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QUESTÕES COMENTADAS
R1 2
R1
Ponto 1 - Ética Médica e Bioética. Responsabilidade Profissional do Anestesiologista 4
Referência:
Alves-Neto O, Garrafa, V – Anestesia e Bioética. Rev Bras
Anestesiol, 2000; 50:2:178-188.
Meneses JAG – A bioética e a Prática da Anestesia, em:
Manica J – Anestesiologia Princípios e Técnicas, 3ª
Ed, Artmed, Porto Alegre, 2004;123-126.
Resposta: E
Referência:
Posso IP – Responsabilidade Ética e Legal do
Anestesiologista, em: Yamashita AM, Takaoka F, Auler Jr
JOC et al – Anestesiologia SAESP, 5ª Ed, Atheneu, 2001; 21-
22
Referência:
Brasil, Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Estatuto,
(2006 - S20) O Conselho Superior da Sociedade 2004.
Brasileira de Anestesiologia é constituído pelo(s):
A) membros da diretoria
B) últimos três presidentes da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia e presidentes das regionais
C) comissão de ensino e treinamento
D) conselho fiscal e comitês
E) conselho de defesa profissional e conselho fiscal
Referência:
Estatuto da SBA 2006.
Referência:
Braz JRC, Vane LA - Risco Profissional do Anestesiologista,
(2003 - S01) Qual das alternativas abaixo representa uma em: Yamashita AM, Takaoka F, Auler Jr JOC et al -
afirmação verdadeira sobre prevenção de infecções em Anestesiologia SAESP, 5a Ed, Atheneu, São Paulo 2001;03-
anestesiologistas na Sala de Operações e na Sala de 13.
Recuperação Pós-Anestésica:
Referências:
Moyers JR, Vincent CM - Preoperative Medication, in: (2005 - S27) Fitoterápico que deve ser interrompido pelo
Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, menos 36 horas antes da cirurgia.
4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2001;557. A) ginseng
Macuco MV - Jejum Pré-Operatório: Validade de Critérios. B) erva de São João
Rev Bras Anestesiol, 1998;48(4):295-308. C) valeriana
D) ginkgo biloba
E) alho
Referência:
Fleisher LA - Preoperative Evaluation, in: Barash PG, Cullen
BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia,
Lippincott Williams & Wilkins, 2001;476.
Lorenzini C O risco e o prognóstico em anestesiologia, em:
Manica J Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto
Alegre, Artmed, 2004;351.
Referência:
Hata TM, Moyers JR – Preoperative evaluation and
management, in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK –
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams
& Wilkins, 2006; 481.
Ponto 5 - Vias Aéreas 12
Ponto 6 – Posicionamento
Ponto 7 – Equipamentos
QUESTÂO ANULADA
(2005 - S11) Com relação às interações no sistema
(2004 – S03) Em relação ao fluxo sanguíneo encefálico nervoso autônomo, podemos afirmar que ocorre
(FSE): aumento da liberação de noradrenalina pelo estímulo do
receptor pré-sináptico:
A) a hipercarbia aumenta
B) a hipotermia não altera A) muscarínico
C) a hiperóxia aumenta B) dopaminérgico tipo 2
D) o posicionamento do segmento cefálico não o modifica C) adrenérgico alfa 2
E) a viscosidade não o influencia D) adrenérgico beta 1
E) adrenérgico beta 2
Resposta: A MÉDIA
Resposta: E Nível: Difícil
Comentário: O fluxo sanguíneo encefálico (FSE) pode ser
modificado por fatores que atuam diretamente no SNC e que Comentário: Os receptores muscarínico, dopaminérgico 2 e
aumentam ou reduzem a resistência vascular encefálica, ou alfa adrenérgico 2, pré-sinápticos, reduzem a liberação de
fatores que atuam indiretamente aumentando o volume noradrenalina. O receptor adrenérgico beta 1 é de
sanguíneo encefálico. A PaCO2 é um dos fatores mais localização pós-sináptica e o beta 2 é o que, atuando na
importantes na regulação do FSE. O FSE é diretamente membrana pré-sináptica, aumenta a liberação de
proporcional à PaCO2, entre os valores de 20mmHg a noradrenalina.
80mmHg. Somente alterações importantes de PaO2
interferem no FSE. A hiperóxia está associada a mínima Referência:
redução no FSE, porém a hipoxemia grave (PaO2 < Lawson NW, Johnson JO - Autonomic Nervous System:
50mmHg) produz aumento importante do FSE. O FSE se Physiology and Pharmacology, in: Barash PG, Cullen BF,
altera em 5 a 7% para cada aumento ou redução de 1oC. A Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia:
hipotermia reduz tanto o FSE quanto o metabolismo Lippincott Williams & Wilkins, 2001;274.
cerebral, enquanto o aumento da temperatura manifesta o Andrade JC, Martins VF, Oliveira ALM Fisiologia e
efeito oposto. Normalmente, a viscosidade sanguínea farmacologia do sistema nervoso autônomo, em: Manica J
produz pequena alteração no FSE. O posicionamento da Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre,
cabeça também interfere no FSE. Por exemplo, a cabeça Artmed, 2004;234.
em nível mais baixo que o átrio direito aumenta o volume
sanguíneo encefálico e diminui o FSE.
Referência:
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ, et al. (2005 - S26) Tratamento eficaz para quadro de agitação,
Neurophysiology & Anesthesia, in: Clinical Anesthesiology, desorientação e alucinação pós-operatórias, associadas
3rd Ed, New York, Lange Medical Books/Mc Grawl-Hill, 2002, ao uso de atropina no per-operatório:
552-582.
Mizumoto N. Anestesia para Neurocirurgia – Bases, em: A) piridostigmina
Yamashita AM, Takaoka F, Auler JOC et al, Anestesiologia B) neostigmina
SAESP, 5ª ed, São Paulo, Atheneu, 2001;197-216. C) escopolamina
Mizumoto N - Fisiologia e Fisiopatologia do Sistema Nervoso D) edrofônio
Central, em: Manica J-Anestesiologia, Princípios e E) fisostigmina
Técnicas, 3a ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;213-226.
Resposta: E Nível: Média
(2004 - M39) O término de ação da noradrenalina como Comentário: O número de receptores beta-adrenérgicos
neurotransmissor no terminal sináptico ocorre por: varia de forma significativa em resposta à quantidade de
norepinefrina na fenda sináptica e no plasma. O bloqueio
1- recaptação pelo terminal nervoso adrenérgico faz com que haja aumento do número de
2- difusão a partir dos sítios receptores receptores beta. Este fenômeno, conhecido como
3- metabolismo pela mono-amino-oxidase (MAO) e catecol- upregulation, pode explicar a taquicardia rebote que ocorre
O-metiltransferase (COMT) após a interrupção repentina do tratamento com beta-
4- antagonismo pela acetilcolina bloqueador.
Resposta: A Nível: Média (2005 - M49) O Sistema Nervoso Autônomo é ativado por
centros localizados no(a):
Comentário: Com o processo de isquemia e redução dos
níveis de ATP, ocorre a despolarização celular por 1- medula espinhal
ineficiência da bomba de sódio-potássio, permitindo o 2- tronco cerebral
Ponto 8 – Sistema Nervoso Central e Autônomo 19
3- hipotálamo
4- córtex cerebral
Referência:
Guyton AC, Hall JE - O Sistema Nervoso Autonômico e a
Medula da Adrenal, em: Tratado de Fisiologia Médica.10a
Ed, Philadephia, WB Saunders, 2000; 649.
1- glutamato
2- serotonina
3- substância P
4- glicina
Referência:
Stoelting RK – Pharmacology and Physiology in: Anesthetic
Practice, 3rd Ed, Philadelphia, Lippincott Raven,
1999, 602-603.
Ponto 9 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Cardiocirculatório 20
Referência:
Hoffmann BB – Cathecolamines Sympathomimetic Drugs,
(2004 - S20) Agonista adrenérgico de ação predominante
and Adrenergic Receptor Antagonists, em: Gillman AG,
indireta:
Limbird LE, Hardman JG – Goodman’s & Gilmlman – The
Pharmacological Basis of Therapeutics, 10th Ed, New York,
A) isoproterenol
McGraw-Hill, 2001; 212.
