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QUALIDADE E PROCESSOS NA PRODUÇÃO

HISTOGRAMA:
É um gráfico que mostra a distribuição de acontecimentos registrados em todo o espectro.
Esses acontecimentos registrados são chamados de amostras e são dados coletados de um
processo que se queira analisar o comportamento.

O que podemos medir utilizando um histograma?

Grandezas físicas:

● Peso;
● Comprimento;
● Temperatura;
● Pressão;
● Volume, etc.

Ocorrências em Geral:

● Número de ligações por dia;


● Número de reclamações;
● Número de leads;
● Nível de Satisfação (resultados de uma pesquisa de satisfação).

Como o histograma contribui com a minha análise?

O histograma é como uma impressão digital do funcionamento do seu sistema. Através dele é
possível identificar diversos fatores que podem ser analisados, os mais importantes dentre
eles:
Amplitude:

● Quantas amostras representam determinado comportamento?


● A distribuição é mais homogênea entre as classes, ou as amostras se concentram
em determinada região?

Mediana: Qual é o ponto central onde, estatisticamente, existe o maior registro de


ocorrências?
Dispersão:

● Qual é o grau de variedade de classes que existem no meu sistema?


● Existem amostras distribuídas entre muitos grupos no meu gráfico?

Os parâmetros que deverão ser utilizados para analisar os dados do histograma deverão ser
requisitos de desempenho predeterminados.

FLUXOGRAMA
O que é o Fluxograma?

Também chamado de gráfico de procedimentos ou gráfico de processos, o Fluxograma é a


representação gráfica da sequência das etapas de um processo. É uma ferramenta de
documentação do processo permitindo entender de forma rápida o funcionamento do
processo.

Reconhecido como uma das 7 ferramentas da qualidade, o Fluxograma é estruturado por


símbolos geométricos que indicam quais são os materiais, serviços, recursos envolvidos nos
processos e as decisões que devem ser tomadas, delimitando o caminho que deve ser
percorrido para entregar o melhor resultado através da execução do processo.

A representação gráfica do fluxograma é composta por símbolos.

Tipos de fluxogramas

1 – Diagrama de blocos

Também conhecido como fluxograma linear, é um fluxograma mais simples, composto


apenas por blocos e não envolve pontos de decisão, apenas a sequência de funcionamento de
um processo, ou seja, é como se fosse um checklist gráfico. É muito utilizado em instruções
de trabalho simples ou um fluxo mais macro dos processos.

2 – Fluxograma de processo simples

É um diagrama de blocos que contém pontos de decisão. Indica a sequencia de


funcionamento em processos simples, que depende de uma condição para executar um tipo de
tarefa.

3 – Fluxograma funcional

Mostra a sequência de atividades de um processo entre as áreas ou seções por onde ele
acontece. É muito útil para processos transversais, que passam por diversas áreas até ser
concluído. Nele se incluem também os responsáveis pelos setores e pode até indicar gargalos
no processo.

4 – Fluxograma vertical

Também conhecido como diagrama de processo, é um diagrama de formato diferente,


composto por colunas verticais onde estão disponíveis simbologias referentes aos tipos de
processo, descrição e outras informações.

Quando usar um fluxograma?

O Fluxograma é uma ferramenta utilizada para a organização sequencial dos processos da


empresa, a fim de deixar clara e padronização da execução, melhorando a comunicação,
aumentando a produtividade e reduzindo retrabalhos e custos de operação.

Ele representa as etapas que compõem qualquer tipo de processo especificando as que
merecem atenção especial por parte dos envolvidos na execução, identificando as rotinas da
organização e deixando claro os pontos de alerta que podem ser melhorados continuamente.

O fluxograma é uma ferramenta fundamental tanto para o planejamento (elaboração do


processo) como para o aperfeiçoamento (análise crítica e alterações) do processo, pode ser
utilizado no planejamento de projetos, na documentação de processos, no estudo de melhorias
de processos, no desenvolvimento da comunicação entre as pessoas envolvidas na execução e
compreensão de como um processo é executado.

