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NBR 9050

1 - PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS
PESSOA EM PÉ - Pessoa sem órtese: 60 x 60 cm (frontal x lateral)

- Uma bengala: 75 cm

- Andador rígido: 85 x 75 cm

- Duas bengalas, andador com rodas, muleta tipo canadense, cão guia e apoio de tripé: 90 cm

- Muleta: (95 – 120) x 120 cm

- Bengala longa p/ cegos: OBJETO (≥ 10cm horizontal / ≥ 60cm vertical) 80 cm (campo visual p/ identificar objetos)

CADEIRA DE RODA = altura  93 cm , largura  60 - 70 cm , comprimento  95 - 115 cm.

Módulo de referência - MR = 0,8 x 1,2 m

- Largura p/ deslocamento: a) P.C.R. = 0,9 m , b) P.C.R. e pedestre = 1,2 – 1,5 m , c) Duas P.C.R. = 1,5 – 1,8 m

OBS: 0,8 + 0,4 = 1,4m (entre 1,2 e 1,5); 0,8 + 0,8 = 1,6m (entre 1,5 e 1,8)

- Largura p/ transpor objetos isolados: 0,8 m (objeto de no máx 40 cm), senão 0,9 m

- Mobiliários na altura entre 0,6 m e 2,1 m podem apresentar riscos p/ pessoas com deficiência visual, caso tenham
saliência com mais de 0,1 m de profundidade

Quando da impossibilidade de um mobiliário ser instalado fora da rota acessível, ele deve ser projetado com
diferença mínima em valor de reflexão da luz (LRV) de 30 pontos, em relação ao plano de fundo e ser detectável com
bengala longa 

- Área p/ manobra sem deslocamento (rotação) 90°  1,2 x 1,2 m / 180°  1,5 x 1,2 m / 360°  1,5 x 1,5 m

Com deslocamento de 90° MIN = 1,2 x 1,2 m , porém para edificações existentes admite 0,9 x 0,9 m com chanfro, já
o RECOMENDÁVEL é 1,2 x 1,2 m com chanfro. Já o de 180° = 1,5 x 1,9 m.

- Espaço confinado = 0,9 x 1,2m (quando entra de ré)

- Proteção contra quedas A) superfície que se incline p/ baixo com desnível ≤60cm e inclinação ≥ 1:2, proteção:
a.1) implantação de margem plana de 60cm antes do trecho inclinado OU
a.2) proteção vertical 15cm de altura B) ≥60cm – proteção lateral com guarda-corpo

- Área de aproximação: deve ser garantido o posicionamento frontal ou lateral em relação ao objeto, avançando
sobre este entre 0,25 e 0,5m.

- Alcance manual – * comprimento do antebraço = 25cm / * comp do braço na horizontal = 50 – 55cm

* alcance lateral sem deslocamento do tronco (P.C.R.) = 25cm / com desloc. do tronco = 25 – 60cm

- Superfície de trabalho – A1 X A2 = 1,5 x 0,5m = alcance máximo p/ atividades eventuais (horizontal x vertical)

- B1 X B2 = 1 x 0,4m = alcance p/ atividades sem necessidade de precisão

- C1 X C2 = 0,35 x 0,25m = alcance p/ atividades por tempo prolongado


- Objetos como corrimãos e barras de apoio, entre outros, devem estar afastados no mínimo 40 mm da parede ou
outro obstáculo. Quando o objeto for embutido em nichos, deve-se prever também uma distância livre mínima de
150 mm. Corrimãos e barras de apoio, entre outros, devem ter seção circular com diâmetro entre 30 mm e 45 mm,
ou seção elíptica, desde que a dimensão maior seja de 45 mm e a menor de 30 mm. São admitidos outros formatos
de seção, desde que sua parte superior atenda às condições desta subseção. Garantir um arco da seção do corrimão
de 270°.

