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Disp.

e Tradução: Rachael
Revisora Inicial: Marcia
Revisora Final: Rachael
Formatação: Rachael
Logo/Arte: Dyllan

Com seu quadragésimo aniversário se aproximando e um mau casamento atrás dela,

Jessica Tyler quer um novo começo. O casamento lhe deixou uma concha sem emoções e ela

jurou nunca mais se envolver com um homem novamente.

Cedendo a sua irmã, Jesse concorda em visitá-la em Desire, Oklahoma.

Mas Desire é uma pequena cidade diferente de qualquer outra. Dom/sub e

relacionamentos ménage é a norma em uma cidade onde fazendeiros e cowboys adoram e

protegem suas mulheres de uma forma que deixa Jesse fascinada. Primeiro ela fica intrigada,

em seguida, alarmada, quando dois irmãos lindos e superprotetores, Clay e Rio Erickson,

correm para reclamá-la para eles próprios.

Arrancada de seu escudo protetor, ameaçada por seu ex, Jesse está determinada a se

manter forte, mesmo quando seus dois amantes formidáveis estão decididos a possuí-la.

Será que sua independência seria sufocada ou amaria lhe dar a força necessária para

mudar a vida de todos os três para sempre?

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Revisoras Comentam...

Marcia: Para você que certamente está indo ler este livro, uma advertência: cuidado, a

partir de agora você estará viajando para uma cidade onde todos os seus desejos, todos

mesmo, até aqueles mais escuros que você nunca acreditou ser possível, pois são criticados e

condenados por essa sociedadezinha hipócrita que vivemos, poderão se realizar... Sim, aqui,

em Desire, você vai poder conhecer o quão bom seria se todos aprendessem a amar e respeitar

uns aos outros sem preconceitos. E aí, está pronta para o desafio? Ótimo, então se divirta

bastante com esse trio inusitado, e caia num mar de prazer sem fim... Uau... Esses homens são

tão perfeitos que até beiram ao exagero!... Boa Leitura.

Rachael: Concordo em gênero, número e grau com a Marcia, essa cidade é incrível, eu

preciso achar o caminho para lá porque minhas malas já estão prontas. Desire é uma cidade

sem preconceitos, onde um trio, um quarteto, um casal podem se amar sem pré conceitos,

onde as mulheres são protegidas, adoradas e respeitadas. Clay e Rio tentaram ser felizes cada

um com sua esposa e não deu certo, resolveram esperar pela mulher deles aparecer. Jesse

viveu um pesadelo com o marido e numa viagem para visitar a irmã conhece os homens mais

incríveis, mas será que tudo é um mar de rosas? Até onde nos permitimos sermos felizes sem

que nossas inseguranças nos impeçam de amar? Venham descobrir o que é viver e amar em

Desire. Eu espero ansiosa pelo livro da Kelly. E agradeço muito a Aline que nos sugeriu essa

série, nós amamos a indicação com certeza!!!

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Capítulo 1

Clay Erickson olhou para seu irmão, Rio Erickson, antes de voltar sua atenção para os

três irmãos Preston.

“Full house!” Ben Preston riu enquanto espalhava as cartas na mesa. “Cinco reis

completos!”

Clay fez uma careta enquanto jogava seus três ases. “Parece que você está em uma

maré de sorte esta noite, Ben.”

“Em uma maré de sorte aqui.” Wade Preston riu. “Em casa, ele está na casa do

cachorro com Isabel,” ele se referia a sua esposa e o terceiro irmão Preston, Cord, riu em

resposta. “Cord e eu temos tentado conseguir que Isabel o perdoe, mas até agora ela não fez.”

Ben olhou para seus dois irmãos. “Não me importo no quão chateada ela está. Ela

merecia uma surra e ela conseguiu!” Ele bebeu o uísque com uma careta.

“Ela gostou daquelas palmadas, também, o que apenas a chateou ainda mais.” Wade

sacudiu a cabeça. “Eu gostaria de ter chegado lá primeiro. Ela sabe que tem que verificar se

está com seu celular. Qualquer coisa poderia ter acontecido com ela nessa viagem a Tulsa.”

“Você está pregando para o coro,” Cord disse enquanto distribuía a próxima mão.

“Eu lhe disse que se tivesse chegado lá primeiro, teria sido a minha mão fazendo sua bunda

queimar. Sua raiva não vai durar muito. Ela sabe que estamos apenas tentando cuidar dela

como sempre fizemos.”

Wade colocou sua aposta. “Vamos voltar para casa mais cedo hoje e acabar com isso.”

Ele sorriu em antecipação.

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Clay e Rio absorveram a conversa entre os irmãos Preston. Ben, Wade, e Cord

Prestons haviam se casado com Isabel há mais de trinta anos e tinham três filhos crescidos.

Ninguém podia duvidar do amor destes homens por sua esposa. Ele se mostrava claramente

em seus rostos e você podia ouvi-lo em suas vozes sempre que falavam sobre ela.

Vários homens se reuniam no clube, alguns jogando pôquer, outros só conversando,

mas todos com um olho na atividade que acontecia do outro lado da grande sala.

Dois membros do clube, Brandon Weston e Ethan Sullivan, tinham uma mulher nua

— uma nova sub — entre eles. “Foda-me, maldito!” Ela gritou.

Ambos riram quando ela soluçou sua excitação. A mão de Ethan aterrissou forte em

sua bunda que estava curvada sobre uma mesa. Os dois também estavam nus, seus pênis

duros e pulsando enquanto despertavam a mulher. Seus mamilos estavam duros e vermelhos,

suas coxas molhadas pelos sucos fluindo de sua boceta.

Brandon segurou a parte de trás de sua cabeça com uma mão e acariciou seu pênis

com a outra enquanto lentamente empurrava através de seus lábios abertos.

“Vamos, querida, abra mais,” ele incitou enquanto começava um ritmo suave de

golpes em sua boca à espera, quase com cuidado como se para não empurrar muito longe.

Os gemidos podiam ser ouvidos em torno da sala enquanto Ethan usava os próprios

sucos da mulher para preparar seu ânus para seu pênis. Correndo os dedos por seus sucos e

em seu ânus, ele a acariciava e ela choramingava de prazer.

Ela chupou Brandon ainda mais forte, exigindo em sua excitação. Quando Ethan

acrescentou outro dedo, ela gemeu, empurrando para trás contra sua mão para forçar os

dedos mais fundos. Ele lhe deu o que ela queria, estirando-a para levá-lo.

“Rápido, Ethan,” Brandon resmungou. A tensão de se conter endurecendo seus

traços. “Ela é má com a boca.”

Ethan lentamente tirou os dedos de seu rabo apertado, rindo quando ela se esforçou

para segui-los. Segurando-a no lugar com uma mão forte em seu quadril, ele embrulhou a

outra em seu pênis esticado, e posicionou a cabeça em sua entrada apertada. O nível de

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excitação na sala subiu quando ele lentamente empurrou contra o anel apertado de músculos.

A mulher empinou enquanto a cabeça do pênis desaparecia dentro dela.

“Fácil, querida,” Brandon sussurrou para ela enquanto puxava e beliscava seus

mamilos frisados, avermelhados de suas ministrações anteriores. “Você terá tudo. Apenas

relaxe para que Ethan possa enfiar seu pau toda a distância dessa bunda bonita.”

Atrás dela, ele assistiu enquanto seu amigo se movia; os golpes cada vez mais fundos,

torcendo gemidos contínuos dela. Brandon puxou o pênis de sua boca quando Ethan passou

um braço em volta de sua cintura, puxando suas costas contra seu peito. Brandon se moveu

para ficar na extremidade da mesa e Ethan trouxe a mulher se contorcendo para mais perto.

Ela estava linda, corada com excitação, arqueando nos braços de Ethan tentando

alcançar a satisfação. Mas Ethan a segurou firmemente contra o peito, não lhe dando espaço

para se mover enquanto Brandon ficava em posição abaixo dela, posicionando-se na entrada

de sua boceta. Lentamente Ethan a abaixou sobre a ereção pulsante de seu amigo.

“Foda-me!” Ela gritou quando os dois homens estavam finalmente acomodados até o

cabo dentro dela. Eles gemeram com a tensão enquanto rapidamente estabeleciam um ritmo

bem praticado. Quando ela gritou sua liberação, os dois continuaram a fodê-la, batendo nela

agora enquanto um segundo orgasmo a agarrava. Ambos clamaram quando gozaram,

encharcados de suor, segurando a mulher já esgotada firmemente entre eles.

Clay puxou seu olhar longe da sessão de treinamento e olhou para seu irmão antes de

se voltar para o jogo. “Brandon e Ethan parecem estar se divertindo.”

Rio assentiu. “Eles normalmente fazem. Ter todos hospedados no hotel funciona para

eles. Eles fazem dinheiro com os quartos e atendem a todos os novos subs recrutados. Esta

deve ser nova. Não a reconheço.”

O clube Desire sediava sessões de treinamento para Doms duas vezes por ano. Os

aspirantes a Doms se hospedavam no hotel de Brandon e Ethan ao lado. Mulheres que viviam

o estilo de vida em tempo integral, mas não tinham um Dom permanente, e mulheres que só

se envolviam quando vinham para Desire, Oklahoma para participar. Alguns vinham ano

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após ano, usando o tempo de férias de seus trabalhos para participar do treinamento,

realizando suas fantasias antes de voltar ao mundo real. Outros vinham na esperança de

encontrar um Dom que os manteriam.

Que incluíam advogados, médicos e contadores, juntamente com garçonetes, e até

mesmo um professor da escola.

A maioria dos membros do clube morava na cidade de Desire, onde se reuniam para

discutir e trocar ideias sobre o estilo de vida que tinham escolhido levar. Os membros do

clube davam um ao outro conselho e suporte, sempre explorando novas maneiras de dar

prazer às mulheres de suas vidas. Ninguém criticava o estilo de vida um do outro, desde que

fosse consensual e ninguém se machucasse.

Rio observou Brandon levantar a mulher em seus braços e levá-la da sala, seu amigo

Ethan indo ao lado deles, esfregando suas costas. Quando saíram, ele se virou para Cord

Preston. “Tenho que perguntar. Por que diabos você diria a Isabel que teria sido o único a

espancá-la se tivesse chegado primeiro?” Ele sacudiu a cabeça em confusão. “Ela não estava

brava com você, apenas com Ben. Isso não a deixou com raiva de você, também?”

Cord riu enquanto seus dois irmãos davam risadinhas. “Oh, sim, fez. Mas, se vocês

rapazes vão compartilhar uma mulher, é melhor aprenderem a ficar juntos.”

Ben se inclinou para frente, seus olhos cheios de piedade enquanto considerava Clay

e Rio. “Vocês eram muito jovens quando seus pais morreram; jovens demais para realmente

entender a relação deles. Teríamos explicado como tudo funcionava nesse tipo de relação,

mas quando você se casou com duas mulheres diferentes, não vimos o ponto.”

Wade pulou dentro. “Embora haja três de nós, Isabel governa a casa. Acredite-me,

quando ela não está feliz, ninguém está feliz. Nós governamos no quarto só porque ela

permite. Não significa ainda não, mas se você aprender a amar sua mulher, você nunca vai

ouvir essa palavra. Mas você ainda é o homem da casa e tem a responsabilidade de cuidar de

sua mulher, fazer o que é melhor para ela. Ela pode nem sempre concordar com o que você

acha que é melhor, que é quando você tem que insistir.”

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“Que é o que aconteceu com a gente,” Cord disse. “Isabel sabe que sempre tem que

estar com seu celular, e que deve ficar ligado. Queremos poder verificá-la e ter certeza de que

está bem, e queremos que ela possa chamar um de nós quando tiver um problema. Mas ela se

esqueceu de levá-lo quando foi a Tulsa com uma amiga passar o dia.” Ele deu de ombros.

“Foi um erro honesto, qualquer um de nós poderia ter feito, mas ao espancar sua bunda

vermelha, espero que ela pense nisso da próxima vez que sair, e não esquecer de novo.”

Ben bateu o punho na mesa. “Se espancar seu traseiro significa que ela vai ter seu

telefone com ela quando precisar de nós, eu o faria cem vezes mais. Não fazemos nada que

não seja em seu próprio interesse.” Ele considerou Clay e Rio. “Caberá aos dois decidir o que

é melhor para sua mulher, mas vocês têm que concordar com isso ou nunca vai funcionar. Se

ela pode dividí-los em seus pensamentos, ela pode acabar não respeitando nenhum dos dois,

porque vocês não a enfrentaram. Uma mulher precisa saber que seus homens são fortes o

suficiente para lidar com ela.”

Clay suspirou. “O que acontece se erramos?” Ele olhou os três irmãos. “Eu me lembro

de quanto amor e riso havia em nossa casa quando estávamos crescendo. Vejo o quanto vocês

amam Isabel.”

“Isso nós fazemos,” Ben concordou.

“Sem dúvida,” Wade respondeu prontamente.

“Mais que a vida,” Cord adicionou.

“Veja, é isso que quero dizer. Todo mundo sabe o quanto Isabel ama vocês três.

Queremos o que vocês têm; uma mulher que todos vocês amam e que ama vocês de volta.”

“Você vai encontrá-la quando menos esperar, e quando fizer, você vai saber;” Ben lhe

disse. “A primeira vez que vimos Isabel, foi assim para nós. Apenas certifique-se quando

encontrá-la, de lhe dar o que ela precisa. Pode não ser o que ela quer no início, mas você sabe.”

“Vocês dois estão esperado há muito tempo pela mulher certa,” Wade acrescentou.

“Tem tanto tempo que estão esperando para dar que acho que o único problema que os dois

vão ter é que ela será completamente estragada.”

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Clay ficou sentado, tomando sua bebida depois que os irmãos Preston partiram para

lidar com sua esposa, desejando que ele tivesse tal problema para lidar. Perdido em seus

próprios pensamentos, assustou quando seu amigo Jake puxou uma cadeira para se juntar a

ele e Rio à mesa.

“E aí rapazes, tudo bem?”

“Muito bem,” Clay murmurou. “Como foi tudo?”

Um joalheiro, Jake era especializado em peças que geralmente não eram encontradas

na maioria das joalherias. Ele fazia a maior parte de seu dinheiro com a venda de suas peças

pela internet.

Jake respondeu, “Blade chegou perto de perder a paciência mais de uma vez esta

noite.”

Rio assobiou por entre os dentes. “Blade tem mais paciência do que qualquer um que

eu sei. Eu nunca o vi perder a calma em todos esses anos que o conheço. O que aconteceu?”

Jake serviu-se de uma bebida da garrafa na mesa. “Dois dos Doms aspirantes tem as

mãos pesadas. Também não prestam atenção à resposta de uma mulher. E não podiam dizer

o que lhe dava prazer e o que a machucava.” Seu rosto endureceu. “Foi com Doris. Ela disse a

Blade que a única razão que não usou sua palavra segura foi porque confiava nele para pará-

los.”

“Filhos da puta.” Clay bateu o copo e o uísque derramou em sua mão. “Espero que

Blade e os outros possam ensiná-los algo antes de enviá-los de volta para casa. Eu não

gostaria de pensar o que eles fariam com uma mulher sem supervisão. Doris está bem?”

Jake riu. “Ela está bem. Ela emperrou isso e vai ficar o total de seis semanas. Nesse

momento está sendo preparada para uma viagem para a sala de jogos com os três.”

“Uau!” Rio parecia impressionado. “Ela poderá nunca partir!”

Jake engoliu a bebida e se levantou. “Eu adoraria ficar e papear, mas tenho que estar

em Tulsa às sete da manhã.”

“Por quê?” Clay perguntou enquanto ele e Rio também se levantavam. “O que foi?”

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”Você não lembra que eu disse que a irmã de minha esposa finalmente está chegando

para uma visita?” Jake os lembrou.

“Nat não tem tentado trazê-la aqui há mais de um ano?” Rio perguntou.

Jake suspirou. “Nat está me deixando louco. Ela está preocupada com Jesse. Ela

nunca podia vir porque seu filho estava na escola e não podia deixá-lo, e também não podia

tirá-lo da escola para trazê-lo com ela. Agora que ele está na faculdade, Nat não está

aceitando um não, como resposta. Ela disse que Jesse não está soando muito bem e que está

preocupada. E disse a Jesse que se ela não viesse para cá, ela ia para Maryland tomar o

assunto em suas próprias mãos. Jesse finalmente cedeu. Graças a Deus!”

*****

Jessica — Jesse — Tyler andou pelo aeroporto seguindo as indicações para a área de

bagagens. Ela notou olhares diversos lançados em seu caminho enquanto se movia pela

multidão. A pouco menos de seu quadragésimo aniversário, ela não se importava mais com o

que os outros pensavam. Vivia sua vida como queria.

Ela olhou para a parede espelhada enquanto passava e parou, franzindo a testa para

seu reflexo enquanto limpava uma mancha escura debaixo do olho. Pelo menos sua pele

estava boa. Ela devia sua aparência cremosa e cabelos brilhantes aos produtos que ela e sua

parceira de negócios, Kelly, faziam para sua loja. Ela olhou para os olhos. Eles pareciam

enfadonhos castanhos e mortos. Ela não via as manchas de ouro que faziam seus olhos brilhar

quando ria por muito tempo. Ao pensar nisso, ela não via nada neles por muito tempo.

Afastando-se da imagem deprimente, ela continuou pelo aeroporto para encontrar sua irmã,

Natalie.

Antes de alcançar o carrossel ela ouviu um grito. Virando-se, viu-se envolta no abraço

de sua irmã. Vacilando no contato inesperado, Jesse se deixou abraçar Nat de volta.

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Soltando-a, Nat olhou para o rosto de sua irmã “Jesse! Oh, querida, pensei que você

nunca viesse! Obrigado!” Ela a apertou novamente e Jesse encontrou-se se agarrando

desesperadamente à sua irmã.

*****

Jake ficou para trás e observou sua esposa cumprimentar a irmã. Como um Dom, ele

tinha aprendido a ler o rosto e a linguagem corporal de uma mulher e a falta de emoção em

Jesse o preocupou, seu sorriso para Nat não alcançava os olhos. Seu olhar se estreitou,

preocupado que esta mulher fria machucasse sua esposa com sua falta de sentimentos

quando Nat borbulhava de emoção ao ver sua irmã bebê.

Ele começou a avançar, com a intenção de emitir um alerta baixo, até que viu o quão

desesperadamente Jesse abraçou Nat. Mmm, algo estava acontecendo aqui. Jesse parecia estar

escondendo algo. Ele planejava manter uma estreita vigilância sobre ela. Se algo ameaçava

ferir sua esposa, cuidaria disso ele mesmo. Não importava o quanto Nat amava sua irmã, Jake

não podia ficar de braços cruzados e ver sua esposa se machucar.

Avançou quando as mulheres se separaram. “Oi, Jesse. Você não mudou nada.”

Tomou sua mão, sem se surpreender quando ela se afastou quase imediatamente.

“Eu tenho,” ela admitiu. “A vida faz com que você mude.”

Sem comentar, ele fez um gesto para o carrossel. “Quais malas são as suas?”

Ela acenou com o bilhete. “Eu tenho isso. Já volto.”

“Mas Jesse,” Nat chamou atrás dela. E olhou para Jake em confusão.

“Jesse parece que já está acostumada a cuidar de si mesma,” Jake meditou enquanto

seguia sua cunhada, sua esposa em sua esteira. “Ela deve ter alguém para pegar sua bolsa,

Nat.”

Ele tinha mentido quando disse a sua cunhada que ela não havia mudado. Ela parecia

mais fria agora do que quando a tinha conhecido anos atrás.

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Ele nunca tinha feito segredo de que não gostava do ex-marido de Jesse, Brian. Mas

vendo seu aparente efeito sobre ela, ele sabia que Brian tinha muito a responder. Só esperava

que essa nova Jesse, mais fria, não machucasse sua esposa.

Nesse caso, não teria escolha a não ser intervir, e ele não esperava ansiosamente por

isso.

Mas vendo o jeito como sua esposa olhava para sua irmã, Jake sabia que se alguém

podia ajudá-la, esta seria Nat.

*****

Nat fechou seu celular, virando a tempo de ver Jesse puxar a alavanca da parte de trás

do carro. “Deixa isso, Jesse. Jake está a caminho. Vamos nos sentar no ar condicionado. Está

quente demais para fazer isso.”

Nat tinha levado Jesse a uma cidade vizinha para fazer algumas compras, esperando

que ao estar sozinha com ela pudesse conseguir algumas dicas do que estava errado com sua

irmã. Até agora, porém, Jesse não tinha falado nada.

“Jesse, por favor! Jake vai ficar bravo se não esperarmos por ele.”

Jesse olhou para ela. “Por que ele ficaria bravo? Eu posso trocar o pneu em poucos

minutos, e então ele não terá que fazer nada.”

Nat olhou para Jesse curiosamente. “Parece que você já fez isso antes. Você não

chamava Brian quando tinha problemas com o carro?”

Jesse empurrou a alavanca no lugar e começou a içar o carro. “Por que eu o chamaria

quando sou perfeitamente capaz de mudá-lo eu mesma? Além disso, Brian nunca estava por

perto. Jake não fica chateado por você chamá-lo para trocar um pneu, quando ele está

provavelmente ocupado? É só ligar de volta e lhe dizer que já estou fazendo isso.”

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*****

“É ela?” Clay se contorceu no assento para ver a mulher com Nat enquanto Jake fazia

uma virada em U.

“Céu doce,” Ele ouviu Rio murmurar ao lado quando pararam atrás do carro de Nat.

“Esta é a irmã de Nat?” Clay exigiu. “Você a fez soar simples. Ela é linda.”

Jake olhou pelo para-brisa. “Ela é bonita. E é fria, no entanto.”

Clay chicoteou a cabeça com isso. “O que você quer dizer?”

Jake deu de ombros. “Tenho medo de que ela vá machucar Nat de alguma forma. Ela

não parece ter quaisquer sentimentos por nada exceto seu filho.” Ele se virou para eles.

“Sabem como Nat é, sempre tentando consertar todo mundo. Ela vai se machucada dessa vez

e não há uma maldita coisa que eu possa fazer a respeito.” Clay viu a frustração de Jake

enquanto considerava sua esposa. “E por que diabos ela está trocando o pneu quando sabia

que eu estava a caminho?”

Clay ouviu o suspiro de frustração de Jake enquanto o via sair do caminhão.

Trocando um olhar com Rio, ele agarrou sua própria maçaneta e saiu, franzindo a

testa quando a irmã de Nat mal olhou para eles antes de voltar a trabalhar no pneu.

“Eu disse a Nat para não chamá-lo,” Clay a ouviu dizer e a rouquidão de sua voz

suave apertou sua virilha. “Sinto muito por tirá-los de tudo que estavam fazendo.” Ela

acenou com os dedos para eles. “Vamos ficar bem. Só vai levar um par de minutos.”

Clay, Rio e Jake olharam um para o outro com incredulidade.

Jake foi o primeiro a se recuperar e avançou enquanto Clay se recostava contra o

caminhão para assistir, olhando para Rio para ver seu irmão olhando para a irmã de Nat.

Jake olhou para Jesse e fez uma carranca. “Você é louca? Afaste-se, Jesse. Se Nat não

tivesse me chamado, seu traseiro ficaria tão vermelho que ela não poderia se sentar por uma

semana.”

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Clay viu os olhos de Jesse se arregalar e Nat ficar vermelho brilhante quando ele e os

outros riram.

Mas claro que Nat não recuou. “Promessas, promessas,” ela disse a seu marido antes

de se virar para ele e Rio, e fazer beicinho. “Tenho sido tão negligenciada ultimamente.”

Ele viu os olhos de Jesse se alargar ainda mais quando Jake murmurou, “Vamos ter

que cuidar disso quando chegarmos a casa, então, não é?”

Nat mostrou a língua para ele e se virou para sua irmã. “Jesse, estes dois homens que

parecem tão intimidantes são nossos amigos, Clay e Rio Erickson. Clay, Rio, esta é minha

irmãzinha, Jesse.”

Clay avançou para apertar sua mão e sentiu um chiado de calor percorrer seu braço

no contato. Sabia que ela tinha sentido também pela forma como olhou para ele, surpresa, e

tentou puxar a mão de seu aperto. Segurou sua mão mais tempo do que o necessário e

assistiu-a de perto. A surpresa em seus olhos se voltou para pânico e Clay não pôde deixar de

notar que seus mamilos agora cutucavam a frente de sua camisa folgada.

Quando ele finalmente soltou sua mão, ela a empurrou longe rapidamente e o

observou com cautela enquanto alcançava para apertar a mão estendida de seu irmão. E

escondeu um sorriso quando ela pareceu ter a mesma reação com Rio.

Ela puxou a mão do aperto de seu irmão, um olhar de incredulidade e pânico em seu

rosto enquanto olhava de um lado para o outro entre eles.

Sua pele estava corada e ele não achava que tivesse algo a ver com a temperatura. A

confusão em seu rosto o puxou, fazendo-a parecer tão perdida e vulnerável. Ela parecia

confusa, como se não soubesse bem o que fazer com sua resposta.

Ele sorriu ironicamente quando ela cruzou os braços sobre o peito, como se para

esconder a evidência de seu desejo.

Ela olhou para ele.

E certamente não parecia fria para ele.

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Ela desviou o olhar para dizer algo a Nat e quando se voltou tinha a máscara fria

firmemente no lugar. Mas ele já tinha visto sob sua máscara, e o que viu era o que ele queria.

Desesperadamente.

Quando Jesse se voltou de novo para Nat, ele se moveu para ajudar Jake. E fizeram o

trabalho de trocar o pneu.

Enquanto trabalhavam, Clay estudou a irmã de Nat. Jessica. Jesse. Lançou um olhar

para seu irmão e viu o mesmo entusiasmo que sentia nos olhos de Rio. Eles finalmente a

tinham encontrado!

“Jake, por que você não dá uma carona para Nat de volta para casa? Rio e eu vamos

deixar o carro na garagem e pegar nosso caminhão na cidade.” Ele apontou para Jesse.

“Levaremos Jesse para casa quando terminarmos.”

“Eu ia parar no mercado para pegar alguns bifes para o jantar, no entanto,” Nat disse.

“Se vocês não se importarem de parar no mercado para pegá-”

“Nem um pouco,” Rio disse, sorrindo.

“Ei,” ela exclamou como se só agora tivesse pensado nisso, “por que não pegam o

suficiente para todos nós e ficam para o jantar? Está tão quente, que tal vocês ficarem com a

grelha e Jesse e eu fazemos uma salada?” Ela se abanou. “Estamos tão quentes e cansadas de

nossa viagem.”

“Parece bom, querida.” Jake olhou para sua esposa com ceticismo. Ela torceu o nariz

para ele.

Clay apreciou a fuga rápida de Nat e Jake, assim ele e Rio poderiam ficar sozinhos

com Jesse antes que ela tivesse a chance de se opor. Quando Jesse se moveu para entrar na

parte de trás, Clay viu Rio movê-la para o banco do passageiro.

Quando ambos seguraram a maçaneta ao mesmo tempo, Clay escondeu um sorriso

quando Jesse puxou a mão e olhou para Rio nervosamente.

Rio sorriu para ela. “Em Desire, as mulheres não abrem suas portas quando um

homem está presente.”

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Quando ela afastou o cabelo do rosto, Clay ficou surpreso ao ver que sua mão tremia.

Ela olhou para Rio por vários segundos antes de finalmente entrar no carro.

Capítulo 2

Clay dirigiu até a cidade, sua atenção dividida entre a estrada e a sedutora sentada ao

seu lado. Ela tentou duramente ignorar ele e Rio. Se Jake não o tivesse avisado de sua falta de

emoção, ele teria ficado preocupado. Mas ele estava à procura das rachaduras em sua

armadura e sua pequena querida não o tinha desapontado.

Ficou surpreso com o olhar genuíno de surpresa quando ela reagiu a eles. A aparente

confusão em seu rosto lhe disse o quão desconhecido tinha sido para ela.

Isso fazia sua resposta a eles muito mais doce.

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Ele não esperava ficar atraído pela mulher que Jake havia descrito para eles. Sabia

pela expressão de Rio que ele se sentia do mesmo jeito. Não podia deixá-la escapar, pelo

menos não até que pudessem examinar essa atração que sentiam por ela.

Talvez ela fosse apenas uma diversão temporária para eles, mas o furioso tesão que

ele estava desde o momento em que colocou os olhos nela lhe dizia que era algo mais. E se o

jeito como Rio estava se mexendo em sua cadeira era alguma indicação, ele tinha a mesma

reação a ela.

“Você está gostando de nossa cidade?” Ele tentou começar uma conversa.

“É adorável.” Ela desviou o olhar para a janela lateral.

“Você já passou algum tempo vagando pela cidade?” Ele trocou um olhar com Rio.

Não queria nem pensar quem mais ela já poderia ter conhecido. Quando Rio fez uma

carranca, soube que ele tinha tido o mesmo pensamento inquietante.

“Não, passamos todo o dia de ontem em casa, então saímos esta manhã para fazer

compras,” ela respondeu, ainda olhando pela janela.

Clay tinha tido o suficiente dela tentando ignorá-los. Ele agarrou sua mão, e quando

ela tentou puxá-la de volta, apertou ainda mais, tendo cuidado para não machucá-la. “Nossa

cidade pode ser um pouco diferente do que você está acostumada.”

Acariciando sua mão com o polegar, sentiu o arrepio que ela tentou esconder. E

sorriu.

Jesse torceu a mão da sua. “A cidade onde moro é pequena. Elas são todas quase a

mesma coisa.” Ela tentou esconder o tremor em sua voz e temeu que tivesse falhado quando

olhou para ele. Ele sorriu conscientemente para ela, e ela franziu a testa para ele,

perguntando-se o que diabo estava acontecendo. Sentimentos que não tinha tido em anos a

bombardeando, e ela desejou poder ficar longe desses dois até que descobrisse.

“Nossa cidade é muito diferente.” Rio se inclinou para frente em seu assento, sua

respiração abanando sua orelha. “Em Desire,” sua voz foi baixa, “nós absolutamente

valorizamos nossas mulheres. E temos prazer em castigá-las com igual entusiasmo.”

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Jesse não conseguiu evitar o suspiro quando se virou para Rio. “O que você quer

dizer com castigá-las? Vocês batem em suas mulheres?” Ela perguntou incrédula.

“Bater em nossas mulheres?” Clay puxou para o estacionamento na garagem e parou

o carro. E se inclinou em direção a ela, aglomerando-a quando Rio abriu a porta, inclinando-

se do outro lado. “Não da maneira que você está pensando.”

“Que outra maneira existe?” Ela tentou evitar seu toque.

Ela estremeceu quando Clay pegou uma mecha rebelde de seu cabelo e a girou em

torno do dedo enquanto olhava para ela. “Por exemplo,” ele começou, “se você nos pertence e

é uma menina má, você pode esperar ser despida,” quando seus olhos se arregalaram, ele

continuou, “virada em um de nossos colos com sua bunda nua no ar, e apanhar.”

Ela ofegou e sabia que seus mamilos podiam ser vistos cutucando através da blusa e

moveu os braços para se cobrir. Clay ficou olhando para eles e sorrindo. Quando ele tocou

seu braço, ela recuou automaticamente e o viu franzir a testa antes de continuar.

“Você seria espancada até que seu pequeno traseiro ficasse um belo cor-de-rosa, suas

coxas molhadas com seus doces sucos e você nos implorando para fodê-la.”

Jesse olhou para Clay em absoluto choque. Seu coração batia quase fora de seu peito,

e se ela não estava enganada, sua calcinha estava molhada! Era ele de verdade?

Ela virou seu olhar para Rio para ver que ele a olhava com o mesmo olhar quente de

seu irmão. Enquanto o observava, ele se moveu para mais perto, “Se você fosse muito ruim,”

ele lhe disse com a voz crua de emoção, “seus apelos por liberação não te levariam a nada.

Pelo menos até que você se desculpasse muito lindamente e prometesse se comportar. E

teríamos que estar certos de que seu pedido de desculpas era sincero.”

Escondendo o pânico pela resposta selvagem de seu corpo, ela passou por Rio e saiu

do carro, vagamente consciente de que fez só porque ele permitiu. Tinha a sensação que, tão

grande e forte quanto estes homens eram, eles pareciam perfeitamente capazes de segurá-la

contanto que quisessem. Por que esse pensamento deixou sua calcinha ainda mais molhada?

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“Tudo isso não significa nada para mim já que não estou interessada em ter um

relacionamento com ninguém.” Ela esperava que eles chegassem ao ponto e recuassem.

“Estou curiosa sobre uma coisa, porém.”

Até aí Clay já tinha saído do carro e andado ao redor para se juntar a eles. “Sobre o

que você está curiosa, doce?”

“Se os homens desta cidade são como vocês, por que há algumas mulheres aqui

ainda? Elas já teriam partido até agora. Por que qualquer mulher ia querer ficar com um

homem que a espanca?”

Clay e Rio começaram a rir. “Por que você não pergunta a sua irmã, Natalie?” Clay

perguntou a ela. “Você sabe que Jake é um Dom, não é?”

“Um Dom?” Jesse olhou de um lado para outro entre os dois. “Você quer dizer

chicotes e correntes?”

“Entre outras coisas.” Clay assentiu. “Rio e eu não somos Doms como Jake, mas

sabemos como fazer nossa mulher se comportar. A surra ia deixá-la saber que você cruzou a

linha,” ele a estudou, “mas com você, estaríamos dispostos a experimentar.” Ele olhou para

Rio. “Nunca tive interesse em usar brinquedos em nossas mulheres, mas isso me faz sentir

um aventureiro. Temos algumas compras para fazer, Rio.”

Rio ajustou seu jeans mais uma vez. “Aparentemente,” ele murmurou.

Clay continuou a olhá-la e ela lutou contra o impulso de se inquietar. “Sua irmã está

ficando com a bunda espancada agora enquanto falamos, e quem sabe mais o quê por aquele

pequeno atrevimento de antes.”

“Como se atreve? Ela não fez nada de errado!” Jesse não entendia por que sua irmã

estava sendo castigada e se preocupava. Brevemente imaginou a gargantilha que Nat sempre

usava e se perguntou se era mais do que apenas um belo colar. Poderia ser uma coleira que

Jake tinha colocado nela?

“Promessas, promessas,” Rio a imitou. “Tenho sido tão negligenciada ultimamente.”

19
Clay sorriu e adicionou, “Não se preocupe com Nat. Ela está tendo exatamente o que

queria. Ela sabia como seu marido ia reagir. Quando um homem é desafiado por sua mulher,

é sua responsabilidade e privilégio enfrentar esse desafio. Ela queria a atenção de seu marido,

e conseguiu. Confie em mim, ela vai amar!”

Clay tocou o braço de Jesse, franzido a testa quando ela recuou. “O que você precisa

entender é que as pessoas que vivem nessa cidade o fazem por uma razão. Ela foi fundada

por pessoas que desejavam viver suas vidas de um jeito que é diferente do que a maioria

considera ‘normal’. Eles queriam viver onde poderiam ser aceitos, não julgados pelos padrões

das outras pessoas.”

“Não entendo.” Jesse sacudiu a cabeça em confusão. “Você quer dizer que um monte

de Doms vive aqui?”

Clay assentiu. “Sim, e há um monte de homens que são como eu e Rio. Queremos

uma vida onde temos uma mulher que ame a nós dois e que ambos a amamos. Nossos pais

viveram assim. Crescemos nesta cidade. Sempre soubemos que queríamos viver nossas vidas

desse jeito.”

“Nós dois fomos casados antes,” Rio acrescentou. “Casamos com duas mulheres

diferentes e odiamos. Nós dois nos divorciamos há algum tempo, e agora estamos prontos

para continuar com nossas vidas. Mas dessa vez, vamos viver do jeito que a gente sempre

quis.”

Clay assentiu e continuou, “O ponto é que as pessoas aqui vivem suas vidas da

maneira que lhes convém e ninguém é julgado. Temos mulheres que são subs quem vem para

cá à procura do Dom certo. Há também homens e mulheres que vivem nesta cidade como

casais, por que simplesmente gostam da cidade. É tão normal ver um casal nesta cidade como

é ver uma mulher de coleira com seu Dom ou uma mulher com mais de um marido.”

Jesse não pôde deixar de ficar intrigada. “Mas, ter mais de um marido é ilegal,” ela

argumentou.

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“Aos olhos da lei, sim,” Rio lhe disse. “Em Desire, uma mulher é legalmente casada

com o mais velho, se eles são irmãos ou apenas amigos, mas uma cerimônia que inclui todas

as partes envolvidas é realizada. Temos uma mulher na cidade chamada Isabel, que é casada

com três irmãos. Ela é legalmente casada com Ben, que é o primogênito, mas se alguém se

atrever a insinuar que os outros dois não são seus maridos, não haveria inferno para pagar.

Ela ama os três e eles adoram o chão que ela pisa. É assim que é aqui.”

“Funciona bem para nós,” Clay acrescentou, “porque nós fazemos funcionar. Há uma

série de regras não escritas aqui que os novatos aprendem rapidinho, e respeitam, ou então

são colocados para fora da cidade.”

“Regras não escrita?” Jesse não conseguiu deixar de perguntar. “Tais como?”

“Primeira regra,” Clay lhe disse “é que as mulheres nunca são prejudicadas. Qualquer

um que machucar uma mulher recebe a merda batida fora dele e se torna um párea. Somos

todos muito próximos aqui e um párea nunca poderia sobreviver.”

“Gostei dessa regra.” Ela assentiu. “O que mais?”

Clay parecia feliz que ela tivesse demostrado interesse em seu estilo de vida e

continuou. “Outra regra é que você tem que ouvir os homens ao seu redor, ou seus maridos

serão informados que você desobedeceu e você será castigada.”

“Isto não é justo.” Ela sacudiu a cabeça. “Por que uma mulher teria que obedecer a

cada homem na cidade? Isso é ridículo!” Ela se virou, mas parou quando Clay segurou seu

cotovelo.

Ela se virou para estalar, mas parou quando viu o olhar de súplica em seu rosto.

“Tente imaginar esta cidade mais de cem anos atrás, Jesse. Doms e homens como nós,

homens que queriam compartilhar uma mulher fundaram esta cidade. Você sabe como era

difícil para as mulheres antes? Elas não tinham direito ou escolha, a não ser obedecer a seus

maridos. Elas podiam até mesmo ser espancadas!”

Jesse viu a careta de Rio e foi encorajada por isso. “Então as mulheres que vinham

para Desire antes, não podiam ser espancadas?” Ela encontrou-se intrigada com o

21
pensamento de pessoas se movendo para cá em um momento que as escolhas de estilo de

vida teriam sido vistas com maus olhos pela sociedade.

Clay sacudiu a cabeça. “Se um homem batesse em sua esposa, ele se tornaria um

párea e seria forçado a partir. A cidade permitia que sua esposa ficasse onde ela estaria segura

e protegida. Você tem que entender, Jesse. As mulheres tinham mais liberdade aqui do que a

maior parte das mulheres no país. Como uma cidade poderia crescer se as mulheres não

viessem para cá, sabendo que seriam maltratadas por Doms ou maridos múltiplos? Estas

regras protegem nossas mulheres. Elas ainda fazem até hoje.”

“Pense sobre isso do outro lado, Jesse.” Rio sorriu para ela. “As regras mantêm os

homens na linha. Você tem alguma ideia do quão difícil às pessoas nesta cidade desceria em

um homem por bater ou até mesmo enganar sua esposa?”

Clay assentiu. “Olha, ninguém além de seus maridos lhe diriam o que fazer, mas se

você se encontrar em uma posição que é perigosa ou poderia lhe prejudicar de qualquer

maneira, outro homem se moveria para protegê-la. Todos nós protegemos todas as nossas

mulheres o tempo todo. Se você o desobedecesse, ele a tiraria do perigo e a levaria para seus

maridos.”

“Então,” Rio acrescentou, “você seria severamente punida por seus maridos por não

ver sua própria segurança.”

“Bem, desde que nenhuma dessas regras se aplica a mim, não estou preocupada com

isso.” Ela se moveu em direção à garagem. “É melhor irmos lá dentro e falar sobre o carro.”

“Oh, mas estas regras se aplicam a você, querida,” Clay lhe disse.

Jesse parou abruptamente e se virou. “Desde que não tenho marido, não vejo como

isso se aplica a mim.”

“Você está ficando na casa de Jake, não é?”

“Sim, e daí? O que isso tem a ver com qualquer coisa?”

“Bem, enquanto você estiver sob seu teto, ele é responsável por sua segurança.”

“O quê?” Jesse lançou as mãos. “Isso é ridículo!”

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“Quando em Roma, querida.” Rio riu.

“Vou te dizer outra coisa que você não sabe.” Clay franziu o cenho. “Jake tem todo o

direito de virá-la sobre os joelhos por tentar trocar o pneu. Você poderia ter se machucado.”

Em seu ofego, ele acrescentou, “Como você acha que Nat teria feito? Aposto que ela

tentou pra caramba para que você parasse de tentar trocar aquele pneu, não foi?”

Jesse corou com culpa. “Então, Rio e eu teríamos ficado muito chateados que alguém

além de nós dois espancasse sua bunda. Considere-se sortuda que chegamos lá antes que

você pudesse se machucar, e o fato de que Nat o distraiu.”

Jesse se virou e seguiu à frente dos homens enquanto se dirigia ao compartimento da

garagem aberta, as palavras ainda ressoando em seus ouvidos. Para alguém que teve

problemas não sentindo nada, seu sistema se sentia bombardeado de tantos ângulos

diferentes que ela mal podia processar tudo.

Entrando na garagem, ela parou à vista de um rabo apertado e coxas musculosas

amorosamente encaixados em um par de jeans desbotados bem vestidos debruçados sobre a

frente de um carro. Ela assistiu como aqueles músculos se deslocaram enquanto o homem que

os possuía se endireitava quando ouviu sua abordagem.

Jesus; era cada homem nesta cidade alto e magnífico?

Ele sorriu maliciosamente enquanto segurava suas calças soltas e ajustava a camiseta

enorme, seu olhar deixando-a ciente do fato de que ele sabia o que ela tentava esconder em

suas roupas tão mal ajustadas.

Ela não sentia nenhum desejo de se vestir de forma reveladora, e atrair atenção

masculina indesejada. Certamente parecia não fazer nenhuma diferença para estes homens.

Clay se moveu para ficar na frente dela, suas costas grandes como uma parede

bloqueando sua visão do mecânico e a dele dela.

Jesse não podia mais ver o mecânico, mas quando ela o ouviu perguntar “Quem é a

moça bonita?” Ela conseguiu cutucar Clay de lado.

Qual era o problema com ele?

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“Oi, eu sou Jessica Tyler, Irmã de Natalie Langley.”

Quando ela alcançou para apertar sua mão, sentiu Rio passar por ela e oferecer ao

mecânico sua própria mão, eficazmente mantendo o homem de tocá-la.

“Ei, Ryder. Trouxemos o carro de Nat. Ela teve um pneu furado, portanto colocamos

o estepe, mas ela precisa de um novo.”

Apetando a mão de seu amigo, Ryder assentiu. “Sem problema.” Ele se virou para ela

e sorriu. “Então, você é irmã de Nat? Como é que nunca te vi antes?”

“Eu nunca visitei aqui antes.” Ela cuidadosamente colocou espaço entre ela e os

homens. O nível de testosterona subiu e ela se tornou absurdamente consciente da resposta

de seu corpo. Isso estava ficando fora de controle.

“Gostaria de saber se você poderia verificar a correia da ventoinha enquanto o carro

estiver aqui. Parecia estar fazendo algum barulho,” Jesse disse. Nos olhares surpresos dos

homens, ela continuou, “Não sei muito sobre carros, mas quando o meu fez um barulho como

esse, o mecânico me disse que parecia a correia da ventoinha.”

“Ela está certa.” Clay franziu a testa. “Eu ia mesmo te pedir para olhar isso.”

“Farei.” Ryder assentiu. “Diga a Jake que ligo pra ele amanhã. Vocês precisam de

uma carona?”

“Não, obrigado.” Clay sacudiu a cabeça, ainda olhando para ela. “Meu caminhão está

estacionado em frente ao mercado. Era lá que todos nós estávamos quando Jake recebeu a

chamada de Nat.” Ele agarrou sua mão. “Vamos, doce, vamos buscar aqueles bifes.”

Jesse se virou para dizer adeus a Ryder, surpresa ao encontrá-lo sorrindo provocante

para ela. “Foi muito bom conhecê-la, Jesse. Espero que você volte para me ver antes de partir.

Eu sei que Dillon adoraria conhecê-la, também.”

“Quem é Dillon?” Ela perguntou.

“Dillon é meu parceiro,” Ryder lhe disse com uma piscada.

24
“Oh, isso é bom,” Jesse sorriu. Havia assumido que Dillon e Ryder era um casal gay e

ficou satisfeita que eles podiam ser felizes nesta cidade. Ela ficou surpresa quando Clay e Rio

desataram a rir.

Ryder riu, sacudindo a cabeça, e se aproximou de Jesse, ignorando totalmente seus

clarões. “Não esse tipo de parceiro, querida.” Sua voz era baixa. “Dillon e eu somos parceiros

na garagem, mas também quando levamos uma mulher para a cama.”

Jesse o olhou com surpresa. Lembrando o que os homens lhe disseram lá fora antes,

ela não pôde resistir olhar para eles, surpresa ao ver o medo em seus olhos enquanto a

olhavam continuamente. Será que eles estavam pensando que ela cairia nos braços de Ryder?

Se ela pudesse rir, ela teria.

“Pronto, doce?” Clay perguntou, estendendo a mão novamente.

Sem pensar, apenas sabendo que queria limpar aquele olhar de seus olhos, ela

colocou a mão na dele. Murmurando adeus a Ryder, ela se virou e permitiu que Rio tomasse

sua outra mão enquanto eles deixavam a garagem.

Andando os dois quarteirões para o mercado, Clay e Rio segurando suas mãos, ela

lutou para fazer sentido de tudo isso. Olhando à sua volta, viu outras mulheres com mais de

um homem. Lembrando-se da conversa anterior, procurou e viu que várias delas usavam

coleiras, algumas com um homem, outras não. Ela verificou cuidadosamente as pessoas que

via; surpresa que quase todas as mulheres pareciam delirantemente felizes.

Também se surpreendeu que os olhares que os homens davam a suas mulheres

pareciam amorosamente indulgentes. Os homens seguravam as portas abertas para as

mulheres, as ajudavam a atravessar a rua com uma mão em seu braço ou em suas costas,

carregava seus pacotes. Cada homem agia como um cavalheiro.

Ela percebeu que já fazia um longo tempo desde que tinha visto pessoas agindo dessa

forma e nunca tinha percebido isso.

25
Sem que percebesse, eles chegaram ao mercado. Ela puxou as mãos das deles, e

automaticamente segurou a maçaneta da porta. De repente, lembrando-se das palavras de

Rio, ela parou.

“Boa menina,” ele sussurrou, fazendo-a estremecer. “Você se lembrou.”

Quando ele abriu a porta, ela lhe lançou um olhar cauteloso e passou por ele. Clay,

com uma mão em suas costas, a guiou para dentro.

Compras com eles foi uma experiência estressante. Eles a tocavam a cada

oportunidade. Clay a aglomerou quando alcançou acima de sua cabeça para pegar o suco de

maçã que ela queria. Rio a firmou com um braço ao redor de sua cintura enquanto ela

agarrava o produto. Ela nem sequer notou quando parou de vacilar em seus toques.

*****

Clay quis gritar de alegria quando pouco a pouco ela permitiu seu toque. Logo sua

pequena querida começou a ficar excitada e ele quis beijar sua pequena carranca quando ela

pareceu finalmente perceber isso.

Sempre se metendo em seu caminho logo ela tinha os olhos brilhando faíscas de ouro.

Ela poderia colocar uma frente fria, mas ele apostava o rancho que dentro dela um inferno se

enfurecia, só esperando para ser explorado.

Mas embora ela lentamente tenha se acostumado a seu toque, ainda não falava. Ela

habilmente evitava todas as perguntas pessoais sobre ela, e isso fez Clay querer colocá-la

sobre o joelho. O tesão que estava ostentando desde que tinha colocado os olhos nela saltou

para a atenção nesse pensamento. Ótimo! Nesse ritmo, ele teria que se desculpar e masturbar

antes que pudesse se sentar à mesa com ela.

Ele só a tinha conhecido há algumas horas e já estava pronto pra explodir. Viu os

traços tensos de seu irmão sempre que tocava Jesse, e assumiu que a mesma tensão se

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mostrava em seu rosto. Se não fizessem esta mulher deles logo, ambos poderiam

simplesmente explodir.

Ele já não tinha dúvidas de que esta era a mulher que ele e Rio estavam esperando.

Mal podia acreditar que ela finalmente tinha chegado, e mal podia esperar para começar suas

vidas juntos. Mas, a tristeza e a distância em seus olhos teriam que ser tratadas.

O mais rápido possível.

27
Capítulo 3

Quando pararam na casa de sua irmã, Jesse pôde ver a fumaça e soube que Jake já

tinha começado a grelhar.

Quando entraram pela porta, Nat lhe entregou uma margarita.

“Jake nunca mais fez estas para mim, mas quando eu lhe disse o quanto você as ama,

ele nos fez um jarro.”

Jesse pegou o copo de sua irmã e a seguiu para a cozinha. Sorvendo a bebida, ela

ajudou Nat com os preparativos do jantar.

Vários minutos depois, de pé na pia lavando os legumes para a salada, Jesse viu

quando Nat atravessou o quintal com um prato cheio de bifes. Clay lhe disse algo enquanto

ela entregava o prato para o marido. O que fosse que ela respondeu fez com que Clay e Rio

fizessem uma carranca. Eles olharam para a janela onde Jesse estava; Seus olhos quentes,

mesmo nessa distância.

Nat parecia frágil e delicada enquanto estava ao lado dos três homens. Todos

pareciam tão grandes, especialmente Clay e Rio que eram ainda mais altos do que Jake. Ela se

encontrou observando suas mãos, lá no supermercado, imaginando qual seria a sensação

delas em seu corpo. Os dois a tocaram e se esfregaram contra ela repetidas vezes, e seus

mamilos ainda doíam realmente com a necessidade de serem tocados por aquelas mãos

grandes. Seus braços, tão musculosos, provavelmente de anos passados trabalhando num

rancho, segurariam uma mulher com firmeza, fazendo-a se sentir segura e quente.

Agora, de onde vinha tudo isso?

Sacudindo-se de seu pensamento fantasioso, Jesse continuou lavando os legumes e

vendo enquanto Nat conversava com os homens. Jake sacudiu a cabeça em diversão há algo

que ela tinha dito; Seu amor por Nat evidente no olhar que ele lhe deu.

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Aparentemente terminado, Nat se afastou dos homens, saltando de surpresa quando

um sorridente Jake bateu nitidamente em sua bunda. Nat se virou, e com a mão no quadril

mostrou a língua para ele. Jake lhe disse algo, sua expressão sisuda enquanto apontava para

ela. Aparentemente imperturbável Nat riu e voltou para a casa.

Durante o jantar, e depois de duas margaritas, Jesse começou a relaxar e se divertir.

Enquanto a comida progredia ficou mais fácil deixar Clay e Rio se agitar sobre ela enquanto

Jake exagerava sobre Nat. A conversa fluiu enquanto comiam. Jesse ficou quieta enquanto

assistia e ouvia, notando o quão íntimos todos pareciam ser. A camaradagem se mostrava

claramente quando eles falaram de outros que viviam em Desire com carinho e alegria.

Quando todos terminaram de comer, Nat e Jesse foram cuidar dos pratos, recusando

as ofertas dos homens para ajudar.

“Querido,” Jesse sorriu quando Nat se aconchegou mais perto de Jake, “você, por

favor, nos faria outro jarro de margaritas?”

“Acho que já tive o suficiente,” Jesse disse a Nat com um sorriso. “Não acho que Jake

gostaria de ter que lidar com uma cunhada bêbada.”

“Bobagem,” Nat lhe disse. “Além disso, você e eu não sentamos e conversamos

sozinhas há anos. Os rapazes vão estar aqui fora lidando com a grelha e se ficarmos caindo de

bêbadas, eles vão cuidar de nós. Jake não vai fazer outro jarro, porém, a menos que você o

compartilhe comigo. Ele conhece minha fraqueza por margaritas.”

Uma vez que quaisquer objeções iria desapontar sua irmã, Jesse cedeu. Com a

máquina de lavar pratos funcionando, as mulheres se sentaram sozinhas à mesa, bebidas

frescas à sua frente. Os homens podiam ser ouvidos lá fora, suas vozes baixas através da

janela aberta.

