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8- Sistemas Estruturais em Aço

8.3 Conexões de Aço


8.3.3 Comportamento das Conexões (Ligações)

As conexões rígidas ou as flexíveis são concebidas utilizando-se tanto


parafusos quanto solda. É o tipo de ligação que traduz o seu
funcionamento e não o conector empregado. A partir do controle de
qualidade exigido em conexões soldadas, é comum empregar parte das
conexões soldadas, em fábrica, e parte parafusada, em obra.
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.3 Comportamento das Conexões (Ligações)
Ao lado vemos a classificação
de detalhes de ligação quanto
à rigidez e rotação:

(a) ligação flexível com dupla


cantoneira de alma;
(b) ligação rígida, com dupla
cantoneira de alma e chapas de
transpasse nas mesas (ou
flanges) da viga;
(c) curvas de momento x
rotação relativa.
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8.3 Conexões de Aço
8.3.4 Conexões Flexíveis
As conexões flexíveis devem ser concebidas de maneira a garantir:

➢ que as reações de apoio sejam transmitidas ao pilar ou viga que as


recebem;

➢ a rotação de uma peça em relação à outra no plano da flexão (plano


da alma no caso de uma viga com seção em forma de “I” ou “U” fletida
em torno do eixo de maior inércia);

➢ e que a rotação em torno do eixo longitudinal seja impedida.

Na sequencia tem-se alguns tipos padronizados de conexões que se


comportam como flexíveis.
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8.3 Conexões de Aço
8.3.4 Conexões Flexíveis – com cantoneira de alma
Ligações flexíveis com dupla cantoneira de alma (uma cantoneira em
cada face da alma). A reação de apoio é transmitida ao pilar diretamente
pelas cantoneiras. A rotação em torno do eixo longitudinal é impedida
pelas cantoneiras, que, para isso, devem ter uma altura mínima,
padronizada. A rotação da viga no plano da alma é permitida por causa
da flexibilidade das cantoneiras.

Ligação flexível com cantoneiras de alma, na direção de maior inércia


8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.4 Conexões Flexíveis – com cantoneira de alma
No caso abaixo, se a largura da viga interferir com as mesas do pilar, a
mesa da viga pode ser cortada, pois, por ser uma ligação articulada, não
há momento fletor e, por conseqüência, forças nas mesas junto ao
apoio. O ideal nesse tipo de conexão é que as cantoneiras venham, de
fábrica, soldadas na viga, e, em obra, seja feito o parafusamento. Caso
seja necessário usar solda em obra, a aba da cantoneira em contato com
o pilar deve receber somente solda vertical.
Soldagem horizontal prejudicaria o
movimento da cantoneira que permite a
rotação no plano da alma da viga. As
cantoneiras jamais devem vir de fábrica
soldadas no pilar, pois isso pode inviabilizar
a montagem da viga, em virtude de ela não
se encaixar no espaço entre cantoneiras. Ligação flexível com cantoneiras de
alma na direção de menor inércia
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8.3 Conexões de Aço
8.3.4 Conexões Flexíveis – com cantoneira de assento
Na conexão flexível que emprega cantoneiras ligadas às mesas a reação
de apoio é transmitida ao pilar pela cantoneira inferior. A cantoneira
superior é prevista para evitar o deslocamento lateral e a rotação da
viga em relação ao eixo longitudinal. Essas cantoneiras devem ser
suficientemente flexíveis para permitir a rotação da viga em relação ao
pilar. Uma desvantagem de tal esquema é que essa cantoneira pode
interferir com as placas de piso. No caso, a cantoneira superior pode ser
colocada na alma da viga.

Ligação flexível com cantoneiras nas mesas


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8.3.4 Conexões Flexíveis – com cantoneira de assento
Ao utilizar solda, deve-se evitar a soldagem vertical no contato entre
cantoneira superior e pilar para não prejudicar a rotação da viga no
plano de flexão.

É aconselhável usar solda vertical


na fixação entre cantoneira inferior
e pilar porque a solda horizontal
causa transferência de esforços
transversais ao pilar.

