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TEXTO I
UBS – UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
TEXTO II
Essencial, unidade básica de saúde é porta de entrada do SUS
A notícia do decreto federal publicado ontem (27) que autoriza estudos de parcerias
para o setor privado construir e operar postos de saúde no país teve um gosto amargo
para quem defende o SUS (Sistema Único de Saúde).
Tidas como porta de entrada do SUS, as unidades básicas de saúde entraram na mira
de um programa de concessões e privatizações do governo, o PPI (Programa de
Parcerias de Investimentos). A medida gerou reação de especialistas e entidades em
saúde, que temem uma “privatização” na área, hoje um dos pilares do atendimento no
sistema público. Na prática, o texto prevê que sejam feitos estudos “de parcerias com a
iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de unidades básicas
de saúde”.
Ou seja, mais de 70% da população brasileira vai usar o SUS (Sistema Único de Saúde)
quando precisar de algum atendimento médico. Isso que nem estamos falando que todo
mundo usa o SUS de alguma maneira, por exemplo, ao tomar vacina (você e o seu pet,
viu?), usar medicações de alto custo ou da Farmácia Popular e até na hora do
transplante de órgãos, fila que é regida pelo sistema.
No dia 19 de setembro o SUS completou 30 anos, dia em que foi sancionada a lei
8.080/1990, responsável por operacionalizar o atendimento público da saúde no Brasil.
O sistema, em si, foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196,
como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito
de todos” e “dever do Estado”.
Um dos braços mais importantes do SUS, senão o mais, é a atenção primária, que nada
mais é do que o “primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto
de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da
saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução
de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral
que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades”, segundo o site do
Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/10/28/essencial-unidade-basica-de-saude-e-porta-
de-entrada-do-sus.htm (Adaptado)
TEXTO III
A importância das UBSs
Luiz Paulo Rosa, médico de família e comunidade e mestrando em saúde coletiva pela
UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), completa: “Soa mais
interessante para um político investir numa UPA [Unidade de Pronto-Atendimento, que
funciona 24h] ou num hospital terciário, de alta complexidade, do que numa unidade de
saúde da família, que se fosse bem organizada atenderia 80% dos problemas de saúde
da população”.
Ao longo dos anos foi construída na cultura da população um conceito de que o hospital
é o local certo para qualquer condição de saúde e outro de que o especialista focal é o
melhor médico para tratar qualquer condição. Ambos conceitos levam a um modelo
assistencial de altos custos e de resultados clínicos abaixo do desejado.
A maioria das pessoas que procuram estes serviços não deveria estar ali,
sobrecarregando estes locais com casos que poderiam ser manejados facilmente na
atenção primária. A dificuldade no acesso também contribui para isso, levando a
população a procurar outras “portas” para acessar o sistema e dar solução aos seus
problemas.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância das unidades
básicas de saúde no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.