Nat manteve Jesse falando sobre o negócio que ela e uma amiga começaram em

Maryland, conseguindo deixar sua irmã bebê mais do que um pouco tonta. Ela sabia que Jesse

não bebia muito, e logo se soltaria o suficiente para falar. Sentiu-se um pouco culpada por seu

método desonesto para descobrir o que estava errado com Jesse, mas ela tinha que se

29
apressar. Só tinha duas semanas com sua irmã, e nos últimos dois dias ela tinha sido incapaz

de tirar uma única coisa dela. Queria ajudá-la, tentar corrigir o estava errado e trazer de volta

a Jesse com quem tinha crescido, e o silêncio não cooperativo de sua irmã estava dificultando

seriamente seus esforços. Tomar o assunto em suas próprias mãos parecia o único jeito.

Clay e Rio se opuseram no início, mas quando eles perceberam o quanto ela queria

ajudar Jesse, cederam, desde que pudessem escutar na esperança de encontrar um caminho

de chegar mais perto dela.

Jesse tomou um gole da bebida enquanto dizia a Nat sobre seu negócio em casa.

“Kelly trabalha principalmente com as fórmulas, enquanto eu lido com as vendas e

projetos de pacotes,” disse a Nat. “Fazemos tudo nós mesmos; usando todos os ingredientes

naturais. Começamos fazendo creme para as mãos, mas agora também fazemos xampu,

condicionador e óleos de banho.”

“É esse o material que você está usado que a faz cheirar tão bem?” Nat perguntou

entusiasticamente. “Você sempre cheira como pêssegos. Acho que Clay e Rio adorariam te

dar uma mordida!”

Jesse fez careta. “Isso não pode acontecer, Nat.” Ela terminou a bebida, colocando

cuidadosamente o copo de volta na mesa, seus movimentos cada vez mais deliberados

enquanto o álcool entrava em vigor.

“Eu trouxe algumas coisas comigo para você. Eu deveria ir buscá-las.” Antes que ela

pudesse se levantar, Nat a deteve.

“Mais tarde, agora vamos apenas sentar e conversar.”

“Faz sua pele beeem suave,” Jesse respirou. “E temos o pó mais incrível.” Ela tomou

um gole da bebida, e então franziu a testa.

Nat viu o sorriso de Jesse e se perguntou se sua irmã tinha percebido que ela encheu

seu copo.

“Este novo pó tem gosto e ele cheira. Eu uso os pêssegos e creme.” Ouvindo uns

gemidos, ela piscou em confusão. “O que foi isso?”

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“Só a máquina de lavar louças dando piti, Jake me prometeu verificar isso,” Nat

respondeu, levantando a voz para que os homens pudessem ouvir. Se eles queriam espiar, o

mínimo que podiam fazer era ficar quietos.

“Eu adoraria tentar o pó. Aposto que Jake vai adorar!”

“Também faz sua pele parecer toda refrescada, é refrescante,” Jesse se corrigiu. “Eu te

trouxe a especiaria de canela. Pensei que atiraria em você, é, combinaria com você.”

Percebendo que Jesse já teve o suficiente, Nat levou todo o meio jarro de margarita

para a pia e despejou pelo ralo. Ela não queria que sua irmã ficasse doente, apenas mais solta.

Olhando para fora, ela viu que os três homens estavam sentados à mesa abaixo da janela,

aparentemente escutando cada palavra.

Voltando para a mesa, ela se sentou e olhou para sua irmã, que tinha a cabeça

descansando no braço dobrado deitado sobre a mesa. “O que fez você e Kelly decidirem

começar um negócio?”

“Cansei de usar calcinha com buracos,” Jesse respondeu cansadamente.

“Desculpe-me?” Jesse tinha tomado margaritas demais?

“Você já percebeu o quão sexy soa quando um homem diz a palavra calcinha?” Jesse

refletiu. “Brian chamava cueca. Os homens usam cueca. As mulheres usam calcinha!”

Nat conhecia sua irmã bem o suficiente para seguir e concordou. “Sim, você está

certa. Quando Jake diz algo com a palavra ”calcinha”, eu fico toda irritada.”

“Lá vai você.” Jesse assentiu, e então continuou, enunciando com cuidado, “Enfim,

Brian sempre tinha um esquema de enriquecer rápido. Eles nunca funcionavam. Nem ele.”

Ela se endireitou e olhou em volta, franzindo a testa para o copo de água que estava à sua

frente.

“Então, você começou um negócio,” Nat cutucou.

“Não, limpava quartos de hotel. Minhas mãos ficavam muito secas e rachavam, mas

eu não tinha dinheiro para gastar com cremes para as mãos, não com a compra de roupas

novas para um menino em constante crescimento.” Ela se sentou quieta por um momento,

31
aparentemente se lembrando desse tempo, seu rosto parecendo tão desamparado que Nat

queria abraçá-la. Ela viu como Jesse parecia encolher os ombros. “Kelly me fez alguns. Outras

pessoas gostaram, então decidimos começar a fazer e vendê-los.”

“O que aconteceu com Brian?” Nat perguntou, sabendo que ele tinha algo a ver com o

jeito como Jesse tinha mudado. “Nunca gostei dele e Jake o odiou à primeira vista.”

“Eu sou frígida, sabia?” Jesse disse a questão a sua irmã com naturalidade. “Não sinto

mais muita coisa. Se machucada o suficiente, acho que isso te fecha.”

Nat olhou para sua irmã em estado de choque. “O que você está dizendo, Jesse?”

“Brian nunca me amou, Nat,” sua irmã disse estoicamente. “Ele nunca me abraçou.

Nunca me tocou, a menos que quisesse algo de mim, geralmente sexo.” Ela se inclinou para

frente. “Vejo como Jake é com você.”

Jesse parecia estar apenas um pouco sóbria, mas as palavras continuaram a se

derramar dela.

“Jake está sempre te tocando, brincando com seu cabelo, mesmo quando você está

sentada lá assistindo televisão.” Jesse gesticulou freneticamente. “Jake te toca, porque ele te

quer, e ele te ama. Brian me fazia sentir como o homem Nat; e eu não sei mais como ser uma

mulher.”

“Oh, querida!” Nat saltou e correu para se ajoelhar perto de Jesse. “É claro que você é

uma mulher! Como você pode pensar de outra forma?”

“Oh, Nat, você nunca vai entender! Não sendo casada com um homem como Jake.”

“Explique-me então, Jesse. Faça-me entender.”

“Oh, Nat, no início, costumava ser horrível. E só foi piorando até que um dia eu

percebi que finalmente tinha me acostumado a isso. Brian não gosta de trabalhar, então eu

tinha que fazer. Durante toda a minha gravidez, eu trabalhei limpando quartos de hotel.

Depois que tive Alex, levava-o comigo.” Sorrindo tristemente, ela continuou em voz baixa,

“Ele estava sempre comigo, enquanto Brian corria ao redor com ternos de mil dólares

cobrados em meu cartão de crédito para se reunir com ‘investidores'.”

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Esfregando a mão pelo rosto, Jesse continuou, “Ele era tão preguiçoso, Nat. Ele não

fazia nada a não ser se vestir em ternos sofisticados e joias caras e se encontrar com pessoas

que ele enganava por dinheiro.”

Jesse tomou um gole de água e debruçou-se contra Nat.

“Eu levava o lixo para fora. Eu trancava a casa à noite. Eu cortava a grama,

empurrava a neve, aprendi como consertar o encanamento e todas as outras coisas que um

homem deveria fazer em casa.”

Sacudindo a cabeça tristemente, ela disse a Nat, “Eu não sou digna de ser amada.”

“Jesse, isso não é verdade!”

“Nem mesmo meu marido me amava.” Quando Jesse se virou para ela, Nat quis

chorar. “Ele nunca iniciava o sexo porque não valia a pena à energia para tentar me despertar.

Ele só começava se realmente significasse, às vezes, e eu pensava, ‘Quanto tempo se passou

desde que tivemos a última relação sexual? ’ Quando eu percebia que tinha sido há semanas,

eu tinha que lhe perguntar se ele queria fazer sexo. Era a única maneira de obter paz na casa.”

Seus olhos permaneceram estáveis enquanto continuava, “Ele é claro, dizia que sim e

apenas se sentava lá. Eu tinha que jogar com seu pênis até que ficasse duro.” Engolindo em

seco, ela brincou com seu copo, não olhando para cima.

“Então eu tirava minha calcinha e me curvava. Graças a Deus não durava mais que

um minuto ou dois. Quando ele terminava, eu puxava minha calcinha e ia me limpar.”

Quando ela tentou se levantar para reabastecer seu copo com água, Nat a cutucou de

volta na cadeira para ir pegar para ela.

Colocando a água, Nat olhou pela janela nas expressões angustiadas no rosto dos

homens. Clay e Rio pareciam querer matar alguém e Jake não parecia muito melhor.

A voz triste de Jesse derivou pela janela. “Não sou beijada ou abraçada há tanto

tempo, Nat.”

Nat não aguentava mais. Com um último olhar em Clay e Rio, retornou a mesa,

determinação em seus passos.

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“Querida, Clay e Rio adorariam te beijar, entre outras coisas. Quero que você dê a eles

uma chance.”

“Eu não posso Nat.”

“Por que não? Esses dois já estão loucos por você. Quero que você pelo menos passe

algum tempo com eles.”

“Qual seria o ponto? Você não entende? Não consigo rir. Não consigo chorar. Não

com ninguém, exceto Alex. Com qualquer outra pessoa, o resto está morto.”

“Está se você continuar a manter essas barreiras entre você e o resto do mundo,” Nat

argumentou.

“Você ainda não entende.” Jesse suspirou cansada e o coração de Nat quebrou. “Não

é uma escolha minha. Eu não sei como tirar essas barreiras. Elas têm sido uma parte de mim

por tanto tempo. Eu apenas não sei como sentir mais nada.”

“Besteira!” Nat colocou as mãos nos quadris e considerou sua irmã. “Você está

tentando me dizer que não sentiu nada por mim quando me abraçou no aeroporto?”

Jesse piscou surpresa.

“Você esquece o quão bem eu te conheço, Jesse. Uma pessoa não muda tanto. Você

não é Jessica Brian mais! Você é Jesse, porra!”

“Nat, você não entende.”

“Oh, eu entendo muito bem,” Nat lhe disse. “Eu vi o jeito como você os tem

observado. Você acha que não percebi a maneira como você reagiu a eles esta tarde? Eu te vi

ficar toda nervosa. Você parecia mais viva do que esteve desde que chegou aqui! Você acha

que não vi como corou cada vez que um deles olhava para você ou te tocava durante o jantar?

Eu vi o jeito como você ficou olhando para seus lábios e lambendo o seu. E vi o jeito como

você olhava para as mãos deles. Você as imaginou em você, não é? Posso ser mais velha que

você, querida, mas não sou idosa. Eles te interessam e se você quer admitir ou não, eles te

despertam.”

34
Jesse podia sentir seu pânico se construindo. Eita, tome alguns drinques, abra a boca,

e olha o que acontece. Ela começava a suspeitar de que Nat tinha um motivo oculto para ter

Jake fazendo aquelas margaritas.

Irritada agora, ela se voltou para sua irmã. “Droga, Nat! O que devo fazer? Espalhar

minhas pernas para eles? Ter uma aventura e seguir em frente? Você realmente acha que

homens assim ficam felizes fodendo uma mulher que não pode gozar?”

“Homens como o quê?” Nat perguntou.

“Como eles!” Ela apontou para o quintal. Esperando que eles não pudessem ouvi-las.

Desde que não ouvia as vozes dos homens por um bom tempo, assumiu que deveriam ter ido

para outro lugar. “Você já olhou para eles? Eu sei que você ama seu marido, mas não pode ser

cega! Clay e Rio são belíssimos. Grandes, e fortes, e musculosos, com bundas que você

simplesmente quer dar uma mordida!”

Nat sorriu aquele sorriso sabedor, que ela usava sempre que ganhava um argumento.

“Bem-vindo de volta, Jesse, senti sua falta.”

Jesse piscou surpresa.

“Você é louca!” Jesse sorriu com indulgência para sua irmã, então rapidamente ficou

séria. “Isto é apenas as margaritas falando. Sou diferente agora. Nat. Se eu não conseguia

agradar aquela desculpa preguiçosa de marido que eu tinha, o que a faz pensar que vou ser

capaz de satisfazer dois homens que podem ter qualquer mulher que quiserem?”

Nat sorriu e se inclinou para ela. “Clay e Rio são homens fortes com coração de ouro.

Eles têm procurado a vida inteira por uma mulher que ambos pudessem amar e que amaria a

ambos de volta.” Ela riu. “Eles não têm sido celibatários, nem de longe. Eu os vi com um

monte de mulheres ao longo dos anos, e nunca os vi olhar para uma mulher do jeito que

olham para você. Nem mesmo suas esposas. Talvez você seja essa para eles, e eles sejam esses

para você, talvez não. Mas, não acha que vocês três devem isso a si mesmo descobrir?”

“Em menos de duas semanas eu tenho que voltar para casa.”

“Talvez sim, talvez não.”

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“Mas não posso deixar Kelly sozinha.” Não importa o que, ela não podia abandonar

Kelly.

“Vamos nos preocupar com isso mais tarde.” Nat a considerou de perto. “Agora, vou

fazer algo que pode deixá-la zangada, mas estou fazendo isso para seu próprio bem.”

Nat agarrou sua mão, puxou-a para fora da cozinha e se dirigiu para as escadas. Jesse

foi puxada pelos degraus e para o quarto de hóspedes onde sua irmã começou a reembolsar

sua mala.

“Você está me expulsando?”

“Não é bem isso.” Nat foi até o banheiro adjacente para pegar os artigos de toalete de

Jesse. “Onde está meu material de canela? Mal posso esperar para experimentá-lo em Jake.”

Perguntando-se o que sua irmã poderia estar tramando, Jesse foi até o armário para

pegar a bolsa púrpura. Olhando-a de perto, entregou-lhe a bolsa, vendo sua luta para fechar a

mala. Nat nunca tinha sido boa em fazer as malas.

Quando Nat finalmente conseguiu fechar a mala, ela abraçou Jesse, sussurrando em

seu ouvido, “Eu te amo, querida, lembre-se disso.”

Jesse considerou sua irmã suspeitosamente, começando a ficar realmente nervosa.

Nat voltou a descer as escadas, entrou na cozinha e parou. Clay, Rio e Jake estavam sentados

à mesa tomando café, como se tivessem estado lá o tempo todo. Olhando pela janela, ela viu

que tinha sido fechada. Nat deve tê-la fechado quando foi pegar a água. Os homens não

poderiam ter ouvido a conversa, ela pensou aliviada.

Jesse olhou para Nat. “Não entendo Nat. O que você está fazendo?” Nunca confiava

em sua irmã mais velha quando ela tinha esse olhar em seu rosto.

“Clay, Rio, estou dando Jesse para vocês,” ela ouviu sua irmã dizer.

“O quê!” Jesse ofegou, olhando para Nat.

Nat a ignorou. Olhando severamente para os dois homens sorridentes, Jesse a ouviu

dizer, “Estou confiando a vocês minha irmã. Confio em vocês para não machucá-la. Se tudo

correr bem, vocês têm que trazê-la de volta para mim na véspera que ela supostamente teria

36
que ir para casa. Quero algum tempo com ela. Desde que estou lhes dando a maior parte,

espero que vocês respeitem minha vontade. Se as coisas não irem bem, traga-a de volta direto

para mim.” Ela parecia um sargento enquanto compassava na frente dos homens. “Não para

o aeroporto, não importa o que ela diga, mas direto aqui para mim.”

Jesse ficou lá, aparentemente chocada, enquanto assistia Clay e Rio se revezarem para

abraçar Nat. Ela ouviu o murmúrio de Clay, “Eu te amo, Nat.” Rio teve sua vez para abraçar

sua irmã. “Obrigada, querida. Você não vai se arrepender.”

Jesse deu um passo atrás quando eles se aproximaram dela, olhando-a atentamente.

Ela nunca tinha estado tão assustada em sua vida!

Clay a segurou enquanto Rio pegava sua bagagem.

“Espere.” Jake avançou.

Graças a Deus. Jake seria a voz da razão e a tiraria dessa loucura. Partir com estes dois

homens seria como uma fantasia em um dos livros que gostava de ler. Ela sempre lia sobre

ménages e pensava que tinha que ser a maior fantasia na Terra, ter dois homens

completamente dedicados à felicidade de sua mulher, mas até hoje, nunca tinha se dado conta

de que as pessoas realmente viviam assim. Mas, ela não poderia ficar e viver essa fantasia, e

destruí-la seria pior do que não vivê-la em nada.

Esperando que Jake colocasse fim a tudo isso, ela se virou para ele e encontrou-se

abraçada em seus braços fortes. Então, ele a surpreendeu. Segurou seus braços, avaliou-a de

perto e ela se perguntou brevemente o que ele viu que o fez assentir.

“Sei que isso não é o que você deseja agora,” ele lhe disse, tirando sua esperança de

um resgate. “Mas, acho que Nat está certa. Você vai está vendo muito eu e Nat enquanto

estiver com Clay e Rio. Eu insisto nisso.” Ele deu aos homens um olhar de advertência.

Voltando sua atenção para ela, ele sorriu. “Se, a qualquer momento, você quiser

voltar aqui, me diga. Quero que você tente, porém, querida, ok?”

Jesse podia ver por que Jake era um bom Dom. Ele podia convencer uma mulher em

tudo.

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Saber que poderia partir sempre que quisesse lhe deu coragem. Ela ia fazer o seu

melhor para não destruir essa fantasia. Assentiu hesitante, “Ok.”

Olhou pelo canto do olho e viu o sorriso satisfeito no rosto de Clay e Rio, esperava

que estivesse fazendo a coisa certa.

“Boa menina.” Rio sorriu travessamente.

Jake se virou para seus amigos. “Agora, para você dois, estou confiando a vocês

minha cunhada que está sob minha proteção. Vocês sabem que levo essa responsabilidade

muito a sério. Os dois estão dispostos a assumir como seus protetores, enquanto ela

permanecer com vocês?”

“Absolutamente,” Clay respondeu. Alcançando para tocar seu cabelo, seus olhos

nunca deixando os dela, “Nada faria eu e Rio mais felizes como ser os protetores de Jesse.”

“Prometemos cuidar muito bem dela,” Rio adicionou, sorrindo para ela.

Nat sorriu enquanto observava os homens apressarem sua irmã para a porta. Ela

sabia que eles seriam bons para Jesse, se ela apenas lhes desse uma chance.

Jesse tinha crescido com o poder de iluminar uma sala com seu sorriso e sempre tinha

sido cheia de malícia. Casar com aquele idiota certamente a tinha mudado, e Nat queria a

velha Jesse de volta. Clay e Rio poderiam ser exatamente os homens para fazê-lo.

Vendo o caminhão de Clay se afastar, Nat se recostou satisfeita contra o peito forte de

seu marido. “Acho que eles são exatamente o que ela precisa, e ela é exatamente o que eles

precisam.”

Ela segurou seus braços quando as mãos dele se deslizavam sob seu top. Abrindo seu

sutiã, as mãos se fecharam sobre seus seios, e ele sussurrou em seu ouvido. “Você é

exatamente o que eu preciso.”

Ela gemeu quando ele beliscou seus mamilos. Deus, ela já estava molhada.

Espantava-a, às vezes, que depois de estar casada com este homem tantos anos, ele ainda

conseguia deixá-la molhada com apenas um toque, um gesto, uma palavra falada com uma

voz que nunca falhava em excitá-la. Ele a usara agora.

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“E,” ele sussurrou sombriamente, “Eu sei exatamente o que você precisa.”

“O quê?” Ela ofegou quando sua mão habilmente desabotoou seu jeans e deslizou

dentro.

“Você precisa ser espancada por mentir sobre as margaritas. Eu as faço para você

sempre que você pede e você disse a sua irmã que eu nunca fiz. Você foi uma menina má.”

Nat ofegou novamente quando os dedos se empurraram em sua boceta ensopada.

“Eu realmente sinto muito, mas eu queria soltá-la um pouco. Ela não teria aceitado se não

pensasse que você as havia feito para ela. Ela queria agradá-lo.”

“E você?” Ele puxou o top sobre sua cabeça e tirou seu sutiã. Pegando-a nos braços,

ele foi em direção ao quarto. “Você quer me agradar, também?”

“Oh, sim!” Nat fechou os braços ao redor do pescoço de seu marido e acariciou sua

mandíbula. “O que posso fazer para agradá-lo?”

Soltando-a na cama, ele rapidamente puxou seu jeans e calcinha. Virando-a de bruços,

ele segurou-a quieta com uma grande mão em suas costas. “Você pode ficar quieta enquanto

eu insiro o novo plug anal que comprei para você hoje.” Ela ofegou e ouviu sua risada. “Você

estará com ele enquanto leva a surra que merece.” Ele acariciou seu pescoço. “É maior do que

o que tenho usado em você.”

Ela tentou saltar para cima e sentiu a mão firme em suas costas.

“Jake, não! Aquele já é grande o suficiente!”

Ela viu quando ele pegou o lubrificante e o sentiu apoiar-se em suas costas enquanto

lubrificava os dedos. Ouviu o tubo bater na cabeceira da cama um segundo antes dele puxá-la

para ele, capotando ao seu redor e colocando-a em seus joelhos.

“Você vai tentar me dizer o tamanho do plug anal que você precisa para seu castigo,

agora?”

“Sinto muito,” Nat choramingou, ofegando novamente quando dois dedos

lubrificados entraram em seu ânus.

“Você vai sentir muito, amor,” Jake prometeu.

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Nat se agitava com tanta excitação que sabia que a única coisa que a impedia de cair

do colo do marido era seu aperto forte nela. Ela pôde sentir os dedos escorregar dela, e então

uma dureza fria contra sua abertura mais vulnerável. Ele sabia quão ligada ela ficava quando

ele fazia alguma coisa em seu ânus, o sentimento de impotência, a qualquer intrusão em sua

bunda fazendo-a se sentir pequena e vulnerável, enquanto ele facilmente a segurava no lugar.

Ele tinha grande prazer em jogar com sua bunda, e ela sabia que a surra seria mais intensa

enquanto ele a enchia com o plug.

Ele moveria o plug dentro dela enquanto durasse seu castigo, e ela sabia que ver um

plug em sua bunda enquanto a espancava, o estimulava a se tornar mais dominante do que o

normal. E isso era muito.

Sabendo que ele via enquanto empurrava o plug em seu ânus, estava certa de que

estaria em apuros esta noite. Ele a espancaria por mais tempo do que o normal, e em

momentos como este, quando ele a empurrava ainda mais, sabia que também estaria

conseguindo sua boceta espancada. Ela quase gozou com o pensamento.

“Você está pronta para seu castigo, minha querida pequena sub?” Sua voz soava crua

de emoção.

“Sempre meu amor, meu mestre.” Ela abriu mais as pernas para ele e sentiu a

queimadura quando o grande plug pressionou dentro dela.

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Capítulo 4

Jesse foi estabelecida de forma segura entre Clay e Rio quando se dirigiram para sua

casa. Com ambos tendo ombros tão largos, eles a lotaram em seu assento. Em vez de se sentir

sufocada, ela se sentiu pequena, e feminina, e protegida. Absorveu a sensação, para lembrar o

quão maravilhoso se sentiu quando voltasse para casa e estivesse sozinha.

Ela gostava desse sentimento, mas ainda se perguntava como tinha se permitido ser

manipulada a ir com Clay e Rio para sua casa. Queria culpar as margaritas, mas no fundo

sabia que ansiava pela atenção masculina trazida à superfície por sua reação a estes homens.

Tinha medo a que isso poderia levá-la, ela não podia ignorar a atração sexual enquanto eles a

levavam para sua teia.

Nunca tinha tido tais sentimentos com qualquer outro homem. Nem mesmo seu

marido a tinha feito se sentir assim antes de se casar. Algo a aquecia por dentro e ela começou

a ter esperanças de que não estava condenada a permanecer essa criatura insensível e fria que

havia se tornado.

Olhando para Clay, sentiu seus mamilos endurecerem. Ele se manteve olhando-a

enquanto dirigia, e o calor em seu olhar era inconfundível. Ela sentia o fluxo de umidade em

sua vagina, pasma novamente em quanto estes homens a afetavam.

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“Estamos felizes que esteja vindo com a gente, querida.” Dobrando a mão muito

maior sobre a dela, onde se apertava em suas coxas, ele deixou seus dedos trilhar sobre o

interior de sua coxa, pastando seu jeans sobre sua boceta.

“Obrigado por nos dar a chance de ver o quanto vai ser bom estarmos juntos.” Seu

sorriso lhe disse que ele sabia o efeito que sua mão tinha sobre ela.

Sentindo a necessidade de alertá-los, Jesse olhou para frente e começou, “Acho que há

algo que vocês deveriam saber sobre mim antes disso tudo começar.”

“E o que é isso, querida?” Rio perguntou.

“Eu não sou boa em sexo,” ela revelou antes de perder a coragem. Ela continuou a

olhar pelo para-brisa, não querendo ver o desgosto que sabia estaria escrito em seus rostos.

“Não quero que vocês levem isso para o lado pessoal, quero dizer, não culpem a si mesmos se

não consigo, é, sabe.” Sabia que seu rosto estava vermelho enquanto continuava a olhar para

frente.

“Gozar?” Rio perguntou gentilmente.

“Sim.” Ela assentiu. “Eu normalmente não gosto de ser tocada. Desliga-me. Com

vocês, porém, parece ser diferente, mas não estou acostumada a isso.” Ela olhou para Clay.

“Não sei ao certo o que vai acontecer se seu toque ficar mais íntimo.”

Ela ficou ainda mais vermelha quando ambos riram. “Oh, nosso toque vai ficar um

inferno de muito mais íntimo,” Rio advertiu.

“Primeiro passo,” ele continuou, “parece que você está se acostumando ao nosso

toque. Enquanto você estiver com a gente, vai concordar em nos deixar fazer o que tem que

ser feito para explorar seus limites?”

“Antes de responder,” Clay adicionou, “esteja muito certa, porque se você disser sim,

você estará dizendo sim para fazermos tudo que queremos fazer com você, tocá-la em todos

os lugares. Se você realmente não gostar de algo, nós vamos parar, mas se você estiver

cremosa como está agora, nós continuamos não importa o que você diga.”

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Rio gentilmente a virou para enfrentá-lo, os dedos suaves em seu queixo. “É tudo

sobre seu prazer, querida. Nosso prazer depende do seu prazer.” Ela ofegou quando o

polegar acariciou seu lábio inferior. “Então, o que me diz? Você concorda? Vai nos confiar

com seu corpo, com seu prazer?”

Inalando profundamente, ela sussurrou, “Sim,” antes que pudesse mudar de ideia.

Sem pensar, ela tocou o polegar de Rio com a língua. Surpresa com si mesma tentou recuar.

“Oh, não, não faça.” Rio a puxou para seu colo, suas costas contra a porta. “Você disse

sim, e me provocou com essa pequena língua. Você é toda nossa agora, querida.”

Com isso, ele começou a beijá-la, a língua varrendo dentro de sua boca em um beijo

como nenhum que ela já teve antes. Ele tinha gosto de pecado, enquanto brincava e seduzia

com a língua, persuadindo-a a brincar com ele. Os dedos puxaram sua blusa e soltaram o

sutiã até que seus seios ficaram livres para ambos verem.

“Bonita,” ela vagamente ouviu Clay dizer, enquanto Rio continuava seu ataque

desviado. Ele quebrou o beijo para puxar a blusa por sua cabeça e remover o sutiã. Correndo

as mãos em seus seios, ele murmurou para Clay, “Sinta o quão suave e macia ela é.”

Ele continuou a explorar um seio nu enquanto Clay alcançava para sua própria

inspeção. “Bebê, seu seio se sente tão bom, suave aqui,” ele circulou seu seio com a mão

calejada, “e mais duro aqui.” Remexeu um mamilo, e então o comprimiu levemente entre o

polegar e o indicador.

Jesse arqueou quando Clay e Rio continuaram a examinar seus seios, beliscando

levemente e puxando os mamilos enquanto tentavam ver o que ela gostava. “Oh, Deus,” ela

choramingou. Andando em um caminhão, seminua, enquanto dois homens lindos brincavam

com seus seios tinha que ser a experiência mais avassaladora que ela já teve. Altamente

excitada, ela nem sequer se importou se alguém visse.

Jesse sentiu uma mão desfazer o botão em seu jeans. Rio a beijou, a mão em seu seio

enquanto ela sentia o zíper sendo descido. Rio a ergueu e ela sentiu seu jeans sendo puxado.

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Vestida agora em apenas um par de calcinhas de algodão, ela se sentiu vulnerável e ficou

mais quente.

Ela sentiu uma mão, não sabia de quem, e não se importava; parar sobre seu monte.

“Sua boceta está muito molhada, doce.” Ela ouviu a voz de Clay, a tensão nela inconfundível.

“Está tão quente, talvez seja melhor tirar essa calcinha.”

O jeito como ele disse “calcinha” deixou-a ainda mais cremosa. Ela logo ficou

encharcada e começou a se sentir um pouco constrangida com isso. Ouviu um ruído e sentiu a

calcinha sendo rasgada dela. Pensou que era impossível ficar mais molhada. Fechou as pernas

quando sentiu o ar vindo da janela em suas dobras molhadas.

“Uh, uh,” ela ouviu Clay ralhar. “Quero essas coxas escancaradas.” Gemendo na boca

de Rio, ela sentiu Clay puxar sua perna esquerda até que seu pé tocou o encosto de cabeça.

Rio enquanto isso levantou a boca da dela e moveu sua perna direita até que seu pé foi

pressionado contra o painel de controle.

Com as pernas agora bem abertas, Clay tinha uma boa visão de sua boceta. Seus olhos

escureceram ainda mais quando ele alcançou e deslizou os dedos por suas dobras

encharcadas, então espetou um dedo grande dentro dela.

Deitada nua, escancarada, dividida entre a atenção de Clay e Rio, ela se sentiu mais

desejável do que jamais tinha se sentido em sua vida. Eles pareciam estar hipnotizados por

tudo sobre ela, um bálsamo para uma ferida que ela não tinha percebido era tão crua.

Ela balançou forte com o desejo, agora ela faria de bom grado tudo que eles lhe

pedissem se isso os apressasse a fazer algo! Ela queria ser fodida como nunca quis antes.

“Por favor,” ela choramingou; sem se importar na quão devassa ela soava.

“Por favor, o que, bebê?” Clay perguntou tortuosamente.

Ele sabia exatamente o que fizeram com ela, droga, e mais do que ciente do efeito que

teve sobre ela. O dedo dele estava em sua vagina, pelo amor de Cristo. Ele sabia a altura de

sua excitação e ainda continuava a provocá-la. Ela moveu-se irrequieta em seu dedo e seus

sorrisos perversos lhes disseram que tinham apreciado o show.

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“Você precisa sentir como ela é apertada,” Clay disse a seu irmão. Ele tirou o dedo e

quase imediatamente ela sentiu outro se empurrar nela.

Ela ouviu o gemido de Rio. “Se sua boceta é tão apertada, você pode imaginar como

deve ser apertada sua bunda?”

“O quê!” Jesse tentou fechar as pernas sem sucesso. Ambos colocaram uma pressão

sobre ela e ela não pôde se mover para lugar nenhum. “Não faço isso!”

“O quê, querida?” Rio perguntou. “Não ser fodida na bunda?”

“Nunca fui tomada lá,” ela admitiu, então ofegou e arqueou novamente quando Clay

tocou seu clitóris. “Assim, bebê?”

Sua mente ficou em branco quando Rio continuou a golpear sua boceta,

acrescentando outro dedo enquanto ela o ouvia dizer a Clay que ela precisava ser estirada um

pouco mais. Ela sentiu o caminhão parar, e olhou pela janela para ver que tinham parado em

frente a uma casa de dois andares.

Seus olhos se fecharam novamente quando Clay se virou em seu assento, mantendo

suas pernas abertas para seu toque. Ele brincou com o clitóris impiedosamente, circulando-o

até que ela se contorceu para tentar fazer contato com o dedo. Ele a evitou facilmente,

fazendo-a soluçar em frustração.

“Você já teve alguma coisa em sua bunda?” Rio perguntou, esperando que sua

excitação eliminasse o embaraço. “Um dedo, um plug anal, qualquer coisa?”

“Nããão! Por favor, por favor, por favor! Estou pronta. Você não tem que esperar.”

Rio olhou para ver Clay olhar tão irritado quanto ele. Lembrando o que Jesse tinha

dito a Nat sobre sua vida sexual, ele sabia que ela nunca tinha sido tocada assim. Ela,

obviamente, nunca tinha tido esse tipo de atenção, nunca tinha sido despertada a este ponto e

eles tinham apenas começado.

Ele assistiu enquanto Clay tocava o dedo em seu clitóris e lhe dava o que ela desejava.

Ela arqueou e ficou em completo abandono, bela quando sua pele corou de rosa. Ela gritou, e

depois choramingou como um gatinho quando seu irmão a trouxe suavemente. Ele desejou

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poder ter tido sua boca nela, mas sem espaço para manobrar nesse maldito caminhão, sabia

que teria que esperar. Ele iria, porém, prometeu a si mesmo. Mal podia esperar para colocar a

boca naquela boceta quente.

Ele tinha apenas lhe dado um pouco de carinho a caminho de casa, mas sua pequena

querida tinha ficado em chamas. Respondido tão bem a cada toque que estava surpreso não

ter gozado em seu jeans. Vê-la gozar tinha sido mais excitante do que qualquer coisa que ele

podia se lembrar. Já tão bonita para ele, quando ela gozou o tinha soprado para longe. Queria

ter a boca em sua boceta. Amava comer uma boceta, e desde que ele e Clay a tinham

reivindicado para eles, seu desejo de prová-la cresceu ainda mais forte.

Ele não podia imaginar nada melhor do que o gosto da boceta de sua mulher.

Queria enfiar seu pau dentro dela tão fundo que ela ia senti-lo em sua garganta. Mas,

tão apertada quanto ela se sentia, ele e Clay teriam que ser gentis quando a estirassem para

aceitá-los. Eles teriam Jesse tão quente que ela ia implorar para que eles a enchessem.

Rio entrou no quarto principal e viu Clay puxando a colcha com um movimento do

pulso. Ele olhou para o pacote tentador em seus braços, completamente nua, sua pele corada

com um tom rosado, e fez uma careta quando o jeans se tornou ainda mais desconfortável.

Deitando seu pacote precioso nos lençóis frescos, ele se levantou e arrancou a roupa,

seus olhos nunca deixando a mulher bonita na cama. Os olhos de Jesse se arregalaram

enquanto os observava se despir, começando parecer um pouco nervosa quando os viu nus

pela primeira vez.

Rio viu como os olhos de Jesse se moviam de lado para o outro enquanto observava

ele e seu irmão se despir. Ele mal podia esperar para se afundar nela, qualquer parte dela, e

sabia pelo olhar no rosto de seu irmão, que ele sentia o mesmo.

Mas, depois de ouvir o que aquele bastardo de seu ex-marido a tinha feito passar no

quarto, ele sabia que teriam que ir devagar; Excitá-la bastante novamente até que ela

implorasse para ser tomada.

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Clay se deslocou, chamando sua atenção e, fora da vista de Jesse, lembrou-o com um

gesto que teriam que desacelerar. Rio assentiu e respirou fundo antes de chegar perto dela.

*****

Jesse mal podia acreditar. Ela tinha acabado de ter o orgasmo mais incrível de sua

vida, ainda fraca dele, assistia Clay e Rio se despir. Ela se mexeu, desconfortavelmente ciente

de como estava molhada e envergonhada. Queria alguns minutos, sozinha.

E pediu a única coisa que lhe veio à mente. “Posso tomar um banho?”

“Mais tarde, bebê,” Clay prometeu. “Rio e eu vamos lhe dar um banho.”

Ninguém lhe dava banho desde que era uma menina e ela não tinha certeza se ficaria

confortável sendo banhada por Clay e Rio. Mas todos os pensamentos de um banho saíram de

sua cabeça quando eles terminaram de se despir.

Vestidos, eles eram intimidantes. Nus, eles eram letais. Ela sabia que tanto Clay

quanto Rio, eram mais velhos do que ela com quase seus quarenta, mas nem um centímetro

de flacidez podia ser visto em qualquer lugar deles. Anos de trabalho no rancho mostrava a

forma como seus músculos flexionavam enquanto eles se moviam.

Clay tirou os boxers e os olhos de Jesse se arregalaram quando ela viu seu tamanho. E

perguntou-se freneticamente como seria capaz de aceitá-lo em seu corpo. Ele parecia mais

grosso que seu pulso e tão longo quanto. Ela tinha pensado em Brian como médio, mas ele era

minúsculo comparado a Clay.

Ela olhou quando os boxers de Rio desceram e gemeu. Quase tão grosso quanto Clay,

seu pênis parecia ainda mais longo.

“Não acho que isso vai funcionar,” desabafou nervosamente.

Clay e Rio olharam entre si e sorriram tranquilizadores.

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“Vamos nos ajustar dentro de você como uma mão em uma luva, bebê,” Clay

prometeu enquanto escovava sua bochecha com o polegar e se movia, tomando seus lábios

em um beijo tão possessivo e faminto que enrolou seus dedões.

O beijo de Clay provou ser tão inebriante quanto o de Rio, mas onde os lábios de Rio

tinham sido provocantes, os de Clay exigiam. A língua percorria sua boca, enredando-se com

a dela, possessivamente explorando, exigindo uma resposta que Jesse não poderia reter.

Ele ergueu a cabeça para olhá-la avidamente. Jesse levantou as mãos para seu cabelo

escuro, agarrando punhados daquela sedosidade espessa, distraidamente deslizando os

polegares sobre o lugar onde sabia que alguns fios prata brilhavam.

Quando ele baixou a cabeça para seu seio, raspando o mamilo com os dentes afiados,

ela sentiu Rio se mover entre suas coxas.

Ela sugou uma respiração quando Clay beliscou e chupou seus seios, usando os

lábios, a língua e os dentes, explorando-os totalmente, parecendo medir sua resposta a cada

toque.

Rio separou suas dobras com os polegares, fazendo-a contorcer. Não achava que era

possível ficar excitada novamente tão cedo depois daquele orgasmo alucinante.

“Vou lamber essa boceta doce, querida,” ela o ouviu dizer mesmo enquanto o sentia

abri-la ainda mais, colocando suas pernas sobre seus ombros largos, mantendo-as abertas.

Clay parou e olhou por cima do ombro para ver Rio abaixar a cabeça na boceta de

Jesse. Ouviu o suspiro de Jesse e ela estremeceu em seus braços quando a língua varreu suas

dobras. Ele vigiou seus olhos vidrados de paixão enquanto Rio usava a boca, explorando

completamente a mulher que estiveram procurando sua vida inteira.

Ouviu Rio gemer e sabia que seu irmão estava desfrutando do primeiro gosto de sua

mulher. E sentiu Jesse se contorcer em seus braços enquanto Rio usava a boca nela, sorrindo

quando viu seu irmão deslizar as mãos sob seu bumbum e erguê-la mais firmemente contra a

boca.

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Clay se ajoelhou na cama, uma mão acariciando seu pau latejante e com a outra

segurou o rosto de Jesse. Quando ela olhou para seu pau e lambeu os lábios, seu pau saltou.

“Quero meu pau em sua boca,” disse a ela.

Ela ofegou, abriu a boca e Clay se aproximou.

“Você me ensina?” Ela perguntou, olhando para ele.

Clay viu Rio levantar a cabeça e sabia que ele a ouvira, também. Quando Jesse sorriu

timidamente, ele sentiu seu pau saltar de novo.

“Bebê, você já teve um pau em sua boca?”

“Não. Eu nunca quis Brian desse jeito.”

“Abra a boca, bebê.” Clay esfregou a cabeça do pênis em seus lábios. Queria se

empurrar todo em sua boca quente. Saber que seria o primeiro quase o deixou fora, mas

cerrou os dentes contra isso e rapidamente se colocou sob controle, mal.

“Querida,” ouviu Rio enquanto empurrava a cabeça do pênis entre seus lábios

macios, “Alguém além de mim já saboreou essa doce boceta?”

Clay gemeu quando Jesse sacudiu a cabeça, a boca roçando contra a cabeça de seu

pênis. Olhou e viu o prazer incrédulo no rosto de Rio. Sabia exatamente o que seu irmão

estava pensando. A sexualidade de Jesse mal tinha sido aproveitada. A mulher se

contorcendo impotente sob suas mãos e tentado desesperadamente chupar o pênis em sua

boca sem instrução não tinha praticamente nenhuma experiência sexual.

Caberia a eles ensiná-la tudo. Ela tinha sido fodida, mas nunca tinha percorrido os

caminhos que Clay e Rio planejavam levá-la. Ela estava excitada, mas não era nada perto do

que eles fariam com ela. Ela nunca tinha sido mimada do jeito que eles queriam mimá-la, e

nunca tinha tido seu homem a espancando se ela desobedecesse.

Todas as coisas que tinha feito com as mulheres ao longo dos anos, seriam novas em

folha novamente enquanto ensinavam a sua mulher. Ela lhes pertencia.

Sua boca quente o estava deixando louco. Ele tinha ficado muito excitado com seu

pênis na boca dela pela primeira vez para poder lhe mostrar qualquer coisa, e dessa vez não

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precisava de qualquer maneira. O que ela não tinha em experiência, ela mais do que

compensava em entusiasmo.

Clay sentia-se extasiado que ela respondesse tão bem a eles. Estava tão excitado por

sua mulher que lutava para manter algum tipo de controle quando não queria nada além de

devorá-la inteira. Olhando para Rio, viu que seu irmão também parecia tomado por ela.

Jesse sentiu Rio posicionar-se em sua entrada e tremeu em antecipação. Ela o queria

dentro dela tão mal, queria ambos mais do que sonhou jamais querer um homem.

Tomou o máximo do pau de Clay em sua boca quanto pôde e tentou se contorcer para

Rio, mas ele a segurou quieta.

“Vou foder essa bocetinha quente, querida.”

Ela ouviu a voz de Rio acima dos gemidos altos que enchiam o quarto e desejou que

ele se apressasse. Os impulsos rasos ganhava terreno a cada punhalada, mas ela queria tudo.

Agora!

Jesse nunca se sentira tão querida em sua vida, nunca se sentira tão feminina

enquanto tomava os pênis de Rio e Clay. O gosto de Clay a enchia de calor e ela mal podia

conseguir o suficiente dele. Sua resposta por ter a boca sobre ele a deixava selvagem.

Ela se sentiu poderosa e má quando usou a língua e tentou chupá-lo tanto quanto

podia em sua boca. Ouviu seus gemidos e sentiu suas mãos a apertarem quando o chupou

fundo, querendo que ele perdesse o controle que sabia ele desesperadamente estava tentando

controlar.

Ela arqueava para que Rio a fodesse. Não conseguia evitar os constantes gemidos

vindos do fundo de sua garganta, enquanto Clay e Rio atraíam respostas que tinham ficado

dormentes por anos.

Cada polegada de seu corpo zumbia. Ela arqueou, forçando o pênis de Rio ainda mais

em sua boceta pingando e gemeu na plenitude.

“Calma, querida,” ele disse por entre dentes cerrados. “Não quero machucá-la.”

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Ela se contorceu irrequieta e chupou mais forte em Clay. Queimava e precisava de

mais e tentou se mover, mas Clay e Rio a controlavam facilmente.

Sentiu Clay contrair e tentar se afastar. Chupou mais forte e raspou os dentes em

advertência sobre seu pênis, ignorando seu tenso “Porra!” apertou as mãos nele, segurando a

base de seu pênis, não permitindo que ele se afastasse, e com a outra segurou seu saco cheio

entre suas coxas.

Ela o sentiu apertar os punhos em seu cabelo. “Bebê, eu vou gozar. Solte-me,” ele

rosnou.

Quando Rio empurrou seu comprimento total dentro dela, Jesse dobrou seus esforços

e ouviu o gemido de Clay.

“Foda-se,” ela ouviu Clay morder fora enquanto enchia sua boca de semente.

Engolindo freneticamente, ela continuou a chupar cada pedacinho enquanto ele acariciava

seus cabelos.

“Você foi incrível, bebê,” ele sussurrou, retirando-se de sua boca para ficar ao seu

lado na cama. Inclinou-se e a beijou, mordendo seus lábios eroticamente. “Mas vai ser

castigada por não me soltar quando eu disse para fazer. Rio e eu queremos vê-la gozar de

novo, bebê. Você nos pertence agora, não é? Dê-nos isso.”

Jesse ouviu as palavras de Clay enquanto Rio empurrava mais fundo dentro dela. O

sentimento pleno a fazendo estremecer impotente.

“Querida, você se sente fantástica,” Rio gemeu. “Você é tão apertada!”

“Mais forte!” Jesse implorou. Estava tão perto. Quando Rio continuou seus

movimentos lentos e suaves, a boca de Clay em seus seios começou a atormentá-la.

“Não quero machucá-la, querida.” Rio segurou seus quadris firmemente com suas

mãos fortes, não lhe permitindo empurrar seu pênis mais fundo enquanto se contorcia;

desesperada para gozar.

Seu clitóris pulsava. Quando sentiu a mão de Clay cobrir seu abdômen, ela

choramingou.

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“Por favor! Preciso de mais. Toque-me!”

Clay ergueu a cabeça e seus olhos se encontraram. Ela viu a ternura em suas

profundezas enquanto sentia seus dedos se moverem mais baixo.

Sabia que o controle de Rio estava finalmente estalando. Suas punhaladas se

tornaram mais fortes. Suas mãos apertaram em seus quadris. Ele se enterrou até o cabo dentro

dela, seu pênis batendo em seu ventre. Ela entrou em um orgasmo feroz que arrancou um

grito dela, assustando-a com sua intensidade. Mal ouviu Rio gemer quando bateu nela.

“Foda-se,” ele ofegou. “Sua boceta está ordenhando meu pau. Tão gostoso!”

Ele subiu nela em uma última punhalada poderosa, segurando seus quadris

firmemente no lugar enquanto ela sentia o toque de Clay em seu sensível clitóris.

“Não! Não mais!” Sacudindo a cabeça fracamente, ela levantou a mão para Clay.

Sentiu os salpicos do pau de Rio pulsando sua semente dentro dela, enquanto Clay dedilhava

seu clitóris.

“Mais uma vez, bebê,” ela ouviu Clay sussurrar. Segurando sua mão estendida

firmemente, ele e Rio torceram outro orgasmo ondulando através dela.

*****

Jesse não queria nunca se mover novamente. Sentia-se mais saciada do que qualquer

orgasmo auto induzido já fizera sentir. As rapidinhas e o sexo egoísta de seu ex-marido nunca

tinha sequer chegado perto de despertá-la, muito menos deixá-la se sentindo completamente

drenada.

Clay e Rio se deitaram em cada lado dela, acariciando ternamente seu corpo

rapidamente refrescando. Rio acariciava seu pescoço enquanto Clay colocava beijos suaves

em seu rosto e ombros. Seus lábios não exigiam como antes, mas se sentia tão possessivos

quanto. Seus murmúrios de carinhos e elogios lavando sobre ela.

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Sentia-se envolvida em um calor que nunca tinha sentido antes, com estes dois

homens fortes e sensuais que a fizeram sentir como a mulher mais bonita e desejável do

mundo. A sensação de voltar para casa, à retidão absoluta de estar com Clay e Rio a encheu.

Lágrimas brotaram em seus olhos na alegria que a atravessava. A única vez que tinha

se sentido assim foi quando segurou seu filho pela primeira vez. Sentimento que pensava que

Brian tivesse matado rebelou-se de algum lugar profundo dentro dela, rompendo e tirando

seu fôlego.

Alívio que podia sentir novamente e a intensidade de seus sentimentos por estes

homens de cada lado dela, cuidando de seu conforto, mesmo depois do sexo, tiveram as

lágrimas em seus olhos se derramando em seu cabelo encharcado de suor.

“Bebê?” Clay subiu para inclinar-se sobre ela, empurrando seu cabelo úmido fora do

rosto. Rio rapidamente se juntou a ele, esfregando seu estômago.

A preocupação e ternura em seus rostos quando a abraçaram estalou seu autocontrole

e com um soluço estrangulado, ela se quebrou.

Entre as lágrimas ela viu o pânico no rosto assustado de seus amantes e soluçou ainda

mais. Sentiu Clay puxá-la facilmente em seus braços enquanto as lágrimas escorriam por seu

rosto e soluços sacudiam seu corpo.

“Bebê, por favor, diga-nos o que está errado,” Clay pediu. Ele a balançou e ela sentiu

as mãos de Rio esfregar suas costas e braços.

“Eu te machuquei, querida?” Ela ouviu o desespero na voz de Rio e quis tranquilizá-

lo, mas não conseguia falar através das lágrimas. Estendeu-lhe a mão, com o rosto ainda

seguro contra o peito de Clay. Sentiu sua mão ser agarrada e apertou.

Sentia como se seu coração fosse explodir de seu peito. Ofegou pelo ar quando seus

soluços devastaram seu corpo de forma incontrolável. Esteve fria e entorpecida por tanto

tempo, que a pressa quente de sentimentos por estes homens a machucavam.

Desesperada para fugir, Jesse puxou a mão da de Rio e empurrou o peito de Clay. Ele

simplesmente apertou os braços para mantê-la no lugar. Apavorada, ela começou a lutar,

53
quase histérica agora enquanto lutava para se libertar. Queria fugir, se trancar no banheiro até

que pudesse conseguir se controlar novamente.

Quando Clay apertou seus braços, ele continuou a balançá-la.

“Por favor, bebê,” ele murmurou, “Diga a Rio e a mim o que está errado. Nós vamos

corrigi-lo, eu juro.”

“Vamos, bebê,” Rio adicionou. “Por favor, pare. Não posso suportar quando você

chora.”

“Por favor, deixe, deixe-me ir,” Jesse soluçou.

“Nunca!” Ambos protestaram em uníssono.

“Rio, vá preparar um banho para ela.” Jesse sentiu os lábios de Clay em seu cabelo

enquanto ele continuava a balançá-la. “Ela vai ficar doente, chorando desse jeito. Temos que

fazê-la se acalmar.”

Jesse finalmente conseguiu parar de soluçar e sentiu Clay levantá-la nos braços. Lutou

para controlar as lágrimas ainda escorrendo por seu rosto. Envergonhada, ela soluçou contra

seu peito enquanto ele a levava para o banheiro.

Rio estava esperando por eles, enchendo a banheira enorme, o cheiro de pêssego que

ela usava preenchendo o ar. Ele obviamente tinha tirado as coisas de sua bolsa e tocou-a que

ele tivesse pensado nisso.

Quando Clay a levou para o Box, Rio estendeu os braços para ela, sorrindo

ternamente.

“Deixe-me segurá-la.”

Jesse se encontrou sendo transferida para os braços de Rio. Ele a segurou firmemente

contra o peito enquanto abaixava ambos na água morna. Clay se sentou de frente para ela,

esfregando seus pés enquanto a observava.

A água quente estava maravilhosa. Assim como os braços que a seguravam com

firmeza.

Jesse deixou a cabeça cair contra o peito de Rio. O sexo e o choro a tinham esgotado.

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Sabia que seu rosto estava vermelho de vergonha. Clay e Rio deveriam estar

pensando que ela era louca.

Tinha que ir embora, voltar para Nat, ou então voar para casa. Os homens outrora tão

ansiosos para levá-la para a cama tinham que estar do mesmo jeito que ansiosos para se livrar

dela.

Tentou manter a cabeça baixa, envergonhada demais para olhar em seus rostos, mas

Rio não a deixou. Puxando seu rosto do peito, ele começou a limpá-lo com um pano quente.

“Sinto muito,” ela soluçou. “Por favor, me leve de volta para Nat.”

“Por que, Jesse?” Rio afastou seu cabelo do rosto. “Diga-nos o que aconteceu. Por

favor, diga-nos o que fizemos de errado.”

Seus olhos brilhavam com ternura e preocupação, o que fez as lágrimas brotar

novamente.

“Querida, fomos muito ásperos? Machucamos você? Nós a assustamos?”

Jesse sacudiu a cabeça, surpresa que estivessem pensando que pudesse ter sido algo

além de maravilhosos com ela. “Não, vocês não fizeram nada de errado. Sou eu.”

