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RESUMO
O câncer de mama é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. A mulher
acometida passa por mudanças físicas e também em suas relações interpessoais e
emocionais, fragilizadas pelo estigma trazidos pela doença.
INTRODUÇÃO
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células
anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há
vários tipos de câncer de mama, alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros
crescem lentamente; A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo
oportuno, apresentam bom prognóstico.O câncer de mama também acomete homens,
porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
A incidência deste câncer vem aumentando no Brasil e no mundo, e surge cada vez
mais cedo na vida das mulheres. As estimativas apontam que, para o ano de 2021,
ocorrerão cerca de 66.280 casos novos de câncer de mama, sendo este tipo o mais
incidente nas mulheres de quase todas as regiões brasileiras, o Instituto nacional do
câncer (INCA) detectou um aumento de 29% entre os anos de 2019 e 2020 com as
maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul. De modo geral, estima-se que 50% das
pacientes com câncer não se curam de sua doença. 1
Porém a preocupação em torno do câncer de mama não é somente por causa de seus
dados epidemiológicos, mas, principalmente, devido às repercussões negativas que esta
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
RESULTADO E DISCUSSÃO
Os cânceres ou neoplasias malignas vêm assumindo um papel cada vez mais importante
entre as doenças que acometem a população feminina, representando, no Brasil e no
mundo, importante causa de morte entre as mulheres adultas.
● Histórico da doença
No século XIX e primeiras décadas do século XX, o câncer era considerado contagioso e
associado a falta de limpeza, sujeira física e moral. A imundície das cozinhas, a sujeira
das fábricas, a desordem verificada nas ruas das cidades, povoadas de cães e gatos
vadios, a proliferação assustadora de ratos e insetos por toda a cidade, compunham um
quadro deprimente, provocando toda sorte de doenças, entre as quais, acreditava-se,
estava o câncer. Além disso, concebe-se que a doença poderia ser contagiosa entre os
amantes dos excessos do prazer, principalmente no caso das mulheres, nas quais o
adoecimento era resultado de "pecados e vícios", em especial nas práticas sexuais
(Sant’Anna, 2000). Entre as práticas sexuais consideradas "monstruosas", o sexo oral era
identificado como a causa principal das neoplasias nas mulheres, principalmente nas
homossexuais ou bissexuais. Dizia-se que a prática desencadeou a formação de nódulos
cancerosos na cavidade bucal e trato digestivo, que se disseminavam por todo o
organismo (Bertolli Filho, 1996). O câncer era considerado um castigo através do qual o
doente poderia alcançar sua redenção, a libertação dos pecados caso conseguisse
suportar com resignação o sofrimento causado pela doença.
Durante os anos 30 e 40, a argumentação de cunho moral continua em evidência, porém,
mesclando-se com hipóteses novas advindas da observação da vida moderna nas
grandes cidades brasileiras que começam a se industrializar. Outros fatores
predisponentes ao câncer começam a ser sublinhados, tais como a ingestão de alimentos
com produtos químicos, o hábito de fumar, o excesso de trabalho e o aumento de
preocupações cotidianas (Sant’Anna, 2000). A partir de 1950, podem ser observados
grandes avanços nos métodos de diagnóstico e tratamento que possibilitaram o aumento
do número de sobreviventes e do tempo de sobrevida dos pacientes. O acompanhamento
mais prolongado desses pacientes indicou a necessidade de lhes proporcionar boa
qualidade de vida e a importância do estudo das repercussões e adaptação psicossocial
dos pacientes e de suas famílias.
Nos anos 60 e 70 foi intensificada a atenção aos fatores psicológicos. Palmeira (1997)
assinala que os fatores da “esfera psíquica” mais frequentemente estudados e
considerados como implicados na carcinogênese podem ser reunidos em dois grupos
genéricos. No primeiro estão os estados disfóricos (depressão, tristeza, infelicidade,
abatimento, desânimo, desesperança, desamparo, desapontamento) e de ansiedade,
juntamente com situações traumáticas envolvendo perdas e privações. No segundo, estão
os fatores definidos por características de personalidade e de enfrentamento da doença,
que variam segundo os pressupostos teóricos adotados. Nessa nova concepção, o
“candidato ideal” para desenvolver o câncer apresentaria uma personalidade marcada
pela passividade, pouca emotividade, regularidade dos hábitos, baixa agressividade ou
negação da hostilidade, depressão e dificuldade na formação de vínculos afetivos.