- Maçaneta: comp. MIN = 10 cm, dist. MIN da superfície da porta = 4 cm, altura entre 0,8 e 1,1m do piso acabado

- Puxadores verticais: 2,5 ≤ D ≤ 4,5cm, Lmin = 30cm ‘’ ‘’ ‘’

- Puxadores horizontais: 2,5 ≤ D ≤ 4,5cm, Lmin = 40cm (ñ está na norma) ‘’ ‘’ ‘’

- Barra antipânico: altura = 90cm do piso acabado

- Dispositivo de controle (pressão ou alavanca): recomenda-se que pelo menos uma de suas dimensões seja ≥ 2,5cm

- Assento para obeso: suportar carga de 250kg , largura MIN = 75cm, profundidade MIN e MÁX = 47cm e 51cm

Alcance visual: o cone visual é a área de visão apenas com o movimento inconsciente dos olhos. Na posição sentada
o CV tem acréscimo de inclinação de 8° para baixo em relação ao plano horizontal.
OBS: Cone visual = 25° - LH – 30 +/- 7,5° cima/baixo, já esquerda/direita = 30° , porém o limite é entre 120°
(movimento consciente dos olhos)

Audição: um som é caracterizado por 3 variáveis: frequência, intensidade e duração. Percepção melhor com:

f  20 – 20.000 Hz / i  20 – 120 dB (entre 120 – 140 desconforto e > 140 dor) / duração mínima de 1s

2 – INFORMAÇÃO E SINALIZAÇÃO
- Diferença de LRV (valor da luz refletida) entre teto/piso e paredes

- LRV de rodapé largos (barras de pintura) deve ser o mesmo do que os das paredes

- Reflexos de superfícies brilhantes devem ser evitados (confundem pessoas com baixa visão e baixa adição que se
comunicam por leitura labial)

- Contraste visual adequado deve ser utilizado para identificar perigos em potencial (p/ ñ meter a cara na porta). No
caso das batentes da porta com mesmo LRV das paredes, recomenda demarcação do perímetro da porta de L ≥ 5cm.

- LRV fornecido pelo fabricante (quando não é conhecido pode ser medido)

- O sistema de iluminação deve garantir a distribuição da intensidade luminosa sobre a área em avaliação, com
variação de uniformidade não superior a 10 % da média de iluminação

- ΔLRV ≥ 30 pts  área simples (parede, teto, porta, piso); elementos p/ facilitar a orientação (piso tátil, corrimão)

- ΔLRV ≥ 60 pts  perigo em potencial e texto informativo (sinalização)

- É medida de 0 a 100, sendo que “zero” é preto puro (absorção perfeita de luz) e “cem” é branco puro

- Princípio dos dois sentidos (no min): visual e tátil ou visual e sonoro

LOCALIZAÇÃO: visual, sonoro ou vibratório, intermitente, 1 ciclo por segundo, +/- 10%

- Sinalização de ADVERTÊNCIA: visual, sonoro ou vibratório, intermitente, 5 ciclos por segundo, +/- 10%

(classificação) INSTRUÇÃO: preferencialmente não intermitentes, de forma contínua


A categoria pode ser: a) informativa (identificar ambientes, no mobiliário é usada p/ identificar comandos)

b) direcional (indicar percurso) (Visual = setas. Tátil = guia de balizamento. Sonora = áudio p/ explicar)

c) de emergência (indicar rotas de fugas e saídas de emergência ou alertar quando há perigo)

- Entende-se por disposição os seguintes itens: localização, altura, diagramação e contraste

- Instalações suspensas devem ser instaladas acima de 2,1m do piso

- Dimensão das letras e números deve ser proporcional à distância, obedecendo a relação de 1/200

- Para sinalização dos ambientes, relação de 1/200, com mínimo de 8cm

- Os símbolos devem atender às condições: contornos fortes e bem definidos; simplicidade nas formas e poucos
detalhes; estabilidade da forma e utilizar símbolos de padrão internacional

- Luminância: é a relação entre a luminosidade de uma superfície e a área dessa superfície

- Crominância: refere-se ao valor das cores, enquanto a luminância se refere às luzes (branco e preto). Cada cor deve
ser utilizada em uma determinada faixa de comprimento de onda. Já a cor branca deve ser utilizada na temperatura
de 5500° +/- 10%

- Símbolos táteis: altura do relevo entre 0,8mm e 1,2mm, altura no min 8cm, distância entre símbolo e texto 8mm.

