Você está na página 1de 10

0. • Até ao início de séc.

XX, dizer o q era


ou n arte era pacífico
• Séc. XX para frente – multiplicidade
de objetos e formas artísticas:
• Necessidade de pensar as

O que é arte? características específicas de todas e


apenas das obras de arte
• “arte” designa as propriedades
que todas as obras de arte têm
explica.filosofia@outlook.com
em comum
0.1.
• O mesmo que dizer que um
objeto pertence à classe
das “obras de arte”
Sentido • Que características devem
ser cumpridas para que um
classificativo objeto seja classificado
como obra de arte?
explica.filosofia@outlook.com

0.2. • O mesmo que dizer que um


objeto, para além de já ser
pertencer à classe das “obras de
arte”, é um bom exemplar dessa
Sentido categoria
• Que características devem ser
valorativo cumpridas para que uma obra
de arte seja considerada uma
explica.filosofia@outlook.com
BOA obra de arte
1.
• Há um nº fixo de
propriedades [essenciais]
que são uma “essência” da
Teorias arte
• Estas propriedades são
essencialistas INSTRÍNSECAS aos objetos
– estão nos objetos
explica.filosofia@outlook.com
2.
• Há um nº fixo de propriedades
[essenciais] que são uma
“essência” da arte
Teorias • Estas propriedades são
EXTRÍNSECAS aos objetos –
não-essencialistas estão fora dos objetos (são
relacionais)
explica.filosofia@outlook.com

1.1.
Duas versões:
- Teoria mimética / arte
como imitação – mais
Teoria restrita
- Teoria representacionista /
representacionista arte como representação –
mais lata
explica.filosofia@outlook.com

1.1.1.
• X é arte se, e só se, imita algo
• Grande poder explicativo

Arte como •

Critério de classificação rigoroso
Critério de valoração permite

imitação facilmente distinguir boa de má


arte – arte é tão boa quanto mais
se aproxime do objeto imitado
explica.filosofia@outlook.com

1.1.1.1. objeção
• há mtas OA que imitam a
natureza, mas há outras
Há OA que não que não imitam nada, mas
são consideradas arte
imitam nada • (ex.: arte abstrata)
explica.filosofia@outlook.com
1.1.2.
• X é arte se, e só se, representa
simbolicamente algo
• Literalmente (representa
Arte como imitando) ou em sentido
figurativo (representa sem imitar)

representação • Supera arte como imitação –


inclui OA q estavam de fora na
teoria mimética/imitação
explica.filosofia@outlook.com

1.1.2.1. objeção • há mtas OA que


representam algo, mas
Há OA que não há outras que não
representam nada,
representam mas são consideradas
arte
nada • (ex.: arte abstrata)
explica.filosofia@outlook.com

1.1.2.2. objeção • Para saber o q algo representa,


preciso de saber o contexto de
significação – saber interpretar a
A teoria devia estar “tradução” do símbolo
• Esse contexto de significação é,
catalogada como na verdade, exterior à OA
não-essencialista •  devia ser uma teoria
explica.filosofia@outlook.com
não-essencialista
X é arte se, e só se, é expressão imaginativa
1.2. de emoções
• Consciente, controlado

Teoria • Envolve algum tipo de linguagem


Considera a origem da obra: quais as

expressivista intenções do artista


• Quis expressar emoções próprias? Sim
– ARTE
(Colingwood) • Quis despertar certas emoções no
explica.filosofia@outlook.com auditório? Sim – NÃO ARTE
1.2.1.
- Arte como OFÍCIO
Arte em - Transforma matéria-prima
num produto
sentido - Foco em
despertar/estimular
impróprio emoções no auditório
explica.filosofia@outlook.com

1.2.2.
- Foco na expressão das
emoções do artista
Arte em - Emoções não são
sentido próprio matéria-prima
explica.filosofia@outlook.com

1.2.3.1. objeção
- Aceitar que expressão de
emoções é arte implica
Demasiado incluir coisas q expressam
emoções, mas não são arte
inclusiva - Ex: psicoterapia
explica.filosofia@outlook.com

1.2.3.2. objeção
- Há OA que foram
criadas para estimular
emoções, e segundo
Demasiado esta teoria, não seriam
exclusiva arte
- Ex: arte sacra
explica.filosofia@outlook.com
1.2.3.3. objeção

- Há OA sem conteúdo
Nem todas as OA emocional, mas são arte
têm conteúdo - Ex: arte aleatória, arte
conceptual, arte percetiva
emocional
explica.filosofia@outlook.com

1.2.3.4. objeção - Faz o estatuto de OA


depender da intenção
original do artista, e não de
Falácia aspetos inerentes à própria
obra
intencional - Mas, só o próprio artista é
que sabe as intenções que
explica.filosofia@outlook.com tinha…
1.3.

