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TEORIA DO CONHECIMENTO E O DIREITO EM MATURANA E VARELLA

Bruno Krüger Pontes

1 – INTRODUÇÃO

Em “A Árvore do Conhecimento”: As bases Biológicas da Compreensão


Humana”, os biólogos Humberto R. Maturana e Francisco J. Varella expõem, com
orientação, suas pesquisas para a compreensão da vida dos seres vivos e o
desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso, alcançando o âmbito social e
humano, contribuindo para o desenvolvimento da neurociência. Mas a contribuição
dos dois grandes biólogos não foi somente para a neurociência, pois os autores
contribuíram para outras áreas do conhecimento tais como a sociologia, a filosofia, a
psicologia, a pedagogia e o direito. Contribuíram também para um novo olhar
científico para sociedade e as relações sociais com a criação do conceito de
“autopoiese” ou “autopoiesis” que segundo os próprios autores entende-se “que
todos os organismos funcionam devido a seu acoplamento estrutural, ou seja,
devido a sua interação com o meio, que se caracteriza por uma mudança estrutural
contínua (que não cessa enquanto houver vida) e, ao mesmo tempo, pela
conservação dessa recíproca relação de transformação entre o organismo (unidade)
e o meio, pois a forma como ocorre esse processo depende do meio e do contexto
em que se vive”. “Isso significa que, embora sejamos determinados por uma
estrutura biológica, essa determinação estrutural não implica num reducionismo
biológico, pois o meio interfere na forma com que iremos interagir com nossas
próprias estruturas”. (MATURANA & VARELA, 2001)
Porém é impossível mostrar em tão resumido texto todos os perpasses a
que a teoria de Maturana e Varela alcançam nas diversas áreas do conhecimento,
portanto tentar-se-á fazer aproximações dialéticas entre o estudo da obra “A Arvore
do Conhecimento” e o direito.

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2- BASES EPISTÊMICAS EM “A ÁRVORE DO CONHECIMENTO”

Antes de adentrar-se, propriamente no estudo da obra proposta e


consequentemente na área específica do direito, cabe no presente texto discorrer
um pouco sobre as bases epistêmicas da obra de Maturana e Varela.
“...parte do princípio de que a vida é um processo contínuo de
conhecimento. A consequência é que se tomarmos como objetivo
compreende-la, será necessário entendermos como conhecemos e o que
conhecemos. Nesta perspectiva, necessariamente, teremos que remeter à
experiência cotidiana, ao fenômeno do conhecer. Essa atitude em princípio,
nos leva a três consequências que se põem em movimento ininterrupto:
olhar, explicar e agir”. (MATURANA & VARELA, 2001)

Diante da explicação acima depara-se com um primeiro problema: o


conhecimento na modernidade e ainda na pós modernidade é visto como uma
realidade independente do conhecedor, mas ao se agir no mundo, tentar explicar o
mundo, cria-se representações, que estão imbuídas com a nossa percepção
particular, portanto pode-se dizer que o representacionismo é o marco
epistemológico prevalente, e que gera consequências ao conhecimento. A teoria da
Arvore do Conhecimento não é diferente, porém, esta tenta explicar exatamente
essa interação entre conhecimento e conhecedor, entre o ser e o meio, e sua
ininterrupta interação que gera consequências ao ser, ao todo e ao próprio
conhecimento.
Entre as várias consequências geradas pela Teoria do Conhecimento,
interessa perscrutar, concisa e rapidamente, a categoria do movimento na realidade,
que nos acompanha desde a Grécia antiga, a partir mesmo dos filósofos pré-
socráticos, dentre os quais destaca-se Heráclito de Éfeso, o primeiro que
contemplou o movimento relacionado com a mudança e a contradição. Ele entendia
que a luta entre os contrários é a lei que governa o universo e Deus, dia e noite,
inverno e verão, enfim, todas as dualidades.
Entretanto, disso discordavam vários pensadores e filósofos da época, a
exemplo de Parmênides, que defendia a imutabilidade das coisas, indagando:
“como ser e não ser ao mesmo tempo?”
O pensamento de Heráclito sobre o movimento mereceu interpretações
diversas e não convergentes, como as de Hegel e Marx, por exemplo: aquele
detinha concepção fechada do movimento da realidade supondo o conhecimento do
ponto de partida e de chegada do movimento da realidade; para Marx, ao contrário,
a visão do movimento é múltipla, conforme segue:
“Hegel descrevia o processo global da realidade da seguinte maneira: a

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ideia absoluta assumiu a imperfeição (a instabilidade) da matéria,
desdobrou-se em uma série de movimentos que explicavam e realizavam,
para afinal, com a tragetória ascensional do ser humano, iniciar, enriquecida
– o seu retorno a si mesma” (KONDER, 1990, pg. 51)

