Manejo Comportamental na Clínica de
Odontopediatria
Behavior management in pediatric dental practice
Letícia Diniz Santos Vieira
Curso de Odontologia
Faculdades Integradas do Planalto Central (FACIPLAC)
Gama, Brasil
leticia.vieira@faciplac.edu.br
Renan Ferreira Bezerra
Curso de Odontologia
Faculdades Integradas do Planalto Central (FACIPLAC)
Gama, Brasil
renan.ferreira@faciplac.ed.br
Paula de Lima Soares Varella
Curso de Odontologia
Faculdades Integradas do Planalto Central (FACIPLAC)
Gama, Brasil
paulalsvarella@gmail.com
Abstract — The project of social inclusion behavioral management
in the pediatric dentistry clinic aims to insert the work of extension
and research in education in oral health from a motivational
approach in the course of Dentistry for the behavioral management
in the pediatric dentistry clinic of 0 to 6 years old. The Socio
Educational Center of the Dentistry Course (NASCO) should be the
facilitating medium for the development of activities related to
motivation in oral health education, utilizing for this activity the toy
library and dental play materials made by the academics of
Faciplac - Integrated Faculty of Central Plateau, Brazil. Children's
fear of reduced dental treatment and children are naturally adapted
to the environment Children's daydreams, costumes, macromodels
and distribution of oral hygiene kits and educational pamphlets
forparents are used. Periodic returns are established according to
the risk and activity of caries disease.
Keywords — Pediatric dentistry; health promotion; primary
prevention; prevention & control dental care; handling; dental
caries.
I. INTRODUÇÃO
O comportamento do ser humano tem a capacidade de
adaptar-se a situações diversas e o ambiente pode ser
determinante para essa modelação. Como resultado de padrões
de reforçamento aos quais estiveram expostos ao longo do
tempo, percebe-se importante diferenciação entre
comportamentos adequados e inadequados [1].
Ao mesmo tempo, é preciso que o profissional de saúde
demonstre o interesse em perceber o impacto psicológico de
determinados procedimentos terapêuticos a fim de que a
prática odontológica seja mais completa e eficaz [2].
DOI 10.14684/SHEWC.17.2017.84-85
© 2017 SHEWC
XVII Safety, Health and Environment World Congress
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Maria Letícia Bucchianeri Peixoto
Curso de Odontologia
Faculdades Integradas do Planalto Central (FACIPLAC)
Gama, Brasil
maria.leticia@faciplac.edu.br
Marcia Silva de Oliveira
Curso de Odontologia
Faculdades Integradas do Planalto Central (FACIPLAC)
Gama, Brasil
professora_df@hotmail.com
Considera-se, assim, o receio que o paciente pediátrico pode
ter sobre a visita odontológica. A psicologia comportamental
aplicada à odontologia é relacionada à maneira que o
cirurgião-dentista percebe seu paciente. Ora, para que haja
adequada assimilação dos comportamentos de seu paciente é
imprescindível que o dentista esteja propício a observar o
indivíduo como um todo, lidar com a escuta ativa, trabalhar a
empatia. Além disso, no contexto pediátrico, o receio à
consulta odontológica ainda persiste [3].
O profissional precisa demonstrar em clínica segurança e
destreza técnica e, ainda, contar com a colaboração do
paciente durante as consultas. Em pacientes mais jovens, o
manejo pode ser dificultado e a escolha da técnica adequada é
imprescindível [4].
Em crianças, sabe-se que o estabelecimento da ansiedade tem
origem multifatorial, com consequências exacerbadas sobre o
comportamento durante as consultas. Buscando evitar ou
minimizar fatores etiológicos dessa ansiedade (dor, ambiente,
experiências traumáticas anteriores...), sugere-se o controle do
comportamento em odontopediatria. As técnicas bem
aplicadas podem gerar atitudes colaborativas, favorecendo a
relação profissional-paciente e o sucesso do tratamento [3].
No ambiente específico da faculdade de odontologia, a eleição
das técnicas vai ser embasada na acessibilidade da técnica
pelos estudantes, ainda em formação, e na própria
receptividade dos pacientes. Este contexto mostra que técnicas
como controle de voz, dizer-mostrar-fazer e distração são
frequentemente aceitáveis.
July 09-12, 2017, Vila Real, PORTUGAL
Importante no manejo de pré-escolares, o controle de voz evita
condutas indesejadas em seu momento inicial, porém deve-se
atentar que, em situações comportamentais negativamente
colaborativas já estabelecidas, tem-se menos sucesso. Dizer-
mostrar-fazer, por sua vez, é uma técnica simples, mas
bastante efetiva. A adequada escolha da linguagem permite
uma apresentação da situação clínica de sorte que o paciente
percebe a intenção do dentista em descrever o que está prestes
a acontecer, favorecendo a consolidação da confiança mútua
[4]. Por fim, a distração por meio de objetos lúdicos implica
em desviar a atenção das crianças de situações potencialmente
desagradáveis para uma representação do que lhes é real.
