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Princípio da anualidade

(também chamado de anterioridade eleitoral) foi criado em 1993 com a aprovação da Emenda Constitucional (EC) nº 4, que deu nova
redação ao artigo 16 da Constituição Federal. O objetivo da emenda foi garantir que mudanças na legislação eleitoral somente entrem
em vigor se aprovadas até um ano antes do pleito, impedindo alterações casuísticas nas regras legais.

Princípio da moralidade eleitoral


É um corolário do regime democrático. Tem por escopo preservar a confiança do eleitor no candidato, bem como a capacidade para
exercer de forma proba o mandato eletivo. Está previsto no art. 14 § 9º da CRFB/88, e regulamentado pela LC 64/90 alterada pela
LC 135/10.

Princípio da celeridade
Impõe que as decisões eleitorais sejam imediatas, evitando-se ultrapassar a fase da diplomação. No mesmo sentido, o cumprimento
das decisões eleitorais deve ser imediato

Princípio da lisura das eleições (ou da isonomia de oportunidades)


Lisura, em sentido meramente semântico, está ligada à ideia de honestidade, franqueza. No que concerne ao Direito Eleitoral, o
princípio da lisura tem por escopo preservar a intangibilidade dos votos e igualdade dos candidatos perante a lei eleitoral. Protege o
processo eleitoral, no sentido de combater abusos, fraude e corrupção. art. 23 da Lei Complementar 64/90.

Princípio do aproveitamento do voto


Semelhante ao princípio in dubio pro réu, no Direito Eleitoral adota-se o princípio in dubio pro voto, de modo a preservar a soberania
popular, a apuração dos votos e a diplomação dos eleitos.

Princípio da responsabilidade solidária entre candidatos e partidos políticos


O princípio da responsabilidade solidária entre candidatos e partidos políticos na propaganda eleitoral está expressamente contido no
art. 241 do Código Eleitoral: “Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-
lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e adeptos”. Todavia, com o advento da Lei nº 12.891/13, houve
restrição à responsabilidade solidária entre candidatos e partidos, ao se acrescentar o parágrafo único ao supratranscrito art. 241 do
CE, assim redigido: “a solidariedade prevista neste artigo é restrita aos candidatos e aos respectivos partidos, não alcançando outros
partidos, mesmo quando integrantes de uma mesma coligação”.

Princípio da periodicidade da investidura das funções eleitorais


Os magistrados e os membros do Ministério Público Eleitoral são investidos na função eleitoral, salvo motivo justificado, por um prazo
de dois anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Vê-se, destarte, a ausência do princípio constitucional da vitaliciedade
inerente à magistratura e ao MP, mas sim a presença da regra da periodicidade da investidura das funções eleitorais. Nesse sentido,
dispõe o § 2º do art. 121 da Constituição Federal de 1988, in verbis: “Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo
mesmo processo, em número igual para cada categoria”.

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