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DIREITO EMPRESARIAL

TÍTULOS DE CRÉDITO
Em regra, o código civil será aplicado de forma subsidiária, ou seja, apenas naquilo que a lei
especifica não dispuser.

CONCEITO (ART. 887, CC):

Para Cesar Vinvant, Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito
literal e autônomo, nele mencionado.

PRINCÍPIOS:

 CARTULARIDADE: Não há título de crédito verbal, logo, deve estar contido no


papel/cártula. Sendo assim, todo título de crédito está contido no papel, sendo que papel é
sinônimo de cártula.

Como exceção, pode ainda o Título de Crédito ser emitido por caracteres de computador,
conforme art. 889, §3º, CC e entendimento do STJ.

ADMISSÃO DE TITULO DE CRÉDITO VIRTUAL pelo STJ. A doutrina diz que essa hipótese
enfraquece o princípio da cartularidade.

 LITERALIDADE: O título de crédito vale aquilo que nele está contido, na literalidade. Se
está escrito R$ 200 reais, este valerá apenas R$ 200 reais.

 AUTONOMIA: As relações jurídicas que nascem de um título de crédito são


autônomas, pois o título pode ser desvinculado da obrigação que o originou.

A->B B->C C->D D->E

Perceba, todas essas relações jurídicas são autônomas, ou seja, não estão vinculadas a
obrigação originária.

ABSTRAÇÃO (Subprincípio da autonomia): Quando o título de crédito é posto em circulação,


ele se desvincula da obrigação originária a que lhe deu causa.

INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS (Subprincípio da autonomia): Em decorrência de


execução do título de crédito, o executado NÃO PODE alegar defesa cujo fundamento tenha
matéria pessoal com o executante. Sendo assim, só poderá alegar apenas as matérias de
defesa de vícios na forma e nulidades.

Seguindo, TODO TÍTULO DE CRÉDITO ENTRA EM CIRCULAÇÃO por ENDOSSO ou CESSÃO DE


CRÉDITO.
Realiza-se o endosso quando o titulo de
ENDOSO
crédito for À ORDEM.
CIRCULARIDADE
DO TITULO DE
CRÉDITO
CESSÃO DE
Titulo de Crédito NÃO À ORDEM
CRÉDITO

Ou seja, títulos de crédito “À ORDEM” são passiveis de ENDOSSO, enquanto os títulos “NÃO À
ORDEM” são passíveis de CESSÃO DE CRÉDITO.

Lembrando que ambos podem circular, todavia de modo diferente, um pelo endosso, outro
pela cessão de crédito.

Como saber de o titulo é À ORDEM ou NÃO À ORDEM?

Os títulos “À ORDEM” podem aparecer através de clausula expressa ou tácita/implícita.

Nessa situação, após realizar o endosso para terceiro, NÃO É NECESSÁRIO A NOTIFICAÇÃO DO
DEVEDOR, uma vez que os títulos possuem autonomia nas relações, regidas pelo direito
cambiário.

Os títulos “NÃO À ORDEM” podem aparecer através de clausula expressa.

Nessa situação, É NECESSÁRIO A NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR (Art. 290, CC), para que este não
venha a realizar o pagamento errado. É uma relação bilateral, regida pelo direito civil.

NOMECLATURAS

A (endossante)  B (Endossatário)

TIPOS DE ENDOSO:

1) PRÓPRIO: É o endosso regra, aquele em que se transfere a titularidade do crédito.


2) IMPRÓPRIO: São os endossos mandato, póstumo e caução.

Endosso mandato: Não transfere a titularidade do título, igual ocorre no endosso próprio,
todavia ocorre a transferência de direitos ao mandatário para agir em nome do endossante.
Ou seja, o endossatário é um mandatário (Procurador).

Em resumo, é uma procuração feita no próprio titulo de crédito, dando ao mandatário poderes
para agir em nome do endossante.

Endosso Póstumo: É o endosso realizado após o vencimento do título NÃO PAGO.

