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Deolinda Júlia Daniel

Princípios Para a Escolha de Uma Espécie Para a Conservação


(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Deolinda Júlia Daniel

Princípios Para a Escolha de Uma Espécie Para a Conservação


(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química)

Trabalho da cadeira de Biologia de Conservação, a


ser entregue ao Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática, para fins
avaliativos sob orientação da Msc: Virgílio Cossa

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 3

1.2. Geral .................................................................................................................................... 3

1.3. Específicos ........................................................................................................................... 3

2. Metodologia ............................................................................................................................ 3

3. Princípios Para a Escolha de Uma Espécie Para a Conservação ............................................ 4

3.1. Áreas prioritárias para escolha da conservação da biodiversidade................................... 4

4.1. Etapas da identificação de áreas prioritárias para conservação da biodiversidade.............. 6

4.2. Seleção das áreas para conservação da biodiversidade ....................................................... 7

4.3. Pós-seleção: a priorização das áreas para conservação da biodiversidade .......................... 7

5. Base de dados para o planejamento da conservação da biodiversidade ................................. 8

5.1. Objetos de conservação ....................................................................................................... 8

5.2. Unidades ambientais ............................................................................................................ 9

6. Metodologias usadas para selecionar áreas prioritárias para conservação ............................. 9

7. Aplicações ............................................................................................................................ 10

8. Conclusão ............................................................................................................................. 12

9. Bibliografia ........................................................................................................................... 13
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1.Introdução
O presente trabalho tem como tema; Princípios para a Escolha de uma Espécie para a
Conservação. Onde abordaremos a cerca de; áreas prioritárias para conservação da
biodiversidade, princípios para conservação da biodiversidade, etapas da identificação de áreas
prioritárias para conservação da biodiversidade, selecção das áreas para conservação da
biodiversidade, pós-selecção: a priorização das áreas para conservação da biodiversidade e
Metodologias usadas para seleccionar áreas prioritárias para conservação. A identificação de
áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade é um exercício voltado para o
reconhecimento daqueles locais ou regiões que possuem atributos naturais bastante expressivos e
por vezes únicos. Entretanto, os escassos recursos financeiros destinados à conservação da
biodiversidade exigem a realização de um exercício de estabelecimento de prioridades
(MARGULES & PRESSEY, 2000; SARKAR et al., 2002; WILLIAMS et al., 2002).
A mensuração desses atributos normalmente se faz pelo registro de espécies ou ecossistemas
ameaçados pela ocupação humana. Dentro dessa perspectiva, as áreas prioritárias são aqueles
locais que combinam pelo menos duas características: 1. elevada biodiversidade e 2. alta pressão
antrópica.
1.1. Objectivos
1.2. Geral
 Analisar os Princípios Para a Escolha de Uma Espécie Para a Conservação.
1.3. Específicos
 Identificar os principais princípios biologia de conservação; para a conservação;
 Descrever os principais áreas para escolha da conservação da biodiversidade;
 Mencionar as principais metodologias usadas para conservação da biodiversidade.
2. Metodologia
Para a realização do presensente trabalho baseou-se na consulta de internet e revisão
bibliográfica.
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3. Princípios Para a Escolha de Uma Espécie Para a Conservação


Os biólogos da conservação buscam manter três princípios importantes da conservação da vida
na Terra tais como:

Integridade Ecológica
É o grau no qual um conjunto de organismos mantém sua composição, sua estrutura e sua função
ao longo do tempo, se comparado a um conjunto que não tenha sido alterado pelas ações
humanas.
Diversidade Biológica
A biodiversidade é a variedade de organismos vivos em todos os níveis de organização,
incluindo genes, espécies, níveis mais altos de taxonomia e a variedade de habitats e de
ecossistemas.
A diversidade biológica está ameaçada de extinção quando se observa um dos seguintes padrões:
ou o elemento é raro ou está em declínio
Saúde Ecológica
É uma medida relativa da condição de um sistema ecológico com relação à sua resiliência ao
stress e à habilidade de manter sua organização e autonomia ao longo do tempo.

3.1. Áreas prioritárias para escolha da conservação da biodiversidade


A identificação de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade é um exercício voltado
para o reconhecimento daqueles locais ou regiões que possuem atributos naturais bastante
expressivos e por vezes únicos. Entretanto, os escassos recursos financeiros destinados à
conservação da biodiversidade exigem a realização de um exercício de estabelecimento de
prioridades (MARGULES & PRESSEY, 2000; SARKAR ET AL., 2002; WILLIAMS ET AL.,
2002).