B) metaraminol
C) noradrenalina
D) efedrina
E) adrenalina
(2003 - S06) Eletrofisiologia das células do miocárdio:
Resposta: D Nível: FÁCIL
A) durante a fase 2, a saída lenta do Ca+2 leva ao
prolongamento do potencial de ação Comentário: Os fármacos adrenérgicos são aqueles que
B) a ativação dos canais de K+ dá início a fase 3, ou fase de provocam efeitos semelhantes aos da estimulação dos
repolarização nervos simpatoadrenérgicos. Podem ser classificados em de
C) período refratário absoluto corresponde ao intervalo P-R ação direta quando agem diretamente no receptor
do ECG adrenérgico como o isoproterenol, adrenalina e
D) a despolarização das células corresponde à saída de Na+ noradrenalina; de ação indireta quando atuam interferindo
e entrada de K+ na biossíntese armazenamento, liberação, recaptação ou
E) a permeabilidade de membrana ao K+ é 10 vezes maior inativação natural do neurotransmissor (tiramina e
que ao Na+. anfetamina); de ação mista, quando atuam das duas
maneiras, sendo o metaraminol predominantemente direto e
Resposta: B a efedrina predominantemente indireta.
Comentário: A ativação dos canais de K+ dá início à fase 3 Referência:
ou repolarização com entrada de K. Durante a fase 2, do Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ. Adrenergic Agonists
platô, existe um prolongamento do potencial de ação às & Antagonists, in: Clinical Anesthesiology, 3 rd ed, New
custas da entrada lenta de Ca2+. O período refratário absoluto, York, Lange Medical Books/McGraw- Hill, 2002;212-223.
período de repolarização, corresponde no ECG ao intervalo
Q-T. Na despolarização sai K+ é cerca de 100 vezes maior
que ao Na+.
(2005 – S06) O diagnóstico do eletrocardiograma,
Referência: abaixo, é:
Auler Jr JOC – Fisiologia do Sistema Cardiovasular, em:
Yamashita A, Takaoka F, Auler Jr JOC et al – Anestesiologia
– SAESP, 5ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2001; 291-293
Ponto 9 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Cardiocirculatório 21
5th Ed, Philadelphia, Lippincott, Williams & Wilkins, 2006, LETRA D, SE SOMENTE 4 É CORRETA
881-883. LETRA E, SE TODAS SÃO CORRETAS
Referência:
Lake CL – Cardiovascular Anatomy and Physiology, in: (2004 - M47) São fatores envolvidos no equilíbrio
Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, suprimento-demanda de oxigênio ao miocárdio:
4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;853-
881. 1. frequência cardíaca e pressão de perfusão coronariana
2. conteúdo arterial de O2 e pressão diastólica final do
ventrículo esquerdo
3. necessidades basais de O2 e contratilidade cardíaca
(2004 - M43) Antiarrítmico(s), classe III, indicado(s) para 4. pós-carga e diâmetro das coronárias
tratamento de arritmias supraventriculares e
ventriculares: Resposta: E Nível: MÉDIA
Referência:
Lawson NW, Johnson JO – Autonomic Nervous System:
Physiology And Pharmacology, in: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia,
Churchill Livingstone, 2006, 325-327.
1- 1
2- 2
3- 3
4- 4
Referência:
Lake CL - Cardiovascular anatomy and physiology, in:
Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia,
4th Ed, Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins,
2001;862-863.
Stoelting RK - Pharmacology & Physiology, in: Anesthetic
Practice, 3rd Ed, Philadelphia, Lippincott-Raven,
1999;660.
Carlos RV, Cagnolati DC, Galas FRBG et al Fisiologia e
farmacologia cardiovascular, em: Manica J Anestesiologia:
Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed,
2004;244.
Ponto 10 – Fisiologia e Farmacologia do (2003 - S12) O óxido nítrico (NO) inalado para controle da
hipertensão pulmonar promove redução da resistência
Sistema Respiratório vascular pulmonar por:
toxicidade é dependente da pressão parcial de oxigênio nos enquanto receptores adrenérgicos reduzem o mesmo. Os
gases inspirados e da duração da exposição. A pressão de anestésicos halogenados (halotano, isoflurano e
oxigênio alveolar ao invés da arterial é mais importante no sevoflurano) promovem broncodilatação, portanto, reduzem
desenvolvimento da toxicidade. Acredita-se que a o tônus broncomotor.
intoxicação por oxigênio seja gerada pela produção
intracelular de metabólitos de oxigênio altamente reativos Referência:
(radicais livres). A lesão da membrana alvéolo-capilar Ebert TJ, Schmidt III PG - Inhalation Anesthesia, in: Barash
mediada pelo oxigênio produz uma síndrome que é PG, Cullen BF, Stoelting RK-Clinical Anesthesia, 4th Ed,
indistinguível, em nível patológico e clínico, da síndrome da Philadelphia, Lippincott Williams&Wilkins,2001; 377-418.
angustia respiratória aguda. Atualmente, não existem
evidências clínicas que sustentem o uso de agentes
antioxidantes e depuradores de radicais livres como as
vitaminas E e C, glutationaperoxidase e acetilcisteína na (2005 – S08) Paciente com doença pulmonar, do tipo
prevenção da intoxicação pulmonar pelo oxigênio. restritivo, apresenta na espirometria os seguintes
valores em relação à capacidade vital forçada (CVF), ao
Referência: volume expirado forçado no primeiro segundo
Morgan JR GE,Mikhail MS, Murray MJ – Critical Care, in: (VEF1) e à relação VEF/CVF:
Clinical Anesthesiology, 3rd Ed, New York, Lange Medical
Books/McGraw-Hill, 2002, 951-994. A) aumento, diminuição, diminuição
B) aumento, aumento, diminuição
C) diminuição, diminuição, normal
D) diminuição, aumento, aumento
(2004 - S22) A capacidade residual funcional (CRF): E) diminuição, normal, normal
Referência:
Morgan GE Jr, Mikhail MS, Murray MJ. Respiratory (2005 – S09) Pela classificação de West, a ventilação e a
Physiology & Anesthesia, in: Clinical Anesthesiolology, 3rd perfusão pulmonares, respectivamente, distribuem-se
Ed, New York, Lange Medical Books/Mc Graw-Hill, prioritariamente à(s) zona(s):
2002;475-510.
A) 1
B) 1 e 2
C) 1 e 3
(2004 - S23) O tônus dos músculos lisos bronquiolares: D) 2 e 3
E) 3
A) é reduzido por estimulação dos receptores muscarínicos-
M3 Resposta: E Nível: Difícil
B) é aumentado pela maior concentração de AMPc
intracelular Comentário: Na zona 1 de West, os alvéolos mantêm-se
C) é reduzido pela estimulação dos receptores adrenérgicos muito distendidos, situando-se na curva de complacência em
D) não sofre influência dos anestésicos inalatórios um ponto, onde insuflação adicional requer uma grande
E) pode ser aumentado pela ação do sevoflurano variação de pressão (baixa complacência); já os alvéolos da
zona 3, situam-se no ponto ótimo da curva de complacência,
Resposta: C Nível: MÉDIA permitindo que para qualquer pequena variação de pressão,
haja uma grande variação no volume, recebendo, pois, o
Comentário: O tônus broncomotor é modulado pela ação maior percentual da ventilação alveolar. Por motivos
parassimpática, sendo estimulado pela ação de receptores gravitacionais, a zona 3 de West recebe o maior percentual
muscarínicos do tipo M3. Os receptores adrenérgicos, do débito cardíaco. A zona 2 tem situação intermediária
notadamente do tipo beta-2, promovem broncodilatação pelo entre as zonas 1 e 3, apresentando a melhor relação
aumento intracelular de AMP cíclico. Assim, receptores ventilação/perfusão (próxima de 1). Contudo, não é a mais
muscarínicos atuam aumentando o tônus broncomotor, ventilada, nem a mais perfundida.
