1) O documento apresenta as orientações para a realização de um estudo dirigido sobre o conceito de liberdade na filosofia de Axel Honneth. 2) Honneth desenvolve um conceito tripartite de reconhecimento baseado em Hegel que inclui amor, direito e solidariedade. 3) A falta de reconhecimento na infância, como descrito no livro "Infância" de Graciliano Ramos, pode levar a falta de autoconfiança.
1) O documento apresenta as orientações para a realização de um estudo dirigido sobre o conceito de liberdade na filosofia de Axel Honneth. 2) Honneth desenvolve um conceito tripartite de reconhecimento baseado em Hegel que inclui amor, direito e solidariedade. 3) A falta de reconhecimento na infância, como descrito no livro "Infância" de Graciliano Ramos, pode levar a falta de autoconfiança.
1) O documento apresenta as orientações para a realização de um estudo dirigido sobre o conceito de liberdade na filosofia de Axel Honneth. 2) Honneth desenvolve um conceito tripartite de reconhecimento baseado em Hegel que inclui amor, direito e solidariedade. 3) A falta de reconhecimento na infância, como descrito no livro "Infância" de Graciliano Ramos, pode levar a falta de autoconfiança.
Discente: Leidiane Teixeira de Freitas CPD:53085
Curso: Direito 40251
Disciplina: Filosofia Geral e Jurídica Data: /2020 ESTUDO DIRIGIDO
Orientações para realização desta atividade:
1. O aluno deverá, obrigatoriamente, utilizar este formulário para realizar a atividade;
2. Esta é uma atividade INDIVIDUAL. Caso identificado plágio de colegas o trabalho de ambos não será recebido. 3. Formatação exigida: Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5, justificado. 4. Para citações e referências, siga as normas da ABNT. 5. Atividades com trechos copiados da internet não serão computados como presença. 6. Esta atividade deve ter no mínimo 4 laudas e no máximo 6. 7. A sua resposta deverá ser em texto (prosa). 8. Responder o máximo das questões. 9. Entrega semanal (referente ao texto da aula do dia da semana).
AXEL HONNETH: JUSTIÇA,
RECONHECIMENTO E LIBERDADE
Nasceu em 1949, atualmente é professor de filosofia na universidade de Columbia na
universidade J.W Goethe e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais. Obras destacadas: "The critique of power: reflective stages in a critical social theory (1991 (1985)).1 Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais (2003 (1992)), Sofrimento de indeterminação: uma reatualização da filosofia do direito de Hegel (2007 (2001)) e seu último livro, Das recht der freiheit: grundriss einer demokratischen sittlichkeit (2011) com tradução para o inglês Free- dom’s right: the social foundations of democratic life (new directions in critical theory) a ser lançada em fevereiro de 2014." Este capítulo busca apresentar o conceito de liberdade que está na raiz do pensamento de Axel Honneth. Na tentativa de elaborar uma teoria social-crítica utiliza o conceito tripartite de reconhecimento e hegeliano. Para evitar uma teoria carregada de elementos idealistas como o de Hegel, vale-se o pensamento de George Hebert para dar apoio material aos três padrões de reconhecimento intersubjetivo: o amor, o direito e a solidariedade. o padrão de reconhecimento do amor é as relações eróticas entre dois indivíduos de amizade e entre pais e filhos. A relação de mãe e criança, para Winnicott da passagem da fase de absoluta dependência para uma dependência relativa que ocorrem as etapas decisivas para o desenvolvimento da criança criar vínculos. O amor entre pai e filho não é só o primeiro padrão de reconhecimento, mas também o que dará o fundamento a todas as outras relações. E indispensável a proteção da infância, nossa primeira fase, para um desenvolvimento da pessoa. Se observar no amor, a forma de desrespeito e os maus-tratos contra o próprio corpo e a consequência desses fatos é a perda de confiança em si e no mundo. Apesar da proteção da infância, podemos ver em vários países que não se observa isso, o Estudo do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre violência contra a criança mostra um quadro de violações: ● A violência contra a criança é um fenômeno transversal praticado em todos os países da comunidade internacional e em todas as classes sociais. ● Apenas 16 entre os 192 países da comunidade internacional proíbem a violência e qualquer forma de castigo corporal contra as crianças. ● Algumas formas de violência contra a criança são consideradas legais e socialmente aceitas. ● A mensagem principal do estudo é que nenhuma violência contra a criança é justificável e que toda violência contra ela pode ser evitada. Um exemplo literário foi o livro de Graciliano "infância" no ano de 1945 no capítulo "um cinturão" ele descreve uma surra que levou de seu pai por um cinturão e esses atos nos leva ver a falta de diálogo e a falta de proteção da criança em face da violência paterna. Em seu livro ele disse que ninguém ajudou neste momento e que essas lembranças ficam marcantes, ele diz o trauma que ficou e que não pode ouvir alguém falando alto que passa mal, ele tem a sensação de ser minúsculo e se achar insignificante e em relação à justiça ele diz como foi seu primeiro contato com ela em que ele se sentiu sozinho e insignificante, e essa sensação de vazio é um sinal da falta de reconhecimento como pessoa na infância, essa carência tem como consequência a falta de autoconfiança. A