Alcançando, ela segurou seu rosto nas mãos e tocou seus lábios nos dele.

“Sinto muito ter chorado assim.” Olhou para Clay e viu que ele a observava

ansiosamente. “Nunca choro. Deve ter sido desconfortável para vocês. Realmente sinto muito.

Por favor, me levem de volta para Nat. E podemos esquecer que isso aconteceu.”

Jesse estremeceu, surpresa pela raiva que saltou nos olhos de Rio.

“Clay já te deve uma surra pelo que fez com ele no quarto.” Rio segurou seu queixo

forçando-a a olhar para ele. “Você não nos deixou desconfortáveis. Você assustou a merda

fora da gente. Queremos saber o que aconteceu para fazê-la chorar desse jeito. Se você não

nos disser agora, vou virá-la sobre meu joelho e remar sua bunda até que você faça.”

Jesse apertou a mão no estômago quando os nervos o fizeram saltar. Duvidava que

ele fosse realmente espancá-la, mas o olhar em seu rosto lhe disse que ele queria uma resposta

e que sua paciência tinha esgotado.

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Ela olhou suplicante para Clay que encontrou seu olhar firmemente, arqueando uma

sobrancelha enquanto continuava a olhá-la. Sem ajuda aqui.

Ela olhou de volta para Rio. “Não sei se posso explicar isso.”

“Tente.” A voz de Rio não admitia discussão.

Ela se contorceu em seus braços, empurrando contra seu peito. Ele relutantemente a

soltou, como se sentindo que ela precisava de espaço. E lhe deu um pouco, mas não muito

quando se agarrou a um de seus tornozelos, acariciando-o ternamente.

“Vamos lá, bebê.” Clay deslizou a mão reconfortante sobre sua panturrilha.

“Isso tudo apenas foi demais,” Jesse sussurrou e respirou fundo. “Nunca senti tanto

em tão pouco tempo, acho que meio que me oprimiu.”

Ela olhou para eles, encontrando seus olhares fixos. “É como estar frio por tanto

tempo que você se torna insensível a isso. Você não percebe o quão frio se tornou até que é

coberto por um cobertor quente.” Engoliu as lágrimas que ameaçavam novamente.

“Vocês foram esse cobertor quente. Dói depois de estar frio por tanto tempo, e acho

isso tipo que me assustou.” Seus olhos foram de um lado para o outro entre eles. “Não pensei

que seria assim. Não posso ficar aqui. Tenho obrigações em casa das quais não posso me

afastar.”

Clay a puxou para ele, aconchegando-a entre suas coxas, e ela se recostou contra seu

peito.

“Vamos resolver tudo, bebê.” Clay começou a lavá-la com o gel de banho que Rio

deve ter encontrado em sua bolsa, entregando o tubo a Rio. “Você está exausta. Apenas relaxe

e cuidaremos de tudo.”

Rio lavou suas pernas, movendo-se para cima, enquanto Clay ensaboou seus seios, os

mamilos claramente visíveis através da espuma.

“Eu não quero ser machucada,” Jesse sussurrou relutante.

Clay puxou seu cabelo para trás até que sua cabeça descansava em seu ombro. “Não

vamos machucá-la, mas não estamos dispostos a deixá-la ir, também.”

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Seus lábios encontraram os dela enquanto deslizava as mãos por seus seios, o sabão

deixando-os escorregadios.

“Estamos loucos por você; querida.” Os dedos de Rio deslizaram para suas dobras.

“Vocês nem sequer me conhecem,” ela protestou, e então ofegou quando suas mãos

ímpias a banharam.

“Conhecemos bem o suficiente,” Rio lhe assegurou. “Começamos a nos apaixonar por

você no momento em que a vimos e cada vez mais desde então.”

Clay a enxaguou e metodicamente lavou o resto, e ela sentiu as pálpebras começarem

a baixar.

“Também sabemos que você está cansada e muito dolorida para qualquer outra coisa

esta noite.”

Terminaram de banhá-la, e até lavaram seu cabelo. Rio a secou e esfregou a loção de

pêssego em sua pele enquanto Clay se banhava. Clay secou seu cabelo enquanto Rio se

banhava, e então, nua, eles a levaram para o quarto.

Quando Jesse adormeceu, a cabeça no ombro de Rio, Clay encontrou os olhos de seu

irmão acima de sua cabeça e viu o rosto de suprema satisfação dele. Sabia que tinha o mesmo

olhar em seu rosto. Nunca tinha sentido uma felicidade tão completa em sua vida.

Seus olhares amorosos acariciaram a mulher entre eles, a mulher que já tinha se

encaixado em seus corações.

“Eu já a amo.” Rio disse baixinho.

“Eu sei.” Clay disse tão baixo quanto. “Ela é perfeita.” Ele suspirou de satisfação

quando Jesse se virou para ele em seu sono, e ele aconchegou sua cabeça com o ombro.

“Graças a Deus que finalmente a encontramos.”

57
Capítulo 5

Jesse despertou na manhã seguinte com o cheiro de café. Ela se estirou

languidamente, gemendo quando os músculos doloridos protestaram. Sorrindo ao lembrar-se

por que, abriu os olhos. E sorriu.

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Rio estava sentado na beirada da cama ao seu lado, uma xícara de café na mão. Ele

sorriu quando ela o olhou.

“Bom dia, bela.” Seus lábios estavam quentes e com gosto de café quando ele o

esfregou carinhosamente nela, empurrando seu cabelo do rosto.

“Decidimos mantê-la.” Ele observou seu rosto atentamente como se tentando avaliar

sua reação.

“Não a assuste, Rio.” Clay entrou no quarto com uma xícara de café em cada mão.

Olhando-a ternamente, mas ela podia sentir seu escrutínio como se tentando ver o quanto

declaração de Rio a tinha afetado.

“Tome um pouco de café, bebê.” Ele se inclinou para lhe dar um beijo carinhoso, mas

possessivo, a língua varrendo sua boca antes de se endireitar e lhe entregar a xícara.

Jesse se sentiu como uma rainha, sendo mimada desse jeito. “Não acho que já fui

servida café na cama antes.” Ela sorriu para ambos. “Posso ficar estragada.”

“Se você ficar com a gente querida, vamos mimá-la toda.” Rio sorriu.

“Rio, se você assustá-la, eu vou chutar o seu traseiro.” Clay disse suavemente, mas

com uma mordida de advertência. Ele se virou para Jesse.

“Nós temos muito para fazer hoje. Termine seu café e se prepare para ir. Vamos

tomar o café da manhã na cidade.”

“Onde estamos indo?” Jesse tomou um gole do café, surpresa por encontrá-lo

exatamente do jeito que gostava. Tinha pensado que Clay e Rio iam querer ficar na cama esta

manhã, mas ambos pareciam estar com pressa de sair. Excitação iluminava seus olhos e ela

esperava que tivesse algo a ver com ela. Podia se acostumar com a sensação de ser querida.

Relutantemente freou seus pensamentos. Não podia ficar. Não poderia viver aqui

feliz sabendo que tinha deixado Kelly indefesa.

Determinada a não deixar nada estragar seu tempo com Clay e Rio, deslizou nua da

cama, levando seu café com ela ao banheiro.

59
“Estarei pronta em vinte minutos,” ela olhou por cima do ombro. E sacudiu a cabeça

quando pegou os dois de olho em seu rabo.

*****

Tomar café da manhã no restaurante com Clay e Rio lhe ensinou muito sobre a

cidade, e eles.

O restaurante parecia mais uma reunião de família do que os clientes que comiam lá

em sua cidade. Todo mundo parecia conhecer todo mundo e riso enchia a sala.

Ela e a garçonete, Gracie foram apresentadas e ela não conseguiu deixar de se

espantar ao saber que os três homens na cozinha eram maridos de Gracie. Três maridos!

Claro que todos conheciam Clay e Rio e os cumprimentaram calorosamente. Jesse

encontrou-se apresentada a vários amigos e vizinhos deles. A maioria sorrindo com

indulgência quando viam como ambos agiam com ela, tocando-a, mantendo-a perto, a oferta

em seus olhos quando sorriam para ela.

Para sua surpresa, Jake e Nat se juntaram a eles. Olhando para Clay e Rio viu que

ambos já esperavam por isso.

“Vamos passar o dia no SPA!” Nat lhe disse assim que se sentou.

“Do que você está falando, Nat?” Jesse aceitou a torrada com manteiga que Rio lhe

entregou enquanto Clay reabastecia sua xícara de café.

“Há um SPA maravilhoso no final da cidade,” Nat lhe disse toda animada. “Vamos

passar o dia lá.”

Jesse sacudiu a cabeça, odiando desapontar sua irmã. “Não posso pagar algo assim,

Nat.”

“Estamos pagando por isso, bebê.” Clay tomou um gole do café. “Não se preocupe

com nada.”

60
Ele voltou a comer enquanto Jesse estalava. “O quê? Você não está pagando por

nada!” Ela se virou para Rio quando ele abriu a boca para falar. “Não vou para um SPA.

Ponto final!”

Várias cabeças se viraram em sua explosão e Jesse viu que vários de seus amigos se

viraram para Clay e Rio. Ela baixou a cabeça e silvou para eles. “Se não me querem por perto,

tudo bem!”

Amaldiçoou o tremor em que sua voz e se contorceu quando tanto Clay quanto Rio;

se endireitaram e olharam para ela.

Jesse mordeu o lábio enquanto juntava suas coisas. Estúpida. Estúpida. Estúpida.

Claro que eles queriam se livrar dela, do contrário a teriam mantido em sua casa com eles.

“Tenho coisas para fazer hoje de qualquer maneira. Talvez os veja por aí.”

Levantou e se encontrou imediatamente cercada por dois homens muito grandes,

muito zangados.

“Sente-se, Jesse.” A mão de Clay em seu braço foi firme, mas foi o aço em sua voz que

a teve se abaixando de volta na cadeira.

Clay e Rio se aproximaram, enchendo sua visão com seus rostos carrancudos.

“Não estamos tentando nos livrar de você,” Clay rangeu entre os dentes cerrados.

“Você prometeu que ia fazer o que quiséssemos.” Rio a lembrou. Seu rosto

endureceu, mas seus olhos permaneciam ternos. “Queremos que vá por um par de horas com

Nat. As pessoas no SPA sabem exatamente o que queremos que façam com você.”

Jesse não conseguiu evitar o arrepio que a atravessou na voz e sorriso travesso de Rio.

“Do que está falando?”

“Queremos que você relaxe e seja mimada enquanto fazemos algumas compras para

você,” Clay lhe disse, enviando a Rio um olhar de advertência.

“Compras para mim? Para quê?” Jesse os olhou cautelosamente.

61
“Vamos explicar tudo esta noite.” Clay bateu de leve em seu braço, se ajeitou na

cadeira e tomou um gole de café. “Apenas relaxe e se divirta com Nat. Esta noite você vai

estar ocupada.”

Jesse se inclinou mais perto de Rio, notando a surpresa e prazer em seus olhos

quando ela fez.

“O que você disse que eles vão fazer para mim no SPA?” Sussurrou, preocupada.

Rio e deu um beijo rápido em seus lábios fazendo beicinho. “Você vai ter seu cabelo

feito, uma massagem facial, massagem corporal, manicure, pedicure, essas coisas. Queremos

que se sinta mimada, como provavelmente nunca foi em sua vida.”

Rio se inclinou e acariciou sua orelha e ela estremeceu. “Também a estamos tendo

encerada querida.”

Ao tentar se afastar, ela sentiu os dentes se fechar em sua orelha, eficazmente

mantendo-a no lugar. Quando ela se acalmou, ele a soltou com uma risada suave.

“Esta noite quando eu colocar minha boca em sua boceta, ela vai estar suave e nua.”

Ele se moveu para ver seu rosto e ela notou que Clay ainda a observava, a expressão

divertida. Seus olhos seguraram os dela quando Rio murmurou baixinho.

“Com sua boceta nua, ela fica mais sensível. Clay e eu vamos passar muito tempo

com nossas bocas em sua boceta e clitóris, te deixando louca.”

O café da manhã foi retomado como se nada tivesse acontecido. Todos comeram

vorazmente, exceto ela. Mexeu em sua comida enquanto a conversa fluía ao redor. Notou que

vários dos homens levantaram suas xícaras de café em saudação para Clay e Rio. O que era

aquilo?

“Idiotas,” Clay murmurou baixinho e Rio e Jake riram.

Ela não prestou muita atenção. Estava muito ocupada tentando controlar sua resposta

a eles. Sentia seus mamilos endurecerem e se tornarem mais sensíveis e tinha molhado sua

calcinha. Novamente.

62
Estes dois sabiam exatamente que botões apertar para mantê-la quase que

constantemente excitada. Botões que ela nem sequer sabia que tinha. Assustava-a que estes

dois parecessem conhecê-la melhor do que si mesma.

Ainda se sentia desconfortável com a maneira como tinha quebrado ontem à noite.

Nenhum deles mencionou isso, mas ela viu o conhecimento em seus olhos e o sentiu na

possessividade de seus toques.

Franziu o cenho, desconcertada por estar tão vulnerável. Ainda mais por sentir o que

estava sentindo não por um, mas por dois homens de uma vez, e só os conhecia há vinte

quatro horas!

“Pensamentos pesados, querida?” Clay ergueu seu queixo até que seus olhos se

encontraram. Quando ela viu a preocupação neles, sacudiu a cabeça e sorriu.

“Não, nada.” Sua preocupação derreteu seu coração. Não podia fazer nada sobre isso.

Estava se apaixonando por eles. Então, só podia aproveitar enquanto eles ainda a queriam.

Sua sobrancelha levantada lhe disse que ele sabia que algo a incomodava, mas deixou

ir por agora. Eita, eles notavam tudo. Esse tipo de atenção seria difícil de acostumar.

Após o café da manhã, Jesse partiu com Nat no caminhão de Jake para sua ida ao

SPA. Seus lábios ainda formigavam das despedias de Rio e Clay, que deixaram que ela

soubesse exatamente o quão ansiosamente eles esperavam seu retorno.

“Você já se acostumou a isso?” Jesse perguntou a Nat curiosamente.

“Acostumei-me a quê?” Nat a olhou.

“O jeito como Jake te trata.” Jesse se virou em seu assento até que ficou de frente para

sua irmã. “Quero dizer, ele está sempre te tocando, beijando, olhando para você como se mal

pudesse esperar para tê-la sozinha. Vocês estão casados há mais de vinte anos e agem como se

fossem recém-casados.”

Nat riu. “Tenho que admitir, quando Joe ainda morava em casa, às vezes era meio

difícil fazer sexo como queríamos, mas agora que ele está trabalhando em Tulsa, foi como

começar de novo.”

63
Ela olhou para Jesse e brincou. “Vocês três vão ter um monte de diversão para

conhecer um ao outro já que seu filho e os deles estão todos na escola. Quando voltarem para

casa nas férias, você vai ficar tão frustrada que quando se forem novamente, nós

provavelmente não vamos vê-la por dias!”

Jesse sorriu. “Eles me disseram sobre seus filhos esta manhã. Soaram como bons

garotos, mas não posso ficar Nat. Ei! Pare!”

Parecia perfeito. Quando Nat parou o carro, Jesse saiu. Animada, puxou Nat junto

quando ela veio para a calçada.

“Olha pra isso!” Jesse olhou o velho edifício com admiração. Colocando as mãos nos

lados do rosto, ela olhou através da janela.

Com a mente correndo, ela tirou um pequeno caderno da bolsa e anotou o número do

agente de arrendamento.

“Jesse, o que está acontecendo?” Nat olhou do pitoresco edifício antigo para a irmã.

Jesse olhou em volta, observando o estacionamento disponível e as outras lojas na

área. Viu um floricultor, uma loja de roupa feminina, um salão de beleza, uma sala de cinema

e um banco entre outros. A joalheria de Jake estava na esquina.

Sabia que a garagem que tinham levado o carro de Nat estava a apenas alguns

quarteirões junto com o mercado. Parecia uma adorável cidade com calçadas limpas, e flores,

e árvores plantadas em todos os lugares.

“Jesse, caramba. O que está acontecendo? O que está fazendo?” Nat exigiu, agarrando

seu braço.

“Nat, o que você acha de eu me mudar para cá?” Jesse perguntou.

“Oh, querida! Seria maravilhoso! Você quer dizer isso?” Nat riu animada.

Jesse franziu o cenho. “Não tenho certeza se vai funcionar com Clay e Rio ou não, mas

acho que gosto daqui. Kelly ficaria segura.” Ela compassou de um lado para o outro na

calçada enquanto pensava no assunto.

64
“Nat, Kelly precisa sair de Maryland. A razão que me levou tanto tempo para visitá-la

é porque o ex-namorado de Kelly gosta de aparecer de vez em quando e bater nela.”

“O quê?” Nat ofegou, indignada.

“Por favor, não diga nada a ninguém. Não quero que todos saibam dos assuntos de

Kelly.”

“Oh, não!” Nat assegurou. “Mas se você conseguir trazê-la para cá, quero um lugar

na primeira fila, se este imbecil aparecer pensando em machucá-la.” Nat compassou

furiosamente. “Clay, Rio e Jake limpariam seu pulso, junto com qualquer outro homem aqui.”

Jesse sacudiu a cabeça. “Não quero ninguém brigando. Não acho que ele viria aqui.

Ele é um amigo de Brian. Foi assim que eu e Kelly nos conhecemos.”

Recontando contra o caminhão de Jake, Jesse cruzou os braços. “Consegui cuidar dele

até agora.”

“O que quer dizer?” Nat perguntou, franzindo a testa para ela.

“Ele não é muito grande, só um pouco mais alto do que eu. E também é tão

preguiçoso quanto Brian, então está fora de forma. Trabalhei como um cão por anos fazendo

minhas coisas e as de Brian. Estou em melhor formar do que ele.” Ela deu de ombros. “Uma

vez quando ele veio atrás de Kelly, aconteceu de eu aparecer. Ele ficou surpreso. Eu estava

puta. E ganhei. Desde então, faço meus negócios perto de Kelly tanto quanto possível. Toda

vez que ele aparece, estou lá e acho que ele está meio assustado comigo.”

Sacudindo a cabeça, Jesse endireitou. “Quero chamar o agente de arrendamento.

Então, vou falar com Kelly. Quero ter um plano antes de chamá-la. Desde que Alex partiu, eu

queria partir, mas simplesmente não posso deixar Kelly sozinha. Esta pode ser nossa chance.”

“Oh, Jesse. Seria ótimo se você pudesse vir para cá.” Jesse seguiu quando Nat fez um

gesto em direção ao edifício. “Este seria um excelente local para seu negócio. Não há outro

negócio como este na cidade, assim você deve conseguir a aprovação. Não gostamos quando

um novo negócio correr com outro da cidade, então só permitimos entrar se for diferente.

65
Ninguém mais poderá competir com você. E as mulheres da cidade vão adorar suas loções.

Fiquei louca com as coisas que você me deu.” Nat sorriu maliciosamente. “Assim foi Jake.”

Jesse assentiu pensativa. “Só quero saber se há pessoas suficientes nesta cidade para

sustentar uma loja aqui, no entanto.”

“Jesse, você não faz ideia da quantidade de negócios nossa cidade consegue de toda

parte. A joalheria de Jake, os seminários do clube, a loja de adultos do Beau, o bar, os couros

do Logan e os móveis dos irmãos Preston todos trazem muitos negócios para a cidade. Todos

nós ajudamos uns aos outros.”

Jesse olhou para sua irmã surpresa. “Não tinha percebido. Não vi esses lugares.”

Nat riu. “A menos que eu esteja muito errada, tenho certeza de que Clay e Rio vão

estar em alguns desses lugares hoje para comprar coisas para você. Eles, provavelmente, estão

como duas crianças em uma loja de doces, finalmente, tendo a mulher que eles estavam

esperando por todos esses anos para comprar.”

Jesse se perguntou o que eles poderiam estar comprando. Encontrando os olhos de

Nat, ela levantou uma sobrancelha. “Como o que?”

“Nem pensar!” Nat riu e circulou a frente do caminhão. “Não vou entrar nessa

conversa. Não tenho certeza do que Clay e Rio vão comprar, mas acho que lingerie está

incluído.”

“Ótimo,” Jesse suspirou. “Algo que tenho certeza devo parecer ridícula vestida.

Normalmente durmo com uma grande camisa de algodão, Nat.”

“Aposto que você vai ficar ótima em tudo que eles levarem,” Nat disse confiante.

“Especialmente depois do SPA! Entre ou vamos nos atrasar.”

“Prometa-me que você não vai dizer nada sobre este lugar ou meus planos,” Jesse

exigiu depois que entraram no caminhão. “Não quero que Clay e Rio se sintam que estão

presos comigo. Quero viver aqui, mesmo se as coisas não derem certo conosco. Não estou

nem certa se Kelly vai querer vir pra cá. Não posso deixá-la indefesa, Nat. Seu irmão a está

visitando agora, que foi por isso que pude vir.”

66
“Não vou dizer nada, mas Jake não gosta quando escondo as coisas dele.” Nat

apontou o dedo para Jesse. “É melhor dizer logo antes que qualquer uma de nós fique em

apuros.”

“Eu não sou a pessoa casada com um Dom.” Jesse sorriu. “Além disso, quando ele

descobrir que você escondeu algo dele, só vai poder lhe dar uma boa surra. Estou te fazendo

um favor.”

Nat riu enquanto colocava o caminhão em marcha. “Lá isso é!”

Capítulo 6

67
Deixando o SPA várias horas mais tarde, Jesse se sentia melhor do que tinha em anos.

Clay e Rio esperavam lá fora junto com Jake, que esperava batendo o pé, impaciente, para

levar Nat para casa.

Jesse se sentia relaxada e mimada, os nervos calmos, mas borbulhava de excitação na

expectativa de passar outra noite com Clay e Rio. Sabendo que havia passado o dia se

preparando para esta noite aumentava a expectativa.

Já havia falado com o agente de arrendamento e não só encontrou o aluguel acessível,

mas também incluía o apartamento acima. Ela e Kelly teriam um lugar para morar perto do

trabalho.

Tudo parecia estar se encaixando e sentia-se mais animada com o futuro do que tinha

desde antes de seu casamento.

Abraçando Nat em adeus, ela acenou para Jake antes de se virar e ser erguida para

um abraço de Clay. Seu corpo inteiro formigou de desejo. “Senti sua falta,” ela o ouviu dizer

enquanto acariciava seu pescoço, antes de inclinar seu rosto e tomar seus lábios.

Calor incrível percorrer seu corpo. Sua boca tanto seduzia quanto possuía, varrendo-a

rapidamente para uma excitação ardente. Seus mamilos pressionaram contra seu peito e sua

boceta recentemente depilada pingava com seus sucos.

Ela sentiu o calor cercá-la quando outro corpo duro pressionou contra suas costas. Rio

segurou seu traseiro enquanto varria seu cabelo de lado e mordiscava atrás de seu pescoço,

imediatamente acalmando a pele tenra com os lábios e língua.

“Vamos dar o fora daqui,” Ele rosnou enquanto suas mãos iam para seus seios.

Clay ergueu o rosto do dela. “Você dirige,” ele disse a seu irmão enquanto a colocava

cuidadosamente no banco da frente e a colocou no centro até que estava sentada firmemente

entre eles.

Adorava estar cercada por seus corpos grandes, seu calor. Lembra-se que isso poderia

ser apenas sexo temporário a deprimia.

68
Quando um par de mãos fortes agarrou sua blusa, rasgando-a aberta, e enviando

botões para todos os lados, ela esqueceu seus pensamentos deprimentes.

“Você rasgou minha blusa,” ela acusou, tentando parecer brava.

“Vou rasgar todas essas roupas inapropriadas fora de você,” Clay ameaçou

sombriamente. “Eu e Rio compramos roupas para você hoje, entre outras coisas. Você só vai

usar o que nós compramos para você, nada mais.”

“Ou o quê?” Ela tentou soar dura, mas temia não ter conseguido. Sua voz baixa, junto

com a maneira como ele traçava as taças de seu sutiã com o dedo, já a tinha ofegante. “E se eu

usar minhas roupas?” Droga, ele ouvia o tremor em sua voz?

“Nós vamos arrancá-las de você.” Clay puxou a blusa rasgada. Ela sabia que estavam

indo pela estrada de trás que era raramente transitada, mas ainda estava nervosa de ser vista

usando apenas sutiã. Ok, topless, quando sentiu Clay tirar o sutiã.

“E se alguém me vê?” Ela não pôde deixar de perguntar e freneticamente cobrir os

seios com as mãos.

“Ninguém nunca vai ver estes belos seios além de Rio e eu,” ele lhe disse firmemente,

puxando-a para o peito e levando um seio à boca.

Sua boca estava quente em seu mamilo, os dentes afiados enquanto a atormentava

impiedosamente. Ela sentiu seu útero apertar e seu clitóris pulsar com a necessidade de ser

tocada.

Alcançou para se esfregar através do jeans, mas encontrou sua mão segura pela de

Rio antes que chegasse a seu destino. Ela gemeu em frustração.

“Uh, uh, doçura.” Rio dobrou sua mão na dele muito maior. “Seus dias de se dar

prazer acabaram.” Ele riu quando ela tentou e não conseguiu puxar a mão da dele.

Clay levantou a cabeça e segurou seu queixo, virando até que ela o enfrentava.

“Eu já te devo uma surra, que você vai levar assim que chegar a casa.” Ele sorriu

quando seus olhos se arregalaram e ela olhou nervosamente entre ele e Rio. “Você não achou

que eu tivesse esquecido, não é?”

69
Um braço forte em suas costas segurou-a no lugar enquanto a outra mão puxava seu

mamilo. “Deus, você é tão suave. Mal posso esperar até eu e Rio tê-la nua.”

Ele sacudiu a cabeça para limpá-la. “Cristo, você vai para minha cabeça mais rápido

do que uísque envelhecido. Quando estivermos em casa, você vai ficar em meus joelhos pela

façanha que aprontou ontem à noite. Eu queria gozar em sua boceta a primeira vez, e não em

sua boca.”

Ela ofegou quando ele comprimiu seu mamilo. “Você vai aprender que a gente querer

dizer o que a gente diz. Nada mais de se dar prazer. Se você quer gozar, um ou nós dois

vamos satisfazê-la.”

Ele moeu a boca na sua enquanto continuava a atormentar seus seios. No momento

em que Rio estacionou na frente da casa, ela estava reduzida a um feixe estremecido de

necessidade.

Clay a levou rapidamente para dentro e direto para o quarto onde a deitou na cama e

começou a tirar seu jeans enquanto Rio tirava seus sapatos e meias. Em segundos, ela estava

nua.

Clay e Rio ficaram com seus olhares presos em sua boceta agora nua. Cada um

segurou as dobras gotejando.

“Oh, Deus!” Rio respirou asperamente enquanto deslizava os dedos sobre ela.

Os dedos de Clay se juntaram aos de seu irmão em sua boceta e ela o sentiu empurrar

dentro dela. “Ela está tão suave.” Ele hasteou um dedo para circular seu clitóris. Quando ela

estremeceu, ele riu. “E mais sensível, também.”

Ele a ergueu. “Vamos, bebê, hora de suas palmadas.”

Ele a puxou facilmente enquanto ela lutava sobre suas coxas musculosas vestidas com

o jeans, uma mão em suas costas a segurando no lugar.

Jesse não conseguia se mover, não importa o quanto ela tentasse. Tentou se contorcer,

nervosa e envergonhada além da crença.

E muito, muito excitada.

70
Nunca tinha estado no colo de ninguém antes e sabia que eles podiam ver seus

lugares mais privados, enquanto ela estava incapaz de se cobrir.

Quando Rio se ajoelhou perto de suas coxas, a sensação de presságio aumentou. “O

que você vai fazer comigo?”

Ela se amaldiçoou pelo tremor em sua voz.

Um bofetão afiado caiu em seu traseiro. Ela não pôde evitar o grito que escapou. Mais

bofetões se seguiram e ela se contorceu inutilmente, amaldiçoando aos dois. Clay a segurava

firmemente, bem do jeito que a queria e parecia que ela não podia fazer nada até que ele

decidisse deixá-la ir.

O calor em seu traseiro se estendeu. Para sua total surpresa e mortificação, ela se

tornou ainda mais molhada. Sentiu os sucos em suas coxas. Sua boceta pingava.

Apertando as coxas, ela gemeu quando a mão de Clay alisou a carne que sua mão

tinha aquecido. Sentiu o empurrão de sua mão entre suas coxas. “Abra as pernas, bebê.”

Envergonhada que ele fosse ver o quão molhada sua surra a havia deixado, tentou

desesperadamente segurar suas coxas juntas. Outro bofetão afiado em seu traseiro a fez saltar.

“Abra!” Rio exigiu e empurrou sua mão para que cada um puxasse suas coxas,

separando-as.

Clay riu e mergulhou dois dedos em sua boceta ensopada. “Alguém gosta de levar

uma surra.” Ele acariciou sua boceta e ela separou suas coxas ainda mais para lhe dar melhor

acesso.

“Oh, oh, por favor,” ela implorou.

“Ainda não, bebê. Logo,” ele prometeu.

Ela ouviu uma gaveta ser aberta e sentiu os dedos de Clay se deslizar fora dela.

“Não!” Ela choramingou. Sentiu-o separar as bochechas de sua bunda e congelou em

surpresa. Uma umidade fria tocou seu ânus e ela guinchou novamente. Sentiu o dedo de Clay

empurrar o lubrificante em seu ânus.

71
“Não!” Em pânico, ela tentou se levantar, mas Rio a segurou com uma mão em suas

costas.

“Fique quieta, querida. Temos que estirá-la antes que possamos tomar seu cu.”

“Estirar-me? Tomar meu cu?” Jesse se contorceu com ambos, medo e excitação.

Rio avançou e empurrou seu cabelo do rosto. “Não queremos machucá-la, querida.

Quando a tomarmos juntos, você vai gozar como nunca fez antes.”

Ele esfregou a mão em suas costas. “E nós também.” Seus olhos escureceram com

emoção e luxúria. “Esperamos por você toda nossa vida. Vamos fazê-la se sentir bem.”

Jesse assentiu hesitante. “Estou com medo,” admitiu trêmula, “nunca o usei para

nada disso”.

Rio sorriu torto. “Eu também estaria se estivesse no seu lugar. Você só tem que

confiar na gente.”

Ele recuou, e voltou a se ajoelhar em suas coxas. “Vou assistir enquanto Clay abre seu

pequeno buraco apertado, querida. Não perderia isso por nada no mundo.”

Jesse podia sentir seu rosto em chamas enquanto Clay abria as bochechas de sua

bunda ainda mais. “O problema com você, bebê, é que nunca teve um homem para lidar com

você.”

Ele empurrou um de seus dedos grandes através do anel apertado de músculos e

totalmente dentro dela, e ela ofegou. “Agora, você tem dois para fazer isso.”

Jesse sentiu o dedo deslizar nela. Sentiu o beliscão e a plenitude desconhecida de seu

traseiro sendo invadido. Ele acariciou lentamente dentro e fora, trabalhando o lubrificante

dentro.

“Oh, Deus!” Jesse sentiu suas coxas sendo separadas e uma mão, tinha que ser a de

Rio, deslize entre elas. Um dedo áspero circulou a abertura de sua boceta e ela o sentiu

empurrar para dentro.

Automaticamente empurrou de volta contra ele, inadvertidamente, empurrando o

dedo de Clay ainda mais em sua bunda. A sensação, desconfortável e estranha, rapidamente

72
se tornou prazer proibido, suas inibições desapareceram e ela abriu suas coxas mais largas. O

que Clay e Rio faziam com ela a assombrava. Nunca tinha tido tanta atenção pega em

despertá-la.

Sentiu Clay puxar o dedo e tentou segui-lo. Ela queria gozar!

“Por favor, não pare! Coloque isso de volta!” Ela os ouviu rir, muito excitada para se

importar.

“Vamos tentar dois dedos. Então vamos colocar o pequeno plug anal pequeno dentro

de você.”

“Plug anal?” Jesse perguntou cautelosamente.

“Eu e Rio fizemos muitas compras para você, bebê. Agora, vamos ver o quão bem

você toma dois dedos.”

Jesse sentiu Clay empurrar mais lubrificante nela e seus dedos pressionar firmemente

contra sua abertura apertada.

“Queima!” Jesse ofegou quando Clay empurrou implacavelmente em seu ânus.

Nunca tinha se sentido tão vulnerável e não podia acreditar que esse sentimento de

impotência a deixava ainda mais quente. Mas apostava que os dois já sabiam disso.

Clay segurou as bochechas de sua bunda abertas e ela sabia que ele e Rio assistiam

enquanto os dedos de Clay a estiravam. Eles haviam assumido tão completamente seu corpo

que ela já nem mais se sentia no controle de si mesma.

Ela gemeu quando Clay continuou a pressionar dentro dela, estirando-a. O prazer

doloroso parecia tão estranho que ela lutou contra isso, mais do que um pouco assustava do

quanto isso a afetava.

“É muito!” Ela protestou, mesmo enquanto empurrava contra a mão de Clay,

tomando seus dedos ainda mais para dentro. “Oh!”

Quando os dedos de Rio deslizaram de sua boceta para circular o clitóris, ela saltou.

“Calma, bebê.” Clay segurou-a firmemente no lugar enquanto continuava a acariciá-

la. Seu pênis pulsava; pedra dura enquanto ele trabalhava a bunda dela, sabendo o quanto ela

73
seria apertada e responsiva quando ele finalmente trabalhasse o comprimento de seu pênis

em seu buraco apertado.

Seus sucos molhavam seu jeans, sua excitação tão grande em tudo que eles faziam

com ela. Sua imaginação foi selvagem ao pensar em todas as coisas que ele e Rio ainda tinham

para fazer com ela.

Deus, ela respondia a cada toque. Seu ex, obviamente, nunca tinha batido em sua

paixão selvagem. Agora que ela experimentara, ansiava por isso. Ele jurou que só ele e Rio

iam satisfazê-la.

Suas paixões haviam sido negadas por anos e agora seriam soltas em Jesse. Olhou

para cima e viu Rio olhar Jesse com fascinação. Ele deve ter sentido os olhos de Clay sobre ele,

pois olhou para cima, encontrando o olhar de seu irmão.

A fome nos olhos de Rio, sem dúvida refletia a sua própria. “Ela é nossa,” Rio

respirou para somente Clay ouvi-lo.

Clay assentiu e ambos olharam de volta para a mulher sobre seu colo, a mulher que

ambos já estavam mais do que meio apaixonados. Aproveitariam de sua natureza apaixonada

e continuariam a explorá-la, e a ela, completamente.

Clay acariciou os dedos dentro e fora de sua bunda; maravilhado no quão firme ela os

agarrou. Seus gemidos encheram o quarto.

“Sua bunda é tão apertada, bebê.” Clay sabia pelo jeito como seus músculos cerraram

que seu orgasmo estava perto. Queria sua boca naquela boceta lisa quando ela gozasse.

Puxando os dedos, agarrou um dos plugues anais que tinham comprado hoje.

Sabendo que não tinham quase nenhum controle com Jesse, já haviam trazido as compras

para casa e os preparara para esta noite.

Vendo o olhar no rosto de Rio, Clay entregou o plug para ele. E sorriram um para o

outro quando Jesse se contorceu.

“Por favor, eu quero gozar.” Jesse arfou e tentou empurrar as coxas em Clay.

Ela gemeu, então ofegou quando Rio posicionou o plug contra seu ânus.

74
“Fácil querida” Rio sussurrou. “Relaxe os músculos para que eu possa empurrar este

plug em seu traseiro.”

Clay sentiu os tremores que atravessaram Jesse quando Rio pressionou o plug nela.

“Oh, Deus!” O gemido de Jesse o emocionou enquanto observava o plug desaparecer

em sua bunda. Sentiu-a tremer e não perdeu tempo, ergueu-a e a colocou de volta na cama,

posicionando suas pernas enquanto pendurava sobre o lado.

Clay se ajoelhou entre suas coxas, levantando-as.

“Agora eu vou devorar esta boceta. Goza para nós, bebê.” Clay baixou a cabeça e

chupou o clitóris em sua boca.

Jesse gritou quando o orgasmo a atingiu, tremendo incontrolavelmente. Ela arqueou e

balançou, com seus membros sacudindo tão duro que ela inadvertidamente desalojou a boca

de Clay.

“Uh, uh, bebê.” Ele a puxou de volta, segurando suas coxas firmemente em seu

aperto. “Não acabei ainda.”

Rio estava nu e excitado ao lado dela. Clay o ouviu murmurar elogios para ela e

olhou para ver seu irmão escovando o cabelo do rosto de Jesse.

“Você é linda, querida.” Rio cobriu sua boca enquanto Clay empurrava a língua em

sua boceta.

“Oh, bebê, você tem um gosto tão bom.” Clay respirou e voltou a lamber seus sucos,

deslizando a língua da boceta até o clitóris e de volta.

“Eu te disse,” Rio levantou a cabeça e olhou para seu irmão antes de virar seu olhar

feroz para ela. “E ela é toda nossa. Vou gostar de comer essa boceta todos os dias.”

“Quero estar dentro dessa boceta macia quando você gozar, bebê. Vire-se e tome Rio

em sua boca.”

Virou-a facilmente sobre o estômago, puxando-a de joelhos e posicionando-a da

maneira que ele queria.

75
“Apenas imagine como vai se sentir quando tivermos nossos pênis dentro desse

cuzinho apertado.” Clay empurrou o plug e o torceu.

“Oh meu Deus!” Jesse soluçou.

Rio a levantou até que ela descansava entre suas coxas enquanto ele se deitava de

costas. Ele acariciou seu comprimento com uma mão, e segurou a parte de trás de sua cabeça

com a outra.

“Vamos lá, querida. Deixe-me sentir essa boca quente em meu pau. Tenho pensado

em meu pau nessa sua boca todo o dia.”

Clay observou o rosto de seu irmão e soube quando Jesse o levou na boca. Ele ouviu

Rio silvar, e então gemer.

Clay assistiu seu irmão com sua mulher, seu amor por ela crescendo.

“Eu te disse.” Ele lançou as palavras de seu irmão de volta para ele e sorriu das

feições apertadas de Rio com a pressão para tardar seu orgasmo.

“Vamos ver quão apertada esta boceta está com sua bunda recheada, bebê.” Clay

posicionou a cabeça de seu pênis na entrada de sua boceta e empurrou os quadris adiante.

Jesse gemeu quando Clay entrou, e a vibração fez Rio silvar novamente.

Clay quis rir, mas na sensação da sedosa boceta quente e estremecida de Jesse

enquanto ela estirava para aceitá-lo, ele conseguiu somente um gemido abafado.

A determinação de Jesse de fazer os dois homens perderem o controle vacilou,

enquanto os pensamentos fugiam, deixando apenas a capacidade de sentir. Já não pensava

mais em tentar conduzir Rio rapidamente para gozar com sua boca. Só sabia que ansiava por

seu gosto e usou a boca nele impiedosamente, tentando levá-lo tão fundo quanto pudesse em

sua garganta. Queria explorar cada pancada e cume, conhecer a sensação dele em sua língua,

precisando conhecê-lo tão intimamente quanto possível.

Não pensou em fazer Clay perder o controle. Queria sentir seu pau duro e profundo

dentro dela para sempre. Sentia-se tão cheia que beirava a dor, mas queria que este

sentimento nunca tivesse fim.

76
Ambos expressaram seu prazer. Seus elogios e gemidos a intoxicavam, deixando-a

mais alta.

Sentiu seu orgasmo se aproximando quando Rio endureceu, rugindo enquanto

gozava, e jatos quentes de sua semente batendo no fundo de sua garganta. Ela engoliu

furiosamente, seu orgasmo rapidamente perto. Ela soltou seu pênis enquanto gozava,

gritando enquanto as contrações apertavam sua vagina e ânus.

A queimadura disso, e o sentimento tão apertado a enviando imediatamente para

outro orgasmo ainda mais explosivo, que tirou sua respiração e ela cavou os dedos nas coxas

de Rio. Ouviu Clay gemer e se afundar nela, as mãos em seus quadris endurecendo enquanto

seu pau pulsava e atirava gozo em seu ventre.

Por longos minutos, ninguém se moveu. A respiração pesada e os gemidos enchendo

o quarto, enquanto os três tentavam se recuperar da intensidade do que tinha acontecido.

Eventualmente ela sentiu Clay deslizar de sua boceta e seus lábios em seu pescoço

para acariciá-la, sua respiração ainda irregular. Ele se deslocou para deitar ao seu lado e

acariciou suas costas enquanto Rio acariciava seus cabelos. Gostava dessa parte também,

quase tanto quanto do sexo.

Seus olhos permaneceram fechados. Uma profunda sensação de contentamento a

enchendo quando sentiu o toque de Clay e de Rio. Exausta das demandas que fizeram nela,

nunca tinha se sentido tão completa em sua vida.

“Precisamos de um chuveiro,” Rio gemeu cansadamente para ninguém em particular.

“Nunca vou me mover novamente,” A voz de Jesse saiu arrastada contra seu peito.

Ela sentiu sua risada quando seu peito retumbou abaixo dela. Sorriu e o acariciou

enquanto procurava uma posição mais confortável.

Clay se sentou e bateu levemente em seu traseiro.

“Vamos, bebê. Você vai dormir melhor depois que tomar um banho.”

Jesse saltou quando sentiu o bofetão, erguendo a cabeça e alcançando para esfregar

seu traseiro ainda quente.

77
“Tenho que tirar o plug primeiro.”

“Não, bebê.” Clay a ergueu do peito de Rio para levá-la ao banheiro.

“Droga!”

Clay riu do protesto de seu irmão, movendo-se com sua amante esgotada para o

banheiro. Antecipando ansioso mudar para a casa ao lado com o chuveiro muito maior.

“O que você quis dizer com, não?” Jesse ergueu a cabeça de seu ombro. “Quero tirar

isso.”

“É melhor se você deixá-lo por agora.” Clay curvou a cabeça e beijou sua testa

enquanto entrava no chuveiro com ela. “Precisamos estirá-la de forma que você possa tomar a

ambos.”

Ela parecia tão pequena e adorável quando olhou para ele através dos cílios.

“Vai doer, não é? Você é muito grande para os dois se ajustarem.”

Clay não conseguiu conter o grande sorriso que atravessou seu rosto. Ela parecia tão

atraente.

“É por isso que temos que estirar esse seu pequeno rabo apertado.” Ele despejou

xampu na mão e começou a ensaboar seu cabelo.

“Não se preocupe, bebê. Rio e eu vamos fazê-lo tão bom para você que vai nos querer

em sua boceta e sua bunda juntos o tempo todo. O que é bom, porque é onde vamos estar.”

Ela não parecia convencida, mas seus protestos pararam. Ele a lavou completamente,

ensaboando sua boceta recém-depilada cuidadosamente.

E relutantemente a entregou a Rio para secá-la, enquanto rapidamente terminava seu

próprio banho para poder voltar para ela. Queria abraçá-la mimá-la um pouco antes de

dormir.

À toa, ele se perguntou se deveria ficar surpreso por quão vital ela já tinha se tornou

para ambos.

78
Capítulo 7

Jesse acordou na manhã seguinte enrolada em volta de Clay.

“Bom dia, bebê.” Ele a rolou até que ela estava sobre ele, inclinando seu rosto para o

beijo. Calor se agrupou em seu estômago. As mãos em seus quadris enviando pequenos

arrepios por sua espinha. O plug se moveu, trazendo de volta memórias da noite anterior.

Quando sentiu sua excitação dura contra seu estômago, ela experimentou um

sentimento inebriante de poder feminino.

Despertando e deixando-a divertida; o sentimento tão estranho que brevemente a

desconcertou. Esqueceu-o, porém, quando olhou em seus olhos. O calor lá quase lhe tirando o

fôlego.

“Bom dia, bonito,” murmurou contra seus lábios e foi recompensada com um sorriso

arrogante.

Seu pênis saltou quando ela escarranchou seus quadris.

“Parece que você está acordado.”

“Oh, bebê, eu estou muito acordado.”

Jesse se abaixou e embrulhou as mãos em volta de seu comprimento espesso, sorrindo

quando ele gemeu e endureceu ainda mais.

“Você parece feliz em me ver.” Jesse baixou os olhos e olhou para ele coquete,

notando o vislumbre de prazer e surpresa em seus olhos quando ela brincou com ele.

Rio saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, sorrindo ao vê-la.

“Parece que nossa pequena querida está acordada.”

“Estou muito acordada.”

Clay caiu na gargalhada enquanto Rio olhava para os dois em confusão.

O riso de Clay terminou com um suspiro sufocado quando Jesse levantou e se

encaixou sobre seu pênis.

79
“Jesus, Jesse!” Clay agarrou seus quadris, apoiando-a enquanto ela se afundava em

seu comprimento.

Com o plug ainda aconchegado dentro de sua bunda, seu pau se sentia enorme

quando a encheu.

Jesse estabeleceu um ritmo lento, provocando a ambos. Rio se moveu para se ajoelhar

na cama ao lado deles, curvando-se para tomar sua boca.

Fogo correu através dela. A boca de Rio moveu-se na dela, combinando seu humor

brincalhão com ele brincando nela com seus lábios e língua, sorrindo contra sua boca quando

ela agarrou seu cabelo com os punhos em demanda.

Ele agarrou suas mãos e as colocou nas coxas duras de Clay atrás dela, empurrando o

plug ainda mais dentro dela. A posição a deixou escancarada para eles, os seios erguidos, com

as mãos para trás. Ela não podia movê-las enquanto eles a seguravam e Rio, o diabo, se

certificou de que ela ficasse inclinada para trás apenas o suficiente para precisar das mãos

para se sustentar.

Rio beliscou seus mamilos e observou-a como se fascinado.

Ela tentou se mover, empurrar-se mais rápido no pau de Clay, mas ele segurou seus

quadris facilmente, mantendo o ritmo lento e constante.

“Mais rápido! Mais forte!”

“Você queria me provocar, bebê. Estou apenas lhe dando um gosto de seu próprio

remédio.”

Ela sentiu seu pênis empurrar lentamente dentro dela, tocando seu ventre antes de

erguê-la até que só a cabeça grande permanecia dentro. Ela tentou forçar o pênis de volta para

dentro duro e rápido, mas ele apenas riu enquanto a baixava centímetro por centímetro

agonizante até que estava mais uma vez acomodado até o cabo.

Ela sentiu a mão de Rio deslizar de seu seio até o estômago e continuar baixando.

Puxou uma respiração dura e gemeu quando o calor da mão se moveu sobre seu clitóris.

80
Ofegou e lutou quando Clay a ergueu novamente e bateu nela com força, no mesmo instante

em que Rio comprimiu seu clitóris.

Ela gritou quando gozou e Clay continuou suas estocadas fortes, seu clitóris pulsando

com Rio ainda o acariciando, lhe dando orgasmos em camadas um em cima do outro.

Clay rugiu quando gozou e seus braços se dobraram. Rio pegou-a pelos ombros e

diminuiu os golpes, gradualmente trazendo-a para baixo.

Clay a puxou para frente até que estava espreguiçada desossada em seu peito e

ternamente acariciou suas costas.

Ela sentiu seus lábios em seu cabelo e suspirou satisfeita. Sentiu Rio se mover e

percebeu que ele ainda não tinha gozado. Abrindo um olho, viu que ele tinha uma ereção

muito impressionante, seu pênis apontando para seu estômago plano.

“Rio?” Jesse começou a se levantar, surpresa quando os braços de Clay se apertados

ao seu redor. Olhou para ele em confusão.

“Mas, Rio…”

“Não se preocupe, bebê. Você vai cuidar bem de Rio.”

Ela estremeceu quando sentiu Rio separar as bochechas de sua bunda e agarrar a base

do plug.

“Estou tirando seu presente, querida.”

Clay a segurou imóvel enquanto Rio removia o plug, puxando seu rosto para um

beijo longo.

“Vá tomar seu banho, bebê. Vou buscar seu café.”

Rio a puxou de seu irmão, trazendo-a bruscamente contra seu peito. E abaixou seu

rosto para ela enquanto ela puxava seu cabelo em seus punhos, beijando-o avidamente

enquanto agarrava seu pênis.

“Uh, uh, querida,” Ele segurou suas mãos e as manteve em seu peito. “Depois de

tomar seu banho, vou empurrar um plug maior nesse seu cuzinho apertado e foder sua

boceta apertada, longo e duro.”

81
Com um último beijo ardente, ele a girou e golpeou seu traseiro. “Mova-se!”

Jesse deu uma risadinha e flutuou em direção ao banheiro. Fechou a porta e ao ver-se

no espelho, congelou.

Esta era ela?

Ela brilhava! Olhando de perto para si mesma, não pôde acreditar no brilho dourado

em seus olhos e o sorriso estúpido que ela não conseguia controlar para limpar de seu rosto.

Sacudindo a cabeça, ela se dirigiu ao chuveiro, ansiosa para voltar para Rio.

*****

Voltando ao quarto usando só uma toalha, a xícara de café vazia na mão, ela sorriu.

Rio estava ao lado da cama, gloriosamente nu, seu pau duro olhando zangado,

exigindo sua atenção.

Clay descansava na cama, tomando café de uma caneca grande, enquanto observava

ela se aproximar, os olhos cheios de diversão. Seu cabelo escuro parecia úmido. Ele deve ter

tomado banho no outro banheiro enquanto ela estava no dele.

Moveu-se para Rio, os mamilos já duros, a boceta já úmida em antecipação. Há alguns

dias teria ficado surpresa, mas já estava começado a se acostumar com a resposta de seu corpo

a estes dois homens.

Subiu na ponta dos pés para o beijo de Rio, as mãos se movendo para seu peito.

Sentiu a toalha cair e sabia que Clay observava, adicionando outra camada em sua excitação.

Fugindo da boca de Rio, ela começou a se ajoelhar, precisando saboreá-lo.

Ele parou seu movimento descendente com um puxão e virou-a para a cama.

“Não dessa vez, doçura.” Sua voz soava rouca. “Estou muito perto.”

Ele a curvou sobre a beirada da cama, puxando um travesseiro sob seus quadris.

“Pensar em empurrar esse plug maior em sua bunda e foder essa boceta apertada deixou meu

controle um pouco instável.”

82
Jesse sentiu uma sensação inebriante de poder em sua admissão. Ao pensar que ela

poderia fazer um homem como este perder o controle, mesmo que um pouco, por causa de

seu desejo por ela a emocionava.

Clay se moveu para ela, reivindicando seus lábios em um beijo tão profundo e escuro,

que teve seu coração galopando. Ele recuou para arrastar um dedo por sua bochecha.

“Você é linda, bebê.”

“Oh, querida, quando eu finalmente colocar meu pau nesse rabo apertado, vou fodê-

la tão duro e profundo que nenhum de nós vai poder sobreviver.”

Clay sorriu para ela. “Sim, o mesmo pensamento cruzou minha cabeça uma ou duas

vezes,” ele disse a seu irmão, os olhos nunca deixando Jesse.

“Imagine como vai ser quando nós dois estivermos dentro dela.”

Clay alcançado debaixo dela para brincar com um mamilo enquanto Rio a lubrificava.

Ela estremeceu quando o plug pressionou contra sua entrada apertada e passou através do

anel apertado de músculo.

Queimou, e ao mesmo tempo foi prazeroso, seu corpo inconscientemente segurou o

plug.

“Não posso,” ela ofegou mesmo quando seu corpo ansiava a queimadura.

“Relaxe, bebê.” Clay alcançou seu clitóris, o leve toque a persuadindo. “Deixa Rio

esticá-la um pouco mais.”

Com Rio acariciando o plug continuamente dentro e fora dela, ganhando terreno a

cada golpe, e as mãos de Clay em seus seios e clitóris, Jesse se sentiu soltando mais e mais,

permitindo que Rio empurrasse o plug cada vez mais fundo dentro dela.

Sentiu-se abrir para suas estocadas lentas e insistentes, arqueando as costas enquanto

se deliciava com as sensações.

“Isso mesmo querida.” Rio a elogiou quando empurrou o plug todo dentro dela.

83
Jesse sentiu a língua de Rio deslizar em sua boceta e seus dedões enrolaram. Ele a

virou de costas e mergulhou nela novamente, a língua implacável enquanto explorava suas

dobras nuas. Sentiu os sinais de seu orgasmo iminente.

Sua boceta se sentia tão sensível, especialmente agora que tinha sido depilada. Clay e

Rio pareciam amar ela nua e passavam um bom tempo descobrindo como ela respondia a

cada toque. Exploravam seu corpo, encontrando todas as suas fraquezas e pareciam ter

grande satisfação em sua vulnerabilidade quando usavam seu conhecimento cruelmente.