- Letras e números táteis: altura do relevo ‘’ ‘’ , altura entre 1,5 e 5cm, distância entre linhas 8mm.

- As informações em braile não dispensam a sinalização visual e tátil, com caracteres ou símbolos em relevo. Estas
informações devem estar posicionadas abaixo deles.

-SIA – símbolo internacional de acesso (uma cadeira de roda sempre para a direita): um pictograma branco sobre
fundo azul, porém pode ser representado por branco sobre fundo preto ou preto sobre fundo branco. Indicam a
acessibilidade, onde existem elementos acessíveis ou utilizáveis por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

- Os acessos que não representam condições de acessibilidade devem possuir informação visual indicando a
localização do acesso acessível mais próximo.

- Sinalização de portas e passagens: faixa de 1,2 a 1,6m

- Os corrimãos de escadas fixas e rampas devem ter sinalização tátil instalada na geratriz superior do prolongamento
horizontal do corrimão.

- Degrau isolado (até 2): sinalizado em toda sua extensão, no piso e espelho, com uma faixa de no min 3cm de
largura contrastante com o piso adjacente, preferencialmente fotoluminescente e retroiluminado.

- Degrau de escada: nas bordas laterais, no min 7cm de comprimento e 3cm de largura. Foto e retro quando se tratar
de saídas de emergência e rotas de fuga. Recomenda-se estender a sinalização no comprimento total dos degraus
com elementos que incorporem também característica antiderrapantes.
- Sinalização tátil no piso pode ser de alerta ou direcional.

A) De alerta para: informar à pessoa com deficiência visual sobre a existência de desníveis ou situações de risco
permanente, como objetos suspensos não detectáveis pela bengala longa; orientar o posicionamento adequado da
pessoa com deficiência visual para o uso de equipamentos, como elevadores, equipamentos de autoatendimento ou
serviços; informar as mudanças de direção ou opções de percursos; indicar o início e o término de degraus, escadas
e rampas; indicar a existência de patamares nas escadas e rampas; indicar as travessias de pedestres.

B) Direcional: indicar caminhos preferenciais de circulação

- Sinalização de área de resgate para pessoas com deficiência [0,8x1,2m]: SIA com uma pessoa correndo em direção

- Sinalização de espaço para P.C.R [0,8x1,2m]: SIA posicionado na parte inferior do retângulo

- O tome a frequência dos alarmes de emergências (p/ locais confinados, como sanitários acessíveis, boxes, cabines)
devem ser diferentes do alarme de incêndio.

- Alarme de saída de garagem em passeios públicos e sinais sonoros em semáforos devem emitir sons com 10dB
acima do ruído momentâneo mensurado no local.

3 – ACESSOS E CIRCULAÇÃO
- Áreas de uso público e coletivos devem ser servidas de rotas acessíveis, bem como residenciais MULTIFAMILIARES.
Já áreas de uso restrito, como casa de máquinas, barriletes não necessitam.

- A rota acessível pode coincidir com a rota de fuga.

- Toda rota acessível deve ser provida de iluminação natural ou artificial com no min 150 lux, medidos a 1m do chão.

- Na adaptação de edificações e equipamentos urbanos existentes, todas as entradas devem ser acessíveis e, caso
não seja possível, desde que comprovado tecnicamente, deve ser adaptado o maior número de acessos. Nestes
casos a distância entre cada entrada acessível e as demais não pode ser superior a 50 m. A entrada predial principal,
ou a entrada de acesso do maior número de pessoas, tem a obrigatoriedade de atender a todas as condições de
acessibilidade. O acesso por entradas secundárias somente é aceito se esgotadas todas as possibilidades de
adequação da entrada principal e se justificado tecnicamente.

- Quando impraticável executar rotas acessíveis e estacionamentos, as vagas p/ pessoas com deficiência e idosas
deve ter uma distância máxima de 50m até as rotas acessíveis.