A mensuração desses atributos normalmente se faz pelo registro de espécies ou ecossistemas


ameaçados pela ocupação humana. Dentro dessa perspectiva, as áreas prioritárias são aqueles
locais que combinam pelo menos duas características: 1. elevada biodiversidade e 2. alta pressão
antrópica.
No Brasil, o reconhecimento de áreas prioritárias para a conservação já ocorreu em diversas
ocasiões e regiões. Podem ser citados os exemplos das áreas prioritárias para a conservação da
Amazônia, realizado em 1990; áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica do
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Nordeste, realizado em 1993; e o conjunto de seminários que definiram as área prioritárias para
os biomas no Brasil (BRASIL, 2000).

Segundo OLIVIERI etc al (1995), alguns estados, como Minas Gerais e Pernambuco,
chegaram a definir as suas áreas prioritárias, em uma espécie de detalhamento e refinamento das
áreas definidas nacionalmente. Todos os casos citados acima utilizaram basicamente a mesma
metodologia, que consiste na selecção dos objectos de conservação (na maioria dos casos
espécies endémicas e ameaçadas de extinção), compilação de dados sobre a distribuição dessas
espécies, realização de um seminário de consulta a especialistas e a publicação dos resultados,
onde cada área prioritária identificada é acompanhada de algumas acções de conservação
sugeridas pelos participantes do exercício. O método tradicional de organização do exercício de
priorização prevê que cada grupo temático (grupos taxonómicos como mamíferos, aves, répteis,
anfíbios, peixes, invertebrados; outros grupos como socio economia, unidades de conservação,
meio físico, etc.) realize um exercício intermediário que será posteriormente integrado com os
resultados dos demais grupos. Ao final do exercício, cada área prioritária é categorizada em
níveis diferenciados de importância (extremamente alta, muito alta, alta, e assim por diante).

4. Princípios para conservação da biodiversidade


As abordagens tradicionalmente usadas para selecção de áreas prioritárias caracterizam-se muitas
vezes por critérios como terras com baixo potencial agrossilvipastoril, propósitos turísticos,
paisagens de grande beleza cénica, protecção de recursos hídricos, pressão de grupos de interesse
e protecção de espécies raras ou ameaçadas.
A consequência desse tipo de processo é normalmente um sistema de unidades de conservação
com baixa eficiência, que contribui pouco para a representar os padrões e processos da
biodiversidade regional, tornando alguns aspectos da biodiversidade super representados e
desconsiderando objectos de conservação na selecção das áreas.

Ao invés disso, o método adoptado nesse projecto procura promover a identificação e selecção
eficiente de um conjunto de áreas prioritárias com potencial para a protecção de diferentes
aspectos da biodiversidade (espécies, habitats, paisagens e processos ecológicos, genericamente
denominados objectos de conservação). Ao invés de acumulação do máximo possível de área em
unidades de conservação, a ideia é dispor dos recursos financeiros escassos de forma eficiente
para estabelecer um sistema de unidades de conservação que contribua para atingir metas
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explícitas de conservação com um impacto reduzido sobre outros tipos de ocupação do território,
minimizando os conflitos com diferentes grupos de interesse, e construindo mosaicos de unidades
de conservação ao invés de unidades isoladas.

A selecção e desenho das áreas nesses moldes devem seguir princípios de conservação da
biodiversidade:
 Representatividade regional – representação abrangente da biodiversidade;
 funcionalidade – promoção da persistência dos objectos de conservação no longo prazo,
mantendo sua viabilidade e integridade ecológica;
 Eficiência – máxima protecção da biodiversidade com um sistema com o menor número
de unidades de conservação possível e com uma boa relação custo ou protecção;
 Complementaridade – incorporação de novas unidades ao sistema já existente de modo a
optimizar a protecção dos objectos de conservação;
 Flexibilidade – formulação de cenários com alternativas em termos de áreas prioritárias
para protecção dos objectos de conservação seleccionados;
 Insubstituibilidade – identificação de áreas indispensáveis para atingir as metas definidas
para os objectos de conservação, considerando suas contribuições potenciais para a
representatividade do sistema de UC e o efeito de sua indisponibilidade sobre as outras
opções para proteger os objectos conservação;
 Vulnerabilidade – priorização das acções de conservação de biodiversidade de acordo
com a probabilidade ou iminência de erradicação dos objectos de conservação;
 Defensibilidades - adoção de métodos simples, objectivos e explícitos para selecção das
áreas prioritárias para conservação da biodiversidade, necessárias para complementar as
UC existentes e atingir as metas definidas para os objectos de conservação.