Quase a assustava ver a rapidez com que seu corpo respondia a eles.

A boca de Rio a levou ao seu primeiro orgasmo tão rápido que lhe tirou o fôlego. Clay

segurou seus pulsos acima de sua cabeça em uma mão forte enquanto murmurava em seu

ouvido.

“Rio está gostando de lamber todo seu suco doce. Agora que você está depilada e

ficando assim, não vai poder se esconder de nós. Tudo é nu e macio.”

Rio enfiou a língua dentro dela, colocando seus pés em seus ombros para abri-la

ainda mais. A boca de Clay se moveu para o mamilo mais próximo enquanto beliscava o

outro.

Quando Rio agarrou o plug e torceu, ela arqueou impotente, tentando puxar as mãos

livres do aperto de Clay.

Clay a segurou firmemente. Para sua surpresa, isso aumentou sua excitação e ela

gemeu. Sabia que Clay tinha percebido sua reação ao seu aperto firme quando ele riu.

“Suas mãos vão ficar exatamente onde estão.” Seu sorriso foi letal. “Gostamos de tê-la

impotente enquanto a temos do nosso jeito. Além disso, seus seios se levantam tão

graciosamente com as mãos assim, como se estivessem implorando minha atenção.” Ele

sacudiu a língua sobre o mamilo, fazendo-a ofegar. “E olha como ficam sensíveis.”

Sua cabeça se moveu de um lado para o outro na cama quando a boca de Rio foi para

o clitóris. Oh, ela estava tão perto!

Poderia ter chorado quando ele levantou a cabeça.

84
“Tenho que te foder, querida,” Ele se levantou e posicionou o pênis na entrada de sua

boceta e empurrou seu comprimento até o cabo.

Jesse gritou enquanto seu corpo lutava para acomodá-lo. Sentiu seus músculos

internos ondularem ao tentar aceitar a plenitude quase opressiva.

“Porra!” Os traços de Rio pareciam esculpidos em granito enquanto ele lutava para

permanecer quieto.

*****

Rio podia sentir o corpo de Jesse lutar para acomodá-lo. Sentir os músculos em sua

boceta tremer enquanto tentava se adaptar a seu pênis, lhe deu mais prazer do que ele podia

se lembrar.

Nunca tinha sentido nada tão bom assim. Não queria nada além de fodê-la, martelar

impiedosamente nela repetidas vezes, até que ambos explodissem.

Mas sabia que se movesse antes de seu corpo se ajustar a machucaria e ele não faria

isso por nada no mundo.

Viu quando os olhos de Jesse se fecharam. “Oh, é tão bom.” Seu pênis saltou em seu

grito torturado.

“Foda-me, porra!” Ela balançou os quadris e ele silvou, com seu corpo tremendo na

tensão de permanecer imóvel.

“Fique quieta, querida. Não quero machucá-la.”

Seus quadris bombearam quando ela tentou fazê-lo se mover. “Não sou feita de

vidro. Se você não se mover, eu vou gritar!”

“Você vai gritar de qualquer maneira, doçura.”

Ela se tornou tão selvagem em sua paixão que ele estava tendo difícil segurá-la.

“Você vai foder ou falar até a morte? Se tem medo de me levar, mova-se para que

Clay possa fazê-lo.”

85
Os olhos de Rio se estreitaram, mesmo que seu pau tenha saltado no desafio. O que

um homem podia fazer quando sua mulher o desafiava assim?

Ele viu a surpresa no rosto de Clay, mesmo enquanto tirava seu pênis quase

completamente e depois mergulhava profundamente dentro de sua boceta apertada e quente,

o fogo em seu sangue inflamado pelas demandas de sua amante.

Jesse sentiu as estocadas fortes de Rio mover o plug. Sentia-se tão cheia. Seus olhos

ficaram em Rio enquanto suas punhaladas se tornavam cada vez mais urgentes.

Satisfação a atravessando quando seu controle finalmente estalou. Podia ver na

selvageria em seus olhos quando bateu nela.

Entre um golpe e outro, ela gozou. Arqueou quando Rio bateu dentro dela uma

última vez, seu orgasmo ativando o dele.

Não podia se mover mesmo quando Clay soltou suas mãos e acariciou seu corpo

trêmulo. Rio desmoronou ao seu lado, seu toque calmante se juntando ao de seu irmão

enquanto lentamente a traziam de volta a Terra.

Mais uma vez estava aconchegada; calorosamente entre seus dois amantes enquanto

eles a acalmavam com as mãos e lábios, fazendo-a se sentir segura, e quente, e querida.

Tinha aprendido a amar este momento depois do sexo tanto quanto amava o sexo em

si.

Assim como ela tinha aprendido a amá-los.

86
Capítulo 8

A mente de Jesse corria com as possibilidades. Ela e Kelly poderiam começar

algumas de suas novas ideias aqui. Este lugar tinha bastante espaço para sua sala de trabalho

e para o armazenamento.

Os dois quartos grandes da frente seriam seu showroom. Uma vez que elas tirassem

as cortinas escuras e as lavassem a luz das janelas encheria a sala.

“Você acha que Kelly vai se mudar para cá?” Nat perguntou enquanto ela continuava

a avaliar uma das salas da frente.

O encontro com o agente de locação tinha sido melhor do que o esperado; E Jesse já

tinha as chaves. Não assinaria o contrato até que falasse com Kelly. Uma vez que havia

explicado a situação, o proprietário tinha concordado em lhe dar as chaves quando ela

pagasse o primeiro mês de aluguel.

“Espero que sim.” Jesse suspirou. “Vou ligar para ela mais tarde quando Clay e Rio

ainda estiverem ocupados no rancho. É muito cedo para chamá-la agora. Deve estar ocupada

com o engarrafamento e iria distraí-la.”

“Por que você não diz a Clay e Rio o que está fazendo? Eles ficariam emocionados.”

“Não quero Clay e Rio sabendo nada sobre isso ainda.” Quando Nat começou a falar,

Jesse levantou a mão para silenciá-la. “Primeiro, tenho que descobrir se Kelly quer mesmo se

mudar para cá. Acho que ela vai, mas não sei com certeza.”

“Então se Kelly diz sim, você vai dizer a eles?”

“Eventualmente.” Jesse suspirou novamente. “Olha Nat, para eles, isso pode ser

apenas sexo.”

Nat franziu a testa. “Mas, Jesse…”

87
“Nat, nós três acabamos de começar isso,” ela acenou com a mão no ar, “Seja o que

for. Não nos conhecemos há muito tempo, certamente não o suficiente para falar sobre o

futuro. Eles têm esse pensamento de que vim aqui só para uma curta visita. Nossa relação, ou

o que seja, começou com nós três pensando isso. Não quero que pensem que estou me

mudando para cá para pressioná-los a algo que eles não querem. Vão pensar que sou

insistente e tomei muito por certo se pensarem que me mudei para cá esperando algo deles.”

“Não acho que eles vão pensar nada disso, Jesse. Você precisa lhes dizer.” Jesse sentiu

Nat tocar seu ombro. “Eu realmente acho que Clay e Rio querem que você fique. Por favor,

diga a eles, Jesse.”

“Ainda não, Nat. E lembre-se de sua promessa. Você não deve contar a ninguém

ainda, ok?”

Nat soltou um suspiro frustrado. Ela também tinha prometido a marido que não ia

repetir a conversa que tinha escutado quando Clay e Rio tinham ordenado um anel de

noivado e alianças de casamento para Jesse. Ambos pareciam loucos por ela e pareciam

confiantes de que ela era a mulher que eles estavam esperando.

“Sim,” Nat concordou relutante. “Lembro-me de minha promessa, Jesse. Não vou

dizer uma palavra a ninguém.” Tudo parecia estar se encaixando para três de seus grandes

amigos, ainda que eles não soubessem disso ainda.

Quando o celular de Jesse tocou, ela sorriu. “É Alex.”

Vasculhando a bolsa, ela o encontrou.

“Olá, querido. Como você está?”

Nat viu o rosto de Jesse desmoronar.

“Alex está bem?”

Jesse afagou o braço de Nat tranquilizando-a e fez uma carranca.

“Por que você está me ligando, Brian, e do celular de Alex?”

88
“A razão de você não ter o número do meu celular é porque não quero que você o

tenha. Você tem os outros números, embora eu quisesse que você parasse de usá-los. Não

temos mais nada para conversar.” Nat viu Jesse esfregar a testa.

“Você está visitando Alex? Por quê? Para poder conseguir o meu número? Onde ele

está? Então, você usou seu telefone para me encontrar enquanto ele está tomando banho. O

que é tão importante?”

Nat compassou de um lado para o outro através das janelas enquanto observava Jesse

escutar o que seu ex-marido tinha a dizer. A carranca no rosto de Jesse lhe disse que não

podia ser nada bom.

“Realmente não é da sua conta o que estou fazendo em Oklahoma. Não, não estou te

enviando nenhum dinheiro! Se você parasse de enganar as pessoas de dinheiro, você não teria

que se preocupar com coisas como essa.”

Nat se perguntou se Brian ouvia a mudança em Jesse. Ela soava irritada e animada

enquanto falava com ele, muito longe da mulher que tinha encontrado no aeroporto. Sua

relação com Clay e Rio tinha lhe trazido de volta à vida.

“Nada está errado comigo, Brian, só que não quero falar com você, e quero que você

deixe Alex fora de seus problemas.”

“Não, eu não tenho um amante. Eu tenho dois!”

Jesse fechou o telefone com uma careta.

“Você está bem, querida?”

Jesse suspirou. “Sim. Ele só me deixa louca. Nunca prestava atenção em mim quando

estávamos casados, exceto para pedir dinheiro. Agora que estamos divorciados, ele acha que

ainda pode me pedir dinheiro e perguntar sobre minha vida privada.”

Jesse esfregou a testa. “Preciso falar com Kelly hoje e tomar uma decisão sobre o que

vamos fazer. Então, tenho que dizer a Brian, ou ele vai perseguir Alex até me encontrar. Se ele

está com raiva por alguém os enganando com seu dinheiro, não o quero em qualquer lugar

perto de Alex.”

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Nat assistiu Jesse compassar e podia ver a dor de cabeça se formando em seus olhos.

“Você acha que ele vai aparecer aqui à procura de dinheiro?” Nat pensou em quanto

dinheiro Clay e Rio tinham e sabia que Jesse não sabia. Mas se Brian soubesse, ele faria a Jesse

uma visita.

“Duvido.” Ela se virou. “Ele não se daria ao trabalho de vir aqui.”

*****

“Obrigado, Jake. Agradeço o telefonema.”

“Droga!” Clay bateu o celular fechado, mal resistindo ao desejo de jogá-lo longe.

“O que foi?” Rio se virou de onde tinha estado encostado na cerca observando os

cavalos serem exercitados.

“Jake ligou. Evidentemente Jesse estava com Nat hoje. Nat disse a Jake que Brian foi

ver Alex quando não conseguiu encontrar Jesse em casa.” Quando Rio arqueou uma

sobrancelha, Clay continuou. “Brian não tinha o número do celular de Jesse, mas sabia que

Alex tinha. Ele ligou para Jesse do telefone de Alex querendo dinheiro. Jake acha que alguém

está tentando recuperar algum dinheiro que Brian tirou dele.”

“Merda, por que ela não disse nada quando voltou?” Rio gritou e olhou para a casa

com Jesse dentro.

“Não sei, mas vou descobrir.” Ele atacou em direção à casa ciente de que Rio seguia

furiosamente atrás dele. “Jake disse que Nat está realmente chateado. Ele tem certeza de que

ela não lhe disse tudo, o que ele pretende corrigir. Mas ela lhe disse que Jesse teve uma dor de

cabeça terrível depois de falar com ele. Ele também disse que Jesse disse a seu ex sobre nós.”

Satisfação o atravessou quando pensou em sua admissão como ânus.

“Ela lhe disse que nós ficaríamos mais do que felizes em chutar sua bunda se ele

aparecer aqui com algum pensamento de incomodá-la?”

90
“Parece que temos algumas coisas para discutir com nossa mulher.” Clay foi

decididamente em direção a casa, parando quando ouviu a voz de Jesse pela porta de trás.

“Oh, mel, encontrei um lugar maravilhoso para nós.”

Clay trocou olhares com seu irmão, que tinha parado ao seu lado.

“Você vai adorar esse lugar. Podemos consertá-lo e fazer um monte das coisas que

falamos.”

O estômago de Clay deu um nó. Ela não podia estar falando com seu ex-marido,

podia?

“Não se preocupe com isso. Ele sabe onde você está agora. Se vier para cá, ele não

poderá te encontrar, pelo menos durante algum tempo.” Ela riu. “Clay e Rio iam machucá-lo

se eu lhes pedisse. Eles são loucos por mim. Vou deixá-los livres sobre ele. Eles farão qualquer

coisa por mim.”

Clay ergueu uma sobrancelha nisso.

“Não, eu não lhes disse ainda. Eu já te disse que vou dizer quando for à hora certa.

Não se preocupe com o que está acontecendo entre mim e eles. Vou lidar com eles de meu

próprio jeito.”

“Ela vai lidar com a gente?” Rio balbuciou.

“Então, mel, você vai se mudar para cá comigo ou não? Tenho que assinar o contrato

o mais rápido possível. Sim, é claro que estou feliz. Tenho tudo que poderia desejar. Você vai

poder lidar com tudo? Ok. Você poderia pegar minhas roupas e as coisas da casa? Vou ligar

para o corretor imobiliário e providenciar a venda de todo o resto. Quero um novo começo.”

Clay passou a mão pelo rosto e olhou para seu irmão. Rio parecia como se tivesse sido

chutado no estômago.

“Eu também te amo. Ligue-me quando estiver a caminho. Tchau.”

Ambos observaram pela janela quando Jesse fez uma pequena dança feliz no meio da

cozinha.

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Não conseguindo mais suportar, Clay amaldiçoou e se afastou, com Rio o seguindo

de perto. Alcançando o celeiro, Clay surpreendeu os dois batendo o punho através da parede.

“Aquela cadela mentirosa!”

Rio olhou para o buraco que seu irmão tinha feito. Clay sempre tinha sido o frio, o

controlado. A onda de raiva de seu irmão parecia tão fora de seu caráter que o surpreendeu.

Ele não suportava ver a raiva terrível e dor que brilhava nos olhos de seu irmão.

Seus próprios olhos queimavam. O jeito como Jesse se abriu e respondeu a eles os

levara a acreditar que ela realmente sentia algo por eles. Pela primeira vez em sua vida tinha

começado a acreditar, realmente acreditar, que poderiam finalmente ter a vida que sempre

desejaram.

Agora estava acabado.

“Ela mentiu sobre tudo,” Rio resmungou, e o amontoado na garganta ameaçou

sufocá-lo.

Ele apoiou os braços na parede do celeiro, pendurando a cabeça em angústia.

Quando Clay se virou, seus traços pareciam esculpidos em pedra. “Não quero que ela

saiba o quanto nos machucou. Você fica aqui. Vou acabar com isso.”

Rio endireitou e se virou, limpando toda a expressão de seu rosto.

“Não.” Ele fez uma pausa para engolir o nó na garganta. “Estamos nisso juntos.”

*****

Esperando Clay e Rio na sala, Jesse mal podia conter sua excitação. Kelly parecia

animada sobre começar de novo e aliviada quando Jesse lhe assegurou que ela ficaria livre de

Simon.

Ia tentar dizer a Clay e Rio esta noite. Queria trabalhar sua maneira de contornar isso,

tentar abordar o assunto com naturalidade para que eles não se sentissem pressionados.

92
Quando ouviu a batida de volta da tela se fechando, seu coração disparou. Seus

mamilos endureceram quando ouviu seus passos. Ela os tinha visto brevemente quando

voltou da cidade, só uma hora atrás? Parecia muito mais tempo.

Eles queriam ficar algum tempo observando os novos homens que contrataram. Não

lhe disseram isso, mas ela sabia que o fizeram para poderem passar mais tempo com ela.

Ela não fez exigência sobre seu tempo, mas todos eles gostavam de passar tanto

tempo juntos quanto possível. Ávidos um pelo outro, eles cavavam tanto tempo quanto

podiam juntos.

Sua boceta umedeceu quando entraram no quarto. Eles eram grandes e fortes e, pelo

menos no momento, todos dela.

Seu sorriso acolhedor vacilou quando viu seus rostos.

“Algo está errado?”

“Por que algo deveria estar errado?” O rosto normalmente terno de Clay, pelo menos

quando olhava para ela, não tinha nenhuma emoção. “A menos que haja algo que você queira

nos dizer?”

O estômago de Jesse apertou. Eles já tinham descoberto. Teriam ficado sabendo pelo

agente de locação, ou ouviram de alguém que ele disse?

Era isso que ela conseguia por tentar manter um segredo em uma cidade pequena.

“Eu tinha planejado lhes dizer esta noite.” Ela tocou a manga de Clay e sentiu o

sangue drenar de seu rosto quando ele encolheu os ombros fora dela.

Lágrimas picaram suas pálpebras e ela piscou rapidamente para se livrar delas.

Certamente não pareciam felizes que ela planejava se mudar para cá. Esperava que estivesse

errada, mas o que eles tiveram foi uma aventura. Aparentemente ela não significa nada mais

que isso.

Ela realmente tinha começado a acreditar que eles estavam construindo algo

maravilhoso juntos.

93
“Não importa,” Clay disse, despedindo-a facilmente. “Eu e Rio tivemos um bom

tempo com você, mas você não pensou realmente que fosse nada mais do que apenas sexo,

não é?” Suas palavras e a diversão em seu rosto a rasgaram em pedaços.

Estúpida! Estúpida! Estúpida! Ela sabia que não deveria ter-se deixado sentir.

Sentiu a máscara fria se deslizar no lugar com a facilidade de anos de prática. Podia

sentir a retirada em si mesma, as barreiras se erguendo, mas tarde demais para parar a dor.

“Acho que eu deveria estar partindo.” Seus olhos acariciaram os rostos dos seus

amantes mais uma vez.

“Acho que seria melhor.” Rio falou pela primeira vez, seus olhos como ela nunca vira

antes, duros e frios.

Jesse assentiu, não confiando em si mesma para falar, então se virou para ir embora.

“Não se preocupe em nos chamar por ajuda se o problema se seguir. Você não está

mais sob nossa proteção.”

Jesse sentiu o fatiar da faca direta em seu coração. Não podia acreditar que depois do

que tinham compartilhado, eles se importassem tão pouco com ela. Nada. Ela não significava

nada para eles.

Andando pela estrada deserta em direção à cidade, Jesse deixou as lágrimas caírem

livremente por seu rosto enquanto prometia a si mesma, nunca mais!

Chamou Nat de seu celular e secou suas lágrimas antes que ela chegasse.

“O que aconteceu querida?”

“Por favor, me leve para a loja. Vou ficar no apartamento em cima. Você poderia

perguntar a Jake se ele se importaria de pegar minha mala? Parti sem ela.”

“O que aconteceu, Jesse?”

Jesse suspirou e deixou a cabeça cair no encosto. “Eles descobriram sobre a loja.” Ela

sacudiu a cabeça quando Nat começou a falar. “Não, eu não penso que você lhes disse.

Devem ter descoberto pelo agente ou alguém a quem ele disse. É uma cidade pequena, Nat.”

“Eles não ficaram felizes com isso?” Nat franziu o cenho.

94
“Não, aparentemente não. Disseram que queriam apenas sexo. Também me disseram

para não chamá-los se problemas me seguissem até aqui. Não estou mais sob sua proteção.

Inferno, tenho me protegido por tempo suficiente. Não preciso deles para me proteger.”

Ela se virou para Nat. “Como você acha que eles descobriram que alguém está atrás

de Brian para causa de dinheiro?”

Nat fez uma careta. “Por Jake. Sinto muito, Jesse. Eu disse a Jake que Brian te ligou e

que te perturbou tentando conseguir dinheiro com você.”

“Bom, se Brian, ou qualquer outro,” pensou brevemente em Simon. “aparecer, vou

cuidar disso sozinha como sempre fiz. Não preciso de um homem para cuidar de mim.”

Nat alcançou e agarrou a mão de Jesse. “Isso significa que você ainda vai se mudar

para cá?”

Jesse pensou sobre a vida vazia que ela teria ao voltar para Maryland. Pensou sobre a

vida de Kelly. Os negócios que elas trabalhavam duro.

Os rostos de Clay e Rio quando eles a amaram, não, foderam, nadou em sua mente

quase a fazendo ceder ao desejo de virar as costas e correr.

Mas, Kelly tinha ficado tão animada. Nat vivia aqui e ela tinha sentido falta de sua

irmã terrivelmente. Jesse tinha amado a cidade, uma cidade onde Kelly e os negócios iam

prosperar. Ela precisava do dinheiro do negócio não só para se sustentar, mas para ajudar

Alex com suas despesas na escola. Além disso, só porque Clay e Rio não a queriam mais, não

via nenhuma razão para ficar longe de sua irmã.

“Sim.” Jesse assentiu determinada. “Vou ficar.”

95
Capítulo 9

Várias horas depois Jake trouxe suas malas. Nat tinha lhe dito sobre a loja de Jesse,

desde que a razão para manter isso em segredo dele já não existia. Ele sorriu quando se

lembrou de seu rosto quando lhe advertiu de que ia cuidar de seu castigo por esconder algo

dele.

Teria que fazer algo bem inesperado, bem severo para que ela não fosse tão arrogante

da próxima vez. Teria que fazer algo que faria sua mulher teimosa pensar duas vezes antes de

guardar segredos dele novamente.

Ele olhou para Jesse e não pôde evitar a onda de raiva do que seus amigos fizeram.

Eles nem sequer falaram sobre isso.

“Rio me ligou e me perguntou se eu ia trazer isso para você,” ele lhe disse agora.

“Obrigada Jake, eu te agradeço por isso.”

96
Jake estremeceu por dentro quando viu que seus olhos pareciam mortos novamente,

desprovidos de qualquer emoção quando olhou para ele.

Ele queria bater em algo, de preferência em dois idiotas sisudos que ele chamava de

amigos. Jesse parecia devastada, mas tentava não demonstrar. Tinha aprendido a ler as

mulheres e esta aqui tinha construído paredes tão sólidas em torno dela que ele quase podia

vê-las.

Suas feições pareciam ter sido cuidadosamente educadas antes de se afastar de seu

escrutínio para continuar a tarefa de preparar o apartamento.

Teria sido só ontem que ele tinha visto seu rosto brilhar, seus olhos cheios de amor e

riso quando olhava para Clay e Rio?

“Não sei o que dizer Jesse.” Ele passou a mão pelo cabelo em frustração. “Eu os

conheço há muito tempo e nunca vi nenhum deles reagir a qualquer mulher do jeito que

fizeram com você. Não entendo o que aconteceu entre vocês que os fizeram virar as costas

para você dessa maneira.”

“Não se preocupe com isso, Jake.” Jesse balançou a cabeça. “Eles não me fizeram

promessas. Nunca mentiram para mim. Foi uma aventura. Não foi grande coisa.”

“Não foi grande coisa? Mas eles…” Jake estalou a boca fechada quando pensou sobre

os anéis que tinham encomendado para ela.

“Eles o quê?”

“Eles são idiotas e eu vou bater suas cabeças juntas!”

Jesse se virou. “Não! Prometa-me que você não vai dizer nada a eles. Só porque Nat

queria que isso funcionasse não significa que você tem que se envolver. Eles não me querem

mais. Estou bem com isso. Prometa-me que você não vai interferir.”

“Ok, querida. Não vou interferir se você me prometer uma coisa.”

“O quê?” Jesse perguntou cautelosamente.

97
“Quero sua promessa de que se Brian ou Simon ou qualquer outra pessoa que vem

tentando tirar dinheiro de você porque seu ex os enganou aparecer, você vai me ligar

imediatamente. Você promete?”

“Jake, eu posso cuidar de —”

“Então eu acho que vou ter uma conversa longa e agradável com Clay e Rio.”

“Droga, Jake!”

“Você promete me chamar?”

“Prometo,” Jesse suspirou.

“Ótimo. Dê-me seu celular.”

Jake programou seu número no celular de Jesse, ciente de que ela o observava.

Ele lhe entregou o telefone de volta. “Qualquer hora do dia ou da noite. Eu também

vou falar com o xerife e alguns outros.” Ele levantou a mão para silenciá-la quando ela tentou

protestar. “Vou me certificar de que ninguém diga nada a Clay ou Rio sobre isso, mas não há

nenhuma maneira que vou permitir que alguém machuque você ou sua amiga Kelly.”

Ele sentiu seu estômago revirar quando Jesse apenas assentiu e se afastou.

*****

Jesse acordou sorrindo e se esticou, perguntando o que Clay e Rio tinham planejado

para ela hoje. Abrindo os olhos, ela não conseguiu evitar o soluço de escapar quando de

repente se lembrou.

Ela não estava em uma grande cama quente aconchegada ao lado de seus amantes.

Estava deitada em um catre em seu novo apartamento e de Kelly.

Com raiva por sentir pena de si mesma, ela se levantou e começou o café antes de ir

para o chuveiro.

Kelly estaria chegando em algum momento hoje. Sua chamada na noite passada tinha

estimulado Jesse em ação. Ela tinha terminado de limpar o apartamento e a loja, para que

98
quando Kelly e seu irmão chegassem com o caminhão de mudança com todas as suas coisas e

as de Kelly tudo estaria pronto.

Kelly quis trazer a maior parte de sua própria mobília. Jesse tinha providenciado para

que tudo dela fosse vendido.

Entrando no chuveiro, fez uma careta e esfregou a mão na parte inferior de suas

costas. Teria que comprar uma cama. A única vez que tentou comprar uma, não conseguiu

deixar de imaginar Clay e Rio nela com ela.

Imediatamente tinha se virado e saído da loja e ainda teria que encontrar coragem

para voltar.

O catre serviria por agora.

Kelly e seu irmão Cullen chegaram ao início da tarde. Kelly pulou do caminhão e

correu para Jesse. Que mal teve tempo de se preparar antes de Kelly se lançar nela.

“Obrigada, Jesse. Obrigada por não me deixar para trás.”

Jesse apertou sua amiga que sempre parecera com mais idade do que tinha desde que

Jesse a conhecera. O estresse que a fazia parecer muito mais velha do que seus vinte quatro

anos tinha sido substituído por um sorriso brilhante e bochechas coradas, seus olhos limpos

da fadiga que sempre se mostrava neles.

Jesse podia ver a emoção no rosto de sua amiga. “Vá Kelly. Dê uma olhada. Veja se

você gosta.”

“Vá em frente.” Cullen sorriu com indulgência para sua irmã quando se juntou a elas

na calçada. “Vou deixar tudo pronto para descarregar. Vocês duas precisam descobrir onde

vão querer tudo.”

Quando Jesse se moveu para seguir Kelly, Cullen a parou com uma mão em seu

braço.

“Espere um minuto.”

Jesse olhou para ele, observando como ele esperou que Kelly entrasse no prédio antes

de se virar para ela.

99
“Quero te agradecer pelo que faz pela minha irmã.”

Quando ele sorriu, ela notou distraidamente que ele tinha se tornado ainda mais

bonito do que a última vez que o vira. Ela sabia que ele sempre tinha as mulheres suspirando

atrás dele e que era apenas uma questão de tempo antes que uma o pegasse.

“Eu amo Kelly.” Jesse olhou para o edifício e sorriu quando ouviu Kelly exclamar

sobre algo. “Passamos por muita coisa juntas por causa de Brian e Simon. Ela é como uma

irmã para mim.”

Ele empurrou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. “Eu sei como você se colocou

entre Kelly e Simon. Sei que você foi ferida. Isso me assusta.”

Ele levantou uma mão quando ela quis falar.

“Enquanto eu estive com ela, tentei convencer Kelly a se mudar para a Virginia

comigo, mas ela não quis. Ela quer sua independência e ama sua parceria de negócios. Ela se

sente bem com você. Depois de seu telefonema, isso era tudo sobre o que ela falava. Ela ama

você, também. Assim como eu.”

Ele segurou seus braços. “Quero que você me prometa que se qualquer uma de vocês

precisa de alguma coisa, você vai me ligar. E se esta cidade não vir a ser o que você pensa que

é; Vocês duas serão sempre bem-vindas para vir morar comigo.”

“Obrigada, Cullen. Nós vamos ficar bem.”

“É bom saber que vocês serão bem cuidadas. Onde estão estes dois homens do qual

tenho ouvido tanto?”

“Isso foi apenas temporário.” Ela deu de ombros e se virou, só para ficar ligada.

O olhar de Cullen foi afiado. “Não foi isso que Kelly disse. Ela tem estado tão feliz

por você. O que aconteceu? Preciso chutar suas bundas?”

Jesse não conseguiu evitar a bolha de riso que derramou. Cullen era grande,

facilmente mais de dois metros, altamente musculoso e no auge. Mas o pensamento dele

chutando a bunda de Clay ou de Rio a fez rir.

“Não, mas obrigada.” Ela começou a se virar, mas Cullen a parou.

100
“Nunca vou poder te agradecer o suficiente pelo que você faz por Kelly.” Ele se

curvou para beijar sua bochecha. “Obrigado, Jesse.”

“Há algo que você pode fazer por mim.” Jesse viu Jake e Blade se aproximando.

“E o que é Jesse?”

“Descarregue o caminhão.” Rindo de ver Cullen sorrir surpreso, ela o apresentou aos

outros homens e se dirigiu para a loja para encontrar Kelly.

*****

Jesse e Kelly passaram a semana seguinte se movendo dentro do apartamento,

fazendo a papelada necessária para a loja e engarrafando os novos produtos. Seus dias cheios

deixavam-na exausta, mas a noite em sua cama Jesse sentia falta do calor de Clay e Rio a

cercando.

Seus mamilos endureciam e sua boceta chorava com a necessidade de estar com eles,

de tê-los dentro dela, tocando-a de uma maneira que ninguém mais fez. Não tinha sequer

chegado a experimentar ambos a amando ao mesmo tempo, e agora nunca iria.

Chorava com a necessidade de tê-los por perto, sua presença fazendo-a sentir

querida, feminina, segura. Sentia falta de suas vozes, seus cheiros, suas risadas.

Kelly e Nat comentaram mais de uma vez sobre sua aparência quando as noites sem

dormir continuaram. Tinha sombras sob os olhos inchados que ficavam mais escuras a cada

dia. Ela foi ficando cada vez mais cansada e apática.

Cullen ficou o tempo suficiente para ajudá-las a se instalar e acomodar antes de

retornar a Virginia. Desde então, Kelly e Jesse passavam seu tempo não apenas deixando a

loja pronta, mas também explorando sua nova casa.

Todos lhes deram boas-vindas e as mulheres pareciam ansiosas para experimentar

seus produtos. Seu entusiasmo animava Kelly ainda mais, mas Jesse não conseguia puxar a

energia para isso.

101
Ela tentava colocar uma frente boa, mas a forma como Kelly, Nat e até Jake a

olhavam, ela podia dizer que viam através dela.

Jesse não viu mais Clay ou Rio. Quando percebeu isso, a dor em seu coração quase a

desfez. Viver em uma cidade tão pequena quanto Desire, normalmente você podia contar

com chocar-se com quase todo mundo em alguns dias. Não tê-los visto em nada significava

que estavam propositadamente a evitando.

Ela não esperava nada deles após seu breve caso. Tinha partido quando eles lhe

pediram, não tinha? Não os tinha incomodado em nada, e ainda assim eles a evitavam como

se ela tivesse de alguma maneira lhes feito mal.

Por quê? Só porque tinha ficado?

Pensar nisso e a falta que sentia deles, apesar de como eles obviamente se sentiam

sobre ela, a mantinha acordada à noite.

Outra coisa que a mantinha acordada à noite era Brian.

Ela tinha lhe dito que havia se mudado para cá, assim ele não incomodaria Alex. Ele

tinha um hábito irritante de aparecer inesperadamente com a mão estendida.

Agora que ele tinha o número de seu celular, continuava ligando. A princípio pediu

dinheiro, depois implorou. Quando ela continuou a dizer não, seus apelos se tornaram cada

vez mais exigentes, e então furiosos.

A tensão de lidar com estas chamadas a esgotavam como fazia tentar escondê-las de

Nat e Kelly. Ela podia lidar com Brian. Tinha feito isso por anos. Certamente não precisava de

nenhuma delas contando a Jake, que tinha começado a observá-la como um falcão.

Jesse se recostou contra a janela e suspirou, fechando os olhos quando o cansaço a

abateu, de repente oprimida de sempre ter que ser forte. Queria deitar a cabeça num ombro

forte, ser segurada com firmeza nesses braços fortes que lhe dizia que tudo ficaria bem.

Eles já a tinham enfraquecido.

Deitada em sua cama à noite, lágrimas fluíam livremente por seu rosto enquanto

chorava silenciosamente na escuridão. Imersa em fadiga, ela ansiava que essa aflição parasse.

102
Colocar essas paredes de volta entre ela e o resto do mundo parecia mais difícil do

que jamais tinha sido antes.

Levantar essas paredes para protegê-la de ser ferida quando Clay e Rio continuavam

a evitá-la parecia ser impossível.

Capítulo 10

Clay cerrou a mão e o esmagou duro na bancada de granito liso. A casa que ele e seu

irmão estavam construindo enquanto esperavam a mulher de seus sonhos estava completa.

Seu olhar lembrou as cores quentes, os eletrodomésticos novos e metros de espaço no

balcão. Tinham construído a casa que imaginaram encher com amor e riso como ele e seu

irmão tinham crescido.

103
Ele podia claramente se lembrar do riso de seus pais e das risadinhas de sua mãe.

Seus pais constantemente tocavam sua mãe, roubando beijos enquanto ela fazia o jantar,

brincando com seu cabelo quando se sentavam juntos para assistir televisão, e sempre a

puxando sobre um de seus colos para um abraço.

Ele queria esse tipo de relacionamento. Enquanto trabalhavam na casa, tinha

considerado tudo um trabalho de amor para a mulher sem rosto que eles esperavam.

Agora, quando olhava ao redor da cozinha, pensava em cintilantes olhos castanhos e

um sorriso insolente sendo eliminado e substituído por dor. Ele quis sacudi-la quando esse

olhar frio e sem emoção tinha deslizado no lugar e seus olhos se tornaram insípidos.

A única mulher que ele conseguia imaginar aqui agora tinha um rosto e um nome.

Jesse.

“Não entendo.” Rio tomou um gole generoso de sua cerveja. Ele e Clay estiveram

trabalhando suas bundas no rancho por uma semana, esperando que o esforço físico pudesse

esgotá-los para que pudessem dormir sem pensar em Jesse.

Até agora não tinha funcionado.

Esta noite decidiram fugir do rancho, então vieram à cidade para uma cerveja.

Tinham falado sobre ir ao clube e decidiram que nenhum deles sequer podia imaginar indo lá

ainda. Não queriam ver seus amigos solteiros desfrutando de sexo com uma das mulheres

que frequentavam o lugar apenas por essa razão.

Eles não tinham absolutamente nenhum desejo de foder qualquer uma das mulheres

de lá. Queriam uma mulher que sempre cheirava a pêssegos, combinado com seu próprio

cheiro único.

E certamente não poderiam suportar ouvir as conversas de seus amigos casados que

falavam sobre suas esposas amadas. Seriam lembrados o quanto haviam perdido quando

perderam Jesse.

Sua vaga esperança havia desaparecido e tinham praticamente se resignado de nunca

encontrar a mulher que precisavam.

104
O pensamento de simplesmente agarrar Jesse e trazê-la de volta para o rancho tinha

cruzado suas mentes algumas vezes. Provavelmente a coisa errada a fazer e ainda…

Então eles estavam sentados tomando suas cervejas no Bar. Seus amigos, John e

Michael, que eram os donos do lugar, não via razão para chamá-los de nada mais que isso.

“Por que todo mundo está olhando para a gente como se tivéssemos chutado seu

cachorro?” Rio meditou, olhando em torno do bar.

“Tenho notado,” Clay comentou secamente. “Imaginei que as pessoas iam ficar

surpresas no início quando terminamos com Jesse. Não voltamos à cidade desde que vimos

seu momento tocante na calçada com seu ex. Mas pensei que, uma vez que a viram com ele,

iam perceber que ela foi a única a querer sair do relacionamento.”

“Jesus, Clay. O que poderíamos ter feito? Implorar-lhe para não voltar para seu ex-

marido? Fazer o que falamos e arrastá-la chutando e gritando de volta para o rancho?”

“Não sei.” Clay considerou seus amigos no bar. “Decepcionados,” ele murmurou.

“O quê?”

“Eles estão agindo como se os tivéssemos decepcionados de alguma forma.”

“Como? O que diabos nós fizemos?”

“Não faço a menor ideia. Mas vamos descobrir.”

Rio olhou quando Jake e Blade entraram no bar, falando baixo, as expressões

sombrias. John e Michael se moveram para o final do bar em sua aproximação e lhes

entregaram uma cerveja. De repente, uma discussão acalorada ocorreu, embora mantivessem

as vozes baixas.

Alguns dos homens no bar, homens que ele e seu irmão consideravam amigos, se

aproximaram e ouviram atentamente, assentindo em resposta a tudo que Jake lhes dizia. Ele

podia ver a preocupação e raiva em seus rostos, o que o confundia ainda mais.

“Eu me pergunto o que é tudo isso,” Rio disse, começando a ter um mau

pressentimento.

105
Quando a conversa no bar terminou, vários olhares se viraram rapidamente para eles

antes de se desviar.

“Já chega. Tive o suficiente disso.”

Ele esperou impaciente enquanto Jake e Blade seguiram em direção a sua mesa.

Nenhum dos homens parecia feliz.

“Que porra está acontecendo aqui?” Clay se inclinou para frente, e Rio não ficou

surpreso com o fogo em seus olhos. “Que discussão foi aquela lá no bar? Por que todo mundo

está olhando para Rio e para mim como se tivéssemos feito algo de errado?”

Rio olhou para os homens. “Por que o lugar está tão quieto? Nunca estive aqui que a

música não estivesse tocando com todo mundo falando ou discutindo sobre algo?”

Jake suspirou. “Não vimos qualquer um de vocês por uma semana. Todas as vezes

que estive no rancho vocês não estavam por perto. Seus telefones estão desligados.”

“Não queríamos falar com ninguém,” Rio resmungou.

“Bem, seja o que for que aconteceu entre vocês e Jesse aconteceu. Mas prometi não

falar com vocês sobre isso, embora ache que os dois são um par de idiotas.”

Rio sacudiu a cabeça em confusão. “Você está puto com a gente porque Jesse quis

voltar para seu marido?”

“O quê?” Jake e Blade, ambos latiram.

Clay e Rio se entreolharam.

“Ela o convidou para cá. Nós a ouvimos.” Rio se inclinou para frente. “Nós a vimos

com ele.”

Jake e Blade pareciam atordoados, o que confundiu Rio ainda mais.

“Ouça,” Blade começou. Quando Jake começou a falar, Blade simplesmente levantou

a mão. “Não prometi a Jesse que não ia falar com Clay e Rio sobre ela.” Sua voz abaixou. “E

Kelly está em perigo também.”

“Perigo?” Rio trovejou. “Kelly?” Rio olhou para seu irmão. “Essa não é a parceira de

Jesse?”

106
Ao aceno de Clay, Rio se voltou para Blade. “Por que Jesse e Kelly estão em perigo? O

que está acontecendo, porra?”

“Jesse nunca teve qualquer intenção de voltar para seu ex-marido, seus idiotas.”

Blade dirigiu sua raiva gelada a seus amigos. “Ele a está incomodando por dinheiro, embora

ela esteja tentando esconder isso. Kelly ouviu uma conversa que tiveram. Ela acha que Brian

está ameaçando Jesse.”

Blade passou a mão pelo rosto. “Não conseguimos encontrar o bastardo. Mas,

achamos que ele está a caminho daqui.”

Rio sentiu todo o sangue deixar seu rosto. “Por que você não nos contou? Elas estão

sozinhas?”

“Estamos nos revezando lá. Jesse descobriu uma vez que a estávamos vigiando e

ameaçou ir embora. Ela não quer sobrecarregar nenhum de nós com seus problemas.” Jake

parecia revoltado. “Não poderíamos protegê-la muito bem se ela partisse e os dois homens

que podiam ter estado com elas a chutaram!”

Rio queria bater em algo e pelo olhar no rosto de seu irmão, ele se sentia da mesma

forma.

“Vamos buscar nossa mulher,” disse a seu irmão. Levantou-se e fez uma pausa

quando o celular de Jake tocou. Jake saltou e respondeu ao primeiro toque, todo seu corpo

tenso.

“Kelly? O quê? Acalme-se! Não consigo entendê-la. O quê! Estou a caminho!”

Clay e Rio viram Jake correr para a porta, Blade em seu encalço. Rio correu atrás

deles, Clay a seu lado. Ele percebeu que os homens do bar seguiram logo atrás deles.

“O que Kelly disse?” Blade exigiu, nem mesmo sem fôlego.

“Disse que ele a está matando. Brian está aqui e ele está matando Jesse.”

“Porra!” Rio nunca sentiu tanto medo em sua vida. Alguém estava machucando sua

mulher. Ele rasgou pela rua, adrenalina e medo fazendo suas pernas bombear como nunca

107
antes. Sentiu seu irmão em seus calcanhares, mas não se concentrou em nada além de chegar

até Jesse.

Quando o edifício que Jesse tinha se mudado apareceu, Rio ouviu os gritos.

Ele se chocou contra a porta sem diminuir a velocidade, enviando-a voando quando

ela literalmente se desprendeu das dobradiças.

O que ele viu o encheu de ira.

Um homem empurrava para trás uma jovem bonita enquanto ela tentava puxá-lo fora

de Jesse. Ela ficou estatelada e o homem voltou para esmurrar uma Jesse já sangrenta e quase

inconsciente no rosto.

Rio alcançou o homem pouco antes de seu soco aterrissar.

Raiva como ele nunca havia sentido antes avermelhou sua visão e ele usou seus

punhos como um homem selvagem. Que alguém se atrevesse a colocar a mão em sua mulher o

enfureceu.

Que alguém a machucasse o agonizou.

Ele nem sentia os socos que aterrissava. Ele só sabia que não conseguia parar.

Foi preciso Jake e Blade para retirá-lo do homem que caiu sangrento e inconsciente. A

raiva ainda ardendo dentro dele, e ele sabia que se sentia longe do controle.

Então, ouviu voz de Clay.

“Rio, Jesse precisa da gente.”

A névoa vermelha desapareceu.

Ele se moveu para se ajoelhar ao lado da mulher que amava mais do que sua própria

vida.

E quase chorou.

Ela estava inconsciente, o rosto machucado e sangrento, o braço direito obviamente

quebrado.

“Oh, bebê.”

108
Ele se inclinou sobre ela, inconscientemente protegendo-a com seu corpo enquanto a

tocava ternamente.

“Uma ambulância está a caminho.” Jake se ajoelhou ao lado de Clay e Rio enquanto

eles tentavam despertá-la, com cuidado para não movê-la. “E também o Ace.” Rio sabia que

Ace Tyler, o xerife da cidade, ficaria lívido.

“Sinto muito não ter chegado aqui mais cedo, querida,” Jake murmurou para uma

Jesse inconsciente enquanto corria a mão por ela à procura de ferimentos.

Rio observou quando Clay moveu as mãos pelas pernas de Jesse, verificando se não

estavam quebradas, e não pôde deixar de notar que ela estava usando outra daquelas calças

largas que usava quando a conheceram. Por que ela não usava as coisas que ele e Clay tinham

comprado para ela?

“Por que você não verifica Kelly e deixa Jesse com a gente?” Clay fez um gesto em

direção à outra mulher.

Jake sacudiu a cabeça. “Blade está cuidando de Kelly.” Ele olhou e viu Blade ajudar

Kelly a se levantar, aparentemente contra o bom senso. Ele parecia pronto para pegá-la se ela

caísse, mas ela insistia que queria ver Jesse.

Jake olhou para seus amigos. “Se Jesse acordar e encontrar vocês aqui, ela vai ficar

chateada o suficiente. Não quero que ela acorde e encontre vocês dois com as mãos em cima

dela. Confie em mim quando digo que seria demais para ela agora.”

“Jesus, Jake,” Rio murmurou. “Pensamos que ela queria sair.” Ele não conseguia

parar de tocar sua mulher, cuidadoso com seus ferimentos. Seu pobre rosto já tinha começado

a inchar, seu lábio estava dividido.

Rio se levantou e foi até a cozinha, onde rapidamente umedeceu uma toalha e colocou

gelo em outra. Correu de volta para cuidar de sua mulher maltratada, angústia e medo

amarrando seu estômago em nós.

109
Ajoelhando-se ao lado de Jesse, colocou o gelo em seu olho inchado, e usando o pano

umedecido, suavemente começou a limpar o sangue de seu rosto para que pudessem avaliar

melhor seus ferimentos.

“Que porra é essa, Jake?” Clay perguntou claramente perplexo. “Quem é esse sujeito?

Esse não é o cara que vimos com ela.”

Jake olhou para cima. “É Brian, o ex de Jesse. Ele é quem a esteve ameaçando, embora

ela tenha tentado esconder.”

“Jesse!” Nat veio correndo pela porta estilhaçada, o sangue drenou de seu rosto

quando viu sua irmã.

“Oh, meu Deus! O que aconteceu?” Ela olhou e viu o homem no chão. “Este é Brian!

Ele a machucou?”

“Tudo vai ficar bem agora, Nat.” Jake se levantou e colocou um braço reconfortante

ao redor de sua esposa. “Estamos cuidando dela.” Ele a abraçou para o peito, dando um beijo

em sua cabeça.

“Estou bem. Preciso ver Jesse.”

Rio ouviu a outra mulher, Kelly, lembrou-se, e olhou por cima do ombro. Blade fez

uma carranca e segurou-a quando ela correu. Ela empurrou e teria batido Clay longe se ele

fosse um homem menor.

“Oh, Jesse. Olha o que ele fez com você.”

Então ela fez algo que para sempre a encantou para ele. Ela pisou e chutou no Brian

agora consciente.

Ace entrou bem na hora de vê-la e, embora seus olhos permanecessem sombrios, seus

lábios se contraíram.

“Suponho que este é o homem que atacou Jesse,” ele perguntou secamente. Puxou

Brian com uma mão e o entregou a seus ajudantes que entraram atrás dele.

“Levem-no para a ambulância e leiam seus direitos. Fique com ele. Estarei lá assim

que puder.”

110
Quando os ajudantes saíram com sua carga, Ace se virou para Jake. “Há uma

ambulância lá fora à espera de Jesse e Kelly.”

“Diga aos paramédicos que se apressem;” Rio disse antes que Jake pudesse

responder. “Precisamos levá-la para o tratamento e certificar que não há lesões internas.”

“Estou levando Kelly agora.” Blade simplesmente levantou a mulher mais jovem em

seus braços, superando suas lutas com um “Pare com isso. Não sei mais onde você está

ferida.”

Uma maca foi levada para dentro, e antes que os paramédicos pudessem detê-lo, Rio

ergueu o peso leve de Jesse em seus braços, embalando-a cuidadosamente e se moveu para a

maca.

Ele viu Clay pairar ansiosamente, de pé entre Jesse e os paramédicos enquanto os

alertava para não empurrá-la.

Todos recuaram para o lado quando os paramédicos começaram a roda-la para fora.

Um pouco abaixo da porta Jesse acordou e ofegou, agarrando seu lado.

Rio, o mais próximo, parou a maca e se inclinou protetoramente sobre ela.

“Tudo bem, querida. Eu e Clay estamos aqui. Vamos cuidar bem de você.”

A voz amada de Rio parecia como mel quente escorrendo sobre ela. Ela suspirou e

tentou abrir os olhos, mas não conseguia abri-los para mais que fendas. Seu lado parecia que

tinha sido esfaqueado e seu rosto latejava. Quando ela viu Rio, automaticamente começou a

agarrá-lo e gemeu quando um fogo correu através de seu braço.

E ela se lembrou.

Embalou o braço contra as costelas doloridas e soluçou. “Não! Não chamei você.”

Clay se inclinou sobre ela do outro lado. Ambos, ele e Rio pareciam preocupados.

“Calma, bebê,” Clay sussurrou, tocando seu cabelo.

“Onde está Kelly? Kelly!”

“Kelly está bem, querida. Ela está na ambulância esperando por você. Está apenas

sendo verificada. Você é a única que está machucada.”

111
“Jake,” Jesse choramingou.

“Estou aqui, querida.”

“Kelly. Hospital.” Ela olhou para Clay e Rio. “Vão embora.”

*****

Clay se virou de sua posição na janela quando Kelly e Blade saíram da sala de

tratamento. Ele olhou para o relógio mais uma vez e percebeu que ela tinha estado lá por mais

de uma hora. Blade caminhava ao seu lado, o braço ao redor de sua cintura enquanto a levava

até uma cadeira.

Os homens do bar tinham finalmente voltado depois de receber promessas de chamá-

los quando soubessem de algo.

Ele e Rio esperavam juntos com Nat e Jake. Ace entrava e saía falando no rádio,

enquanto Blade compassava de um lado para o outro da sala onde trataram e liberaram Kelly.

Ele começou a compassar novamente, ansioso para saber sobre Jesse e ainda mais do

que um pouco confuso.

Com quem Jesse estava conversando aquele dia na rua? Por que Brian a atacara se

estavam de novo juntos?

Ele teria que perguntar a Kelly. Olhou para a jovem e quase sorriu ao vê-la olhando

para Blade. De novo.

Kelly queria ficar com Jesse e sua objeção a ser tratada foi ignorada quando Blade a

pegou nos braços e a levou para a sala de tratamento.

Ninguém sabia o que tinha acontecido entre eles, mas tinha uma ideia quando Kelly

olhava para Blade sempre que ela pegava seus olhos nela.

Blade simplesmente erguia uma sobrancelha que tinha Kelly ficando vermelho

brilhante e desviando o olhar.

112
Clay finalmente parou de compassar e encarou todos. Precisava de algumas

respostas.

“Não estou entendendo nada disso. Por que vocês acham que nós simplesmente

chutamos Jesse? Ouvimos a conversa dela ao telefone quando convenceu seu ex-marido a vir

morar com ela e lhe disse que desde que eu e Rio estávamos loucos por ela, nós iríamos atrás

de qualquer pessoa que ela nos pedisse, até mesmo alguém que viesse depois dele.”

Ele suspirou profundamente. “Estávamos apaixonados por ela e ela nos traiu.”

Rio caiu em uma cadeira. “Viemos à cidade alguns dias depois que ela partiu. Nós a

vimos na calçada, fora do edifício que ela e Kelly estão alugando. Nós a vimos conversando

com um homem e pareciam se conhecer muito bem. Vimos um caminhão de mudança. Ele

tocou em seu cabelo.”

“Este era Cullen,” Kelly disse suavemente.

“Quem é Cullen?” Clay perguntado cuidadosamente.

“Meu irmão, que também passa a ser como um irmão para Jesse. Ele ficou comigo

enquanto Jesse estava aqui. Ele nos ajudou com a mudança.”

“Ajudou vocês com a mudança? O que aconteceu com Brian? Pensei que ele tinha se

mudado para cá.”

“Claro que não. Por que ela ia querer que ele se mudasse para cá? Ela mal pode

suportá-lo.”

“Nós a ouvimos,” Rio insistiu. “Ela o chamava de mel e disse que tinha encontrado um

lugar para eles. Nós a ouvimos implorando para se mudarem para cá.”

“Ela teve essa conversa comigo.” Kelly pulou só para ter Blade colocando-a de volta

na cadeira.

“Não salte assim. Você está ferida,” ele lhe disse.

“Você?” Clay não podia acreditar! O que mais eles tinham concluído errado?

Quando Kelly lhe fez sinal para vir, Clay foi se sentar ao lado dela enquanto Rio se

ajoelhava aos seus pés.

113
Tocando ambos no braço, Kelly começou. “Isso é algo que eu preferia manter calado,

mas para entenderem o que aconteceu vocês precisam saber.”

A voz de Kelly soava crua e cheia de dor. “Jesse e eu nos conhecemos porque meu ex-

namorado, Simon, é amigo e às vezes parceiro de Brian. Brian e Simon são preguiçosos e

desprezíveis, mas podem ser completamente charmosos quando querem. Como vigaristas,

seu sustento dependia disso.”