Um fluxograma pode ser desenvolvido para:

● Padronizar a representação de métodos administrativos


● Permitir maior rapidez da descrição de métodos administrativos
● Facilitar leitura e entendimento de um processo
● Melhorar a análise de um processo
● Facilitar a localização e identificação dos pontos mais importantes de um processo ou
método

Como fazer?

O fluxograma é composto por três etapas: o início que compõe as entradas e os assuntos a
serem considerados durante o planejamento, posteriormente o processo e em si, que engloba
todas as operações e o fim, que são os resultados gerados durante o processo.

Para isso, cada atividade do processo deve ser descrita dentro de um símbolo, ajudando na
identificação do que deverá ser realizado.
Devido ao grande número de símbolos, é importante que a empresa defina uma padronização
para a utilização deles, para simplificar a compreensão por parte das pessoas envolvidas.

Para fazer um fluxograma você deve:

1. Definir o processo que será esquematizado.


2. Definir o escopo do processo: onde ou quando iniciar o processo? Onde ou
quando parar? Qual o nível de detalhamento que será incluído no diagrama.
3. Debater as atividades que acontecem durante o processo.
4. Organizar as atividades em sequência adequada.
5. Desenhar os símbolos referentes às atividades.
6. Desenhar setas para mostrar o fluxo do processo.

INFOGRÁFICO DO FLUXOGRAMA:

Ele pode ser impresso para colar nas paredes da empresa ou para apoiar a
integração/treinamento de novos colaboradores. O infográfico também pode ajudar na
gestão visual, incentivando as pessoas a usar esta ferramenta.

FOLHA DE VERIFICAÇÃO

O que é a folha de verificação?

A folha de verificação é aparentemente muito simples de se aplicar e por isso é considerada a


mais utilizada entre as sete ferramentas da qualidade. Também conhecida como lista de
verificação, checklist, ou lista de recolhimento de defeitos, é um formulário utilizado para
padronizar e facilitar a coleta de dados, além de uniformizar a verificação e execução de
processos.

É uma formulario planejado para coletar dados, portanto, é uma ferramenta genérica que
serve como primeiro passo no início da maioria dos controles de processo ou esforços para
solução de problemas.

Na indústria, dados registrados em folhas de verificação ajudam a entender se os produtos


tem as especificações exigidas. Por exemplo, é comum folhas de verificação para:

● Localização de defeito
● Contagem de quantidades
● Classificação de medidas
● Existência de determinadas condições
● Tipos de reclamações
● Causas de efeitos
● Causas de defeitos

Quando usar uma folha de verificação?

A ferramenta permite uma rápida percepção da realidade e uma breve interpretação da


situação, o que auxilia na redução de erros ou evitar que o mesmo volte a ocorrer. A
padronização das informações garante maior confiabilidade no processo, criando
embasamento para as ações de melhoria de processo. Pode ser utilizada para:

● Distribuição do processo de produção: controla a produção através de amostragens, é


utilizado quando se quer analisar se a medida de um item está conforme o esperado;
● Quando os dados podem ser observados e recolhidos repetidamente pela mesma
pessoa ou no mesmo local;
● Verificação de itens defeituosos: determinar qual a frequência de um erro e sua
localização;
● Causas de defeitos: é usado para coletar dados que comprovem as causas do defeito;
● Coletar dados sobre a freqüência ou padrões de eventos, problemas, defeitos,
localização de defeitos, causas de defeito, etc;
● Coletar dados de um processo de produção;
● Verificar a execução do processo: seguir um checklist assegura que a execução correta
de todas as partes do processo;
● Delegar tarefas facilmente: a padronização da execução dos processos por meio de
checklists permite que tarefas sejam executadas por outras pessoas mais facilmente.

Como fazer?