Ponto 10 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Respiratório 28
Comentário: O efeito farmacológico da terbutalina, através (2006 - S17) Define-se como padrão respiratório de Biot:
do estímulo do receptor beta-adrenérgico, é mediado pelo
aumento da síntese de AMPc. Os inibidores não específicos A) movimentos inspiratório e expiratório contínuos sem
das fosfodiesterases, como a aminofilina, atuam reduzindo a interrupção
degradação dos níveis intracelulares de AMPc. A redução B) ausência de respiração
dos níveis de AMPc e o aumento dos níveis de GMPc estão C) cessação do esforço ventilatório com pulmões insuflados
associados à constrição pulmonar. D) arquejos ventilatórios interpostos entre períodos de
apnéia
E) apneuse com espasmos expiratórios periódicos
Referência:
Eisenkraft JB, Cohen E, Neustein SM - Anesthesia for Resposta: D Nível: Difícil
Thoracic Surgery, in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting
RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Comentário: O conhecimento dos padrões respiratórios é
Williams & Wilkins, 2001;817. muito importante dentro da clínica médica. A eupnéia é
Andrade JC, Martins VF, Oliveira ALM Fisiologia e definida como uma boa respiração: movimentos inspiratórios
farmacologia do sistema nervoso autônomo, em: Manica J e expiratórios contínuos, sem interrupção, a apneia, como
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, ausência de respiração. Dois padrões respiratórios são
Artmed, 2004;230-233. definidos como ventilação agônica: a ventilação apnêustica
e o ritmo de Biot. A ventilação apnêustica caracteriza-se
pela apneuse (cessação do esforço ventilatório como
pulmões insuflados) e o ritmo de Biot pelos arquejos
(2005 - S22) Produz vasodilatação e redução da ventilatórios interpostos entre períodos de apnéia.
resistência vascular pulmonar:
Referência:
A) serotonina Stosk MC - Respiratory Function Anesthesia, in: Barash PG,
B) angiotensina Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed,
C) agonista do receptor H1 da histamina Philadelphia, Lippincott, Williams & Wilkins, 2006, 796.
D) agonista alfa-adrenérgicos
E) óxido nítrico
A) esternocleidomastóideo Resposta: E
Ponto 10 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Respiratório 29
Comentário: A divisão funcional do parênquima pulmonar Comentário: Laplace equacionou a pressão dentro do
nas chamadas zonas de West permite estudar as relações alvéolo, relacionando-a com a tensão superficial do líquido
dinâmicas existentes entre ventilação e perfusão alveolares, em seu interior e com o seu raio (Pressão= 2Tensão.raio-1).
não existindo limites anatômicos precisos entre as várias A tensão superficial contribui em grande parte para a
zonas. Em condições normais, a maior parte do parênquima resistência elástica do pulmão, mas a pressão nos pequenos
pulmonar comporta-se como zona II, permitindo ótimo alvéolos pode ser maior que nos grandes e poder-se-ia
equilíbrio entre ventilação e perfusão pulmonares. Existem esperar o esvaziamento de pequenos alvéolos nos maiores.
poucas áreas com comportamento fisiológico compatível com Entretanto, isso não ocorre pois a tensão superficial sofre
zona I. Entretanto, em situações de baixo débito cardíaco interferência das concentrações de surfactante. À medida
(p.ex.: hipovolemia) ou de altas pressões de vias aéreas, que o alvéolo se expande, cai a concentração de surfactante
algumas regiões de zona II passam a se comportar como e aumenta a tensão superficial. Isto contribui para a
zona I. Uma vez que estas regiões apresentam manutenção da estabilidade dos alvéolos. A tensão
comportamento de espaço morto, o aumento das áreas de superficial ajuda a manter o alvéolo seco.
zona I tende a comprometer a eliminação do CO2. As regiões
de zona III caracterizam-se por uma hipoventilação alveolar Referência:
relativa à perfusão recebida. O oposto acontece com os Castiglia YMM, Vane LA. Anatomia e Fisiologia
alvéolos da zona I, isto é, hiperventilação em relação à Respiratórias. Ventilação, Difusão e Circulação, em:
perfusão. Assim, os alvéolos da zona III tendem a eliminar o Yamashita AM, Takaoka F, Auler Jr JOC et al –
CO2 de maneira menos eficiente e, por isso, apresentam Anestesiologia SAESP, 5a ed, São Paulo, Atheneu, 2001;
PACO2 mais elevadas do que os alvéolos da zona I 245-264.
Referências:
Benumof JL – Respiratory Physiology and Respiratory
Function during Anesthesia, em: Miller RD – Anesthesia, 5th (2005 - M40) Contribui(em) para manter os alvéolos
Ed, Pennsylvania, Churchill-Livingstone, 2000;578 abertos:
1- surfactante
2- força elástica pulmonar
(2003 - M36) Fármaco(s) usado(s) no tratamento do 3- pressão intrapleural
broncoespasmo, na crise asmática grave: 4- pressão atmosférica
Referência:
Morgan GEM, Mikhail MS, Murray MJ – Anesthesia for
Patients with Respiratory Disease – Clinical Anesthesiology,
3rd Ed, Lange Medical/McGraw-Hill, 2001;511
Comentário: O anestesiologista deve estar atento aos (2004 - S21) A excreção renal de um fármaco:
fármacos utilizados no tratamento da hipertensão arterial
devido à interação com os anestésicos. A clonidina atua A) não se altera no paciente idoso hígido
sobre receptores alfa-adrenérgicos inibindo a liberação de B) aumenta proporcionalmente à lipossolubilidade
norepinefrina dos terminais simpáticos, resultando em C) em neonatos é alta comparada à superfície corpórea
reduzida atividade do sistema simpático. Diminui a CAM dos D) independe do grau de ligação proteica
anestésicos inalatórios. A prazosina produz bloqueio seletivo E) envolve filtração glomerular, secreção e reabsorção
de receptores alfa-1 adrenérgicos pós-sinápticos e leva à tubulares
vasodilatação arteriolar. O captopril é um inibidor da enzima
conversora da angiotensina e pode produzir hipotensão Resposta: E Nível: MÉDIA
arterial grave principalmente na presença de hiponatremia
ou hipovolemia. O labetalol é antagonista competitivo dos Comentário: A excreção de fármacos na urina depende de
receptores beta e alfa-1 adrenérgicos, inibe a reabsorção três processos: filtração glomerular, secreção e reabsorção
neuronal de norepinefrina sendo contraindicado em tubulares. Em neonatos, a função renal é baixa em relação à
pacientes asmáticos e com insuficiência cardíaca. A superfície corpórea. A função renal deteriora-se 1% ao ano a
nifedipina é um bloqueador de canal de cálcio que promove partir da quarta década da idade adulta e, portanto, espera-
vasodilatação coronariana e taquicardia. se que a excreção renal esteja diminuída mesmo no idoso
hígido. Substâncias lipossolúveis não são prontamente
Referência: eliminadas até que sejam transformadas em compostos
Penna AMB - Avaliação Pré-anestésica, em: Manica J. polares ou hidrossolúveis. A quantidade de fármaco que
Anestesiologia Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, penetra na luz tubular após a filtração depende do grau de
Artmed, 2004;323-345. ligação às proteínas plasmáticas.
Referência:
Ponto 11 – Farmacologia Geral 31
Wilkinson GR-Pharmacokinetics. The Dynamics Of Drug Hudson RJ - Basic Principals of Clinical Pharmacology, in:
Absorption, Distribution and Elimination, in: Hardman JG, Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia,
Limbird LE, Gilman AG - Goodman&Gilman´s the 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
Pharmacological Basis of Therapeutics,10th Ed, New 2001;256.
York,Mc Graw-Hill,2001; 3-30. Durval Neto GF Anestesia venosa, em: Manica J
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre,
Artmed, 2004;602-607.
1- oxidativa.
2- conjugação
3- hidrólise
4- acetilação
Referência:
Hudson RJ - Basic Principals of Clinical Pharmacology, in:
Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, (2005 - M42) Os fármacos com alta taxa de extração
4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, hepática (>70%) apresentam, para sua eliminação,
2001;255. dependência prioritária de:
Schwinn DA, Shafer SL Basic Principles of Pharmacology
Related to Anesthesia, in: Miller RD - Anesthesia, 5th Ed, 1- percentual de ligação proteica
Philadelphia, Churchill Livingstone, 2000;35-47. 2- capacidade intrínseca de metabolização
3- pH plasmático
4- fluxo sanguíneo hepático
(2005 - S13) O parâmetro farmacocinético melhor
relacionado ao término do efeito de um anestésico Resposta: D Nível: Difícil
venoso, após infusão contínua prolongada, é o(a):
Comentário: Os fármacos que apresentam alta taxa de
A) meia-vida de distribuição extração hepática são dependentes quase que
B) meia-vida de eliminação exclusivamente do fluxo sanguíneo hepático, para sua
C) meia-vida contexto-dependente eliminação; os que apresentam baixa taxa de extração
D) volume de distribuição hepática são dependentes da capacidade intrínseca de
E) depuração plasmática metabolização hepática, estando sujeitos à inibição ou
indução enzimáticas; já aqueles fármacos com extração
Resposta: C Nível: Fácil intermediária, estão sujeitos às variações de fluxo,
metabolização ou ligação às proteínas.