Ela sugou uma respiração. “A diferença entre eles era que, até hoje, Brian nunca tinha

batido em Jesse. Simon gostava de me usar como saco de pancadas.”

Clay ouviu Blade rosnar do outro lado de Kelly, mas ela o ignorou.

“Jesse aconteceu de vir mais de uma vez quando Simon me batia.”

Ela sorriu enquanto se lembrava. “Jesse veio como um anjo vingador. Ela saltou sobre

Simon e bateu a merda fora dele. Rapaz, ele parecia atordoado. Ela o expulsou do

apartamento que nós compartilhávamos, jogou suas coisas pela janela e lhe disse para nunca

mais voltar.”

Lágrimas encheram seus olhos. “Ela me levou para o hospital, depois para sua casa e

cuidou de mim. Brian estava fora como sempre. Quando ele voltou e me encontrou lá em sua

casa, ele exigiu que ela me levasse de volta para meu apartamento e ficasse fora disso.”

“Ela lhe disse que não e se afastou. Quando ele agarrou seu braço e levantou o punho,

eu pensei, ‘Oh Deus, ele vai bater nela por minha causa’. Jesse nunca vacilou. Ela é do tipo

que não demonstra seus sentimentos. Pensei que ela estava tão fria que quando a conheci,

mas ela não é nada disso. Ela o usa para esconder. Só Alex e eu podíamos ver a Jesse real.”

“Ele bateu nela?” Clay forçou para fora.

Kelly sacudiu a cabeça. “Não. Jesse apenas se virou para ele e fria como gelo lhe disse

para soltar seu braço. Então Alex entrou no quarto. Até hoje eu não sei se foi o olhar frio de

Jesse que o parou ou se ele parou porque seu filho entrou no quarto.”

Kelly se levantou, escapando da restrição da mão de Blade. “Este foi o fim de seu

casamento.”

114
Nat se moveu para embrulhar um braço ao redor de Kelly. “Você sabe que não foi

você quem causou isso. Jesse e Brian tiveram problemas desde o início. Desde que Brian se

ausentava tanto, ela se pendurou lá, mas só até Alex ir para a faculdade. E Brian sabia.”

“É isso que Jesse disse, mas eu me perguntava.” Kelly se voltou para ele e Rio. “Ela

parecia tão feliz quando ligou. Disse que tinha adorado aqui e queria trazer nosso negócio e

eu para cá. Ela queria desesperadamente ficar. Ela falou sobre os dois e o quanto ela queria

estar com vocês.”

Ela fez uma careta. “Eu provavelmente não deveria estar dizendo isso, mas ela me

disse o quanto amava os dois, mas não queria que vocês se sentissem pressionados quando

soubessem que ela estava se mudando para cá. Não queria nada que vocês não quisessem

dar. Ela não achava que vocês a amavam.”

Clay gemeu e esfregou a mão pelo rosto cansado.

“Mas ela simplesmente não ia me deixar.” Kelly disse. “Tenho que admitir, eu estou

aliviada. Não só porque Simon tem medo dela, mas porque Jesse e eu nos tornamos muito

próximas. Eu a amo. E estava animada de vir para cá, mas, ao mesmo tempo, isso me

assustava.”

“O que a assustava, querida?” Blade perguntou ternamente.

Clay viu que os olhos de Kelly ficaram tão grandes quanto pires quando ela olhou

para Blade.

“E se Simon me seguir até aqui? E se ele vier atrás de Jesse porque ela o humilhou? E

se nós não conhecêssemos ninguém aqui que fosse nos ajudar? Não queria trazer problemas

comigo. Jesse e eu, bem, nós só queríamos um novo começo.” Sua voz quebrou.

Clay olhou para encontrar seu irmão olhando para ele. Parecia tão miserável quanto

Clay se sentia.

“Aí ela lhe disse que se Simon aparecesse, Clay e eu cuidaríamos dele, não é?” Rio

perguntou, suspirando.

Kelly assentiu por entre as lágrimas.

115
Clay se debruçou para frente e esfregou os olhos. Deus, como eles poderiam ter

estado tão errados?

“Se Simon mostrar sua cara em Desire, eu terei um grande prazer em bater a merda

fora dele,” Clay disse a Kelly com firmeza.

“Você teria que entrar na fila,” Blade acrescentou e Clay não pôde deixar de notar sua

mandíbula cerrando e a maneira como a mão que descansava em sua coxa se apertou em um

punho.

Clay se levantou e foi até a janela, olhando para fora, mas não vendo nada, exceto o

rosto espancado de Jesse.

Rio gemeu. “Por que ela não nos disse tudo isso?”

“Jesse não queria que ninguém soubesse de seus planos até falar com Kelly,” Nat lhe

disse baixinho. “Ela queria ter certeza de que Kelly queria vir para cá. Quando Kelly disse que

sim, ela não sabia como lhes dizer sem soar como se esperasse algo de vocês. Ela acreditava

firmemente que vocês não queriam uma relação real com ela, que vocês só queriam sexo.”

“Porra,” Clay fez uma careta. “Nós certamente fodemos tudo, não é, Rio?”

“O que você quer dizer?” Nat olhou de um para o outro.

“Foi isso que dissemos a ela,” Rio chutou uma cadeira e a enviou voando para a

parede. Ele passou as mãos pelo rosto. “Não queríamos que ela visse o quanto tinha nos

machucado. Quando escutamos sua conversa, lhe dissemos que tinha sido apenas sexo e que

ela deveria partir.”

“Oh, não!” Nat e Kelly exclamaram juntos.

“Isso não é tudo,” Clay adicionou sombriamente. “Quando pensamos que ela queria

que batêssemos no cara que ameaçava Brian, lhe dissemos que não se incomodasse de nos

chamar quando o problema a seguisse.”

Jake se aproximou de Clay e colocou uma mão em seu ombro em simpatia.

“Que bagunça do caralho.”

116
“Sim,” Clay suspirou e se afastou da janela. “Eu e Rio fodemos com tudo. Temos que

fazer as pazes com ela, fazê-la nos perdoar.”

“Não vai ser fácil,” Rio disse enquanto compassava. “Mas pelo menos sabemos que

ela queria ficar com a gente e não tinha nenhum interesse em voltar para Brian.”

“Sim, há isso.”

“Existe algo que vocês estão esquecendo, seu maior obstáculo.” Blade se levantou,

seus olhos nunca deixando Kelly.

Clay viu Jake acenar.

“O quê?” Rio perguntou.

Blade olhou para ele, depois para Kelly. “Vocês mostraram a Jesse que não confiavam

nela. Agora ela não confia em vocês. Sem confiança, vocês não têm nada.”

Rio desabou em sua cadeira e olhou para seu irmão, os olhos cheios de angústia.

“O que nós fizemos?”

117
Capítulo 11

Jesse gemeu. Doía em todos os lugares. Piscando os olhos abertos viu tanto Clay

quanto Rio, inclinados sobre ela. Estava deitada em uma cama de hospital. Tudo voltou em

uma pressa.

“Você está com dor, bebê?”

Jesse viu preocupação e ternura nos olhos de Clay e lutou para não responder a isso.

Lembrou-se deles estarem na loja depois que Brian a atacou.

O que aconteceu com Brian? Onde está Kelly?

“Kelly?” Jesse tentou se sentar, ofegando quando uma facada afiada de dor em seu

lado a parou.

“Calma, Jesse.” A voz de Rio parecia uma lixa, mas suas mãos se sentiam gentis

quando ele e Clay a estabeleceram de volta na cama.

“Kelly está aqui, bebê. Ela está bem.” Clay esfregou seu ombro ternamente.

“Jesse!”

Jesse viu Kelly correr para ela e estremeceu quando viu o inchaço e o olho roxo no

lado direito de seu rosto.

“Oh, Kelly. Ele te bateu.”

“Estou bem, Jesse. Você foi à única que ele machucou.”

“Sinto muito.” Ela engoliu, com lágrimas picando seus olhos. “O que aconteceu com

Brian?”

“Ele está na cadeia,” Rio grunhiu. “Eu deveria tê-lo matado.”

Nat empurrou Clay de lado para se aproximar, Jake ao seu lado.

“Tudo está bem, querida. Como se sente?”

“Estou bem.” Jesse não pôde acreditar em como sua voz soou fraca.

118
Jake se inclinou para frente. “Você não está bem. Você tem um braço quebrado,

costelas quebradas, uma concussão e um rosto que alguém usou como saco de pancadas.”

Seu rosto parecia assassino, mas acariciou a mão ternamente abaixo do gesso em seu

braço.

“O xerife está lá fora. Você precisa lhe dizer o que aconteceu. Pode fazer isso agora?”

Ela tentou acenar a cabeça e dor atravessou seu crânio. Mantendo a cabeça quieta, ela

esperou a dor ir embora. “Sim, vou falar com ele.”

“Bom.” Jake respirou fundo. “Sinto muito, querida. Sinto muito não ter te protegido.”

“Não foi sua culpa. Eu disse que poderia cuidar de mim. Acho que não fiz um

trabalho muito bom, né?”

Jesse desviou o olhar da preocupação que viu em seus rostos. “Não deveria ter vindo

para cá, não deveria ter trazido Kelly para cá.” Tentou limpar a rouquidão em sua garganta.

“Só trouxe problemas e fiz as pessoas infelizes. Nunca quis me empurrar ou aos meus

problemas em todos vocês. Apenas gostei tanto daqui que pensei que seria um bom lugar

para começar de novo.”

Ela olhou para Kelly. “Sinto muito ter feito você vir aqui. Quando eu estiver curada,

vamos partir e procurar outro lugar para começar de novo.”

Jesse saltou quando Clay, Rio, Blade e Nat todos gritaram. “Nãoo!”

Clay olhou para os outros e se moveu para frente. “Eu e Rio somos os únicos que

lamentamos por termos cometido o erro tão grande de deixá-la ir. Pensamos que era o que

você queria. Vamos fazer tudo que pudermos para tê-la de volta. Se tivéssemos estado ao

redor, você não teria sido machucada.”

Fogo relampejou em seus olhos junto com algo que ela não conseguia acreditar

quando ele se aproximou ainda mais perto.

“Você está presa com a gente agora e quem tentar machucá-la terá que passar por nós

para fazê-lo. Você não vai partir. Não se engane Jesse. Eu e Rio vamos fazer tudo em nosso

poder para impedi-la se você tentar.”

119
“Não entendo.” Jesse franziu o cenho. “Por que pensaram que eu queria deixá-los?”

Jake avançou. “O xerife está esperando. Diga-lhe o que aconteceu. Você pode falar

com Clay e Rio mais tarde.”

Ace Tyler pairava cada bocado tão grande quanto Clay, embora cerca de dez anos

mais jovem. Seus traços ásperos nunca poderiam ser chamados de bonitos e havia algo em

seus olhos que faziam uma pessoa sentir como se ele pudesse ver através dela.

Jesse imaginou que muitos criminosos confessaram seus crimes ao serem empalados

com o olhar afiado do xerife.

Seus olhos inflamaram com raiva quando viu seus ferimentos, mas suavizaram

quando ele se acomodou ao seu lado e encontrou seu olhar.

“Você pode me dizer o que aconteceu, Jesse?”

Jesse suspirou e olhou para o teto quando uma única lágrima escorreu por seu rosto.

“Ele nunca tinha me batido antes. Ele enlouqueceu.”

“Por que ele veio aqui, Jesse? Entendo que ele esteve te ligando. Ele te ameaçou?”

Jesse olhou para Kelly e Nat.

“Diga-lhe, Jesse.” Nat cerrou as mãos nos quadris. “Kelly e eu sabemos sobre as

chamadas, embora você tenha tentado escondê-las.”

Jesse viu Nat compassar de um lado para o outro, atirando punhais para ela enquanto

contava ao xerife sua história. Estremeceu quando sua irmã começou a reorganizar as flores

que havia trazido, batendo as cestas no peitoril. Com o grosso modo que Nat tratava as

pobres flores, sabia que teria sorte se sobrasse uma única flor quando ela tivesse terminado.

“Mas ultimamente ele estava ligando para você?” O xerife perguntado.

“Até recentemente, eu não tinha ouvido falar dele há um bom tempo. Ele costumava

aparecer de vez em quando querendo que eu lhe desse dinheiro. Eu envio a maior parte para

Alex na escola. Dizia-lhe isso e ele ia embora.”

“Mas dessa vez foi diferente?” Ace perguntou gentilmente.

120
Outra lágrima escorreu pelo rosto de Jesse e ela rapidamente a limpou. Contou ao

xerife sobre a visita de Brian a Alex. “Eu não o queria em qualquer lugar perto de Alex,

especialmente com alguém atrás dele. Tive que lhe dizer onde eu estava.”

Clay se virou da janela e Jesse viu tanta raiva em seu rosto que hesitou. Seus olhos se

suavizaram para ela quando ele viu isso, e Rio continuou a esfregar sua mão.

O xerife levantou os olhos do bloco de notas.

“Kelly, você o viu quando ele foi à procura de Jesse?”

“Não,” Kelly sacudiu a cabeça. “Cullen não o deixaria perto de mim.”

“Graças a Deus,” Jesse ouviu o murmúrio de Blade através do quarto.

“Alex! Eu preciso ligar para Alex.” Jesse tentou se sentar e silvou quando a dor em

seu lado a congelou no lugar.

Clay rapidamente atravessou o quarto para ela. “Bebê, por favor, deite-se. Kelly já

falou com Alex. Disse a ele que você teve um pequeno acidente, mas que está bem e vai

chamá-lo em um dia ou dois.”

Clay suavemente, mas firmemente, deitou-a e puxou o cobertor leve de volta sobre

ela. Que engoliu um soluço. Como ela sentia falta de seu toque.

“Há quanto tempo ele descobriu onde você estava?” Ace perguntou em voz baixa.

Jesse podia ver sua raiva com o que tinha acontecido e que tentava não aborrecê-la

mais.

“A mais ou menos uma semana.”

“Ele fez contato com você desde então?”

Jesse fechou os olhos e se recostou nos travesseiros. “Todos os dias. Ele ligava e exigia

dinheiro. Soava ainda mais desesperado a cada dia que chamava.”

“E você não pensou que deveria ter me falado sobre isso?” Jake exigiu furiosamente.

Jesse encontrou seu olhar com firmeza. “Eu não queria que você se preocupasse.”

“Minha mão está simplesmente coçando para remar seu rabo,” ele disse por entre os

dentes cerrados, fazendo Jesse estremecer.

121
“Não mais sua responsabilidade.” Clay lançou sua declaração por cima do ombro de

onde estava ao lado da cama com as mãos cruzadas sobre o peito. “A partir de agora, nós

vamos lidar com ela.”

Jesse franziu o cenho para Clay, que encontrou seu olhar francamente.

“Diga-me o que aconteceu esta noite.”

Ela virou a cabeça na pergunta do xerife. Fechou os olhos enquanto isso repassava em

sua cabeça.

Abriu os olhos e olhou para ele. “Kelly e eu tínhamos acabado de terminar uma das

exibições. Ouvi uma batida na porta. Pensei que era Nat. Distraída abri a porta sem pensar.

Ele entrou e me bateu contra o balcão.” Jesse olhou para o gesso em seu braço e estremeceu.

“Meu braço quebrou. Eu não pude lutar com ele.”

Sentiu os lábios de Clay em seu cabelo. “Tudo bem, bebê. Você está segura agora.”

“Eu gritei para Kelly correr, conseguir ajuda.”

Kelly avançou. “Peguei o celular de Jesse e corri em volta para chamar Jake. Ele tinha

afirmado que seu número estava programado em seu telefone. E Jake me disse para ligar se

precisássemos dele. Depois que liguei para Jake, corri de volta para tentar ajudar Jesse. Corri

bem na hora de ver Brian derrubá-la e chutá-la de lado.” Kelly estremeceu. “Ele a agarrou e

quando tentei tirá-lo dela ele me bateu para trás e tudo virou um inferno.”

O xerife fez mais algumas perguntas e quando todos tinham terminado de contar sua

parte na história, ele se levantou.

“Não vou ter nenhum problema para mantê-lo preso.” Ele olhou para Jesse. “Você só

se preocupe em ficar bem.”

Quando Jesse fechou os olhos, Clay viu o toque no olhar de Ace para cada um dos

homens e o gesto em direção à porta.

Os homens saíram atrás do xerife. Clay se inclinou perto de Jesse. “Só vou ter uma

palavra com Ace. Eu já volto.”

122
Lá fora no corredor Ace estava com as mãos nos quadris. Seus olhos já não pareciam

gentis como estavam enquanto questionava Jesse. Agora eles reluziam diamante duro.

“Nós temos um grande problema.”

“Sim,” Clay viu Rio acenar e esfregar a parte de trás do pescoço, a voz áspera. “Ainda

temos quem Brian enganou procurando seu dinheiro. Se ele arrastou Brian aqui, Jesse e Kelly

ainda estão em perigo.”

Clay assentiu. “Vou chamar Lucas. Vou ter ele e seus homens colocados no topo do

sistema de segurança de linha para as garotas. Eu e Rio vamos observá-los como falcões.”

“Boa ideia.” Ace concordou. “Mas todos nós precisamos ficar afiados. Vou ver se

consigo descobrir quem é este cara. Vamos estar mais bem preparados se soubermos quem é

ele e se podemos manter o controle sobre ele.”

Jake se recostou contra a parede e esfregou a mão no rosto cansado. “As garotas têm

trabalhado suas bundas durante toda a semana para deixar a loja pronta para abrir. Agora

está tudo em pedaços.”

“Vamos limpá-la. Quero fazê-lo antes de Jesse vê-la.” Clay olhou em direção à porta

do quarto de Jesse. “Não quero deixá-la sozinha, no entanto.”

Blade falou pela primeira vez. “Kelly foi inflexível sobre ficar aqui com Jesse esta

noite. Vou ficar e cuidar delas. Quando Jesse for liberada amanhã, vou levar as duas de

volta.”

Clay observou a mudança inquieta de Blade, passando a mão repetidamente pelo

cabelo e rosto. Seu amigo normalmente calmo e frio parecia qualquer coisa, menos isso. Sabia

que Blade odiava abusos contra uma mulher de qualquer forma, mas parecia que o

envolvimento de Kelly o tinha especialmente chateado.

Entendia como ele se sentia.

“Cristo, eu odeio isso,” Clay murmurou. “Não quero deixá-la.”

Uma enfermeira desceu pelo corredor levando uma bandeja cheia de medicamentos e

entrou no quarto de Jesse.

123
“Seja o que for que derem a ela provavelmente irá derrubá-la a noite toda de qualquer

maneira.” Jake bateu no ombro de Rio. “Venha, vamos dizer boa noite antes que a deixem

dopada. Vou levar Nat para casa e ajudá-los na limpeza.”

Clay e Rio trabalharam a noite toda. Enviaram Jake para casa várias horas antes para

ficar com Nat. No hospital ela discutiu sem sucesso quando as enfermeiras lhe pediram para

sair. Não queriam mais de uma pessoa com Jesse e ela sabia que Kelly precisava estar lá.

Quando disseram a Blade para sair, um clarão zangado os teve recuando.

Clay tinha chamado Lucas para instalar o sistema de segurança. Quando Lucas ouviu

o que tinha acontecido, ficou ultrajado. Dentro de uma hora ele chegou com seus dois

parceiros, Devlin e Caleb, e instalaram um sistema elaborado, trabalhando até tarde da noite.

Clay e Rio passaram o tempo limpando a bagunça na loja e ajudando com o sistema

de alarme. Quando a loja de ferragens abriu cedo na manhã seguinte, eles compraram uma

porta nova, que então teve que ser adicionada ao sistema de segurança. Também compraram

o material que precisavam para reconstruir as prateleiras que tinham sido danificadas.

Tiveram um monte de ajuda quando os homens ao redor da cidade souberam o que

tinha acontecido. Muitos pararam para ajudar e com tantas mãos, o trabalho foi rápido.

Quando Gracie apareceu com seus três adorados maridos com café e sanduíches para

todos, Clay e Rio olharam para eles com espanto.

“Gracie, você não precisava fazer isso,” Clay lhe disse com ternura.

“É para isso que servem os amigos.” Gracie sorriu para ele. “Estamos todos juntos

aqui. Vocês não apareceram quando a tubulação de água estourou no restaurante? Não

vieram e nos ajudaram a limpar toda a bagunça?” Ela olhou para Rio. “Agora, suponho que

você vai me dizer que os dois não sabem nada sobre todo aquele equipamento novo que

apareceu. Todo mundo nesta sala fez uma vaquinha para aquilo e nem um de vocês vai

admitir ou dar um centavo por isso.”

Ela olhou de volta para Clay. “Então, se eu quiser trazer um pouco de café e

sanduíches para alguns homens famintos, não quero ouvir nem mais uma palavra sobre isso.”

124
Garrett, um dos maridos de Gracie se adiantou. “Todos nós sabemos o que fizeram

por nós, e agradecemos por isso mais do que vocês podem imaginar. Teríamos ficado fora do

mercado sem esse equipamento.”

Drew, outro de seus maridos, assentiu. “Sabemos que há um grande número de

pessoas na cidade com dinheiro para queimar, mas nem um de vocês nunca foi esnobe com

isso. Vocês sempre estão lá para ajudar.” Ele olhou para Clay. “Isso é uma coisa tão pequena

para fazer, e nos sentimos tão mal com o que aconteceu com as mulheres.”

Finn, o terceiro marido de Gracie, começou a distribuir o café. “Estamos ficando

moles. Precisamos manter uma vigilância maior em nossas mulheres.” Ele olhou para sua

esposa. “Talvez devêssemos colocar coleiras nelas.”

É claro que Gracie disse a ele o que deveria fazer com sua coleira, eficazmente

aliviando a tensão e todos riram enquanto tomavam o café da manhã.

“Você vai estar na casa do cachorro agora,” Clay ouviu Rio murmurar baixinho para

Finn.

“Sim,” Finn concordou, não parecendo muito preocupado. “Mas conheço nossa

mulher bem e sei como sair da casinha.” Ele bateu nas costas de Clay. “Agora que você e Rio

encontraram sua mulher, você vai ver o que quero dizer. Depois que ela não estiver mais

louca, eu digo que foi apenas um pequeno mal-entendido.” Ele olhou por cima do ombro

para sua esposa e baixou a voz, “Vocês vão descobrir o quanto é divertido irritar sua mulher e

conseguir que ela te perdoe.”

Jake falou atrás deles. “Finn, você não acha que Clay e Rio têm o suficiente para fazer

para conseguirem ficar fora da água quente que eles já estão sem lhes dar conselho de como

fazer para entrar em mais dificuldades?”

Finn riu. “Uma mulher com temperamento faz valer a pena viver a vida. Deixá-la

louca adiciona tempero à vida.”

Rio se inclinou e sussurrou. “Gracie ouviu isso.”

Finn ficou branco. “Foda-se.”

125
Clay, Rio e Jake caíram na gargalhada quando Finn olhou por cima do ombro para

sua esposa franzindo a testa.

“Vamos ver o quão picante sua vida vai ser quando você estiver dormindo no sofá,”

Gracie replicou.

Garrett avançou. “Você já fez isso de novo, Finn. Juro que Drew e eu passamos

metade de nossas vidas tentando tirá-lo de problemas. Você continua e tenta sair disso você

mesmo dessa vez.”

Garrett sacudiu a cabeça. “Vai ser um longo dia no restaurante com esses dois.” Seus

olhos se deslocaram entre Clay e Rio. “Pensei que vocês dois tinham despejado aquela garota

doce e quis bater nos dois. Quando Jake explicou o que tinha acontecido, bem, deve ter doído

como o inferno pensar que ela queria outra pessoa.”

Ele suspirou. “Não sei o que eu teria feito se isso tivesse acontecido conosco. Vocês,

rapazes, vão ter que trabalhar muito para ter a confiança dela de volta, e deixe-me lhes dizer,

isso não vai ser fácil.”

Ele olhou para sua esposa de quase trinta anos e fez uma careta. “Faça um favor a si

mesmos e a deixe saber o quanto ela significa para vocês. Não tentem esconder o que sentem

por ela. Se vocês ainda não lhe disseram que são loucamente apaixonados por ela, faça-o.”

Clay assentiu. “Obrigada. Por tudo.”

O celular de Clay tocou enquanto ele observava Garrett se afastar.

“Vamos sair em poucos minutos.” Blade parecia cansado.

“Leve-as para o rancho. Estamos quase terminando aqui. Rio ou eu voltamos depois e

terminamos, mas quero que Jesse vá direto para a cama quando chegar lá.”

Os homens na sala ouviam atentamente a conversa e assentiram em acordo.

“Uh, não acho que Jesse vai gostar disso.” Blade riu. “Tem um temperamento bom

acontecendo aqui.”

Clay sorriu. “Nunca te vi intimidado com o temperamento de uma mulher antes.” Ele

ouviu as risadas dos outros.

126
“Oh, não é comigo que ela está puta.”

“Ótimo. Melhor me livrar disso tudo desde o início. Como está ela?”

“Dolorida e cansada, e tentando muito duro não demonstrá-lo,” Blade respondeu

baixinho. “E ela quer voltar para o apartamento.”

Clay ficou sério. “Você sabia que ela está dormindo em um catre, porra? Como diabos

ela poderia melhorar dormindo em um catre? Ela está toda machucada! Costelas trincadas,

um braço quebrado. Não tem nenhuma maneira de que vamos deixá-la ficar nesse

apartamento. Ela pode ficar com a gente. E a Kelly também. Não a quero aqui sozinha.”

“Kelly quer voltar para o apartamento.” Blade suspirou. “Ela quer que tudo fique

pronto antes de Jesse ter a chance de ver quantas coisas se quebraram. Já colocaram o sistema

de alarme?”

“Sim, e é uma beleza,” Clay respondeu com um olhar para Lucas. “Um rato não

poderia entrar sem dispará-lo.”

“Ótimo. Aqui vamos nós. Vejo você daqui a pouco.”

Todos deixaram a loja, Clay e Rio só tiveram o tempo suficiente de voltar ao rancho e

tomar banho antes de Blade chegar.

Kelly estava sentada na frente com Blade, um olhar de pedra no rosto; e Jesse estava

enrolada no banco traseiro.

Jesse se agitou quando o grande SUV parou, e piscou quando viu Rio abrir a porta

para pegá-la. Ainda grogue, sentiu-se ser gentilmente erguida e retirada do caminhão.

“Estamos em seu rancho. Pare.” Ela lutou, e então congelou quando a dor esfaqueou

seu lado.

“Não adianta lutar contra nós, querida. Você está aqui e vai ficar aqui.” Rio entrou na

casa e seguiu rapidamente para o quarto.

“Não quero ficar aqui.” Seus olhos procuraram Blade, mas ele só sacudiu a cabeça.

“Seus homens vão cuidar de você. Você vai estar segura aqui para curar.”

“Eles não são meus homens. Quero voltar para o apartamento com Kelly.”

127
“Para dormir em um fodido catre?” Rio rugiu.

Clay olhou para seu irmão. “Kelly pode ficar aqui, também,” disse enquanto se

ajoelhava para tirar seus sapatos.

“Não, eu quero ir para o apartamento.” Kelly escovou os homens de lado e segurou a

mão ilesa de Jesse na sua. “Tenho o carro que você comprou. Virei visitá-la. Blade disse que

Clay e Rio instalaram um sistema de segurança em todo o prédio. Clay e Rio, e um monte de

outras pessoas passaram a noite toda lá limpando o lugar.”

Os dois homens encontraram o olhar de Jesse calmamente.

“Por que vocês fariam isso?”

Clay cruzou os braços sobre o peito. “Você é nossa, e protegemos o que nos pertence.

Você pode lutar sobre isso tanto quanto quiser, mas é isso mesmo.”

“Quero terminar de instalar tudo e trabalhar para conseguir mais coisas feitas antes

de abrirmos,” Kelly continuou, empurrando a atenção de Jesse de volta para ela.

“Você cuidou de mim por tanto tempo, Jesse. Por favor, deixe-me terminar de colocar

a loja pronta, enquanto você se recupera. Por favor, deixe-me fazer isso por você.”

Jesse sabia que Kelly precisava estar em seus próprios pés e qualquer argumento que

fizesse só iria soar egoísta, mas ela se sentia apreensiva com Kelly estar lá sozinha.

“Eu ainda deveria estar lá para que você não fique sozinha.”

Kelly levantou uma sobrancelha interrogativamente. “Com que rapidez você acredita

que vai se curar tentando dormir naquele catre? Sei que você não vai aceitar minha cama.

Além disso, você sabe como fico distraída quando estou na sala de trabalho. E se precisar de

mim e eu não ouvi-la? E se eu não prestar atenção ao tempo e você ficar muito tempo sem

tomar seu remédio para dor? Nunca me perdoaria se você passasse horas com dor porque me

distraí.”

Ela sacudiu a cabeça. “Nunca conseguiria fazer nada se estivesse preocupada com

você. Se ficar aqui, Clay e Rio poderiam cuidar de você. Eles podem levá-la para que não se

128
machuque, e vão se certificar de que você esteja alimentada e confortável. Pode apostar que

vão ter certeza de que você tome seu medicamento para dor na hora.”

Jesse viu a carranca de Clay. “Acho que você ainda deveria vir aqui para dormir. Se

quiser passar seus dias na loja, tudo bem, mas não gosto da ideia de você lá sozinha à noite.”

“Vou cuidar dela.” Blade encontrou os olhos de Kelly zombeteiramente.

“Não preciso que você cuide de mim.”

Rio balançou a cabeça. “Jesse é nossa e você está com Jesse, assim você é nossa

também. Ou você escuta Blade e o deixa cuidar de você ou você vai voltar para cá a cada noite

escura, ainda que um de nós tenha que arrastá-la chutando e gritando. Você sabe muito bem

que vamos fazer isso.”

“Bem, como vai ser, Kelly?” Blade perguntou presunçosamente.

“Kelly,” Jesse mal podia manter os olhos abertos. “Não vou poder descansar

confortavelmente se estiver preocupada com você. Você não querer que eu perca o sono e não

me cure mais rápido porque estou com medo de que algo possa acontecer com você, não é?”

Quando Kelly suspirou, Jesse sabia que tinha ganhado. “Tudo bem. Blade pode

cuidar de mim.”

“Você vai ouvi-lo. Não é mesmo Kell?”

“Sim, Jesse.”

“Obrigada, mel. Assim que eu me sentir melhor, um par de dias no máximo, eu

volto,” Jesse sentiu o sono começar a colhê-la.

“É claro que você vai,” Ela ouviu Kelly dizer e dormiu.

Clay deixou Kelly desempacotar as coisas de Jesse que tinham trazido do

apartamento e saiu para se juntar a Rio e Blade.

Olhou para Blade. “Lucas está esperando para falar com você. Ligue para ele

encontrá-lo e explicar o sistema pra você e Kelly.” Clay lhe entregou um pedaço de papel

dobrado. “Aqui está o código para entrar.”

129
Ele alcançou no bolso da camisa e tirou um quadrado preto fino, esfregando o polegar

sobre a superfície lisa enquanto olhava para Blade.

“Você está tão louco por Kelly quanto parece?”

“Cristo, sou tão transparente?” Blade resmungou com desgosto.

“Só para alguém que se sente do mesmo jeito por uma mulher.”

“Sim,” Blade assentiu. Ele raspou a mão pelo cabelo comprido. “Aqui estou eu, um

Dom pelo amor de Cristo, e por qual tipo de mulher me apaixono? Uma que foi fisicamente e

emocionalmente abusada. Uma que tem medo de homens. Ela não vai sequer me deixar tocá-

la. Isso não é um chute na bunda?”

Clay colocou a mão no ombro de Blade. Para um homem como Blade, que sempre

tinha sido muito bonito para seu próprio bem, e que tinha as mulheres sempre se jogando

para ele, lhe implorando para ser seu Dom, apaixonar-se por uma mulher que tinha medo de

seu toque era simplesmente pura ironia.

“Bem, você sempre gostou de um desafio. Este deve mantê-lo na ponta dos pés,” Rio

disse a Blade, rindo.

“Não ria.” Blade bateu no ombro de Rio. “Você tem seu próprio desafio pela frente.”

Clay viu Rio ficar sério. “Se isso não é verdade. Homem, as mulheres não

costumavam dar tanto trabalho.”

Clay considerou seu irmão e o bom amigo. “Sim, mas quando elas se envolvem ao

redor de seu coração, elas valem a pena, o que for preciso.”

Quando Rio e Blade assentiram Clay estendeu o quadrado preto para Blade.

“O que é isso?” Blade olhou para o quadrado e de volta para Clay.

“É um controle remoto que irá alertá-lo quando a segurança tiver sido violada no

prédio das mulheres. Eu e Rio temos um e quando vi o jeito como você olhava para Kelly,

peguei com Lucas outro programa para você.”

“Obrigada.” Blade considerou o quadrado pensativo. “Vou checar com Ace depois

que deixar Kelly. Quero saber onde esse Simon está também.”

130
Clay assentiu sombriamente. “Com Brian na prisão, pelo menos não temos que nos

preocupar com ele. Eu também tenho Lucas nisso se você quiser verificar com ele, também.”

“Eu passarei por lá, também. Vamos nos manter comunicando, certo?”

“Absolutamente.” Rio concordou.

“Não quero que as mulheres fiquem sabendo sobre isso. Não quero que elas se

preocupem,” Clay adicionou.

Os outros concordaram, mas não tiveram a chance de dizer nada, pois Kelly saiu pela

porta da frente.

“Estou pronta para ir,” ela disse a Blade, não encontrando bem seus olhos. Virou-se

para Clay e Rio. Seus olhos se estreitando enquanto cutucava o peito de Clay. “É melhor você

cuidar bem de Jesse. E consertar o que vocês fizeram com ela.”

“Nós vamos. Eu prometo,” Clay lhe disse, beijando sua testa. “Não se preocupe com

isso. Foi apenas um mal-entendido.”

“Vocês quebraram seu coração,” Kelly rebateu. “Nunca a tinha ouvido feliz antes.

Nunca pensei vê-la assim.”

Uma lágrima escorreu de seus olhos e ela apressadamente a afastou e apontou

furiosamente para ele e Rio.

“Vocês tragam isso de volta.”

131
Capítulo 12

Jesse não conseguia se lembrar de jamais estar tão confortável em sua vida. Ao longo

de suas objeções, Clay e Rio a tinham despido e banhado, até lavaram e secaram seu cabelo, o

tempo todo cuidando para manter o gesso seco e cauteloso com seus outros ferimentos.

Seus olhos endureceram quando viram os hematomas por todo seu corpo enquanto

cuidavam dela.

Ela usava uma de suas enormes camisas de algodão leve, que permitia que o gesso

deslizasse pela manga. Apoiando-a em uma montanha de travesseiros, eles a alimentaram

com ovos mexidos e torradas, até mesmo tinha o suco de maçã que ela amava, antes de lhe

dar a medicação para dor que o hospital tinha enviado para casa com ela.

Eles a instalaram, certificando-se de que ela estava confortável, e então pairavam

sobre ela, estendendo-lhe a mão a cada vez que se movia.

“Dói em algum lugar, bebê?” Clay estendeu um cobertor leve sobre ela. “Está com

frio?”

“Estou bem,” Jesse arrastou por cerca da centésima vez.

132
Rio se inclinou para escovar o dedo levemente sobre seus lábios ainda inchados, seus

olhos cheios de pesar.

“Você entende por que a deixamos ir, Jesse? Que foi o que pensamos que queria?”

Eles lhe disseram tudo o que tinham ouvido e sentido quando escutaram sua

conversa com Kelly ao telefone.

“Eu entendo;” Jesse disse cansadamente. Ficando cada vez mais difícil manter os

olhos abertos.

“Então você sabe que te amamos?” Rio perguntou.

Clay ergueu sua mão boa. Virando-a, beijou a palma, mantendo os olhos nela. “Nós

dois te amamos muito, tanto que quase nos matou deixá-la ir. Sofremos muito quando

pensamos que tinha nos traído.”

“Vocês não confiam em mim. Não podem me amar.” Ela lutou para ficar acordada.

Tinha que fazê-los entender, mas concentrar-se era difícil. “Não posso mais amá-los. Vocês

me deixarão fraca.”

Clay olhou para seu irmão em frustração. O medicamento para dor a tinha dopado

com nada resolvido entre eles. Ela não os deixaria perto dela novamente.

“Que porra ela quis dizer com isso,” Rio perguntou furiosamente. “Como diabos

vamos deixá-la fraca?”

“Não faço a menor ideia, mas enquanto está aqui com a gente, ela não pode muito

bem se levantar e partir. Vamos ter que usar esse tempo para tentar consertar o que fodemos

antes que ela tenha a chance de se curar e ir embora.” Clay se levantou e colocou o cobertor

firmemente ao redor dela, o amor que sentia por ela fazendo um nó em sua garganta.

“Enquanto ela está dormindo é melhor verificarmos com Ace e Lucas, ver se têm alguma

notícia para nós. Quero encontrar Simon e o cara que Brian enganou. Talvez Ace tenha

conseguido isso dele.”

“Espero que sim.” Ouviu Rio dizer e se virou para ver seu irmão tocar os lábios na

testa de Jesse antes de se virar e segui-lo. “Também precisamos verificar com Blade e um de

133
nós tem que ir até lá e ver como Kelly está passando, ver se algo precisar ser feito. É a

primeira coisa com a qual Jesse vai se preocupar quando acordar.”

“Eu vou,” Clay disse quando entraram na cozinha. “Vou parar e ver Ace e tentar ter

uma conversa com seu prisioneiro, ver se descobrimos qualquer coisa. Você chama Lucas e vê

o que ele conseguiu. Vou parar e ver Kelly e me certificar de que ela está bem e se precisar

mover alguma coisa. Se Blade não estiver lá, vou parar para vê-lo também.”

Ele olhou na direção do quarto onde Jesse dormia. “Você cuida dela. Ela pode tomar

outra pílula para dor em quatro horas, se acordar. Devo estar de volta até lá, mas —”

“Acho que posso conseguir cuidar dela,” Rio fez uma carranca enquanto abria a

geladeira. “Compre um pouco mais de suco de maçã, enquanto estiver na cidade. Jesse

certamente ama essa coisa e o médico disse que o remédio para dor pode fazê-la ter sede.”

“Vou comprar caminhões da maldita coisa se mantê-la aqui,” Clay disse para Rio

sombriamente enquanto pegava as chaves e saía.

*****

Os próximos dias passaram rapidamente. Jesse dormiu bastante e sabia que devia sua

cura rápida a Clay e Rio. Eles a assistiram constantemente e fizeram com que ela comesse e

tomasse o remédio e, geralmente cuidavam dela.

Embora tivessem tentado várias vezes levá-la a conversar sobre seu relacionamento,

ela se recusou terminantemente a discutir o assunto.

Quando eles pairavam sobre ela como se fossem uma criança que ela tinha tornado

frustrada e ralhado com elas. Pareciam tão mal que ela se desculpava e cedia. Apenas

reforçava sua crença de que se os deixasse alcançá-la, ela se tornaria fraca, totalmente

dependente deles para tudo.

Tinha composto sua mente anos atrás, que nunca se colocaria nessa posição de novo.

134
Eles a levaram ao médico local para fazer sua consulta, levando-a para o caminhão

contra suas objeções. Estar com um homem grande, quanto mais dois homens grandes,

significava que eles tendiam a ganhar a maioria dos argumentos simplesmente a erguendo e

colocando onde quer que eles queiram que ela fosse.

“Ouça,” ela lhes disse a cominho do consultório médico, “Sou perfeitamente capaz de

andar. Se me levarem para o consultório, vocês vão me envergonhar.”

“Por quê?” Rio perguntou franzindo a testa.

“Porque,” ela suspirou. “Eu não sou impotente.”

“Ninguém nunca disse que você é impotente, bebê,” Clay assinalou. “Mas, você está

ferida. Por que não deveríamos tentar ajudá-la quando podemos?”

“Mas, eu deveria andar. Vou me curar mais rápido se eu andar.” Ela levantou uma

sobrancelha. “Vocês querem que eu fique melhor, não é?”

“É claro que queremos que fique melhor;” Clay estalou. “Se o médico disser que você

deve estar andando por aí, então você vai andar por aí. Até lá, vamos levá-la onde quer que

você precise ir.”

“Não mais me levando para o banheiro.” Jesse olhou para ambos belicosamente.

Rio arqueou uma sobrancelha. “Bem, acho que vai depender do que o médico disser,

não é mesmo?”

Jesse revirou os olhos, mas não teve escolha quando Rio a levou para o consultório. O

médico sorriu quando os viu entrar com ela, mas, aparentemente, não pensou nada deles

carregando-a.

Sozinha no quarto, ela tirou a roupa e vestiu a camisola que a enfermeira tinha lhe

dado para o exame. Quando o médico entrou no quarto, ela não pôde deixar de se perguntar

por que ele não parecia surpreso que ela tinha sido carregada para dentro.

O médico gentilmente riu. “Tenho praticado medicina nesta cidade por quase vinte

anos. Você não faz ideia da distância que os homens desta cidade vão quando uma de suas

mulheres está doente ou ferida.” Ele sorriu e se inclinou em direção a ela; conspiratório. “Veja

135
isso.” Ele se inclinou para trás e falou em seu tom normal. “Bem, minha jovem, o que você fez

para si mesma?”

A porta se abriu e Clay e Rio entraram na sala, olhando ansiosos. O médico encontrou

a carranca de Jesse com uma piscada.

“Ela está bem, Doutor?” Clay avançou para ficar ao lado da cabeça de Jesse.

“Não tive a chance de examiná-la toda ainda. Vocês dois vão ficar?”

“É claro que vamos ficar. Teríamos estado aqui antes, mas a enfermeira nos emboscou

com a papelada.” Rio se sentou na única cadeira na sala, movendo-a para poder ver.

Após o exame, no qual o médico disse que ela deveria estar andando cada vez mais,

graças a Deus, Clay e Rio ficaram para ajudá-la se vestir. Eles haviam perseguido o pobre

médico por tudo, fazendo tantas perguntas que ela pensou que ia morrer de vergonha.

O médico considerou aquela superproteção com uma indiferença que a pasmava. Se

ele não via nada de incomum nisso, os homens desta cidade deveriam ser mais

superprotetores do que ela havia dado crédito.

Irritava-a que uma sensação de calor se enraizasse em seu coração com essa atitude

protetora, mesmo que fervesse que eles achassem que era indefesa e com necessidade de ser

protegida.

Que droga estava acontecendo com ela que deveria sentir-se calorosa só porque eles a

tratavam como se ela precisasse ser mimada?

Tinha comprovado mais e mais através dos anos que podia cuidar de si mesma, não

tinha? Por que então, sentia esse calor interior quando esses dois homens, seus amantes,

tomavam tal cuidado com ela?

Ficou pensando nisso enquanto se dirigiam para a loja. Ela os tinha convencido de

que precisava ir e que pediria Kelly ou Nat para vir buscá-la se eles não a levassem.

Depois de olhar um para o outro com resignação, eles cederam.

136
Quando pararam na frente da loja, Jesse saiu e olhou para a nova placa. O nome da

loja era Indulgences. Seria aberta na próxima semana e Jesse queria voltar para lá. Nem Clay

nem Rio permitiram que ela viesse aqui até que o médico desse o ok.

Kelly sorriu quando a viu e Jesse percebeu a diversão de sua amiga em Clay e Rio

pairando.

Jesse olhou por cima do ombro para seus homens. “Vamos estar lá atrás por um

tempo. Por que vocês não vão para casa? Obrigada por tudo. Vou ficar bem agora.”

Rio franziu o cenho enquanto Clay avançava. “Se você acha que não vai voltar para

casa com a gente, você está redondamente enganada, querida. Vamos esperar aqui. Você não

deveria estar fora por muito tempo hoje de qualquer maneira. Vamos trazê-la de volta

amanhã.”

Jesse soltou um suspiro frustrado e se virou para se juntar a Kelly lá atrás,

estremecendo quando suas costelas protestaram.

“Você não está tão curada quanto gosta de acreditar,” ouviu Clay dizer atrás dela.

“Estaremos esperando. Não tome muito tempo,” Rio advertiu. “Você não está forte o

suficiente para fazer muita coisa.”

Quando Jesse bufou e entrou na parte de trás, os homens perambularam pela loja

olhando todos os pequenos frascos delicados. Clay não podia afirmar estar inteiramente

confortável em torno de todas essas garrafinhas, mas algumas ele reconheceu das coisas de

Jesse em seu banheiro.

Observou quando Rio começou a pegar os frascos de amostra em exibição.

“Clay, olhe o que achei.” Ele sorriu maliciosamente.

“O que é isso?” Clay se aproximou e pegou o frasco que Rio lhe entregou.

“É óleo de massagem de pêssego perfumado e saboroso.”

“Sério?” Clay inspecionou o pequeno frasco de amostra, abrindo a tampa para cheirar

o óleo e sorriu. O cheiro de pêssegos agora sempre lhe deixava com tesão.

137
Olhou para seu irmão. “Depois do que Jesse passou, tenho certeza que uma

massagem de corpo inteiro ia fazê-la se sentir melhor.”

“Absolutamente.” Rio olhou em volta até que encontrou uma oferta do óleo

perfumado na prateleira. “É melhor termos alguns extras. Você nunca sabe quando pode

precisar deles.”

“Verdade.” Clay virou um dos frascos para ver o preço discretamente na parte

inferior. Contando o dinheiro, ele colocou ao lado da caixa registradora enquanto Rio

colocava sua compra em uma das sacolas púrpuras brilhantes no balcão.

Jesse voltou para a sala da frente e não confiou nos sorrisos no rosto de Clay e Rio.

Seus olhos se estreitaram. Ela sabia que esses sorrisos normalmente significavam problemas.

E franziu a testa quando viu a sacola na mão de Rio.

“O que é isso?”

“Você fez sua primeira venda, querida,” Ele apontou para o dinheiro perto da

registradora. “Seu material é tão bom que se vende sozinho.”

“O que aconteceu? Você ficou sem o creme lilás cheiroso para as mãos?”

“Não, querida. Sou louco pelo material de pêssego.” Ele balançou as sobrancelhas

sugestivamente.

“Idiota,” ela murmurou e viu o sorriso de Clay.

“Pronta para ir?”

“Vou ficar aqui.”

“Não, Jesse. Você não vai.”

“Ouça; vocês dois. Este é o lugar onde moro e vou ficar. Agradeço tudo que fizeram

por mim, mas já é hora de voltar para cá com Kelly.”

“Então você pode dormir em um catre?” Clay trovejou. “Você vive com a gente

agora.”

138
“Vocês me disseram que me deixaram ir antes porque pensaram que era o que eu

queria.” Jesse acenou com o braço bom para ele furiosamente. “Agora que estou lhes dizendo

que quero ir, vocês não deixam. O que há com vocês dois?”

Clay começou a avançar, mas Rio estendeu a mão e se moveu para ela ao invés.

“Querida, pensamos que você amava outra pessoa. Há uma grande diferença em

deixar alguém ir quando você a ama e quer que seja feliz e deixar alguém ir porque é muito

teimosa para perceber que está lutando contra algo que não precisa ser combatido.”

Sentiu as mãos suaves em seu cabelo e seus olhos segurarem os dela. “Nós te amamos

querida, e sabemos que você nos ama.” Quando abriu a boca para falar, ele colocou um dedo

em seus lábios, silenciando-a. “Você ainda não está pronta para admitir isso, mas sabemos

que é exatamente o mesmo. Você ainda não está pronta para nos perdoar pela maneira como

te machucamos. Sabemos disso e vamos esperar pelo tempo que levar para você resolver isso

nessa sua cabeça dura.” O dedo traçou seus lábios. “A única coisa que não vamos fazer é

deixá-la ir de novo. Você vive com a gente agora, e é lá que vai ficar.”

“Vocês não podem me obrigar!”

“Pode apostar que sim.” Clay avançou e não parou até que estava a apenas alguns

centímetros longe e baixou o rosto no dela.

“Vou levá-la daqui sem suar a camisa.” Ele colocou o dedo em seus lábios como Rio

tinha feito quando ela começou a falar. “Se você vai discutir sobre isso toda vez que a

trouxermos aqui, você não vai voltar.”

“Você não pode me impedir de vir a minha própria loja.”

“Você sabe melhor do que isso, Jesse. Posso e vou. Inferno, eu posso ter esta loja

fechada se quiser.”

Ele suspirou. “Bebê, sei que eu e Rio estragamos tudo. Se não te amássemos tão

malditamente tanto, que nos apavorou que você quisesse partir, não teríamos agido da

maneira que fizemos.”

A mandíbula de Jesse caiu e ela rapidamente estalou-a fechada.

139
“É apenas sexo,” ela gaguejou.

Clay olhou para ela por vários momentos, então assentiu como se chegasse a uma

decisão. “Se isso é tudo que você vai nos dar por agora, vamos aceitá-lo.”

Jesse ofegou quando Clay a ergueu.

“Mas…” ela começou.

“Você disse isso querida,” Rio lhe disse com uma piscada para Kelly, que estava na

porta sorrindo de orelha a orelha. “Vamos aceitar o sexo por agora, mas não vamos parar até

que tenhamos tudo.”

Acomodada entre Clay e Rio a caminho do rancho, Jesse não pôde deixar de se

lembrar da primeira noite que a tomaram lá.

Ela tremeu, lembrando-se de como se sentiu e o que tinham feito para ela naquela

noite. Tinham feito muito mais desde então. Só de estar ao redor deles deixava-a fraca com

saudades. Seus nervos zumbiam logo abaixo da superfície de sua pele quando chegavam

perto, acariciando-a com calor ao som de suas vozes.

O cheiro de suas peles fazia seus mamilos endurecerem e sua boceta apertar antes

mesmo de a tocarem. Isso ia muito além do querer. Eles a faziam se sentir viva de um jeito

que nunca sentira antes. Excitava-a e assustava até a morte.

Quando ela estava no catre todas aquelas noites, pensando neles, tinha chegado a

uma compreensão, algo que não conseguia falar ainda.

Amá-los a abrira para uma dor que tinha pensado nunca superar. Não se deixara

abrir a ninguém, exceto Alex e Nat, e até certo ponto Kelly, por tanto tempo que quase

esquecera a dor de fazê-lo.

Tinha jurado para si mesma nunca permitir que isso acontecesse de novo e ainda

assim tinha. Não conseguia manter as barreiras que Clay e Rio pareciam determinados a

destruir. Temia que amá-los lhe trouxesse mais dor do que jamais pudesse imaginar, mas eles

continuariam a derrubar as barreiras, até que ela não tivesse outra escolha além de lhes dar

tudo.

140
A forma como eles a mimavam, deixava-a preocupada. Como poderia sobreviver se

eles não a deixassem cuidar de si mesma? Claro, era agradável ter um ombro para se apoiar

quando precisava, mas não queria estar sempre apoiada em alguém. Poderia fazê-los

entender que precisava ser dona de si mesma, e não apenas alguém colocada em uma estante

envolta em algodão e tirada para jogar com eles sempre que desejarem?

Sabia que precisavam conversar, mas não podia. Não ainda.

Sexo. Seria isso. Dessa vez, prometeu a si mesma, não ia permitir que eles rasgassem

essas barreiras tão freneticamente reconstruídas. Afinal, como podia confiar que eles não a

dispensariam novamente?

Se eles queriam sexo, tudo bem. Por que diabos não? Eram ótimos na cama. Deus

sabia que tinha respondido a eles como nunca a qualquer outro. Não tinha tido orgasmos em

seus últimos vinte anos de casamento. Escondeu um sorriso. Não tinha mais esse problema.

Daria a eles seu corpo, mas não cometeria o erro de lhes dar mais que isso.

Mesmo antes de a dispensarem, não tinha havido nenhuma conversa de algo mais

permanente. Tudo bem. Se eles queriam sexo, isso era tudo que iam conseguir.

Quando chegaram ao rancho, ninguém falou quando entraram na casa. Jesse foi

direto para o quarto e começou a se despir.

Clay entrou no quarto com uma pilha de toalhas que começou a espalhar na cama.

Rio olhou dentro da sacola que tinha trazido da loja, tirou um dos frascos e abriu.

Óleo para massagem.

Jesse reconheceu o frasco. Nua, seu corpo zumbiu de excitação. Quando terminaram

suas tarefas, ambos a olharam enquanto tiravam as botas e as camisas antes de se aproximar.

Eles a ajudaram a deitar de bruços na grande cama. Agora sabia por que tinham

colocado as toalhas. Eita, quanto óleo eles planejavam usar?

Estabeleceram seu braço engessado sobre um travesseiro e escovaram seu cabelo de

lado.