Ligação com cantoneiras soldadas a viga e pilar


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8.3.4 Conexões Flexíveis – com chapa de extremidade
A seguir apresenta-se a conexão flexível com chapa de extremidade. A
reação de apoio é transmitida ao pilar por meio da chapa. Essa chapa
deve ter dimensões suficientes para evitar a rotação da viga em relação
ao seu eixo longitudinal.

E deve ter suficiente flexibilidade


para permitir, por flexão entre
parafusos, a rotação da viga em
relação ao pilar.

Ligação flexível com chapa de extremidade


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8.3 Conexões de Aço
8.3.4 Conexões Flexíveis – com chapa de alma
A seguir apresenta-se a conexão flexível com chapa de alma. A reação
de apoio é transmitida ao pilar por meio da chapa. Essa chapa deve ter
dimensões suficientes para evitar a rotação da viga em relação ao seu
eixo longitudinal. A rotação da viga em relação ao pilar é conseguida
pela elasticidade da chapa e pelas folgas dos parafusos.

Ligação flexível com chapa de alma


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8.3 Conexões de Aço
8.3.5 Conexões Rígidas
As conexões rígidas devem ser concebidas de forma a garantir:
➢ que as reações de apoio sejam transmitidas ao pilar ou viga que as
recebem;
➢ e que a rotação em torno do eixo longitudinal e a rotação de uma
peça em relação à outra no plano da flexão sejam impedidas.
Para facilitar o entendimento do comportamento de uma conexão rígida,
admite-se que o binário que compõe o momento fletor atue somente nas
mesas da viga. Então, o momento fletor é transferido da viga ao pilar ao
se ligar às mesas.
Como a alma também deve ser ligada
para a transmissão da força cortante,
toda a seção transversal é ligada. Assim,
a rotação em torno do eixo longitudinal
da viga é, naturalmente, impedida. Transmissão do momento fletor
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8.3 Conexões de Aço
8.3.5 Conexões Rígidas – com chapa de extremidade
Abaixo tem-se uma conexão rígida com chapa de extremidade com
todos os elementos necessários ao desempenho da ligação.

Ligação rígida entre viga e pilar com chapa


de extremidade na direção de maior inércia

Admitindo-se que a mesa superior da viga é tracionada, a transmissão


dos esforços da viga ao pilar é feita na sequência apresentada a seguir.
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8.3 Conexões de Aço
8.3.5 Conexões Rígidas – com chapa de extremidade
A força axial à mesa tracionada provoca flexão da chapa de extremidade
entre os parafusos que a ligam ao pilar. Os parafusos, por tração,
transmitem o esforço à mesa do pilar, que tende a deformar-se por
flexão. Essa flexão é impedida pela colocação de uma chapa (nervura)
soldada à mesa e à alma do pilar, ao nível da mesa superior (tracionada)
da viga. Essa chapa, por sua vez, transmite o esforço, por força cortante,
através das soldas, à alma do pilar.
A força axial à mesa comprimida da viga é transmitida à mesa do pilar,
por contato direto, sem que haja tendência de flexão da mesa. A alma do
pilar é protegida contra enrugamento por intermédio de uma chapa
(nervura) ao nível da mesa inferior (comprimida) da viga. Essa chapa,
soldada à mesa e à alma do pilar, transmite o esforço, por força cortante,
à alma do pilar. A reação de apoio é transmitida ao pilar por intermédio
dos parafusos submetidos à força cortante.
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8.3 Conexões de Aço
8.3.5 Conexões Rígidas – com chapa de extremidade
Assim, há parafusos submetidos apenas à cortante (inferiores, no caso
descrito) e simultaneamente à cortante e à tração (superiores). Por isso
tem-se mais parafusos na parte de cima da ligação.

