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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

Tatiele da Silva Souza

Síntese do Artigo
“Adesão ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca em um hospital
universitário...".

O artigo relata sobre um estudo feito no hospital universitário no Rio Grande do


Sul onde foram analisados numero de internações e re-internações no período de um
ano de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, com intuito de avaliar
adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico.
Através do método de escala de Morisky que apresenta uma escala de auto-relato,
composta de quatro perguntas para identificar atitudes e comportamentos frente á
tomada de medicamentos que tem se mostrado útil para identificação de pacientes
aderentes ao tratamento farmacológico ou não e perguntas por meio de um
questionário validado para pacientes que não tinham adesão ao tratamento
farmacológico.
Apesar da auto-informação estar sujeita a problemas, como omissão, falhas de
memoria no processo comunicativo, este e um método bastante usado por apresentar
correlações importantes com outros métodos.
Foram entrevistados 252 pacientes sendo maioria homens com idade media entre
63 e 13 anos, utilizando o Teste de Morisky-Green para mensurar o grau de adesão ao
tratamento farmacológico e o questionário para o não uso farmacológico sendo
estudadas variáveis que possam estar relacionadas ao grau de adesão, como:
Características sócio-económicas; fatores relacionados á equipe e aos serviços de
saúde; fatores relacionados a terapia; nível de conhecimento sobre a doença e fatores
relacionados ao paciente.
Consideraram-se variáveis independentes: condições sócio-económicas (sexo,
idade, situação conjugal, escolaridade, classificação económica e situação
ocupacional), de saúde (autopercepção do estado de saúde), de utilização dos
medicamentos (número de medicamentos utilizados, necessidade de supervisão ou
ajuda para uso dos medicamentos, percepção de efeitos colaterais, restrição das
atividades diárias, descontinuidade do acesso aos medicamentos e complexidade da
farmacoterapia) e de utilização dos serviços de saúde (natureza do serviço que presta
atendimento, receber visitas da equipe de saúde da família, do agente de saúde e ter
realizado consulta).
Diferenças culturais, de idade, do estado de saúde e na origem da população
estudada são alguns dos elementos que também podem determinar a variação entre as
taxas de não adesão observadas. Contudo, ao vislumbrar que de cada dez usuários de
medicamentos contínuos, um ou dois possuem comportamento muito pouco aderente
e que outros quatro eventualmente não aderem à terapia, constitui-se um desafio à
integralidade e eficiência dos sistemas e serviços de saúde .
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

Entre as consequências da não adesão, é possível pontuar a diminuição do


controle efetivo das doenças, o aumento no risco de hospitalizações e o aumento da
mortalidade. A avaliação em extensão do impacto da não adesão representa um
desafio, pois não há consenso sobre a forma de mensuração e há pouca
disponibilidade de informações que permitam analisar fator associado a eventuais
complicações, hospitalizações, mortes e custos diretos e/ou indiretos.
Contudo, simplificar um regime terapêutico não consiste somente no número de
fármacos e suas doses diárias ou indicar apresentações mais adequadas. É também um
esforço do usuário e dos profissionais que o assistem para fornecer medidas de
suporte capazes de tornar a terapia mais fácil, acessível a sua compreensão/capacidade
e a seu nível económico, garantindo que o medicamento seja o instrumento
terapêutico com melhor efetividade, eficiência e segurança para o indivíduo e para a
coletividade.
Tendo uma maior ênfase na educação dos pacientes em relação a doença,
compartilhando conhecimentos modificando crenças e atitudes em relação ao
tratamento, proporcionando efetiva conscientização quanto ao seu estado de saúde.

Referência Bibliográfica

Artigo - “Adesão ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca em um


hospital universitário...".

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