4.1. Etapas da identificação de áreas prioritárias para conservação da biodiversidade


A identificação das áreas prioritárias foi feita através de análises dos dados temáticos em um
processo composto pelas seguintes etapas:
1. Identificação de objectos de conservação;
2. Processamento e análise das informações disponíveis;
3. Definição de metas quantitativas para os objectos de conservação seleccionados;
4. Análise de representatividade das unidades de conservação existentes;
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5. Avaliação da viabilidade dos objectos de conservação; 6. análise de custos e oportunidades;


7. Selecção e delineamento de propostas de unidades de conservação no âmbito de um sistema de
áreas protegidas e 8. definição de prioridades.

4.2. Selecção das áreas para conservação da biodiversidade


Encontrar uma solução em que as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade atendam
aos princípios de representatividade da biodiversidade e eficiência, ou seja, em que todos os
objectos de conservação estejam representados no conjunto de a um custo mínimo em termos de
alocação de território, é definido matematicamente como um clássico problema de representação
mínima. Se esse custo é uma função linear do número de UP seleccionadas como prioritárias,
esse problema pode ser solucionado co técnicas de programação linear integral (POSSINGHAM
et al; 2000).

Esse problema pode ser formulado no contexto da teoria de decisões a partir das seguintes
definições:
m – número total de unidades de planeamento - UP
n – número de objectos de conservação (OC)
A – matriz (m x n) UP por OC.

4.3. Pós-selecção: a priorização das áreas para conservação da biodiversidade


As áreas para a conservação da biodiversidade, identificadas pelas simulações realizadas pelo
Marxan, podem ser caracterizadas, classificadas e priorizadas em função de critérios de pós-
selecção (urgência de acção, recomendações de manejo, grau de fragmentação, objectos de
conservação protegidos, etc).
A priorização do conjunto de áreas potenciais pode ser feita através da articulação da
insubstituibilidade com um indicador de vulnerabilidade dos objectos de conservação.

Nos trabalhos de foram definidas quatro classes de vulnerabilidade da biodiversidade (zero,


baixa, moderada e elevada) baseadas na avaliação da adequabilidade dos sistemas de terras para
desmatamento e cultivo, ou seja, áreas com grande potencial para a ocupação agrícola seriam as
mais vulneráveis a perda de biodiversidade (PRESSEY et al. 2000 e PRESSEY & TAFFS 2001).

Reconhecendo-se a necessidade de caracterizar as áreas prioritárias para conservação da


biodiversidade em termos de sua vulnerabilidade à perda de biodiversidade, optou-se pela
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utilização de um indicador de fragmentação dos remanescentes da cobertura vegetal natural,


devido a sua associação com a perda da biodiversidade (ANDRÉN, 1994).

Como indicador de fragmentação foi utilizada a relação área/perímetro, ou seja, a razão entre a
área total dos fragmentos remanescentes e o perímetro (borda) total destes fragmentos para cada
área prioritária identificada pelo Marxan. Quanto maior a relação área/perímetro, menos
fragmentada a unidade de análise e portanto potencialmente em melhor estado de conservação,
considerando somente a forma do fragmento. Considerando-se que mais de 60% da cobertura
vegetal do estado já foi erradicada, optou-se por associar um grau maior de fragmentação a maior
vulnerabilidade

5. Base de dados para o panejamento da conservação da biodiversidade


A formulação da base de dados para o panejamento da conservação da biodiversidade inicia-se
com a definição dos objectos de conservação; suas respectivas metas quantitativas; sua
distribuição espacial segundo um conjunto de amostras padronizadas, denominadas unidades de
panejamento (UP). A despeito da arbitrariedade em se adoptar um sistema de UP, que no caso
desse projecto foi constituído por hexágonos com tamanho de 10.000 hectares, essa abordagem
tem a vantagem de permitir uma uniformização na representação da distribuição geográfica dos
diferentes objectos de conservação utilizados.

5.1. Objectos de conservação


Na selecção dos objectos de conservação foram consideradas as seguintes categorias:
1. espécies (raras, ameaçadas e endémicas);
2. comunidades ecológicas;
3. ecossistemas;
4. unidades ambientais;
5. processos ecológicos, como, por exemplo, ciclo hidrológico, diversificação ecológica e
geográfica, migrações da biota, etc, diferenças nos requisitos para a conservação entre os
diferentes tipos de vegetação (raridade, diversidades alfa, beta e gama).