“O concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas determinações, isto


é, unidade do diverso. Por isso o concreto aparece no pensamento como
processo da síntese, como resultado, não como ponto de partida, ainda que
seja o ponto de partida efetivo e, portanto, o ponto de partida da intuição e
da representação (...) Por isso é que Hegel caiu na ilusão de conceber o
real como resultado do pensamento que se sintetiza em si, se aprofunda
em si, se move por si mesmo; enquanto que o método que consiste em
elevar-se do abstrato ao concreto não é senão a maneira de proceder do
pensamento para se apropriar do concreto, para reproduzi-lo como concreto
pensando. Mas esse não é de modo nenhum o processo da gênese do
próprio concreto”. (MARX, 1987, pg. 16 e 17)

Maturana e Varella afirmam que a vida é um processo contínuo de


conhecimento como consequência do movimento de olhar, explicar e agir, e que
somos solitários no primeiro ato de conhecer, a partir do que, então, criamos. Daí
advém o fenômeno da “autopoiese” (do grego poiesis = produção), termo este usado
para definir os seres vivos como sistemas que se autoproduzem de modo
ininterrupto. Os autores, portanto, complementam as teorias de Hegel e Marx, indo
mais longe e provando a interação e a representatividade como fenômenos
biológicos, mas, para se entender, finalmente, o papel da organização e da estrutura
na determinação dos seres vivos – a que chegaram os estudos de Maturana e
Varella, há de se ver a teoria da autopoiese.
Há uma relação de determinação no movimento na autopoiese. Assim, a
história biológica e social dos seres humanos é apresentada o tempo todo como
uma tensão dialética entre o ser e o seu meio. A realidade social, assim como a
realidade biológica é essencialmente contradição, síntese, antítese, nova síntese e
assim por diante. Enfim, movimento, contradição, mudança e unidade constante é o
que há na realidade biológica e na realidade social. Portanto, não podemos afastar-
nos desta unidade enquanto materialidade consciência, o que nos vale dizer,
enquanto conhecimento.

3 – AUTOPOIESE

O Conhecimento é algo intrínseco ao ser humano, ele é obrigado a


conhecer. Segundo os autores aqui estudados, “todos os organismos funcionam
devido ao seu acoplamento estrutural, ou seja, devido a sua interação com o meio,

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que se caracteriza por uma mudança estrutural contínua, e ao mesmo tempo pela
conservação dessa recíproca relação de transformação entre o organismo e o
meio.” (MATURANA &¨VARELA, 2001). Diante de tal conceito pode-se afirmar que a
interação entre o ser humano e o meio é circular e modificativa de ambos, pois o ser
humano se modifica e o meio se modifica, ambos modificando-se fruto dessa
interação, a isso os autores denominaram autopoiese. Assim, tanto o ser humano e
seus conhecimentos internos, quanto os estímulos do meio são necessários para
que se ocorra o conhecimento e a modificação estrutural do mesmo. Melhor
explicando usa-se o entendimento de Maturana e Varela:
“Nenhum desses dois domínios possíveis de descrição é problemático em
si, e ambos são necessários para um entendimento completo da unidade. É
o observador que os correlaciona a partir de sua perspectiva externa. É ele
quem reconhece que a estrutura do sistema determina suas interações ao
especificar quais configurações do meio podem desencadear mudanças
estruturais no sistema. É ele quem reconhece que o meio não especifica
nem informa as mudanças estruturais no sistema.” (MATURANA &
VARELA, 2001, pg. 165)

Então, pode-se afirmar que organismo e meio, se mudam mutuamente, em


mudanças estruturais sob as quais permanecem reciprocamente congruentes,
fluindo cada um de encontro ao outro espontaneamente e sistemicamente, e como
consequência disso ocorre a vida e sua complexidade.