141
Ela estremeceu. Seus mamilos já estavam seixosos, sua boceta molhada quando seu

corpo reconheceu seus amantes e sabia que um prazer indescritível estava vindo em breve.

Sentiu a primeira gota de óleo no topo de sua espinha descer até suas nádegas.

Quatro mãos fortes massagearam o óleo nos músculos apertados de suas costas, firmemente

persuadindo a tensão fora deles. Jesse podia sentir seus músculos doloridos relaxarem e

gemeu quando ficaram negligentes.

A sensação de sua pele sendo tão apertada, os espinhos de faíscas onde quer que eles

toquem, fazendo um grande contraste com a maneira como seus músculos se tornavam tão

soltos que se sentiam quase fluidos.

Mais óleo escorreu de suas coxas até os tornozelos. Sentiu as mãos calejadas de Clay e

Rio quando esfregaram o óleo em seus pés.

Eles a relaxavam e atormentavam ao mesmo tempo. Despertando-a pouco a pouco,

uma jornada lenta e constante, mas ao mesmo tempo mantendo-a tão solta que ela não podia

fazer nada além de render-se.

Tentou apertar as pernas juntas para aliviar a dor opressiva que se instalara em sua

boceta, mas eles as mantiveram separadas, massageando suas panturrilhas e segurando-as

firmemente na posição que queriam.

Fazendo seu corpo dolorido cantar com prazer enquanto trabalhavam as dores e as

substituíam com formigamentos de prazer destrutivo.

Sua boceta chorava, ela já gemia continuamente quando alcançaram suas coxas. As

mãos fortes acalmando o óleo nela. Grunhiu quando eles massagearam suas coxas internas.

Abrindo suas pernas ainda mais.

Quando sentiu as bochechas de seu traseiro sendo massageadas e espalhadas, não

conseguiu conter um ofego. O óleo escorreu sobre seu ânus e ela gemeu quando o sentiu

sendo massageado suavemente em sua abertura apertada. Ficou tensa quando experimentou

a sensação sempre surpreendente, e sempre proibida do plug sendo lentamente empurrado

dentro dela.

142
“Relaxe, bebê. Lembre-se de como é bom.”

A massagem continuou em suas nádegas e coxas, e Jesse não conseguia manter-se de

relaxar os músculos sob essas mãos talentosas. Cada vez que relaxava um pouco mais, eles se

aproveitavam e empurravam o plug ainda mais dentro de seu ânus apertado.

Sentia seu corpo ceder enquanto a coisa entrava nela, a sensação de plenitude fazendo

os músculos em seu ânus e boceta apertar e seu clitóris pulsar. Quando a parte mais larga do

plug passou o anel apertado de músculos, ela se contorceu, tentando esfregar seu clitóris

latejante contra as toalhas, mas eles seguravam suas coxas muito abertas para ela conseguir o

que queria. Sentiu o plug estreitar e a base firmemente ser empurrada contra ela quando

entrou totalmente.

“Esta é minha menina,” Clay sussurrou, e continuaram a massagem em seu traseiro e

coxas.

“Por favor,” Jesse choramingou. Sentir-se tão completamente relaxada e ainda tão

tensa ao mesmo tempo, tornava difícil respirar.

Sentia-se como nada que já tinha experimentado, seu corpo perdido em uma onda de

prazer que a deixava frouxa e trêmula, tão desossada que não tinha forças para se mover. Seu

ânus e boceta ardiam, os sucos de sua vagina fluíam enquanto seu ânus apertava o plug. Seus

mamilos estavam duros e tão sensíveis que o atrito da toalha quase a mandou ao orgasmo.

E seu clitóris, oh, Deus, seu clitóris pulsava com a necessidade de ser acariciado. Sabia

que apenas um toque a mandaria em órbita.

“Estamos te agradando, querida.” Mãos ternas a viraram, fixando seu braço direito

cuidadosamente de volta sobre um travesseiro ao seu lado.

Jesse fechou os olhos contra a sensação do óleo sendo despejado sobre seus seios.

Com o braço bom, ela tentou alcançá-los, e esfregar os mamilos sensíveis sentindo falta da

estimulação da toalha, mas Clay segurou sua mão antes que pudesse alcançá-los e beijou os

dedos antes de baixar seu braço de volta para a cama.

143
“Não, bebê. Apenas fique quieta. Vamos fazer todo o trabalho. Vamos fazê-la se sentir

bem.”

Ela abriu os olhos quando Rio começou a massagear o óleo em seus seios, roçando os

mamilos duros como seixos. Ela arqueou automaticamente em sua carícia, e viu a labareda

em seus olhos.

Ela viu Clay se mover abaixo na cama e entre suas coxas, deslocando os ombros

largos para abri-las ainda mais. Seus olhos trancados nos dela enquanto baixava a cabeça.

“Já faz muito tempo desde que saboreei a boceta de minha mulher. Vou devorar cada

gota desse suco doce.” Ele deslizou um dedo ao longo da fenda e na abertura de sua boceta.

“Quando ele terminar,” Rio rosnou, forçando-a a olhar para ele, “será minha vez.”

Os olhos de Jesse tremularam fechados quando sentiu a boca de Clay nela. Teria se

debatido, mas a mão de Rio a manteve quieta enquanto ela gozava quase que imediatamente.

“Oh, Deus, o que vocês estão fazendo comigo?” Ela lamentou.

Rio inclinou para lamber um mamilo aromatizado de pêssego. “Amando você,

querida, apenas te amando.”

A atenção de Rio ficou em seus seios. Ele esfregou, e beliscou, e amamentou,

elogiando sua resposta às ministrações dele e de Clay, murmurando o quanto ele tinha

aprendido a amar pêssegos.

Clay usava sua boca diabólica nela incansavelmente, parecendo determinado há

recuperar o tempo perdido. Quando sua atenção se mudou para o clitóris, Jesse soluçou

entrecortadamente quando ele forçou outro orgasmo nela.

“Não mais, por favor. Não posso aguentar mais.”

Clay ergueu a cabeça. Ela viu como ele lambia os lábios, ainda brilhantes com seus

sucos.

“Você é deliciosa, bebê.”

“Minha vez.” Rio se moveu rápido para o final da cama e cutucou Clay de lado.

“Espero que você tenha deixado um pouco para mim.”

144
“Faça o seu próprio irmãozinho.”

Clay riu enquanto tomava o lugar em seus seios. “Senti falta desses seios, também.”

Ele beliscou um mamilo e sorriu quando ela ofegou e arqueou em sua mão. “E desses

pequenos mamilos sensíveis.”

“Não posso gozar mais.” Ela tentou fechar as coxas, mas com os ombros largos de Rio

entre elas, não podia.

“Besteira,” Rio rosnou. “Você vai gozar de novo, e dessa vez com minha boca nessa

boceta doce.”

“Deixe-me ter um gosto dessas bagas com sabor de pêssego,” Clay lhe disse

suavemente enquanto se curvava para chupar um mamilo na boca.

Com Rio a persuadindo com a boca em sua fenda, a língua flechando sua boceta, e as

mãos e boca de Clay em seus seios, Jesse estremeceu quando sua excitação se construiu mais

uma vez. Queimando cada vez mais quente com cada carícia, até que temeu que a cama fosse

ficar em chamas, queimando-os todos com o fogo que desencadeavam nela.

Rio parecia se gloriar em cada gota de suco que fluída dela, lambendo como um

faminto pelo seu gosto.

A necessidade que estes homens pareciam ter por ela, adicionava outra camada a

uma excitação já tão intensa que ela não sabia se poderia suportar. Debateu-se como se

tentasse se livrar da fúria da resposta de seu corpo aos seus amantes.

Cavando os calcanhares nos ombros de Rio, ela empinou e gozou tão forte que

realmente a assustou. Sua visão escureceu e ela gritou contra o orgasmo feroz que parecia vir

de dentro de sua alma. Seu corpo começou a se curvar. Clay a segurou abaixo com mãos

suaves, protegendo suas costelas e absorvendo o choque quando ela teria sacudido.

Mais abaixo, Rio a segurou firmemente contra a boca, as mãos duras cavando nela

enquanto segurava suas coxas cobertas de óleo.

Vários momentos depois, com Clay abraçado contra ela, acalmando seu corpo com

movimentos longos e tranquilos, Rio finalmente levantou a cabeça.

145
“Amo seu gosto, doçura. Quero o sabor de sua boceta em minha boca todos os dias.”

Ela esperava que eles fossem fodê-la, e se perguntou se poderia gozar novamente.

Seus olhos se arregalaram quando Rio se deitou em seu outro lado e se juntou a seu

irmão para acariciar seu corpo ainda tremendo. Ela olhou para baixo e viu suas ereções

empurrando furiosamente contra seus jeans.

Jesse sentiu como se seus ossos tivessem derretido. Suas pálpebras se sentiam tão

pesadas que se tornara um esforço se manterem abertas. Quando eles não fizeram nenhum

movimento para tirar seus jeans, apesar de duros, Jesse franziu o cenho.

“Pensei que vocês queriam sexo,” ela murmurou sonolenta.

“Nada de sexo para você até que essas costelas e esse braço estejam totalmente

curados,” Clay disse; a tensão em sua voz aparente. “Amamos você, bebê.” Ele lhe disse

ternamente, beijando suas pálpebras já se fechando. “Queremos que se sinta bem e saiba o

quanto nos importamos com você.”

Rio saiu da cama e entrou em seu banheiro, aparecendo com um pano quente e uma

toalha. “Vamos limpá-la para que possa dormir.”

Jesse adormeceu muito antes que eles terminassem.

Capítulo 13

146
As semanas que se seguiram foram as mais felizes da vida de Jesse.

Os negócios na Indulgences continuaram aumentando. A palavra tinha corrido e a

maior parte das mulheres da cidade tinha parado para se apresentar. Jesse e Kelly tiveram

amostras prontas e elas absolutamente amaram os produtos. Pessoas de cidades vizinhas

vieram, e aquelas que frequentavam as outras lojas exclusivas em Desire pareciam tão

entusiasmadas quanto, com os produtos da Indulgences.

As mulheres que faziam compras de lingerie na rua abaixo só tinham que entrar para

comprar os produtos que as tornariam suaves e macias, e um cheiro maravilhoso para ir com

suas compras. Até os homens que iam à joalheria de Jake para comprar colares e anéis de

mamilos para suas mulheres passavam por lá. Eles pareciam adorar os aromas e compravam

cremes e loções, e especialmente os óleos pós-comestíveis para suas mulheres.

Alguns até deram ideias a Jesse e Kelly sobre novos produtos que tinham começado a

trabalhar.

Enquanto isso, Kelly brilhava, feliz por não ouvir sobre Simon, e sendo perseguida

implacavelmente por Blade. Jesse ouviu de Nat que as mulheres estiveram se jogando para

ele por tanto tempo, que ninguém esperava que ele fosse alguma vez escolher uma.

De acordo com Rio, as pessoas em Desire achavam divertido que Kelly não bajulasse

Blade por toda parte, e, ao invés, tinha Blade atrás dela.

“Eu realmente acho que Blade seria bom para Kelly,” ela disse. “Ele parece tão

paciente a maior parte do tempo, mas às vezes ele fica com esse olhar em seus olhos como se

simplesmente fosse adorar devorá-la. Espero que ele não perca o interesse. Mas agora, ela está

realmente com medo dele, Rio.”

“Você está brincando?” Rio riu. “Blade é o homem mais paciente que eu já conheci.

Este é seu desafio, querida. Blade está à caça!”

Jesse foi para casa todas as noites com Clay e Rio. Não queria admitir que vivesse com

eles, mas dormia lá todas as noites, e pouco a pouco tudo o que possuía tinha sido transferido

para sua casa.

147
Eles lhe mostraram a nova casa que tinham construído ao lado, parecendo ansiosos

que ela gostasse. Tinha adorado a casa, seu ambiente aberto e arejado e especialmente o

tamanho do banheiro principal. Eles três poderiam facilmente se encaixar no chuveiro

enorme, e com os vários jatos de spray nenhum deles ficariam congelados à parte.

Quando perguntou por que ainda não haviam se mudado para lá, eles explicaram

que queriam todas as novas coisas dentro e pediram sua ajuda na escolha da mobília e

decoração.

Eles fizeram as compras para a casa ao longo das várias semanas. Perseguiram-na

com sua opinião sobre a mobília, as roupas de cama, pratos, cortinas, tudo. Tudo que ela

escolhia acabava na casa nova.

Estariam todos se mudando tão logo os irmãos Preston terminassem a cama

personalizada que tinham encomendado.

Jesse saiu do caminho agora na grande sala de estar enquanto os homens

transportavam uma televisão enorme. Ela olhou para Clay.

“Você acha que é grande o suficiente?”

Clay sorriu enquanto observava os homens da entrega desembrulharem. “Eu e Rio

não conseguimos resistir.”

Ele olhou para ela e franziu a testa quando encontrou seus olhos. Tomando seu braço,

ele a levou para a cozinha, onde encontram Rio se lavando.

“O cara novo é muito bom, realmente tem jeito com os cavalos.” Rio parou. “O que há

de errado?”

“É isso que estou tentando descobrir.” Clay segurou o queixo de Jesse e ergueu seu

rosto para ele. “O que foi bebê?”

“Bem, não sei como dizer isso. Não quero que vocês fiquem com raiva.”

“O quê?” Clay exigiu.

“Vocês me deixaram escolher todas essas coisas.” Na verdade a fizeram escolher

tudo. Bem, exceto a televisão.

148
Quando eles olharam um para o outro e depois de volta para ela, ela se mexeu

desconfortavelmente. “Bem, na verdade há um par de coisas me incomodando sobre isso.”

Ela mordeu o lábio inferior, preocupada em como enfrentá-los.

“É só que percebi o quanto tudo isso deve estar custando para vocês. E não me

deixaram pagar pelo sistema de segurança, e quando fui perguntar a Lucas quanto tinha

custado, ele não quis me dizer.”

“Querida, você está preocupada com dinheiro?” Rio perguntou, sorrindo.

“Nós estamos fazendo um bom dinheiro na Indulgences. Eu gostaria de ajudar pagar

algumas das coisas.” Ela jogou o braço bom para fora. “Afinal, estou ficando aqui livre. Vocês

nem mesmo me deixam comprar comida e eu como aqui todos os dias.”

Clay sorriu para ela e a puxou para o peito. Inclinou-se e tocou seus lábios com os

dele antes de endireitar.

“Bebê, eu e Rio temos mais dinheiro do que poderíamos gastar em dez vidas.”

Jesse empurrou contra seu peito e se recostou de volta em seu aperto.

“Olha, eu sei que vocês fazem tudo certo com o rancho e que vivem de forma simples,

mas tudo isso deve ter sido muito caro.”

Rio se inclinou para ela. “Deus, eu te adoro,” ele disse antes de tocar seus lábios nos

dela. “Eles encontraram petróleo no ano passado em nossa propriedade. Dinheiro não é

problema. Você disse que outra coisa está te incomodando. O que é?”

Ela sentiu o movimento de Clay atrás dela até que se viu mais uma vez presa entre

eles, seu lugar favorito de estar. Seus mamilos endureceram contra o estômago de Rio. As

mãos de Clay eram quentes em seus quadris, e ela podia sentir seu pênis empurrando contra

suas costas.

Embora eles lhe dessem prazer noite após noite, e às vezes, a maior parte do tempo;

permitiu-lhe dar prazer a eles, ainda não tinham totalmente feito amor com ela, não, lembrou

a si mesma, feito sexo com ela, desde o ataque de Brian.

149
Ela se contorceu inquieta em seus braços, acidentalmente esbarrando em Rio com seu

gesso. Ele empurrou para trás como se tivesse sido queimado, fazendo uma careta e baixando

a testa na dela.

“Que horas é sua consulta?” Seu gesso seria retirado hoje e todos esperavam

ansiosamente a noite à frente.

“Duas horas.” Jesse sorriu. “Já escolhi o que vou vestir esta noite, uma das camisolas

que vocês compraram para mim antes…”

“Com licença?” Uma voz veio da sala. Jesse tinha esquecido os homens da entrega.

“Tudo bem,” Rio disse a Clay com um olhar para Jesse. Ela tentava parecer ocupada

dobrando uma toalha enquanto evitava seus olhos.

“Você não tem que evitar o assunto, Jesse,” Clay disse suavemente, erguendo seu

rosto para ele.

“Eu não quero falar sobre isso.”

“Não há nada que não possamos falar bebê. A única forma de nossa relação dar certo

é se nós três pudermos falar sobre tudo que estiver nos incomodando.” Ele a considerou, a

oferta em seus olhos. “Eu e Rio cometemos um erro enorme com você. Nós nos apaixonamos

tão duro e tão rápido, que quando a ouvimos ao telefone foi como um chute no intestino.”

A emoção em seus olhos teve lágrimas picando os olhos dela.

“Pensamos que talvez a gente quisesse tanto isso que interpretamos errado seus

sentimentos. Talvez você não se sentisse do mesmo jeito que a gente. Talvez a gente tivesse

visto o que queríamos acreditar.”

“Nunca me senti assim antes. Mesmo com Brian, no início, nunca me atingiu do jeito

que vocês dois fizeram.”

Rio voltou e olhou para eles. “Os homens se foram.”

Clay assentiu, com seus olhos nunca deixando Jesse.

“Você ainda se sente desse jeito?”

150
Jesse encontrou seu olhar penetrante. “Estou com medo.” Ela deu um passo atrás e

Clay pareceu relutante em soltá-la. “Tudo aconteceu muito rápido.” Jesse tragou o nó se

formando em sua garganta. “Sofri muito quando me casei. Pouco a pouco, me fechei para a

dor, e, eventualmente, não sentia mais nada.”

Ela, à toa, traçou uma veia na bancada de granito, evitando seus olhos.

“Quando conheci vocês, não consegui deixar de sentir todas as coisas que eu pensava

nunca mais sentir. Pela primeira vez, em anos, me senti feminina e bonita.” Ela fechou os

olhos contra a queimadura neles. “Vocês dois me fizeram sentir tão querida, e quando vocês

me seguravam, eu me sentia quente e segura como se nada pudesse me machucar.”

Ela abriu os olhos e sentiu uma lágrima deslizar por seu rosto.

“Um mal-entendido, uma falta de confiança, e tudo tinha ido. Senti-me suja, e feia, e

impotente,” ela sussurrou com tristeza.

“Não!” Clay cruzou a distância entre eles em dois passos grandes. Agarrando seus

ombros, ele a virou para enfrentá-lo, o rosto cheio de miséria.

“Não foi assim. Rio e eu somos muito apaixonados por você. Não posso imaginar o

que seria de nossas vidas agora sem você.” Sua voz baixa, tornou-se mais suave, um contraste

afiado com o tumulto em seus olhos.

“Eu sei em meu coração que você nos ama. Eu sei o quão difícil foi para você nos

deixar entrar. Nós traímos essa confiança, nós dois sabemos disso. Assim como nós dois

sabemos que vai levar tempo para você nos perdoar. Mas não se engane Jesse, isso não está e

nunca estará acabado entre nós.”

Rio avançou e Jesse o viu atirar um olhar de advertência para Clay. Ele a ergueu sobre

o balcão.

“Nós fomos à cidade uma vez, alguns dias depois que lhe dissemos para partir. Você

sabia disso?”

Jesse levantou o olhar para ele. “Não, hum, nunca os vi por lá. Pensei que estivessem

me evitado.”

151
Rio se deslocou, abriu suas coxas e se moveu entre elas. “Nós te vimos com um

homem fora da loja. Pensamos que era seu ex-marido.” Ele alcançou e deslizou os dedos por

seu cabelo. “Ele tocou seu cabelo.”

Ela ouviu a raiva em sua voz e olhou para ele admirada.

“Mas, este era —”

Rio colocou um dedo sobre seus lábios para silenciá-la. “Sabemos agora que era o

irmão de Kelly, mas não sabíamos até então.”

Jesse congelou em choque quando Rio embrulhou o braço em sua cintura e deitou a

cabeça em seu peito. Seus braços se moveram automaticamente para confortá-lo.

“Nós queríamos matá-lo, Jesse.” Sua voz soava abafada contra seu peito enquanto

seus braços apertavam ao redor dela.

Jesse não sabia o que dizer segurando-o contra o peito, deslizando as mãos por seu

cabelo ternamente enquanto olhava por cima de sua cabeça para Clay.

O olhar em seu rosto enquanto ele a observava confortar seu irmão roubou seu

fôlego. Seus olhos brilharam, queimando com amor e possessividade.

“Nós voltamos para casa e nos embriagamos,” Rio continuou enquanto o olhar de

Clay prendia Jesse em transe. “Nós a amaldiçoamos e queríamos muito odiá-la.”

Rio ergueu a cabeça. “Mas não conseguíamos.”

E levantou a mão para tocar seu rosto. “Não voltamos à cidade desde então. Não

podíamos suportar vê-la com outro homem novamente. Na noite que Brian apareceu, Clay e

eu estávamos sentados no bar tentando encontrar coragem para vir vê-la, para te implorar

para voltar para casa com a gente. Encontramos Jake e Blade lá.”

Ele suspirou. “Blade nos contou o que tinha acontecido. Estávamos nos preparando

para correr para lá quando Jake recebeu a chamada de Kelly.”

Os olhos de Rio brilharam. “Nunca senti tanto medo em minha vida. Estava tão

assustado de que ele pudesse matá-la antes de podermos chegar até você.” Sua expressão se

152
tornou assassina. “Juro pra você, se ele tivesse, eu o teria matado logo em seguida. A única

razão dele não ter se machucado pior foi porque você estava ferida e precisava da gente.”

Jesse não pôde continuar vendo seu amante geralmente tão brincalhão e travesso

desse jeito. Rio parecia de coração partido.

“Por favor, não fique assim,” ela pediu.

Clay avançou e segurou sua mão.

“Nós te amamos, bebê. A casa é para você. Queremos viver aqui com a mulher que

escolhemos para ser nossa esposa.”

Jesse ofegou e olhou de um para o outro, incrédula. Viu quando Clay pegou uma

caixa do bolso e a abriu, revelando um anel de brilhantes com dois diamantes quadrados de

cada lado.

“Você vai usar isso, bebê? Vai ser nossa esposa?”

Jesse olhou para o anel brilhante. Queria muito acreditar que daria tudo certo. Mas, já

tinha sido casada antes.

Olhando de um para o outro, vendo o amor em seus olhos, ela queria nada mais do

que dizer sim.

Mas seu relacionamento era muito recente, muito frágil. Ela os olhou com tristeza.

“Não posso,” ela sufocou.

Viu a dor cintilar em seus olhos. Olharam um para o outro, então de volta para ela.

“Por que não, querida?” Rio perguntou baixinho, deslizando as mãos de cima a baixo

em seus braços. Ela viu Clay se virar, esfregando uma mão pelo rosto enquanto olhava para

baixo no anel e fechava a caixa.

“Estou com medo,” ela suspirou.

Clay se virou e voltou para ela.

“Do que tem medo, bebê? Eu e Rio vamos cuidar de você. Nós te amamos, bebê.”

153
O medo e ansiedade, a necessidade e o pesar, deixaram Jesse em pânico. Como

podiam fazer isso? Como podiam pressioná-la assim quando sabiam que ela não podia lidar

com um compromisso depois de tudo que tinha acontecido?

Sabia que os amava. O que tinha sentido com Brian, mesmo quando se casaram, não

era nada comparado ao que sentia por Clay e Rio.

Se permitisse soltar-se totalmente, der tudo de si mesma, e eles a descartassem

novamente, ia destruí-la.

Brian a tinha machucado até que se fechou fora dele. Mas ele não a tinha quebrado.

Quando Clay e Rio a mandaram embora, ela ainda não tinha se comprometido a ficar

aqui. Então se segurou de volta.

Eles queriam tudo isso agora. Se lhes desse tudo, e eles terminassem com ela

novamente, a destruiria. Como podia confiar que não fariam?

Apavorava-se com a ideia do quanto eles queriam cuidar dela, torná-la dependente

deles. Tinha crescido forte, mais forte do que jamais acreditava ser possível quando seu

relacionamento com Brian desintegrou.

Tinha pagado as contas e criado seu único filho, sozinha. Tinha cuidado de Kelly, e

elas tinham começado um negócio, e pagava a faculdade de Alex sem um centavo de ajuda de

seu ex-marido.

Tinha aprendido a ser forte. Gostava de estar no controle de sua vida.

O casamento com Clay e Rio poderia deixá-la fraca e dependente?

Sentiu seu medo crescer, segurando-a pela garganta, e medo a deixava com raiva.

“Vocês dizem que me amam, mas nem sequer me conhecem!” Ela pulou do balcão e

os enfrentou. “A primeira vez que o amor de vocês foi testado, ele falhou.”

Espetou o dedo no peito de Clay. “Se vocês me conhecessem, vocês saberiam que eu

nunca os trairia.” Ela compassou a cozinha furiosamente. “Se vocês me amassem, vocês

teriam confiado em mim. Se vocês me conhecessem e se importassem com meus sentimentos,

vocês saberiam que é importante para mim, ser capaz de cuidar de mim mesma e parariam de

154
tentar me envolver em algodão. Vocês querem me tornar tão fraca, e dependente, que eu seria

apenas uma casca.”

Clay arqueou uma sobrancelha. “Então você não acha que a conhecemos bem o

suficiente para estarmos apaixonados por você? Se isso é verdade, de quem é a culpa? Você

tem segurado partes de si mesma longe da gente, Jesse. Não gosto disso.”

Quando ambos a olharam divertidos, seus olhos se estreitaram.

“O que é tão engraçado?” Ela estalou.

“O que você acha que não sabemos sobre você, querida?” Rio arqueou a sobrancelha

e ela não quis nada mais do que estapear o olhar divertido ainda em seu rosto.

“Eu sou temperamental.” Ergueu o queixo desafiadoramente. “É tão ruim que Brian

sempre saía quando eu ficava louca.”

Rio sorriu. “Não brinca.”

“Arrrhhhh!” Ela bateu o pé. “Vocês não estão levando isso a sério. Vamos ter uma

grande briga um dia e vocês vão decidir que sou megera demais para aturar. Não vou me

calar para satisfazê-los. Quando fico louca, eu grito.”

Os lábios de Clay se contorceram. “Você grita quando goza, também.” Ele chegou

mais perto, deslizando um dedo de cima a baixo de seu braço.

“Depois do número de vezes que já saboreamos sua paixão, sabemos que você deve

ter um temperamento junto com isso.”

O sorriso de Rio se alargou. “Mostre-o, querida. Você realmente não acredita que seu

temperamento vai nos colocar fora, não é? Não há nada tão doce quanto transformar o

temperamento de uma mulher brava em algo muito mais divertido. Qualquer hora que

quiser, pode nos colocar à prova. Clay e eu amamos um desafio.”

Ela não confiou no olhar de satisfação em seus rostos. “Não nos conhecemos tempo o

suficiente para falar sobre casamento.”

Ela os olhou, suspeitosamente, não confiando nos olhares em seus rostos.

155
Clay levantou uma sobrancelha em desafio. “Então, antes de você concordar em se

casar, quer que a gente se conheça melhor?”

“Vocês podem mudar de ideia.” Jesse se moveu para a mesa e sentou; temor

deixando seus joelhos fracos. “Não posso deixá-los me comandar,” sussurrou. “Não posso

deixá-los me fazer tão dependente de vocês que não possa mais cuidar de mim mesma. Sei

que vocês estão esperando há muito tempo alguém para compartilhar, para cuidar.”

Respirou fundo e os encarou francamente.

“Não posso ser o que vocês precisam.”

Clay e Rio olharam um para o outro, uma mensagem implícita passando entre eles.

Ambos olharam para ela com ternura.

“Acho que você vai ter que encontrar uma maneira de nos manter na linha.” Clay

correu um dedo levemente por sua bochecha. “Você cuida de nós do mesmo tanto que nós

cuidamos de você, só que de forma diferente.”

Rio se moveu por trás dela. “Tem que ser uma mulher forte para lidar com a gente.

Uma mulher fraca nem sonharia em ir de igual para igual com Clay do jeito que você fez há

poucos minutos. Tenho a sensação que vou conseguir o mesmo se deixá-la louca.”

Rio pegou seu cabelo e o moveu para o lado, expondo a coluna tenra de seu pescoço

que adoravam acariciar. Que sempre a transformava em uma massa.

“Uma mulher fraca nos aborrece até a morte. Gostamos de ter uma mulher forte para

amar.”

Ele raspou os dentes por seu pescoço. Seus olhos se fecharam em êxtase quando

milhares de pequenos arrepios a atravessaram, flechando seus mamilos e os tornando seixos

duros.

“Eu também gosto de encontrar todos os seus pontos fracos. Uma mulher forte tem

paixões fortes. Faz-me sentir há dez metros de altura quando consigo deixá-la fraca de desejo,

sabendo que Clay e eu somos os únicos que conseguimos fazê-la se sentir assim.”

156
Uma corrida de umidade umedeceu sua calcinha. Ela prendeu o fôlego. Clay a

segurou no lugar, as mãos firmes em seus ombros enquanto se aproximava. A respiração

quente em seu cabelo quando se inclinou para frente.

“Vamos fazer do seu jeito, bebê. Quero que você esteja certa porque não haverá como

voltar atrás uma vez tiver esse anel em seu dedo. Mas se você quer nos conhecer melhor, é

bom estar preparada para nos dar tudo.”

Ele ergueu seu queixo. “Se há algo a incomodando, derrame. Se quer gritar com a

gente, faça-o. Vamos brigar. Senhor; vamos brigar, mas depois vamos ter um inferno de muita

diversão para compensar.” Ele se curvou e mordiscou seu lábio inferior. “Vamos ver o quão

bem nos conhecemos quando eu trabalhar meu pau duro nesse seu rabo apertado e fodê-la

até que você grite.”

Ele a puxou em seus braços e baixou a boca para a dela, roubando seu fôlego com um

beijo tão quente e possessivo que seus joelhos dobraram.

Quando ele acidentalmente bateu em seu gesso, ele rasgou a boca da sua, os olhos

brilhando sombriamente.

“Vai tirar esse gesso e manter seu compromisso no SPA.” Em seu olhar surpreso, ele

beliscou seu nariz de brincadeira. “Sim, sabemos disso. Cuidamos do que nos pertence.

Acostume-se com isso.”

Ele deu um passo atrás e suas mãos se moveram para seu peito. “A nova cama está

sendo entregue daqui a pouco. Rio e eu vamos instalá-la e colocar alguns daqueles lençóis

novos que você escolheu.”

Quando Rio afrouxou o controle em seu cabelo, ela automaticamente se apoiou contra

seu peito quando seus braços vieram ao seu redor.

Ela fechou os olhos quando se recostou no peito de Rio e deslizou as mãos sobre os

músculos dos braços de Clay.

Seus olhos se abriram, porém, quando Clay agarrou seu queixo.

157
“Vamos começar tudo de novo.” Sua voz era baixa, cheia de promessas escuras.

“Vamos estar na nossa cama nova em nossa nova casa. Você logo vai perceber que o que eu e

Rio sentimos por você é real. Conhecemos você, bebê, provavelmente melhor do que você

mesma. Vemos em seus olhos o que você nega. Se pensa que isso é só sexo, doçura, está

redondamente enganada.”

Sua voz baixou daquele jeito que sempre a deixava selvagem, e derretiam todas as

suas inibições.

“Esta noite vamos te levar do jeito que estamos loucos pra fazer. Esta noite vamos te

mostrar o que significa ser nossa mulher. Rio vai foder sua boceta enquanto eu vou está

empurrando meu pau nesse seu cuzinho magnífico. Quando ele empurrar dentro, eu puxo

quase tudo fora. Então eu vou empurrar meu pau toda à distância em sua bunda, enquanto

Rio puxa quase toda a distância fora de sua boceta.”

O fogo em seus olhos queimou através dela. Sua calcinha ficou encharcada só pensar

nisso. Ela fechou os olhos enquanto ele continuava.

“Não haverá um único momento que um de seus amantes não vai está empurrando,

você vai estar tão completa, seu corpo vai está lutando para esticar e nos aceitar.”

Ele alcançou e beliscou um mamilo, mandando-a bobinando.

“Todos nós sabemos que você vai sentir esse seu rabo queimar enquanto está sendo

esticado. Sua boceta vai ficar em chamas enquanto seu corpo luta para aceitar a dupla

penetração. E todos nós sabemos o quanto você ama essa pequena mordida de dor. Não é,

bebê?”

“Oh, Deus,” ela choramingou.

“O que diabos nós faríamos com uma mulher fraca?” Rio rosnou em sua orelha, e

golpeou seu traseiro enquanto a virava em direção à porta.

“Vá. Vamos ficar esperando você. Volte logo, querida.”

Ela olhou para Clay e viu seu olhar viajar sobre seu corpo. Viu o conhecimento da

resposta de seu corpo às suas palavras em seus olhos.

158
“Prepare-se, bebê. Esta noite você vai ter tudo de nós. E nós vamos ter tudo de você.”

Capítulo 14

Jesse se mexeu nervosamente, tão excitada sobre a noite à frente que mal pôde se

sentar quieta enquanto o estagiário tirava o gesso.

O carro mais barato que tinha comprado continuava parado, e ela ainda nem tinha

mencionado isso para Clay ou Rio. Antes que pudesse dar a partida, seu celular tocou.

“Deu tudo certo com sua consulta? Eles tiveram alguma dificuldade para remover o

gesso?” Clay perguntou sem preâmbulos.

Jesse riu. Ele lhe dava um caloroso recadinho de que se importava o suficiente para

ver como ela estava.

“Claro. Por quê? Você achou que eles cortariam meu braço fora por engano?”

159
“Para alguém que está dependendo, e muito, da minha paciência um pouco mais

tarde, você não vai querer empurrá-la agora.”

Uma frase naquela sua voz baixa e seu corpo saltou para atenção. Ela podia quase ver

a diversão em seu rosto enquanto brincava com ela.

“Estou realmente muito triste,” ela sussurrou maliciosamente. “O homem que tirou o

meu gesso parecia muito legal. Ele até me disse que se eu tirasse minha roupa ele ia me

verificar toda. Quando eu lhe disse que meus seios estavam doloridos, ele se ofereceu para

massageá-los e —”

“O quê?” Clay trovejado em seu ouvido.

Quando ela deu uma risadinha, ela o ouviu suspirar.

“Cuidado, bebê. Você não quer mexer comigo agora.”

“Mmmm, isso poderia ser um desses pontos fracos que Rio falou mais cedo?”

Ele suspirou novamente. “Onde você está em causa, bebê, eu tenho vários deles.”

Jesse simplesmente derreteu. “Eu tenho vários deles onde você e Rio está em causa

também. E vocês dois parecem sempre tirar vantagem deles.”

Clay riu. “Para lidar com você, eu e Rio precisamos de todas as vantagens que

pudermos conseguir. Do contrário você passaria por cima da gente e só Deus sabe em que

tipo de problemas você entraria.”

“Eu me ressinto disso!”

“Sem dúvida. A cama acabou de chegar, eu e Rio vamos colocá-la no lugar. Vá se

divertir com Nat no SPA. Volte para casa logo depois.”

“Ou o quê?” Ela não pôde resistir de provocá-lo.

“Ou então essa sua bunda vai estar vermelho brilhante quando eu fodê-la.”

Jesse ofegou e tentou pensar em uma resposta, mas ele já tinha desligado. O

ordinário.

Nat entrou no estacionamento do SPA logo atrás dela. Adorava ter a chance de ver

sua irmã o tempo todo assim. Quando Nat se mudou há todos esses anos, sua vida tinha ido

160
para o inferno rapidamente. Ela muitas vezes se perguntava se tinha se casado com Brian por

causa da solidão que sentiu sem Nat por perto.

Lá dentro Nat riu quando lhe contou sobre a briga que teve com Clay e Rio.

“Você realmente não pensou que seu temperamento iria desanimá-los, não é?”

“Desanimava Brian.”

Nat torceu o nariz. “Brian não era um homem real. A maioria dos homens desta

cidade esperam ansiosos por uma boa briga. Mantém-se um desafio. E ninguém aqui quer

uma mulher do sim. O quão chato isso seria?”

“Você e Jake brigam muito?”

“Absolutamente. Ele gosta de conseguir o que quer o tempo todo. Ele é prepotente e

arrogante, e sempre quer fazer o que é melhor para mim. Eu nem sempre concordo.”

“Mas, antes de se casar, você não ficou com medo de que ele fosse tentar assumir

tudo, que você se tornaria o tipo de mulher que sempre dizia sim?”

“Eu?”

“Bem, ele é maior e mais forte do que você.”

Nat tremulou os cílios. “Ele tem seus pontos fortes, querida, e eu tenho os meus.” Ela

riu. “Ele está sempre dizendo que tem que estar constantemente em guarda ou eu fugiria com

o crime.”

Jesse olhou para sua irmã em surpresa. “Clay acabou de dizer a mesma coisa para

mim.”

“Vê?” Nat bateu levemente em seu braço. “Eles não são nada como Brian, querida.

Eles não querem escolher partes de você que são aceitáveis, e que podem manipular e levá-la

a perder o resto. Eles querem o pacote.”

Quando Jesse e Nat terminaram seus tratamentos no SPA, Jesse pensou no que sua

irmã havia dito.

Ela sabia que levaria tempo para se acostumar a estar envolvida com alguém que

tinha um apego emocional a algo além do dinheiro.

161
Ao ter dois homens não só aceitando, mas abraçando tudo que ela jogava para eles

fazia sua cabeça girar.

Jesse voltou para a casa no final da tarde. Não se permitia pensar nela como sua casa,

pelo menos até que ela e seus homens resolvessem as coisas entre eles.

Entrando pela porta da frente, ela sorriu quando ouviu vozes vindas da cozinha. Os

dois olharam acima de suas tarefas quando ela entrou na sala, a luz de boas-vindas em seus

olhos a aquecendo.

Rio se virou de sua tarefa de colocar a mesa quando ela entrou em seus braços e

levantou o rosto para um beijo.

“Mmm, você cheira bom o suficiente para comer, querida.”

Ela sorriu e se moveu para Clay e ele a beijou completamente. “Mmm;” ele

murmurou deslizando as mãos sob sua blusa e de cima a baixo em suas costas. “Macia,

também. Deixe-me ver seu braço.”

“O que é tudo isso?” Ela apontou as várias caixas sobre a mesa.

“Pedimos o jantar do restaurante. Gracie disse ‘oi '.”

Eles examinaram seu braço, beijando-o todo e enviando arrepios através dela, antes

de sentarem para comer. O estômago de Jesse roncou quando ela cheirou o frango frito que os

homens de Gracie tinham feito.

Rio riu quando ouviu.

“Acho que vamos ter que alimentá-la bem para que tenha energia para esta noite.”

Jesse corou furiosamente enquanto eles serviam a comida, certificando-se de que ela

tivesse tudo que queria antes de começarem seus pratos.

Como poderia uma mulher resistir a homens como estes?

Uma pergunta que a vinha atormentando voltou à superfície. Mas nunca parecia ser o

momento certo e ela não queria arruinar o humor e limpar o olhar de cobiça e antecipação do

rosto de seus amantes.

“O que foi bebê?”

162
Surpresa, Jesse olhou para encontrar ambos a olhando interrogativamente. Vendo a

preocupação em seus rostos substituir a alegria que estava ali há apenas um minuto, ela

suspirou.

“Eu não queria falar disso agora. Sei que vocês disseram que poderíamos falar sobre

qualquer coisa, mas talvez agora não seja o momento certo.”

“Solta isso, Jesse.” O tom de Clay não admitia discussão. “Não quero que você pense

em nada esta noite, exceto no que eu e Rio estamos fazendo para você.”

Jesse esfregou a testa e se amaldiçoou por deixá-los ver que algo a incomodava. Tinha

se tornado muito hábil em esconder seus sentimentos e desconfortavelmente ciente do quão

facilmente Clay e Rio via através dela.

“Este é apenas mais um exemplo. Vocês dois prestam atenção em tudo.”

Quando eles olharam um para o outro em confusão ela quase sorriu.

“Eu só queria saber o que tinha acontecido com seus casamentos. Quero dizer,” ela

gesticulou freneticamente, “como pode uma mulher resistir a um homem que percebe e

realmente se preocupa com, bem, tudo sobre ela.”

Clay sorriu ironicamente. “Você faz, constantemente.”

“Isso não é verdade e você sabe. Só porque eu quero estar certa antes de concordar

em me casar novamente não significa que posso resistir a qualquer um de vocês.” Ela fez uma

carranca. “Não pense que não reparei que você conseguiu me mover para sua casa e em sua

cama quando eu lhe disse que queria ficar no apartamento.”

Quando Rio riu, ela se voltou para ele. “Já consegui uma vez sequer dizer não para

qualquer um de vocês quando se trata de sexo? Vocês acham que não vejo que de alguma

maneira tudo que tenho foi trazido para cá?”

Rio pegou sua mão e levou-a aos lábios.

“Quando você casar com a gente, será sua casa, sua cama. É por isso que foi você

quem escolheu todos os móveis e as outras coisas. É tudo para você. Vivemos com você, não o

contrário.”

163
Antes que Jesse pudesse pensar em uma resposta, Clay interrompeu.

“A resposta à sua pergunta é que nenhum de nós se sentiu do jeito que deveria ter

sentido em relação a nossas esposas.”

Clay se recostou; seu jantar aparentemente esquecido. “Eu me casei porque ela me

enganou para engravidá-la e eu era muito jovem e estúpido para vê-lo até que fosse tarde

demais. Nunca a amei e nunca fingi isso.”

Ele se inclinou para frente, seus olhos firmes quando encontraram os dela. “Eu e Rio

sempre soubemos que queríamos uma relação como nossos pais tiveram.”

“Quando nos conhecemos, vocês disseram que seus pais viviam como nós.”

Clay assentiu. “Assim como nossos avós. Nascemos e fomos criados em Desire.

Nossos pais se mudaram para cá quando se casaram. Quando morreram, a cidade inteira

ficou de luto.”

“Por que você não compartilhou com Rio a mulher com quem se casou?” Ela soltou.

Clay riu e olhou para seu irmão. “Rio não conseguia ficar no mesmo quarto que a

Alicia.”

Jesse olhou para Rio que deu de ombros.

“Ela era uma cadela manipuladora procurando um vale-refeição. Quando percebeu

que o rancho não fazia o tipo de dinheiro que queria, ela partiu.”

“E você?” Jesse perguntou a Rio. “O que aconteceu com seu casamento?”

“Eu me conformei.” Rio suspirou. “Desisti quando Clay se casou e eu queria uma

família e filhos. Pensei que poderia vir a amá-la. Mas não podia.”

O coração Jesse balançou ao ver o arrependimento em seus olhos.

“Pelo menos eu sei que Kyle é meu. Depois que ele nasceu, ela fodeu todo homem

que podia, tentando me fazer ciúmes o suficiente para me importar.”

Ele pegou o copo de chá gelado e bebeu como se tentando lavar um gosto ruim da

boca.

“Teve o efeito oposto.”

164
Ele a olhou ardentemente. “Agora você, por outro lado, teria seu traseiro espancado

até que não pudesse sentar e seria amarrada à cama por um mês se você sequer pensasse em

deixar qualquer outro tocar em você. Nós dois somos apaixonados por você e nenhum de nós

jamais disse isso a outra mulher, nem mesmo nossas esposas.”

“A primeira vez que te vimos,” Clay começou suavemente, “tentando mudar aquele

pneu furado, eu e Rio ficamos duros como pedra no minuto em que colocamos os olhos em

você. Quando conseguimos você no carro só com a gente, nós trememos. Queríamos você

muito mal.”

Ele pegou o garfo e voltou a comer, enquanto a observava.

“Tínhamos praticamente desistido da esperança de encontrá-la. Fizemos sexo com

muitas mulheres desde nossos divórcios, e nenhuma delas significaram nada para nós, exceto

alívio temporário.”

Rio concordou e riu. “Você nos faz sentir como dois adolescentes novamente.” Ele

ficou sério. “Mas não é apenas sexo, Jesse. Nós nos preocupamos com você cada vez que está

fora de nossa vista. Mal podemos esperar até que você volte para casa da loja, porque o dia

todo, tudo que fazemos, é pensar em você.”

Querendo aliviar o clima e trazer os dois de volta para a forma como estavam quando

chegou a casa, ela sorriu timidamente.

“Vocês pensaram em mim hoje?”

“Oh, sim, querida.”

“Sério? Pensaram em mim tirando meu gesso ou em mim no SPA com Nat, tendo

minha boceta depilada?”

Rio engasgou e agarrou o copo de chá enquanto Clay apenas sorriu.

“Ambos, na verdade. Pensamos sobre sua consulta, que foi por isso que te liguei,

embora você parecesse ansiosa para me provocar, pelo telefone, algo sobre encontrar meus

pontos fracos, se bem me lembro.”

Rio se recuperou e ela se preocupou com o brilho em seus olhos.

165
“Clay me disse que você disse algo sobre mostrar a esse cara que tirou seu gesso seus

seios doloridos.”

“Eu acho;” Clay lhe disse, com a voz baixa e sedutora, “que você deve nos deixar ver

esses seios doloridos e vamos explorar alguns dos pontos fracos que falamos.”

Jesse tinha ficado excitada o dia todo pensando nesta noite. O brilho em seus olhos

enquanto olhavam para ela exaltavam seus sentidos.

Sua calcinha já estava encharcada, sua boceta apertava com necessidade. Seu clitóris

pulsava e seus mamilos se sentiam tão duros e sensíveis que ela não suportava tê-los em sua

roupa escondidos de seus homens.

Sua pele se sentia muito apertada. Ela se sentia viva ao redor deles de um jeito que

nunca se sentiu antes. Sua excitação sempre chiando logo abaixo da superfície, seu corpo bem

ciente do êxtase a ser encontrado em seus braços.

Um olhar, uma palavra nessas vozes escuras que usavam; Um toque; e a necessidade

fervia, suas inibições se derretiam, sabendo que iam satisfazer cada uma de suas

necessidades. Eles conheciam cada demanda que seu corpo fazia com uma eficácia que a

deixava mais satisfeita do que ela jamais imaginou ser possível.

Fazendo-a se sentir muito desobediente.

Nesse momento ela se sentia muito travessa, de fato. Não podia recuar no desafio em

seus olhos. Queriam conhecer a Jesse real. Às vezes, ela se sentia muito descarada e se isso os

desligasse, queria descobrir agora.

Estabelecendo seu garfo, ela agarrou a bainha da blusa e puxou-a sobre a cabeça. Os

olhos de Rio chamejaram e seu sorriso brilhou.

“Bom, bom, muito bom.” Ele olhou para Clay. “Parece que Jesse está se sentindo

brincalhona.”

Jesse trocou os olhos para ver a reação de Clay em sua ousadia. Ele lhe dava completa

atenção, seu corpo tenso, mas não fez nenhum movimento para tocá-la. Ele se recostou na

cadeira e esperou, arqueando uma sobrancelha em desafio.

166
Jesse viu a surpresa em seus rostos, embora a tivessem cobrindo rapidamente. Deu-

lhe uma sensação inebriante de poder que pudesse surpreendê-los assim. Vendo o desafio e

interesse em seus olhos, ela percebeu que eles não pareciam se importar quando ela tentava

deixá-los fora de equilíbrio.

Ambos pareciam ter um equilíbrio muito bom.

Perguntou-se o que seria necessário para fazê-los perdê-lo e sabia que seria algo que

ia se esforçar continuamente para conseguir.

Levando as mãos aos seios, ela os segurou através do sutiã. E escondeu um sorriso

quando os dois se deslocaram em suas cadeiras.

“Está brincando com fogo, bebê,” Clay advertiu. Seus olhos queimando enquanto

assistia suas mãos traçar a renda, mas nenhum deles fez qualquer movimento para tocá-la.

Ela ergueu o rosto desafiadoramente e agarrou o fecho dianteiro do sutiã. Ambos

observaram atentamente suas mãos enquanto o soltava, deixando-o no lugar sobre os seios.

Tinham visto seus seios inúmeras vezes, usado as mãos e bocas neles repetidas vezes,

e ainda assim assistiam agora como se hipnotizados, ansiosos para ter um vislumbre dos

mamilos.

Sentia-se poderosa, bonita e muito desejada. O sentimento lavou todas as suas

inibições. Ela baixou as alças, olhando timidamente para cada um deles. Lentamente, ela

separou os dois lados, expondo os seios para seus olhares. Tirando o sutiã completamente, ela

o jogou no colo de Clay.

Estar seminua, enquanto eles permaneciam completamente vestidos, fazia-a se sentir

vulnerável e eriçava sua excitação ainda mais.

Clay alcançou e circulou um mamilo, quase, mas não a tocando bem onde ela queria.

Quando tentou mover, para conseguir seu toque onde precisava, ele tirou a mão

completamente e se recostou novamente.

“Seus mamilos estão duros, como pequenas bagas. Aposto que estão doendo apenas

por que querem ser tocados.”

167
Quando Jesse começou a chegar para tocá-los ela mesma, Clay alcançou e a parou.

“Venha cá e coloque um desses frutos doces na minha boca e eu vou cuidar deles para

você,” ele ousou.

Jesse sorriu para ele de brincadeira e levantou, colocou as mãos nos quadris e

cambaleou em direção a ele. Quando se aproximou o suficiente, ela agarrou um punhado de

seus cabelos e trouxe sua boca para seus seios.

Ela arqueou quando sua língua sacudiu no mamilo antes de chupá-lo em sua boca.

Quando seus joelhos se dobraram ele a puxou para seu colo. Sua cabeça caiu para trás sobre

seu braço quando ele a ergueu para usar seus lábios e dentes para deixá-la selvagem,

enquanto acariciava e beliscava levemente o outro mamilo.

Fogo a atravessou e ela sabia que Rio via sua reação ao que Clay estava fazendo.

Apertou as coxas contra o pulsar em seu clitóris e sentiu o fio de mais umidade quando sua

boceta apertou freneticamente.

Rio se inclinou através da mesa e acariciou seu braço.

“Quero minha boca nessa boceta.”

Desejo afiado e quente a atravessou nas palavras de Rio. Eles sabiam que a conversa a

levava mais alta, e do jeito que falavam quando a preparando para o sexo a fazia abandonar

toda modéstia. Tudo que ela conseguia fazer era responder às suas demandas, que ficavam

cada vez mais eróticas o tempo todo.

Nunca saber o que eles iam fazer ou dizer a seguir continuamente a mantinha focada

neles e no que eles faziam com ela.

Clay ergueu a cabeça e olhou através da mesa.

“Limpe a mesa, Rio, e você pode ter sua sobremesa.”

Os olhos de Jesse se arregalaram. Ela viu Rio lamber os lábios. Seus olhos acesos em

antecipação, ele se levantou e, às pressas, removeu todos os vestígios do jantar da mesa.

168
Os olhos de Clay ficaram nela enquanto sua mão foi para o botão de seu jeans.

Quando ele abaixou a cabeça para beijá-la, ela agarrou outro punhado de seus cabelos até que

ele parou, olhando-a interrogativamente.

“O que foi bebê?”

“Você acabou de me oferecer a Rio como sobremesa.”

“Eu fiz. É justo desde que cheguei aos seus seios primeiro. Você nos pertence

igualmente, bebê. Lembre-se disso.”

“Eu não sou uma sobremesa,” ela murmurou, mesmo quando sua boceta continuou a

lamentar.

Clay riu. “Claro que você é. Nossa favorita, e nunca vamos ter o suficiente de você.”

Rio tinha terminado sua tarefa e se sentou de volta à mesa, relampejando esse seu

sorriso malicioso.

“Hora de minha sobremesa.”

Rio ajudou Clay a remover sua calça e calcinha e deitá-la na mesa. Ele a puxou para

ele até que seu traseiro descansava no limite. Seu estômago vibrou quando ele levantou suas

coxas sobre seus ombros.

“Oh, Deus.”

Jesse viu Rio abaixar a cabeça. Sabia o que aquela boca talentosa podia fazer com ela.

No primeiro estalido de sua língua, ele levou seu controle.

Clay alcançou para afagar seus seios, seus olhos tão indulgentes quanto ferozes

enquanto observava sua resposta a seu irmão.

“Sente-se bem, bebê?”

Ela sentiu o orgasmo aproximar. O que começou como uma vibração baixa no

estômago rapidamente se espalhando, e ela gozou quase imediatamente abaixo da boca de

Rio.

Seus gemidos encheram o cômodo.