- Circulação vertical (por escada, rampa ou equipamentos eletrônicos) é considerada acessível se atender no min a
duas formas de deslocamento vertical.

- Inclinação longitudinal: até 5% (mais que isso é considerado rampa).

- Inclinação transversal: até 2% em pisos internos e 3% em pisos externos.

Até 5mm : dispensam tratamento especial

- Desníveis: 5 – 20mm : devem possuir inclinação máxima 1:2 (50%)

Mais de 20mm : devem ser considerados degraus

- Grelhas e juntas de dilatação devem estar for do fluxo principal, porém quando não possível, os vãos devem ter
dimensão máxima de 1,5cm e devem ser instalados PERPENDICULARMENTE ao fluxo principal ou ter vãos
quadriculado/circular quando houver fluxo em mais de um sentido de circulação.

- Tampas de caixa de inspeção e de visita: frestas no máx 1,5 cm.


- Nas áreas de resgate, deve ser previsto no mínimo um M.R. a cada 500 pessoas de lotação, por pavimento, sendo
no mínimo um por pavimento e um para cada escada e elevador de emergência. Se a antecâmara das escadas e a
dos elevadores de emergência forem comuns, o quantitativo de M.R. pode ser compartilhado.

- Em edificações existentes, que seja impraticável a área de resgate, deve ser definido um plano de fuga

- Prever “Áreas de descanso” fora da faixa de circulação, a cada 50m (p/ pisos de i < 3%) e a cada 30m ( 3% < i < 5%)

- RAMPAS: Entre 6,25% e 8,33% é recomendado criar áreas de descanso, nos patamares, a cada 50m de percurso

Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções, podem ser usadas 8,33% (1:12) até 12,5% (1:8)

- Largura mínima da rampa: RECOMENDÁVEL = 1,5m e ADMISSÍVEL = 1,2m - Largura mínima do patamar = 1,2m

OBS: em edificações já construídas, quando a adaptação for impraticável, Lmin pode ser de 0,9m e com segmentos
de no máximo 4,0m, respeitando as tabelas anteriores (corrimão não pode incidir para dentro nesse caso)

- Inclinação transversal máxima = 2% em rampas internas e 3% em rampas externas

- Rampas em curva: i ≤ 8,33% e raio mínimo = 3,0m (medido no perímetro interno à curva)

- Corrimão de duas alturas em cada lado - Guia de balizamento mínima = 5cm

- A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima até 10cm

- ESCADAS: não podem ser utilizados espelhos vazados em rotas acessíveis

- Largura mínima em rotas acessíveis = 1,2m - bocel e quinas ≤ 1,5cm

- Patamar a cada desnível de 3,2m e quando houver mudança de direção

- degrau isolado (até 2 degraus): deve ter corrimão e atender a dimensionamento de pisos e espelhos. Basta uma
barra horizontal ou vertical com Lmin de 30cm e com o eixo posicionado a 75cm de altura do piso

- Dimensionamento: a) 63 cm ≤ p + 2e ≤ 65 cm

b) 28 cm ≤ p ≤ 32 cm

c) 16 cm ≤ e ≤ 18 cm

- O primeiro e o último degrau deve estar a 30 cm da área de circulação adjacente

- Inclinação transversal máxima dos degraus e patamares: 1% em escadas internas e 2% em escadas externas
- Lances curvos: 55cm da borda até a linha imaginária sobre a qual desce uma pessoa que segura o corrimão

CORRIMÃO: h = 70cm e h = 92cm (duas alturas sempre) e prolongamento no mínimo 30cm

- Corrimão intermediário quando a largura for maior que 2,4m

- O corrimão intermediário somente pode ser interrompido quando o comprimento do patamar for superior a 1,4m,
garantindo um espaçamento mínimo de 0,8m entre o término de um segmento e o início do seguinte (80+30+30)

- É permitida em escadas a instalação de apenas um corrimão duplo (no meio e não nas laterais), respeitando a
largura mínima de 1,2m em ambos os lados

- Plataforma de elevação vertical: “de percurso aberto” devem ter fechamento contínuo e não podem ter vãos, em
todas as laterais, até a altura de 1,1m do piso da plataforma. “De percurso aberto” só é usada em percurso de até
2m, nos intervalos de 2 – 9m somente com caixa enclausurada.