Apesar de não existir um modelo padrão de folha de verificação, alguns passos podem ser
seguidos para criar uma folha de verificação eficiente:

1. Definir o objetivo da coleta de dados, respondendo às seguintes questões:


● Quais dados que precisamos?
● Os dados podem ser analisados por diversas óticas?
● Como os dados serão registrados?
● Quem irá realizar as coletas de dados?
● Quem vai realizar o levantamento de dados, esta preparado para fazer com eficácia?
2. Montar a lista, com os campos para registros.
3. Elaborar folha autoexplicativa para o preenchimento
4. Conscientização para a coleta
5. Execução de pré-teste.
6. Fazer coleta dos dados.

Depois de realizar a coleta de dados, usar outras ferramentas para a tomada de decisão.

GRÁFICO DE CONTROLE:

Também chamado de Carta de Controle é uma ferramenta muito utilizada para acompanhar
um processo. Ela mostra de forma ampla as informações relevantes, a partir de um padrão de
referência, possibilitando o controle eficiente do processo.

Uma das ferramentas mais ricas dentro das Sete Ferramentas da Qualidade. Evidencia se o
processo está seguindo conforme esperado e indica quando ele apresenta sinais de desvio,
agilizando a resposta e providências necessárias para melhoria do processo e correção de
variações indesejadas.

Como funciona a Carta de Controle?

Ela é uma ferramenta gráfica composta de três linhas de referência para análise da evolução
dos dados:

1. limite superior de controle (LSC): é a média mais três vezes o desvio padrão.
2. limite inferior de controle (LIC): é a média menos três vezes o desvio padrão;
3. linha média;

Tanto no cálculo da LSC, quanto da LIC, utilizamos três vezes o desvio padrão, para garantir
a confiabilidade, de acordo com a metodologia Seis Sigma.

São realizados registros de valores de referência, como por exemplo média ou amplitude, de
forma cronológica. Assim, podemos acompanhar a evolução dos dados com o passar do
tempo. Muitas vezes, conseguimos detectar os desvios antes mesmo de sentirmos seus
efeitos. Podemos dizer que o controle é feito praticamente em tempo real, o intervalo entre as
medições irá variar de acordo com a natureza do procedimento, mas são realizados de forma
contínua. Assim, podemos verificar se estão dentro da variação tolerável e providenciar
medidas que impeçam a continuidade de algum desvio, assim que ele for observado,
impedindo que o problema tome proporções maiores.

que é gráfico de controle? Trata-se de uma ferramenta de qualidade usada para estudar como um
processo muda de acordo com o tempo, dentro de uma empresa.

Os dados oferecidos pelo o que é gráfico de controle são apresentados em ordem de tempo,
com:
● uma linha central para a média;
● uma linha superior para o limite máximo;
● uma linha inferior para o limite de controle mínimo

O que é gráfico de controle e o que ele indica?

Os gráficos de controle têm 2 usos principais dentro de uma metodologia de gerenciamento


de processos, geralmente sendo úteis como:

● uma ferramenta para monitorar a estabilidade e o controle do processo;


● uma ferramenta de análise do processo.

As linhas que você viu no exemplo de gráfico de controle que apresentamos, são
determinadas a partir de dados históricos.

Ao comparar os dados atuais com essas linhas, você pode tirar conclusões sobre a variação do
processo, monitorando e controlando o mesmo. Essas variações podem ser:

● consistentes: quando há variação, mas a mesma está controlada;


● imprevisíveis: quando há variação e ela está fora de controle.

Como dissemos acima, o gráfico de controle é uma ferramenta de qualidade, que


acompanha a estabilidade de um processo dentro de uma empresa, dentro desse
entendimento, é natural pensar que existe mais de um resultado para esse acompanhamento
de estabilidade, correto?

Inicialmente podemos pensar em estável e não estável, entretanto, é momento de aprofundar


um pouco mais no assunto.

