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TIPOS DE LIGAÇÃO
I.1. INTRODUÇÃO:
Existe uma grande diversidade nos tipos de ligações utilizadas em estruturas metálicas. Na
Fig. II.1 estão representadas algumas destas ligações:
- Solda de composição de perfil (Fig. II.1a);
- Ligação rígida de viga de pórtico com coluna (Fig. II.1b);
- Base rotulada de coluna (Fig. II.1c);
- Emenda de perfil I soldado (Fig. II.1d);
- Ligação flexível de viga com coluna (Fig. II.1e);
- Ligação de peça tracionada (Fig. II 1f)
- Emenda de coluna com talas (Fig. II.1g)
Os meios de ligação são os dispositivos que executam a união entre as partes da estrutura. Os
meios de ligação que serão abortados neste curso são as soldas, os parafusos e as barras
roscadas (chumbadores, por exemplo).
O dimensionamento de uma estrutura metálica envolve não só a determinação das barras, mas
também a verificação de suas ligações. A concepção de uma ligação deve atender não só a
critérios de resistência, mas também a critérios de rigidez, sob pena de não se comportar em
termos de deslocamentos e rotações, conforme previsto no modelo estrutural.
As solicitações de cálculo por sua vez são obtidas multiplicando-se os esforços na ligação por
coeficientes de ponderação, normalmente maiores do que 1,0.
Dessa forma a rigidez de uma ligação representa sua capacidade de impedir a rotação relativa
entre as peças conectadas. De acordo com a sua rigidez, as ligações podem ser um dos três tipos
a seguir:
Fig. II.2 – Diagrama Momento Resistente x Rotação de Extremidade
− Ligação Rígida – nesta ligação é dada continuidade total entre as partes conectadas, de modo
que o ângulo original entre as peças que se interceptam permanece praticamente inalterado.
Uma ligação é considerada rígida se, após o carregamento, atingir 90% ou mais do momento
teórico esperado caso a conexão fosse um engaste perfeito.
− Ligação Flexível – nesta ligação a restrição à rotação deve ser tão pequena quando possível.
Uma ligação é considerada flexível se a rotação relativa ente as peças conectadas, após o
carregamento, atingir 80% ou mais da rotação teórica esperada caso a conexão fosse uma
rótula perfeita.
− Ligação Semi-rígida – nesta ligação o momento transmitido é nem zero (ou próximo de
zero), como no caso de ligações flexíveis, nem o momento máximo (ou próximo dele), como
no caso de ligações rígidas.
Para que se possa utilizar uma ligação semi-rígida é necessário conhecer a relação entre o
momento resistente e a rotação da ligação. Devido à dificuldade para definir esta relação, as
ligações semi-rígidas são raramente utilizadas em nossa prática e não serão abordadas em nosso
curso.
Na análise estrutural não é usual considerar a capacidade parcial de restrição à rotação das
ligações flexíveis. Isto significa que nestas ligações são desprezados os momentos fletores
introduzidos nas peças de apoio (colunas), a redução dos momentos positivos na região central
das vigas, o aumento da resistência das colunas à flambagem e a redução dos deslocamentos da
estrutura.
Nas ligações rígidas, ao contrário das ligações flexíveis, considera-se que o ângulo original entre
as peças não se modifica com o carregamento. Desta forma são ignorados a redução do momento
fletor introduzido nas peças de apoio, o aumento do momento positivo na região central das
vigas, a redução da resistência das colunas à flambagem e o aumento dos deslocamentos da
estrutura.
De acordo com os meios de ligação, as ligações podem ser classificadas como soldadas e/ou
parafusadas.
Nas ligações parafusadas podem ocorrer esforços de tração e/ou cisalhamento (Fig. II.3.a e b).
Nas ligações soldadas podem ocorrer tensões de tração, compressão e/ou cisalhamento (Fig. II.3c
e d).
De acordo com o tipo de esforços solicitantes e com a posição desses esforços em relação ao
centro dos grupos de parafusos ou das linhas de solda resistentes, as ligações podem ser
classificadas em:
− Cisalhamento centrado (Fig. II.4a)
− Cisalhamento excêntrico (Fig. II.4b)
− Tração ou compressão centrada (Fig. II.4c)
− Tração ou compressão com cisalhamento centrados (Fig. II.4e)
Fig. II.4 – Esforços solicitantes na ligação
As ligações são classificadas como centradas quando a linha de ação dos esforços solicitantes
passa pelo centro de gravidade do meio de ligação utilizado (soldas ou parafusos). Quando isto
não ocorre a ligação é classificada como excêntrica e, devido a esta excentricidade, aparecem
esforços adicionais nos meios de ligação.
I.2.4. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O LOCAL DE EXECUÇÃO DA LIGAÇÃO