Lutar contra o câncer, nesse momento, implicava em autoconhecer-se; conhecer o próprio
corpo, e principalmente, requer que o doente falasse abertamente sobre suas dificuldades
emocionais, expusesse sua vida e sua doença e procurasse meios de fortalecimento e
crescimento através da doença. Neste sentido, a partir da década de 1970 as
experiências de mulheres com câncer começam a ser publicadas.
● O que é o câncer de mama
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células
anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.Existem
vários tipos de câncer de mama e maneiras diferentes de descrevê-los, alguns têm
desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. O tipo de câncer de mama
é determinado pelas células específicas da mama afetadas, a maioria dos cânceres de
mama são carcinomas, que são tumores que começam nas células epiteliais que
revestem órgãos e tecidos do corpo.
Fatores de risco:
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao
aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história
reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários. Mulheres
mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer
de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com
o envelhecimento aumentam, de modo geral, esse risco.
Sinais e sintomas:
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio
dos seguintes sinais e sintomas:
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja
avaliado o risco de se tratar de câncer. É importante que as mulheres observem suas
mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da
troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a
descoberta casual de pequenas alterações mamárias, a postura atenta das mulheres em
relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou
não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de
imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância
magnética.A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que
consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções
(extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo
patologista para a definição do diagnóstico.
Tratamento:
A quimioterapia utiliza medicamentos que matam as células tumorais com sua toxicidade.
Em princípio, o tratamento mata todas as células que se dividem rápido e, como os
tumores podem se dividir rapidamente, os quimioterápicos acabam matando as células
tumorais. No entanto, outras células também se dividem rapidamente, como, por exemplo,
cabelo, unhas, células da defesa do organismo e mucosas, por isso os quimioterápicos
são tóxicos para essas células
Controle da doença: Quando a cura não é possível, o objetivo passa a ser o controle da
doença. Nesses casos, a quimioterapia é usada para diminuir e/ou impedir que o tumor
cresça ou se espalhe. Isso pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida do
paciente. Em muitos casos, o câncer não desaparece completamente, mas é controlado
como uma doença crônica
● Via oral (pela boca): o paciente ingere pela boca o medicamento na forma de
comprimidos, cápsulas e líquidos. Pode ser feito em casa.
● Intravenosa (pela veia): a medicação é aplicada diretamente na veia ou por meio
de cateter (um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro.
● Intramuscular (pelo músculo): a medicação é aplicada por meio de injeções no
músculo.
● Subcutânea (pela pele): a medicação é aplicada por injeções, por baixo da pele.
● Intracraneal (pela espinha dorsal): menos frequente, podendo ser aplicada no
líquor (líquido da espinha), pelo próprio médico ou no centro cirúrgico.
● Tópico (sobre a pele ou mucosa): o medicamento (líquido ou pomada) é aplicado
na região afetada.
● Fadiga.
● Perda de cabelo.
● Hematomas e hemorragias.
● Infecção.
● Anemia.
● Náuseas e vômitos.
● Perda de apetite.
● Diarreia ou constipação.
● Inflamações na boca.
● Problemas de deglutição.
● Problemas neurológicos e musculares, como dormência, formigamento e dor.
● Alterações da pele e unhas, como pele seca e alteração na cor.
● Problemas renais.
● Perda de peso.
● Problemas de concentração.
● Alterações no humor.
● Alterações na libido.
● Infertilidade.
Embora os efeitos colaterais sejam desagradáveis, eles devem ser avaliados analisando
os prós e contras para o controle da doença. Alguns pacientes têm poucos efeitos
colaterais (quando os apresentam), outros têm um pouco mais. Mas é incomum um único
paciente ter todos os tipos de efeitos colaterais. Além disso, a intensidade dos efeitos
colaterais varia de pessoa para pessoa
Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações e o resultado costuma ser
muito positivo. Para muitos pacientes, é um meio bastante eficaz, fazendo com que o
tumor desapareça e a doença fique controlada, ou até mesmo curada. Quando não é
possível obter a cura, a radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida.
Isso porque as aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz
hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes.
