestos Escuta, fala,


pensamento e
e movimentos imaginação

Desta forma, podemos dizer que as aprendizagens essenciais na Educação Infantil englobam comportamentos,
habilidades, conhecimentos, vivências sensoriais, sociais e de linguagem. O profissional habilitado para o
trabalho com as crianças deve apresentar quesitos didáticos que envolvam este “saber fazer” pedagógico.
Quanta coisa, não é mesmo?

Qual o papel da Educação Infantil? | 10


Oportunidades
de trabalho na
Educação Infantil
Sabendo de tudo isso, você se sente preparado para atuar no mercado? Quais funções pode ter um profissional
capacitado para trabalhar com a Educação Infantil?

Um bom espaço educativo dedica-se a garantir uma assistência segura e higienizada e apresenta um projeto
pedagógico consolidado e articulado com seu tempo, que procura trazer significado para quem é atendido.

Não podemos esquecer que a educação de habilidades socioemocionais deve estar presente dentro de toda
instituição que promova educação e bem-estar, pois suas contribuições são inegáveis para o desenvolvimento
integral, social, emocional, cognitivo e ético de qualquer ser humano. A BNCC (2017) tem reconhecido a
qualidade que esse trabalho representa para a vida.

Bebês e crianças têm à frente um mundo inteiro de


descobertas. Os espaços de atuação pedagógicos
e o profissional desta área devem estimular
a curiosidade e a exploração de materiais,
cores, situações e sentimentos, para que o
universo infantil se amplie. Planejar atividades
cuidadosamente, que favoreçam esses processos,
é atribuição de um educador bem-formado.

O especialista na área de Educação Infantil pode atuar nos segmentos:

Educador de bebês de 0 a 3 anos Educador de crianças de 4 e 5 anos

Auxiliar pedagógico Gestor escolar administrativo

Orientador Educacional Educador Especial

Animador Cultural Docente Universitário

Oportunidades de trabalho na Educação Infantil | 12


Professores, coordenadores, animadores e gestores podem e devem ampliar o repertório sensorial das
experiências vivenciadas pelas crianças a partir de sua própria capacitação profissional.

Mas quem são os profissionais que podem trabalhar com a Educação Infantil?

• Pedagogos • Terapeutas ocupacionais


• Psicólogos • Licenciados
• Psicopedagogos • Demais profissionais portadores de diploma de
• Fonoaudiólogos graduação, interessados na temática da Educação Infantil

Oportunidades de trabalho na Educação Infantil | 13


Cursos oferecidos
para capacitação em
Educação Infantil
A partir da ampla atuação do profissional na área de Educação Infantil, que representa um grande segmento
no mercado educacional, foram desenvolvidos os cursos de Pós-Graduação em:

Sociologia
Educação da Infância
Infantil e Educação
Infantil

Neuroaprendizagem Alfabetização
e Práticas
Pedagógicas e Letramento

Com aulas preparadas por especialistas na área, você poderá se capacitar para atuar nos diferentes setores
educativos a partir das escolhas de sua preferência. Reflita sobre seu desejo e suas vontades e se atualize para
trilhar seu caminho junto às necessidades do mercado.

O curso de Educação Infantil capacita profissionais para atuarem de forma compromissada, integrando
cuidados e educação com um trabalho rico e significativo, desenvolvendo o conhecimento necessário ao
educador infantil e suas competências pedagógicas que incluem gestão, planejamento, avaliação, conteúdos,
organização e rotinas.

Cursos oferecidos para capacitação em Educação Infantil | 15


Sociologia da Infância e Educação Infantil é um curso que contempla a necessidade da formação de
profissionais que entendam a Educação Infantil como um espaço de formação, no qual a aprendizagem e o
desenvolvimento são assegurados pela qualidade e variabilidade das vivências propiciadas. Para isso, o curso
aborda o conceito de infância que se modifica ao longo da história e que a reconhece como um ser ativo,
participativo e cultural.

Tanto o curso de Educação Infantil quanto o de Sociologia da


Infância e Educação Infantil proporcionam aos seus alunos
o conhecimento sobre as políticas públicas educacionais e
a legislação para a educação infantil no Brasil, a promoção
de reflexões sobre os fundamentos históricos, sociopolíticos,
pedagógicos e psicológicos envolvidos neste contexto, o
estudo das metodologias específicas das diversas áreas do
conhecimento, sua aplicação e a qualificação para atuar na
gestão e docência da educação infantil.