Muitas empresas atualmente compram títulos vencidos e não pagos por valores menores, para
executar o título no valor integral. Resumindo, é o endosso de um título não pago e vencido.

Endosso caução: É quando o devedor dar um título de crédito como garantia.


Ex. João deve maria. Maria pega o título de crédito fornecido por João e dar como garantia à
Paulo. Se maria não pagar Paulo, este executará o titulo em face de João.

1) Endosso EM PRETO: É quando, ao endossar o título, o endossante especifica o nome


do endossatário (ex. Estou endossando para João).
2) Endosso EM BRANCO: Quando o endossante só assina o título, mas não especifica
quem é o endossatário.

TIPOS DE TITULOS DE CRÉDITOS

NOMINAL: é quando consta o nome do devedor e do beneficiário do título, ou seja, não


apenas o nome do devedor.

Nesse tipo de título, a transferência ocorre pela TRADIÇÃO (entrega) + ENDOSSO.

Ex. Nota promissória; Duplicata; Letra de Câmbio; Cheques (+R$ 100,00).

AO PORTADOR: é aquele que só consta o nome do devedor, NÃO CONSTANDO NOME DO


BENEFICIÁRIO.

Nesse tipo de título, a transferência ocorre só pela TRADIÇÃO (entrega), pois não há haver o
endosso.

Ex. Cheques (- R$ 100, 00).

Obs. Em regra, todo título deve ser nominal. Assim, só haverá título de crédito ao portador
quando a lei especifica permitir.

AVAL (ART. 898 A 900, CC)


É espécie de garantia fidejussória, ou seja, garantia baseada na confiança. É um terceiro
garantidor.

AVAL X FIANÇA

Ambos garantem o pagamento do título de crédito.

O AVAL não traz a possibilidade de ser “afetado o bem de família”.

Obs. Em regra, na FIANÇA atrelada ao contrato de locação residencial, há a penhorabilidade


do bem de família. Todavia, nos casos de locação empresarial, o FIADOR não pode ter o bem
de família penhorado.

O AVALISTA responde solidariamente a obrigação. Ou seja, pode executar tanto o devedor,


quanto o avalista simultaneamente.

O FIADOR responde subsidiariamente a obrigação. Ou seja, primeiro executa o devedor, para


depois executar o fiador.

Obs. Se o fiador renunciar expressamente o beneficio de ordem, deixará de responder


subsidiariamente, para responder solidariamente (Art. 827, CC).
MORTE DO FIADOR: Extingue a obrigação, NÃO TRANSFERINDO AO SUCESSORES.

MORTE DO AVALISTA: A obrigação é transmitida aos herdeiros, ficando estes responsáveis


pelo AVAL até a data prevista (Título com prazo determinado).

Não é permitido o AVAL PARCIAL, só integral.


AVAL FIANÇA
Obrigação autônoma e escrita. Obrigação acessória e escrita.
Se a obrigação principal for NULA, a obrigação Se NULA a obrigação principal, é NULA
do aval PERSISTE, salvo se o título de crédito TAMBÉM a fiança.
contiver VÍCIO NA FORMA. (Acessório acompanha o principal)

O aval precisa ser dado no PRÓPRIO TÍTULO, Pode ser dado no próprio título OU em
pelo princípio da literalidade. contrato em apartado (secundário).

Obs. Caso acabe o espaço no título, pode colar


uma folha no título (FOLHA DE ALONGUE).

FOLHA DE ALONGUE: Frente  Assinatura;


Trás: Assinatura + Identificação (se a pessoa é
avalista, etc..).

AVAL/FIANÇA e a OURTOGA CONJUGAL:

No aval e na fiança, é necessário a outorga conjugal (uxória).

Obs. Não precisará da outorga uxória se houver DECISÃO JUDICIAL liberando OU se os


cônjuges forem casados sob o regime da separação de bens.

COBRANÇA DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: (OLHAR O CADERNO).

LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL


PROPRIEDADE INDUSTRIAL é gênero, com as seguintes espécies:

i) Direitos Autorais (Lei 9610/98);


ii) Propriedade Industrial (Lei 9279/96);

ESTABELECIMENTO COMERCIAL é o complexo de bens corpóreos e incorpóreos.

A propriedade industrial tutela os bens incorpóreos do estabelecimento comercial (Ex.


Patente, marca, nome empresarial).

O art. 5º, XXIX, CF diz “a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País”.

NORMAS:

- Lei especifica, LPI 9279/96

- Convenção de Paris/ O acordo TRIPS: É acordo sobre aspectos do direito de propriedade


industrial, objetivando a proteção reciproca dos países que a ratificaram, ou seja, é a proteção
da marca internacional aqui no Brasil, e a proteção da marca brasileira no país estrangeiro
(proteção internacional reciproca).

LEI ESPECIFICA (nº 9279/96):

O órgão responsável por tutelar a propriedade industrial no país é o INPI (Instituto Nacional da
Propriedade Industrial). É uma autarquia federal.

Os bens incorpóreos são BENS MÓVEIS.

O art. 2º, Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:

I - concessão de PATENTES de invenção e de modelo de utilidade;

II - concessão de REGISTRO de desenho industrial;

III - concessão de REGISTRO de marca;

IV - repressão às falsas indicações geográficas; e

V - repressão à concorrência desleal.

Sendo assim, só se pode patentear uma INVENÇÃO ou MODELO DE UTILIDADE. Em


contrapartida, só se pode registrar uma MARCA ou DESENHO INDUSTRIAL.

Não tem como REGISTRAR uma invenção ou modelo de utilidade.


Não tem como PATENTEAR uma marca ou desenho industrial.

PATENTE

 QUEM PODE REQUER?

Salvo prova em contrário, presume-se o requerente o legitimado a obter a patente.

É quem criou a invenção ou modelo de utilidade.

Os herdeiros, sucessores, e qualquer outro que se provar a titularidade;


 COAUTORIA DE PATENTE:

TRABALHOS CONUNTOS: Quando se tratar de uma invenção ou modelo de utilidade realizado


conjuntamente por duas ou mais, a patente poderá ser requerida por qualquer delas ,
mediante nomeação e qualificação dos demais, pra ressalva dos respectivos direitos.

TRABALHOS SEPARADOS: Se dois ou mais autores tiverem realizado a mesma invenção, de


forma independente, o direito de patente será de quem provar o depósito mais antigo,
independentemente das datas de invenção ou criação.

Ou seja, É DE QUEM REQUER PRIMEIRO A PATENTE (First to File).

Obs. Se o requerente do depósito mais antigo venha a desistir do cadastro da patente, a


prioridade passar a ser do depósito seguinte, sem produção de qualquer efeito (Ex. desistência
de pedido, abandono de retirada, etc.).

 PATENTE DE CRIAÇÃO DO AMBITO DO TRABALHO:

A patente de criação feitas no âmbito de trabalho deve ser levado alguns pontos em
consideração.

PERTENCERÁ EXCLUSIVAMENTE AO EMPREGADOR (ART. 88º) quando decorrerem do


contrato de trabalho cuja atividade tem natureza inventiva, ou seja, a pessoa é paga para
realizar o respectivo serviço/criação (Invenção de serviço).
Obs. Essa disposição se aplica para qualquer tipo de empregado e regime jurídico. Quer seja
regido pela CLT ou Previdência, quer seja contrato ou prestação de serviço. Irá se aplicar a
ideia do art. 88º.

PERTENCERÁ UNICAMENTE AO EMPREGADO (ART. 90º): Aquela por ele desenvolvido, desde
que desvinculado ao contrato de trabalho e não utilize recursos da empresa para esse fim.

PATENTE CONJUNTA (EMPREGADO E EMPREGADOR) – ART. 91º: Quando o empregado criar a


invenção, utilizando dos recursos da empresa. (Atividade trabalhista NÃO É DE INVENÇÃO). É
denominado de INVENÇÃO DE CONDOMÍNIO. Nesse caso, será dividido em partes iguais.