4 – O DIREITO COMO SISTEMA AUTOPOIÉTICO

Antes de adentrar-se no estudo do direito como sistema autopoiético é


necessário explicar que a teoria da autopoiese de Matura e Varela foi adaptada por
autores de escol como Luhmann e Teubner, que no interesse de adaptar tão
brilhante teoria às ciências sociais e humanas, realizaram longas pesquisas, criando
uma adaptação para a sistemática do social, isto é, introduziram o conceito de
autopoiese no direito e as outras ciências sociais, estudando assim os sistemas
específicos no grande sistema onde ocorre a autopoiese, para assim conseguir
novamente separa-lo já dissecado com o funcionamento autopoiético. Portanto,
especialmente Luhmann, compatibilizou o sistema autopoiético criando uma teoria
autopoiética dos sistemas sociais, eis que dentre os vários subsistemas formadores
da sociedade, o direito é um desses sistemas.
Teoriza Luhmann que a sociedade moderna é um sistema mundial de
grande complexidade com diversos sistemas que geram condições para si próprio e
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para os outros ao seu redor. Diz que há vários outros sistemas dentro do sistema
social como, por exemplo, o político, econômico, religioso, etc, e que todos fazem
parte de um macrossistema, o social.
Enquanto Maturana e Varela restringem o conceito da autopoiese a
sistemas vivos, Luhmann o amplia para todos os sistemas em que se pode observar
um modo de operação específico e exclusivo, que são, na sua opinião, os sistemas
sociais e os sistemas psíquicos. Luhmann também defende que o acoplamento
estrutural trabalha relacionando e restringindo um número de estruturas com as
quais o sistema possa realizar autopoiese, de modo que somente por suas próprias
estruturas o sistema determine suas operações.
O sistema seleciona aquilo que pode ser tido como importante para as
estruturas internas do sistema, trabalhando de modo que a vontade do meio não as
modifique. Em outras palavras, prevalece a vontade do sistema frente a do
ambiente. Portanto, no direito, subsistema do sistema social, essa interação ocorre
na forma de adaptação a realidade que se apresenta, tendo o direito, que assimilar
a demanda social e torná-la seu sistema, modificando sua estrutura, isto é,
realizando a autopoiese do sistema social, e devolvendo a sociedade a resposta
jurídica reguladora da mesma, que irá modificar o social para se adaptar ao
subsistema direito.
Os sistemas autopoiéticos são aqueles que por si mesmos produzem não
só suas estruturas, mas também os elementos dos que estão constituídos -
no interior destes mesmos elementos. Os elementos sobre os que se
alcançam os sistemas autopoiéticos (que vistos sob a perspectiva do tempo
não são mais que operações) não têm existência independente (...). Os
elementos são informações, são diferenças que no sistema fazem uma
diferença. Neste sentido são unidades de uso para produzir novas unidades
de uso - para o qual não existe nenhuma correspondência no entorno.
(LUHMANN, 2012, pg. 44) (traduzido)

Trazendo essa idéia para o direito, têm-se que o sistema direito,


interagindo com outros sistemas se retroalimenta tornando-se integrado, adaptado,
porém circulando novamente em uma roda viva de sistemas na integração
desintegração, organização, desorganização e adaptação.
“O sistema jurídico realiza a sociedade quando se diferencia dela. Dito de
outra maneira, o direito com suas operações (que são operações sociais)
introduz um corte na sociedade e com ele se configura um entorno
específico do direito, interno à sociedade. Como resultado deste corte,
pode-se perguntar como se exercem as influências desse entorno social
específico sobre o direito, sem que isto conduza a que direito e sociedade
já não se diferenciem.” (LUHMANN, 2004, pg. 44)

Mais qual é o elemento fundamental para que ocorra a interação entre os sistemas

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sociais? Conforme Lumhann, é a comunicação, que age de forma contingente, as
vezes modificando o sistema, as vezes não, dependendo de como ocorre a
informação, isto é, o sistema se comunica, a informação é passada, poderá ser
assimilada ou não, se assimilada, poderá alterar o sistema receptor ou não, se
alterar o sistema receptor, ocorrerá a modificação, e o retorno ao grande sistema
ocorrerá, perpetuando-se, assim, esse ciclo de comunicação.
No direito o que ocorre é a mesma coisa, então não há que se falar em direito
como um sistema fechado, livre da influência da sociedade, pois este necessita se
comunicar para se transformar, e assim interagir e ser eficaz.

Por isso, mesmo ao tentar retomar à história dos conceitos jurídicos, não
nos deixemos iludir pela tentadora ideia de que as identidades são produtos
da descoberta da coisa em si, posta e acabada no mundo. Não olvidemos
que as identidades têm apenas a função de ordenar as recursões de tal
maneira, que em todo processamento de sentido possa recuperar-se e
antecipar-se o que é utilizado reiteradamente. Isto exige a condensação
seletiva e a generalização que corrobora com a ideia de que aquilo que se
distingue do outro pode designar-se como o mesmo (LUHMANN, 2007, p.
29).

Por último, vale ressaltar que a linguagem é, para o direito a forma de


comunicação essencial para este realizar-se no intrincado sistema autopoiético, seja
ela falada, escrita ou até as novas formas de linguagem virtual que vêm surgindo a
cada dia transformando rapidamente o direito e consequentemente o grande
sistema como um todo.

5 – NOVAS FORMAS DE LINGUAGEM DO DIREITO COMO SISTEMA


AUTOPOIÉTICO

As inovações surgidas do processo eletrônico afetam diretamente a


noção de espaço e podem ser superpostos ou simultâneos. Fizeram surgir crises de
compreensão em razão do acoplamento de um novo espaço.
Uma vez aplicadas as novas tecnologias ao direito e ao processo poder-
se-á constatar a insuficiência do modelo hierárquico. Por exemplo, Resolução de um
Tribunal dispõe de uma forma diversa de uma lei federal (Código de Processo Civil),
caso da Resolução nº 17 de 26 de março de 2010, do Tribunal Regional Federal da
4ª Região, acerca da instrução documental do agravo de instrumento.
Ou seja, no âmbito do processo eletrônico, uma resolução pode ocupar
determinado espaço de lei federal sem macular a hierarquia superior desta em
relação àquela.