A Pós-Graduação em Neuroaprendizagem e Práticas Pedagógicas visa ao estudo dos processos cognitivos e


de suas interfaces com a dimensão afetiva, com a corporeidade e com a estruturação do psiquismo, oferecendo
a possibilidade de compreensão dos processos normais de ensino-aprendizagem, estudo de distúrbios,
dificuldades e das práticas pedagógicas a partir de uma concepção de formação de um ser integral. Desta
forma, ao realizar essa Pós-Graduação você terá uma nova forma de compreensão dos fenômenos escolares em
interface com os processos neurobiológicos, capacitando-se em práticas educacionais centradas nas formas e
nos comportamentos cognitivos.

Ao estabelecer um diálogo entre a psicologia e a educação, o curso possibilita o conhecimento sobre


transtornos neurológicos para desenvolver um trabalho de acompanhamento pedagógico cognitivo e
emocional de crianças também da Educação Infantil.

O curso de Alfabetização e Letramento entrega o conhecimento sobre


possíveis causas e dificuldades observadas no processo de alfabetização
e letramento. Com este curso, os alunos serão introduzidos ao universo
dos fundamentos teóricos da educação, assim como da psicologia do
desenvolvimento e da aprendizagem, abordando a constituição cognitiva
do indivíduo em processo de aprendizagem, priorizando os aspectos da
aquisição da linguagem e da escrita. A pessoa habilitada nesta especialidade
poderá orientar ou atuar diretamente nas práticas de ensino de matemática,
ciências da natureza, artes e ciências sociais, relacionadas à alfabetização e
ao letramento não só de crianças, mas também de jovens e adultos.

Todos os cursos disponíveis e apresentados aqui revelam singularidades primordiais para especificidades da
área de Educação Infantil. O profissional desenvolve inúmeras competências e habilidades socioemocionais
como criatividade, ética e resiliência, desmistifica paradigmas e compreende processos relacionados a práticas
pedagógicas.

Cursos oferecidos para capacitação em Educação Infantil | 16


Conclusão
Fazer uma especialização transforma a pessoa em um técnico diferencialmente capacitado e pode oferecer um
olhar especial e atento aos processos educacionais. É muito recompensador para a vida pessoal e profissional!

O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) descreve que qualquer criança tem direito à educação e todas
devem frequentar uma escola, serem preparadas para o exercício da cidadania e respeitadas por educadores
e os demais envolvidos no ambiente educacional. Brincar, explorar, interagir, ter uma alimentação saudável,
acesso à higiene e saúde, vivenciar uma educação completa também é direito de todos os pequeninos. Para
Vygotsky (2003), cada pessoa é um ser social, relacional e participante de todo o processo histórico, desta
forma o conhecimento acontece a partir das interações sociais de qualidade que nos são oferecidas. Oferecer
uma educação de qualidade é dever de especialistas preparados e formados efetivamente.

O desenvolvimento de bebês e crianças está focado em estratégias


que dependem de especialistas da área de educação, psicologia,
terapia, saúde, artes, educação física, fonoaudiologia, entre outros.

Com tudo que foi exposto, é evidente que a área de Educação


Infantil só tende a crescer! O profissional habilitado e capacitado
para atuar neste mercado poderá imprimir suas digitais carimbando
princípios de respeito ao próximo e ao bem comum, espalhando
expressão e criatividade aos futuros cidadãos.

Não deixe de se aperfeiçoar!

Ficou interessado? Saiba mais!


Acesse nosso site: www.portalpos.com.br/unopar

Autora: Juliane Raniro

Conclusão | 18
Referências

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.
DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.

BRASIL/MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília,
DF: 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Educação, Ministério e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental; Referencial Curricular


Nacional para a Educação Infantil Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1.

BRASIL. Ministério da Educação. Planejando a Próxima Década. Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de
Educação. Ministério da Educação/Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (MEC/Sase): Brasília,
DF., 2014.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>Acesso em: 20.ago 2018.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Referências | 19

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