- A plataforma de elevação inclinada pode ser utilizada em reformas de edificações, quando demonstrada a
impraticabilidade de outra forma de acesso, através de laudo técnico por profissional habilitado.

- Escada rolante com plataforma para cadeira de rodas: obrigatório acompanhamento por pessoal habilitado e
dispositivo para solicitação de auxílio nos pavimentos

CORREDORES: 0,9m em edificações existentes onde a adequação seja impraticável, porém devem ser implantados
“bolsões” de retorno com dimensões que permitam a manobra completa de uma cadeira de roda (180°) a cada 15m

- Uso comum: 0,9m com extensão até 4m / 1,2m até 10m / 1,5m para mais de 10m - Uso público: 1,5m

PORTAS: vão livre no mínimo 0,8m de largura e 2,1m de altura. OBS: vão livre de 1m em locais de prática esportiva

- portas em sequência, é necessário um espaço de transposição com um círculo de 1,5m de diâmetro, somado às
dimensões da largura das portas, além dos 60cm ao lado da maçaneta de cada porta

- maçaneta entre 0,8m e 1,1m e revestimento a 0,4m resistente a impactos (bengala, muleta, cadeira de rodas)

- porta de sanitários: puxador horizontal c/ comprimento min de 0,4m, d entre 2,5 e 3,5cm instalado a 0,9m do piso

- porta do tipo vai e vem: visor com largura mínima de 20cm

- porta envidraçada: sinalização contínua no min 5cm de espessura a 0,9 – 1m do piso (recomenda-se outras 2 faixas
acima e abaixo da principal)

Faixa de serviço: serve para acomodar o mobiliário, os


canteiros, as árvores e os postes de iluminação ou
sinalização.

Faixa livre ou passeio: destina-se exclusivamente à


circulação de pedestres, deve ser livre de qualquer
obstáculo, ter inclinação transversal até 3 %.

Faixa de acesso: consiste no espaço de passagem da


área pública para o lote. Esta faixa é possível apenas em
calçadas com largura superior a 2m. Serve para acomo -
dar a rampa de acesso aos lotes lindeiros sob autoriza-
ção do município para edificações já construídas.
OBS: o acesso de veículos deve ser feito de forma a não interferir na faixa livre de pedestres (sem degraus/desníveis)

- Nas obras sobre o passeio devem ser previstas rampas de acesso provisório (i ≤ 10%), L ≥ 1,2m e uso de tapumes

- Faixa livre com conforto: fluxo de 25 pedestres por minuto nos dois sentidos, a cada metro de largura. Somar 45cm
(vitrines), 25cm (junto a mobiliário urbano e entrada de edificações)

- Travessia de pedestres (3 maneiras): redução de percurso (a), faixa elevada (b) e rebaixamento da calçada (c)

a) com alargamento da calçada, deixando 1,2m para passagem e i ≤ 8,33%

b) de acordo com legislação específica ( RESOLUÇÃO N° 495 , DE 5 DE JUNHO DE 2014): largura entre 4,0 e
7,0m e altura igual à altura da calçada, desde que não ultrapasse 15cm

c) i ≤ 8,33% no sentido longitudinal da rampa e na rampa das abas laterais, a largura mínima de rebaixamento é 1,5m

- Vagas para pessoas com deficiência: espaço adicional de 1,2m (pode até ser compartilhado por duas vagas) e o
percurso máximo até a edificação ou elevadores deve ser no máximo de 50m