Comentário: A meia-vida contexto-dependente, que
correlaciona o tempo para redução à metade da Referência:
concentração plasmática ao final de um período de infusão Hudson RJ - Basic Principals of Clinical Pharmacology, in:
venosa contínua, é o melhor parâmetro farmacocinético para Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia,
estimar o tempo de recuperação. 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2001;242-243.
Referência:
Ponto 11 – Farmacologia Geral 32
12.1. Classificação dos agentes venosos 12.2. A) volume de distribuição menor do que o alfentanil
Mecanismos de ação, farmacocinética e B) meia-vida contexto-dependente de infusão igual à dos
farmacodinâmica 12.2.1. Agentes opioides 12.2.2. demais opioides
C) clearance dependente da taxa de extração hepática
Agentes não opioides
D) dose usada no espaço peridural maior do que a usada no
espaço subaracnóideo
E) a indução deve ser feita em bolus
(2003 - S14) O midazolam:
White PF, Romero G - Nonopioid Intravenous Anesthesia, in: C) os órgãos que possuem maior fração do débito cardíaco
Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Anestesia Clínica, recebem o fármaco mais lentamente
5thEd, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2006; 344. D) os fármacos mais lipossolúveis passam lentamente pelas
membranas
E) o término da ação clínica significa que o fármaco venoso
foi completamente metabolizado
(2006 - S19) O midazolam:
Resposta: B Nível: Média
A) possui clearance plasmático menor que o diazepam
B) tem meia vida de eliminação de 10 a 12 horas Comentário: Os volumes de distribuição dos fármacos
C) apresenta baixa taxa de ligação proteica dentro do organismo são aparentes e não têm relação com a
D) tem seu clearance aumentado no tabagismo quantidade de água existente dentro do organismo. Os
E) é eliminado em sua maior parte in natura pelo rim órgãos que têm maior fração do débito cardíaco recebem a
droga mais rapidamente e em um primeiro momento. Os
Resposta: D Nível: Difícil locais que recebem maior débito são cérebro, rins, fígado,
baço, coração, pulmões e glândulas endócrinas. Em um
Comentário: O clearance plasmático do midazolam é maior paciente hipovolêmico a concentração final de propofol no
que do diazepam. O midazolam tem meia vida de 1 a 3 plasma será maior que no normovolêmico. O término da
horas. A sua taxa de ligação proteica é de aproximadamente ação clínica significa que 50% da droga foram eliminados do
95%. Menos de 1% do fármaco é eliminado in natura pelo plasma. Os órgãos que possuem maior fração do débito
rim. O clearance no tabagismo está aumentado em função cardíaco recebem o fármaco mais rapidamente. Os
da indução enzimática. fármacos mais lipossolúveis passam rapidamente por locais
cujas membranas são lipoprotéicas. Um exemplo deste
Referência: fenômeno é o que acontece na barreira hematoencefálica.
Duval Neto GF - Anestésicos Venosos, em: Manica J, et al -
Anestesiologia Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Referência:
Porto Alegre, Artmed, 2004;572-573. Nora F – Farmacocinética das Drogas Intravenosas - Curso
de Educação à Distância em Anestesiologia
CET/SBA, v.2, Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade
(2006 - S23) O propofol após dose de indução única: Ltda, 2002;84 -95.
Referência:
Reves JG, Glass PSA, Lubarsk DA – Intravenous Nonopioid
Anesthetics, in: Miller Dr – Anesthesia, 6th Ed,
Philapelphia, Elsevier New York, Churchill Livingstone, 2005,
334-345.
Ponto 13 – Farmacologia dos Anestésicos sanguínea e tissular que agentes inalatórios mais antigos,
como halotano e isoflurano. A administração de óxido nitroso
Inalatórios isoladamente não altera a pressão arterial. Todos os agentes
inalatórios diminuem o volume corrente em pacientes
13.1. Agentes inalatórios: gases e líquidos voláteis anestesiados mantidos sob ventilação espontânea e são
13.2. Farmacocinética e farmacodinâmica dos capazes de abolir a resposta reflexa de vasoconstrição
pulmonar hipóxica, mediante mecanismos ainda não bem
anestésicos inalatórios 13.3. Solubilidade. Coeficiente
esclarecidos.
de partição 13.4. Concentração alveolar mínima
(CAM): conceito e fatores que interferem. DA 50 e DA Referência:
90 13.5. Biotransformação. Toxicidade 13.6. Baden JM, Rice AS – Metabolism and Toxicity of Inhaled
Importância da ventilação, da circulação e das Anesthetic, em: Miller RD – Anesthesia 5th Ed, Philadelphia,
alterações da relação ventilação/perfusão na absorção Churchill Livingstone 2000; 147-173
e eliminação dos anestésicos inalatórios 13.6.1.
Efeitos da concentração e efeito segundo gás 13.6.2.
Influência do sistema de inalação 13.7. Distribuição
dos anestésicos inalatórios: influência do fluxo (2003 - S17) Em relação à formação do composto A
sanguíneo tecidual e dos coeficientes de solubilidade (Trifluorometil vinil-éter) com o uso do sevoflurano:
sangue/gás e tecido/sangue 13.7.1. Fatores que
A) a quantidade de composto A depende da temperatura da
interferem na eliminação dos anestésicos inalatórios
cal sodada
pelos pulmões B) é formado pelo metabolismo hepático do sevoflurano
C) independe do fluxo de gás fresco no sistema circular
D) determina lesão predominante do ducto coletor
E) liga-se à hemoglobina determinando hipóxia
(2003 - S08) Hepatite relacionada ao uso de halotano:
Resposta: A
A) é mais comum em crianças
B) não tem associação com fatores imunológicos Comentário: O composto A não é um metabólito formado in
C) relaciona-se com a exposição prévia ao halotano vivo, mas no aparelho de anestesia. É nefrotóxico em rato,
D) doenças hepáticas prévias aumentam a incidência de causando lesão do túbulo proximal caracterizada
hepatite por halotano clinicamente pela elevação da ureia e creatinina no sangue,
E) é mais comum em procedimentos cirúrgicos mais glicosúria e proteinúria. Elevadas concentrações de composto
demorados. A ocorrem quando existem altas temperaturas no sistema
com absorção de CO2, altas concentrações de sevoflurano e
Resposta: C baixos fluxos de gases frescos. O uso de outros agentes
inalatórios como desflurano pode levar à formação de
Comentário: A hepatite por halotano tem incidência de carboxihemoglobina e hipóxia.
1:3000 a 1:30.000, manifestando-se principalmente após
procedimentos curtos (< 30 minutos). Está associada com Referência:
fatores imunológicos, exposição prévia ao halotano, sendo Kharasch ED – Inhalation Anesthetic Current Controversies,
mais comum em mulheres obesas e pessoas com mais de 50 em: Barash PG - A–A Refresher Courses in Anesthesiology,
anos, sendo infrequente em crianças. A doença hepática Philadelphia, Lippincott-Raven, 1996; 24:11; 143-149
preexistente não foi identificada como fator de risco para
hepatite pós-halotano.