169
Ele suavizou o toque, evitando cuidadosamente seu clitóris enquanto lambia seus

sucos e construía lentamente sua excitação mais uma vez.

Ela forçou seus olhos abertos e viu que Clay observava seu rosto.

“Você é linda, bebê.”

Clay baixou a boca para a dela, sua língua varrendo possessivamente o interior,

reduzindo-a a um estremecido pacote de luxúria. Ela se agarrou a ele, quando, com um

último golpe devastador de sua língua, Rio se afastou.

Clay a ergueu nos braços, a boca ainda na dela.

Rio os seguiu para o quarto e sua pulsação disparou quando ouviu o sussurro de

roupas enquanto se despia.

Clay ergueu a cabeça, os olhos brilhando. Ela se virou e viu que Rio tinha uma

aparência semelhante em seu rosto quando estendeu a mão para ela.

“Venha cá, doçura. Vamos deitar em nossa cama nova.”

Com ela em seus braços, Rio se sentou na beirada da cama e deitou até que ela ficou

espreguiçada em seu peito. Ela ouviu vagamente Clay se despir enquanto Rio devorava sua

boca.

Suas mãos se movendo sobre ela, usando o conhecimento que tinha ganhado de seu

corpo para manter sua necessidade acesa.

Com um grunhido e um beliscão afiado, Rio terminou o beijo e a levantou para

escarranchá-lo, a cabeça de seu pênis na entrada de sua boceta. Clay embrulhou um braço em

sua cintura por trás enquanto Rio agarrava seus quadris.

Suas unhas cravaram nos bíceps de Clay, o rosto contra seu peito enquanto eles a

abaixavam sobre o comprimento duro de Rio. Sentiu o empurrão do pênis pulsando nela

centímetro por centímetro, esticando sua boceta ávida enquanto ele a enchia.

Lágrimas picaram seus olhos. Suas mãos apertaram Clay e ela se virou para Rio.

“Eu senti tanta falta disso,” ela choramingou.

Os olhos de Rio brilharam, e as mãos se moveram sobre suas coxas.

170
“Eu também, doçura. Eu senti falta de estar dentro de você como o inferno.”

Ela sentiu os lábios de Clay em seu cabelo. Ele sempre a acalmava antes de entrar nela

como se soubesse que sua resposta a eles a afligia.

“Agora que você está curada, vamos poder tomá-la do jeito que a gente sempre quis.

Você está pronta para ter nós dois dentro de você, bebê?”

A voz de Clay retumbou baixa e rouca, quase violenta. Jesse estremeceu. Nunca tinha

ouvido esse tom na voz de Clay antes e seu corpo respondeu prontamente à intensidade

escura disso.

“Sim,” ela gemeu baixinho. “Mas estou assustada.”

“Você confia na gente, querida?”

“Eu confio em vocês. Eu quero vocês.”

“Então você vai nos ter.”

Sua voz baixou ainda mais e soava como se ele tivesse engolido pedaços de vidro.

A atmosfera no quarto parecia mais intensa do que nunca. Com um súbito lampejo de

perspicácia, Jesse percebeu que, para eles, tomá-la juntos seria sua maneira de finalmente

alegá-la.

Depois desta noite, não haveria como voltar atrás. Ela seria deles.

Clay a soltou e lubrificou os dedos. Com uma mão em suas costas, ele a baixou até o

peito de Rio.

Jesse sentiu os dedos de Clay entrar em seu ânus. Prendeu o fôlego em sua garganta

enquanto ele trabalhava o lubrificante completamente dentro dela. Com o pênis de Rio

enchendo sua boceta, a sensação era quase esmagadora em sua intensidade.

Ela tentou se mover sobre o comprimento duro de Rio, mas ele a segurou quieta.

“Não se mova, querida,” ele gemeu asperamente.

“Eu preciso me mover,” Jesse gemeu. “É tão bom.”

Quando ela sentiu a cabeça do pau de Clay se empurrar em seu ânus, ela se acalmou.

“Segure-a, Rio.” Sua voz era quase irreconhecível. “Ela vai pular.”

171
Ela sentiu os braços de Rio se apertar em torno dela quando Clay empurrou para

frente. A cabeça do pênis esticando o anel apertado de músculos mais do que já tinha sido

esticado quando usaram o plug anal, e Jesse empurrou no aperto de Rio.

“Queima,” ela ofegou.

“Calma, querida,” Rio a tranquilizou, movendo a mão confortavelmente sobre ela

enquanto a outra a segurava firmemente no lugar.

Ela sentiu as mãos de Clay apertar as bochechas de sua bunda enquanto ele

continuava a avançar lentamente.

“Cristo,” ele gemeu, soando torturado, “Nunca senti nada tão apertado em minha

vida. Não vou conseguir passar. Relaxe, bebê. Eu vou devagar, eu prometo.”

Jesse lutou para se ajustar à incrível abundância. Seu corpo inteiro se tornou não mais

do que sua boceta e bunda, cada terminação nervosa em ambas vivas como nunca antes.

Clay tomou sua bunda, dirigindo mais fundo a cada golpe até que finalmente tinha

seu pênis toda à distância dentro dela.

Rio afrouxou o controle sobre ela e juntos, ele e Clay estabeleceram um ritmo.

Tendo ambos, sua boceta e seu ânus cheios, saqueava seus sentidos tão

completamente que ela conseguia apenas segurar e ir para onde Rio e Clay a levavam.

“Oh, Deus. É demais. Eu não posso!” Jesse gritou, lutando medrosamente contra o

violento assalto a seus sentidos. Agitou-se na força disso. O orgasmo se aproximando a

assustando com sua magnitude.

“Não! Eu não posso!” Ela soluçou. “É muito forte!”

“Deixe ir, porra!” Rio rugiu enquanto movia a mão para tocar o polegar em seu

clitóris, acariciando o cerne tão sensível com efeito devastador.

Ela explodiu, disparando faíscas através dela enquanto gozava violentamente,

empurrando seu corpo com sua força. Eles a seguraram firmemente no lugar, rosnando seus

próprios lançamentos, dirigindo fundo e atirando sua semente quente dentro dela, o que

desencadeou outra série de explosões.

172
Jesse desmoronou fracamente sobre o peito de Rio, lutando para recuperar o fôlego.

Mãos fortes a acalmaram, vozes profundas sussurraram para ela até que sua respiração

desacelerou e seu batimento cardíaco disparado começou a se estabelecer.

Mesmo com tudo que tinham compartilhado, e tudo que tinham feito um ao outro,

Jesse não tinha sido preparada para o que tinha acabado de experimentar. Quando ela ouviu

suas exclamações murmuradas de surpresa, ela sabia que estavam chocados também.

“Porra. Estou morto?” Clay gemeu.

Rio bufou uma risada abafada. “Se você está, eu também estou. E estamos no céu.”

Longos minutos depois, Jesse sentiu Clay se retirar dela e pressionar os lábios em

suas costas, esfregando uma mão carinhosamente sobre seu traseiro.

“Não se mova, bebê. Eu já volto.”

Jesse sorriu contra o peito de Rio.

“Não acho que eu conseguiria me mover nem se eu quisesse.”

Rio riu e levantou a cabeça para dar um beijo duro em seus lábios. Caindo a cabeça de

volta na cama, ele continuou a acariciá-la.

“Se você acha que vai fugir da gente depois disso, querida, você está louca.”

“Pode ser apenas sexo. Isso pode não durar.” Jesse não pôde deixar de protestar. Não

podia se comprometer até que chegassem a algum tipo de entendimento. Podia senti-los

ganhando poder sobre ela cada vez mais a cada dia, e isto a assustava até a morte.

Sentiu um pano quente se movendo sobre seu traseiro e sentiu Clay separar as

bochechas para limpá-la. Ela empurrou e tentou se levantar, desconfortável com tal

intimidade, mas Rio a segurou firme no lugar, retirando-se dela para que Clay pudesse

terminar sua tarefa.

“Fique quieta bebê, deixe-me limpá-la para que fique mais confortável.” Clay

continuou a cuidar dela completamente.

“Posso fazer isso eu mesma,” Jesse protestou. “É embaraçoso.”

“Embaraçoso? Depois do que acabamos de fazer?”

173
Jesse ouviu o sorriso na voz de Clay. “Eu adoro cuidar de você, bebê. Não deve ficar

envergonhada. Eu vi, toquei e saboreei quase cada pedacinho de você. Algo que perdi, eu vou

chegar lá.”

Quando terminou, ele se livrou da toalha e a instalou na cama entre eles.

“Eu amei a cama nova.” Jesse se aconchegou fundo, seu corpo rapidamente

refrescando.

“Pelo menos tem mais espaço do que a outra.” Clay se deitou ao seu lado.

Rio virou de lado e descansou a cabeça no braço dobrado.

“Se você dois já terminaram com a conversa fiada, eu gostaria de voltar a nossa

discussão, Jesse.”

Jesse viu Clay olhar para Rio e fazer uma carranca.

“O que está acontecendo?”

“Jesse ainda acha que é apenas sexo entre nós e que o que sentimos um pelo outro vai

magicamente desaparecer.”

“Oh?” Clay levantou uma sobrancelha.

Jesse evitou seus olhos. “Eu só acho que devemos ter certeza. Já passei por um mau

casamento e vocês também. Acho que vocês deveriam querer esperar, para ter certeza de que

sou realmente o que vocês querem.” Sua voz falhou. “Não poderia lidar com isso, se vocês

decidissem mais tarde que todos nós cometemos um grande erro.”

“Acho que você sabe melhor,” Rio disse enquanto deslizava um dedo por seu braço.

“Acho que nós acabamos de provar que devemos ficar juntos.”

“Bebê,” Clay segurou seu queixo, forçando-a a olhá-lo. “Eu e Rio não vamos a lugar

nenhum e nem você. Sabemos o que queremos, e é você. Tome o tempo que você precisa para

resolver isso em sua cabeça. Seu coração e seu corpo já sabem onde você pertence.”

Clay passou os dedos levemente sobre seu rosto e ela sentiu o formigamento em seu

toque.

174
“Você acabou de se recuperar de um ataque, acabou de abrir um negócio e se mudou

para uma nova cidade. E se está pronta para admitir ou não, você se mudou para cá porque

nos ama.”

Ele rolou de costas e soltou a cabeça no travesseiro.

“Apenas viva aqui com a gente, se adapte. Vamos falar sobre casamento novamente

quando você estiver pronta.”

Jesse suspirou e se virou. Rio a puxou contra seu lado até que sua cabeça descansava

em seu peito. Ele riu quando Clay resmungou.

“Você a teve por semanas. É minha vez agora,” Rio disse a Clay sonolento.

Rio teve um ponto. Durante o tempo que Jesse usou o gesso, ela dormiu aconchegada

ao lado de Clay com o gesso descansando em seu peito. Rio se aconchegava em suas costas, o

braço quente e pesado em sua cintura.

Esta noite as posições foram invertidas. Ela se maravilhava que eles continuamente a

envolviam em calor de uma forma ou de outra, ou com seus corpos ou suas atenções.

Apenas a respiração de seus amantes podia ser ouvida quando começaram a cair no

sono. Jesse lutou ficar acordada, querendo esse tempo simplesmente para pensar.

Ela era uma controladora, admitia para si mesma. Teve que ser. Ter a

responsabilidade de criar um filho, ter certeza de que todas as contas fossem pagas em dia,

até mesmo começar um negócio para fazê-lo, cuidar de Kelly, ela teve que estar no controle

para sobreviver.

Agora Clay e Rio esperavam que ela os deixasse cuidar dela, depender deles para ser

sua força. Ela não podia colocar de lado o que se tornara. Sua força a definia.

Embora, ela admitisse para si mesma, seria maravilhoso e reconfortante ter dois

homens que estariam lá quando ela precisasse de um ombro amigo.

Estes dois tinham ombros fortes. Mas eles sempre estariam lá ou eles estariam indo

embora quando mais precisasse? Não poderia contar com algo que não estaria sempre lá.

175
“Você está pensando demais, bebê.” O fôlego de Clay soprou quente em sua orelha.

“Vá dormir. Não vamos deixá-la ir, Jesse. Tudo vai dar certo.”

Jesse endureceu e franziu o cenho, no que ambos reagiram para acalmá-la com as

mãos.

Como ele sabia que ela ainda estava acordada e preocupada? Ninguém nunca tinha

prestado tal atenção nela antes.

Sentiu Rio beijar seu cabelo enquanto continuavam a acariciá-la, embalando-a para

dormir.

Como diabos ela poderia lutar contra isso?

Foi seu último pensamento antes do sono a alcançar.

176
Capítulo 15

Jesse pensava nas palavras de Clay mais e mais enquanto as próximas semanas se

passaram. Os três misturando suas vidas juntas quase sem esforço.

Claro que problemas surgiram. Três pessoas com vontades fortes poderiam ser

contadas a lutar. Tinham sido na maioria pequena, porém, e os três geralmente compensavam

no quarto muito para seu prazer mútuo.

Jesse sabia, no entanto, que uma grande briga surgia no horizonte, e que Clay e Rio já

começavam a perder a paciência com ela. Eles queriam que ela os deixasse resolver todos os

seus problemas, intrometendo-se onde ela não queria.

A boutique permanecia uma alegria, mas com Kelly passando a maior parte de seu

tempo na oficina tentando acompanhar a demanda, Jesse principalmente corria na frente da

loja sozinha.

Quando a demanda cresceu, Jesse e Kelly começaram a ficar após o fechamento da

loja para trabalhar na fabricação dos produtos em falta e no engarrafamento. Ela continuava a

ignorar as tentativas de Kelly para fazê-la ir para casa.

“Jesse, por favor, vá para casa. Clay e Rio não vão gostar de você estar atrasada de

novo.” Kelly ativamente misturava um lote de óleo de banho, enquanto Jesse usava um

grande almofariz e pilão para esmagar os ingredientes para perfumá-lo.

“O único jeito de eu partir,” Jesse lhe disse, “é se você subir e prometer que não vai

voltar a descer até abrirmos amanhã.”

“Droga, Jesse. Deixe-me fazer isso. Não tenho nada para fazer esta noite. Vá para casa

para Clay e Rio.”

177
“Se você não tem nada para fazer, por que Blade acabou de chegar?” Jesse fez um

gesto em direção à janela, sorrindo quando Kelly ficou vermelha e chicoteou a cabeça ao redor

para ver Blade estacionar seu caminhão.

Assistiram enquanto Blade saía do caminhão, que tinha estacionado atrás da loja, e

seus passos largos rapidamente o levando para a porta dos fundos.

“Provavelmente, pelo mesmo motivo que eu e Rio estamos aqui.”

Jesse se virou para ver Rio de pé dentro da sala de trás enquanto Clay descansava na

porta. Eles, obviamente, tinham usado sua chave e entraram pela frente.

“O que vocês estão fazendo aqui?” Jesse sentiu seu próprio rosto corar.

“Nós viemos para te levar para casa, fisicamente se necessário.” A postura de Clay lhe

disse que não poderia ser seduzido.

“Eu liguei para dizer que ia chegar tarde, não foi? Tenho trabalho a fazer.”

Jesse olhou para a porta traseira quando Blade entrou e arqueou a sobrancelha

quando ouviu sua réplica brava.

Ele não disse uma palavra, apenas acenou para Clay e Rio. Seus olhos brilharam e

seus lábios contraíram quando viu Kelly e sua reação à sua presença. Então, ele apenas se

apoiou contra a porta, como se preparando para assistir ao show.

“Você está administrando isso errado, Jesse.” Rio deu um passo em sua direção,

tomou o almofariz e o pilão dela e os moveu para o lado para poder segurar suas mãos.

Irritada por sentir o formigamento de consciência viajar através de seu braço e se

atirar em seus mamilos, ela estalou.

“Tenho um negócio para funcionar, droga! Não digo a vocês como administrar o

rancho.”

“Nós temos um negócio para funcionar.” Kelly franziu a testa para Jesse. “Você tem

que parar de tomar toda a responsabilidade em seus ombros.”

“Sobre o que você está falando?” Jesse ativou Kelly. “Você tem rebentado sua bunda

por dias tentando manter as prateleiras cheias. Você não pode fazer isso sozinha.”

178
“Nem você também pode.” Kelly parecia surpresa com sua própria explosão.

Pelo canto do olho, Jesse viu Blade levantar uma sobrancelha elegante. Ela sabia que

ele merecia a maior parte do crédito por quebrar Kelly fora de sua concha.

“Jesse,” Kelly alcançou e acariciou seu braço. “Precisamos contratar alguma ajuda.

Indulgences está crescendo tão rápido que não podemos acompanhá-lo sozinhas. Nenhuma de

nós será capaz de ter uma vida e, eventualmente, vai afetar o negócio.”

Jesse estremeceu no desespero e preocupação nos olhos de Kelly.

Ela sabia que Clay e Rio a observavam atentamente. Tinham sido muito favoráveis a

sua necessidade de administrar seu próprio negócio, mas ela sabia que eles haviam ficado

cada vez mais preocupados em como cansada e estressada ela se tornara.

“Falaremos sobre isso amanhã.” Não queria discutir isso na frente deles. Ela e Kelly

resolveriam isso de alguma forma.

Ela se virou para Blade. “Oi, Blade. Você e Kelly têm um encontro esta noite?”

“Jesse!” Kelly silvou para ela. “Não há nada disso entre Blade e eu.”

“Oh?” Blade perguntou baixinho. Todo de preto, ele parecia a fantasia mais escura de

toda mulher.

Pelo olhar no rosto de Kelly, ela mesma tinha algumas dessas fantasias.

Blade notou; Claro. Jesse sabia que aqueles seus olhos azuis nunca perdia nada,

mesmo os mais leves nuances de resposta de uma mulher, e só um cego poderia ter perdido o

de Kelly.

“Se as senhoras já terminaram pelo dia, pensei em levar Kelly para jantar.” Os olhos

de Blade nunca deixaram o rosto corado de Kelly. “Todos vocês, é claro, são bem-vindos a se

juntar a nós.”

“Outra vez, obrigada,” Clay continuava a observar Jesse de onde estava, ainda

recostado contra a porta.

“Kelly.” Jesse ignorou os olhares que Clay e Rio lhe davam, e se moveu ao redor da

mesa para a mulher mais jovem. “Vá jantar com Blade. Vou sair daqui logo.”

179
Ela se moveu para puxar mais ingredientes de um armário. “Vamos conversar

amanhã.”

Blade foi até Kelly, franzindo a testa quando ela evitou sua tentativa de segurar seu

braço.

Jesse arriscou um olhar para seus amantes, nem um pouco surpresa ao vê-los a

olhando com o olhar, como ela o chamava.

Sempre que eles tinham aquele olhar em particular em seus rostos, ela sabia que seria

impossível influenciá-los de qualquer coisa que tivessem decidido.

A ternura indulgente geralmente brilhando em seus olhos quando olhavam para ela,

tinha desaparecido enquanto seus olhares a seguiam em torno da sala de trabalho. Ela não via

sentido discutir esta noite e queria algum tempo para terminar o óleo de banho para poder

partir.

“Por que vocês dois não vão para casa? Prometo que estarei lá daqui a pouco.” Jesse

adicionou os ingredientes que tinha esmagado na panela grande e mexeu.

Quando ela se virou para pegar os outros ingredientes na mesa, caiu direto no peito

duro de Clay. Ele estava logo atrás dela e nem sequer o tinha ouvido se mover.

Ela olhou para ele renunciada, mas surpresa por ver que ele ainda tinha o olhar.

“Tenho trabalho para terminar,” disse com firmeza.

“Não, você não tem. Você está voltando para casa com a gente. Agora.”

“Mas eu não acabei.” Com as mãos nos quadris, ela os enfrentou. “Não tente me dizer

como executar meu negócio.”

“Eu não estou tentando te dizer como executar seu negócio maldito!” Clay rugiu,

agarrando seus ombros. “Você está se esgotando, tentando fazer tudo.” Ele jurou sob sua

respiração. “Você limpa a casa tanto que a mulher da limpeza não tem nada para fazer. Você

trabalhou tão duro para construir esse negócio que não pode mais manter-se com ele e prefere

trabalhar até cair antes de contratar pessoas para ajudá-la. Você insiste em pagar a faculdade

de Alex sem nossa ajuda quando poderíamos pagar por isso facilmente.”

180
Clay a sacudiu, sua paciência tinha chegado ao fim. “Não mais! Você está me

ouvido?” Ele balançou o dedo para ela. “Tentamos deixá-la fazer o que queria, mas você não

está mais sozinha.”

Jesse encontrou o temperamento de Clay com o seu.

“Isso não lhe dá o direito de me dizer o que fazer!”

“Faz quando você não está cuidando de si mesma;” Clay gritou de volta.

Sua voz baixou perigosamente. “Não me empurre com isso, Jesse. Você não vai

ganhar.”

“Não vou ganhar?” Jesse gritou. “Como eu gerencio meu negócio e minha vida não é

da sua conta.”

“Oh, Jesse. Aí é que você está muito errada.” Os olhos de Clay brilharam friamente.

“Se vocês pensam que eu me casaria com alguém que quer tomar conta da minha

vida, vocês estão muito enganados,” Jesse gritou.

“Eu vou, nós vamos, cuidar de você, quer você goste ou não. Nenhum de nós vai

permitir que você trabalhe até a morte ou fique doente de preocupação, casados ou não,” Clay

gritou de volta. “Você está exausta, preocupada e estressada. Você realmente acha que vamos

simplesmente ficar parados e vê-la fazer isso com si mesma?”

Antes que Jesse pudesse responder, Rio cutucou Clay de lado. Um olhar que ela não

conseguiu decifrar passou entre eles e Clay se afastou, movendo-se para ficar na janela.

Rio agarrou as mãos de Jesse e as prendeu contra o peito.

“Edna, a mulher que cuida de nossa casa há anos é muito orgulhosa. Ela tem vindo

até a casa duas vezes por semana desde nossos divórcios para limpar e cozinhar para a gente.

Ela trabalha para os Rosses e os Jacksons, também.”

“Edna é viúva há anos, e ela depende do dinheiro que faz com a limpeza das casas

para criar suas duas filhas. Vários de nós já tentaram lhe dar o dinheiro, mas ela não aceita

caridade. Isso soa familiar?”

181
Seus lábios diluíram. “Edna vê limpar uma casa limpa como caridade. Ela não vai

aceitar nosso dinheiro pela limpeza quando tão obviamente não é necessário.”

Jesse suspirou e fez um gesto para onde Clay aguardava perto da janela.

“Por que ele não simplesmente me disse isso ao invés de ser um valentão e gritar

comigo? Ele é sempre tão tranquilo e calmo com todo mundo. A única pessoa que ele grita é

comigo.”

“E comigo,” Rio concordou. “Ou qualquer um que ameaça qualquer um de nós de

qualquer maneira. O que isso lhe diz, Jesse?”

Seus lábios tocaram sua testa. “Só você e eu podemos deixá-lo louco de preocupação.

Só você e meu irmão podem me fazer tremer de medo por vocês. Nós nos pertencemos,

Jesse.”

Maldito. Ela não podia deixar sua conversa doce convencê-la a concordar com algo

que não podia estar certa. Puxando as mãos de seu aperto, ela se afastou antes que ele

pudesse enfraquecê-la ainda mais.

“Tudo bem, se Edna tem trabalhado para vocês, não quero interferir, especialmente se

ela precisa do trabalho.”

Ela olhou por debaixo das pestanas.

“Ajudaria muito, não ter que lidar com a limpeza da casa.” Ela deslizou um olhar

para Clay. “Vai me dar mais tempo para recuperar o atraso em coisas aqui.”

“Cuidado,” Clay a advertiu sem se virar.

“Jesse,” Rio suspirou. “Há provavelmente várias pessoas na cidade que poderiam

precisar de um trabalho, querida.”

Rio se aproximou e o calor de seu corpo e seu cheiro limpo a envolveu.

“As pessoas desta cidade cuidam um do outro, Jesse.” Rio levantou seu queixo, o tom

sério. Ela tinha descoberto que tanto ele quanto Clay; levavam os problemas das pessoas na

cidade muito a sério.

182
“Você não teve nenhum problema para se mudar para cá e abrir um negócio porque

você já tem família aqui, pessoas que todo mundo conhece e respeita.”

Ele tocou seu braço. “Não aceitamos facilmente estranhos aqui, Jesse. É bom que as

pessoas venham à cidade para fazer negócios, desde que não causem nenhum problema. Mas,

temos muito cuidado com quem vive aqui e que opera negócios aqui.”

Ele olhou para Clay que se afastou da janela para olhar para Jesse, mas permaneceu

quieto.

“As pessoas em Desire escolhem viver suas vidas de uma forma que outros podem

criticar. Damos boas-vindas àqueles que aceitam nosso estilo de vida, ainda que não escolha

vivê-lo. Não vamos tolerar pessoas que confrontam nossas mulheres na rua e fazem

observações insultuosas a elas sobre como escolheram viver.”

Jesse franziu o cenho. “As pessoas têm insultado as mulheres que vivem aqui?” No

aceno triste de Rio, ela perguntou. “Eles insultaram os homens, também?”

Os lábios de Clay se contraíram. “Eles não são corajosos o suficiente para dizer

qualquer coisa a qualquer um dos homens e muito estúpidos para perceber que insultar as

mulheres é muito pior.”

Clay deu de ombros. “Uma vez que fazem, não são mais bem-vindos em Desire e são

forçados a partir.”

“Forçados? Forçados como?” Jesse começou a perceber o quão pouco sabia sobre a

cidade que ela agora chamava sua casa.

“Dependa,” Clay deu de ombros novamente. “Para alguém como seu ex-marido, que

realmente te atacou, bem, quem vê-lo pela cidade vai nos chamar e vigiá-lo até que possamos

chegar até ele. Então faríamos com ele o que ele fez com você, o escoltaríamos para fora da

cidade e nos certificaríamos de que ele entenda que não deve voltar nunca mais.”

Jesse engoliu em seco. Eita, ele não estava brincando. Ela olhou para Rio em

confirmação, seus olhos se arregalaram quando ele assentiu gravemente.

“Para um insulto, nada tão dramático,” Rio lhe disse. “Mas tão eficaz quanto.”

183
“Tipo o quê?” Jesse perguntou com cautela.

Rio cruzou os braços sobre o peito. “Um homem viveu aqui cerca de cinco ou seis

anos atrás. Ele parecia legal para todo mundo, mas todos nós suspeitávamos de que ele batia

em sua esposa, embora ela nunca tivesse admitido. Ele tinha uma pequena loja de sorvete.

Fazia bons negócios até um dia cometeu o erro de perguntar a Gracie como ela tinha coragem

de mostrar a cara na igreja todos os domingos quando fodia três homens.”

Jesse engasgou, chocada. Gracie amava seus três maridos tanto e eles absolutamente a

adoravam. Ela não podia acreditar que alguém diria tal coisa a ela.

Ela podia ver a raiva lembrada no rosto de Clay e Rio.

“O que aconteceu com ele?”

Rio sorriu. “Todo mundo na cidade perdeu o gosto pelo sorvete. Não sendo mais

bem-vindo em nenhuma das lojas, ele tinha que sair da cidade para comprar comida ou gás.

Ele e sua família partiram em um mês.”

“Bom.” Jesse concordou; feliz de que todos tivessem permanecido ao lado de Gracie e

que o homem não tinha se safado por falar com ela assim.

“Então,” Rio continuou, “uma vez que você tem um negócio e poderia utilizar a

ajuda, contratando alguém daqui que precisa de um trabalho, seria uma ótima maneira de

retribuir à cidade por acolhê-la e a seu negócio aqui.”

Jesse massageou a testa onde sentia o início de uma enxaqueca.

“Você está certo. Contratar alguém da cidade nos ajudaria e daria a alguém um

trabalho que poderia realmente estar precisando.”

Em seu olhar satisfeito, ela sacudiu a cabeça em diversão.

“Não posso acreditar que você me convenceu a não só sobre Edna, mas a contratar

ajuda. Aposto que você tem convencido fêmeas desavisadas fora de suas calcinhas toda sua

vida.”

“Não ria querida. Eu a convenço fora da sua o tempo todo.”

Jesse respirou fundo. Aquele sorriso dele realmente deveria ser banido.

184
“Você está pronta para ir para casa agora?”

“Sim, só preciso trancar tudo.”

Quando Jesse começou a desligar as luzes e os homens trancaram as portas e janelas,

ela pensou sobre o dia que Brian apareceu.

“Você já descobriu com o xerife a quem Brian enganou?” Ela olhou para os dois

homens com curiosidade. “Eu mesma lhe perguntei, mas ele disse que não sabia de nada, e

que estaria falando com vocês dois.”

“Não, bebê.” Clay verificou as fechaduras das janelas enquanto Jesse colocava as

coisas no lugar.

“Seu ex-marido sequer admitiu ter enganado alguém. Ace não conseguiu tirar nada

dele antes da polícia do estado vir buscá-lo.”

Rio voltou a verificar que a frente tinha sido trancada.

“Estamos vigiando Simon, no entanto. Todos nós sabemos quem é ele.” Ele sorriu em

antecipação. “Estamos prontos para ele se decidir aparecer.”

“Não,” Jesse sacudiu a cabeça. “Não quero nenhum de vocês envolvidos.”

Rio se virou de onde cheirava o conteúdo da panela grande.

“Desculpe-me?” Ela viu que Clay tinha mais uma vez ficado tenso e virado para

encará-la.

“Kelly é minha responsabilidade. Ela veio para cá porque eu lhe pedi. Posso lidar com

Simon. Já fiz antes.”

Os olhos de Rio faiscaram furiosamente e Clay parecia ainda mais frio do que antes.

“Não depende de você lidar com Simon. Você vai ficar longe dele. Você entende?”

Rio bateu um punho na mesa fazendo os frascos saltar.

Onde o temperamento gelado de Clay a congelou, o de Rio a queimou quente.

“Você está sob nossa proteção. Até Blade reivindicar Kelly e ela aceitar, ela é nossa

para proteger, também.”

“Então eu vou voltar para cá,” Jesse replicou furiosamente.

185
“Ainda assim teria nossa proteção e a de Jake também. Você é irmã de sua esposa

bebê, e sua responsabilidade se não for reclamada, o que você foi. Ele sempre ficará atento a

você, assim como nós com Kelly, mas você aceitou nossa reivindicação. E mora com a gente.”

Rio se aproximou até que seu nariz quase tocou o dela.

“Você conhecia as regras dessa relação e a maneira que vivemos nesta cidade antes de

nos aceitar, querida. Eu não dou uma merda para quem ou o que você acha que pode lidar.”

Sua voz baixou. “Se você sequer tentar enfrentá-lo sozinha, eu vou colocá-la sobre o

meu joelho e espancar essa sua bunda até que me acalme o suficiente para lidar com você.”

“Lidar comigo?” Jesse gritou indignada. “Não sou uma criança! E estou cansada de

vocês ameaçando me espancar sempre que faço algo que vocês não concordam!”

“Não é uma ameaça, querida,” Rio grunhiu. “É uma promessa, uma que vou ter

muito prazer em cumprir.”

A voz de Clay veio do outro lado da sala, casual na superfície, mas tão fria que

ameaçou congelá-la onde estava, “Você realmente acredita que permitiríamos que lidasse

com Simon?”

“Permitir?” Jesse perguntou incrédula.

“Sim, permitir.” Clay baixou a cabeça. “Quando se trata de sua segurança e bem-

estar, eu e Rio estamos no comando.”

Suas palavras ardiam como punhais gelados a atingindo. Ela preferia lidar com o

temperamento quente de Rio do que o glacial de Clay.

“Você acha,” Clay continuou, “que iríamos deixar ele ou qualquer outra pessoa

prejudicá-la? Você acha que iríamos permitir que você se colocasse em perigo? Você nos

pertence. Quando se trata de sua segurança e bem-estar, você vai fazer como lhe for dito.”

Ele se aproximou dela, então, segurou seu queixo, forçando-a a encontrar seus olhos.

“Eu sou maior. E posso te fazer.”

“Você não pode me dizer o que fazer.” Jesse tentou, sem sucesso, se empurrar fora de

seu aperto.

186
“Você gosta desse pequeno mundo de sonho que estamos vivendo, querida?” Rio

perguntou sarcasticamente de em algum lugar atrás dela, mas ela não conseguiu escapar da

pressão firme de Clay para enfrentá-lo.

Jesse teve uma sensação de naufrágio na boca do estômago. Ela não podia deixá-los

fugir com isso. Uma vez que fizesse, eles encontrariam outra coisa que ela não poderia fazer.

Pouco a pouco a lista cresceria até que ela não pudesse fazer mais nada.

E se eles decidissem que ter um negócio a deixava muito cansado? Que a viagem para

ir às compras em Tulsa era muito longe para ela? Que ela não poderia ser amiga de alguém

que eles não gostavam.

Não, ela tinha que manter sua independência e fazê-los entender.

Apavorada de que este fosse o momento que ela tanto temia, de que este se tornasse o

início do fim de sua relação, ela enfrentou Clay de frente.

“Significa muito para mim que vocês queiram me proteger,” ela começou. Seus olhos

ficaram firmes em Clay e ela acariciou a mão segurando seu queixo.

“Bom,” Clay deslizou o polegar sobre seu lábio inferior antes de pressionar o seu

próprio contra eles.

Liberando seu queixo, ele estendeu a mão para ela, aparentemente satisfeito que

tivesse ganhado o argumento.

“Vamos, bebê. Vamos para casa.”

“Deixe-me terminar.” Jesse quis bater o pé em frustração.

“Estou feliz que vocês se importam comigo o suficiente para querer me proteger,” ela

começou novamente. “Se precisar de sua ajuda, eu vou pedir. Mas não preciso que vocês me

protejam. Prometo informar se eu precisar de ajuda. Mas, sou perfeitamente capaz de cuidar

de mim mesma.”

Ela observou ambos continuamente. “É quem me tornei. É quem sou agora. Vocês

poderão amar quem me tornei? Vocês vão respeitar o fato de que preciso ser capaz de cuidar

de mim mesma?”

187
Os olhos de Clay nunca deixaram Jesse. Ele queria estar bravo. Ela tentava

desesperadamente não deixá-los ver o seu medo, mas a conheciam, amava quem ela era, ele

podia ver seu terror.

“Eu sei exatamente que tipo de mulher você é, Jesse. Não sou um garoto que não sabe

o que quer ou à mulher que está ao seu lado.” Ele lutou para manter seu tom normal.

Apesar do fato de que ela usava essa máscara fria que ainda colocava sempre que

sentia a necessidade de se proteger, ele não via nada além do medo e os nervos crus enquanto

ela os enfrentava.

“Eu sei que você é forte, independente e geralmente capaz de cuidar de si mesma.

Mas há coisas que mesmo você não pode lidar e que eu e Rio ficaríamos felizes em fazer para

você, se você nos deixar.”

Ele não queria nada mais do que ir para ela, envolvê-la nos braços e abraçá-la até que

o amor normalmente brilhante, quando ela olhava para eles, substituísse o medo.

Ele se perguntou como ela não sabia que eles podiam vê-lo. Seus olhos ficaram presos

nos dela.

“Eu me pergunto se você conhece os homens com quem se envolveu. Somos homens,

Jesse, não rapazes preguiçosos e covardes como seu ex-marido. Vamos ser o seu escudo,

sempre, Jesse. Este é o tipo de homens que somos, e o tipo de homens que sempre vamos ser.

Vamos protegê-la de tudo que pudermos, até de si mesma.”

Ele abriu a porta, segurando seu braço levemente enquanto ela se movia para passar

até que ela olhou para ele. “Nós vamos brigar, Jesse. Nossa necessidade de protegê-la, de

cuidar de você é tão forte, se não mais forte, do que sua necessidade de ser independente.”

Clay olhou para Rio e viu que seu irmão olhava Jesse atentamente. Ambos sabiam

que ela era a mulher perfeita para eles, mas primeiro ela tinha que aceitar quem eles eram.

“Eu nunca vou me perdoar por não estar por perto quando Brian a atacou. E nunca

vou permitir acontecer novamente. Qualquer um que quiser machucá-la terá que passar por

nós para fazê-lo. E isso não será fácil.”

188
Seus olhos seguraram os dela, deixando-a ver o amor que sentia por ela, sua própria

vulnerabilidade.

“Você pode amar homens como nós, Jesse? Você pode amar homens que não querem

nada além de amar e cuidar de você? Você pode respeitar nossa necessidade de protegê-la?”

Ele a conduziu para fora da porta e para o caminhão. Uma vez que todos se sentaram,

ele ligou o motor e olhou fora do para-brisa.

“Talvez você precise pensar sobre isso, bebê, porque não podemos mudar a forma

como somos, nem mesmo por você.”

Capítulo 16

Eles a trouxeram para casa e foram direto para o quarto. Ela os seguiu; nervosa após

a volta para casa em silêncio. Quando os viu jogar uma muda de roupa em uma mochila, seu

coração afundou.

“Vocês vão embora?” Ela perguntou trêmula.

Ambos se viraram para ela; Rio parecia impaciente, enquanto Clay a olhou friamente.

“Vamos ficar no clube por um tempo. Se você precisar da gente, ligue para um de

nossos celulares.”

Ele fechou a cochila e se endireitou.

“Vamos dormir na velha casa esta noite. Tome hoje para pensar sobre o que você

quer, mas saiba disso — eu sei que tínhamos decidido há um tempo aceitar tudo que você é;

mesmo seu temperamento e raia independente forte, que ambos podem ser uma dor na

bunda.”

Ele segurou seu olhar e ela podia ver o quão difícil era para ele.

“Acho que cabe a você agora decidir se pode aceitar tudo que somos.”

189
Ele pegou a bolsa e foi em direção a ela, inclinou-se e pressionou um beijo duro em

seus lábios trêmulos.

“Boa noite, bebê.”

Ele saiu sem olhar para trás.

Jesse se virou para Rio.

“Eu sinto o mesmo, Jesse.”

Ele fechou a distância entre eles e deslizou a mão levemente em seu cabelo.

“Nós vamos brigar, nós vamos fazer as pazes. Nós vamos deixá-la tão louca quanto

você nos faz. Você vai ter que tolerar nós cuidarmos de você do mesmo jeito que você cuida

de nós.”

Ele se inclinou para beijá-la ternamente, tocando levemente seus lábios.

“Você cuida da gente de tantas formas e nem sequer percebe. E nós amamos isso. Nos

aceite e nos ame do jeito que somos Jesse, assim como nós aceitamos e amamos tudo que você

é.”

Ele tocou os lábios nos dela novamente.

“Não se esqueça de ligar o alarme. Vamos vê-la de manhã.”

Com um último olhar rápido, ele saiu para se juntar a seu irmão.

Uma hora depois Jesse ainda compassava pela casa sem parar. O silêncio na casa

espaçosa do rancho raspava seus nervos crus. Depois de viver com Clay e Rio nas últimas

semanas, ela não suportou mais o silêncio e ligou para sua irmã.

“Nat, você pode me encontrar em algum lugar? Eu realmente preciso falar com você.”

“Claro, querida. O que está errado?”

Jesse suspirou, e esfregou o estômago revolto.

“Clay e Rio me deixaram sozinha esta noite para pensar sobre algumas coisas. As

coisas sobre as quais quero conversar com você, mas se estiver ocupada —”

“Não, te encontro no hotel. Teremos um bom jantar, apenas nós duas, e conversamos

sobre isso. Daqui a meia hora está bom?”

190
“Claro. Obrigada, Nat.” Ela limpou a garganta quando as lágrimas ameaçaram.

“Com certeza é bom morar perto de você novamente. Senti sua falta.”

“Eu também, querida, muito. Vejo você no hotel.”

Desde que o hotel era perto do clube, Jesse não pôde deixar de procurar o caminhão

de Clay no estacionamento do clube, sem surpresa de vê-lo lá. Eles sempre fizeram o que

diziam que fariam.

Ela entrou no estacionamento do hotel, pasma de ver que apesar do estacionamento

parecer muito cheio, a maior parte dos espaços do estacionamento em frente ao restaurante

permanecia vaga. Ela se perguntou por que ninguém havia estacionado lá e se estaria tudo

bem se ela fizesse.

Então ela viu a placa.

Reservado para Mulheres

Jesse entrou em um dos espaços e apenas ficou lá olhando para a placa com

assombro.

Os proprietários tinham reservado estes espaços de forma que as mulheres que

viessem aqui sem um homem não teriam que andar em um estacionamento sozinha.

Parecia que Clay e Rio não estavam sozinhos em sua determinação de proteger as

mulheres. Isto mostrava o nível de respeito que os homens desta cidade tinham por suas

mulheres. Estes homens assombrosos e surpreendentes viajavam em dois mundos muito

diferentes, de alguma forma, misturando o melhor de ambos. Eles aceitavam a mulher para si

mesmo e tentavam apoiá-las.

Do que tinha visto, as mulheres pareciam muito apaixonadas por seus maridos, que

faziam tudo que podiam para manter suas esposas felizes.

Sabia que os homens podiam ser totalmente machistas quando se tratava da

segurança de suas mulheres e completamente superprotetores e sem remorsos para colocar

seu pé no chão quando se tratava de protegê-las.

Eles viviam um estilo de vida muito progressivo com valores tradicionais.

191
Após todos os argumentos com Clay e Rio, toda a busca da alma que tinha feito, esta

placa estúpida clicava tudo no lugar para ela.

Reservado para Mulheres

O melhor de dois mundos.

Ela queria chamá-los, pedir-lhes para encontrá-la em casa quando Nat entrou no

espaço ao lado dela. Sua chamada podia esperar. Precisava falar com Nat.

*****

Jantar a sós com sua irmã a acalmou ainda mais. Jesse contou a Nat o que tinha

acontecido com Clay e Rio e como a placa na frente tinha sido sua revelação.

Cada uma teve uma taça de vinho com seu jantar de medalhões de filé preparados

com perfeição.

Jesse sentou de frente a Nat sentindo como se um grande peso tivesse sido tirado de

seus ombros. Sabia que tinha feito à decisão certa e mal podia esperar para se casar com Clay

e Rio e começar suas novas vidas juntos.

“Portanto, parece que você vai se casar.” Nat sorriu feliz para a irmã. “Sei que você

vai ser feliz com eles. Clay e Rio vão mimá-la, algo que você nunca teve com aquele idiota que

você finalmente se divorciou. E sei o quão feliz você os fará.” Nat suspirou. “Eles têm ficado

tão sozinhos há tanto tempo.” Ela tomou um gole de vinho. “Suas esposas nunca os fizeram

felizes. E ninguém gostava de nenhuma delas. Todo mundo gosta de você.”

“Todo mundo gosta de você,” Jesse riu. Ela alcançou para tocar o braço de sua irmã.

“Eu sei que a razão de todo mundo ter me acolhido da forma que fizeram é porque

eles amam e respeitam tanto você quanto Jake.”

“Somos todos muito unidos aqui.” Nat parou para acenar para alguém que tinha

entrado. Voltando para Jesse, ela se inclinou para frente.

192
“Às vezes, eles podem te deixar louca, os homens quero dizer, mas eu nunca conheci

um grupo de homens assim, eu acho que objetivo é a melhor palavra, com suas mulheres.” Nat

sorriu travessamente. “Imagino que você já descobriu o quão sério eles são sobre satisfazer

suas mulheres sexualmente.”

“É inacreditável,” Jesse deu uma risadinha. “Pensei que esse tipo de sexo alucinante

só acontecia em romances eróticos.”

“Nada como um ótimo sexo para manter uma mulher feliz.” Nat brincou e levantou

sua taça.

Jesse tocou a sua própria com a dela. “Amém para isso!”

“Boa noite, senhoras.”

Jesse olhou para cima e viu um homem alto e loiro ao lado da mesa.

“Olá, Ethan,” Nat saudou calorosamente. “Jesse, Ethan Sullivan. Ethan, minha irmã

Jesse Tyler, que logo será Erickson.”

“Nat!” Jesse silvou.

Nat a ignorou. “Jesse, Ethan e seu companheiro Brandon são donos do hotel.”

Jesse encontrou sua mão engolfada pela de Ethan.

“Companheiro?” Jesse perguntou, lembrando-se de Ryder da garagem e seu

‘companheiro' Dillon.

Ethan sorriu de um jeito que ela sabia deixaria as mulheres de pernas bambas.

“Sim, companheiro. Em todos os sentidos,” ele adicionou eroticamente, rindo quando

ela corou. “Então, finalmente conheço a mulher que tem Clay e Rio tão amarrados em nós.”

Ele levou sua mão aos lábios. “É um prazer.”

Seus olhos brilharam. “Esperamos muito tempo para vê-los felizes. Você deve ser

bastante uma mulher.”

Jesse corou novamente. “Receio que sou muito comum.”

“Modesta, também.” Ethan sorriu. “As senhoras estão se divertindo?”

193
“Absolutamente.” Jesse sorriu para ele. “Tivemos um jantar maravilhoso, é o tipo da

noite da menina fora.”

“Então é por isso que Clay, Rio e Jake estão no clube. Os três quase nunca vão mais

lá.”

“Jake está lá, também?” Jesse olhou para Nat.

“Sim,” Nat riu suavemente. “Rio ligou logo depois que você me chamou, algo sobre

um jogo de pôquer.”

Seus olhos cintilaram. “Jake disse que Rio soava meio distraído. Eu me pergunto por

que.”

“Eu deveria chamá-los,” Jesse disse a Nat com culpa. “Não quero que eles tenham

que esperar até de manhã por minha resposta.”

“Faça-os sofrer um pouco mais.” Ethan sorriu desconcertantemente. “Se estiverem

distraídos, posso finalmente ser capaz de ganhar algum dinheiro deles. Além disso, eu ouvi

que você tem aquela bela casa nova só pra você esta noite. Aproveite. A forma como aqueles

dois são com você, não acho que você vai ter muito essa chance de estar lá sozinha de novo.”

“Por favor, não diga nada a eles. Quero lhes dizer eu mesma.” Jesse disse a Ethan.

Quando Ethan saiu pouco depois, Nat se virou para ela e deu de ombros. “Ethan dirá

a eles. Ele não vai querer que fiquem preocupados.” Nat deu de ombros novamente. “Os

homens nunca mantêm segredos sobre as mulheres do outro.” Ela acenou com desdém.

“Então quando podemos comprar um vestido de noiva?”

“E um vestido para você. Você vai ser minha dama de honra, não é?”

Jesse viu o vislumbre de lágrimas nos olhos de Nat.

“Nada me faria mais feliz,” Nat lhe disse entre lágrimas, então sorriu. “Vamos no

sábado. Não acho que Clay ou Rio vai querer esperar muito tempo.”

Jesse riu alegremente. Um brilho quente a encheu sabendo que logo estaria casada

com dois homens que ela amava mais do que pensou ser possível.

194
*****

Jesse dirigiu pela estrada privada em direção ao que se tornara sua casa e quando o

caminho bifurcou, ela olhou para a antiga casa. Sem luzes acesas, ela mal podia vê-la. Sabia

que os homens ainda estavam no clube, esperava que só jogando pôquer.

Teve alguns momentos desconfortáveis quando percebeu o que mais eles podiam

fazer lá, mas Nat rapidamente a tranquilizou.

“Não há nenhuma maneira que qualquer um deles tocaria outra mulher. Os dois te

reivindicaram e, até que diga, você está amarrada com eles, e eles se consideram tomados.”

Jesse entrou na casa nova determinada que a antiga permanecesse escura esta noite.

Queria os dois aqui com ela, mas primeiro queria se preparar.

Lembrando-se do aviso de Rio, ela reiniciou o alarme antes de ir à cozinha para se

servir de uma taça de vinho para levar com ela para o banho.

Andou pelo corredor, atordoada de felicidade. Cantarolava para si mesma enquanto

dançava para o banheiro principal e começava a encher a enorme banheira, adicionando uma

generosa quantidade de sais de banho perfumados de pêssego.

Ainda cantarolando, deslizou de volta para o quarto e foi para o grande armário que

Clay e Rio tinham insistido que ela tivesse só para ela enquanto eles compartilhavam o outro.

Apenas outro exemplo, pensou consigo mesma, de como eles se importam com ela.

Ela classificou através de sua coleção crescente de lingerie, finalmente se decidindo

por uma camisola pêssego com rendas estrategicamente colocadas. Nenhum de seus homens

tinha visto esta em particular e ela queria usar algo especial esta noite.

Ela alcançou para puxar a bata correspondente do cabide, esperando ansiosamente a

reação dos homens quando a vissem. Voltou para verificar seu banho. Vapor subia,

perfumando o ar com o aroma de pêssego que tanto amava. Desligou a água e sorriu. Clay e

Rio pareciam amar agora, também.

195
Segurando a camisola na sua frente, ela olhou no espelho, balançando enquanto

observava como o material se movia com fluidez ao seu redor.

Deitou-a cuidadosamente com a bata sobre o banco acolchoado que os homens

tinham comprado para ela. Seu corpo formigou quando se lembrou de alguns dos usos mais

inventivos que Clay e Rio tinham encontrado para ele.

Fez uma pausa no ato de despir-se quando seu celular tocou. Olhou para ele, e sorriu

quando viu o visor.

“Olá, Rio. Sente falta de mim? Eu ia te ligar depois do banho.”

“Você ia?”

Ele parecia distraído. Ela ouviu a voz de Clay no fundo.

E franziu o cenho. Parecia irritado, mas ela não conseguiu entender o que ele disse.

“Rio, o que está errado? Você e Clay estão bravos comigo?”

“Não, querida. Escute, quero que você vá para o banheiro principal e tranque a porta.

Fique no telefone comigo, querida.”

“Rio, o que está acontecendo?”

“Você está no banheiro?”

“Sim, Rio...”

“A porta está trancada?”

Jesse rapidamente trancou a porta.

“Sim, estou no banheiro com a porta trancada. Agora, o que está acontecendo?”

“Ela está trancada,” ouviu Rio dizer a alguém, ela assumiu que fosse Clay.

“Rio! O que está acontecendo?”

“Jesse, tem alguém na propriedade. Não se preocupe, pois seja quem for não está na

casa ainda.”

“O quê?” Jesse agarrou o telefone com mais força. “Alguém está tentando invadir a

casa?”

Jesse podia ouvir os gritos de Clay no fundo.

196
“Diga-lhe que estamos quase lá, porra!”

“Jesse, nós estamos —”

“Eu ouvi Clay. Como vocês sabem que alguém está aqui?”

“Explicamos quando chegarmos aí. Apenas fique onde está querida. Mantenha a

porta trancada.”

Ela podia ouvir o medo e a raiva em sua voz, que sabia ele tentava esconder dela.

“Eu liguei o alarme,” Jesse disse para si mesma, mas Rio ouviu.

“Eu sei querida. Os sensores externos foram ativados quando você ligou o alarme.

Alguém tropeçou neles alguns minutos atrás.”

Ela o ouviu responder a algo que Clay disse.

“Se alguém invadir a casa, o alarme não vai soar?” Jesse perguntou, tentando ver

através da janela do banheiro.

“Sim. É bem alto e provavelmente irá assustá-los. Não importa o que ouvir, fique

trancada no banheiro até que um de nós chegue até você. Você me ouviu? Fique onde está!”

Jesse se moveu para o interruptor. Mergulhando o cômodo na escuridão, e voltou

para a janela. Puxou a cortina até que pudesse ver os fundos da propriedade.

Agora podia ver melhor e esperava que quem estivesse espreitando lá fora não

pudesse vê-la.

“Não vejo ninguém lá fora. Vou ver se consigo ver algo na frente.”

“Não, porra. Fique aí. Clay e eu estamos chegando agora.”

Ela ouviu vários segundos de maldições abafadas.

De repente, o alarme soou, bloqueando as vozes.

Jesse congelou. O alarme teria assustado o intruso ou alguém tinha entrado na casa?

O intruso provavelmente tinha fugido. Clay e Rio estão aqui, lembrou a si mesma.

Eles iriam revistar a casa, encontrá-la vazia, e viriam buscá-la.

197
Ela apenas gostaria que eles desligassem o alarme gritando. Quando, de repente, ele

ficou mudo, ela olhou para a porta. O silêncio mortal repentino a desconcertando depois do

uivo do alarme. Movendo-se para a porta, esforçou-se para ouvir algo, qualquer coisa.

O som de um tiro quebrou o silêncio. Jesse saltou em horror.

Clay ou Rio teria pegado suas armas no escritório ou o intruso teria disparado? De

qualquer maneira, significava que alguém estava na casa.

Ela ouviu soar como uma briga acontecendo seguida por um impacto.

Temor por seus homens a teve desajeitadamente abrindo a porta e correndo para fora

do banheiro. Se algo acontecesse a qualquer um deles ela não achava que poderia suportar.