Processo x estabilidade
Antes de continuarmos, é importante que você entenda que todo processo sofre uma certa
variação, entretanto, o que o gráfico de controle nos mostra é qual o nível dessa variação.

Dessa forma, para entendermos o que é gráfico de controle é importante compreender que, no
geral, ele pode nos trazer 4 tipos de respostas em relação ao processo que está sendo
analisado:

● ideal: o processo está controlado com 100% de conformidade, é estável e


apresenta um desempenho perfeito ao longo do tempo. É previsível e atende ao
que o cliente espera.
● limiar: está dentro do controle estatístico, mas sem conformidade ocasional.
Esse tipo de processo produzirá um nível constante de não-conformidades.
Previsível, mas não atende consistentemente às necessidades do cliente;
● a beira do caos: reflete um processo que não está sob controle, mas também não
está ainda produzindo defeitos. É imprevisível, mas seus resultados ainda
atendem aos requisitos básicos do cliente;
● o estado do caos: o processo não está em controle estatístico e produz níveis
imprevisíveis de não conformidade, além de não atender às solicitações dos
clientes.

Gráfico de controle: como fazer

Basicamente, o método de como fazer gráfico de controle é o mesmo usado para criar
qualquer gráfico: captura os dados e marca sua posição dentro de uma régua.

Para construir um gráfico de controle três são necessários 3 passos simples:

● determine o período de tempo apropriado para coletar e plotar dados.


● colete dados;
● construa seu gráfico e analise os dados.

IMPORTÂNCIA DO GRÁFICO DE CONTROLE

Se você tem uma empresa, ou trabalha em uma, é natural que um dos objetivos de seu
trabalho seja manter os processos otimizados, dentro de uma estratégia de melhoria
contínua. Se você não tem essa postura, indicamos que acesse o artigo; “Melhoria contínua
de processos: ferramentas e métodos para aplicar”, e entenda esse conceito, afinal, sem
isso realmente será difícil a sua compreensão sobre a importância de gráfico de controle.
Se você já domina, pelo menos conceitualmente, o processo de melhoria contínua, vamos
seguir!

Por meio dos resultados do gráfico de controle e do acompanhamento ao longo do período, é


possível, além de identificar problemas de estabilidade, também corrigir esses problemas,
mesmo enquanto eles ocorrem. Sem o gráfico, o erro só seria identificado quando a produção
fosse interrompida.

DIAGRAMA DE PARETO

O Diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas
causas de perdas que devem ser sanadas. Uma ferramenta útil sempre que classificações
gerais de problemas, erros, defeitos, feedback de clientes etc, puderem ser classificados para
estudo e ações posteriores. Seu propósito, no entanto, não é o de identificar causas.

O que é o diagrama de pareto ?

O Diagrama Pareto tem o objetivo de compreender a relação ação - benefício, ou seja,


prioriza a ação que trará o melhor resultado.

O diagrama é composto por um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências
em ordem decrescente, e permite a localização de problemas vitais e a eliminação de futuras
perdas.

O Diagrama de Pareto faz parte das sete ferramentas da qualidade e permite uma fácil
visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a
concentração de esforços para saná-los.

O diagrama baseia-se no princípio de que a maioria das perdas tem poucas causas, ou que
poucas causas são vitais, sendo a maioria trivial.

Muitas vezes, no Diagrama de Pareto - ferramentas da qualidade são incluídos valores em


porcentagem e o valor acumulado das ocorrências. A partir desta forma é possível avaliar o
efeito acumulado dos itens pesquisados.
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta muito importante porque através dele é possível
identificar pequenos problemas que são críticos e causam grandes perdas.

auxiliando na tomada de decisão.