Caminho de esforços em uma ligação rígida


8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.5 Conexões Rígidas – com chapa de extremidade
Na sequencia vê-se um esquema de ligação rígida nas duas direções do
pilar. Pode haver dificuldade na ligação na direção de menor inércia do
pilar em virtude das dimensões e de interferência das nervuras. Nesse
caso, não se pode cortar a mesa superior da viga, pois é a região de
maiores momentos fletores. Aproveitam-se as nervuras existentes,
acrescenta-se mais chapa vertical e “desloca-se” a ligação para fora do
pilar.

Ligação rígida entre viga e pilar com chapas de mesa e alma na direção de menor inércia
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.5 Conexões Rígidas – com chapa de extremidade
A conexão rígida pode ser conseguida também ligando-se todas as
partes da viga por meio de solda, porém valem as mesmas observações
sobre a inclusão das nervuras internas ao pilar.

Ligação rígida soldada


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8.4 Deslocabilidade de Pórticos
- Deformação é a mudança de forma do elemento estrutural quando
submetido a um conjunto de forças. Os elementos das subestruturas
diferenciam-se quanto ao tipo de deformação sofrida:

Deformação axial Deformação por flexão Deformação por torção


- Pórtico plano – as vigas e os pilares sofrem deformações axiais
(extensão ou redução) e por flexão. Não ocorre deformação por torção.
- Treliça plana ou tridimensional – os elementos que as compõem
sofrem apenas deformações axiais.
- Grelha – as vigas sofrem deformações axiais, por flexão e por torção.
- Deslocamento é o valor da distância entre a posição original e a final
de um ponto da estrutura.
Fonte: livro “Estruturas de aço de edifícios - Aspectos tecnológicos e de concepção” de Valdir
Pignatta Silva e Fabio Domingos Pannoni. Editora: Edgard Blucher. 2010.
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.4 Deslocabilidade de Pórticos
Nos elementos estruturais correntemente empregados na construção
civil, o deslocamento de pontos devido à deformação axial, quer por
tração ou compressão, é muito menor do que o deslocamento provocado
pela flexão.

As treliças são estruturas de grande rigidez, pois o deslocamento de seus


nós dependem somente da deformação axial.

No caso dos pórticos, os deslocamentos nodais podem ser função tão


somente de deformação axial, mas também de deformação por flexão.

Assim, classificam-se, de forma qualitativa, os pórticos em deslocáveis


e indeslocáveis.
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8.4 Deslocabilidade de Pórticos
Pórticos indeslocáveis – o deslocamento de todos os nós depende
apenas da deformação axial de barras. A indeslocabilidade é conseguida
por meio da barra inclinada ou travamento.
Pórticos deslocáveis – o deslocamento de pelo menos um de seus nós
depende da deformação por flexão de pilares. Não se deve confundir
estruturas deslocáveis em equilíbrio estável com estruturas hipostáticas.

Pórtico indeslocável Pórtico deslocável


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8.4 Deslocabilidade de Pórticos
Abaixo, veem-se tipos de pórticos deslocáveis, que se diferenciam
quanto ao número e à posição das ligações rígidas (“engastes”).

Pórticos deslocáveis com diferentes concepções


Os pórticos deslocáveis, geralmente, são menos econômicos do que os
indeslocáveis, dado que a ligação rígida exige maior quantidade de
material (parafusos ou soldas e chapas de ligação) e mais trabalho de
fabricação e de montagem da conexão. Também pode ser necessário
pilares mais robustos para limitar os deslocamentos. No entanto, pórticos
indeslocáveis, pela adição de travamentos, prejudicam eventuais
passagens sob eles e exigem adequações à arquitetura do edifício.
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8.4 Deslocabilidade de Pórticos
Os pórticos indeslocáveis podem ser concebidos das seguintes maneiras:
Apoio direto no plano – ligando-se o pórtico, no seu plano, a uma
estrutura estável, logo, se esta for indeslocável, o pórtico também será.
No contexto da estrutura, esses pórticos são chamados de pórticos
contraventados, e a estrutura que os apoia, de estrutura de
contraventamento.