partida chegada do direito moderno o sistema jurídico deve ser compreendida como "expressão" e a partir daí o direito não deve admitir qualquer forma de privilégio. O Direito como padrão de reconhecimento é relacional e normativo, ou seja só nós reconhecemos como sujeito de direito se reconhecermos o outro, outro generalizado como sujeito de direito também. O Direito enquanto padrão de reconhecimento é um processo de mão dupla. Devendo reconhecer o valor universal da norma e a singularidade de todos de uma sociedade identificando cada um como livre e igual. Essa estrutura do Direito está relacionada a ligação existente entre reconhecimento da validade em relação às normas e da capacidade em relação aos sujeitos. No âmbito da estima social a questão que se tem é de saber como se constitui o sistema de valores que aquilatar a o valor de determinado ser humano, para o reconhecimento jurídico a questão é como determinar "a propriedade constitutiva das pessoas como tais?" para saber a resposta deve-se fazer uma pergunta "quais são os atributos de uma pessoa moral?" ou para Ricoeur "quais são os atributos de um homem capaz?" Honneth definir a pessoa moral como aquela capaz de dirigir a própria vida e atender as demandas morais que são ambiente. Para atingir esse objetivo a pessoa deve ter tais habilidades: articulação de suas necessidades por meio da linguagem, construção de uma narrativa coerente da própria vida, sensibilidade moral em relação ao contexto. Para Paul Ricoeur disserta o reconhecimento como uma jornada de medida em três etapas: o reconhecimento como identificação, reconhecer-se a si próprio, o reconhecimento mútuo. Para ele o reconhecimento é uma questão de identificação. Ricoeur descreve as habilidades do homem capaz como : poder dizer, eu posso fazer, poder narrar e narrar a si próprio e a imputabilidade. As características comuns entre a "pessoa moral" de Honneth e o "homem capaz" de Ricoeur são: a utilização da linguagem, a possibilidade de elaborar uma narrativa de si próprio e ser capaz de responder sobre suas próprias ações. No livro de Graciliano "Infância" no ano de 1945, no capítulo "Um cinturão" ele descreve uma surra que levou do seu pai por um cinturão e esses atos nos leva a ver a falta de diálogo e a falta de proteção da criança em face da violência paterna. Em seu livro ele disse que ninguém o ajudou neste momento e que essas lembranças ficam marcantes, ele diz o trauma que ficou e que não pode ouvir alguém falando alto que ele passa mal, ele tem a sensação de ser minúsculos e se achar insignificante e em relação à justiça ele diz como foi seu primeiro contato com ela em que ele se sentiu sozinho e insignificante, e essa sensação de vazio é um sinal da falta de reconhecimento como pessoa na infância, essa carência tem como consequência a falta de autoconfiança. A questão da atribuição da responsabilidade é tarefa do direito sendo feita de modo específico considerando a singularidade de cada agente. A sabedoria da imputação jurídica é não determinar uma responsabilidade ilimitada e sim achar uma justa medida nos limites de uma relação de proximidade local e temporal entre as circunstâncias de ação e os efeitos de uma eventual dano. Para o direito só será considerado imputável a pessoa no pleno exercício de suas capacidades: o sujeito de Direito. Ser sujeito de Direito significa poder participar da esfera pública respeitando a si mesmo e aos outros como um outro sujeito. Voltando a ideia do direito como padrão de reconhecimento duplo, nesse processo de ampliação que os sujeitos reconhecendo-se de forma recíproca é que se trava a luta por reconhecimento. Para essa luta a pessoa deve se considerar e ser considerada como sujeito de direito. Todo sujeito de direito é uma pessoa mas nem toda pessoa é um sujeito de direito. Charbonnier exemplifica o não sujeito de direito a criança, mesmo sendo uma pessoa ainda não é um sujeito de direito na integralidade de exercício de seus direitos. Entre o sujeito de direito e o não sujeito de direito tem uma fronteira que necessita de uma mediação institucional para ser superada a fim que eu não sujeito de direito seja transformado em sujeito de direito. E quando essa mediação institucional não é realizada a experiência do reconhecimento jurídico não se realiza e a pessoa tem sua estrutura intersubjetiva da identidade pessoal abalada, esse abalo tem consequência ausência de autorrespeito. Com ausência do autorrespeito a erupção da violência surge como possível resposta. Para Honneth a privação de direitos é a forma de desrespeito no âmbito do padrão de reconhecimento pelo direito e afetando a integridade social da pessoa. Uma forma que a privação de Direito pode adquirir é a violência. Para o padrão de reconhecimento da estima social não se considera todos iguais perante a lei como o Direito como padrão de reconhecimento, pois esse padrão de reconhecimento é manifestado em relação a especificidade e singularidade de cada pessoa em particular. A estima social pode proporcionar o surgimento de relações solidárias que são caracterizadas pela igual intensidade do sentimento de estima mútua e pelo compartilhamento de valores comuns significativos que ocorrem sem pressão social. A solidariedade é capaz de estabelecer uma comunidade de valores, caracterizados pela troca e desenvolvimento recíproco, ao qual a violência não ocupa lugar.