4 – SANITÁRIOS, BANHEIROS E VESTIÁRIOS


- BOXE SANITÁRIO ACESSÍVEL

 Circulação com giro de 360° (área livre de um diâmetro de 1,5m), já boxe comum d = 0,6m (uma pessoa).
OBS: sendo assim, a dimensão mínima do sanitário acessível passa a ser 1,5 x 2m, pois a extensão não pode
ser inferior a 2m (bacia e tubo de ligação (0,5m) + diâmetro (1,5m).
 Garantir transferência lateral, perpendicular e diagonal p/ a bacia sanitária
 Lavatório sem coluna ou com coluna suspensa ou lavatório sobre tampo (ñ interferir na área de transf.) e a
altura frontal livre na superfície superior de no máximo 80cm
 Área de manobra pode utilizar no máx 10cm da bacia sanitária e 30cm do lavatório
 Porta do tipo eixo vertical deve abrir p/o lado de fora e possuir puxador horizontal do lado de dentro
 Grelhas e ralos posicionados fora da área de transferência
 Bacia sanitária com altura de 43 a 45cm (sem tampa), barra horizontal de, no min, 80cm posicionada a 75cm
do piso e também uma vertical de, no min, 70cm
 Quando a bacia não possuir parede lateral, deve-se instalar uma barra de apoio reta e uma lateral fixa,
fixada na parede ao fundo.
 Válvula de descarga a uma altura máxima de 1m e força de acionamento menos que 23N (preferencialmente
acionamento por sensor eletrônico)
 Não é permitida abertura frontal nas bacias sanitárias

- Acessórios para sanitários: faixa de alcance de 0,8 a 1,2m, com exceção do espelho (0,5 e 1,8m)

- Para boxes de chuveiros (min 0,9x0,95m), deve ser prevista área de transferência externa ao boxe, de forma a
permitir a aproximação e entrada de cadeira de rodas, cadeiras de banho ou similar
- Pisos: ser antiderrapantes; estar em nível com o piso adjacente, uma vez que cadeiras de banho se utilizaram
destes, é recomendada uma inclinação de até 2 % para escoamento das águas do chuveiro para o ralo; grelhas e
ralos devem ser posicionados fora das áreas de manobra e de transferência. É recomendado o uso de grelhas
lineares junto à parede oposta à área de acesso.

- Tolerância adimensional = 1cm

- Distância máxima a ser percorrida até o banheiro = 50m (recomendação)

- Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem possuir entrada independente, de modo a possibilitar que a
pessoa com deficiência possa utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma pessoa do sexo oposto.

- Número mínimo de sanitários acessíveis: Em lugares que serão construídos ou passarão por ampliação/reforma:
5% do total de cada peça, com no min um, para cada sexo em cada pavimento (nos edifícios públicos e nas áreas de
uso comum dos edifícios privados). Já nas edificações existentes, um por pavimento.

- Quando o cálculo da porcentagem de 5 % de peças sanitárias do pavimento resultar em mais do que uma
instalação sanitária ou fração, estas devem ser divididas por sexo para cada pavimento.

- Em edificações construídas, com até 2 pavimentos e área de até 150m² por pavimento, as instalações sanitárias
acessíveis podem estar localizadas em um único pavimento.

- Banheiros e vestiários devem ter no mínimo 5 % do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo
uma de cada. Quando houver divisão por sexo, as peças devem ser consideradas separadamente para efeito de
cálculo.

VESTIÁRIOS: cabinas individuais com duas barras de apoio horizontal (parede frontal e lateral oposta a porta)

5 – MOBILIÁRIO URBANO
- São instalados em ruas e estradas. Exemplos: ponto de embarque de transporte público, semáforo de pedestre,
telefone público, cabina telefônica, bebedouro, lixeira e contentores para reciclados, assento público (deve garantir
um M.R. ao lado deste), ornamentação da paisagem e ambientação urbana (vegetação)

- Não devem interferir na faixa livre de circulação

- Para ser considerado acessível, o mobiliário urbano deve: proporcionar ao usuário segurança e autonomia de uso;
assegurar dimensão e espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e uso, postura e mobilidade do
usuário; ser projetado de modo a não se constituir em obstáculo suspenso; ser projetado de modo a não possuir
cantos vivos, arestas ou quaisquer outras saliências cortantes ou perfurantes; estar localizado junto a uma rota
acessível; estar localizado fora da faixa livre para circulação de pedestre; ser sinalizado.