Pórtico indeslocável por apoio direto no plano


8- Sistemas Estruturais em Aço
8.4 Deslocabilidade de Pórticos
Travamentos fora do plano – ligando-se o pórtico, por meio de
travamentos pertencentes a um plano ortogonal ao pórtico, a uma
estrutura estável, se esta for indeslocável, o pórtico também será. Esses
pórticos são chamados de pórticos contraventados, e a estrutura que os
apoia, estrutura de contraventamento. Se houver uma laje maciça que
consiga transferir os esforços horizontais, ela faz o papel do travamento
horizontal, que pode ser prescindido.

Pórtico indeslocável contraventado fora do plano


9- Introdução ao Uso de Madeiras
9.5 Nomenclaturas de Elementos de Madeira
Seções Comerciais:
A tabela a seguir apresenta algumas dimensões comerciais (mercado)
para algumas espécies de madeiras serradas usadas em estruturas.

Dimensões Comerciais da Madeira (cm)


9- Introdução ao Uso de Madeiras
9.5 Nomenclaturas de Elementos de Madeira
Seções Comerciais:

A tabela a seguir apresenta as seções e dimensões mínimas exigidas


pela norma para peças usadas em estruturas.

Seções e dimensões mínimas de peças de madeira


9- Introdução ao Uso de Madeiras
9.5 Nomenclaturas de Elementos de Madeira
Elementos Construtivos em Madeira para um telhado:

Peças utilizadas em tesouras de madeira


9- Introdução ao Uso de Madeiras
9.3 Teor de Umidade
As propriedades da madeira são caracterizadas especialmente em
relação ao teor de umidade com dois termos bastante comuns:
-madeira verde: caracterizada por uma umidade igual ou superior ao
ponto de saturação, ou seja, umidade em torno de 25%.
-madeira seca ao ar: caracterizada por uma umidade adquirida nas
condições atmosféricas local, isto é, trata-se da madeira que atingiu um
ponto de equilíbrio com o meio ambiente.
O teor de umidade (Tu) de uma peça de madeira é definido pela relação
entre o peso úmido (Pu) e peso seco em estufa (Ps), expresso em
porcentagem, conforme a equação a seguir:

A NBR 7190/97 considera o valor de 12% como referência.


9- Introdução ao Uso de Madeiras
9.3 Teor de Umidade
Umidade da Madeira: A norma brasileira para o projeto de estruturas
de madeira define como condição padrão de referência o teor de
umidade de 12%, logo, os resultados dos ensaios devem ser fornecidos
para este teor de umidade.
9- Introdução ao Uso de Madeiras
9.4 Propriedades das Madeiras
Propriedades Mecânicas da Madeira:

Materiais com propriedades iguais em qualquer direção são chamados


de material isotrópico e quando as propriedades variam de uma direção
para outra o material é denominado de anisotrópico.
A madeira é um material não homogêneo que apresenta muitas
variações além de diversas espécies com diferentes propriedades.

