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A importância das unidades básicas de saúde no Brasil

TEXTO I
UBS – UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Promover e proteger a saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a


reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das
pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o contato preferencial dos usuários, a principal


porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. É
instalada perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem e, com isso,
desempenha um papel central na garantia de acesso à população a uma atenção à
saúde de qualidade.

Na UBS, é possível receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia,


Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos são
consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames
laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e
fornecimento de medicação básica.

A atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde (UBS) e Equipes de


Atenção Básica, enquanto o nível intermediário de atenção fica a encargo do SAMU 192
(Serviço de Atendimento Móvel as Urgência), das Unidades de Pronto Atendimento
(UPA), e o atendimento de média e alta complexidade é feito nos hospitais. Disponível
em: http://www.pac.gov.br/infraestrutura-social-e-urbana/ubs-unidade-basica-de-saude

TEXTO II
Essencial, unidade básica de saúde é porta de entrada do SUS

A notícia do decreto federal publicado ontem (27) que autoriza estudos de parcerias
para o setor privado construir e operar postos de saúde no país teve um gosto amargo
para quem defende o SUS (Sistema Único de Saúde).

Tidas como porta de entrada do SUS, as unidades básicas de saúde entraram na mira
de um programa de concessões e privatizações do governo, o PPI (Programa de
Parcerias de Investimentos). A medida gerou reação de especialistas e entidades em
saúde, que temem uma “privatização” na área, hoje um dos pilares do atendimento no
sistema público. Na prática, o texto prevê que sejam feitos estudos “de parcerias com a
iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de unidades básicas
de saúde”.

A Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada no dia 4 de setembro pelo IBGE (Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que, em 2019, 28,5% dos residentes no
país tinham algum plano de saúde médico ou odontológico. Nas regiões Norte e
Nordeste, somente 14,7% e 16,6% das pessoas tinham plano de saúde.

Ou seja, mais de 70% da população brasileira vai usar o SUS (Sistema Único de Saúde)
quando precisar de algum atendimento médico. Isso que nem estamos falando que todo
mundo usa o SUS de alguma maneira, por exemplo, ao tomar vacina (você e o seu pet,
viu?), usar medicações de alto custo ou da Farmácia Popular e até na hora do
transplante de órgãos, fila que é regida pelo sistema.
No dia 19 de setembro o SUS completou 30 anos, dia em que foi sancionada a lei
8.080/1990, responsável por operacionalizar o atendimento público da saúde no Brasil.
O sistema, em si, foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196,
como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito
de todos” e “dever do Estado”.

Um dos braços mais importantes do SUS, senão o mais, é a atenção primária, que nada
mais é do que o “primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto
de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da
saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução
de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral
que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades”, segundo o site do
Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/10/28/essencial-unidade-basica-de-saude-e-porta-
de-entrada-do-sus.htm (Adaptado)

TEXTO III
A importância das UBSs

Luiz Paulo Rosa, médico de família e comunidade e mestrando em saúde coletiva pela
UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), completa: “Soa mais
interessante para um político investir numa UPA [Unidade de Pronto-Atendimento, que
funciona 24h] ou num hospital terciário, de alta complexidade, do que numa unidade de
saúde da família, que se fosse bem organizada atenderia 80% dos problemas de saúde
da população”.

Ao longo dos anos foi construída na cultura da população um conceito de que o hospital
é o local certo para qualquer condição de saúde e outro de que o especialista focal é o
melhor médico para tratar qualquer condição. Ambos conceitos levam a um modelo
assistencial de altos custos e de resultados clínicos abaixo do desejado.

A maioria das pessoas que procuram estes serviços não deveria estar ali,
sobrecarregando estes locais com casos que poderiam ser manejados facilmente na
atenção primária. A dificuldade no acesso também contribui para isso, levando a
população a procurar outras “portas” para acessar o sistema e dar solução aos seus
problemas.

Com a experiência de trabalhar em uma unidade de saúde na zona rural do interior do


RN, Rosa também cita que os problemas estruturais das unidades, que não dispõem de
medicamentos injetáveis, nem de sala de estabilização, por exemplo, acabam
contribuindo para a superlotação dos prontos-socorros. “O principal gargalo é na
questão do financiamento e na formação dos profissionais, que não entendem o seu
papel”, resume. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/10/28/essencial-unidade-basica-de-saude-e-porta-de-
entrada-do-sus.htm (Adaptado)

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância das unidades
básicas de saúde no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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