Vale lembrar que o brinquedo representa sim a realidade para
uma criança e, ainda, assume também um papel muito mais
relevante do que meramente distrair a criança [5],
Nesse contexto de aplicação de tecnicas diversificadas foi
desenvolvido o projeto na clínica de odontopediatria da
Faciplac associando a confecção de brinquedos que serão
entregues aos pacientes. Assim, tem-se que os brinquedos
inserem-se como forma de reforço positivo associado às
técnicas de controle e a ideia de construção do
condicionamento fica reforçada por meio de atividades lúdicas
concretas, A criança sente-se acolhida e previamente inserida
no contexto pediátrico da consulta.
II. PROBLEMA
Pacientes odontopediátricos em idade pré-escolar demandam
atitudes perspicazes do cirurgião-dentista quanto a abordagem
e adequação de comportamento. Esta população apresenta
características próprias quanto ao processo de comunicação,
ainda em desenvolvimento. Na odontoclínica de uma
faculdade analisa-se quais as técnicas de controle mais
apropriadas para esta faixa etária.
III. HIPÓTESE
Em odontopediatria a aplicação de técnicas de controle de
comportamento deve ser constante. Uma vez é considerado
que o ambiente molda o comportamento, em situação de
odontoclínica de uma faculdade, é essencial que o estudante
tenha a oportunidade de fazer uso de determinadas técnicas.
O manejo do paciente pelo aluno será feito essencialmente
pelas técnicas com as quais ele sinta maior segurança técnica
para realizar ou que surtam maior efeito no paciente no que
diz respeito a sua colaboração durante os procedimentos
clínicos.
IV. JUSTIFICATIVA
Espera-se, com este trabalho, apresentar técnicas de controle
de comportamento de eleição da odontoclínica da Faciplac, no
Distrito Federal-Brasil, enfatizando a importância do olhar
lúdico para o manejo do paciente odontopediátrico, buscando
incluir pacientes menos favorecidos no contexto da educação
em saúde bucal.
© 2017 SHEWC
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V. OBJETIVOS
A. Gerais: Como objetivo primário este trabalho pretende
analisar as técnicas de controle de comportamento em
odontopediatria utilizadas pela odontoclínica da Faciplac
em pacientes pré-escolares provenientes de regiões menos
favorecidas.
B. Específicos: Tem como objetivo específico discutir a
importancia da inserção de brinquedos no processo de
condicionamento clínico da população-alvo. Ainda,
pretende-se incentivar entre os alunos a manutenção de
oficinas de fabricação de brinquedos "odontológicos"
destinados aos pré-escolares, como reforço positivo.
VI. METODOLOGIA
A. Coleta de Dados: a análise das técnicas utilizadas será feita
por meio dos prontuários padronizados da clínica de
odontopediatria da Faciplac.
B. Amostra: Serão passíveis desta pesquisa os pacientes da
clínica de odontopediatria entre 0 e 6 anos que estejam de
acordo com os critérios do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido.
VII. RESULTADOS ESPERADOS
Com a análise dos dados coletados espera-se encontrar a
aplicação de técnicas distintas entre os alunos que atendem na
clínica de odontopediatria. Esse resultado evidencia a tentativa
de adequação ao comportamento adequado.
Espera-se ainda, encontrar aceitabilidade quanto a introdução
de brinquedos feitos pelas oficinas dos alunos, fazendo parte
do processo de condicionamento dessa população. A
comunidade atendida tem condição socioeconômica
desfavorecida e são válidas quaisquer tentativas de inclui-los
no desenvolvimento de educação em saúde bucal e geral.
REFERÊNCIAS
[1] Rolim, GS, Moraes, ABA, Cesar, J and Costa Junior, AL. Análise
de comportamentos do odontólogo no contexto de atendimento
infantil. Estud. psicol. (Natal) [online]. 2004, vol.9, n.3 [cited
2017-04-01], pp.533-541. Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
294X2004000300016&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1678-4669.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2004000300016.
[2] Varella, PLS. Les Facteurs psychologiques impliqués lors des
soins dentaires: approche théorique et clinique chez l'enfant.
Berlin: Ed. Universitaires européenes, 2011.
[3] Bourassa, M. Dentisterie comportementale: manuel de psychologie
appliquée à la médecine dentaire. Paris: Ed. Frison-Roche, 1998.
[4] Albuquerque, CM et al. Principais técnicas de controle de
comportamento em Odontopediatria. Arq. Odontol. [online]. 2010,
vol.46, n.2 [citado 2017-04-01], pp. 110-115 . Available from:
<http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S
1516-09392010000200008&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1516-0939.
[5] Zardetto, CGDC, Corrêa MSNP. Técnica de condicionamento
psicológico para uso do isolamento absoluto em criança de pouca
idade: relato de caso. Rev Ibero-am Odontopediatr Odontol Bebê
2004; 7(38):341-5.
July 09-12, 2017, Vila Real, PORTUGAL