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Os rumos do direito nos conceitos de autopoiese no processo eletrônico
vão de encontro a compreensão de que o direito precisa, a partir de um jogo de
forças e uma dialética que intercambia informações com múltiplos sistemas, ser
compreendido para permitir que se pense em um único direito com múltiplas formas.
Com isso, estando às teorias tradicionais do direito afetadas pela relação entre o
processo e as novas tecnologias, suspende-se tais teorias e fareja-se uma possível
resposta teórica no modelo sistêmico e nos conceitos de autopoiese.
Considerando que a interferência do sistema “novas tecnologias” ao
direito e a inversão da hierarquia das normas poderia afetar a autopoiese e a
integridade do sistema, concluem que há necessidade de uma adaptação das
práticas jurídicas no que diz respeito a uma nova noção de simultaneidade que
paulatinamente passará a ser experimentada através do meio eletrônico, afetando o
sistema direito, tornando-se necessárias novas reflexões e aprofundamentos.

6 - CONCLUSÃO

A teoria de Maturana e Varela, não só contribuiu para a biologia, porém trouxe


uma nova forma de pensar, que impulsiona o conhecimento como algo que interage,
não sendo estanque ou um compilado de dados, mas sim um complexo sistema que
interage com tudo e com todos, fazendo com que essa interação forme uma
ininterrupta mudança do ser, dos subsistemas e do grande sistema.
Na área do direito não seria diferente a teoria da autopoiese, pois, o sistema
do direito, especialmente na época atual vem passando por interação com
diferentes outros sistemans ocorrendo consequentes mudanças dado que a
sociedade também passa por tal processo. Isso mostra como o direito positivo,
separado, auto regulado e auto suficiente não existe. E se não existe um direito
separado do todo então pode-se concluir que a norma é fruto de uma interação
autopoiética entre o sujeito, a sociedade, as outras áreas do conhecimento e o
direito como “tradutor” de toda essa interação.
Pensando dessa forma têm-se que quanto mais vivência social (e digo aqui
vivencia social no sentido de conhecimento aliado a experiência social de
verificação), tiver um legislador, um operador do direito ou um julgador, melhor será
aplicado o direito e melhor será beneficiada a sociedade com essa aplicação.

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BIBLIOGRAFIA:

ANDRADE, C. C., Fenomenologia da percepção a partir da autopoiese de


Humberto Maturana e Francisco Varela, Revista de Filosofia, UFRJ, Rio de
Janeiro,2012,http://www2.ufrb.edu.br/griot/images/vol6-n2/8-
a_FENOMENOLOGIA_DA_PERCEPCAO_A_PARTIR_DA_AUTOPOIESIS_DE_HU
MBERTO_MATURANA_E_FRANCISCO_VARELA-Claudia_Castro_de_Andrade.pdf,
acesso em 27 de fevereiro de 2017 às 11:07h

KONDER, L., O que é dialética, Ed. Brasiliense, São Paulo, 1992;

LUHMANN, Niklas. A restituição do décimo segundo camelo: do sentido de


uma análise sociológica do direito. ARNAUD, André-Jean; LOPES JR., Dalmir.
Niklas Luhmann: Do sistema social à sociología jurídica. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2004;

LUHMANN, N., La sociedad de la sociedad. México: Herder, 2012;

MARX, K. Manuscritos econômicos - filosóficos e outros textos escolhidos. Os


Pensadores, Karl Marx, 4ª Ed Nova Cultural, 1987;

MATURANA, H.R. & VARELA, F.J., A arvore do conhecimento: as bases


biológicas da compreensão humana. Ed. Palas Athena, 2001, São Paulo, 2001;

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

MARIOTTI, H., Autopoiese, cultura e sociedade, Pluriversu – Complexidade


Política e Cultura, São Paulo, 2004;

MELO NETO, J.F., HERÁCLITO: um diálogo com o movimento. João Pessoa, Ed.
Universitária, 1996

SOUTO, Cláudio e SOUTO, Solange. Sociologia do direito. Rio de Janeiro: Livros


Técnicos e Científicos, 1981;

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TEUBNER, G., O Direito como sistema autopoiético, Tradução de José Engrácia
Antunes, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1989;

TRINDADE, A., Para entender Luhmann e o direito como sistema autopoiético, Ed.
Livraria do Advogado, Porto Alegre, 2007.

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