(2004 – S04) Dentre os anestésicos inalatórios em uso, o
Referência:
mais potente é:
Mushlin OS, Gelman S – Anesthesia and the Liver, em:
Barash PG, Culen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th
A) sevoflurano
Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001:1075
B) isoflurano
C) enflurano
D) halotano
E) óxido nitroso
(2003 - S16) Com relação aos anestésicos inalatórios:
Resposta: D FÁCIL
A) o isoflurano diminui a pressão atrial direita
B) o sevoflurano e desflurano apresentam maior solubilidade Comentário: A potência dos anestésicos inalatórios é
sanguínea e tissular que isoflurano e halotano determinada pela concentração alveolar mínima (CAM). A
C) o óxido nitroso administrado isoladamente promove concentração alveolar mínima (CAM) corresponde a uma
aumento da pressão arterial dose em que 50% dos pacientes não respondem com
D) em paciente com respiração espontânea não altera o movimento ao estímulo cirúrgico. Quanto menor a CAM,
volume corrente maior a potência (halotano – 0,75%, isoflurano – 1,17 %,
E) a resposta reflexa de vasoconstrição pulmonar está enflurano – 1,63%, sevoflurano – 1,8% e óxido nitroso –
aumentada 104%).
Resposta: E Referência:
Ebert TJ & Schmid III PG - Inhalation Anesthesia, in: Barash
Comentário: A pressão atrial direita é aumentada com a PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed,
administração de halotano, isoflurano, desflurano e óxido Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;377-418.
nitroso. A administração de sevoflurano parece não aumentar
a pressão atrial direita. Novos agentes inalatórios como
sevoflurano e desflurano apresentam menor solubilidade
Ponto 13 – Farmacologia dos Anestésicos Inalatórios 39
(2004 – S08) Agente inalatório que induz aumento da Comentário: A CAM é a concentração alveolar em que 50%
resistência vascular periférica: dos indivíduos expostos à estimulação cirúrgica,
permanecem imóveis. A potência dos anestésicos inalatórios
A) óxido nitroso é expressa pela CAM e refletida pela sua partição entre óleo
B) sevoflurano e gás. A CAM é usada na definição da potência relativa dos
C) isoflurano anestésicos inalatórios e permite prever o comportamento
D) enflurano de misturas anestésicas. O conhecimento da CAM é
E) halotano essencial para o planejamento da anestesia. A CAM dos
diferentes anestésicos inalatórios é: sevoflurano = 1,9; óxido
Resposta: A MÉDIA nitroso = 104; halotano = 0,7; enflurano = 1,7; isoflurano =
1,17.
Comentário: Os agentes inalatórios halogenados reduzem a
pressão arterial sistêmica de forma dose-dependente, Referência:
enquanto o óxido nitroso tende a aumentá-la discretamente. Amaral JLG. Anestesia Inalatória, em: Yamashita AM,
O halotano não aumenta de forma significativa a frequência Takaoka F, Auler Jr JOC et al - Anestesiologia SAESP, 5ª
cardíaca, enquanto os demais agentes promovem seu Ed, São Paulo, Atheneu, 2001;551-577.
aumento. O débito cardíaco, volume sistólico e a
contratilidade diminuem, à medida que se eleva a pressão
de átrio direito. A resistência vascular periférica não se altera
com o halotano, é diminuída com os outros agentes 19) Halogenado com maior potencial nefrotóxico:
inalatórios halogenados e é aumentada com o óxido nitroso
(devido à estimulação simpática). A) halotano
B) enflurano
Referência: C) isoflurano
Amaral JLG. Anestesia Inalatória, em: Yamashita AM, D) sevoflurano
Takaoka F, Auler Jr JOC et al - Anestesiologia SAESP, 5a E) desflurano
Ed, São Paulo, Atheneu, 2001;551-577.
Resposta: B Nível: Média
Referência:
Ebert TJ, Schmid III PG. Inhalation Anesthesia, in: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th ed, (2005 - S20) Fator que aumenta a concentração alveolar
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;377-418. mínima (CAM) dos anestésicos inalatórios:
A) idade
B) acidose metabólica
C) etilismo crônico
D) hipotermia
(2004 - S12) Entre os agentes inalatórios disponíveis no
E) anemia
Brasil, apresenta a maior concentração alveolar mínima
(CAM):
Resposta: C Nível: Fácil
A) sevoflurano
Comentário: O uso agudo do álcool, como de qualquer
B) óxido nitroso
outro depressor do SNC, acarreta redução da CAM, porém,
C) halotano
seu uso crônico está associado ao aumento da CAM.
D) enflurano
Hipotermia, anemia, acidose metabólica e a idade são
E) isoflurano
fatores associados à diminuição da CAM.
Resposta: B Nível: MÉDIA
Referência:
Ponto 13 – Farmacologia dos Anestésicos Inalatórios 40
Comentário: O ponto de ebulição e a pressão de vapor do (2006 - S16) A concentração alveolar mínima (CAM) de
desflurano são os fatores físicos que determinam a um anestésico inalatório aumenta com o (a):
necessidade de um vaporizador pressurizado, para sua
administração. À temperatura ambiente (> 22,8ºC) ele A) acidose metabólica grave
evapora-se completamente. B) hipernatremia
C) uso de lítio
Referência: D) hipotermia
Andrews JJ, Brockwell RC - Delivery Systems for Inhaled E) envelhecimento
Anesthetics, in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK -
Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams Resposta: B Nível: Difícil
& Wilkins, 2001;574-577.
Fortis EAF, Jegier MA Física e anestesia inalatória, em: Comentário: Em geral os fatores que aumentam a atividade
Manica J Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto metabólica do SNC e a neurotransmissão também
Alegre, Artmed, 2004;195. aumentam a CAM. O inverso costuma ser verdadeiro. A
Fortis EAF O aparelho de anestesia, em: Manica J hipernatremia, o abuso crônico de etanol e a administração
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, aguda de efedrina e levodopa aumentam a CAM. Nenhum
Artmed, 2004;360. mecanismo isolado explica as alterações da CAM,
justificando a interpretação de que a anestesia é o resultado
de variadas alterações fisiológicas. Dentre os fatores que
diminuem a CAM pode-se citar a hiponatremia, a hipotermia,
(2005 - S32) Anestésico inalatório que produz o menor o envelhecimento, o uso do lítio e a acidose metabólica
relaxamento muscular: grave.
A) desflurano Referência:
B) enflurano Thomas JE – Inhalation Anesthesia, in: Barash PG, Cullen
C) halotano BF, Stoelting RK - Anestesia Clínica, 5th Ed,
D) isoflurano Philadelphia, Churchill Livingstone, 2006; 397-398.
E) sevoflurano
Referências:
Ebert TJ, Schmid III PG. Inhalation Anesthesia, in: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4a Ed,
Philadelphia, Lippincott, 2004; 377- 417.
1. solubilidade aumentada
2. fluxos elevados de gases frescos
3. ventilação diminuída
4. pequenos volumes dos circuitos anestésicos
Referência:
Morgan GEM, Mikhail MS, Murray MJ – Inhalation
Anesthetics, in: Clinical Anesthesiology, 3rd ed, New York,
Lange Medical Books/Mc Grawl-Hill, 2002; 127-150.
1- solubilidade do anestésico
2- capacidade residual funcional
3- débito cardíaco
4- ventilação alveolar
Referência:
Ebert TJ, Schmid III PG - Inhalation Anesthesia, in: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;380-381.
Saraiva RA Farmacocinética dos anestésicos inalatórios,
em: Manica J Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed,
Porto Alegre, Artmed, 2004;544-546.
Ponto 14 - Farmacologia dos Anestésicos Locais 42
A) procaína
B) bupivacaína
C) lidocaína
D) tetracaína
E) cloroprocaína
Resposta: A
(2005 - S15) No evento de crise convulsiva, por efeito Comentário: O pKa de um composto químico é o valor do pH
tóxico dos anestésicos locais, o tratamento principal é a no qual as formas ionizadas e não ionizadas estão em
administração de: equilíbrio. Somente a forma não ionizada atravessa a
membrana. Quanto maior for o pKa do anestésico local,
A) tiopental menor será o percentual não ionizado no pH fisiológico e
B) midazolam maior será a latência. A bupivacaína é racêmica, pois ela
C) succinilcolina contém partes iguais dos enantiômeros S e R e, assim, nesta
D) oxigênio forma, apesar de apresentar um carbono assimétrico, não
E) bicarbonato de sódio desvia a luz polarizada. A duração do bloqueio anestésico
está relacionada com o grau de ligação proteica. Acredita-se
Resposta: D Nível: Média que o anestésico local combina-se com um receptor proteico
localizado no canal de sódio da membrana nervosa,
Comentário: O tratamento é de suporte, objetivando evitar a interferindo na duração do bloqueio. Os composto lipofílicos
hipóxia. A suplementação de oxigênio e a ventilação penetram na membrana nervosa com maior facilidade, sendo
adequada são as primeiras medidas a serem instituídas. o fator determinante da potência. Quanto maior for a
Tiopental, midazolam ou succinilcolina podem ser utilizados lipossolubilidade, maior será a potência.
para garantir a oxigenação adequada. O bicarbonato de
sódio não tem indicação, já que a acidose que se instala é Referências:
respiratória. Pereira RIC – Anestésicos Locais, em: Yamashita AM,
Takaoka F, Auler Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP, 5ª Ed,
Referência: Atheneu, 2001;580-582
Liu SS, Hodgson PS - Local Anesthetics, in: Barash PG, Simonetti MPB, Batista RA, Ferreira FMC – Estereoisomeria:
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, a interface da tecnologia industrial de medicamentos e da
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;459-460. racionalização terapêutica. Rev Bras Anestesiol,
Carneiro AF, Carvalho JCA Anestésicos Locais, em: Manica 1998;48;394-398
J Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre,
Artmed, 2004;668.