 O QUE A PATENTE SE DESIGNA A PROTEGER?

INVENÇÃO e MODELO DE UTILIDADE.

Invenção: É algo novo e inovador, ou seja, que nunca foi criado.

Modelo de utilidade: É algo que já existe e que foi melhorado, criando uma nova forma ou
disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou
fabricação.
Ou seja, pega a invenção já criada e atribui uma nova utilidade, melhorando sua
funcionalidade. (Ex. Alteração do telefone fixo, para o telefone móvel).
 REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA PATENTE?

São basicamente 03 requisitos: NOVIDADE, ATIVIDADE INVENTIVA e APLICAÇÃO INDUSTRIAL


(cumulativos).

Novidade: A invenção e o modelo de utilidade são consideradas novos quando não


compreendidos no estado da técnica (É o algo que ninguém havia pensado).

Atividade Inventiva: É a comprovação perante o INPI que foi você o responsável pela invenção
(seja relatórios, desenhos, etc..).

Aplicação Industrial: A invenção ou modelo de utilidade são considerando suscetíveis de


aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria.

Ou seja, é aquilo que pode ser fabricado, que haja realmente uma possibilidade de fabricação.
Por óbvio, é a fabricação possível.

 IMPEDIMENTOS DE PATENTES:

- Não pode contrária a moral, bons costumes, própria lei, etc.

- Todo as invenções que envolvam natureza física e química de transformação de núcleo


atômico;

- Toda parte de ser vivo não é patenteável, salvo os microrganismos transgênicos que atendam
aos requisitos da patente (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial).

 O QUE NÃO SE CONSIDERA INVENÇÃO?

- Descobertas, teorias cientificas e métodos matemáticos (Não há atividade inventiva);


- Concepções puramente abstratas (Não aplicável na prática);
- Obras literárias, arquitetônicas, etc.
- Programas de computador em si; (Proteção é via direito autoral).
- Regras de jogos;
- Técnica e métodos cirúrgicos; (Não pode por interesse público, para garantir acesso a saúde).
- Seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza;

 PRAZO DE PROTEÇÃO DE PATENTE?

O prazo da patente é temporário.

Patente de Invenção: 20 ANOS.


Patente de Modelo de Utilidade: 15 ANOS.
São prazos improrrogáveis, contados da data do depósito (data de entrada). Durante esse
período de 15/20 anos, o patenteado terá direito a receber os ROYALTIES.

Findado o prazo, a patente cairá em DOMÍNIO PÚBLICO. Logo, outras pessoas poderão
fabricar sem pagar os royalties.

Obs. Caso o INPI demore pra analisar o requerimento, o prazo de vigência não poderá ser
inferior a 10 ANOS para INVENÇÃO e 7 ANOS para MODELOS DE UTILIDADE.

 LICENCIAMENTO DA PATENTE:

Licenciamento VOLUNTÁRIO (art. 61): O titular da patente ou o depositante poderá celebrar


contrato de licença para exploração.

Ou seja, é permitido licenciar a patente quando já se é TITULAR ou quando a patente estiver


sendo analisada (EM DEPOSITO).

Licenciamento COMPULSÓRIO DEFINITIVO (art. 61 e art. 68) / Quebra de patente: É


obrigação de licenciar a patente para o poder público (Principio a supremacia do interesse
público) em certas situações:

i) Tiver exercendo a patente de forma abusiva;


ii) Ou por meio dela praticar abuso de poder econômico;
iii) A não exploração ou indevida exploração do objeto da patente;
iv) Inviabilidade econômica e/ou fabricação incompleta;
v) A comercialização que não satisfazer as necessidades do mercado;

Licenciamento COMPULSÓRIO TEMPORÁRIO (Art. 71): Nos casos de Emergência nacional ou


interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da
patente ou seu licenciado não atenda a necessidade, poderá ser concedida de oficio licença
compulsória temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos
direitos previstos do titular (ou seja, continua recebendo os royalties).