O conhecimento das características da madeira conduz para um melhor


aproveitamento do material. A Norma Brasileira para Projeto de
Estruturas de Madeira, NBR 7190/97 define procedimentos e
parâmetros para uma correta caracterização da madeira a ser utilizada.
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8.3 Conexões de Aço
8.3.1 Conexões Parafusadas
Os parafusos são constituídos de cabeça, fuste e rosca sendo
identificados pelo diâmetro do fuste (diâmetro nominal), no entanto, a
resistência à tração do parafuso é função do diâmetro do fundo de rosca
(diâmetro efetivo) onde a área efetiva vale cerca de 75% da área
nominal. Dividem-se em: parafusos comuns e de alta resistência.
Os parafusos comuns são empregados
em peças secundárias, como: guarda-
corpos, corrimãos, terças e longarinas
de fechamento pouco solicitadas pela
baixa resistência mecânica.
O tipo mais empregado segue a especificação norte-americana ASTM
A307 com 41,5 kN/cm2 (4.150 kgf/cm2) de resistência à ruptura por
tração, é instalado manualmente e sem controle de torque. Despreza-se
a resistência por atrito entre chapas permitindo a movimentação destas.
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8.3 Conexões de Aço
8.3.1 Conexões Parafusadas
Os parafusos de alta resistência são empregados nas ligações de maior
responsabilidade. O tipo mais utilizado segue a especificação norte-
americana ASTM A-325 com resistência à ruptura por tração de 82,5
kN/cm2 para parafusos com diâmetro inferior ou igual a 25,4mm e 72,5
kN/cm2 para parafusos com maior diâmetro. Por causa da maior
resistência, usam-se menos parafusos por ligação e, por decorrência,
menores chapas de ligação. O parafuso de alta resistência deve ter
torque controlado. Após um aperto inicial empregando chave comum,
aplica-se o torque, cujo controle pode ser feito por torquímetro ou chave
pneumática. Esses equipamentos devem ser calibrados diariamente
conforme prescrições normativas. Alternativamente, o torque pode ser
avaliado controlando-se a rotação da porca.
O torque aplicado causa uma força normal entre as chapas, permitindo,
assim, considerar o atrito entre elas.
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.1 Conexões Parafusadas
Ligação por atrito submetida a força
cortante sem deslocamentos entre as
chapas pela maior rigidez da ligação,
logo, não há contato entre elas e o
parafuso. Importante em conexões
submetidas a esforços alternados. Ligação à força cortante, por atrito
No dimensionamento à força
cortante, ao desconsiderar o atrito
entre as chapas, elas sofrerão
deslocamento relativo e haverá
contato com o parafuso ao qual será
transferido o esforço externo. Essa
ligação é conhecida como ligação
por contato. Ligação à força cortante, por contato
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.1 Conexões Parafusadas
Além das ligações à força cortante, têm-se as ligações à tração e as
sujeitas aos esforços combinados de tração e força cortante.

Ligação à tração
Os parafusos devem ser compatíveis com os aços dos elementos ligados
como os aços resistentes à corrosão atmosférica (neste caso, especificar
parafusos ASTM A325 Tipo 3, ou similar).
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.1 Conexões Parafusadas
Resumo da classificação das ligações quanto ao esforço solicitante dos
parafusos:

(a) ligação por corte; (b) ligação por tração; (c) e (d) ligação a corte e tração dos conectores
8- Sistemas Estruturais em Aço
8.3 Conexões de Aço
8.3.1 Conexões Parafusadas
Resumo da classificação das ligações quanto ao esforço solicitante dos
parafusos:

Ligação com conectores: (a) e (b) corte simples; (c) corte duplo; (d) corte múltiplo
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido

Conceito:
Os recozidos são tratamentos térmicos que permitem a obtenção de
um estado próximo do equilíbrio termodinâmico provocando a
formação de estruturas de ferrita + carbonetos depois da passagem por
um estado total ou parcialmente austenítico.

Assim, elimina-se ou reduz-se os efeitos nefastos de tais estados, para


operações posteriores sobre o metal ou para a utilização correta do
aço.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido de Difusão
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido de Normalização
O objetivo é obter uma estrutura homogénea. Reduzir o tamanho de
grão da ferrita e da perlita.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido de Amaciamento ou Globulização
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido de Amaciamento ou Globulização
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Aço Recozido de Distensão
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade
Para velocidades maiores do que a crítica, a dureza da têmpera
depende principalmente do teor de C dissolvido na austenita e para
velocidades menores do a crítica, a % de martensita é reduzida, o que
leva a uma diminuição da dureza Martensita x Dureza

Se o C permanecer como carboneto


após a austenitização, ele não toma
parte da reação martensítica e não
influencia a dureza da martensita .
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade

 Temperabilidade é um termo utilizado para descrever a habilidade


de uma liga de ser endurecida através da formação de martensita.

 Uma liga que possui alta temperabilidade tende a formar martensita


não apenas na sua superfície, mas também em elevado grau em todo
o seu interior.