Para o Diagrama de Pareto no conceito a ser aplicado, é importante seguir seis passos
básicos:

- Determinar o objetivo do diagrama, ou seja, que tipo de perda será investigada;

- Definir o aspecto do tipo de perda, ou seja, como os dados serão classificados;

- Em uma tabela, ou folha de verificação, organizar os dados com as categorias do aspecto


definido;

- Fazer os cálculos de frequência e agrupar as categorias que ocorrem com baixa frequência
sob a denominação “outros”;

- Calcular também o total e a porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado;

- Traçar o diagrama.

Diagrama de Pareto - 80/20


O conceito de Diagrama de Pareto está intrinsecamente relacionado com a Lei de Pareto,
também conhecida como princípio 80-20, ou lei 20/80 - Diagrama de Pareto 80-20.

De acordo com esta lei, 80% das consequências decorrem de 20% das causas. Esta lei foi
proposta por Joseph M. Juran, famoso consultor de negócios, que deu esse nome como
homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto.

Durante as suas pesquisas, Pareto descobriu que 80% da riqueza estava nas mãos de apenas
20% da população.

Através desta lei é possível afirmar que:


- 20% dos clientes são responsáveis por mais de 80% dos lucros de uma determinada
empresa;

- Mais de 80% das descobertas no mundo científico resultam de 20% dos cientistas.

Como aplicar o Gráfico de Pareto?


Um dos objetivos centrais de um programa de qualidade é reduzir perdas provocadas por
itens defeituosos que não atendem às especificações. Existem muitos tipos de defeitos que
fazem com que um produto não atenda às especificações. Concentrar esforços no sentido de
eliminar todos os tipos de defeitos não é uma política eficaz.

Devemos focar nos tipos de defeitos que são responsáveis pela maioria das rejeições, sendo
mais eficaz atacar as causas desses poucos defeitos mais importantes, daí a necessidade de
utilizarmos o gráfico de Pareto.

Poucos vitais: representam poucos problemas que resultam em grandes perdas;

Muitos triviais: representam muitos problemas que resultam em poucas perdas.

A utilização do Diagrama de Pareto, exemplo prático, para classificar problemas:

- Uma peça que falha em um teste devido a um componente defeituoso.

- Lotes de produtos químicos podem estar abaixo do padrão para muitas especificações
diferentes.

- Cobranças podem estar incompletas devido à falta de muitos tipos de informação.

- Há vários tipos de problemas que os hóspedes experimentam em um hotel.

Com frequência algumas poucas classificações dominam (os “poucos vitais”), enquanto que
todo o resto (os “muitos triviais”) contribuem apenas com uma pequena proporção. A fim de
melhorar um processo, é importante encontrar quais são as poucas áreas vitais de problemas.
Como fazer diagrama de Pareto e colocá-lo em prática?
1. Determinar os fatores que serão comparados no gráfico e coletar os dados
necessários;

2. Determinar a medida de comparação (frequência, tempo, custo) e o total de


ocorrências no período analisado para cada um dos fatores;

3. Somar as ocorrências, para determinar o valor total;


4. Calcular o percentual de cada ocorrência, de acordo com o valor total;
5. Calcular o percentual acumulado das ocorrências (Frequência Acumulada),
chegando a 100%;

6. Listar os fatores, do mais frequentes para o menos frequentes, e colocá-los no eixo


horizontal do gráfico;

7. Desenhar as colunas com as quantidades de ocorrências coletadas;


8. traçar uma linha que represente o percentual acumulado iniciando sempre na
primeira coluna à esquerda;

9. Analisar o diagrama, identificando quais fatores são mais recorrentes e quais


devem ser priorizados.

DIAGRAMA DE DISPERSÃO

O que é o Diagrama de Dispersão?

Considerado uma das 7 ferramentas básicas da qualidade, o Diagrama de Dispersão (também


conhecido como Gráfico de Dispersão, Gráfico de correlação ou Gráfico XY), é uma
representação gráfica da possível relação entre duas variáveis e, dessa forma, mostra de
forma gráfica os pares de dados numéricos e sua relação.