Ela correu pelo corredor em direção ao som das maldições iradas de Rio, vindas da

cozinha.

“Jesse! Não!”

Ela ouviu o rugido irritado de Clay quando uma mão disparou e a agarrou. O intruso

a puxou na frente dele para usá-la como escudo. Ela viu o brilho de uma faca quando se

moveu em direção a sua garganta. Distraidamente a reconheceu como uma que ela guardava

em um bloco no balcão da cozinha.

“Fiquem para trás ou eu vou cortá-la.”

Jesse congelou de medo quando a voz ameaçadora perto de sua orelha parou tanto

Clay quanto Rio em suas trilhas.

Ela viu o medo e frustração em seus olhos enquanto assistia o intruso acariciar sua

garganta ameaçadoramente com a faca.

Jesse podia ver que Rio tinha sido ferido, sua manga vermelha de sangue.

A mesa estava quebrada, as cadeiras espalhadas em torno da cozinha e vidro por toda

parte. Jesse podia ver que as portas francesas penduravam bêbadas, a maior parte do vidro

tinha ido.

Encontrou os olhos de Clay e quis olhar longe do horror esmagador que viu neles.

198
*****

Clay sentiu como se tivesse entrado num pesadelo.

Ele e seu irmão tinham ido jogar pôquer no clube, ansiosos sobre sua conversa com

Jesse. Jake e Blade se sentaram com eles.

Quando Ethan apareceu para lhes dizer que tinha visto Nat e Jesse no restaurante do

hotel e que parecia que Jesse ia aceitar sua proposta, a tensão simplesmente tinha drenado.

“Ela me implorou para não dizer a vocês,” Ethan disse. “Só vim aqui para lhes dizer

por que tive pena dos dois. Provavelmente iam perder todo seu dinheiro para estes dois aqui,

porque estão distraídos.” Ele sorriu para seus amigos. “Quero que vocês o percam para mim.

Enfim, quando saí, as ouvi falando sobre comprar um vestido de noiva.”

“Graças a Deus!” Rio tomou um grande gole de seu uísque. “Mas se não temos

supostamente que saber, vamos ter que esperar ela ligar.”

Ele franziu a testa. “Você não acha que ela vai nos fazer esperar até amanhã, não é?”

Jake, Blade e Ethan caíram na gargalhada.

O jogo tinha continuado com Clay e Rio olhando no relógio a cada minuto.

Quando o alarme remoto tinha soado, eles olharam um para o outro em estado de

choque e correram para fora do clube sem olhar para trás, nem quando ouviu os outros três

correrem atrás deles.

Chegando a casa, Blade e Ethan se separaram para circular a casa, enquanto Clay e

Rio entraram pela frente. Jake tinha ficado no caminhão, falando ao telefone com Ace.

Antes que pudessem destrancar a porta da frente, o sujeito tinha caído através das

portas francesas na parte de trás, aparentemente sabendo que tinham chegado e tentando

alcançar Jesse antes deles.

Rio correu para dentro da casa, deixando Clay para silenciar o alarme ensurdecedor.

Ele já havia se movido para a cozinha quando ouviu o estrondo. Rio tinha jogado o

intruso na mesa da cozinha, que quebrou com o impacto.

199
O jovem punk tinha se levantado com uma arma na mão e disparado, acertando Rio

no braço.

Clay mergulhou na arma, batendo-a fora da mão do sujeito e a enviou voando. Tinha

rolado para seus pés para ir à caça quando o sujeito pegou uma faca no balcão e Jesse correu

dentro do cômodo.

Medo e raiva como nunca tinha sentido ameaçava consumí-lo. Ele, que, por causa da

morte de seus pais quando ainda adolescente, tinha aprendido a ter controle, permanecendo

equilibrado em todos os momentos, sendo tranquilo e calmo, até frio, em uma crise, sentia-se

quase paralisado de medo ante a ameaça à Jesse.

“Diga a seus amigos lá fora para entrar,” o sujeito segurando Jesse disse a Clay.

Clay não estava gostando do olhar selvagem nos olhos do homem, ou do jeito como

ele balançava tão forte a faca na garganta de Jesse. Um deslize e a poderiam. Sentia-se

impotente para ajudá-la enquanto este bastardo tivesse uma faca em sua garganta e sua

atenção permanecendo focada nele e Rio.

Estava esperando que o sujeito não soubesse sobre os outros. Sabia que um deles ia

distrair o sujeito o tempo suficiente para Clay alcançá-lo.

Agora parecia sua única chance.

“Que amigos?”

“Não fode comigo!” Eu vi os dois olhando lá de fora para mim. Eu estava do lado

quando você chegou e os vi tentando dar a volta na casa para me pegar. É por isso que tive

que quebrar a parte de trás!”

Seu domínio sobre Jesse apertou. “Eu sabia que se chegasse até ela antes, vocês me

dariam o que quero conseguir de volta. Chame-os. Agora. Ou juro que vou cortá-la.”

Clay percebeu que o sujeito só sabia sobre Blade e Ethan. Ele não sabia sobre Jake.

Viu quando o bastardo moveu a faca do pescoço de Jesse em direção a seu seio até

que chegou ao mamilo.

“Talvez eu corte pequenos pedaços dela até conseguir o que quero.”

200
Quando ele espetou seu seio com a ponta da faca, Jesse choramingou.

“Não!” Clay e Rio gritaram. Blade e Ethan correram pela porta francesa quebrada.

“Estamos aqui. Não a machuque.” Blade parou atrás de Clay, com Ethan ao seu lado.

“O que você quiser, é seu, só não a machuque.” Clay se obrigou a falar calmamente,

quando não queria nada mais que matar o homem com as próprias mãos.

Ele recuou a faca para a garganta de Jesse. Parecia assustado, desesperado por

encontrar-se nesta situação. Sua tentativa de sequestrar Jesse tinha sido frustrada e isso o

deixava nervoso. Suas mãos tremiam tanto que Clay temia que cortasse Jesse por acidente.

“Eu quero meu fodido dinheiro,” o homem menor rugiu. “O dinheiro que seu marido

roubou de mim. Quero-o de volta.”

“Ex-marido,” Jesse o corrigiu.

“Cale a boca, cadela.”

O homem tremeu de raiva, inadvertidamente picando a garganta de Jesse com a faca.

Clay sentiu seu estômago cair quando viu a gota de sangue no pescoço de Jesse.

“Acalme-se. Vou te dar o dinheiro.” A voz de Clay baixou enquanto encontrava os

olhos de Jesse em advertência.

Ela estava indo sobre seu joelho por isso. Se ela tivesse ficado lá, como lhe foi dito,

não estaria em perigo. Agora, ela provocava o homem segurando uma faca em sua garganta.

“Eu quero cem mil dólares. Eu sei que vocês têm. Eu os verifiquei.”

“Você está certo,” Clay manteve a voz baixa e tranquilizante. “Vou pagá-lo para você.

Deixe-a ir. Você não quer machucá-la.”

“Eu quero meu dinheiro e ela fica comigo até que eu o consiga. Ela vai sair comigo.

Você vai tê-la de volta quando eu tiver meu dinheiro.” Ele sorriu doentiamente para Clay.

“Depois que eu tiver um pouco de diversão com ela primeiro.”

O estômago de Clay revirou. Este sujeito não ia levar sua mulher para lugar nenhum.

201
Jake não poderia chegar a este sujeito enquanto ele continuasse com as costas para a

parede. Clay sabia que precisava fazê-lo se mover. Não tinha dúvidas de que Jake tinha

ouvido cada palavra e reagiria de acordo.

“Por que não vamos para o meu escritório e eu vou transferir o dinheiro para sua

conta. Apenas me dê o número.”

“Eu não tenho nenhuma conta de merda. Brian roubou tudo. Não, eu vou sair e levá-

la comigo.”

“Eu não vou a lugar nenhum com você, idiota,” Jesse rosnou. “Você é apenas um

garoto franzino. Meus noivos vão quebrá-lo ao meio por me ameaçar.”

“Jesse, cala a boca.” Os olhos de Rio brilharam.

Clay olhou para Jesse incrédulo. Oh, sim, definitivamente sobre seu joelho. Ele não

podia deixá-la ver o orgulho que ele sentiu em sua recusa de ser uma vítima. Ele nunca faria.

Sua prioridade deveria ser sua segurança, e provocar um lunático com uma faca em sua

garganta não era seguro.

“Eu não posso deixá-lo levá-la.” A voz de Clay era baixa. “Entendo que Brian o

enganou, mas ela não tem nada a ver com isso.”

“É tudo culpa dela.” Saliva disparou da boca do sujeito. “Ele está preso por causa dela.

Ele não pode me pagar da prisão!”

O sujeito começou a puxar Jesse em direção à porta. “Já chega. Vou levá-la comigo.

Consiga meu dinheiro. Eu te ligo amanhã para dizer onde quero que você o deixe. Então você

pode tê-la de volta.”

Ethan e Blade foram avançando para frente, e Clay sabia que tinham a esperança de

chegar perto o suficiente para ajudá-lo se ele tivesse a chance de passar o sujeito. Ethan

habilmente tinha amarrado uma toalha no braço de Rio para parar o sangramento, enquanto

Blade se aproximava.

“Para trás! Todos vocês!”

Jesse ofegou quando a faca a espetou novamente.

202
“Se você me cortar novamente eu vou chutar suas bolas para sua garganta.”

“Jesse,” Clay murmurou em advertência.

“Vamos ver o quão resistente você é, cadela, quando estiver amarrada e nua. Você vai

me implorar para ser bom com você.”

Clay quis esmagar o punho no desdém no rosto do homem. O pensamento de sua

mulher amarrada, nua, e nas garras deste homem o enfureceu.

Os olhos selvagens do rapaz se arremessaram em torno do cômodo enquanto ele

recuava em direção à porta da cozinha.

“Todo mundo fica onde está. Você a terá de volta quando eu receber meu dinheiro.”

Clay observou impotente enquanto o sujeito recuava para a porta, puxando Jesse com

ele. Não podia permitir que ele saísse com ela. Teria que esperar até que o sujeito fosse para

fora, porém, antes de poder agarrá-lo.

Se saísse pela porta francesa e ao redor da casa, poderia surpreendê-lo lá na frente.

Sabia que ele poderia contar com os outros para pegar Jesse e mantê-la segura.

Assim que o homem enlouquecido se moveu para a porta, Clay viu Jake fazer seu

movimento. Jake agarrou o braço que segurava a faca, forçando-a longe de Jesse.

Clay agarrou Jesse pelo braço, jogou-a em direção de Blade e saltou no intruso. A faca

voou fora da mão do homem e Clay fez o que esteve querendo fazer desde que viu uma faca

na garganta de Jesse.

Bateu o punho na cara do bastardo com a força de um tijolo, derrubando o homem

resfriado.

Ele olhou para o homem caído e para Jake que ele inadvertidamente derrubou junto.

“Desculpe Jake. Você está bem?” Clay ficou lá, olhando para o homem inconsciente

no chão.

“Sim,” Jake se levantou e sorriu para seu amigo. “Ela vai lhes dar tantos problemas

quanto sua irmã me dá.”

203
“Deus nos ajude.” Clay sabia que Nat provocava Jake em cada oportunidade e que

Jake tinha que estar constantemente na ponta dos pés para acompanhá-la.

Clay também sabia o quanto Jake amava isso.

Clay se virou para ver Jesse ser esmagada no peito de Rio. Ambos estavam feridos e

teriam que ser levados ao hospital.

Ele atravessou o cômodo para as duas pessoas mais importantes de sua vida.

Assistindo o estardalhaço de Jesse sobre a lesão de Rio, ele a abraçou por trás.

“Você está bem, bebê?”

Ele pegou a toalha úmida que Blade usava para limpar o sangue do pescoço de Jesse.

“Parece que está tudo bem.” Erguendo seu queixo, Blade olhou seu pescoço

criticamente. “Precisa de uma pomada antibiótica e deve colocar uma bandagem.”

Rio se aproximou para ver por si mesmo. Ethan estava ao seu lado e concordou.

“Sim, algo assim poderia ser infectado. Você terá que ficar mudando o curativo.

Mantenha-o seco.”

“Eu não posso acreditar!” Jesse exclamou incrédula. “Rio foi baleado e todos vocês

estão preocupados com este pequeno arranhão.”

Rio franziu a testa. “Foi só meu braço, Jesse. Esse cara quase cortou sua garganta.”

Jesse piscou em surpresa e olhou para cada um dos homens, por sua vez. Todos

tinham carrancas preocupadas enquanto olhavam para ela.

Jesse sacudiu a cabeça. Nada em sua vida a tinha preparado para homens como estes.

Ela se virou para Clay. “Precisamos levar Rio para o hospital.”

“Vamos levar vocês dois para o hospital, bebê, assim que Ace chegar aqui.”

Jesse tocou o braço de Rio logo abaixo da bandagem improvisada. “Dói muito?”

Rio olhou de soslaio para ela. “Mais tarde você pode beijá-lo e fazê-lo ficar melhor.”

Lágrimas encheram seus olhos. Ela podia ver a dor que ele tentava esconder.

“Ele poderia tê-lo matado,” ela engasgou.

204
“Ele poderia ter matado você.” Rio a olhou sombriamente. “Não pense que não será

espancada por me desobedecer e sair do banheiro trancado.”

“E por provocar um homem segurando uma faca em sua garganta,” Clay adicionou

ameaçadoramente.

Blade e Ethan concordaram, obviamente, felizes por adicionar suas opiniões.

“Ela tem que aprender a obedecê-los,” de Blade.

“Jesse vai ter que aprender a confiar em vocês para mantê-la segura. Ela vai ter que

aprender a se lembrar disso. Um traseiro vermelho vai lembrá-la,” foi Ethan.

Jesse olhou para onde Jake estava de guarda sobre o homem caído ao vê-lo a

observando. Ela piscou para ele e se voltou para seus homens.

“Eu estava tão assustada,” sussurrou, fazendo beicinho. “Nem pensei. Sinto muito.”

Ela fungou. “Eu estava com tanto medo de que vocês se machucassem. Ouvi o tiro e

só queria chegar até vocês. Quero que vocês dois sejam meus maridos. Eu os amo tanto.”

Ela empurrou o lábio inferior para fora e viu a ternura nos olhos de seus homens.

Talvez ela não estivesse recebendo essa surra, depois de tudo.

Jesse e os outros se viraram quando Ace entrou na sala, assistindo a cena de relance.

“Quem nocauteou esse cara?” Ele gesticulou para o homem no chão.

“Clay,” Jake disse. “Um soco.”

Jesse olhou enquanto Ace se movia pelo cômodo, seus olhos observando os danos.

Sua sobrancelha arqueou quando ele viu a faca, então a arma.

“O quão ruim vocês se feriram?” A toalha no braço de Rio se tornara encharcada de

sangue.

“Eu estou bem,” Rio descartou com um dar de ombros. “O bastardo cortou Jesse, no

entanto. Precisamos levá-la ao hospital.”

Eles ouviram um gemido e olharam para ver o homem conseguir tremendo ficar de

pé. Sua expressão parecia desesperada quando viu que três homens grandes o cercaram,

tornando impossível uma fuga.

205
Jesse escapou das mãos a segurando e correu em direção a ele. Aquele bastardo havia

arrombado sua casa e atirado em Rio.

Quando ele tentou levantar o braço, Jake o agarrou.

Blade a deteve com um braço ao redor de sua cintura.

“Calma, tigre.”

“Você atirou em Rio, seu idiota.” Ela lutou contra o aperto de Blade.

Jesse continuou a lutar, embora Blade a tivesse erguido do chão em sua tentativa de

segurá-la. Ela continuou sua raiva contra o homem que tinha atirado em Rio, ameaçando

várias partes de seu corpo com sua ira.

“Jesse!”

Jesse congelou no grito de Clay.

Ele se moveu para seu lado enquanto Blade cautelosamente baixou seus pés para o

chão.

“Já chega. Vamos levar você e Rio para o hospital.”

Jesse olhou para Clay e assentiu. Blade a soltou e antes que alguém pudesse pará-la,

ela girou, chutando o intruso na virilha e vendo quando ele se dobrou.

“Droga, Jesse.”

Capítulo 17

206
Clay olhou para cima dos bifes na grelha. Cheio de satisfação, e estudou a cena diante

dele.

Era à noite antes de seu casamento, e Jesse quis passar a noite na casa nova com sua

irmã fazendo o que as mulheres faziam quando estavam sozinhas.

Graças a Deus Jesse finalmente tinha se acalmado.

Todos os seus filhos vieram para o casamento, o seu, o de Rio, o de Jesse e o garoto de

Jake e Nat.

Jesse tinha se afligido de que Will e Kyle não gostassem dela e tinha torturado ele e

seu irmão implacavelmente sobre o que eles gostavam ou não e sobre suas comidas favoritas.

Ela e Nat tinham então passado vários dias deixando ambas as casas prontas, compras e

cozinhando comida o suficiente para alimentar um pequeno exército.

Clay sorriu. Estes quatro comiam como um exército.

Quando todos chegaram, Jesse tinha estado uma pilha de nervos. Tanto ele quanto

seu irmão há haviam tentado, sem sucesso, tranquilizá-la.

Ela não tinha se acalmado até que ambos, Will e Kyle tiveram uma conversa

particular com ela. Ele ainda não tinha tido a chance de lhes perguntar sobre isso, mas iria.

Enquanto isso, Will, Kyle e Alex tinham passado os últimos dias dormindo nesta casa,

passavam os dias se conhecendo e a seus futuros padrastos. Esta casa tinha mais quartos e

estaria sempre pronta para quando os meninos quisessem usá-la.

Clay e Rio planejavam dormir aqui esta noite, depois que as mulheres insistiram que

eles não poderiam ver Jesse novamente até o casamento.

Eles tomaram isso como uma grande oportunidade de passar um tempo só-de-

homens com os meninos. Tinham chamado Jake e seu filho Joe para se juntar a eles, pensando

que Alex poderia se sentir mais confortável tendo seu tio e primo lá.

Ambos Will e Kyle pareciam ter gostado de Jesse, Clay pensou; imensamente feliz.

207
Ele e Rio tinham visto a confusão e preocupação de Alex a princípio no pensamento

de que dois homens estariam compartilhando sua mãe. Eles tinham entendido suas

preocupações e respondido às suas perguntas pacientemente. Joe tinha levado Alex para a

cidade e o apresentado ao redor, fazendo um ponto especial por apresentar Alex a Gracie e

seus maridos e Isabel e seus três maridos amorosos. Eles sabiam que Alex tinha falado com

seu tio, também, e gradualmente sido caloroso com eles.

Mas, hoje Alex parecia muito quieto quando todos se reuniram no pátio. Algo o

incomodava e Clay queria chegar ao fundo da questão. Nada teria permissão de interferir em

seu casamento com Jesse, e queria tudo resolvido para que nada estragasse seu dia.

Jesse ficaria frenética se seu filho amado parecesse infeliz.

Ele olhou de novo para Alex. O garoto sorria para seus primos e em breve-meio-

irmãos, mas o sorriso não alcançou seus olhos. Ele escondia muito, do jeito como sua mãe

fazia.

Ele e Rio já haviam decidido pagar a faculdade de Alex e tinham seu argumento para

Jesse preparado. Eles seriam padrastos de Alex. O próprio pai de Alex continuava na prisão.

Se ela queria que fossem uma família, fariam para Alex o que faziam para Will e Kyle.

Alex não merecia menos.

Ele viu Rio dar um olhar preocupado no menino e assentiu em compreensão quando

Rio olhou para ele. Jake interceptou o olhar e sacudiu a cabeça em advertência.

Clay conteve a impaciência. Aparentemente, Alex confiava em Jake. Por alguma

razão, Jake queria que deixassem ir por agora.

Quando terminaram de comer e tiveram a bagunça limpa, os meninos chamaram os

homens para jogar pôquer com eles, insistindo que pôquer deveria ser incluído na ‘noite dos

homens'.

Além disso, eles argumentaram que queriam trabalhar no jogo e pensavam que seria

divertido bater os ‘velhos’.

208
“Velhos?” Rio rosnou, fazendo com que os garotos rissem histericamente em sua

expressão ultrajada.

“Você acha isso engraçado, não é? Bem nós os ‘velhos' vamos limpar vocês filhotes de

cachorros jovens de todos os seus palitos. Vamos ver que vai rir então.”

Jogar com eles provou ser completamente diferentes de seus jogos no clube. Nenhum

dos garotos tinha uma cara de pôquer que valesse uma maldição, e eles mostravam uns aos

outros suas cartas, pedindo conselhos sobre o que jogar.

Clay, Rio e Jake tentaram esconder seus sorrisos divertidos, apreciando o jogo mais

do que já tinham qualquer outro.

Mais de duas horas de jogo, e a pilha de palitos dos garotos diminuía continuamente.

Cada um contemplaram as mãos que tinham acabado de negociar em silêncio.

“Eu gostaria de dizer algo.”

Clay ergueu os olhos para ver Alex se dirigir a ele e Rio atentamente. Seu estômago se

apertou. Ele olhou para seu irmão. Rio também parecia nervoso.

“O que está em sua mente, Alex?” Clay forçou-se a manter seu tom leve.

Observou Alex se mexer na cadeira e olhar para o tio. No gesto encorajador de Jake,

ele começou.

“Quando minha mãe me disse que queria se casar de novo, eu fiquei com medo.

Fiquei com medo por ela, quero dizer, ela e meu pai não pareciam felizes juntos. Eles não

estavam realmente juntos, nem um pouco.”

Ele escapou olhares para eles, enquanto parecia estudar suas cartas.

Clay apostava seu garanhão premiado que Alex não podia nomear uma única carta

em sua mão.

“Eu também fiquei assustado por mim,” Alex continuou. “E se seu novo marido não

me quisesse por perto?”

“Espero que você saiba o quão bem-vindo você é, todos vocês, que estão aqui.” O

olhar de Clay incluía seu filho e sobrinho. “A nova casa tem apenas um quarto, mas esta casa

209
tem bastante espaço e será mantida pronta para os três sempre que quiserem usá-la. Vocês

podem visitar ou podem viver aqui. Cabe a vocês.”

Clay observou os garotos olharem um para o outro. Algo se passou entre eles, mas

olharam para suas cartas quando Alex limpou a garganta.

“Quando ouvi que minha mãe queria se casar dois homens eu fiquei realmente

assustado.” O coração de Clay quebrou quando Alex baixou a cabeça e murmurou baixinho.

“Acho que meu pai teria batido na minha mãe antes se eu não estivesse lá. Ele não queria

parecer ruim na minha frente. Eu nem queria ir para a escola, mas minha mãe me disse para

fazer o que eu precisava fazer. Ela me disse que ia se divorciar dele.”

“Você tem medo de que nós pudéssemos machucar sua mãe?” Clay perguntou com

cuidado, silenciando o protesto automático de Rio com um dedo levantado.

“Eu estava;” Alex confirmou. “Até que conversei com Tio Jake e vi o jeito como vocês

são com ela.”

Agora o coração de Clay derreteu quando a voz de Alex quebrou. Ele podia ver a luta

do garoto pelo controle, claramente não querendo chorar na frente deles, mas precisando

terminar.

“Nunca vi minha mãe feliz, realmente feliz, até agora.” Ele virou os olhos cheios de

dor para ele e Rio. “eu nem sequer tinha percebido o quão infeliz ela era antes.” Ele limpou a

garganta de novo. “Obrigado por fazerem minha mãe tão feliz.”

O estômago apertado de Clay relaxou e ele sorriu para Alex.

“Sua mãe nos faz felizes do mesmo tanto.”

Clay franziu o cenho quando Will e Kyle riram.

“O que é tão engraçado?” Perguntou; surpreso e furioso que eles estivessem rindo de

Alex.

Will soltou. “Foi isso que dissemos a Jesse.”

Kyle alcançou e deu um murro brincalhão no ombro de Alex.

210
“Quando conversamos com sua mãe ontem, dissemos a ela o que você acabou de

dizer ao tio Clay.”

Will sorriu para Alex.

“Sim, quando dissemos isto, porém, sua mãe chorou, mas,” ele acrescentou

travessamente, “nós conseguimos bolo de chocolate!”

*****

Jesse ficou entre seus maridos usando apenas o body1 de seda que usara sob seu

vestido de noiva.

Seus olhos brilharam quando viram pela primeira vez a seda pêssego que ela tinha

usado para se casar.

Seus olhos escureceram agora enquanto faziam uma pausa no processo de despi-la

para circular em torno dela, o olhar em seus olhos fazendo seu sangue começar a aquecer.

Jesse se sentia querida. Nenhum deles tinham ficado há mais de alguns metros dela o

dia todo e não fizeram nenhuma pretensão de estarem felizes que ela tinha se casado com

eles.

Ela esperava que eles gostassem de seu body, mas havia subestimado o quanto. Eles

simplesmente se levantaram e olharam para ela, luxúria e amor aquecendo seus olhos.

Ela sabia que o cetim branco e fino da renda do body moldava sua figura com

perfeição. Empurrando seus peitos altos e moldando seu traseiro de uma maneira que ela

esperava seduzi-los. As tiras de pêssego aparadas com mais da renda fina amarravam em

arcos e estrategicamente colocavam e seguravam o body no lugar.

211
As tiras amarradas sobre seus seios serviam como correias. Várias tiras minúsculas

amarradas em arcos seguravam os dois lados juntos, e mais três sobre seu monte seguravam o

body no lugar entre suas pernas.

Tinha sido feito especialmente pela mulher talentosa dona da loja de lingerie na

cidade que tinha ficado extasiada com o projeto de Jesse e queria fazer mais para sua loja. Ela

tinha prometido mais para Jesse em variedades de cores a um custo de gratidão.

Por este ela tinha pagado bem caro, mas ao ver os olhares no rosto de Clay e Rio,

soube que tinha valido a pena cada centavo.

“Oh, Deus, bebê.”

A mão de Clay realmente tremeu quando alcançou para traçar uma das tiras finas

sobre seu seio. Parecia ainda menor e mais frágil sob sua mão grande.

Rio, que continuava olhando há vários momentos, finalmente falou.

“Querida, você está tão linda.” Ele olhou para Clay, e Jesse sorriu na profunda

satisfação em seus olhos. “Ela é finalmente nossa esposa.”

Clay assentiu, com seus olhos ainda em Jesse. “Valeu cada bocado da espera.”

Rio deu um passo atrás e a circulou novamente, seu sorriso fazendo-a tremer de

emoção. O olhar intenso de Clay reluzia com promessa e ela sentiu os joelhos enfraquecerem.

Rio riu. “Então, tudo que está entre nós e você ficar nua são estas tiras minúsculas.”

Ele traçou um dedo sobre o pequeno arco amarrado sobre seu outro seio.

Quando Jesse assentiu, sorrindo timidamente, Clay se inclinou, e mordiscou seus

lábios levemente.

“Eu nunca vi nada tão incrivelmente sexy em minha vida. Obrigada, bebê.”

“Toda a sua roupa deveria ser assim.” Rio lentamente puxou a ponta da fita,

brincando com todos, até que o arco foi desatado, ambos observaram; hipnotizados.

Um por um, eles desataram cada arco com lentidão excruciante, Clay e Rio se

revezando, suas mãos e bocas explorando cada centímetro de carne exposta, até que

finalmente ela ficou nua entre eles.

212
Jesse tremeu e lutou pelo ar. Eles a seduziam tão devagar e completamente, seus

toques leves e passageiros, que ela se contorcia, impotente, desesperada por mais.

Os dois pareciam tão devastadores em seus trajes, mas ela sabia que ficariam ainda

mais devastadores sem eles. Suas jaquetas e gravatas tinham sido tirados antes de chegarem

em casa. Seus sapatos e meias tinham saído em algum momento, até que só usavam as

camisas e calças.

Entre os longos beijos drogados e frustrados toques provocantes, ela conseguiu tirar

suas camisas. Deslizando as mãos e lábios sobre seus músculos elegantes, que Jesse se

maravilhava de agora pertencer a ela. Sacudiu seus mamilos com a língua, poder a

atravessando em suas respostas.

Mordeu levemente o peito musculoso de Clay enquanto lentamente desabotoava sua

calça. Seus dedos encontraram a aba do zíper, e o abaixou devagar, deslizando a mão de leve

sobre seu comprimento de pedra-dura.

Clay prendeu o fôlego quando ela ficou de joelhos e baixou sua calça e cueca.

Jesse colocou beijos de boca aberta em suas coxas, trabalhando lentamente seu

caminho em direção a seu pênis impressionante, a cabeça grande e vermelha pulsando com

necessidade.

Uma gota de pré-semem brilhava na ponta. Quando Jesse tocou a língua para lambê-

la, Clay estremeceu e silvou, agarrando seus ombros e segurando-a longe dele.

“Estou muito excitado, bebê. Não vou durar. Eu e Rio queremos os dois estar dentro

de você quando gozarmos, quando a tomarmos pela primeira vez como seus maridos.”

Jesse olhou para ele por debaixo dos cílios.

“Você vai ter que exercer esse controle de que tanto se orgulha. Você e Rio têm me

provocado. É minha noite de núpcias, também. Quero saborear os pênis de meus maridos.

Você vai me negar?”

213
“Porra, Jesse.” Rio riu no gemido de Clay e viu seu irmão apertar os olhos fechados.

Rio olhou para baixo e seu próprio pau saltou quando viu sua esposa adorada de joelhos, sua

boca a centímetros do pênis de seu irmão. Ele quase explodiu no lugar.

“Só um pouco?” Jesse implorou.

Clay soltou seus ombros e Rio viu seu irmão batalhar pelo controle.

Rio se ajoelhou atrás de Jesse, rindo enquanto agarrava seus seios.

“Certamente você pode esperar por alguns minutos, Clay. Se nossa esposa quer um

pênis em sua boca, não devemos contrariá-la.”

Seu pau saltou novamente quando Jesse estendeu a mão, acariciou sua mandíbula e

sussurrou. “Não ria garanhão. Você é o próximo.”

Enquanto Jesse trabalhava no pau de seu irmão, Rio trabalhava nela, jurando pôr fim

nas provocações presunçosas de sua noiva. Queria deixá-la tão quente que ela ia esquecer

tudo sobre provocá-los e implorar para ser tomada.

Ele puxou e arrancou em seus mamilos do jeito que sabia que a deixava selvagem. E

olhou por cima de seu ombro, amando a visão de suas mãos nela.

Ouviu os gemidos de seu irmão e sorriu enquanto beliscava os mamilos duros de

Jesse o suficiente para tê-la gemendo, também.

“Não tão presunçosa agora, não é, querida? Vamos ver se posso fazer melhor.”

Soltou seus seios e agarrou o lubrificante. Espremendo uma quantidade generosa nos

dedos, olhou para cima e viu Clay o observando. “Vamos fazê-la implorar.”

“Porra!” Clay gemeu e fechou os olhos novamente, e Rio sabia que Jesse tinha

intensificado seu jogo. Bem, ele podia fazer isso, também.

Embrulhando um braço em volta de sua cintura, tocou os dedos em sua abertura

apertada e sentiu-a sacudir.

“Você sabe o que está vindo, não é, querida?”

E empurrou dois dedos dentro de seu traseiro apertado e sentiu o aperto sobre eles.

214
“Você é tão apertada, querida.” Ele continuou a golpeá-la, empurrando ainda mais a

cada impulso e podia sentir como seu corpo tremia. Amava os pequenos sons miados que ela

fazia em sua garganta.

“Querida, mal posso esperar para enfiar meu pau na sua bunda. Vamos ver o quão

presunçosa você vai ficar então.”

Sabia o quão selvagem ela ficava quando falavam assim, e pela forma como ela

tremeu mais forte, sabia que sua fala áspera a excitava ainda mais.

“Eu vou tomá-la tão lentamente que a queimadura que você tanto ama vai durar

bastante tempo. Você vai ser esticada tão apertada, que vou ter que ficar parado para não

gozar imediatamente. Mas isso não vai acontecer até que eu esteja todo dentro querida, tão

longe que vai se sentir como se eu estivesse em sua garganta.”

Rio ouviu Clay gemer e o viu empurrar contra o ombro do Jesse, tirando o pau de sua

boca.

Quando Jesse se voltou para ele, aliviou os dedos de sua bunda e moveu-se para ficar

na frente dela, compartilhando um olhar com Clay.

Sabia que seu irmão ia assumir e conduzir Jesse selvagem. Respirou fundo,

preparando-se para o primeiro toque de sua pequena boca quente em seu pênis. Cristo, e

esperava que pudesse aguentar. Seu pau já estava duro o suficiente para bater unhas e não

sabia quanto da fodida de boca da sua esposa ele poderia tomar.

Rio sorriu quando viu que suas mãos tremiam quando ela o agarrou. Observou como

seu irmão se moveu para trás dela e deitou no chão, puxando Jesse sobre ele até que estava

sentada em seu rosto.

Ele sorriu em seu olhar surpreso. “Não está tão confiante, agora, está querida?”

Ele viu a determinação em seu rosto antes dela abrir a boca e se inclinar, então se

preparou.

A sensação da boca quente em seu pênis o teve silvando. Oh Deus. Ela o virou do

avesso.

215
Ele agarrou sua cabeça com as mãos e começou a acariciar sua boca enquanto ela

usava sua pequena língua diabólica nele. Os ruídos sorvidos que ela fazia só o deixavam mais

quente; como fazia os torturados gemidos vindos do fundo de sua garganta.

Sentindo a vibração dos gemidos em seu pênis, ele sabia que não podia durar.

As unhas dela cravaram em suas coxas e ele sabia que a boca de Clay tinha

encontrado seu alvo. Um brilho fino de suor a cobriu e ela começou a chupá-lo mais

desesperadamente em sua boca.

De repente ele não pôde suportar nem mais um segundo e empurrou fora de sua

boca, observando quando Clay a pegou.

Graças a Deus Clay a tinha agarrado, Rio pensou enquanto segurava o estribo da

cama com força e lutava pelo controle. Seus joelhos se sentiam fracos e ele sabia que se não

fosse por seu controle apertado sobre a madeira, teria caído.

“Porra, Jesse,” ele gemeu. “Essa sua boca é letal.”

Rio olhou, hipnotizado pela visão de Jesse de joelhos sobre o rosto de Clay. Que tinha

as mãos em seus quadris. Jesse tinha um controle apertado em seus antebraços, suas juntas

estavam brancas.

Sua cabeça jogada para trás em abandono, seu corpo inteiro lavado com prazer. Seus

gritos e gemidos soavam mais desesperados a cada segundo. Ele a conhecia agora, e sabia o

que significavam aqueles sons.

Rio já tinha recuperado controle suficiente para voltar para ela, segurando-a

firmemente enquanto ela tremia, cobrindo sua boca, engolindo seus gemidos.

Cobriu seu seio com uma mão, beliscando seu mamilo, enquanto a outra se moveu

para as bochechas de seu traseiro, deslizando os dedos pelo vinco até que tocou seu ânus

lubrificado.

Rio trabalhou dois dedos largos em seu buraco, acariciando profundamente enquanto

continuava o assalto em seus seios, movendo-se de um para o outro, beliscando os mamilos

sensíveis o suficiente para fazê-la sacudir.

216
Usou a boca nela, amando os sons que vinham do fundo de sua garganta. Sabia que

Clay tinha se movido e ido para trás dela e sentiu as mãos de seu irmão escovar seu peito

quando foram para cobrir os seios de Jesse.

O tempo de jogo tinha acabado. Queria seu pênis nela. Agora.

Puxou a boca da dela e ergueu seu peso leve nos braços, olhando para ver a tensão no

rosto de Clay enquanto se deitava na cama e estendia os braços para Jesse.

Rio a entregou para seu irmão e viu Clay puxar Jesse sobre o peito e inclinar sua

cabeça para um beijo.

Rio braceou uma mão em suas costas e usou a outra para agarrar seu pau latejante e

ajustá-lo contra seu buraco lubrificado. Assistindo a cabeça desaparece no cu de sua esposa

quase o teve gozando naquele momento.

Jesse rasgou a boca da de Clay e fez aquele som ofegante que disparava seu sangue e

o empurrava, mas ele usou a mão em suas costas para mantê-la na posição.

E começou a empurrar dentro dela, rangendo os dentes quando ela cerrou contra ele.

“Você tem a bunda mais incrível.” Rio gemeu asperamente enquanto cuidadosamente

lhe dava seu comprimento inteiro.

Quando ele finalmente acomodou-se até o cabo dentro dela, puxou-a suavemente fora

do peito de Clay e contra o seu, o braço embrulhado em sua cintura. Aninhou-se em seu

pescoço e respirou seu cheiro.

Deus, ele nunca conseguiria o suficiente dela.

“Eu te amo, Jesse.” Beliscou o lóbulo de sua orelha. “Amo estar dentro de você. Não

importa se estou em sua boca má, sua doce boceta, ou em seu rabo apertado. Quando estou

dentro de você, estou no céu.”

Era a coisa mais romântica e erótica que ele já tinha lhe dito e lhe trouxe lágrimas aos

olhos, ao mesmo tempo enviava uma faísca de nova consciência através dela.

Ela assistiu o rosto de Clay enquanto separava suas dobras e cutucava a cabeça de seu

pênis na abertura de sua boceta.

217
“Eu te amo, bebê.” Os olhos de Clay cintilaram, segurando-a escravizada. “Abra-se

para mim, bebê.” E empurrou dentro dela lentamente, dirigindo-a louca, até que a encheu

completamente, ambos segurando-se quietos, bem no fundo.

“Seus maridos amam enchê-la, esposa.” O gemido áspero de Rio em sua orelha a fez

tremer.

Jesse podia sentir cada solavanco de seus pênis enquanto se esticava ao redor deles.

“Oh, Deus, eu amo tanto vocês dois.”

Seu corpo apertou e contraiu ao redor de seus pênis latejantes. Se não se movessem

logo, ela não achava que fosse sobreviver. Seu corpo estava esticado com uma dor erótica que

sempre a surpreendia com o efeito devastador em seus sentidos.

Ela simplesmente se perdeu nas demandas que seu corpo fazia e forçou seus novos

maridos a satisfazê-la.

“Movam-se,” ela exigiu. “É demais. Não é suficiente.”

Suas mãos cerraram no peito de Clay, e seus olhos se fecharam enquanto arqueava.

“Por favor. Eu preciso de vocês,” ela implorou.

“Com prazer,” Clay rosnou.

“Não há nada que eu goste mais,” Rio grunhiu.

Após tantas preliminares o ato sexual se tornou quase violento em sua intensidade.

Jesse sabia por experiência própria o quão forte seu orgasmo seria e não conseguia

deixar de lutar contra sua magnitude.

Jesse sentiu Rio empurrar forte em seu traseiro e crescer mais duro enquanto gozava,

pulsando dentro dela. Oh Deus. O que essas pulsações faziam com ela. Não conseguiu evitar

cerrar contra ele. Sentia-se tão cheia.

Eles a enchiam. Eles a cercavam. Eles a faziam queimar.

Com Rio segurando-a firmemente por trás, Jesse se sentiu ancorada e sem defesa para

sair, e ela caiu fundo, faíscas disparando através de seu corpo como descargas elétricas. Ela

gritou roucamente, quase sem voz enquanto seu corpo apertava quase dolorosamente.

218
Ela ouviu o gemido profundo de Clay e sentiu suas mãos se apertarem em seus

quadris enquanto ele gozava longo e duro.

Ninguém se moveu enquanto lutava para se recuperar, fôlego pesado e gemidos os

únicos sons no quarto.

Depois de longos minutos, com um beijo suave em seu ombro, Rio a baixou para o

peito de Clay, e ele imediatamente embrulhou os braços ao seu redor. Rio se retirou

lentamente, forçando outro gemido dela. Ele bateu levemente em seu traseiro antes de se

afastar.

Ela sabia que ele tinha ido buscar um pano quente para cuidar dela como sempre

faziam. Não se tornara totalmente confortável com isso ainda, mas os dois insistiam no ritual

e ela se viu acostumando-se a ele.

Sabia que brilhava de felicidade. O amor e atenção que eles despejavam sobre ela a

fazia delirar com uma alegria tão profunda que a assustava. Ela realmente tinha acordado no

meio da noite mais de uma vez, temendo que tudo tivesse sido um sonho.

E a cada vez, tanto Clay quanto Rio estendia a mão para acalmá-la, de alguma forma,

sempre atentos a ela, mesmo durante o sono.

Aconchegada entre seus maridos, ela se deitou gasta, envolta em calor. Sonolenta com

satisfação, ela encostou-se a Clay, preguiçosamente acariciando o braço de Rio. O ferimento

da bala quase curado onde ficaria uma cicatriz. Ela se encolhia de medo na lembrança cada

vez que o via.

“Não posso acreditar que estamos casados,” ela respirou.

Ela parou a carícia para levantar a mão, admirando as duas alianças nova que usava;

uma de cada lado dos diamantes gêmeos que tinham lhe dado.

Clay estava deitado de frente a Jesse, e sorriu com indulgência, enquanto via sua

esposa olhar para os anéis que tinham colocado em seu dedo apenas horas atrás.

“Tenho dois maridos,” ela disse baixinho para si mesma.

“Sim, nós sabemos, querida,” Rio brincou.

219
Ela cutucou seu peito em vingança, dando uma risadinha quando ele retraiu.

“Cuidadoso com essas unhas, querida. Já tenho impressões delas em meu traseiro.”

“Eu as tenho em meus braços dessa vez,” Clay riu. “Ela realmente escava quando fica

excitada, não é?”

Ele rolou de costas, satisfeito e mais feliz do que nunca. Fechou os olhos e sentiu Jesse

se mexer ao seu lado.

“Não deveríamos mais fazer sexo.”

“O quê?” Clay ouviu o ganido incrédulo de Rio e o sentiu se virar na cama.

“Como o inferno,” Clay rosnou sem abrir os olhos.

“Bem se vocês não podem lidar com minhas unhas cavando em vocês quando gozo,

talvez fosse melhor se não fizéssemos sexo, quero dizer, se vocês forem muito delicados…”

Clay riu em seu insulto e olhou quando Rio rolou em cima de Jesse, sorrindo ao ver a

expressão indignada de seu irmão.

“Delicados? Não podem lidar com você? Posso lidar com qualquer coisa que você

repartir, esposa.”

Clay se virou de lado voltado para eles e acariciou o ombro macio de Jesse enquanto

Rio cobria sua boca. Quando ele ergueu a cabeça, não conseguiu deixar de rir da expressão

incrédula de Rio olhando para Jesse.

“Delicado? Você acha que sou delicado?”

Clay ouviu Jesse dar uma risadinha e a viu bater a mão na boca, os olhos brilhando.

“Atrevida,” Rio murmurou com um sorriso autodepreciativo.

“Ela vai ser um problema.” Clay aconchegou-a de volta contra ele e alcançou para

desligar a luz.

“Vamos ter nossas mãos cheias,” Rio concordou.

“Tenho dois maridos para acompanhar,” Jesse os lembrou. “Tenho dois maridos

muito possessivos, superprotetores, e às vezes, escandalosamente frustrantes para lidar todos

os dias. Mas se um de vocês fica bravo comigo, pode sempre me passar para o outro.”

220
“Nunca!”

Clay alcançou para acender a luz de novo, virando-a de frente para ele, os olhos

afiados.

“Você pertence a nós dois a toda hora, Jesse. Você é nossa esposa, bebê. Acredite em

mim, você vai conseguir lidar com a gente. Somos nós que vamos ter que acompanhá-la.” Ele

acariciou seu rosto amorosamente e sorriu enquanto tocava os lábios nos dela. “Espero

ansiosamente cada dia agora. Tê-la como nossa esposa nos faz mais felizes do que qualquer

um de nós já foi.”

Ele viu Rio golpear seu traseiro e se virou para desligar a luz. “E se você começar a

nos causar problemas, só vamos ter que lembrá-la quem é que manda.” Ele sorriu na ameaça

de seu irmão enquanto se deitava e estabelecia Jesse contra ele.

Jesse suspirou. “O treinamento de vocês vai ter um monte de trabalho.”

Silêncio encheu o quarto.

“Desculpe-me?” Clay ergueu a cabeça para procurar suas feições no escuro.

“Ssshhh, estou com sono,” ela respondeu sonolenta.

Depois de um tempo Rio murmurou através da forma adormecida de Jesse. “Treinar

a gente? Que diabos ela quis dizer com isso?”

“Sei lá,” Clay respondeu baixinho para não acordar sua esposa dormindo. E sorriu na

escuridão. “Mas vai ser muito divertido descobrir.”

221
Epílogo

Uma semana depois Jesse viu com espanto como a quantidade enorme de panquecas

que tinha preparado desapareceu com velocidade alarmante.

Tinha dificuldade apenas em acompanhar o apetite de seus maridos. Adicionar seus

filhos e o dela à mistura e a quantidade de alimentos a deixavam cambaleando.

Olhando para cima, viu os dentes fortes de Clay morder uma tira de bacon. Seus

lábios se curvaram, lembrando o que aqueles dentes tinham feito pouco antes e como ela

tinha satisfeito outro dos grandes apetites de seus maridos.

Viu os olhos de Rio se estreitar quando olhou para ele e piscou, sorrindo timidamente

enquanto mordia a torrada. Viu seus olhos irem para seus lábios quando passou a língua

sobre eles e sorriu maliciosamente. Quando ele a olhou e se mexeu na cadeira, ela baixou os

olhos e lutou para não rir em voz alta.

“Por que está sorrindo assim, bebê?”

Jesse olhou para Clay em sua pergunta, encontrando seus olhos acima da beirada da

xícara de café. Viu os garotos olharem para ela curiosamente, distraídos pela comida, mas o

olhar de Clay era afiado.

222
“Estava observando todos vocês comerem e pensando no grande apetite que vocês

têm.”

Os meninos riram de sua observação, flexionando os músculos, tentando superar um

ao outro.

Mas seus maridos a conheciam bem. O conhecimento do que ela tinha pensado

brilhou em seus olhos.

Quando ambos se mexeram em suas cadeiras, os olhos ardentes, ela sabia que tinham

se lembrado da manhã amorosa.

Sorrindo da situação, Jesse se levantou para limpar a mesa.

“Mãe, espere.”

Jesse se sentou, virando um olhar interrogativo para Alex.

“O que foi mel?”

Seu estômago caiu para os pés quando viu a forma como ele e os outros dois rapazes

olharam um para o outro.

Oh, Deus. Eles estavam partindo.

Ela amava tê-los todos aqui. Tinha apenas começado a desenvolver uma relação com

Kyle e Will, enquanto Clay e Rio desenvolvia uma com Alex. Ela viu uma enorme diferença

em seu filho. Ele tinha se tornado mais confiante e brincalhão sob a orientação e atenção de

Clay e Rio. Sabia que eles passavam muito tempo conversando com Alex e que ele havia ido

até eles, algumas vezes, para conselho.

Brian nunca tinha estado muito por perto, e Jake tinha tentado, mas tão longe, não

poderia dar a Alex a atenção que ele precisava.

“Nós três queremos falar com todos vocês sobre algo.”

Não. Por favor, não deixe que eles digam que vão partir. Ela queria mais tempo com

eles.

Jesse virou os olhos para Clay, e depois Rio. Sentiu as mãos geladas serem engolfadas

pelas quentes de Clay.

223
Enfrentando os garotos, ela tentou desesperadamente não chorar.

“Se estiver tudo bem,” Will começou, “nós gostaríamos de passar o verão aqui.”

Jesse olhou de um para o outro, com medo de ter entendido errado.

“Se estiver tudo bem,” Kyle adicionou com um olhar para os outros, “conversamos

sobre nos transferir para o colégio perto daqui. Poderíamos começar no outono.”

Alex acrescentou, com a voz cheia de excitação, “Se nós dividirmos um apartamento,

nós poderíamos ficar lá durante a semana, e vir para cá nos finais de semana e folgas.”

Will olhou para Clay. “Pai, pensamos em passar este verão fazendo algum trabalho

na casa.”

Kyle se virou para Rio. “Se encontrarmos trabalho na cidade, poderíamos usar o

dinheiro para a pintura e outras coisas. A mobília é bem antiga, mas podemos poupar e

comprar alguma coisa nova.”

Clay arqueou a sobrancelha para seu filho. “Você já falou com sua mãe sobre isso?”

“Não,” Will admitiu. “Ela está ocupada com sua nova família e eu quase não a vejo

quando vou lá. Além disso, eu nunca consigo ver Kyle mais.”

“Sim,” Kyle adicionou. “Will e eu sempre quisemos ser irmãos como você e tio Clay.

Agora temos Alex.”

“Agora nós três podemos ser irmãos.” Will socou o braço de Alex brincando.

Os olhos de Jesse se encheram de lágrimas ao ver a expressão no rosto de seu filho.

Quando ela jogou um olhar para seus maridos, pôde ver que eles pareciam tão

comovidos quanto ela.

Não conseguiu mais suportar. Começou a chorar e saiu correndo, muito emocionada

para falar. Ouviu o raspar de cadeiras e vozes baixas enquanto corria pelo corredor para o

quarto.

Caiu na beirada da cama e enterrou o rosto nas mãos, lutando para conseguir

controlar as lágrimas. A cama baixou e ela sentiu ser erguida para o colo de Clay.

224
“Não posso acreditar que eles vão ficar.” Soluçou baixinho. “Pensei que iam nos dizer

que estavam partindo.”

“Suponho que esteja feliz com eles ficar.” Rio sorriu ironicamente.

Clay beijou seu cabelo, as mãos correndo suavemente por suas costas e braço

enquanto falava com seu irmão.

“Rio, o que acha de lhes darmos o dinheiro, um orçamento para que possam utilizar

para arrumar a casa do jeito que quiserem. Vai lhes dar algo para fazer durante todo o verão,

e vão poder conhecer melhor um ao outro, trabalhando juntos em um projeto como este.”

“Acho que é uma ótima ideia.” Rio concordou enquanto se ajoelhava na frente dela, e

segurava suas mãos.

“Não fizemos nada naquela casa por tanto tempo porque estávamos ocupados

construindo esta aqui, à espera de Jesse aparecer.” Ele sorriu para ela desarmando-a. “Aquela

casa precisa de um monte de trabalho. Vamos lhes dizer que estamos disponíveis quando

precisarem de ajuda, mas não vamos interferir. Bem, não muito de qualquer maneira.”

Jesse sentiu os braços de Clay apertar ao seu redor. “Não quero que eles trabalhem na

elétrica, e certamente não quero uma quadra de basquete na sala de estar.” Ele virou o rosto

de Jesse para o seu. “O que você acha bebê? Se os meninos trabalharem na casa juntos e

consertá-la do jeito que quiserem, vão senti-la como sua casa.”

“Bem, querida, o que você acha?”

Jesse olhou para cada um de seus maridos, por sua vez, e sorriu por entre as lágrimas.

“Acho,” sua voz falhou, “acho que me casei com os homens mais incríveis e que sou a

mulher mais sortuda do mundo.”

Clay levantou seu rosto e usou o polegar para limpar uma lágrima perdida de seu

rosto. Apertou seus lábios nos dela. Estavam quentes e firmes, e deixaram seu coração

disparado. Quando ele recuou, seus olhos brilhavam com emoção.

“Nós somos os sortudos, bebê. Nossas vidas estavam vazias antes de você entrar

nelas.”

225
“Você é nosso mundo, querida.” Rio a puxou para beijá-la ternamente e seu coração

saltou. “Por sua causa, temos nossos filhos e o seu aqui conosco. Uma família de verdade.

Vamos cuidar de Alex do jeito que cuidamos de Will e Kyle. Somos todos uma família agora,

Jesse, por sua causa.”

Clay beijou sua testa. “E você é o centro de tudo.”

“Vamos lá. Vamos contar aos garotos nossos planos. Eles já tiveram tempo suficiente

para limpar a mesa,” Rio brincou.

Jesse foi de volta para cozinha com Clay e Rio atrás dela. Os garotos se viraram para a

porta, os rostos esperançosos. Jesse sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto enquanto

abraçava cada um deles por vez.

Eles estariam vivendo logo ao lado!

Ela nunca poderia ter imaginado ser tão feliz. Olhou para ver seus maridos sorrindo

com indulgência, seus próprios olhos úmidos.

Tinha tomado uma chance em uma vida que nunca tinha imaginado e encontrado a

felicidade e o amor que nunca tinha conhecido.

Movendo-se para seus maridos, ela ouviu os garotos fazerem planos, fechou os olhos

quando Clay e Rio se aproximaram, cercando-a mais uma vez com seu calor, e sabia que

nunca estaria fria novamente.

226

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