 Enquanto a dureza da superfície é primariamente dependente do teor


de carbono e da taxa de resfriamento, a profundidade , na qual um
certo nível de dureza é mantido para uma dada condição de
resfriamento, será função da sua temperabilidade.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade
Taxas de Resfriamento

Elementos de liga como carbono,


manganês, cromo e molibdênio são
elementos efetivos em aumentar a
temperabilidade do aço:

 S forma MnS
 Co aumenta taxa de nucleação e
crescimento da perlita
 Ti forma TiC (homogeneidade
da austenita)
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade

A presença desses elementos vai causar um retardo nas transformações


por difusão o que fará as curvas CCT (transformação a resfriamento
contínuo) se deslocarem para a direita reduzindo a taxa crítica para a
obtenção da martensita.

Neste sentido, a medida que a temperabilidade aumenta, diminui-se a


taxa crítica necessária para a transformação completa de austenita em
martensita.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Temperabilidade
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Método de Grossman (Diâmetro crítico)

• Neste método, barras cilíndricas de aço, de diâmetros crescentes são


austenitizadas e resfriadas rapidamente, em condições controladas para
transformação da austenita em martensita.

• Secções transversais das barras são a seguir submetidas à


determinação de dureza do centro à superfície.

• Traça-se um gráfico em que as abcissas são as distâncias dos centros


e as ordenadas os valores de dureza (HRC)
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Método de Grossman (Diâmetro crítico)

• Neste método, barras cilíndricas de aço, de diâmetros crescentes são


austenitizadas e resfriadas rapidamente, em condições controladas para
transformação da austenita em martensita.

• Secções transversais das barras são a seguir submetidas à


determinação de dureza do centro à superfície.

• Traça-se um gráfico em que as abcissas são as distâncias dos centros


e as ordenadas os valores de dureza (HRC)
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Método de Grossman (Diâmetro crítico)
 Diâmetro crítico corresponde as
diâmetro da barra que mostrará
no centro 50% de martensita.
 O diâmetro crítico pode ser
determinado graficamente,
sendo o diâmetro da barra para a
qual se verifica a mais brusca
queda de dureza em um gráfico
dos diâmetros das barras por
durezas dos centros das barras
 Quanto maior o diâmetro crítico,
maior a temperabilidade.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Método de Grossman (Diâmetro crítico)
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Ensaio Jominy Após o esfriamento, o corpo de prova é retificado e
valores de dureza, a distância de 1/16” são
determinados.

A extremidade temperada esfria mais rapidamente e


exibe a maior dureza; para a maioria dos aços, o
produto nessa posição é 100% martensita.

A taxa de resfriamento diminui com o aumento da


distância e assim há mais tempo disponível para a
difusão do carbono e formação de maior proporção
de perlita, mais mole.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Ensaio Jominy
Um aço que é muito temperável irá reter grandes valores de dureza ao
longo de distâncias relativamente longas como a seguir:
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Ensaio Jominy
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
A temperabilidade ainda pode ser avaliada pela velocidade crítica
superior de têmpera (Vcst) que é a menor velocidade de arrefecimento
que permite obter 100% de martensita, como visto em curvas TRC
(Tranformação por Resfriamento Contínuo).

Outra forma é que as velocidades de arrefecimento variam de um ponto


para outro da peça. Para um meio de têmpera determinado e uma dada
dimensão, cada ponto da peça tem uma lei de arrefecimento (a mais
lenta no núcleo e a mais rápida na periferia). Assim a diferença de
temperabilidade entre 2 aços traduz-se por uma diferença de penetração
de têmpera que pode ser quantificada por medição da dureza depois do
tratamento, em função da posição na peça nas curvas em U.
11- Tratamentos Térmicos - Metais
11.2 Tratamentos Térmicos dos Aços
Como avaliar a Temperabilidade
Influência do Ni e Cr num aço com 0,7% de C: a adição de elementos
de liga aumenta a penetração de têmpera. A dureza 55 HRC
corresponde à dureza crítica (50% de martensita).

Curva em U

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