Geralmente, a relação vem de uma variável que é independente e outra variável que é
dependente da primeira, ou seja, a variável independente é a causa que provoca o efeito e a
dependente é o efeito (a consequência gerada pela causa). Portanto, se formos analisar a
relação entre a temperatura ambiente com a quantidade de sorvetes vendidos, em um
diagrama de dispersão, veremos que quanto mais alta a temperatura mais sorvetes são
vendidos. Neste caso, a variável independente é a temperatura e a dependente é a quantidade
de sorvetes vendida.

Relação entre as variáveis

Você também pode utilizar o Diagrama de Dispersão para validar se determinada variável
independente analisada tem impacto real em determinada variável dependente.

Essa relação entre as variáveis é chamada de correlação, e existem três tipos: positiva,
negativa e nula.

Correlação positiva: quando há uma aglomeração dos pontos em tendência crescente,


significa que conforme uma variável aumenta, a outra variável também aumenta. Por
exemplo, no caso da relação entre temperatura e número de sorvetes vendidos, temos uma
relação positiva.

Correlação negativa: quando os pontos se concentram em uma linha que decresce, significa
que conforme uma variável aumenta, a outra variável diminui, ou seja, quanto maior for a
ocorrência de um dos dados, menor será a ocorrência do outro dado. Por exemplo, se
calcularmos a taxa de natalidade com a riqueza de um país, veremos que quanto mais rico um
país, menor é a taxa de natalidade.

Correlação nula: quando há uma grande dispersão entre os pontos ou eles não seguem
tendência positiva nem negativa, significa que não há nenhuma correlação aparente entre as
variáveis.

Dispersão dos pontos

A dispersão dos pontos mostra qual a intensidade da relação: forte ou fraca.

Forte: Quanto menor for a dispersão dos pontos, maior será a correlação entre os dados.

Fraca: Quanto maior for a dispersão dos pontos, menor será o grau entre os dados.

Quando usar um Diagrama de Dispersão?

O Diagrama de Dispersão é usado para analisar a relação entre duas variáveis e em que
intensidade a mudança de um dado impacta outro dado. Assim podemos aplicá-la:

● Ao tentar identificar possíveis causas raiz dos problemas, ou seja, ao invés de


levantar apenas suposições, fazer uma validação com um diagrama de dispersão para
listar hipóteses de causas raiz com base em fatos e dados;
● Após brainstorming de causas e efeitos usando um Diagrama de Ishikawa, por
exemplo, para determinar se uma causa e um efeito estão relacionadas. imagine que
ao discutir as causas do número de acidentes em uma rodovia, apareceu como causa o
“dia de chuva”, então é possível fazer um diagrama de dispersão da relação entre dia
de chuva e número de acidentes;
● Na validação, se 2 efeitos ocorrem a partir de uma mesma causa. Isso é muito útil
quando você tem várias não conformidades com uma mesma causa raiz e você quer
validar se a correlação entre elas é verdadeira;
● Ao testar a autocorrelação antes de construir um gráfico de controle.

O que pode acontecer é que mesmo que o diagrama de dispersão mostre uma relação, não
suponha que uma variável causou a outra. Ambos podem ser influenciados por uma terceira
variável que não foi considerada, por isso, ao usar essa ferramenta é necessário o
levantamento constante de hipóteses

Como fazer?

1. Selecionar a causa e o efeito dos quais se deseja descobrir a relação;


2. Coletar os dados dessas duas variáveis para a composição os gráficos. Essa coleta
de dados pode ser feita através da folha de verificação;
3. Desenhar os dois eixos do gráfico, e colocar a variável dependente no eixo
vertical, e a variável independente no eixo horizontal.
4. Colocar os dados no gráfico, desenhando um ponto para cada uma das ocorrências
dos dados;
5. Verificar a disposição dos pontos no gráfico para identificar se há correlação
positiva, negativa ou nula.