Ponto 14 - Farmacologia dos Anestésicos Locais 44
(2003 - M45) Em relação aos anestésicos locais: da anestesia está relacionada ao grau de afinidade proteica
dos vários anestésicos locais. Acredita-se que estes se
1- gravidez, hipoxemia e acidose respiratória são fatores combinam com um receptor proteico localizado no canal de
predisponentes de risco para a cardiotoxicidade da sódio da membrana nervosa. Compostos que possuem
bupivacaína maior afinidade e se ligam mais firmemente aos sítios
2- a lidocaína administrada como aerossol, deve ser usada receptores, permanecem no canal por um período de tempo
nos pacientes com hiper-reatividade de vias aéreas mais longo.
3- a potência, o início de ação e duração de ação são
similares entre a bupivacaína e a ropivacaína Referência:
4- a ropivacaína tem índice terapêutico menor que a Pereira RIC. Anestésicos Locais, em: Yamashita AM,
bupivacaína Takaoka F. Auler Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP, 5ª
Ed, Atheneu, São Paulo, 2001; 579-594.
Resposta: B
(2004 – M28) A potência dos anestésicos locais depende (2005 - M41) Aumenta(m) a ação cardiodepressora da
de: bupivacaína:
Referência:
Carneiro AF, Oliva ALF, Hamaji A – Anestésicos Locais -
Curso de Educação à Distância em Anestesiologia
CET/SBA, v. 2, Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade
Ltda, 2002; 102-106.
Liu SS, Joseph RS - Local Anesthesic, in: Barash PG, Cullen
BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5ª Ed, Philadelphia,
Lippincott Williams & Wilkins, 2006,453.
Ponto 15 - Transmissão e Bloqueio Neuromuscular 46
ocupação de, ao menos, 70% dos receptores. O bloqueio Comentário: Os corpos celulares dos neurônios motores
neuromuscular é resultante de bloqueio competitivo e não que suprem os músculos esqueléticos estão situados na
por modulação alostérica do receptor. Grupamentos medula espinhal. A substância liberada nas terminações
musculares diferentes sofrem o bloqueio neuromuscular em nervosas da placa motora é a acetilcolina e esta ação
tempos diferentes e em um mesmo músculo, algumas fibras denomina-se nicotínica. É o cálcio que propicia a liberação e
já estão relaxadas, quando outras ainda contraem. O a fusão das vesículas de acetilcolina. A acetilcolina é
diafragma é o músculo mais resistente ao bloqueio rapidamente hidrolisada pela enzima acetilcolinesterase.
neuromuscular, mas, também nele, este se instala por
completo. Referência:
Donati F, Bevan DR – Neuromuscular Blocking Agents, in:
Referência: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5ª
Bevan BR, Donati F - Muscle Relaxants, in: Barash PG, Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;421-
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, 449.
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;419-426.
Martins RS, Martins ALC Bloqueadores neuromusculares,
em: Manica J Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed,
Porto Alegre, Artmed, 2004;620-624. QUESTÕES DO TIPO M MARQUE:
LETRA A, SE SOMENTE 1, 2 E 3 SÃO CORRETAS
LETRA B, SE SOMENTE 1 E 3 SÃO CORRETAS
LETRA C, SE SOMENTE 2 E 4 SÃO CORRETAS
(2006 - S12) Na monitorização da transmissão LETRA D, SE SOMENTE 4 É CORRETA
neuromuscular, é considerado o padrão de estimulação LETRA E, SE TODAS SÃO CORRETAS
que melhor avalia o bloqueio residual o (a):
(2003 - M48) Características do bloqueio neuromuscular:
A) estímulo isolado
B) estimulação tetânica 1- o grande queimado apresenta sensibilidade ao bloqueio
C) estimulação double-burst adespolarizante
D) sequência de quatro estímulos 2- os antibióticos aminoglicosídeos potencializam o bloqueio
E) contagem pós-tetânica dos agentes adespolarizantes
3- nos pacientes com pseudocolinesterase atípica está
Resposta: C Nível: Média indicado o mivacúrio
4- a succinilcolina no paciente politraumatizado aumenta a
Comentário: O estímulo isolado é a forma mais simples de potassemia
estimulação, sendo porém, um método pouco sensível. A
estimulação tetânica é uma estimulação simples levada ao Resposta: C
extremo. A contagem pós-tetânica permite estimar a
profundidade do bloqueio quando não há resposta ao Comentário: O grande queimado apresenta resistência aos
estímulo isolado (ou seja, permite avaliar a profundidade do bloqueadores adespolarizantes. Os aminoglicosídeos
bloqueio com mais de 95% dos receptores ocupados). A potencializam o bloqueio dos agentes adespolarizantes. A
sequência de quatro estímulos avalia o grau de relaxamento succinilcolina pode desencadear hipercalemia no
muscular pela altura da resposta ao segundo, terceiro e politraumatizado, queimaduras, doença neuromuscular,
quarto estímulo. No padrão double-burst, a avaliação do trauma craniano e insuficiência renal. Nas pessoas com
bloqueio residual pode ser feita com precisão, quando o pseudocolinesterase atípica (heterozigotos) a ação do
método de avaliar a intensidade da contração muscular é mivacúrio é aumentada de 30% a 100%. Nos homozigotos, o
subjetivo: visual ou tátil, sendo esta avaliação muito superior mivacúrio apresenta maior duração e é mais potente.
à promovida pela sequência de quatro estímulos.
Referências:
Referência: Savarese JJ, Caldwell JE, Lien CA et al – Pharmacology of
Tardelli MA – Função Neuromuscular: Bloqueio, Muscle Relaxants and Their Antagonists, em: Miller RD –
Antagonismo e Monitorização, em: Yamashita AM, Takaoka Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone,
F, Auler Jr JOC, Iwata NM - Anestesiologia-SAESP, 5ª Ed, 2000;412-490
São Paulo, Atheneu, 2001, 235-240. Tardelli MA – Função Neuromuscular – Bloqueio,
Antagonismo e Monitorização, em: Yamashita AM, Takaoka
F, Auler Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP, 5ª Ed, Atheneu,
(2005 - S30) Na estrutura da transmissão 2001;217
neuromuscular:
administrados considerando-se o peso ideal, enquanto que Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP, 5a ed. São Paulo:
os benzilisoquinolínicos (atracúrio, mivacúrio e cisatracúrio), Atheneu, 2001;217-244.
o peso real. Tardelli MA– Transmissão Neuromuscular - Anatomia,
fisiologia e bloqueio, em: Tardelli MA, Cavalcanti IL, Jorge
Referência: JC, Turazzi JC, Pereira MNR, Filho Lins RLM – Curso de
Tardelli MA. Função Neuromuscular: Bloqueio, Antagonismo Educação à Distância em Anestesiologia CET/SBA, 1ª Ed,
e Monitorização, em: Yamashita AM, Takaoka F. Auler Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Anestesiologia,
Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP, 5ª Ed, Atheneu, São 2001; 13-28.
Paulo, 2001;217-244.