A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a cirurgia, que pode ser
conservadora (retirada apenas do tumor) ou mastectomia (retirada da mama) parcial ou
total, seguida ou não de reconstrução mamária. Após a cirurgia, tratamento complementar
com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária
deve ser sempre considerada nos casos de retirada da mama para minimizar os danos
físicos e emocionais do tratamento
O tratamento sistêmico, após o tratamento local, será indicado de acordo com a avaliação
de risco de a doença retornar (recorrência ou recidiva) e considera a idade da paciente, o
tamanho eo tipo do tumor e se há comprometimento dos linfonodos axilares
Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, enquadram-se no
estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com
quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor promovida pela quimioterapia,
segue-se com o tratamento local (cirurgia e radioterapia)
Estudos têm apontado que a primeira preocupação da mulher e sua família após
receberem o diagnóstico do câncer de mama é a sobrevivência. Em seguida surge a
preocupação com o tratamento e condições econômicas para realizá-lo; e quando o
tratamento está em andamento, as inquietações se voltam para a mutilação, ou
desfiguração e suas conseqüências para a vida sexual da mulher (Carver, 1993; Duarte &
Andrade, 2003; Gandini, 1995; Gimenes & Queiroz, 2000). Estudos prospectivos que
avaliaram a qualidade de vida de mulheres submetidas à mastectomia demonstraram que
elas sentiram piora não só na imagem corporal, mas também na vida sexual, limitações
no trabalho e até mesmo mudanças nos hábitos e atividades de vida diária (Engel et al.,
2004; Ganz et al., 2004). Mesmo quando o tratamento permite a preservação da mama e
ocorre apenas a retirada do tumor, observa-se que a indicação causa medos e crises nas
pacientes. “No imaginário social, a mama costuma ser associada a atos prazerosos –
como amamentar, seduzir e acariciar –, não combinando com a ideia de ser objeto de
uma intervenção dolorosa, ainda que necessária” (Gomes, Skaba & Vieira, 2002, p. 200-
201).
Foi verificado também que as mulheres apresentam o interesse sexual diminuído, por
causa dos efeitos secundários do tratamento, como menopausa precoce, diminuição da
libido e alteração na produção de hormônios sexuais, o que torna o ato sexual doloroso,
além de diminuir a excitação e inibir o orgasmo (Almeida, Mamede, Panobianco, Prado &
Clapis, 2001; Fentiman, 1993; Quintana, Santos, Russowsky & Wolff, 1999). Outros
estudos demonstraram redução da qualidade de vida nos domínios emocional, social e
sexual não somente no período de um a dois anos após o tratamento inicial, mas também
após cinco anos. Sugerem, por isso, que o cuidado psico oncológico oferecido às
pacientes deve ser mantido mesmo após o término do tratamento clínico (Holzner,
Kemmler, Kopp & Moschen, 2001).
Por causa desses aspectos-chave que envolvem o processo de adoecimento por câncer
de mama, a experiência das mulheres transcende a dor causada pela própria doença.
Nesse caso, considerando que o atendimento de qualidade e humana não vê na pessoa
apenas um órgão doente, mas sim a totalidade, com sua história, valores, medos e dores,
espera-se que a relação enfermeiro / paciente seja de fato uma relação de ajuda.
● Teoria do relacionamento interpessoal no cuidado à mulher com câncer de
mama
A teoria das relações interpessoais é vista como um marco na prática da enfermagem,
principalmente pela importância conferida ao relacionamento entre enfermeiro e paciente
no processo terapêutico, problema raramente discutido e valorizado no dia a dia desses
profissionais. Foi desenvolvida por Hildegard Elizabeth Peplau, uma enfermeira
americana que viveu entre 1909 e 1999, cuja trajetória profissional voltou-se,
principalmente, para o cuidado à clientela psiquiátrica.
Peplau define a enfermagem como sendo um processo significativo, terapêutico e
interpessoal, por envolver a interação entre duas ou mais pessoas com uma meta em
comum. Essa meta constitui um estímulo para o processo terapêutico, no qual o
enfermeiro e o paciente respeitam um ao outro como indivíduos, ambos crescendo e
aprendendo juntos como resultado dessa interação
Ao trazer essa visão para o contexto de cuidados à mulher com câncer de mama,
considera-se que o paciente e sua família deverão aliar-se ao enfermeiro para o alcance
dos mesmos objetivos, neste caso, o restabelecimento e manutenção da saúde mulher,
tanto nos seus aspectos biológicos como psicológicos e afetivos, que se encontram
fragilizados pela doença.