A lista final dos objectos de conservação foi discutida e definida em conjunto com os consultores,
auditores e especialistas sobre o bioma Cerrado nas diferentes reuniões técnicas durante o
andamento do projecto. Para cada um dos objectos seleccionados foram definidas metas
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quantitativas descritas nos itens a seguir.


Os objectos seleccionados para esse processo de selecção de áreas prioritárias para conservação
foram unidades fito geomorfológicas, áreas inundáveis e distribuição de espécies endémicas e
ameaçadas.

5.2. Unidades ambientais


Em relação às comunidades ecológicas, ecossistemas e unidades ambientais, foram adoptados
dois objectos de conservação: unidades fito geomorfológicas e áreas inundáveis.
O critério básico para a definição das unidades fito geomorfológicas (UFG) como objecto de
conservação foi articular os dados ambientais disponíveis da melhor forma possível dentro do
cronograma de execução do projecto, de modo a criar um indicador dos padrões de distribuição
da biodiversidade.

Estudos recentes sugerem que a utilização de substitutos da biodiversidade, como é o caso das
UFG, em conjugação com dados de espécies melhora a definição de sistemas de unidades de
conservação em termos de representatividade (BONN & GASTON, 2005).

Com associação directa com a distribuição da biodiversidade através do mapeamento da


vegetação, as UFG foram geradas a partir da intersecção do PI Geomorfologia com o PI
Formações Vegetais Remanescentes e Uso e Cobertura da Terra. Os nomes das UFG foram
definidos a partir da junção do nome da fito fisionomia com o da unidade geomorfológica.

6. Metodologias usadas para seleccionar áreas prioritárias para conservação


Actualmente os métodos usados para seleccionar áreas de prioridades para conservação podem
ser, basicamente, divididos em dois grupos: o político e o outro baseado em conceitos biológicos,
ecológicos ou biogeográfi cos.É importante reconhecer que o primeiro não deve ser usado de
início para defi nir os potenciais de conservação, e sim auxiliar numa decisão fi nal após ter sido
considerado o outro grupo de crité rios. Dentro dos critérios políticos (MARGULES; 1981)
citam:
 Comunidades com forte equilíbrio: deve-se preservar aquelas comunidades que voltam
mais facilmente à condição inicial após sofrerem uma perturbação (maior resiliência).
 Valor científico: preservar áreas que estejam sendo estudadas e produzindo resultados
úteis (principalmente para a conservação).
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 Espécies conspícuas: apesar de não ser um critério efectivo por não, necessariamente,
conservar um grande número de espécies, é importante conservar as espécies conspícuas
(raras e grandes) como forma a se obter apoio público.
 Disponibilidade: preservar áreas que não estejam sendo utilizadas para nenhum fi m.
Apesar do ítem não ser considerado como um critério, na prática é um dos mais
utilizados.
 Espécies “Guarda-chuva”: refere-se ao uso de espécies, geralmente de vertebrados, para
proteger outras espécies na sua comunidade. Acredita-se que uma reserva deva ser grande
o sufi ciente para sustentar estas populações, bem como manter outras espécies. Tais
espécies devem ter longo tempo de geração e relativamente baixa taxa de crescimento
intrínseco.
 Valor educacional: nesse caso é considerado que todas as reservas tenham valor
educacional. O que definiria seu valor seria a proximidade e acesso das instituições
educacionais. O impacto dessas actividades na reserva, entretanto, é um factor que merece
ser melhor investigado.
 Comunidades frágeis: proteger aquelas comunidades mais sensíveis a mudanças. No
entanto, a crítica a este critério é que além de ser fortemente relacionado com outro
critério mais comumente usado, a ameaça humana, este não conservaria comunidades em
estágios sucessionais iniciais (COWLING & HEIJNIS; 2001).

7. Aplicações
Graças aos conhecimentos adquiridos nas mais diversas áreas, hoje biólogos da conservação são
capazes de entender quais são as necessidades ecológicas de uma espécie ou quais as suas
principais ameaças para assim estabelecer formas mais eficazes de protegê-la. São também
capazes de compreender como a estrutura da paisagem pode influenciar a dinâmica das
populações e seu risco de extinção e aplicar estes conhecimentos para estabelecer áreas de
proteção. Ainda, possuem ferramentas que permitem prever o efeito de mudanças climáticas
sobre espécies e ecossistemas e assim estabelecer metas para conservação, entre muitas outras
aplicações.
Também tem como objetivo encontrar soluções para situações que ameaçam a biodiversidade,
por meio de medidas que envolvem vários setores da sociedade, como governos, instituições
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públicas e privadas, universidades, organizações-não-governamentais, entre outras. Outras


análises podem ser utilizadas como instrumento para determinar as prioridades para conservação.