DIAGRAMA DE ISHIKAWA

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou


Diagrama Espinha de peixe, é um gráfico cuja finalidade é organizar o raciocínio em
discussões de um problema prioritário, em processos diversos, especialmente na produção
industrial.

O propósito do Diagrama de Causa e Efeito é descobrir os fatores que resultam em uma


situação indesejada na organização. Por ser uma representação visual, ele auxilia a equipe a
chegar nas causas-raiz que diminuem a produtividade da organização.

O que é diagrama de causa e efeito Ishikawa


O diagrama foi criado pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa, no ano de 1943, e também
pode ser chamado de diagrama de espinha de peixe ou 6M. Esses nomes se justificam devido
ao objetivo, formato e categorias do próprio método.

O diagrama de causa efeito considera que os problemas sejam classificados em seis


categorias de causas, os famosos 6M:

- Método

- Matéria-Prima

- Mão de obra

- Máquinas

- Medição

- Meio Ambiente

Que são assim explicados:

Método
Nesta categoria serão inseridas as causas relacionadas às melhores práticas e procedimentos
utilizados para executar o trabalho. Os problemas podem ocorrer devido a metodologia
aplicada de forma incorreta, ou seja, quando o efeito indesejado é consequência da
metodologia de trabalho escolhido. Devemos nos questionar o quanto a forma de trabalho
influenciou o problema.

Matéria-Prima
Nesta categoria devem ser adicionadas causas que envolvam o material utilizado no trabalho.
Os problemas podem surgir devido à inconformidade técnica ou pela qualidade exigida para
realização do trabalho.
Devemos nos questionar se o material utilizado pode ter influenciado o trabalho, se o material
tinha boa qualidade, ou se foi proveniente de um fornecedor homologado.

Mão de obra
Esta categoria mostra as causas que envolvem atitudes e dificuldades por parte do
colaborador como por exemplo: procedimento inadequado, pressa, imprudência, ato inseguro,
desleixo, falta de qualificação, dentre outros.

Devemos nos questionar se o colaborador está preparado e bem treinado, se sua atitude está
adequada ou se há falta de experiência.

Máquinas

Nesta categoria encontramos as causas que envolvem tudo que está relacionado com
maquinário do processo. Muitos problemas são derivados por falhas de máquinas, podendo
ser causados devido à falta de manutenção regular ou mesmo se for operacionalizada de
forma inadequada. Devemos nos questionar se houve problemas com máquinas e
equipamentos em geral.

Medição | Medidas
Esta categoria é preenchida com as causas que envolvem os instrumentos de medida, sua
calibração, a efetividade de indicadores em mostrar as variações de resultado, avaliações de

forma incorreta, se o acompanhamento está sendo realizado, se ocorre na frequência


necessária etc. Problemas podem aparecer quando o efeito é causado por uma medida tomada
anteriormente para modificar o processo.

Devemos questionar se as métricas que usamos para medir o trabalho estão adequadas.

Meio Ambiente
Nesta categoria temos as causas relacionadas às questões do trabalho como local, calor,
layout, poluição, poeira, falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos,
dentre outros. O ambiente pode favorecer a ocorrência de problemas. Devemos nos
questionar se houve alguma influência do meio ambiente na ocorrência do problema.

Como fazer diagrama de causa e efeito


Para montar o Diagrama de Ishikawa é muito simples, você precisará definir claramente qual
o problema será estudado e posicioná-lo na “cabeça do peixe”. Em seguida, agrupar as
informações e classificá-las, definindo a qual Causa está ligada.

É importante também que se estratifiquem as Causas Primárias e as Secundárias, para melhor


organização das informações e aprofundamento do estudo. A partir daí é só montar um plano
de ação para a solução do problema.

Em termos práticos o gestor de projeto deve encontrar, em conjunto com os restantes


elementos da sua equipa, e com outros interessados no projeto, qual é o conjunto de causas
básicas (grandes causas) que é relevante no contexto específico do projeto que está a realizar.

