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CRM
CONTEÚDO
Generalidades
Conceitos Básicos do CRM
Objetivos do Treinamento de CRM
Como o Treinamento é Conduzido
Reflexos do Treinamento
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1 - GENERALIDADES
As estatísticas sobre transporte aéreo em todo o mundo indicam que mais de 70% dos aciden-
tes aeronáuticos tiveram uma evidente contribuição do fator humano, um fator comumente i-
dentificado como erro do piloto.
Em vários acidentes aeronáuticos, nas décadas de '60 e '70, as investigações detectaram uma
cultura na cabine de vôo que, ao invés de aumentar a segurança, algumas vezes fornecia ter-
reno fértil para acidentes. Descobriu-se que vários comandantes tratavam seus companheiros
de cabine como subalternos, que deveriam falar apenas quando questionados. Na realidade,
essa atmosfera intimidante provocou diversos acidentes, quando tripulantes deixaram de co-
municar informações críticas. Um acidente de grande repercussão, em 1978, forneceu impulso
para mudar esta situação.
Em dezembro daquele ano, como resultado de um pequeno problema de trem de pouso, um
DC-8 da United Airlines orbitava enquanto se preparava para pouso na cidade de Portland, nos
Estados Unidos. Apesar de o primeiro oficial saber que estava com pouco combustível, não te-
ve sucesso em expressar sua preocupação de forma convincente para o comandante, por cau-
sa da atmosfera intimidante que existia. O avião ficou sem combustível e caiu, matando dez
ocupantes.
O impulso para treinamento de CRM vem de três diferentes áreas que são: a NASA, as pesqui-
sas acadêmicas e a indústria.
O Programa de Pesquisa de Fatores Humanos da NASA, identificou alguns dos parâmetros do
CRM através de entrevistas onde um dos pontos mencionados pelos tripulantes era a insatisfa-
ção com os programas de treinamentos, não pelo aspecto técnico, mas do lado não-técnico,
em itens como processo decisório liderança e habilidade de comunicação. Em outras palavras,
os tripulantes queriam dizer que não recebiam treinamentos suficiente para se tornarem co-
mandantes. Essas observações ajudaram a determinar a abordagem do CRM.
Outra fonte de informação utilizada foram os relatórios de acidentes e incidentes. Os tão co-
nhecidos acidentes com o L-1011 em Everglades, em 1972; com o DC-8 da United Airlines em
1978 e com o B-737 da Air Florida em Washington em 1982, são alguns exemplos dessas fon-
tes. A análise desses acidentes revelou falta de habilidade de CRM como fator primordial.
Um estudo realizado em 1979 mostrou que aqueles tripulantes que faziam uso eficiente dos re-
cursos de tripulação tinham melhor desempenho. Análises posteriores mostraram que havia
uma relação direta entre desempenho e comunicação dentro do cockpit. Também, curiosamen-
te, os tripulantes se desempenhavam melhor no final de uma jornada de três dias de trabalho
do que no começo da jornada, apesar de estarem mais cansados. Esses estudos e descober-
tas acabaram impulsionando o trabalho da indústria aeronáutica. Uma das conseqüências
desse trabalho foi o programa de treinamento de liderança e comando, da United Airlines. Do
outro lado do Atlântico, a empresa KLM, que tinha se envolvido num acidente em Tenerife,
também instituiu o curso de CRM.
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ZIDO
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O feedback através de vídeo é bastante eficiente porque é a perspectiva de uma terceira pes-
soa criando um nível de percepção que não é possível com as outras técnicas. Esta perspecti-
va provoca a autocrítica, que parece ser um forte estimulante para mudança de atitude e de
comportamento.
É praticamente impossível negar a presença de um estilo ineficaz de gerenciamento ou de re-
lacionamento quando a pessoa se vê no vídeo. Alem do mais, estes exercícios de feedback
em vídeo proporcionam a oportunidade para crítica pelos pares.
Há ampla evidência da eficiência do exercício com técnica de feedback pelo vídeo, que deve
ser usada sempre que possível.
No passado, muitos treinamentos de CRM terminavam na segunda fase e, apesar de os tripu-
lantes deixarem o programa supondo que haviam aprendido lições importantes, esses estímu-
los tendiam a se dissipar muito rapidamente. Hoje, sabemos que, para um programa de CRM
produzir resultado a longo prazo, deve ser reforçado com treinamento periódico.
V - REFLEXOS DO TREINAMENTO
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O valor do CRM foi demonstrado em 19 de julho de 1989, quando um DC-10 da United Airlines
teve uma falha de motor catastrófica que destruiu os sistemas hidráulicos da aeronave, tornan-
do-a praticamente incontrolável. Os quatro tripulantes atuaram em equipe e conduziram a ae-
ronave para um pouso forçado em Sioux City. Apesar de terem morrido mais de cem pessoas,
quase 200 sobreviveram a uma situação para a qual nenhum piloto no mundo havia sido trei-
nado.
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ÍNDICE
CONTEÚDO
I - GENERALIDADES
II - CONCEITOS BÁSICOS DO CRM
III - OBJETIVOS DO TREINAMENTO DE CRM
IV - COMO O TREINAMENTO É CONDUZIDO
1 - Primeira Fase
2 - Segunda Fase
3 - Terceira Fase
V - REFLEXOS DO TREINAMENTO