A opção por esta teoria se dá pela importância que confere ao relacionamento entre
enfermeiro, cliente e família, considerado instrumento essencial no cuidado à mulher com
câncer de mama. Justifica-se também por entender que o câncer de mama é uma doença
que marca socialmente o sujeito devido às imagens e simbologias que permeiam o
imaginário social. Este fato exige do profissional enfermeiro habilidade para lidar, ao
mesmo tempo, com as intervenções técnicas e a dimensão subjetiva das pacientes, o que
demanda entre várias outras coisas habilidade em comunicação e relacionamento
terapêutico.
A compreensão dessa teoria e de seus princípios aponta para a necessidade de dar voz
aos sujeitos. Peplau enfatiza que é preciso escutar o que os pacientes têm a dizer, tendo
em vista que as suas necessidades não se restringem à e respirar, dormir e comer, mas
há também necessidades subjetivas que são pouco valorizadas e reconhecidas.Dar
atenção a essas necessidades subjetivas é imprescindível para uma assistência de
enfermagem satisfatória, uma vez que ela vivencia desconfortos psicológicos, físicos,
emocionais e afetivos durante todo o processo de tratamento da doença.
Espera-se que o enfermeiro, no cuidado a essa mulher, se mostre disponível para
escutar seus medos e preocupações, trazendo-lhe conforto e palavras de encorajamento
para que não venha desistir do tratamento. Para tanto, é inegável que haja, antes de tudo,
uma boa relação entre os sujeitos. A Teoria destaca que para um bom relacionamento
interpessoal, além da escuta do cliente, é fundamental a comunicação terapêutica, pois a
comunicação permitirá a interação entre o enfermeiro e o paciente favorecendo a troca
de informações entre ambos. Desse modo criando um ambiente propício à identificação
dos problemas a serem resolvidos, além de proporcionar um relacionamento humano que
atinja os objetivos da assistência.
Os objetivos da assistência são alcançados através de quatro fases sequenciais e
dinâmicas, em que uma não deve sobrepor-se a outra. Estas fases são: orientação,
identificação, exploração e resolução.
Na fase de orientação a enfermeira e o cliente/família estabelecem o primeiro contato,
que só ocorre quando estes últimos percebem a necessidade de ajuda buscando a
assistência profissional. Neste primeiro encontro, os sujeitos envolvidos interrelacionam-
se passando a identificar e compreender melhor as necessidades existentes. Após a
identificação e compreensão dos problemas, os sujeitos envolvidos no processo
terapêutico caminham para a segunda fase, a de identificação, esta etapa ocorre quando
as primeiras impressões, as dúvidas e medos acerca da doença e do relacionamento
profissional/cliente, são superados.
Consciente do seu problema de saúde, das implicações dele decorrentes, bem como do
apoio dos profissionais para enfrentá-las, na fase de identificação, a mulher com câncer
de mama poderá sentir-se mais segura e capacitada para lidar com as situações
colocadas pela doença e seu tratamento, colaborando para a diminuição de sentimentos
como medo, ansiedade, insegurança, e desamparo que quase sempre estão presentes
nesta situação de adoecimento.
A fase de exploração tem início quando o cliente identifica o enfermeiro como um dos
profissionais capazes de satisfazer as suas necessidades. Nesta etapa o enfermeiro
expõe para o cliente e sua família todos possíveis caminhos para o alcance da saúde e
enfrentamento das dificuldades apresentadas, e por fim na resolução espera-se que todas
as necessidades do cliente tenham sido satisfeitas, para que seja desfeito o elo entre
enfermeiro e cliente. Nesta etapa o cliente, antes dependente do profissional, mostra-se
fortalecido e capacitado para agir por si só, devendo, portanto, voltar para o seu ambiente
domiciliar.
Ao longo do processo interpessoal, que compreende todas essas fases, a enfermeira e o
paciente, tornam-se mais capacitados e maduros, pois à medida que a enfermeira
colabora com o paciente para a resolução dos seus problemas de vida diária, a sua
prática torna-se consideravelmente mais eficaz e a enfermeira mais habilidosa para o
estabelecimento da relação terapêutica interpessoal (GEORGE, 1993).
A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 14,23
óbitos/100.000 mulheres, em 2019, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com
16,14 e 15,08 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente (INCA, 2021). O câncer de
mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões
do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ainda ocupa o primeiro
lugar.