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TÍTULOS DE CRÉDITO
Em regra, o código civil será aplicado de forma subsidiária, ou seja, apenas naquilo que a lei
especifica não dispuser.
Para Cesar Vinvant, Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito
literal e autônomo, nele mencionado.
PRINCÍPIOS:
Como exceção, pode ainda o Título de Crédito ser emitido por caracteres de computador,
conforme art. 889, §3º, CC e entendimento do STJ.
ADMISSÃO DE TITULO DE CRÉDITO VIRTUAL pelo STJ. A doutrina diz que essa hipótese
enfraquece o princípio da cartularidade.
LITERALIDADE: O título de crédito vale aquilo que nele está contido, na literalidade. Se
está escrito R$ 200 reais, este valerá apenas R$ 200 reais.
Perceba, todas essas relações jurídicas são autônomas, ou seja, não estão vinculadas a
obrigação originária.
Ou seja, títulos de crédito “À ORDEM” são passiveis de ENDOSSO, enquanto os títulos “NÃO À
ORDEM” são passíveis de CESSÃO DE CRÉDITO.
Lembrando que ambos podem circular, todavia de modo diferente, um pelo endosso, outro
pela cessão de crédito.
Nessa situação, após realizar o endosso para terceiro, NÃO É NECESSÁRIO A NOTIFICAÇÃO DO
DEVEDOR, uma vez que os títulos possuem autonomia nas relações, regidas pelo direito
cambiário.
Nessa situação, É NECESSÁRIO A NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR (Art. 290, CC), para que este não
venha a realizar o pagamento errado. É uma relação bilateral, regida pelo direito civil.
NOMECLATURAS
A (endossante) B (Endossatário)
TIPOS DE ENDOSO:
Endosso mandato: Não transfere a titularidade do título, igual ocorre no endosso próprio,
todavia ocorre a transferência de direitos ao mandatário para agir em nome do endossante.
Ou seja, o endossatário é um mandatário (Procurador).
Em resumo, é uma procuração feita no próprio titulo de crédito, dando ao mandatário poderes
para agir em nome do endossante.
Muitas empresas atualmente compram títulos vencidos e não pagos por valores menores, para
executar o título no valor integral. Resumindo, é o endosso de um título não pago e vencido.
Nesse tipo de título, a transferência ocorre só pela TRADIÇÃO (entrega), pois não há haver o
endosso.
Obs. Em regra, todo título deve ser nominal. Assim, só haverá título de crédito ao portador
quando a lei especifica permitir.
AVAL X FIANÇA
O aval precisa ser dado no PRÓPRIO TÍTULO, Pode ser dado no próprio título OU em
pelo princípio da literalidade. contrato em apartado (secundário).
O art. 5º, XXIX, CF diz “a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País”.
NORMAS:
O órgão responsável por tutelar a propriedade industrial no país é o INPI (Instituto Nacional da
Propriedade Industrial). É uma autarquia federal.
O art. 2º, Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:
PATENTE
A patente de criação feitas no âmbito de trabalho deve ser levado alguns pontos em
consideração.
PERTENCERÁ UNICAMENTE AO EMPREGADO (ART. 90º): Aquela por ele desenvolvido, desde
que desvinculado ao contrato de trabalho e não utilize recursos da empresa para esse fim.
Modelo de utilidade: É algo que já existe e que foi melhorado, criando uma nova forma ou
disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou
fabricação.
Ou seja, pega a invenção já criada e atribui uma nova utilidade, melhorando sua
funcionalidade. (Ex. Alteração do telefone fixo, para o telefone móvel).
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA PATENTE?
Atividade Inventiva: É a comprovação perante o INPI que foi você o responsável pela invenção
(seja relatórios, desenhos, etc..).
Ou seja, é aquilo que pode ser fabricado, que haja realmente uma possibilidade de fabricação.
Por óbvio, é a fabricação possível.
IMPEDIMENTOS DE PATENTES:
- Toda parte de ser vivo não é patenteável, salvo os microrganismos transgênicos que atendam
aos requisitos da patente (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial).
Findado o prazo, a patente cairá em DOMÍNIO PÚBLICO. Logo, outras pessoas poderão
fabricar sem pagar os royalties.
Obs. Caso o INPI demore pra analisar o requerimento, o prazo de vigência não poderá ser
inferior a 10 ANOS para INVENÇÃO e 7 ANOS para MODELOS DE UTILIDADE.
LICENCIAMENTO DA PATENTE:
REGISTRO
PRAZO
O registro vigorará no prazo de 10 ANOS a contar da data do depósito, prorrogável por mais de
3 vezes de 5 ANOS.
Obs. Sendo assim, os prazos de patente são improrrogáveis, ao passo que, os prazos de
registros são prorrogáveis por mais três vezes.
MARCA:
PRAZO:
O art. 133. O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 ANOS, contados da data da
concessão, prorrogáveis por período iguais e sucessivos.
Diferença de MARCA e NOME EMPRESARIAL.
Obs. Nome empresarial é diferente do Nome Fantasia (aquele que está na fachada da loja).
ESPECIÉ DE MARCA:
Marca de PRODUTO ou SERVIÇO: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro
idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa. (Ex. Detergente: brilux, ipê, limpol, etc.).
Marca de CERTIFICAÇÃO: usada para atestar a conformidade dos produtos com exigências
legais e extralegais (Ex. ISSO 9001).
Marca COLETIVA: aquela usada para identificar produtos ou servidos provindo de membros de
uma determinada entidade. (Ex. Cooperativa de recife produz X e Y produtos).
MARCA DE ALTO RENOME: Art. 125, à marca registrada no Brasil considerada de ALTO
RENOME será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade.
Obs. O STJ decidiu que cabe ao INPI no exercício da sua discricionariedade decidir quais
empresas são de alto renome e notoriamente conhecidas.
Nesse caso, se o INPI não considerar a marca de ALTO RENOME, a proteção é restrita ao ramo
de atuação. (Ex. desinfetante Veja / revista Veja – Pode, porque são ramos diferentes e a
marca não é de alto renome).
Caso seja marca de ALTO RENOME, a proteção é para todos os ramos de atuação (PROTEÇÃO
ABSOLUTA).
Obs. O detentor da marca de alto renome pode licenciar o uso da marca em outros ramos.
Marca NOTORIAMENTE CONHECIDA NÃO PRECISA está registrada para ter proteção no Brasil
(MARCA ESTRANGEIRA). Isso se dá pela pactuação da Convenção de Paris.
OBSERVAÇÃO: SÚMULA 143, STJ. Prescreve em 5 ANOS a ação de perdas e danos pelo USO
INDEVIDO de marca comercial.