A autora descreve sua jornada de autoconhecimento e busca por sua própria identidade, tendo passado a vida tentando ser o que os outros queriam que ela fosse ao invés de quem ela própria queria ser. Agora, ela corre atrás do tempo perdido tentando se reencontrar e ser livre para ser ela mesma.
A autora descreve sua jornada de autoconhecimento e busca por sua própria identidade, tendo passado a vida tentando ser o que os outros queriam que ela fosse ao invés de quem ela própria queria ser. Agora, ela corre atrás do tempo perdido tentando se reencontrar e ser livre para ser ela mesma.
A autora descreve sua jornada de autoconhecimento e busca por sua própria identidade, tendo passado a vida tentando ser o que os outros queriam que ela fosse ao invés de quem ela própria queria ser. Agora, ela corre atrás do tempo perdido tentando se reencontrar e ser livre para ser ela mesma.
Parafraseando Fernando Pessoa, "Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo
que os desejos dos outros fizeram de mim”. Esta é uma boa definição do que é SER mulher. Quando nascemos nossa linda e maravilhosa mãe faz planos para nosso futuro e em lindas e certeiras páginas começa a construir nossa história. Começa definindo nosso estilo de roupas, nossas companhias, nossos amores, nossa carreira. Algumas de nós nos “rebelamos” e fazemos do nosso jeito porque a VIDA pode ser diferente para nós do que foi para elas. A medida em que vamos crescendo percebemos que temos muitos desejos, algumas meras quimeras, outros uma imensidão de possibilidades. Assim corremos atrás de alguns sonhos que se tornam verdade, outros até fantasmas que enterramos a sete chaves e que em algum momento da VIDA aparecem para nos assombrar ou nos libertar. Ao longo da nossa jornada descobrimos que “é melhor” adaptarmos às circunstâncias. Logo somos levadas a escolher a profissão adequada, o emprego mais promissor, o melhor homem e a opção de ter ou não filhos e até quantos serão mais apropriados. Descobrimos que a VIDA deseja que sejamos mais que boa menina, seria bom que fossemos também heroínas. No lar boas donas de casa, na empresa boas executivas, quem sabe até empresárias e de preferência bem-sucedidas. Para nossos filhos sonhamos ser verdadeiras musas, sempre disponíveis e com todas as “verdades” que os amparam em suas jornadas. Ah e nossos amores... somos aquelas que eles sonham... submissas, Amélias, amantes ou apenas boas mulheres..., mas afinal quem SOU EU? Aí sou este intervalo como diz Fernando Pessoa. Passei a VIDA toda em busca de SER o que tantas pessoas queridas queriam que eu fosse, que deixei de ser quem eu gostaria. Agora corro pela VIDA como uma anônima, desvairada atrás daquilo que não vivi. Não vivi porque abri mão de conhecer, deixei de ver para fazer outras coisas. Não culpo os que amo, culpo a mim mesma porque me perdi na tentativa de ver quem amo acima de mim. E agora corro cheia de saudades em busca de mim mesma. Por onde andei por tanto tempo? Será que ainda consigo me encontrar? Que a VIDA me permita sair do intervalo e SER eu mesma... aquilo que sempre fui, e assim SER plena! Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.