REGISTRO

O registro protege o desenho industrial (design) ou a marca.

 DESENHO INDUSTRIAL (DESIGN) – ART. 95º : Considera-se desenho industrial a forma


plástica ornamental de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possa
ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua
configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.

Diferença de MODELO DE UTILIDADE e DESENHO INDUSTRIAL:


No primeiro se atribui uma nova utilidade ao bem já existente, melhorando sua funcionalidade
(Ex. Carro antes era só a gasolina, criaram carro movido a eletricidade). No segundo, se atribui
um design diferente ao objeto diferente (Ex. carro da Toyota é diferente da Suzuki).

IMPEDIMENTOS CONSTA NO ART. 100 DA LEI.

- Contrário a moral, lei, bons costumes, etc.


- É necessário demonstrar que é algo necessário;

PRAZO

O registro vigorará no prazo de 10 ANOS a contar da data do depósito, prorrogável por mais de
3 vezes de 5 ANOS.

Obs. Sendo assim, os prazos de patente são improrrogáveis, ao passo que, os prazos de
registros são prorrogáveis por mais três vezes.

 MARCA:

PRAZO:
O art. 133. O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 ANOS, contados da data da
concessão, prorrogáveis por período iguais e sucessivos.
Diferença de MARCA e NOME EMPRESARIAL.

Nome empresarial é aquele que identifica a empresa na Junta Comercial e respectiva


incidência pelo fisco. Já a marca, é aquilo que serve para identificar o produto, ou seja, que
fideliza a gente enquanto consumidor.

Obs. Nome empresarial é diferente do Nome Fantasia (aquele que está na fachada da loja).

O QUE NÃO PODE SER REGISTRADO COMO MARCA:

- Brasão, monumentos, armas, medalhas, bandeira, emblema, distintivo, etc.


- Letra, algarismo e data, salvos se revestidos de suficiente forma distintiva;
- Dentre outros contidos no art. 124.

ESPECIÉ DE MARCA:

Marca de PRODUTO ou SERVIÇO: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro
idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa. (Ex. Detergente: brilux, ipê, limpol, etc.).

Marca de CERTIFICAÇÃO: usada para atestar a conformidade dos produtos com exigências
legais e extralegais (Ex. ISSO 9001).
Marca COLETIVA: aquela usada para identificar produtos ou servidos provindo de membros de
uma determinada entidade. (Ex. Cooperativa de recife produz X e Y produtos).

MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDA X MARCA DE ALTO RENOME

MARCA DE ALTO RENOME: Art. 125, à marca registrada no Brasil considerada de ALTO
RENOME será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade.

MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDA: Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu


ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I) da Convenção de Paris, goza de proteção
especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil.

Obs. O STJ decidiu que cabe ao INPI no exercício da sua discricionariedade decidir quais
empresas são de alto renome e notoriamente conhecidas.

Marca de ALTO RENOME PRECISA está registrada no Brasil (MARCA BRASILEIRA).

Nesse caso, se o INPI não considerar a marca de ALTO RENOME, a proteção é restrita ao ramo
de atuação. (Ex. desinfetante Veja / revista Veja – Pode, porque são ramos diferentes e a
marca não é de alto renome).

Caso seja marca de ALTO RENOME, a proteção é para todos os ramos de atuação (PROTEÇÃO
ABSOLUTA).

Obs. O detentor da marca de alto renome pode licenciar o uso da marca em outros ramos.

Marca NOTORIAMENTE CONHECIDA NÃO PRECISA está registrada para ter proteção no Brasil
(MARCA ESTRANGEIRA). Isso se dá pela pactuação da Convenção de Paris.

Tem PROTEÇÃO ABSOLUTA, ou seja, em todos os ramos de atividade, independente de


Registo.

OBSERVAÇÃO: SÚMULA 143, STJ. Prescreve em 5 ANOS a ação de perdas e danos pelo USO
INDEVIDO de marca comercial.

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