A construção do diagrama de causa e efeito é algo que se adapta particularmente bem e pode
ser realizado no âmbito de uma, ou várias, sessões de Brainstorming.

Como ferramenta de suporte para a construção do diagrama, pode ser usado um simples
quadro branco e canetas de várias cores.

Se a equipe de projeto ou os demais interessados estiverem dispersos geograficamente, pode


usar-se o MS Word ou fazer um diagrama de causa e efeito no excel, ou recorrer a um
software um pouco mais específico, como por exemplo o MS Visio.

Seja qual for o suporte usado, devem ser seguidas as seguintes regras básicas:

Passo 1 – Determine o problema que a sua empresa quer resolver


É importante que você utilize apenas um problema por vez no diagrama de ishikawa. Além
disso, ao escrever o problema na planilha, não utilize palavras vagas ou frases grandes, seja
objetivo e pontual.
Passo 2 – Liste as causas que podem ter gerado esse problema
Agora você vai ter que listar todas as causas que podem estar gerando esse problema.

Um ponto importante é delimitar notas para cada uma dessas causas, com o objetivo de
encontrar quais são as causas mais relevantes e que impactam de maneira mais direta para o

problema em questão.

Passo 3 – Faça o diagrama de espinha de peixe


Se você tiver feito um bom trabalho de levantamento das causas, poderá ter uma bela
visualização do seu diagrama de espinha de peixe.

Essa representação é uma maneira simples de você analisar quais itens são relevantes e quais
não são.

Passo 4 – Crie ações para resolver as causas mais importantes


Agora é o processo bem simples, você precisa criar planos de ação para resolver ou melhorar
a forma como as causas levantadas ocorrem. Para isso, um primeiro passo é a criação dessas
atividades e o registro de uma equipe responsável para realizar aquela ação.

Dessa forma, é possível criar e controlar problemas, suas causas e as ações necessárias para
melhorar a gestão do seu negócio com uma planilha de excel.

Quais benefícios o diagrama de causa e efeito traz para a organização?


Por ser uma ferramenta visual, ele é muito utilizado para auxiliar na organização e no
raciocínio da equipe. Por ser uma representação gráfica simples de ser construída e de fácil
entendimento, traz inúmeros benefícios para a organização e para a equipe que a utiliza.
Alguns desses benefícios são:

- Melhor visibilidade dos problemas

- Identificação das possíveis causas

- Hierarquização das causas encontradas


- Registro visual que facilita futuras análises

- Aperfeiçoamento dos processos

- Exploração dos desdobramentos do problema

- Envolvimento de toda a equipe na gestão da qualidade

- Organização das ideias do grupo

O Diagrama de Ishikawa e efeito traz muitos benefícios para as empresas quando bem
utilizado. Ele pode ser usado em conjunto com outras metodologias, como as reuniões de
Brainstorming (tempestade de ideias), que potencializam o rendimento dos encontros e
ajudam a equipe a expor suas ideias e pontos de vista.

Portanto, é importante levar em consideração algumas limitações e requisitos para o seu bom
desenvolvimento. Por exemplo, o método, por si só, não identifica a gravidade das causas.
Além disso, ele precisa de pessoas organizadas, que saibam coordenar reuniões e que tenham
características de liderança para desdobrar a ferramenta.

O Sistema permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de determinado problema


ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite
também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica e sintética
(isto é, com melhor visualização).

Esse sistema de análise de causa e efeito pode ser aplicado em qualquer área do trabalho e
permite maior entendimento sobre os processos, permitindo assim o desenvolvimento de
mecanismos para superar problemas ou compreender como determinadas ações podem
influenciar no seu produto final.

É um processo de grande importância para o desenvolvimento das ações de um grupo de


trabalho, além, é claro, de garantir o melhor desenvolvimento de um projeto ou produto. Com
a vantagem de poder ser aplicado em qualquer uma das fases de um projeto..

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