Na África e América do Sul, este autor usou padrões geográficos de espécies de aves relictas e
novas, comparando tais padrões com os processos históricos e ecológicos (através da filogenia do
grupo de aves). Os resultados obtidos demonstram que existem áreas onde espécies relictas
originam espécies novas, pela especialização destas últimas às alterações do habitat; e ainda
existem áreas onde as espécies se acumulam após suas radiações. Com isso, o autor propõe
estratégias diferentes de conservação considerando o potencial das áreas em questão, enfatizando
a maior urgência em se priorizar áreas onde a biodiversidade é originada.

Alguns autores priorizam áreas de conservação analisando riqueza de espécies e/ou endemismo
considerando mais de um grupo diferente de animal, especialmente de vertebrados, por exemplo
(PETERSON; 1993).
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8. Conclusão
Perante a realização do trabalho conclui qui: Integridade ecológica é o grau no qual um conjunto
de organismos mantém sua composição, sua estrutura e sua função ao longo do tempo, se
comparado a um conjunto que não tenha sido alterado pelas acções humanas. Diversidade
biológica biodiversidade é a variedade de organismos vivos em todos os níveis de organização,
incluindo genes, espécies, níveis mais altos de taxonomia e a variedade de habitats e de
ecossistemas. Saúde ecológica é uma medida relativa da condição de um sistema ecológico com
relação à sua resiliência ao stress e à habilidade de manter sua organização e autonomia ao longo
do tempo. A identificação de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade é um
exercício voltado para o reconhecimento daqueles locais ou regiões que possuem atributos
naturais bastante expressivos e por vezes únicos. Entretanto, os escassos recursos financeiros
destinados à conservação da biodiversidade exigem a realização de um exercício de
estabelecimento de prioridades. Actualmente os métodos usados para seleccionar áreas de
prioridades para conservação podem ser, basicamente, divididos em dois grupos: o político e o
outro baseado em conceitos biológicos, ecológicos ou biogeográficos.
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9. Bibliografia
1. MARGULES, C. R.; PRESSEY, R. L. Systematic conservation planning. Nature, v. 405, p.
243-253, 2000. METROPOLIS, N.; ROSENBLUTH, A.; ROSENBLUTH, M.; TELLER, A.;
TELLER, E. Equation of statebcalculations by fast computing machines. Journal of Chemical
Physics, v. 21, p. 1087-1092, 1953. Apud POSSINGHAM et al., 2000.

2. BRASIL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC. Lei no. 9.985
de 18 de julho de 2000.

3. OLIVIERI, S.; BOWLES, I.A.; CAVALVANTI, R.B.; FONSECA. G.A.B.; MITTERMEIER,


R.A.; RODSTRUM, C.B. A participatory approach to biodiversity conservation: the regional
priority setting workshop Washington: Conservation International, 1995.

4. BONN, A.; GASTON, K. J. Capturing biodiversity: selecting priority areas for conservation
using different criteria. Biodiversity and Conservation , v. 14, p. 1083-1100, 2005.

5. MARGULES, G.; USHER, M. B. Criteria in Assessing Wildlife Conservation Potential: a


review. Biological Conservation 21: 79-109. 1981.

6. POSSINGHAM, H.; BALL, I.; ANDELMAN, S. Mathematical methods for identifying


representative reserve network.. In: FERSON, S.; BURGMAN, M. (ed.) Quantitative methods for
Conservation Biology. Nova York: Springer, 2000. p. 291-305.

7. COWLING, R. M.; HEIJNIS, C.E. The identification of broad habitat units as biodiversity
entities for systematic conservation planning in the Cape Floristic Region. South African Journal
of Botany, Grahamstown, v. 67, n.1, p. 15-38, 2001.

8. ANDRÉN, H. Effects of habitat fragmentation on birds and mammals in landscapes with


different proportions of suitable habitat: a review. Oikos, v. 71, p. 355-366, 1994.

9. PETERSON, A. T.; FLORES-VILLELA, O. A.; LEÓN-PANIAGUA, L. S.; LLORENTE-

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