Ponto 16 - Parada Cardíaca e Reanimação Comentário: Durante a RCP ocorre acidose devido à baixa
perfusão com acúmulo de CO2 nos tecidos, o que resulta em
maior conteúdo de CO2 no sangue, de causa não
16.1. Conceito de parada cardiorrespiratória 16.2. respiratória. Por outro lado, o baixo débito se reflete na
Causas e diagnóstico diferencial 16.3. Suporte básico ausência de perfusão de muitos alvéolos não dependentes,
à vida 16.4.Suporte avançado à vida: equipamentos, ocasionando aumento do espaço morto alveolar e a PETCO2
fármacos, massagem cardíaca, desfibrilação, marca- será baixa. A melhora do débito cardíaco determinará uma
passos artificiais 16.5. Organização pré-hospitalar e melhor perfusão dos alvéolos, elevando a PETCO2.
hospitalar (comunicação, sistema de prevenção,
treinamento de pessoal, material de reanimação). Referência:
Otto CW – Current Concepts in Cardiopulmonary
16.6. Transporte e cuidados pós-reanimação
Resuscitation, em: Schwartz AL – ASA Refresher Courses in
16.7.Conceito e diagnóstico de morte clínica e Anesthesiology, Philadelhia, Lippincott-Williams & Wilkins,
cerebral. Aspectos médico-legais 16.8. Reanimação 1999;27;12;133-142
do recém-nascido e da criança 16.9.Reanimação em
situações especiais: obstetrícia, afogamento e
eletrocussão 16.10. Reanimação do paciente
anestesiado
Resposta: A
Referência:
Otto CW – Cardiopulmonary Resuscitation, em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;1491-1500
Resposta: C
Ponto 17 – Bloqueios Subaracnóideo e Peridural 51
Referência:
Ponto 17 – Bloqueios Subaracnóideo e Peridural 53
(2005 - S37) Aspecto(s) da anatomia relacionados à espinhal, é relativamente segura e utilizada com frequência
anestesia peridural e raquidiana: em cirurgia vascular. A punção ou passagem de cateter deve
ser realizada 10 a 12 horas após a administração subcutânea
A) uma linha traçada entre as cristas ilíacas atravessa o de heparina de baixo peso molecular, quando a concentração
corpo vertebral de L-3 plasmática está baixa. Somente nos pacientes que
B) os corpos vertebrais são estabilizados por dois receberam altas doses (1 mg.kg-1 a cada 12 horas) é que a
ligamentos que diminuem de tamanho entre as vértebras instalação do bloqueio deve ser retardada em 24 horas.
cervicais e lombares
C) no espaço peridural encontra-se o plexo de Batson na Referência:
porção anterior e lateral Yamashita AM, Yassuda H – Tromboprofilaxia e bloqueio
D) a pia-máter é aderente à medula espinhal e é composta regional, Rev Bras Anestesiol, 2001;51;360-366
por uma camada grossa de células do tecido conjuntivo sem
colágeno
E) o ligamento amarelo é menos espesso na região lombar
medindo de 8 a 9 mm. (2004 - M29) Após anestesia subaracnóidea pode ocorrer
redução da frequência cardíaca devido a:
Resposta: C Nível: Média
1. vasoconstrição periférica
Comentário: 2. redução do retorno venoso
Uma linha traçada entre as cristas ilíacas atravessa o corpo 3. redução da pressão arterial
de L-5 ou o interespaço de L4-L5. Os corpos vertebrais são 4. bloqueio das fibras T1 a T4
estabilizados por cinco ligamentos que aumentam de
tamanho entre as vértebras cervicais e lombares. Uma rica Resposta: C Nível: FÁCIL
rede de veias desprovidas de válvulas (plexo de Batson)
corre na porção anterior e lateral do espaço peridural. A pia- Comentário: Os efeitos cardiovasculares dos bloqueios
máter é aderente à medula espinhal e é composta por uma subaracnóideo e peridural são a redução da frequência
camada fina de células do tecido conjuntivo com colágeno. A cardíaca e da pressão arterial. O bloqueio simpático se
aracnoide é uma delicada membrana vascular com fibras de estende de dois a seis dermátomos acima do bloqueio
tecido conjuntivo e a dura-máter é a mais externa e mais sensitivo, resultando em dilatação arterial e venosa,
espessa. O ligamento amarelo é mais espesso na região prevalecendo a venodilatação. A redução da pressão arterial
lombar, medindo de 3 a 5 mm. está relacionada principalmente à idade e à volemia. A
redução da frequência cardíaca acontece devido ao bloqueio
Referência: das fibras cardioaceleradoras (T1 a T4). Além disso, a
Bernads CM: Epidutal And Spinal Anesthesia. In: Barash frequência cardíaca diminui devido à redução do retorno
PG, Cullen BF, Stoelting RK (eds): Clinical venoso ao coração e à consequente falta de estímulos em
Anesthesia, 5ª ed.Philadelphia: Lippioncott Williams & receptores localizados no átrio direito e grandes veias.
Wilkins, 2006,692-693.
Referência:
Stanicia S. Bloqueios Subaracnóideo e Peridural, em:
Yamashita AM, Takaoka F. Auler Jr JOC et al –
Anestesiologia
QUESTÕES DO TIPO M MARQUE: SAESP, 5ª Ed, Atheneu, São Paulo, 2001; 597-613.
LETRA A, SE SOMENTE 1, 2 E 3 SÃO CORRETAS
LETRA B, SE SOMENTE 1 E 3 SÃO CORRETAS
LETRA C, SE SOMENTE 2 E 4 SÃO CORRETAS
LETRA D, SE SOMENTE 4 É CORRETA (2004 - M35) Com relação às complicações do bloqueio
LETRA E, SE TODAS SÃO CORRETAS espinhal:
46) Em relação ao hematoma peridural pós-punção 1- raquianestesia total pode ocorrer após anestesia peridural
espinhal: e caudal
2- hematoma espinhal pode ocorrer após punção
1- contra indica-se a realização de bloqueio espinhal em subaracnóidea e peridural
pacientes que fazem uso de fibrinolíticos 3- tratamento da raquianestesia total consiste em manter a
2- o risco de hematoma aumenta com a punção traumática ou homeostase ventilatória e circulatória
repetida 4- injeção subdural pode ocorrer durante anestesia peridural
3- a heparinização sistêmica, uma a duas horas após o
bloqueio espinhal, é relativamente segura Resposta: E Nível: FÁCIL
4- a punção ou passagem do cateter peridural só deve ser
realizada 24 horas após a administração da heparina de baixo Comentário: As complicações da anestesia espinhal podem
peso molecular, independentemente da dose administrada ser devidas ao anestésico e às técnicas. A raquianestesia
total pode ocorrer após anestesia peridural e caudal. O
Resposta: A tratamento consiste em assistência ventilatória e suporte
circulatório (hidratação e vasopressor). O hematoma
Comentário: A associação de bloqueio espinha com espinhal pode ocorrer após anestesia subaracnóidea e
tromboprofilaxia aumenta o risco de hematoma espinhal, peridural, especialmente na presença de coagulação
podendo resultar em paralisia prolongada ou permanente. O anormal. O aparecimento de sinais e sintomas de
risco será maior quando utiliza-se cateter peridural associado compressão medular (paraplegia, hipoestesia de membros
a agentes que interferem com a coagulação. O risco aumenta inferiores, depressão aquileu e patelar, distúrbio
com a punção traumática ou repetida e presença de esfincteriano e dor radicular) exigem diagnóstico e
coagulopatia. É contraindicada associação de bloqueio tratamento precoces para evitar lesão neurológica definitiva.
regional em pacientes que fazem uso de fibrinolíticos e/ou A injeção subdural de anestésico local pode ocorrer durante
trombolíticos. Os estudos têm demonstrado que a anestesia peridural, com sinais clínicos semelhante à
heparinização sistêmica, uma a duas horas após o bloqueio
Ponto 17 – Bloqueios Subaracnóideo e Peridural 54
Referência:
Oliveira LF. Anestesia peridural, em: Manica J.
Anestesiologia Princípios e Técnicas. 3a Ed, Porto Alegre,
Artmed, 2004, 696-703.
Morgan GE, Mikhail MS, Murray MJ – Regional Anesthesia &
Pain Management, in: Clinical Anesthesiology, 3rd Ed, New
York, Lange Medical Books/Mc Grawl-Hill, 2002; 253-282.