6 – MOBILIÁRIO
- Não são, necessariamente, instalados em ruas e estradas, podendo ser instalados dentro de edificações. Exemplos:
balcão, bilheterias, balcões de informação, caixa de pagamento, mesas ou superfícies, caixa de atendimento
bancário, máquinas de autoatendimento para compras de produtos
7 – EQUIPAMENTOS URBANOS
- São bens de utilidade pública destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade,
implantados em espaços públicos e privados.

- Exemplos: bens tombados, cinemas, teatros, auditórios, palcos, plateia, camarins, restaurantes, bares, locais de
hospedagem, serviços de saúde, locais de esporte/lazer/turismo, piscinas, parques, praças, praias, escolas,
bibliotecas, locais de comércio, estabelecimento bancário, atendimento ao público, delegacias, penitenciárias.

- Os cinemas, teatros, auditórios e similares, incluindo locais de eventos temporários, mesmo que para público em
pé, devem possuir, na área destinada ao público, espaços reservados para pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida. Os locais devem estar distribuídos pelo recinto, recomendando-se que seja nos diferentes
setores e com as mesmas condições de serviços, conforto, segurança, boa visibilidade e acústica e também devem
ter garantido no mínimo um assento companheiro ao lado de cada espaço reservado para pessoa com deficiência e
dos assentos destinados às P.M.R. e P.O.;

Os assentos para P.M.R. e obesos deve ser calculada traçando-se um ângulo visual de no máximo 30° a partir do
limite superior da tela até a linha do horizonte visual, com altura de 1,15 m do piso;

A quantidade dos espaços para P.C.R e assento para P.D.V., P.M.R e P.O é determinada em legislação específica.

- Os restaurantes, refeitórios e bares devem possuir pelo menos 5 % do total de mesas, com no mínimo uma,
acessíveis à P.C.R. Estas mesas devem ser interligadas a uma rota acessível

- Todas as portas existentes na rota acessível, destinadas à circulação de praticantes de esportes que utilizem
cadeiras de rodas do tipo “cambadas”, devem possuir vão livre de no mínimo 1,00 m, incluindo as portas dos
sanitários e vestiários.

- Os locais de serviços de saúde, como ambulatórios, postos de saúde, prontos-socorros, laboratórios de análises
clínicas, centros de diagnósticos, entre outros, devem ter pelo menos 10 % de sanitários acessíveis.

- O piso no entorno das piscinas não pode ter superfície escorregadia ou excessivamente abrasiva. As bordas,
degraus de acesso à água, corrimãos e barras de apoio devem ter acabamento arredondado.

O acesso à água deve ser garantido através de uma das quatro seguintes formas: a) bancos de transferências; b)
degraus submersos; c) rampas submersas; d) equipamentos de transferência para piscinas com profundidade
máxima de 1,20 m.

- Em bibliotecas e centros de leituras, pelo menos 5 %, com no mínimo uma das mesas, devem ser acessíveis.
Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10 % sejam adaptáveis para acessibilidade.

ANEXO – DESENHO UNIVERSAL: Esse conceito propõe uma arquitetura e design mais centrados no ser humano e na
sua diversidade, com uma melhor ergonomia para todos. Os princípios são 7:

- Uso equitativo: uso por diversas pessoas, independente de idade ou habilidade

- Uso flexível: diferentes maneiras de uso (destros e canhotos, facilidade na precisão, pessoas com diferentes tempos
de reação e estímulos)

- Uso simples e intuitivo: uso de fácil compreensão (dispensa experiência, conhecimento, habilidade linguística ou
alto nível de concentração)

- Uso de fácil percepção: redundante e legível (diferentes modos: visual, verbal, tátil)

- Tolerância de erro: minimização de riscos e consequências de ações acidentais

- Baixo esforço físico: uso de maneira confortável, com o mínimo de fadiga muscular

- Dimensão e espaço para aproximação e uso: dimensão e espaço apropriado

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