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0.

• Exame crítico das crenças e


conceitos fundamentais
Filosofia da • Pensamento filosófico
sobre tópicos relacionados
religião com a religião
nuno.ferreira@minerva.pt

3. Deus é:
- Omnipotente
- Omnisciente
- Moralmente perfeito
Teísmo - Criador
- Pessoa (e não uma força
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da natureza)
1.

Deus é criador, mas não


se importa com a criação
Deísmo – logo, não intervém

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2.

Deus não é distinto do


Panteísmo mundo

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3.1. Argumentos que suportam a existência
do deus teísta
Dividem-se em 2 grupos
• A priori – são puramente racionais,
Argumentos a não recorrendo à experiência
• Arg. ontológico
• A posteriori – partem de
favor constatações do mundo para provar a
existência de deus
• Arg. Cosmológico
• Arg. teleológico
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3.1.1.
- Tudo o q existe foi causado a existir
por outra coisa
- Ou essa causa regride até ao infinito

Arg. -

-
Ou essa causa regride até uma 1ª
causa
Mas não há uma regressão infinita
Cosmológico - Pq senão n havia 1ª causa, nem 1ª
consequência, logo, não havia nada
- LOGO, há uma 1ª causa - DEUS
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3.1.1.1. objeção arg cosmológico


- Aquino só dá 2 opções
para explicar as coisas
que existem no mundo
Falso dilema - MAS, pode haver
outras 1as causas
diferentes
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3.1.1.2. objeção arg cosmológico


- Conceito de regressão
Regressão infinita não compreende
1ª causa nem 1ª
infinita mal consequência – é infinito,
refutada
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não tem início nem fim
3.1.1.3. objeção arg cosmológico

Não fica
provada a No máximo, o argumento
prova
existência do
Deus teísta
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3.1.2. - Arg por analogia


- Um relógio é complexo e foi
construído por um criador, com
Arg. -
uma finalidade específica
O mundo também é complexo
Teleológico - Logo, teve que ter um criador
(DEUS) , que fez o mundo com
uma finalidade específica
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3.1.2.1. objeção arg. teleológico


Analogia é REMOTA
- Semelhanças mundo/relógio só
ocorrem em casos pontuais
Analogia é FRÁGIL
Analogia - Relógio é máquina perfeita, mas
mundo está cheio de imperfeições
inválida Analogia é REDUTORA
- Complexidade do mundo não é
comparável à complexidade do relógio
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3.1.2.1. objeção arg. teleológico

Em extremo, o arg apenas


prova a existência de um
Não apoia o criador – que não tem que ser
necessariamente o deus teísta
teísmo (podem ter sido aliens…)
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3.1.3. • Deus é “aquilo a partir do qual nada de maior
pode ser pensado”
• Deus existe pelo menos como conceito, no
pensamento

Arg. • Se existisse só no pensamento, qualquer coisa


que existisse na realidade seria maior que Deus

Ontológico • Mas Deus é a maior coisa que existe (“aquilo a


partir do qual nada de maior pode ser pensado”)
• Logo, Deus não pode ser só um conceito e tem
que necessariamente existir na realidade
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3.1.3.1. objeção arg ontológico

- O arg. apresenta uma


estrutura lógica que é
Crítica de capaz de provar coisas que
não existem
Gaunilho - Ex: ilha perfeita
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3.1.3.2. objeção arg ontológico - A existência não é um predicado


– não acrescenta nada ao
conhecimento de um objeto
- Ex: uma bola azul que exista não é nem
mais azul nem mais bola do que uma
Crítica de Kant -
bola azul que é apenas pensada
Logo, é errado pensar que algo é
melhor se ex.istir do que se não
existir
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3.1.3.3. objeção arg ontológico

Na própria definição de
Petição de Deus já está implícita a
ideia de que ele existe na
princípio realidade
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3.2.1.
• A existência de mal
gratuito é mais
evidente do que a
Problema do existência de Deus
• Logo, Deus
mal provavelmente não
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existe
3.2.1.1. Mal moral – tem origem nas
ações humanas
• ex.: assassinato, tortura,
Mal moral / roubo, …
Mal natural – não tem origem
Mal natural nas ações humanas
• ex.: terramotos, furacões,
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doenças, …
3.2.1.2.
Mal que, se não existir, leva a
que se perca um bem maior
• Ex:
Mal justificado ofensa (mal)
perdão (bem maior)
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3.2.1.3.
Mal que, se não existir, não
Mal leva a que se perca um bem
maior
gratuito/não • Ex: sofrimento do veado,
crianças com cancro
justificado
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3.2.1.3.1. Tentativa teísta de explica a
existência de mal gratuito
- Se existe deus teísta,
não há mal gratuito
Modus ponens - Existe deus teísta

teísta - Logo, não há mal


gratuito

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3.2.1.3.2. Tentativa ateísta de explica a


existência de mal gratuito
- Se existe deus teísta,
Modus tollens -
não há mal gratuito
Existem males gratuitos
agnóstico - Logo, Deus
provavelmente não
existe
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3.2.2. - Alguns dos males do mundo


parecem gratuitos
- Logo, provavelmente, alguns dos
Arg. Probabilístico males do mundo são gratuitos

do mal - Mas, se Deus existe não há males


gratuitos
(ROWE) - Logo, provavelmente deus não
existe
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3.2.2.1. objeção arg prob mal Arg. de Rowe faz um salto indutivo
ilegítimo:
- Passa da opinião individual de que há
males que parecem gratuitos para a

Teísmo assumpção geral de que de facto


existem males gratuitos
MAS – achar que existem males grat não
cético implica que de facto existam males grat
- ex.: mosquito/garagem
nuno.ferreira@minerva.pt - Ex: jogada de xadrez
3.2.2.2. objeção arg prob mal - Existem males, mas não são
gratuitos
- O melhor de todos os mundos

Teodiceia de -
não implica um mundo sem mal
O mal q existe, é necessário
Leibniz - Se Deus o eliminasse, estaria a
eliminar o contravalor de bem
que o supera
nuno.ferreira@minerva.pt - Ex: ofensa (mal) / perdão (bem)

3.3.
• Não dá arg’s contra nem a
favor da exist de Deus

Fideísmo É prudencialmente racional
acreditar que Deus existe,
ainda que não haja qualquer
(Pascal) argumento bom a favor da sua
existência.
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3.3.1.
• Relacionada com
conhecimento
Racionalidade científico
epistémica • Conduz à verdade
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3.3.2.
• Relacionada com os
benefícios práticos do
conhecimento
Racionalidade • Não conduz à verdade,
prudencial mas sim aos melhores
benefícios
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3.3.2.1.
Escolher acreditar em
Deus traz mais benefícios
Argumento que práticos para nós do que
não acreditar
defende o
fideísmo
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3.3.2.1.1. objeção ao fideísmo Pode acontecer que Deus


recompense
- TODOS, quer acreditem ou não

Matriz mal Pode acontecer que o Deus que


exista não seja o teísta
construída -
-
Pode ser um deus malévolo
Pode ser um deus deísta (não
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interventivo)
3.3.2.1.2. objeção ao fideísmo Pascal diz que crença <=>
melhores resultados
MAS
Fé não é um - Devoção religiosa não é um
cálculo custo/benefício
cálculo - Acreditar em Deus por esse
tipo de interesse é
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moralmente repugnante
3.3.2.1.3. objeção ao fideísmo
Agir ≠ acreditar
Crença em
Deus não é
voluntária
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