Referência:
Kleinman W. Regional Anesthesia and Pain Management, in:
Morgan GE Jr, Mikhail MS, Murray MJ. et al. Clinical
Anesthesiology, 3rd ed, New York, Lange Medical Books/Mc
Grawl-Hill, 2002; 253-282.
Bernards CM. Epidural and Spinal Anesthesia, in: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001; 689-713.
Ponto 18 - Complicações da Anestesia 55
A - hipertensão arterial
B - diminuição do consumo de oxigênio
C - diminuição do débito cardíaco
D - bradicardia
E - diminuição da resistência vascular sistêmica
Referência:
Morgan GE, Mikhail MS, Murray MJ – Anesthesia for
Cardiovascular Surgery, in: Clinical Anesthesiology, 3rd ed,
New York, Lange Medical Books/Mc Graw-Hill, 2002;433-
474.
Ponto 19 - Recuperação Pós-Anestésica 56
Resposta: E
Referência:
Cardoso AR – Recuperação Pós-Anestésica, em: Yamashita
AM, Takaoka F, Auler Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP,
5ª Ed, Atheneu, 2001;1134-1136
Resposta: E
Referência:
Morgan E – Clinical Anesthesiology, 3rd Ed, California,
McGraw-Hill, 2003;941
1- curarização residual
2- relação ventilação/perfusão diminuída
3- hipoventilação
4- shunt intrapulmonar esquerdo-direito.
Resposta: A
R2 57
R2
Ponto 20 – Metodologia Científica 58
Referência:
Cremonesi E – Metodologia da Pesquisa Científica, em:
Yamashita AM, Takaoka F, Auler Jr JOC et al –
Anestesiologia SAESP, 5ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2001; 31-
47
Resposta: A
Referências:
Ponto 21 – Monitorização 59
Ponto 21 – Monitorização
Resposta: A
Referência:
Sessler DI – Temperature Monitoring, em: Miller RD –
Anesthesia, 5th ED, New York, Churchill Livingstone,
2000;1372
Ponto 22 – Sistemas de Administração de Anestesia Inalatória 60
Referências:
Thomas J, Ebert and Phillip G, Schmid Ili PG – Physical (2005 - S26) Ao se realizar uma anestesia inalatória
Characteristics of Inhaled Anesthetics, em: Barash, Cullen deve-se ter em mente que:
BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia,
Lippincott Williams, 2000;378-379 A) a concentração alveolar é o espelho da concentração
Torres LMA, Mathias RS – Física e Anestesia, em: Yamashita cerebral
AM, Takaoka F, Auler Jr JOC et al – Anestesiologia SAESP, B) quanto maior o coeficiente de solubilidade de Ostwald,
5ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2001;56-62 mais rápidas serão a indução e a recuperação da anestesia
C) segundo a Lei de Henry, a quantidade de gás que se
dissolve em um líquido é inversamente proporcional à
pressão que o gás exerce
Ponto 22 – Sistemas de Administração de Anestesia Inalatória 61
1- cloreto de cálcio
2- polivinilpirrolidina
3- sulfato de cálcio
4- hidróxidos de sódio e potássio
Referência:
Brockwell RC, Andrews JJ Inhaled anesthestic delivery
systems, in: Miller RD, Miller s Anesthesia, 6th Ed, San
Francisco, Elsevier Churchill Livingstone, 2005;273-316.
Ponto 23 – Anestesia Inalatória 63
Ponto 23 – Anestesia Inalatória Ebert TJ, Schmid III PG – Inhalation Anesthesia, em: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;389-399
23.2. Mecanismos de ação da anestesia Inalatória:
teorias 23.3. Avaliação clínica dos níveis de anestesia
23.4. Técnicas de administração 23.5. Indicações e
contraindicações 23.6. Complicações: diagnóstico,
prevenção e tratamento
Resposta: C
Referência:
Eger IE – Uptake and Distribution, em: Miller RD – Anesthesia,
5th Ed, New York, Churchill Livingstone, 2000;74
1- a PaCO2 aumenta
2- em todos os planos da anestesia, o estímulo cirúrgico
diminui os níveis tensionais da PaCO2
3- na manutenção da ventilação, o componente diafragmático
é mais importante que o intercostal
4- concentrações subanestésicas (0,1 CAM) de sevoflurano e
desflurano deprimem profundamente a resposta à hipóxia.
Resposta: B
Referência:
Ponto 24 – Anestesia Venosa 64
Referência:
Duval Neto, GF. Anestesia Venosa, em: Manica J.
Anestesiologia Princípios e Técnicas. 3ª Ed, Porto Alegre,
Artmed, 2004; 598-620.
Ponto 25 – Bloqueios Periféricos 65
Ponto 25 – Bloqueios Periféricos delas durante a injeção pode indicar injeção intraneural, o que
pode vir a causar neuropatias. A incidência de tais
complicações pode ser reduzida pelo uso de agulhas de bisel
25.1.Anatomia, técnicas, indicações, contra-indicações curto e considera-se prematura a proposta de abandonar as
e complicações dos bloqueios somáticos: 25.1.1. técnicas baseadas em parestesias. O uso de estimulador de
Cabeça 25.1.2. Pescoço 25.1.3. Tronco 25.1.4. nervo pode auxiliar bastante a realização de bloqueios
Membros inferiores 25.1.5. Membros superiores 25.2. periféricos, principalmente em pacientes não cooperativos ou
Anestesia venosa regional (Bloqueio de Bier) 25.3. muito sedados. A ausência de contato direto com o nervo
Técnicas para localização de nervos periféricos pode estar associada com redução na incidência de
complicações, mas não a elimina. Pela necessidade de
familiarização com a técnica, não se tem demonstrado maior
índice de sucesso de bloqueios no quais de utiliza estimulador
(2003 - S21) Característica anatômica importante na
de nervo.
realização de bloqueio de nervos intercostais:
A) os nervos intercostais suprem somente áreas torácicas
Referências:
B) os nervos intercostais correm no bordo superior da costela
Pollock JE – How to Make Regional Anesthesia Work, em:
C) cada nervo intercostal dá um ramo cutâneo lateral
Schwartz AJ – ASA Refresher Courses in Anesthesiology,
D) a inervação intercostal dirige-se da coluna vertebral até a
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;29:203-212
linha mamilar
Mulroy MF – Peripheral Nerve Blockade, em: Barash PG,
E) a parede abdominal é facilmente anestesiada quando se
Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed,
bloqueia dois nervos intercostais adjacentes.
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;715
Resposta: C
Referências:
Mulroy MF – Peripheral Nerve Blockade, em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;729-732
Thompson GE, Moore DC – Celiac Plexus, Intercostal, and
Minor Peripheral Blockade, em: Cousins MJ, Bridenbaugh PO
– Neural Blockade in Clinical Anesthesia and Management of
Pain, 2nd Ed, Philadelphia, J.B. Lippincott, 1988;503
Wedel DJ – Nerve Blocks, em: Miller RD – Anesthesia 5th Ed,
Philadelphia, Churchill Livingstone 2000;1543-1544.
Resposta: A
Resposta: E
Referências:
Mushlin OS, Gelman S – Anesthesia and the Liver, em Barash
PG, CUlen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 4th Ed,
Philadelphia, Lippincott-Raven, 2001;1071
Guyton A, Hall JE – Textbook of Medical Physiology, 9th Ed,
Philadelphia, WB Saunders Co, 1996;465-470
Ponto 29 - Fisiologia e Farmacologia do Sistema Urinário 69
Resposta: A
Referência:
Stoelting RK – Pharmacology & Physiology in Anesthetic
Practice, 3rd Ed, Philadelphia, Lippincott-Raven, 1999;722-
735
Resposta: B
Resposta: E
Referência:
Monk TG, Weldon BC – The Renal System and Anesthesia
for Urologic Surgery, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK
– Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams
& Wilkins, 2001; 1018-1019
Ponto 31 – Anestesia em Obstetrícia 71
R3
Ponto 37 - Anestesia e Sistema Endócrino 78
Resposta: A
Referências:
Stoelting RK – Pharmacology and Physiology in Anesthetic
Practice, Philadelphia, Lippincott-Raven, 1999;447-450
van Vlymen JM, White P – Outpatient Anesthesia, em Miller
RD – Anesthesia, 5th Ed, New York, Churchill-Livingstone,
2000;2222
Ponto 39 - Anestesia para Cirurgia Plástica 80