Teoria • X é arte se, e só se,


formalista tem forma significante

(Clive Bell)
explica.filosofia@outlook.com

1.3.1.
• configuração de linhas,
cores, formas e
Forma espaços
significante • Desperta emoções
estéticas
explica.filosofia@outlook.com
1.3.2.

• tipo particular de
Emoções emoção que todas as
pessoas sensíveis
estéticas experienciam
explica.filosofia@outlook.com

1.3.3.1. objeção
- Bell diz que OU há uma
propriedade comum a
Falso dilema de todas as OA, OU não faz
sentido falar de arte
Bell - Pode haver uma 3ª via…
(ex.: ser não-essencialista)
explica.filosofia@outlook.com

1.3.3.2. objeção

Definição de
“forma significante”
é falaciosa
explica.filosofia@outlook.com

1.3.3.3. objeção - Bell diz que uma OA só


depende da forma
significante,
independentemente do
O conteúdo é conteúdo
- Mas, é facto que muitas
relevante vezes o que distingue um
OA é a abordagem que dá a
explica.filosofia@outlook.com certos conteúdos
1.3.3.4. objeção
- Há mtas OA que são iguais a
objetos que não são OA
Há OA com - ex.: falsificações – se são
formas iguais a iguais à OA, logo, com a mma
forma significante, porque é
objetos comuns que não é considerada OA?
explica.filosofia@outlook.com

2.1. - X é arte se, e só se


1. É um artefacto

Teoria 2. Alguém do mundo da arte o


propôs a apreciação (“cunha”)
- Critério de classificação -
institucional definição processual de arte
- Critério de valoração – boa arte
(George Dickie) é aquela que chega a ser
explica.filosofia@outlook.com apreciada
2.1.1.

- Tudo o que é feito por


seres humanos
Artefacto - Inclui objetos não-
físicos

explica.filosofia@outlook.com

2.1.2.
- conjunto de sistemas
nos quais se insere
uma OA
Mundo da arte - Instituição social no
seio da qual há lugar a
atribuições de estatuto
explica.filosofia@outlook.com
2.1.3.1. objeção - Arte
- aquilo que é aceite
Definição como tal por quem
entende de arte
falaciosa de - Quem entende de
arte
“arte” - aqueles que aceitam
objetos como OA
explica.filosofia@outlook.com

2.1.3.2. objeção - Se ser OA depende, em última


análise, da “cunha” de alguém
(que não precisa de dizer o
Torna inútil a porquê considerar aquele
objeto OA), então:
definição de - para quê tantas voltas a
definir arte?
- Porque não dizer logo que
arte arte é aquilo que é aceite por
quem está “por dentro”?
explica.filosofia@outlook.com

2.1.3.3. objeção - Quem classificaria as primeiras


pinturas rupestres?
Impossibilita a - Não havia mundo da arte na
altura, logo, nunca poderiam ser
arte
existência de - Como considerar os artistas
arte primitiva e solitários que vivem à margem
do mundo da arte?
arte solitária
explica.filosofia@outlook.com
- Segundo esta teoria, eles ou não
fazem arte ou deixam de existir

2.2. - X é arte se, e só se,


houver:
1. Direito de propriedade
Teoria histórico- 2.
3.
Intenção séria
Historicidade
-intencional
- É uma teoria mt abrangente
(Levinson) - Vantagem – liberdade: vale
explica.filosofia@outlook.com tudo em arte
2.2.1.
- Factual e/ou intelectual
- O artista não pode
Direito de transformar objetos
- Que não lhe pertençam
propriedade - Em relação aos quais não está
autorizado pelos proprietários
explica.filosofia@outlook.com

2.2.2. - Tem que haver intenção do


criador para que aquilo que
cria seja uma das formas como
as OA foram corretamente
encaradas ao longo dos
Intenção séria tempos
- não pode ser uma intenção
momentânea, passageira ou
explica.filosofia@outlook.com apenas ilustrativa
2.2.3.

- Não é necessário o artista ter


consciência dessa historicidade –
Historicidade basta que esses precedentes, de
facto, existam

explica.filosofia@outlook.com

2.2.4.1. objeção
- Aquilo que foi arte antes pode
já não ser agora
Há formas de - Ex: retrato pintado vs.
fotografia tipo-passe
arte que perdem - Teoria histórico-intencional
validade obriga a que aceite que
fotografia tipo-passe seja arte
explica.filosofia@outlook.com
2.2.4.2. objeção
- Há OA que não foram
A “intenção séria” criadas com a intenção
séria de que fossem
não pode ser vistas como as OA
requisito precedentes
explica.filosofia@outlook.com

2.2.4.3. objeção - Há OA que não têm direito


de propriedade e são OA –
O “direito de ex.: graffiti
propriedade” não - Se soubéssemos que o Da
Vinci tinha roubado pincéis
pode ser um para pintar a Mona Lisa, ela
deixava de ser uma AO?
requisito
explica.filosofia@outlook.com NÃO!

explica.filosofia@outlook.com

explica.filosofia@outlook.com

Você também pode gostar